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TCMRJ SECRETARIA DE CONTROLE EXTERNO 4ª IGE RELATÓRIO DE INSPEÇÃO ORDINÁRIA SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTES E LAZER Abril/04

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Page 1: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

TCMRJ SECRETARIA DE CONTROLE EXTERNO

4ª IGE

RELATÓRIO DE

INSPEÇÃO ORDINÁRIA

SECRETARIA MUNICIPAL DE ESPORTES E

LAZER

Abril/04

Page 2: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

TITULAR DO ORGÃO:

RUY CÉSAR MIRANDA REIS

ÉPOCA DA INSPEÇÃO :

05/04/2004 A 07/05/2004

PERÍODO ABRANGIDO:

ABRIL/03 A MAR/04

EQUIPE INSPECIONANTE:

MARCELO DA SILVA RIBEIRO

ASSESSOR

MATRÍCULA Nº 40/901.243

ÂNGELO ROBERTO PINGITORE

AUXILIAR DE CONTROLE EXTERNO

MATRÍCULA Nº 40/900.293

CHRISTIANO LACERDA GHUERREN

TÉCNICO DE CONTROLE EXTERNO

MATRÍCULA Nº 40/901.384

Page 3: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO

2. OBJETIVOS

3. DADOS FINANCEIROS DOS CONVÊNIOS

4. VISITA ÀS UNIDADES ATIVAS OBJETO DA INSPEÇÃO

4.1 CENTRO ESPORTIVO MIÉCIMO DA SILVA

4.2 VILA OLÍMPICA CLARA NUNES E NÚCLEO JÚLIO SIMÕES

4.3 VILA OLÍMPICA MESTRE ANDRÉ

5. ANÁLISE DAS COOPERATIVAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS

5.1 ASPECTOS PRELIMINARES

5.2 CONCEITO DE COOPERATIVA DE TRABALHO

5.3 ACORDO ENTRE O MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO E A

ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO.

5.4 POSIÇÃO DA PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO

5.5 DISPOSITIVOS LEGAIS

5.6 REGIME PREVIDENCIÁRIO DAS COOPERATIVAS E DOS COOPERADOS

5.7 ANÁLISE DA COOPERATIVA LABOR RIO

5.8 ANÁLISE DA COOP. MÚLTIPLA DE PREST. DE SERVIÇOS (COOMPS)

5.9 COMENTÁRIOS FINAIS

6. COOPERADOS QUE ATUAM NA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA SMEL

7. FEDERAÇÕES QUE NÃO FIRMARAM CONVÊNIO, MAS QUE ATUAM NAS VILAS.

8. VERIFICAÇÃO DO ALMOXARIFADO CENTRAL

8.1 ANÁLISE DAS REQUISIÇÕES DE MATERIAL

9. ANÁLISE DOS PROCESSOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

10. CONCLUSÃO

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

1. INTRODUÇÃO.

§ FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

A Inspeção Ordinária de que trata o presente relatório tem sua legitimidade

conferida pela Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro, art. 88, inciso IV, pela

Deliberação nº 034/1983 (Regimento Interno do Tribunal de Contas do Município do

Rio de Janeiro), art. 37, inciso III, bem como pelo Plenário desta Corte em Sessão

Ordinária, de 28 de Janeiro de 2004, a qual aprovou o calendário de Inspeções

Ordinárias para o Exercício de 2004.

“Art. 88. O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com o

auxílio do Tribunal de Contas do Município, ao qual compete:

IV – realizar, por iniciativa própria, da Câmara Municipal, de comissão técnica ou

de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,

operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo e

Executivo e demais entidades referidas no inciso II; ”

“Art. 37. Para o exercício da auditoria financeira e orçamentária dos órgãos da

Administração direta e autarquias, o Tribunal de Contas:

III - promoverá a realização de inspeções.”

2. OBJETIVOS.

Os objetivos da Inspeção foram definidos no Memorando nº 01/2004, de 02/04/04,

a saber:

§ Verificar a execução operacional dos Convênios celebrados com a Federação de

Basquetebol/RJ e Federação Aquática/RJ;

§ Verificar os almoxarifados das Vilas Olímpicas e o modelo adotado pelo órgão para

a aquisição de materiais utilizados nas Vilas;

§ Avaliar a prestação de serviços envolvendo aspectos operacionais e de custos da

Fed. de Basquete nas unidades do Município e na Vila Olímpica da Mangueira.

A Inspeção em tela foi realizada através de um programa consubstanciado em

papéis de trabalho e toda a documentação encontra-se arquivada nesta IGE, para

eventuais consultas.

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

3. DADOS FINANCEIROS DOS CONVÊNIOS

Considerando que um dos objetivos da Inspeção foi verificar os Convênios

celebrados com as Federações Aquática e de Basquete nas unidades ativas do

Município, é oportuno abordar os aspectos financeiros dos instrumentos extraídos do

Sistema de Acompanhamento da Gestão Orçamentária e Financeira (SAGOF) em

03/05/04, conforme a seguir.

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DOS CONVÊNIOS SMEL X FARJ (SAGOF – ABRIL/04)

Processo Conv. VILA Valor (R$) vigência Total

empenhado

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15/4560/02 02/03 CEMS 2.229.531,84 01/01/03 – 31/01/05 1.300.560,24 1.207.663,08 1.207.663,08

15/2658/02 13/03 Clara

Nunes 516.104,19 01/04/03 – 31/12/04 368.645,85 344.069,46 344.069,46

15/2657/02 22/03 Carlos

Castilho 516.104,19 01/04/03 – 31/12/04 368.645,85 344.069,46 344.069,46

15/1636/02 42/02 Mestre

André 619.382,16 30/08/02 – 30/08/04 490.344,21 464.536,62 464.536,62

EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DOS CONVÊNIOS SMEL X FBERJ (SAGOF – ABRIL/04)

Processo Conv. VILA Valor (R$) vigência Total

empenhado

Total

liquidado Total pago

15/4784/02 03/03 CEMS 1.103.312,88 01/02/03 – 31/01/05 643.599,18 597.627,81 597.627,81

15/2653/02 11/03 Clara

Nunes 282.270,66 01/04/03 – 31/12/04 201.621,90 188.180,44 188.180,44

15/2654/02 18/03 Carlos

Castilho 282.270,66 01/04/03 – 31/12/04 201.621,90 188.180,44 188.180,44

15/1661/02 44/02 Mestre

André 282.761,28 30/08/02 – 30/08/04 223.852,68 212.070,96 212.070,96

Confrontando os valores proporcionais, considerando o período compreendido

entre a data inicial dos Convênios e 31/04/04, e os valores efetivamente pagos até esta

última data, verifica-se que há um atraso de dois meses no repasse para pagamento

dos cooperados. A título exemplificativo, no caso do processo 15/4784/02, o valor

proporcional previsto é de R$ 689.569,99 (1.103.312,88 ÷ 24 x 15). No entanto, o valor

efetivamente pago foi de R$ 597.627,81. Ou seja, uma diferença total de R$ 91.942,18,

que equivale a dois meses de trabalho sem o respectivo pagamento, tendo em vista

Page 6: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

que o valor proporcional mensal é de R$ 45.971,37.

Durante as visitas ao Centro Esportivo Miécimo da Silva, a Equipe desta Corte

constatou o atraso de pagamento. Durante as entrevistas realizadas na Coordenação

de Informática, onde são exercidas exclusivamente atividades administrativas, alguns

cooperados não estavam presentes, em função de rodízio que a Coordenação Técnica

do Miécimo viu-se obrigada a implementar, pois os cooperados alegavam falta de

recursos financeiros para se deslocarem ao CEMS.

No caso dos cooperados prestadores de serviços à Confederação de Triathlon,

que continuam atuando mesmo com a rescisão do Convênio, o atraso no pagamento

era próximo de quatro meses.

4. VISITA ÀS UNIDADES ATIVAS OBJETO DA INSPEÇÃO

4.1 - CENTRO ESPORTIVO MIÉCIMO DA SILVA.

Visitamos o Centro Esportivo Miécimo da Silva com o objetivo de acompanhar a

execução dos convênios assinados com as Federações Aquática e de Basquete.

Também prestam serviços as Federações de Vôlei, Judô, Futebol Society, Esportes de

Praia e Associação Regional de Deficientes Físicos (ARDEM), sem, no entanto, haver

um instrumento formal (Convênio), regulando a relação jurídica existente entre o órgão

e essas Federações. Este assunto será tratado em item específico deste Relatório.

4.1.1. CONVÊNIO SMEL X FEDERAÇÃO AQUÁTICA.

De acordo com o plano de trabalho previsto para o convênio nº 02/03, são 101 os

profissionais integrantes do mesmo, com carga horária de 16 horas semanais,

distribuídos da seguinte forma:

Plano de Trabalho Coordenador Geral 1 Coordenador 4 Subcoordenador 4 Instrutor 46 Assistente Técnico 10 Supervisor 10 Auxiliar Técnico 10 Estagiário 16 Total 101

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

Preliminarmente, é oportuno mencionar que as Federações Esportivas, com o

objetivo de operacionalizar os Convênios, celebraram contratos de prestação de

serviços com as Cooperativas Labor Rio e COOMPS, encarregadas de disponibilizar os

profissionais cooperados requeridos no plano de trabalho, a fim de que estes atuem

nas Vilas Olímpicas da Prefeitura. A Secretaria repassa os recursos para as

Federações conforme previsão em Convênio, que, por sua vez, efetuam o pagamento

às cooperativas em virtude da prestação de serviços, comprovada pela emissão de

Nota Fiscal inserida nos processos de liquidação.

A fim de verificar a presença dos cooperados, solicitamos ao órgão a relação

nominal dos profissionais, contendo a grade de horário e os dias em que trabalham.

O Coordenador Técnico do CEMS forneceu uma listagem com 66 pessoas.

Questionado quanto à diferença de 35 cooperados, o coordenador mencionou que

havia profissionais vinculados ao Convênio que estavam atuando na estrutura

administrativa da Secretaria (Av. Presidente Vargas), porém não sabia seus nomes.

Em relação aos 66 cooperados, a exemplo do ocorrido com os Convênios SMEL x

CBTRI (processados sob os nos 40/1552/03, 40/2837/03, 40/2838/03), muitos atuam em

modalidades que não se relacionam com a FARJ, quais sejam badminton, futsal,

ginástica olímpica, handball, dança de salão. Há que se destacar que consta da

referida relação uma parcela significativa de cooperados que, em tese, seriam

instrutores, supervisores, assistentes técnicos e auxiliares técnicos. Todavia, de fato,

exercem atividades administrativas de apoio.

Da comparação das informações da Coordenação de Apoio Técnico da SMEL

com as obtidas da Coordenação do Centro Esportivo Miécimo da Silva, verifica-se que

há divergências em relação à função de alguns cooperados. Exemplificando, a Sra.

Aline Nunes Ferreira consta no quadro a seguir como instrutora e estagiária, o que gera

reflexos financeiros, já que a remuneração é distinta, cabendo ao órgão esclarecer as

diferenças existentes no quadro comparativo. Outrossim, a FARJ disponibiliza médicos,

engenheiro químico, fisioterapeuta, sem que haja previsão no plano de trabalho do

Convênio para tais profissionais. Desta forma, parece-nos que houve desvirtuamento

do previamente pactuado, pois o plano de trabalho menciona que a Federação

Aquática gerenciaria todas as atividades referentes a sua modalidade. A cláusula

primeira do Convênio define como objeto do instrumento a implantação do projeto de

natação no Centro Esportivo Miécimo da Silva.

Page 8: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

É oportuno ressaltar que durante a Inspeção os trabalhos foram desenvolvidos

segundo as relações dos cooperados vinculados à FARJ e FBERJ, fornecidas

diretamente no CEMS, com a devida ciência e orientação da SMEL, uma vez que as

unidades ativas têm um acompanhamento mais efetivo dos profissionais que atuam

nas mesmas.

No último dia da Inspeção (07/05/04), a Coordenação Técnica da SMEL forneceu-

nos novas listagens referentes às Vilas Olímpicas visitadas, alegando que estariam

mais atualizadas.

Ao confrontarmos as duas relações (uma da Vila Olímpica, que tem o

acompanhamento diário das atividades, e outra da Coordenação da SMEL), notamos

muitas distorções entre elas. Apesar das distorções, a Equipe desta Corte decidiu

trabalhar com as duas listagens, visto que não faria sentido desprezar a documentação

fornecida nas Vilas e no CEMS à época das visitas. Por outro lado, não se poderia

menosprezar a documentação fornecida pela Coordenação Técnica da SMEL, ainda

que com relativo atraso, no último dia da Inspeção. Sendo assim, entendemos que as

diferenças devem ser esclarecidas pelo órgão. O quadro a seguir denota as atividades

vinculadas à FARJ, além de confrontar a relação fornecida pela Coordenação do

CEMS e Coordenação Técnica da SMEL.

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Page 13: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

Da listagem fornecida pela Coordenação Técnica da SMEL (80 cooperados),

apenas 29 exercem funções pertinentes a FARJ (17 instrutores de natação, 4

instrutores de hidroginástica e 8 guardiões de piscina). Outrossim, são 23 os

cooperados que exercem funções administrativas, alguns deles prestando serviço nas

dependências da SMEL.

As fotos a seguir denotam as atividades integrantes do Convênio.

Ginástica Rítmica. Ginástica Localizada.

Badminton. Dança de Salão.

Page 14: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

Natação. Hidroginástica.

Ginástica Artística Coord. Informática – inscrição dos

interessados em participar das atividades do CEMS.

Deptº. Médico

Page 15: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

4.1.2. CONVÊNIO SMEL X FEDERAÇÃO DE BASQUETE.

De acordo com o plano de trabalho previsto para o Convênio nº 03/03, são 51 os

profissionais integrantes do mesmo, com carga horária de 16 horas semanais,

distribuídos da seguinte forma:

Plano de Trabalho

Coordenador Geral 1Coordenador 2Subcoordenador 2Instrutor 18Assistente Técnico 6Supervisor 6Auxiliar Técnico 6Estagiário 10

Total 51

A fim de verificar a presença dos cooperados, solicitamos ao órgão a relação

nominal dos profissionais, contendo a grade de horário e os dias em que trabalham.

O Coordenador Técnico do CEMS forneceu uma listagem com 33 pessoas.

Questionado quanto à diferença de 18 cooperados, o coordenador mencionou que

havia profissionais vinculados ao Convênio que estavam atuando na estrutura

administrativa da Secretaria (Av. Presidente Vargas), porém não sabia seus nomes.

Em relação aos 33 cooperados, a exemplo do ocorrido com o Convênio SMEL x

FARJ, muitos atuam em modalidades que não se relacionam com a Federação de

Basquete, quais sejam vôlei, handebol, badminton, futebol e jiu-jitsu. Há que se

destacar que consta da referida relação uma parcela significativa de cooperados que,

em tese, seriam instrutores, supervisores, assistentes técnicos e auxiliares técnicos.

Todavia, de fato, exercem atividades administrativas de apoio. Desta forma, parece-nos

que houve desvirtuamento do previamente pactuado, pois o plano de trabalho

menciona que a Federação de Basquete gerenciaria todas as atividades referentes a

sua modalidade. A cláusula primeira do Convênio define como objeto do instrumento a

implantação do projeto de basquete no Centro Esportivo Miécimo da Silva.

Conforme ocorrido em relação à FARJ, a Coordenação de Apoio Técnico da

SMEL forneceu-nos nova relação dos cooperados vinculados à Federação de

Basquete, com 42 cooperados, alegando que estariam mais atualizadas. Sendo assim,

Page 16: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

utilizamos as duas listagens, uma fornecida pela coordenação do CEMS (que tem o

acompanhamento diário das atividades) à época das visitas, com 33 cooperados, e

outra da Coordenação de Apoio Técnico da SMEL (disponibilizada no último dia da

Inspeção em 07/05/04), pelos motivos já anteriormente expostos.

O quadro a seguir denota as atividades vinculadas à FARJ, além de confrontar a

relação fornecida pela Coordenação do CEMS e Coordenação Técnica da SMEL.

Page 17: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

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Page 18: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

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Page 19: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

Dos quarenta e dois profissionais constantes da relação fornecida pela

Coord.Técnica da SMEL, apenas oito ministram aula de basquete; quinze cooperados

exercem funções administrativas, sendo que alguns destes trabalham nas

dependências da SMEL. Por fim, daquele total, oito não possuem modalidades

definidas. As fotos a seguir denotam as atividades integrantes do Convênio.

Futsal Handebol.

Badminton basquete

Page 20: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

Vôlei

Em função das distorções apresentadas nos Convênios celebrados com a FARJ e

a FBERJ, decidimos verificar as modalidades esportivas em que as outras seis

Federações atuam no CEMS, sendo que quatro destas não celebraram o Instrumento

de Convênio (este assunto será tratado em item específico do Relatório). Com base

nos documentos fornecidos pela Coordenação de Apoio Técnico da SMEL, foi possível

elaborar o quadro a seguir. Através deste, verifica-se que as Federações atuam em

qualquer modalidade, fazendo com que os Convênios percam o sentido. A título

ilustrativo, cabe mencionar o que ocorre com a atividade de dança: do total de oito

profissionais envolvidos, um pertence à ARDEM; dois vinculam-se à FARJ; dois

relacionam-se à FEPERJ; e três pertencem à Federação de Vôlei. Em relação às

atividades administrativas, todas as Federações fornecem quantidades significativas de

cooperados. Do total de 325 profissionais que atuam no CEMS (segundo os

documentos fornecidos pela SMEL), 115 cooperados exercem atividades

administrativas, representando 35% em termos percentuais.

Em relação à FARJ, do total de 80 cooperados, apenas 29 estão atuando em

modalidades que se relacionam com esta Federação, o que equivale a 36%.

Quanto à Federação de Basquete, a situação também se repete. Do total de 42

cooperados, apenas 8 atuam na modalidade basquete, o que representa 19%.

É oportuno ressaltar, que o total de profissionais previsto no Convênio com a FARJ

é de 101. No caso da Federação de Basquete, o quantitativo é de 53 profissionais.

Cabe, portanto, ao órgão justificar a diferença.

Page 21: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

FEDERAÇÃO

MODALIDADE ARDEM CBTri FARJ FEPERJ FBERJ Judô Society Volei Total Global 3ª idade 4 2 2 2 10 adm 12 13 23 21 15 8 11 12 115 atletismo 15 15 Badminton 1 2 1 1 5

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capoeira 3 2 5 Dança 1 2 2 3 8 Dança de Salão 1 1 2 estatística 1 1 folclore 1 1 futebol 1 1 10 1 13 futsal 1 6 7 G.R.D. 2 1 3 ga 2 2 ga/ grd 1 1 Geral 1 1 ginastica localizada 1 1 2

ginastica olímpica 5 1 6 handebol 1 2 1 1 5 Hidroginástica 4 4

Natação 1 17 1 1 20 Guardião 8 1 9 jiu jitsu 6 1 7 judô 1 5 2 8 karatê 2 2 4 lutas 1 1 P.P.D. 8 2 10 quadra 3 3 recreação 1 1 sócio educ. 1 1 volei 1 4 1 6 xadrez 1 1 (em branco) 2 3 12 4 8 5 3 3 40 Total Global 30 40 80 57 42 20 30 26 325

As informações do quadro anterior podem ser visualizadas de outra forma. O

gráfico a seguir enfatiza as Federações e as modalidades ligadas a elas. Tomamos o

cuidado de agrupar modalidades afins ou com relativa proximidade para facilitar a

visualização. A título ilustrativo, natação/hidroginástica/guardião de piscinas formaram

um único conjunto, assim como capoeira/jiu-jitsu/karatê/judô fazem parte de um mesmo

grupo. O mesmo ocorre com futebol e futebol de salão (futsal).

Page 22: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

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atletismo Badminton basquete

Dança futebol e futsal ginasticas

handebol lutas-capoeira-jiu jitsu-judô-karate Natação-Hidro-Guardião

P.P.D. quadra outros

volei

Observando o gráfico acima, podemos perceber o percentual de profissionais de

cada federação que está exercendo função administrativa (amarelo claro).

Os retângulos azuis (em tom mais vivo) indicam o percentual de profissionais

que não tem sua modalidade de atuação determinada, situação coincidente com a

anterior onde se conclui que o profissional não está ministrando aula, seja na

modalidade pertinente, seja em outra qualquer.

A FARJ e FBERJ têm, respectivamente, 44% e 55% de seus profissionais

utilizados em função fora da atividade docente. Destaca-se o caso da Federação de

Page 23: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

Judô que chega a ter mais de 60% de seus profissionais utilizados em função fora da

atividade docente.

Enquanto isso, apenas 36,3% e 19% dos profissionais vinculados à FARJ e à

FBERJ, respectivamente, estão atuando em modalidades pertinentes. A situação

menos grave é a da Federação Society que tem 53,3% de seus profissionais dando

aula na sua modalidade pertinente.

Quanto mais colorido o gráfico de uma federação, maior a dispersão de seus

profissionais por modalidades diferentes. No gráfico acima, a FARJ está com seus

profissionais distribuídos por oito modalidades, além da sua própria e as funções

administrativas e em branco. A FBERJ está distribuída por sete modalidades.

Considerando que a Comissão Inspecionante ampliou o escopo dos trabalhos no

CEMS, confrontamos as relações dos cooperados de todas as Federações, que

estariam trabalhando no Miécimo da Silva, fornecidas pelo Coordenador Técnico em

04/05/04 com a relação entregue pela Coordenação de Apoio Técnico da SMEL em

07/05/04. Do resultado desta comparação, verificamos uma diferença de 49

cooperados sem nenhuma justificativa. Cabe destacar que já foram considerados os

profissionais que estão trabalhando nas dependências da Secretaria, os quais

naturalmente não podem aparecer na relação do CEMS. Sendo assim, cabe ao órgão

esclarecer aquela discrepância de 49 cooperados. Às folhas 01/18 em anexo, consta o

quadro que confronta as duas relações, bem como a listagem dos profissionais que

merece ser justificada.

4.2 VILA OLÍMPICA CLARA NUNES

Visitamos a Vila Olímpica de Acari em 13/04/04 a fim de acompanhar os trabalhos

desenvolvidos através dos Convênios assinados com as Federações Aquática e de

Basquete. Fomos então recebidos pelos Srs. Clóvis de Almeida Gil (responsável pela

Coordenação Administrativa) e Adilson Pereira (Coordenador Técnico da Vila).

Conforme já mencionado anteriormente, para operacionalizar as atividades

desenvolvidas pelos profissionais cooperados, as duas Federações celebraram

contratos de prestação de serviço com a Cooperativa Múltipla de Prestação de

Serviços Ltda (COOMPS).

Além da Vila em tela, os Núcleos Esportivos Parque Royal (Ilha do Governador) e

Júlio Simões (Santa Cruz) também integram os Convênios nos 13/03 e 11/03,

Page 24: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

celebrados com as Federações Aquática e de Basquete, respectivamente, razão pela

qual discriminamos os cooperados pelas unidades a que pertencem. Tendo em vista

que a maioria dos cooperados atua na Vila Clara Nunes, consumindo em conseqüência

a maior parte dos recursos financeiros dos Convênios, nossos trabalhos dirigiram-se

predominantemente a essa Vila.

Tendo em vista que obtivemos duas listagens distintas em momentos diferentes,

uma da Coordenação de Apoio Técnico da SMEL, outra da Coordenação da Vila

Olímpica Clara Nunes, a exemplo do que ocorreu no CEMS, a Equipe desta Corte

confrontou as duas listagens, sendo detectadas várias distorções entre as mesmas. O

quadro a seguir evidencia o exposto.

Com o objetivo de verificar a presença dos cooperados nos respectivos dias e

horários, a atuação dos mesmos, bem como confrontar o quantitativo previsto nos

Convênios com os profissionais que efetivamente atuam na unidade, solicitamos a

relação nominal dos profissionais segundo o Convênio, bem como relação de pessoal e

respectiva grade de horário dos cooperados que atuam na Vila.

Em relação à Federação Aquática, do quantitativo de 27 profissionais previstos no

Convênio nº 13/03, apenas três ministram aulas de natação. No plano de trabalho

elaborado pela própria Federação, cita-se o seguinte:

“A Federação Aquática do Estado do Rio de Janeiro gerenciará todas as

atividades referentes a sua modalidade. Os recursos humanos utilizados

compreenderão coordenadores, subcoordenadores, supervisores, instrutores,

estagiários, assistentes e auxiliares técnicos”. No entanto, quando da visita à Vila

Olímpica e através da documentação obtida junto ao órgão, verificamos que a maioria

dos cooperados atua em atividades administrativas, que nada têm a ver com o que foi

descrito no plano de trabalho, deixando dúvidas quanto à efetiva função da FARJ no

Convênio. A título exemplificativo, o cargo constante no plano de trabalho para a

cooperada Andréia da Rocha Lima é de instrutor (professor de educação física), no

entanto sua função é de Secretária, sendo que seu local de atuação é na própria

Secretaria de Esportes e Lazer. Casos análogos ocorrem com os cooperados

Janaina Barros De Souza (que aparece como instrutora, mas que atua como

recepcionista) e Teresa Maria Linhares De Almeida (que consta como instrutora, no

entanto sua função efetiva é de médica).

Page 25: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

Cabe ressaltar que o total previsto em Convênio é de 27 profissionais, todavia na

relação fornecida pelo órgão consta o quantitativo de 24.

Quanto à Federação de Basquete, a situação não é diferente do que já foi

mencionado para a FARJ. Dos quinze cooperados compreendidos na relação fornecida

pela SMEL, apenas dois atuam na modalidade basquete, e quatro do total dos

cooperados estão trabalhando em atividades administrativas na estrutura administrativa

da Secretaria (Av. Presidente Vargas). Os quadros e as fotos a seguir evidenciam o

exposto.

Em relação ao plano de trabalho previsto no Convênio nº 11/03, também se

menciona que a Federação gerenciará todas as atividades referentes a sua

modalidade, utilizando os mesmos recursos humanos mencionados em relação à

Federação Aquática.

Quanto à atuação das duas Federações, consoante informado pelos

coordenadores da Vila em análise, elas não fazem visitas à Vila, de forma a

acompanhar os trabalhos desenvolvidos sob sua coordenação. A atuação das

Federações se limita às reuniões na sede da Secretaria (Av. Presidente Vargas) com

os coordenadores das vilas (que também são cooperados). Por meio delas, as

Federações tomam ciência dos aspectos operacionais ocorridos nas unidades ativas e

discutem planos e eventos a serem implementados nas Vilas.

Plano de Trabalho – Convênio nº

13/03 SMEL x FARJ – Vila Clara

Nunes.

Plano de Trabalho – Convênio nº

11/03 SMEL x Federação de

Basquete – Vila Clara Nunes.

Função Quant. Função Quant.

Coordenador Geral 1 Coordenador Geral 1

Coordenador 1 Coordenador 0

Subcoordenador 1 Subcoordenador 0

Instrutor 10 Instrutor 7

Assistente Técnico 2 Assistente Técnico 2

Supervisor 2 Supervisor 2

Auxiliar Técnico 2 Auxiliar Técnico 0

Estagiário 8 Estagiário 2 Total 27 Total 14

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Page 27: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

4.3 VILA OLÍMPICA MESTRE ANDRÉ.

Visitamos a Vila Olímpica Mestre André a fim de acompanhar a execução dos

Convênios assinados com as Federações Aquática e de Basquete. Também prestam

serviço na unidade através de Convênio as Federações de Vôlei, Judô, Society,

FEPERJ (esportes de praia) e ARDEM (deficientes físicos). No entanto, neste trabalho,

o escopo ficou restrito à FARJ e à FBERJ.

4.3.1 CONVÊNIO SMEL X FEDERAÇÃO AQUÁTICA.

De acordo com o plano de trabalho previsto para o convênio nº 42/02, são 35 os

profissionais integrantes do mesmo, com carga horária de 12 horas semanais,

distribuídos da seguinte forma:

Plano de Trabalho Coordenador Geral 1Coordenador 1Subcoordenador 1Instrutor 12Assistente Técnico 2Supervisor 4Auxiliar Técnico 2Estagiário 12Total 35

A fim de verificar a presença dos cooperados, solicitamos ao órgão a relação

nominal dos 35 profissionais, contendo a grade de horário e os dias em que trabalham.

O Coordenador Técnico da Vila forneceu uma listagem com 28 cooperados,

sendo que alguns destes exercem atividades administrativas de secretária, gerente

administrativo, chefe de almoxarifado, recepcionista, entre outras. A Cooperativa

também disponibiliza, à Federação Aquática, médico e fisioterapeuta. No entanto, não

há previsão no plano de trabalho do Convênio o fornecimento destes profissionais, bem

como daqueles que atuam em atividades administrativas de apoio.

Quando às modalidades esportivas, a Federação Aquática atua na hidroginástica

e na natação, estando, portanto, mais aderente ao objeto do Convênio.

Durante a Inspeção, os trabalhos foram desenvolvidos segundo as relações dos

cooperados vinculados à FARJ e FBERJ, fornecidas diretamente na Vila Mestre André,

Page 34: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

com a devida ciência e orientação da SMEL. No último dia da Inspeção (07/05/04), a

Coordenação Técnica da SMEL forneceu-nos novas listagens referentes às Vila

Olímpica em tela, alegando que estariam mais atualizadas.

Ao confrontarmos as duas relações (uma da Vila Olímpica, e outra da

Coordenação da SMEL), notamos algumas distorções entre elas, as quais devem ser

esclarecidas pelo órgão.

O quadro e as fotos a seguir denotam as atividades integrantes do Convênio,

além de confrontar a relação fornecida pela Coordenação do CEMS e Coordenação

Técnica da SMEL.

Natação.

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

4.3.2 CONVÊNIO SMEL X FEDERAÇÃO DE BASQUETE.

De acordo com o plano de trabalho previsto para o Convênio nº 44/02, são 13 os

profissionais integrantes do mesmo, com carga horária de 12 horas semanais,

distribuídos da seguinte forma:

Plano de Trabalho Coordenador Geral 1Coordenador 1Subcoordenador 1Instrutor 4Assistente Técnico 0Supervisor 2Auxiliar Técnico 0Estagiário 4

Total 13

A fim de verificar a presença dos cooperados, solicitamos ao órgão a relação

nominal dos 13 profissionais, contendo a grade de horário e os dias em que trabalham.

O Coordenador Técnico da Vila forneceu uma listagem com 8 cooperados, sendo

que alguns destes exercem atividades administrativas de secretária. A Cooperativa

também disponibiliza, à Federação Aquática, médico e enfermeiro. No entanto, não há

previsão no plano de trabalho do Convênio o fornecimento destes profissionais, bem

como daqueles que atuam em atividades administrativas de apoio.

Quando às modalidades esportivas, a Federação de Basquete atua na

hidroginástica e na natação, estando, portanto, mais aderente ao objeto do Convênio.

Como já mencionado, os trabalhos foram desenvolvidos segundo a relação dos

cooperados vinculados à Federação de Basquete, fornecidas diretamente na Vila

Mestre André, com a devida ciência e orientação da SMEL. No último dia da

prorrogação da Inspeção (07/05/04) a Coordenação Técnica da SMEL forneceu-nos

uma nova listagem, alegando que estariam mais atualizadas.

Ao confrontarmos as duas listagens (uma da Vila Olímpica, e outra da

Coordenação da SMEL), notamos algumas distorções entre elas, as quais devem ser

justificadas pelo órgão.

O quadro e as fotos a seguir denotam as atividades integrantes do Convênio,

além de confrontar a relação fornecida pela Coordenação do CEMS e Coordenação

Técnica da SMEL.

Page 38: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

Quanto aos cooperados, da mesma maneira que ocorre no CEMS, os mesmos

migraram, por volta de julho/03, da Cooperativa Aliança para a Labor Rio, sendo que

muitos deles ainda mantêm o vínculo com a Aliança.

Aula de Basquete.

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

5. ANÁLISE DAS COOPERATIVAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS NAS

UNIDADES ATIVAS DA SMEL.

5.1 ASPECTOS PRELIMINARES.

Durante a Inspeção Especial realizada na jurisdicionada, em Julho/03, envolvendo

os Convênios celebrados com a Confederação Brasileira de Triathlon, foi informado

pelos vários cooperativados entrevistados que um representante da Aliança

Cooperativa, da qual eles participavam, foi ao Centro Esportivo Miécimo da Silva

avisá-los de que seriam transferidos para a Cooperativa Labor Rio, já que a

Aliança deixaria de prestar serviços à CBTRI (grifos nossos).

Recentemente, a Cooperativa Labor-Rio foi citada em possíveis irregularidades

nos Convênios de que participam indiretamente, ensejando a instauração de inquérito

policial e de uma Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Municipal do Rio de

Janeiro, além de várias reportagens nos jornais e na revista Isto É.

Frise-se que as cooperativas não têm, em tese, uma relação jurídica direta com o

Município. Como já sabido, a SMEL celebrou Convênios com as Federações Aquática

(FARJ) e de Basquete do Estado do Rio de Janeiro (FBERJ), as quais ajustaram

contratos de prestação de serviços com a Cooperativa Labor Rio e com a Cooperativa

Múltipla de Prestação de Serviços Ltda (COOMPS), conforme o caso, com a ciência e

autorização da Secretaria. Tais cooperativas arregimentam profissionais para atuarem

nas unidades da Prefeitura.

É notório que a prestação de serviços por cooperativas é polêmica, sendo muitas

delas consideradas fraudulentas, simples intermediadoras de mão-de-obra, não

atendendo, por conseguinte, à Lei 5.764/71. Sendo assim, os trabalhadores que delas

participam seriam, na realidade, meros empregados e não cooperados, o que poderia

gerar para o Município uma responsabilidade subsidiária em decorrência de demandas

judiciais pleiteando direitos trabalhistas previstos na C.L.T. Considerando o exposto e

as informações obtidas durante a Inspeção Especial, decidimos nos debruçar sobre o

assunto, com o intuito de verificar se a entidades Labor Rio e COOMPS são

cooperativas em sua essência. Para tal, durante o planejamento da presente Inspeção,

a presente Comissão coletou vasto material sobre cooperativas de trabalho, dando

Page 42: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

ênfase às decisões judiciais, aos acórdãos do Tribunal de Contas da União, aos

Pareceres da Procuradoria Geral do Município do Rio de Janeiro e à posição do

Ministério do Trabalho.

5.2 CONCEITO DE COOPERATIVA DE TRABALHO.

Apesar de já revogado, o Decreto nº 22.239/32 estabeleceu um conceito às

cooperativas de trabalho, o qual foi incorporado pela Lei 5.764/71, a saber:

Cooperativas de trabalho são “aquelas que, constituídas entre operários de uma

determinada profissão ou ofício, ou de ofícios vários de uma mesma classe, têm como

finalidade primordial melhorar o salário e as condições de trabalho pessoal de seus

associados e, dispensando a intervenção de um patrão ou empresário, se propõem a

contratar obras, tarefas, trabalhos ou serviços públicos e particulares, coletivamente

por todos ou por grupos de alguns”.

5.3 ACORDO FIRMADO ENTRE O MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO E A

ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO.

Em Junho de 2003, o Juiz da 20ª Vara do Trabalho de Brasília/DF homologou um

acordo entre o Ministério Público do Trabalho e a Advocacia Geral da União, por meio

do qual a União se comprometeu a não mais contratar cooperativas de mão-de-obra

para trabalho subordinado, seja na atividade fim ou atividade meio.

Assinaram o acordo, como testemunhas, os presidentes da Associação Nacional

de Procuradores do Trabalho (ANPT), da Associação Nacional dos Magistrados da

Justiça do Trabalho (Anamatra) e da Associação dos Juízes Federais do Brasil

(AJUFE).

A conciliação foi celebrada nos autos de ação civil pública movida pelo Ministério

Público do Trabalho contra a União por contratação de empregados por meio de

cooperativas fraudulentas.

Conforme consta do Acordo firmado entre os dois órgãos, alguns serviços não

podem ser contratados via cooperativa de mão-de-obra, pelo fato de já estar implícito a

relação de subordinação, em função da natureza das atividades, a saber: limpeza;

conservação; segurança, vigilância e de portaria; recepção; copeiragem; reprografia;

telefonia; manutenção de prédios, de equipamentos, de veículos e de instalações;

Page 43: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

secretariado e secretariado executivo; auxiliar de escritório; auxiliar administrativo;

office boy (contínuo); digitação; assessoria de imprensa e de relações públicas;

motorista, no caso de os veículos serem fornecidos pelo próprio órgão licitante;

ascensorista; enfermagem, e agentes comunitários de saúde.

5.4 POSIÇÃO DA PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO.

A Procuradoria Geral do Município, ao analisar o processo nº 11/000.192/1999,

manifestou-se pelo cancelamento do contrato celebrado com a Cooperativa Rio 2000 (

Cooperativa de Serviços de Mão de Obra Especializada), vencedora do certame

licitatório para prestação de serviços de recepção à própria P.G.M1.

Entendeu o órgão que a natureza dos serviços contratados não se compatibilizava

com a forma de prestação em condições de autonomia, o que descaracterizava a

cooperação. Ao agenciar ditos serviços, a Cooperativa atuava como empresa de

intermediação de mão-de-obra subordinada, e não como cooperativa de trabalho

autônomo, sendo que tal circunstância induzia afronta ao Direito do Trabalho.

Fundamentando sua opinião, a Procuradoria abordou preliminarmente (portanto

antes de analisar o caso in concreto) temas como a responsabilidade subsidiária do

Poder Público em razão da existência de subordinação ou de quaisquer outros indícios

de que há relação de emprego entre a cooperativa e seus pretensos associados; a

necessidade da existência de “affectio societatis”; a diferenciação tênue entre

terceirização de mão-de-obra (empregado) e de serviço, valendo-se da Doutrina, de

decisões judiciais da justiça trabalhista e de decisões da própria PGM. Manifestou-se

desta forma a Procuradoria Geral do Município, processo nº 11/000.192/1999, in verbis.

5.4.1

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Quuaannttoo àà rreessppoonnssaabbiilliiddaaddee ssuubbssiiddiiáárriiaa ddoo PPooddeerr PPúúbblliiccoo::

“Esta Procuradoria Geral já se pronunciou, a respeito das questões de Direito do

Trabalho concernentes às cooperativas, por ocasião do Parecer PG/PTA/30/1998/FMC,

de lavra da ilustre Procuradora Fátima Martins Couto, que concluiu pela possibilidade

da delegação da execução de serviços públicos a cooperativas, com atenção

1 Promoção PG/PCG/003/1999/MMC, de 05/07/99. Ementa: Natureza do serviço prestado por cooperativa deve ser compatível com o conceito de trabalho autônomo, sob pena de fraude ao Direito do Trabalho e à Lei n.º 5764/1971

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

para o regular funcionamento dessas sociedades. A irregularidade em relação ao

regime do trabalho pode levar ao reconhecimento da responsabilidade subsidiária do

Poder Público, inobstante a previsão do parágrafo único do artigo 442 da CLT

(acrescentado pela Lei n.º 8949/1994): (grifos nossos).

“Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não

existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e

os tomadores de serviço daquela”.

Tal se deve porque o cooperativismo pressupõe o trabalho autônomo, requisito

para a livre associação. Na hipótese de o objeto da cooperativa corresponder a

trabalho subordinado, que implica em vínculo empregatício, a forma de cooperativa

seria fraudulenta, tendo sido assumida apenas para o fim de fugir aos encargos sociais

devidos. Nesse caso, estar-se-ia diante de uma simples empresa de prestação de

serviços, o que gera a responsabilidade subsidiária do Poder Público em relação às

obrigações trabalhistas na forma do item IV do Enunciado n.º 331 do TST:

“O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador,

implica a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços quanto

àquelas obrigações, desde que este tenha participado da relação processual

e conste também do título executivo judicial.”

“A contratação de cooperativa, de acordo com os diplomas legais que regem o

assunto (a Lei n.º 5764/1971, os dispositivos pertinentes da Lei n.º 8987/1995 e o

parágrafo único do artigo 442 da Consolidação das Leis do Trabalho), em princípio, não

gera responsabilidade trabalhista para o Município, pois não há vínculo empregatício

entre ela e os associados, tampouco entre estes e o tomador de trabalho.

Cautela, todavia, deve ser tomada em relação à regularidade da natureza jurídica

da cooperativa. Como a existência de subordinação, ou de quaisquer outros indícios de

que há relação de emprego entre a cooperativa e seus pretensos “associados” pode

acarretar, de acordo com certas decisões da Justiça Trabalhista, a responsabilidade do

Poder Público, faz-se necessário um atento exame dos estatutos das entidades com

que se contratará e da efetiva rotina de trabalho dos associados.”

Page 45: 4“ IGE RELATÓRIO DE INSPE˙ˆO ORDIN`RIA

Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

5.4.2 QQuuaannttoo àà nneecceessssiiddaaddee ddaa eexxiissttêênncciiaa ddee ��aaffffeeccttiioo ssoocciieettaattiiss��

“Corresponde fraude à lei trabalhista a prática de forçar trabalhadores a se

filiarem a uma cooperativa vencedora de licitação para que continuem a prestar

serviços para a mesma entidade pública:” (grifos nossos).

“Na hipótese em que o prestador de serviços, para manter-se em seu antigo

posto, é compelido a associar-se à cooperativa vitoriosa no processo

licitatório, há evidente burla, restando patente a desigualdade entre os

associados; a inexistência da affectio societatis, que é a vontade de

associação como genuíno cooperado e, ainda, a constatação inequívoca de

que os novos associados prestam serviços à empresa tomadora, motivo pelo

qual aderiram à cooperativa.”

5.4.3 QQuuaannttoo àà ddiiffeerreenncciiaaççããoo eennttrree tteerrcceeiirriizzaaççããoo ddee mmããoo--ddee--oobbrraa

((eemmpprreeggaaddoo)) ee ddee sseerrvviiççoo..

Insignes juristas entendem que as cooperativas de trabalho – aquelas que têm,

sem especialização ou atividade própria, como objeto a arregimentação de serviços

para os seus associados – não são lícitas, porque terceirizam empregados e não

serviços, configurando fraude à lei trabalhista:

“O objetivo das cooperativas de trabalho, assim chamadas aquelas que não

se dedicam a uma atividade definida, limitando-se a fornecer mão-de-obra

para terceiros, de acordo com eventuais solicitações destes, é ilícito em

nossa ordem jurídica, que não permite a intermediação de mão-de-obra.”

(VIANA, Maria Julieta Mendonça. Cooperativas de Trabalho: Terceirização

de empregados ou terceirização de serviços? Revista LTr, São Paulo, 61

(11), p. 1478, nov. 1997.). (grifos nossos).

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

5.5 DISPOSITIVOS LEGAIS

A Constituição Federal de 1988 dispõe no art. 174, §2º que a “Lei apoiará e

estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo”.

A Lei 5.764/71, principal diploma legal sobre as cooperativas e recepcionada pela

Carta Magna, define em seu art.4º que as cooperativas são sociedades de pessoas,

com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas à falência,

constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais

sociedades. Dentre as características previstas nos incisos deste artigo, estão adesão

voluntária, quorum para o funcionamento e deliberação da Assembléia Geral baseado

no número de associados e não no capital, retorno das sobras líquidas do exercício,

proporcionalmente às operações realizadas pelo associado, salvo deliberação em

contrário da Assembléia Geral.

A CLT por sua vez foi aditada com um parágrafo ao art. 442, através da Lei nº

8.949/94 dispondo que “qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade

cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre

estes e os tomadores de serviços daquela”. Inserido na lei sem apontar sua motivação,

grande perplexidade causou esse parágrafo no meio jurídico trabalhista, sendo

classificado por alguns de inconstitucional, ilegal e fraudulento quanto aos seus

objetivos2. Apesar do dispositivo acrescentado ao art. 442, não se deve excluir de

imediato a possibilidade da existência de vínculo empregatício entre seus associados e

os contratantes de seus serviços, pelo simples fato de a sociedade civil estar

constituída sob a forma de cooperativa. Por outro lado, não se deve prejulgar que toda

cooperativa de trabalho é fraudulenta, pois este entendimento importaria na abolição

dessa espécie de sociedade do meio social.

5.6 REGIME PREVIDENCIÁRIO DAS COOPERATIVAS E DOS COOPERADOS.

Segundo os arts. 1º e 3º da Lei Complementar nº 84/96, o encargo previdenciário

de responsabilidade das cooperativas de trabalho, a contar de maio de 1996, é de 15%

do total das importâncias pagas, distribuídas ou creditadas a seus cooperados, a título

de remuneração ou retribuição pelos serviços prestados a pessoas jurídicas por

intermédio delas.

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

Os cooperados, por sua vez, como pessoas físicas, são considerados autônomos

perante a Previdência Social (Decreto nº 2.173/97, art. 10, IV, “c”, 4) e assim recolhem

suas contribuições sobre o salário-base, por meio de carnê.

A tomadora de serviços de cooperados pertencentes a sociedades cooperativas,

devidamente registradas nos órgãos competentes e autorizadas a funcionar, desde que

contrate com a cooperativa e que não haja os elementos que configurem vínculo

empregatício, não se responsabilizará pelos encargos sociais, decorrentes dos

serviços prestados (contribuição previdenciária, 13º salário, férias, FGTS, etc.).

5.7 ANÁLISE DA COOPERATIVA LABOR RIO.

A Federação Aquática do Estado do Rio de Janeiro assinou dois contratos de

prestação de serviços, um com a Labor Rio, outro com a COOMPS. Tratemos

especificamente da entidade em tela.

Consoante a cláusula primeira do contrato de prestação de serviços n° 056/03

(fls.20/25 em anexo), a Cooperativa Labor Rio obrigou-se a disponibilizar pessoal

especializado em administração esportiva à FARJ, definindo em sua cláusula quinta os

profissionais nele compreendidos. Tal definição não é exaustiva, já que se utilizou o

termo “ou outros a especificar”, o que pode significar terceirização de mão-de-obra

(empregado) e não de serviços, de acordo com o contido no Parecer da P.G.M.

Conforme o item 2.1.4, a Cooperativa obrigou-se a substituir o cooperado do

serviço que, porventura, venha a ser considerado inadequado, por motivos de ordem

técnica, moral ou disciplinar. Segundo os itens 2.1.5 e 2.1.6 do Contrato, os

cooperados têm direito a plano de saúde básico e seguro de vida em grupo,

respectivamente.

Fundamentada no Manual de Cooperativas elaborado pelo Ministério do Trabalho

em 1997, que traça com precisão e praticidade as características principais das

cooperativas de trabalho, a Equipe Inspecionante elaborou um questionário de

perguntas a serem feitas aos cooperados nas Vilas Olímpicas do Município (fls. 37/39

em anexo), a fim de verificar e avaliar a cooperativa em questão.

2 Opinião constante do Manual de Cooperativas, elaborado pelo Ministério do Trabalho em 1997.

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5.7.1 VISITA AO CENTRO ESPORTIVO MIÉCIMO DA SILVA E VILA OLÍMPICA

MESTRE ANDRÉ.

Entrevistamos vários cooperados a fim de obtermos uma amostra significativa,

gerando, por conseguinte, maior confiabilidade nas informações colhidas, as quais são

semelhantes e que detalharemos a seguir, procurando fazer uma correlação com as

características e dispositivos legais das entidades ditas cooperativas.

5.7.1.1 INGRESSO NA COOPERATIVA PARA QUE PUDESSEM TRABALHAR NAS

UNIDADES DO MUNICÍPIO (INEXISTÊNCIA DE AFFECTIO SOCIETATIS).

A utilização de cooperativas no Centro Esportivo Miécimo da Silva vem de longa

data. Alguns cooperados entrevistados vinculados a FBERJ e a FARJ já atuam no

CEMS há cerca de sete anos, sendo que a primeira cooperativa de que participaram foi

a Cooperativa Nacional Multidisciplinar de Serviços, no início de 1998. Após o término

do contrato entre o Município e esta entidade, aproximadamente no ano de 2000, eles

se filiaram à Cooperativa Aliança, nela permanecendo até Julho/03, quando, então,

novamente mudaram de cooperativa, agora para a Labor Rio, que atualmente fornece

profissionais para todo o CEMS e para a maioria das Vilas Olímpicas da Prefeitura,

incluindo a Vila Mestre André, também visitada pela Comissão desta Corte. É possível

que haja muitos outros cooperados que trabalham no Miécimo por todo esse tempo,

pois eles estão inseridos em um grupo que vem sendo remanejado desde a primeira

cooperativa, em 1998.

Segundo informações dos cooperados entrevistados, não houve pagamento por

parte da Cooperativa Aliança da quota-parte quando da transferência para a Labor Rio,

e muitos continuam, em tese, vinculados à Aliança, estando, portanto, filiados a duas

cooperativas simultaneamente.

Essa mudança de cooperativas também foi detectada na Vila Olímpica Mestre

André. Em entrevista com um dos cooperados, informou-se sobre a transferência da

Cooperativa Aliança para a Cooperativa Labor Rio, também por volta de Julho/03.

Tais relatos revelam que os cooperados estão muito mais preocupados em

manter suas atividades no CEMS, sendo as cooperativas um instrumento acessório,

porém obrigatório para que eles lá permaneçam. Sendo assim, parece-nos que um dos

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elementos basilares do cooperativismo inexiste, qual seja o “affectio societatis”3, o

elemento subjetivo da inserção do associado na sociedade cooperativa: o

elemento volitivo, a vontade de se tornar um membro da sociedade cooperativa,

de forma a contribuir para a consecução de resultados positivos e participar dos

resultados obtidos na proporção do esforço despendido (grifos nossos).

5.7.1.2 INEXISTÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO NAS ASSEMBLÉIAS.

Segundo os cooperados, eles não foram convocados para participarem das

assembléias da cooperativa, nem mesmo tomam conhecimento das decisões.

Conforme o art. 4º, VI da Lei 5.764/71, as decisões são tomadas por Deliberação

da Assembléia Geral, havendo quórum para o funcionamento, baseado no número de

associados e não no capital. Determina o art. 40, I dessa Lei que o quórum de

instalação, em primeira convocação, nas Assembléias Gerais é de 2/3 (dois terços) do

número de associados. Porém, em terceira convocação, segundo o inciso III desse

artigo, o quórum mínimo é de 10 associados. Isso torna a decisão da Assembléia Geral

pouco representativa, possibilitando o controle da cooperativa por poucos.

Quanto aos contratos de prestação de serviços entre a cooperativa e as

Federações Esportivas, os cooperados informaram que não tinham nenhum

conhecimento do conteúdo dos mesmos.

5.7.1.3 INEXISTÊNCIA DE RETORNO DAS SOBRAS LÍQUIDAS.

Segundo informado pelos cooperados, não há nenhum tipo de remuneração a

título de retorno de sobras líquidas. Eles recebem apenas sua remuneração fixa de

R$ 700,00 no caso de instrutor (conforme ajustado no contrato de prestação de

serviços e no plano de trabalho referente ao Convênio, com a definição de carga

horária semanal de 12 horas), e não têm conhecimento de qualquer retorno de sobras

líquidas.

Como se sabe, o art. 44, I da Lei do cooperativismo obriga as cooperativas à

prestação de contas após o término do exercício social, compreendendo o

3 Affectio Societatis – conceito extraído do Acórdão TCU n° 1815/2003 (Plenário), Processo

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

demonstrativo das sobras apuradas ou das perdas decorrentes da insuficiência das

contribuições para cobertura das despesas, fazendo-se a destinação das mesmas em

Assembléia Geral, após a dedução das parcelas constituídas a título de fundos

obrigatórios.

Compulsando o Voto do Exm° Sr. Ministro Relator Benjamin Zymler, há uma

passagem que espelha o exposto, a saber:

“Relativamente às cooperativas, sabe-se (art. 442, parágrafo único, CLT) que

todos os seus membros são autônomos, inexistindo vínculo empregatício entre elas e

seus associados, cujos contratos pressupõem obrigação de contribuir com bens ou

serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objeto

de lucro (art. 3º, Lei nº 5.764/71), prestando serviços aos associados (art. 7º, mesma

Lei), num relacionamento em que o cooperado entrega serviços e deles se beneficiam

diante da prestação que a cooperativa lhe confere. Não há lugar nessas entidades para

a subordinação, vez que todos os cooperados devem estar no mesmo plano, sem

dever de obediência, sem sujeitar a qualquer poder disciplinar, havendo apenas de

respeitar os estatutos construídos em proveito de todos os que ali, fraternalmente,

cooperam. Não há trabalho sob dependência da Cooperativa, não há salário fixo em

valor previamente estipulado, visto competir a cada qual contribuir com seu

trabalho para a formação de um montante que, livre as diversas despesas que

enfrenta a entidade, será repartido.”(grifos nossos).

.....................................

“Afasta-se do conceito de cooperativa e tendo assume postura de prestação de

serviços, aquela que, composta de uma cúpula gestora, realiza contratos com outros

entes para a colocação de pessoal, assim como os realiza com trabalhadores,

colocando-os como patentes empregados na tomadora de seus serviços, onde se

encontram sujeitos ao cumprimento de jornada, submetidos às ordens de

prepostos e a salário fixo e imutável.” (grifos nossos).

016.860/2002-0. Voto do Ministro Relator Benjamin Zymler, em Sessão de 26/11/03.

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5.7.1.4 EXISTÊNCIA DE CONTROLE DE FREQÜÊNCIA E DE CARGA HORÁRIA.

Conforme documentos obtidos pela Comissão Inspecionante junto à Coordenação

Técnica do CEMS (fls.40/49 em anexo), os cooperados possuem controle de

freqüência manual, em que eles assinam a hora de entrada e saída.

A utilização de cartões de ponto é pouco recomendável, pois se trata de

instrumento de controle de horário advindo do vínculo empregatício.

5.7.1.5 NÃO-EVENTUALIDADE.

Os cooperados já atuam no CEMS, em média, há quatro anos, com horários e

dias definidos, e o ingresso à Cooperativa Labor Rio ocorreu aproximadamente em

Julho/03. Porém, há aqueles que estão no Miécimo desde 1998. Sendo assim, parece-

nos caracterizada a não-eventualidade. Nossa opinião funda-se na doutrina de

Maurício Godinho Delgado, em Curso do Direito do Trabalho.

No dizer do renomado autor, para que haja relação empregatícia é necessário

que o trabalho prestado tenha caráter de permanência (ainda que por um curto período

determinado), não se qualificando como trabalho esporádico.

As principais teorias informadoras da noção de eventualidade (e

conseqüentemente de não-eventualidade) são: teoria da descontinuidade, teoria do

evento, teoria dos fins do empreendimento e teoria da fixação jurídica.

Considerando que a teoria dos fins do empreendimento é a mais prestigiada,

tratemos da mesma, segundo os ensinamentos do eminente autor, a saber:

“Informa tal teorização que eventual será o trabalhador chamado a realizar tarefa

não inserida nos fins normais da empresa – tarefas, que, por essa mesma razão,

serão esporádicas e de estrita duração. Délio Maranhão adere a tal teoria, sustentando que:

Circunstâncias transitórias, porém, exigirão algumas vezes que se admita o

trabalho de alguém que se destina a tender a uma necessidade, que se apresenta com

caráter de exceção dentro do quadro das necessidades normais do empreendimento.

Os serviços prestados serão de natureza eventual e aquele que os prestar, trabalhador

eventual, não será empregado.” (grifos nossos).

Note-se que um dos vetores constantes da Resolução SMEL nº 025/2001, de 10

de janeiro de 2001, é o da intervenção social alternativa à marginalidade infanto-juvenil,

o qual se operacionaliza através da oferta de atividades esportivas e lazer à

comunidade nas Vilas Olímpicas da Prefeitura, utilizando, para tal, cooperados

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contratados pelas Federações. Sendo assim, parece-nos que o labor desenvolvido por

estes está intimamente ligado aos próprios objetivos da Secretaria, não possuindo perfil

de exceção ou transitoriedade.

O quadro a seguir demonstra os cooperados entrevistados e o respectivo tempo

de trabalho no CEMS.

COOPERADO FUNÇÃO TEMPO DE SERVIÇO

Alessandro de Andrade Fernandes Guardião 3 anos

Marcia Gonçalves da Graça Inst. Hidrogin. 4 anos

Verônica Dantas Gamaio Inst. Hidrogin. 7 anos

André Fernandes Pacheco Inst. Natação 1 ano e 6 meses

Aline Tavares Ribeiro Estagiária 2 anos e 6 meses

Jaqueline Guimarães Moreira Guardião 3 anos e 2 meses

Marcia C. da S. Rodrigues Inst. Hidrogin. 6 anos

Monica de Oliveira Souza Inst. Hidrogin. 4 anos

Leandro Carvalho Christianes Inst. badminton 2 anos e 6 meses

Ederson Luiz Antunes Inst. Basquete 7 anos

Giani Souza Lima de Freitas Inst. Basquete 7 anos

Daniele Aragão Filippo Estagiária 4 anos

5.7.1.6 SUBORDINAÇÃO.

Antes de tratarmos da situação in concretu, é oportuno citar o conceito de

subordinação, a saber:

“Consiste na situação jurídica derivada do contrato de trabalho, pela qual o

empregado comprometer-se-ia a acolher o poder de direção empresarial no modo de

realização de sua prestação de serviços. Traduz, em suma, na situação em que se

encontra o trabalhador, decorrente da limitação contratual da autonomia de sua

vontade, para o fim de transferir ao empregador o poder de direção sobre a atividade

que desempenhará4.

No Direito do Trabalho, a subordinação é encarada sob um prisma objetivo, pois

atua sobre o modo de realização da prestação e não sobre a pessoa do trabalhador.

4 Maurício Godinho Delgado. Curso do Direito do Trabalho. Pág.302/303. Editora LTR (SP). 3ª Edição.

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Conforme já devidamente demonstrado no item 4.1.2 do presente trabalho, cerca

de 30% e 35% dos cooperados vinculados, respectivamente, à FARJ e à FBERJ estão

desempenhando atividades puramente administrativas, o que configura, além de

desvirtuar os Convênios, uma relação de subordinação, já que tais atividades se

enquadram entre aquelas constantes no acordo firmado entre o Ministério Público do

Trabalho e a Advocacia Geral da União. Outrossim, há vários cooperados que atuam

na sede da Secretaria exercendo funções administrativas essenciais ao seu

funcionamento, recaindo na mesma situação (este assunto será tratado em item

específico deste Relatório).

5.8 ANÁLISE DA COOP. MÚLTIPLA DE PREST. DE SERVIÇOS LTDA (COOMPS).

A Federação Aquática do Estado do Rio de Janeiro assinou dois contratos de

prestação de serviços, um com a Labor Rio, outro com a COOMPS. Tratemos

especificamente da entidade em tela.

Consoante o anexo I do contrato n° 06/02 (fls.26/36 em anexo), firmado entre a

FARJ x COOMPS, foram disponibilizados serviços esportivos envolvendo as funções

de coordenador geral, coordenador, instrutor, assistente técnico, supervisor, auxiliar

técnico e estagiário. Porém, os serviços em que essa cooperativa atua são diversos,

abrangendo serviços para condomínios (porteiro, vigia, manobrista, eletricista,

bombeiro hidráulico), serviços de limpeza (faxineiro, jardineiro), serviços de escritório

(office boy, auxiliar administrativo, telefonistas, recepcionistas, auxiliar de serviços

gerais), dentre outros.

Considerando que muitos desses serviços (ou todos) por sua natureza envolvem

subordinação, conforme já fora mencionado, talvez já seria possível concluir, em tese,

que a COOMPS não represente uma cooperativa em essência. No entanto, tratemos

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do caso in concreto, já que as atividades desenvolvidas por professores de educação

física, coordenadores e estagiários não estão enquadradas naquelas atividades que

envolvem necessariamente subordinação.

5.8.1 VISITA À VILA OLÍMPICA CLARA NUNES (ACARI).

Entrevistamos os cooperados vinculados à FBERJ, José Werner da Silva Neto e

Rosângela Maria Pinho. As informações prestadas por ambos são semelhantes em

quase todos os pontos. Em relação àquelas diferentes, trataremos de forma individual,

conforme a seguir:

Considerando que os aspectos doutrinários já foram abordados, quando da

análise da Cooperativa Labor Rio, trataremos das situações de fato verificadas in loco,

a fim de não sermos redundantes.

5.8.1.1 INGRESSO NA COOPERATIVA PARA QUE PUDESSEM TRABALHAR NA

VILA OLÍMPICA.

Segundo o Sr. Werner, não houve critério de seleção para preenchimento da vaga

de professor de educação física (modalidade natação), sua vaga deu-se por indicação.

A Sra Rosângela, por sua vez, entregou currículo na Vila, sendo posteriormente

convocada para uma entrevista. Inobstante as declarações diferentes, ambos

informaram que assinaram um contrato com a cooperativa, tendo em vista a

necessidade de integrá-la para que pudessem laborar na Vila Clara Nunes.

Tais relatos revelam a inexistência do “affectio societatis, já objeto de nossa

análise anterior.

5.8.1.2 INEXISTÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO NAS ASSEMBLÉIAS.

Segundo os cooperados, eles não são convocados para participarem das

assembléias da cooperativa, nem mesmo tomam conhecimento das decisões.

Quanto aos contratos de prestação de serviços entre a cooperativa e as

Federações Esportivas, os cooperados informaram que não tinham nenhum

conhecimento do conteúdo dos mesmos.

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5.8.1.3 INEXISTÊNCIA DE RETORNO DAS SOBRAS LÍQUIDAS.

Segundo informado pelos cooperados, não há nenhum tipo de remuneração a

título de retorno de sobras líquidas. Eles recebem apenas sua remuneração fixa de

R$ 700,00 no caso de instrutor (conforme ajustado no contrato de prestação de

serviços e no plano de trabalho referente ao Convênio, com a definição de carga

horária semanal de 12 horas), e não têm conhecimento de qualquer retorno de sobras

líquidas.

5.8.1.4 EXISTÊNCIA DE CONTROLE DE FREQÜÊNCIA E DE CARGA HORÁRIA.

Embora a Coordenação Técnica da Vila tenha informado que não havia controle

de freqüência (controle de ponto), não foi o informado pela cooperada Rosângela Maria

Pinho. O controle de sua freqüência era feito por dois outros cooperados (Meiry ou

Isabel). A utilização de cartões de ponto é pouco recomendável, pois se trata de

instrumento de controle de horário advindo do vínculo empregatício.

5.9 COMENTÁRIOS FINAIS.

Ao longo do item 5, a Equipe desta Corte colheu evidências com vistas a verificar

se as entidades Labor Rio e COOMPS são efetivamente cooperativas de trabalho

em sua essência.

De acordo com o exposto, parece-nos que as referidas entidades não se

enquadram nos princípios e dispositivos definidos pela Lei 5.764/71, sendo, portanto

irregulares.

Ainda que o Município do Rio de Janeiro não sofra demandas judiciais

trabalhistas por parte de cooperados que buscam indenizações em função de um

possível vínculo empregatício, a Administração Pública deve obediência ao Princípio da

Legalidade. Sendo assim, não nos parece adequado que a Secretaria Municipal de

Esportes e Lazer mantenha cooperativas irregulares nas Vilas Olímpicas da Prefeitura,

devendo buscar outras parcerias para atingir seus objetivos.

Mesmo que o vínculo de emprego não se aperfeiçoe, em função do Enunciado nº

363 do Tribunal Superior do Trabalho, afastando o pagamento de 13º salário, férias,

FGTS e aviso prévio indenizado, tal fato geraria uma distorção, uma vez que a

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Prefeitura seria a única beneficiada de uma situação irregular, ao manter um

trabalhador atuando na SMEL por meio de cooperativas. Nesse sentido, estaria sendo

também violado o Princípio da Moralidade Administrativa.

Enunciado nº 363, TST:

“A contratação de servidor público, após a Constituição de 1988, sem

prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no seu art. 37, II, e §

2º, somente conferindo-lhe direito ao pagamento da contraprestação

pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o salário-

mínimo/hora."

6. COOPERADOS QUE TRABALHAM NA ESTRUTURA DA SMEL.

O presente tópico tem relação direta com aqueles que buscaram traçar o perfil

das cooperativas, e poderia estar neles incluso. Todavia devido à sua relevância,

optamos tratá-lo em separado. Na avaliação daqueles entes, é mister que se proceda à

análise de todos aspectos em conjunto, incluindo este que iremos detalhar.

Na visita ao Centro Esportivo Miécimo da Silva, objetivou-se verificar, dentre

outros, a presença dos cooperados que deveriam estar presentes no dia da visita. De

posse da relação de todos os profissionais envolvidos nos Convênios celebrados com a

FARJ e a FBERJ, fornecida pela Coordenação do CEMS, detectamos que havia uma

diferença entre o quantitativo previsto no plano de trabalho dos Convênios (101

profissionais) e na relação fornecida pela Coordenação do CEMS (66 profissionais). Tal

fato também ocorreu em relação à FBERJ. A previsão em Convênio é de 51

profissionais, porém a listagem fornecida dos profissionais em atividade é de 38.

Para termos certeza de que os Convênios estavam sendo executados em sua

íntegra, conforme previsão em plano de trabalho, verificamos o detalhamento do valor

da nota fiscal, fornecido pelo setor de prestação de contas, e concluímos que os

Convênios estão sendo implementados segundo o previsto.

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Em função das divergências mencionadas, questionamos o Coordenador Técnico

do CEMS, que nos informou que os profissionais que ali não atuavam prestavam

serviço na Secretaria (Av. Presidente Vargas) e, portanto, não possuía a relação

nominal dos mesmos. Por conseguinte, a Equipe desta Corte solicitou através de

memorando à Diretoria de Administração da SMEL a relação dos cooperados que

estariam trabalhando na sede do órgão, com o objetivo de facilitar a verificação in loco

nos três andares ocupados pela jurisdicionada e identificar todas as pessoas que

laboram na Secretaria, sejam elas cooperadas, oriundas de outro órgão ou regidas pela

C.L.T. O procedimento abrangeu as pessoas presentes ou ausentes no dia da

verificação, registrando-se, portanto, todos que ali atuam. O Diretor Administrativo do

órgão colaborou com nossos trabalhos e acompanhou a Equipe desta Corte em todas

as divisões da SMEL. Os quadros a seguir evidenciam o exposto, a saber.

RELAÇÃO DE PESSOAL ATUANTE NA SMEL Nome Matrícula Função Divisão SMEL

10º ANDAR 01 Losina Áurea da Costa Venturine Labor Rio Secretária Diret. Administração 02 Suely Abecaciss da Silva 60/210.724-1 Secretária Diret. Administração

03 Felipe Augusto Braga Labor Rio Apoio Serv.Gerais Smel Diret. Administração 04 Osawa dos Reis Labor Rio Apoio ao Orçamento Orçamento 05 Paula Roberta Pinto Oliveira Labor Rio Apoio ao Orçamento Orçamento 06 Carlos Frederico 11/202.831-4 Assessor de Orçamento Orçamento 07 Gilmar Marins Teixeira 10/095.404-0 Pesquisa de Preços Div. de Compras 08 Marçal Afonso Ribeiro Junior Labor Rio Pesquisa de Preços Div. de Compras 09 Luciano de E.S.Carneiro Junior Labor Rio Motorista Div. de Compras 10 Sheila Maria Braga Castro Labor Rio Pesquisas de Preços Div. de Compras 11 Elisabheth Estevan Bacrichensky 12/170.591-2 Pesquisas de Preços Div. de Compras 12 Adalgisa Martins de Medeiros Labor Rio Apoio Comis.Licitação Com.Perm. Licitação 13 Fátima Andrade Pinto Labor Rio Apoio Comis.Licitação Com.Perm. Licitação 14 Isaura Maria Mota dos Santos 85/214.523-3 Pres.Com.Licitação Com.Perm. Licitação 15 Marcio Aires Antonelli Coomps Assistente Ouvidor Ouvidoria 16 Mendel Herszenhut 85/099.317-0 Ouvidoria 17 Gioconda Antonelli 60/199.266-8 Coordenador II Ouvidoria 18 Claudia dos Santos Capelli Coomps Técnica em Planejamento Div de Planejamento 19 Gustavo Novaes Helito Labor Rio Técnico em Planejamento Div de Planejamento 20 José Maurício Elias da Silva Coomps Técnico em Planejamento Div de Planejamento

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

RELAÇÃO DE PESSOAL ATUANTE NA SMEL Nome Matrícula Função Divisão SMEL

21 Walkir Ventura Rego Labor Rio Apoio a Contratos Div. de Contratos 22 Francisco José Santiago Peixoto 85/112.133-4 Advogado Div. de Contratos 23 João Carlos Rodrigues Loureiro Labor Rio Pesquisa de Preços Div. de Compras 24 Paulo Roberto Anastácio Carneiro Labor Rio Pesquisa de Preços Div. de Compras 25 Ivo Martins Henrique 20/133537-1 Pesquisa de Preços Div . de Compras 26 Elaine Labor Rio Pesquisa de Preços Div . de Compras 27 Marta Cristina de Paula Ferreira 60/230.812-0 Pesquisa de Preços Div . de Compras 11º ANDAR 28 Carlos Eduardo N.Menezes Coomps Apoio Adiministrativo Subchefia A.Técnicos 29 Robson Tadeu Moreira da Silva Coomps Apoio Administrativo Subchefia A.Técnicos 30 Carmen Lúcia Lino Coomps Apoio Administrativo Subchefia A.Técnicos 31 Daniela Calucio Coomps Instrutora Ass. Comunicação 32 Selma Grunfeld 60/210.753-0 Assessor II Ass. Comunicação 33 Vânia Regina Dias Madeira 60/210.725-8 Assessor II Ass. Comunicação 34 Wagner Azevedo Coe 60/231.796-4 Assessor III Div.Marketing 35 Juliana Rezende Coomps Proj.Viva Volei Div. de Marketing 36 José Alves Calzans Coomps Proj.Gol de Placa Div. de Marketing 37 Bruno Queiroz Coomps Proj.Viva Volei Div. de Marketing 38 Gabriela Pupe Coomps Proj. Viva Volei Div. de Marketing 39 Valdenia Borges de Oliveira 60/210.762-1 Coor.Projetos Ppd Coord. de PPD 40 Maria Angélica P.de Oliveira Labor Rio Ass.da Coord.Ppd Coord. de PPD 41 Regilsa Aleluia Coomps Apoio Adm da Ppd Coord. de PPD 42 Eduardo Santos 60/231.664-4 Coord.Técnico Smel Coord.ApoioTec 43 Artur Gomes Martins Vevon (Maré) Sub.Coord.Técnico Coord..ApoioTec 44 Eliane Câmara de L.B.de Oliveira Labor Rio Apoio a Eventos Div. de Eventos 45 Regina Célia Amaro Oliveira 69/505.677-9 Apoio a Eventos Div. de Eventos 46 Ulisses da Silva Andrade Labor Rio Apoio Técnico Proj.Espec. Div.Bolsa Esporte 47 Iraina Nunes da Silva Labor Rio Apoio Técnico Proj.Espec. Div.Bolsa Esporte 48 Marcela Fernandes dos Santos Labor Rio Aux.Adm Div.Proj.Sócio-

Educacional 49 Isabele Freire Labor Rio Coordenadora de projeto Div.Proj.Sócio-

Educacional 50 Fernado Sá Freire Cargo

Comissão Div. Ativ de Lazer

51 Renato Dutra Mello Emílio 10/086.460-3 Ag. Administrativo Div. Ativ de Lazer 52 Lucia Helena Figueira Coomps Secretária Div. Ativ de Lazer 53 Luiz Antonio Miranda Reis 60/191.733-5 Assessor II Div. Prest.Contas 54 Maria da Conceição Bastos 70/173.161-1 Assessor de Planejamento Div. Prest.Contas 55 Augusto Luiz Ribeiro Alves 72/2505675-5 Pres.Com.Prest.Contas Div. Prest.Contas 56 Eliane Xavier Coomps Apoio Div. Prest.Contas 57 Adriana Galucio Labor Rio Apoio Div. Prest.Contas 58 Rosa Maria da Silva Santos 43/2505016-9 Secretária Gabinete 59 Andréia Rocha Lima Coomps Secretária Gabinete 60 Áurea Regina Martins de Oliveira Labor Rio Secretária Gabinete

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

61 Ângela Cid Loureiro 60/210.740-7 Secretária Gabinete RELAÇÃO DE PESSOAL ATUANTE NA SMEL

Nome Matrícula Função Divisão SMEL 62 José Giovane Peterle 21/089.060-8 Chefe de Gabinete Gabinete

3º ANDAR 63 Luiz Gustavo S. Queiroz Pedruco Labor Rio Ag.Administrativo Protocolo 64 Edézio Barbosa 20/103.909-8 Ag.Administrativo Protocolo 65 Ramona Soares Coomps Ag.Administrativo Protocolo 66 Ronaldo Bachur Abokater 20/127.678-1 Ag.Administrativo Protocolo 67 Mario Martins 10/116.482-1 Ag.Adiministrativo Reprografia 68 Maria Helena Francisca Celetista Ag.Adiministrativo Reprografia 69 Sulamita Felix da Silva 12/099.178-6 Assistente II Div. Pessoal 70 Alex Nunes de Souza 60/230.811-2 Assistente II Div. de Pessoal 71 Patrícia Vita dos Santos 60/226.400-0 Ag.Bens Móveis Bens Móveis 72 Josefa da Silva Pontes 40/620627-0 Adm. Notes Ass. Informática 73 Antonio G.Santos Barros Labor Rio Analista de Suporte Ass. Informática 74 Jakson Augusto da Silva Coomps Tec. De Suporte Ass. Informática 75 Fernando Antonio S,Mastrangioli Labor Rio Ger. De Suporte Ass. Informática 76 Paulo Célio Innecco Labor Rio Adm. de Rede Ass. Informática 77 Fernando César Pestana Oliveira Coomps Proj. de Rede Ass. Informática 78 Jaqueline G.Lima Labor Rio Sec/Aux.Adm Ass. Informática 79 Paula Vilela de O.Silva Labor Rio Ass. Informática 80 Daniel Gustavo C.Bouzada Labor Rio Programador Ass. Informática 81 Ediwiges Silva Lima Labor Rio Aux.Adm Ass. Informática 82 José Carlos Reis Iplanrio Anal.Sistema Ass. Informática 83 Gustavo da Silveira P. da Silva Iplanrio Anal.Sistema Ass. Informática 84 Raimundo Á. dos Santos Rego Barros 11/160.995-7 Ass.Desv..Institucional Ass. Informática 85 Gustavo Miranda Rodrigues 11/156.395-6 Coordenador Ass. Informática

Conforme demonstrado no quadro anterior, as cooperativas COOMPS e Labor

Rio atuam em setores essenciais da Administração, exercendo funções

administrativas relevantes ao seu funcionamento, havendo 49 cooperados, dentre o

total de 86 pessoas, o que representa 57%.

Quanto ao tema, é oportuno citar o Voto do Exmº Conselheiro Relator Nestor

Baptista do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, em função de consulta formulada

por Município para contratação de pessoal por intermédio de cooperativas de trabalho.

A Diretoria de Assuntos Técnicos e Jurídicos apontou para a impossibilidade da

contratação consultada. Esclareceu que a contratação de cooperativas seria possível

para o exercício de funções não essenciais do Poder Público.

Em seu Voto, o Conselheiro Relator cita que vários Municípios do Estado estão

lançando mão da contratação de cooperativas de trabalho para disponibilizar serviço

público interno e externo.5

5 Serviço Público Interno: Atende a uma demanda burocrática interna da Administração.

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

Em relação ao serviço público interno, discorre o Exmº Conselheiro Nestor

Baptista, in verbis:

“As contratações a serem efetuadas deverão dar-se para a prestação de serviços

à Administração, e não para mera terceirização de serviços públicos. Existem serviços

públicos que compõem o arcabouço estrutural da Administração Pública, seu

núcleo essencial e que não podem ser intermediados por terceiros, como bem

salientou a Procuradoria, às folhas 9 e 10. É perfeitamente exigível dos Municípios que

tenham uma estrutura permanente de funções organizadas em carreira, que dê

estabilidade e continuidade à atividade administrativa pública. Nestas funções,

conforme dispõe o art. 37,II da CF/88, a investidura dependerá de aprovação prévia em

concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e

complexidade do cargo ou emprego”. (grifos nossos).

Discorrendo sobre servidor público, José dos Santos Carvalho Filho6 classifica-o

em “comum” e em “especiais”, a natureza das funções exercidas e o regime jurídico

que disciplina a relação entre o servidor e o poder público. Quanto ao primeiro, assim

entende o autor:

“Servidores públicos comuns são aqueles a quem incumbe o exercício das

funções administrativas em geral e o desempenho das atividades de apoio aos

objetivos básicos do Estado. Formam a grande massa dos servidores, podendo ser

estatutários ou trabalhistas”.

As atividades desempenhadas por cooperados nas Divisões de Orçamento,

Administração, Compras e Licitação, e prestação de contas, dentre outras, são

essenciais à Administração, havendo, portanto, o caráter imperativo de preenchimento

das vagas por servidores públicos.

Serviço Público Externo: Atende diretamente à comunidade. . 6 José dos Santos Carvalho Filho. Direito Administrativo. 8ª edição. Pág.453.

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7. FEDERAÇÕES QUE NÃO FIRMARAM CONVÊNIO, MAS QUE ATUAM NAS

VILAS.

Durante os trabalhos no CEMS, detectamos a atuação da Federação de Futebol

Society, da Federação de Judô, da Federação de Vôlei e da Associação Regional de

Desporto para Deficientes Mentais (ARDEM). Todavia, ao pesquisar o Sistema de

Controle de Processos desta Corte, não encontramos nenhum processo referente a

Convênios com essas entidades, a exemplo de outras Federações.

As entidades já mencionadas elaboraram seus respectivos planos de trabalho,

com as grades de horários e planilha mensal de custos. Todavia, o Exmº Sr. Secretário

Municipal de Esportes e Lazer autorizou a contratação com aquelas entidades pelo

prazo de apenas dois meses, promovendo, entretanto, sucessivas prorrogações. Os

processos autuados na SMEL datam de Junho/03 e tais entidades continuam atuando

no CEMS até o presente momento. Sendo assim, o órgão deveria ter celebrado os

correspondentes Convênios em Junho/03, como o fez com as demais Federações,

remetendo os Instrumentos a esta Corte, em observância à Deliberação TCM nº 142,

de 05/03/02, a saber:

Art. 1º - .............................................................

VI – dentro de dez dias a contar da publicação, cópia dos convênios, acordos e outros instrumentos congêneres.” (NR)

Nada impediria o órgão de celebrar os Instrumentos pelo período de doze meses.

Entendendo que não seria oportuno mantê-los após dois meses, haveria a denúncia

dos mesmos, pois há previsão em cláusula específica dos Convênios.

Para fins de liquidação e pagamento, o órgão os faz através de empenho, com a

vinculação ao processo de origem, não havendo contrato/convênio correspondente. Os

quadros a seguir demonstram as liquidações e pagamentos efetuados às Federações,

evidenciando a continuidade do acordo original celebrado, bem como os valores

mensais previstos nos planos de trabalho das Federações não contempladas por

Instrumento de Convênio.

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PLANILHA MENSAL DE CUSTOS DO PLANO DE TRABALHO ORIGINAL (JUNHO/03)

FUNÇÃO FED. JUDÔ (R$) FED. FUT. SOCIETY ARDEM FED. VÔLEI

Coordenador Geral --- --- --- 2.000,00

Coordenador 2.000,00 4.000,00 3.000,00 2.000,00

Subcoordenador 1.600,00 3.200,00 3.200,00 1.600,00

Instrutor 4.200,00 4.200,00 5.600,00 4.200,00

Assistente Técnico 3.000,00 3.000,00 4.000,00 3.000,00

Supervisor --- 2.400,00 900,00 2.400,00

Auxiliar Técnico 1.800,00 1.800,00 2.400,00 1.800,00

Estagiário 1.500,00 1.500,00 2.000,00 1.500,00

Total 14.100,00 20.100,00 21.100,00 18.500,00

Encargos (*) 8.718,66 11.785,68 12.296,85 10.967,81

Taxa de Administ. 1.200,00 1.678,19 1.757,73 1.550,94

Total do Projeto 24.019,64 33.563,87 35.154,58 31.018,74

(*) O FATES estava inserido no grupo “encargos”, o qual foi retirado dos custos das

cooperativas. O valor da taxa de administração também sofreu alteração. Com tais

modificações, ocorridas em março de 2004, houve uma ligeira redução no custo total

do projeto.

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

SAGOF - FEDERAÇÃO JUDÔ – EMPENHOS E LIQUIDAÇÕES (SEM CONTRATO) – PROC. 15/002.499/03

Exercício Empenho Data

Empenho Empenho Anul

ParcialAnul Total

Total Liquidado Total Pago Valor Bruto

Data Liquidação

2004 243-3 30/04/04 20.277,62 0,00 0,00 20.277,62 0,00 2004 221-9 29/04/04 20.152,19 0,00 20.152,19 0,00 0,00 2004 134-4 27/02/04 24.019,64 0,00 0,00 20.277,62 20.277,62 20.277,62 29/04/04 2003 649-2 14/11/03 48.039,28 0,00 0,00 48.039,28 48.039,28 24.019,64 25/11/03 2003 649-2 14/11/03 48.039,28 0,00 0,00 48.039,28 48.039,28 24.019,64 05/12/03 2003 620-3 29/10/03 24.019,64 0,00 24.019,64 0,00 0,00 2003 500-7 05/09/03 48.039,28 0,00 0,00 48.039,28 48.039,28 24.019,64 09/09/03 2003 500-7 05/09/03 48.039,28 0,00 0,00 48.039,28 48.039,28 24.019,64 28/10/03 2003 382-0 30/06/03 48.039,28 0,00 0,00 48.039,28 48.039,28 24.019,64 04/07/03 2003 382-0 30/06/03 48.039,28 0,00 0,00 48.039,28 48.039,28 24.019,64 07/08/03

SAGOF – FEDERAÇÃO DE VÔLEI – EMPENHOS E LIQUIDAÇÕES (SEM CONTRATO) – PROC. 15/002.290/03

Exercício Empenho Data

Empenho Empenho Anul

ParcialAnul Total

Total Liquidado Total Pago Valor Bruto

Data Liquidação

2004 220-1 29/04/04 26.605,38 0,00 0,00 26.605,38 0,00 2004 138-5 27/02/04 31.018,74 0,00 0,00 26.605,38 0,00 2004 135-1 27/02/04 33.563,87 0,00 33.563,87 0,00 0,00 2004 32-0 02/01/04 62.037,48 0,00 0,00 62.037,48 62.037,48 31.018,74 27/02/04 2004 32-0 02/01/04 62.037,48 0,00 0,00 62.037,48 62.037,48 31.018,74 27/02/04 2003 647-6 14/11/03 62.037,48 0,00 0,00 62.037,48 62.037,48 31.018,74 25/11/03 2003 647-6 14/11/03 62.037,48 0,00 0,00 62.037,48 62.037,48 31.018,74 05/12/03 2003 622-9 29/10/03 31.018,74 0,00 31.018,74 0,00 0,00 2003 501-5 05/09/03 62.037,48 0,00 0,00 62.037,48 62.037,48 31.018,74 09/09/03 2003 501-5 05/09/03 62.037,48 0,00 0,00 62.037,48 62.037,48 31.018,74 07/10/03 2003 348-1 20/06/03 62.037,48 0,00 0,00 62.037,48 62.037,48 31.018,74 07/07/03 2003 348-1 20/06/03 62.037,48 0,00 0,00 62.037,48 62.037,48 31.018,74 07/08/03

SAGOF - ARDEM – EMPENHOS E LIQUIDAÇÕES (SEM CONTRATO) – PROC. 15/002.306/03

Exercício Empenho Data

Empenho Empenho Anul

Parcial Anul Total

Total Liquidado Total Pago Valor Bruto

Data Liquid.

2004 222-7 29/04/04 30.344,52 0,00 0,00 30.344,52 0,00 2004 137-7 27/02/04 35.154,58 0,00 0,00 30.344,52 30.344,52 30.344,52 29/04/04 2004 35-3 02/01/04 70.309,16 0,00 0,00 70.309,16 70.309,16 35.154,58 02/01/04 2004 35-3 02/01/04 70.309,16 0,00 0,00 70.309,16 70.309,16 35.154,58 27/02/04 2003 646-8 14/11/03 70.309,16 0,00 0,00 70.309,16 70.309,16 35.154,58 25/11/03 2003 646-8 14/11/03 70.309,16 0,00 0,00 70.309,16 70.309,16 35.154,58 05/12/03 2003 613-8 29/10/03 35.154,58 0,00 35.154,58 0,00 0,00 2003 499-2 05/09/03 70.309,16 0,00 0,00 70.309,16 70.309,16 35.154,58 09/09/03 2003 499-2 05/09/03 70.309,16 0,00 0,00 70.309,16 70.309,16 35.154,58 03/10/03 2003 366-3 24/06/03 70.309,16 0,00 0,00 70.309,16 70.309,16 35.154,58 04/07/03 2003 366-3 24/06/03 70.309,16 0,00 0,00 70.309,16 70.309,16 35.154,58 07/08/03

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

SAGOF – FED.FUTEBOL SOCIETY – EMPENHOS E LIQUIDAÇÕES (SEM CONTRATO) – PROC. 15/002.435/03

Exercício Empenho Data

Empenho Empenho Anul

Parcial Anul Total

Total Liquidado

Total Pago

Valor Bruto

Data Liquid.

2004 219-3 29/04/04 28.906,40 0,00 0,00 0,00 0,00 2004 139-3 27/02/04 33.563,87 0,00 0,00 0,00 0,00 2004 136-9 27/02/04 31.018,74 0,00 31.018,74 0,00 0,00 2004 34-6 02/01/04 67.127,74 0,00 0,00 67.127,74 67.127,74 33.563,87 05/04/04 2004 34-6 02/01/04 67.127,74 0,00 0,00 67.127,74 67.127,74 33.563,87 06/04/04 2003 648-4 14/11/03 67.127,74 0,00 0,00 67.127,74 67.127,74 33.563,87 04/12/03 2003 648-4 14/11/03 67.127,74 0,00 0,00 67.127,74 67.127,74 33.563,87 05/12/03 2003 603-9 29/10/03 33.563,87 0,00 33.563,87 0,00 0,00 2003 498-4 05/09/03 67.127,74 0,00 0,00 67.127,74 67.127,74 33.563,87 09/09/03 2003 498-4 05/09/03 67.127,74 0,00 0,00 67.127,74 67.127,74 33.563,87 21/10/03 2003 384-6 30/06/03 67.127,74 0,00 0,00 67.127,74 67.127,74 33.563,87 04/07/03 2003 384-6 30/06/03 67.127,74 0,00 0,00 67.127,74 67.127,74 33.563,87 07/08/03

QUADRO SINTÉTICO – EMPENHOS, LIQUIDAÇÕES E PAGAMENTOS.

Entidade Total empenhado Total liquidado Total pago

F.VÔLEI 370.356,65 301.360,68 248.149,92

F.F.SOCIETY 395.563,84 268.510,96 268.510,96

ARDEM 381.890,32 341.925,68 311.581,16

F.JUDÔ 232.586,93 184.673,08 164.395,46

TOTAL GERAL 1.380.397,74 1.096.470,4 992.637,5

8. VERIFICAÇÃO DO ALMOXARIFADO CENTRAL.

O almoxarifado central da SMEL, situado no Centro Esportivo Miécimo da Silva,

visa a atender, segundo informado pela Diretoria Administrativa da SMEL e pelo

responsável pelo almoxarifado, às Vilas Olímpicas, aos Núcleos Esportivos e aos

Núcleos dos Programas desenvolvidos pela Secretaria, disponibilizando, por meio de

notas de requisição de saída de material, materiais (troféus, medalhas, uniformes,

bolas, etc.) utilizados diariamente nesses locais.

Considerando que o maior volume de saída de materiais em termos de recursos

financeiros ocorreu em Dezembro/03, a equipe desta Corte solicitou todos os

documentos que respaldaram a saída dos materiais. Quando da verificação dos

mesmos, a Comissão identificou vários pedidos de material formulados por

Associações de Moradores e Conselhos Comunitários, os quais não possuem , ao que

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

nos parece, nenhuma ligação com os programas da Secretaria, levando-se em

consideração o teor dos pedidos, pois não consta nenhuma evidência que as

atividades e eventos realizados pelas Associações são atendidos por algum dos

programas da SMEL. Por conseguinte, solicitamos ao órgão cópia de todas as notas de

requisição de Dezembro/03, incluindo os pedidos das Associações de Moradores e

Conselhos Comunitários que estavam em anexo e que deram origem às notas de

requisição.

Quando da entrega das cópias, a comissão desta Corte verificou que os pedidos

dessas Associações anteriormente verificados não se faziam presente. Decidimos,

então, formalizar nova solicitação, através de memorando (fls.50 em anexo), desses

pedidos. Considerando a morosidade do órgão em fornecer o solicitado, a comissão

desta Corte, em nova visita ao almoxarifado central, requisitou e obteve os mesmos

documentos referentes aos meses de março e maio/03.

8.1 ANÁLISE DAS REQUISIÇÕES DE MATERIAL.

Da análise dos documentes correspondentes a esses dois meses, identificamos

que a SMEL também fornece, através de pedido formulado ao Exmº. Sr. Secretário,

materiais para diversas Associações de Moradores e Conselhos Comunitários, ainda

que não haja uma atuação específica nas comunidades (através de seus programas ou

núcleos), levando-se em consideração o teor dos documentos obtidos no almoxarifado

central. Com a autorização dada pelo Chefe de Gabinete, Sr. José Giovani Péterle, no

próprio pedido das Associações, o responsável pelo almoxarifado promove a saída dos

materiais do estoque.

Da análise da Nota de requisição nº 1174/03 (fls.51/52 em anexo), emitida em

29/05/03, verifica-se que houve saída de 200 camisetas regatas, 05 cones plásticos.

Todavia, o pedido do Presidente da Escolinha de Futebol Jardim Bela Vista, autorizado

pelo Chefe de Gabinete da SMEL, não faz referência a nenhum desses materiais.

Outrossim, foram solicitadas 02 bolas de campo, porém foram fornecidas 03.

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

Em relação à requisição nº 953/03, de 14/03/03, a Associação Atlética “Custou

Mas Saiu” solicitou troféus, medalhas e jogos de camisa para a realização de torneios

de futebol, sem mencionar quantidades. O responsável pelo almoxarifado central

disponibilizou os quantitativos ali indicados, de acordo com sua discricionariedade, ao

que parece.

Quanto à requisição nº 1163/03, verifica-se que houve saída de três bolas de

vôlei, não compreendidas no pedido original.

Sobre a requisição nº 1159/03, consta a saída do estoque de oito bolas de futsal,

que também não estavam abrangidas na solicitação da Associação de Moradores.

No tocante à requisição nº 959/03, houve a saída de cinqüenta medalhas que

também não faziam parte do pedido original.

O que se quer mostrar e destacar em relação às divergências entre as

requisições e os correspondentes pedidos não é o aspecto financeiro, até porque as

saídas sem justificativa são pouco representativas, mas, sobretudo, a fragilidade de

controle na movimentação de materiais, pois as evidências indicam que a liberação dos

mesmos fica sob a discricionariedade do responsável pelo almoxarifado.

9. ANÁLISE DOS PROCESSOS DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

Analisamos os processos de liquidação dos Convênios correspondentes aos

meses de outubro/03 e dezembro/03, com o objetivo de verificar se os custos

estabelecidos no plano de trabalho dos Convênios celebrados com a Federação

Aquática e com a Federação de Basquete estavam devidamente comprovados. Tendo

em vista que naqueles processos não havia a discriminação das despesas que dizem

respeito às Cooperativas Labor Rio e COOMPS (que prestam serviços às Federações),

solicitamos, por meio do memorando n° 06/04, à Divisão de Prestação de Contas da

SMEL que detalhasse os componentes que integram os valores das Notas Fiscais.

Conforme documentação datada 19/04/04 (fls.54/55 em anexo), as notas fiscais

possuíam a seguinte composição:

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

DISCRIMINAÇÃO DA NOTA FISCAL LABOR RIO (CONVÊNIO FBERJ - CEMS).

IMPOSTO DE RENDA – R$ 569,65

FATES – R$ 7.607,88

PESSOAL – 27.900,00 (valor constante no plano de trabalho)

ISS – 1.898,82 (5% x 37.976,35)

TOTAL DA NOTA FISCAL – R$ 37.976,35

DISCRIMINAÇÃO DA NOTA FISCAL LABOR RIO (CONVÊNIO FARJ - CEMS).

IMPOSTO DE RENDA – R$ 1.151,12

FATES – R$ 14.352,95

PESSOAL – R$ 57.400,00 (valor constante no plano de trabalho)

ISS – R$ 3.837,06 (5% x 76.741,13)

TOTAL DA NOTA FISCAL – R$ 76.741,13

No caso do FATES, há que se destacar que no processo 40/1553/03 consta a

informação assinada (em 30/04/04) pelo Exm° Sr. Ruy César de que tal item teria sido

retirado dos custos, por orientação da Controladoria Geral do Município (fl.53 em

anexo). Tal informação também consta de dois processos de liquidação mais recentes,

referentes ao mês de março/04. Em função das divergências, solicitamos, por meio de

fax em 20/05/04, à Divisão de Prestação de Contas que ratificasse ou retificasse o

informado anteriormente. Em resposta, o órgão esclareceu que houve alteração dos

elementos que compõem a Nota Fiscal, sem citar de forma expressa que o FATES

havia sido retirado. Porém, considerando o informado pelo Exm° Sr. Secretário e os

processos de liquidação de março/04, parece-nos que o FATES efetivamente foi

excluído do custos dos Convênios, o que vai gerar uma redução significativa de

despesa.

Quanto ao Imposto Sobre Serviços (ISS), não foi possível verificar a comprovação

de recolhimento do tributo em cada processo de liquidação, de acordo com a nota fiscal

nele presente, pois as Cooperativas recolhem o imposto com base em seus respectivos

movimentos econômicos mensais, aplicando-se a alíquota de 5% sobre a Nota Fiscal.

Vale dizer, a legislação tributária dificulta a verificação do recolhimento do ISS por guia

própria, tomando-se por base a nota fiscal emitida mensalmente que integra o processo

de liquidação. É oportuno citar o disposto no art. 33 do Decreto nº 10.514/91, a saber:

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“O pagamento do imposto será feito por guia própria, uma para cada

alíquota aplicada, segundo modelo aprovado pelo Secretário Municipal de

Fazenda.(grifos nossos).

Destaque-se que a Equipe desta Corte não tem por presunção fiscalizar o tributo,

mas tão somente verificar o procedimento administrativo de prestação de contas

adotado pelo órgão, de competência desta Corte.

È notório que o Tribunal de Contas verifica a economicidade dos gastos públicos.

Ao tentar comprovar o recolhimento do ISS, a Equipe desta Corte procura dar um outro

enfoque, qual seja o do ingresso de receitas para os cofres públicos do Município.

Considerando que a Cooperativa Labor Rio presta serviços no Centro Esportivo

Miécimo da Silva (CEMS), nas Vilas Olímpicas Mestre André (VOMA), Carlos Castilho

(VOCC), desde Julho/03, gerando uma receita bruta mensal significativa, conforme

quadro a seguir, sugerimos que o item 09 do presente relatório, juntamente com as

notas fiscais às fls.56/65 em anexo, seja encaminhado por cópia à Secretaria Municipal

de Fazenda, para que tome as medidas que julgar necessárias, informando

posteriormente a esta Corte as providências adotadas, no que couber.

NOTAS FISCAIS MENSAIS EMITIDAS PELA COOPERATIVA LABOR RIO Nota

Fiscal (nº) Emissão Valor N.F (R$) ISS (5%) Local de

Prestação Tomador do

Serviço Processo de Liquidação

116 26/09/2003 27.726,68 1.386,33 CEMS Fed. Society 15/003.779/03

229 16/12/2003 11.103,81 555,19 VOCC FBERJ 15/005.402/03

238 23/12/2003 28.605,13 1.430,26 CEMS ARDEM 15/005.752/03

240 23/12/2003 76.741,13 3.837,06 CEMS FARJ 15/005.565/03

230 17/12/2003 21.319,31 1.065,97 VOMA FARJ 15/005.566/03

244 23/12/2003 19.842,31 992,12 CEMS Fed. Judô 15/005.748/03

248 23/12/2003 25.624,18 1.281,21 CEMS Fed. Voley 15/005.774/03

250 23/12/2003 37.976,35 1.898,82 CEMS FBERJ 15/005.433/03

228 16/12/2003 9.732,73 486,64 VOMA FBERJ 15/005.432/03

258 19/01/2004 20.302,23 1.015,11 VOCC FARJ 15/005.787/03

Total mensal 278.973,86 13.948,69

Não há nas notas fiscais de prestação de serviços o valor expresso do ISS, já que

o art. 14 do Decreto nº 10.514/91 não prevê essa obrigatoriedade, quando assim

dispõe:

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

“Art.14. O imposto é parte integrante e indissociável do preço do serviço,

constituindo o seu destaque nos documentos fiscais mera indicação para fins de

controle e esclarecimento ao usuário do serviço.” (grifos nossos).

Para efeito de base de cálculo do ISS, consideramos os cálculos elaborados pela

própria cooperativa, conforme já fora mencionado, bem como o disposto no art. 10 do

Decreto nº 10.514/91, alterado pelo Decreto nº 23.753, de 02.12.2003, a saber:

“Art. 10. A base de cálculo é o preço do serviço.

§ 1º - Para os efeitos deste artigo, considera-se preço tudo o que for cobrado

em virtude da prestação do serviço, em dinheiro, bens, serviços ou direitos,

seja na conta ou não, inclusive a título de reembolso, reajustamento,

doação, contribuição, patrocínio ou dispêndio de qualquer natureza, sem

prejuízo do disposto neste Capítulo e no Capítulo IX deste Título”.

Em relação à alíquota, os serviços prestados pela Cooperativa Labor Rio nas

Vilas Olímpicas não se enquadram em nenhum dos casos do inciso II do art.19 do

referido Decreto, aplicando-se, portanto, a alíquota genérica de 5%.

Ressalte-se que a Equipe desta Corte não teve por objetivo calcular o valor

exato do ISS devido pela Cooperativa, pois o escopo da Inspeção foi verificar os

Convênios celebrados pela SMEL com as Federações Aquática e de Basquete nas

Vilas Clara Nunes, Mestre André e Carlos Castilho e no Centro Esportivo Miécimo da

Silva. No caso específico deste último, ampliamos o objeto da Inspeção, devido à sua

relevância, analisando os processos de liquidação de todas as Federações a quem a

Cooperativa Labor Rio presta serviços.

Na Vila Olímpica Carlos Castilho, a Cooperativa em tela presta serviços a todas

as oito Federações conveniadas com a SMEL (FARJ, FED.BASQUETE, FEPERJ,

ARDEM, FED.VÔLEI, FED.JUDÔ, FED.TRIATHLON, FED.FUT.SOCIETY), sendo que

foram abordados apenas os processos de liquidação (e por conseqüência as

notas fiscais) correspondentes às duas primeiras. Em relação à Vila Olímpica

Mestre André, a Cooperativa em análise presta serviços às Federações mencionadas

anteriormente, com exceção da Federação de Triathlon.

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Inspeção Ordinária SMEL – Abril/04

Apesar de não possuirmos as Notas Fiscais de prestação de serviços emitidas

pela Labor Rio, referentes às Vilas Olímpicas Mestre André e Carlos Castilho, das

outras Federações, é possível aproximar os valores dessas notas e, por conseguinte,

do ISS, considerando o valor total de pagamento de pessoal, conforme documentação

fornecida pela SMEL (fls.66/81 em anexo), e o valor da nota fiscal constante nos

processos de liquidação e em informação da própria cooperativa (fls.54/55 em anexo),

conforme discriminado a seguir.

RELAÇÃO ENTRE A FOLHA DE PESSOAL E A NOTA FISCAL – LABOR RIO

LOCAL Folha de pessoal

(FP)

Total da Nota

Fiscal (NF)

Tomador do

serviço

Relação em %

entre FP/NF

CEMS 27.900,00 37.976,73 FED.BASQ. 73,46%

VOMA 7.175,32 9.732,73 FED.BASQ 73,72%

VOCC 8.200,00 11.103,81 FED.BASQ 73,85%

CEMS 57.400,00 76.741,13 FARJ 74,79%

VOMA 15.709,47 21.319,31 FARJ 73,68%

VOCC 15.200,00 20.302,23 FARJ 74,87%

Em função do quadro acima, utilizaremos o percentual de 73%, a fim de obtermos

o ISS referente aos serviços prestados às outras Federações que não foram objeto da

inspeção. O quadro a seguir mensura por estimativa o valor do imposto mensal.

CÁLCULO ESTIMADO DO ISS DA COOP. LABOR RIO PARA OS DEMAIS CONVÊNIOS Convênio Tomador de

Serviço Local Total de

Pessoal (R$) Estimativa do Total da Nota Fiscal (R$)(*)

Estimativa do Valor de ISS (R$)

15/2003 ARDEM VOCC 10.400,00 14.246,58 712,33 17/2003 FEPERJ VOCC 8.650,00 11.849,32 592,47 18/2003 Fed. Basquete VOCC 8.200,00 11.232,88 561,64 20/2003 Fed. De Volley VOCC 8.700,00 11.917,81 595,89 21/2003 Fed. De Triathlon VOCC 8.700,00 11.917,81 595,89 22/2003 FARJ VOCC 15.200,00 20.821,92 1.041,10 23/2003 Fed. Society VOCC 9.400,00 12.876,71 643,84 24/2003 Fed. de Judô VOCC 8.450,00 11.575,34 578,77 39/2002 Fed. Society VOMA 7.850,00 10.753,42 537,67 40/2002 Fed. De Volley VOMA 4.750,00 6.506,85 325,34 41/2002 FEPERJ VOMA 8.550,00 11.712,33 585,62 42/2002 FARJ VOMA 15.750,00 21.575,34 1.078,77 43/2002 ARDEM VOMA 11.250,00 15.410,96 770,55 44/2002 Fed. Basquete VOMA 7.100,00 9.726,03 486,30 45/2002 Fed. de Judô VOMA 6.600,00 9.041,10 452,05

Total 49.250,00 67.465,75 3.373,29 (*) Total de Pessoal (fornecido pela SMEL) = 73% do Total da Nota Fiscal. Total da Nota Fiscal = (Total de pessoal / 0,73).

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Quer se mostrar, com isso, que o valor do ISS devido à Prefeitura é significativo,

podendo ser próximo de 17.321,98 mensais (3.373,29 + 13.948,69), segundo os

quadros anteriores, justificando a remessa do Relatório à Secretaria Municipal de

Fazenda.

10. CONCLUSÃO.

Em face do exposto, sugerimos que o presente Relatório seja enviado à

Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, a fim de que:

§ Justifique por que os cooperados ainda continuam prestando serviços à

Confederação Brasileira de Triathlon no CEMS, segundo verificado em Maio/04,

apesar de o Convênio já ter sido rescindido, em função do Voto do Exmº Sr.

Conselheiro Fernando Bueno Guimarães, informando também se os pagamentos

continuam sendo feitos com atraso médio de dois meses, quanto aos profissionais

que prestam serviços às demais Federações;

§ Justifique as divergências entre a relação de pessoal fornecida pelos Coordenadores

das Vilas Olímpicas Clara Nunes, Mestre André e do CEMS e pela Coordenação de

Apoio Técnico da SMEL. Adicionalmente, esclareça por que o quantitativo previsto

no plano de trabalho dos Convênios é diferente do constante nas relações

fornecidas pela Secretaria, considerando que a Secretaria executa, em termos

financeiros, os Convênios integralmente. Ademais, esclareça o exposto às folhas 18

em anexo referente à comparação entre a listagem dos cooperados de todas as

Federações (constantes no quadro de horários fornecido pelo Coordenador Técnico

Miécimo da Silva em 04/05/04) e a relação de todas Federações e respectivos

cooperados entregue pela Coordenação de Apoio Técnico da SMEL em 07/05/04;

§ Promova de imediato os ajustes necessários, de forma que todas as Federações

(Federação de Vôlei, Federação de Futebol Society, Federação de Judô, Federação

de Basquete, FEPERJ, Federação Aquática e ARDEM) atuem na modalidade

correspondente a sua atividade fim, reduzindo, por conseguinte, o quantitativo de

profissionais previsto no plano de trabalho. A título exemplificativo, conforme

evidenciado no gráfico constante no item 4.1.2, da relação fornecida pelo órgão e

devidamente verificado pela Equipe deste Tribunal, apenas 36% dos cooperados

atuam em atividades relacionadas com a FARJ. Sendo assim, sugerimos que esta

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Corte estabeleça prazo razoável a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer para

que as distorções existentes em todas as Federações sejam corrigidas em todas as

Vilas Olímpicas;

§ Promova a realização de Concurso Público e/ou requisite servidores de outros

órgãos, com o objetivo de substituir todos os cooperados que trabalham na estrutura

administrativa da Secretaria, em face do exposto no item 6;

§ Formalize a prestação de serviços com as Federações de Futebol Society, de Judô,

de Vôlei e da Associação Regional de Desporto para Deficientes Mentais (ARDEM),

observando-se as modalidades inerentes a cada entidade, enviando-os a este

Tribunal de Contas, juntamente com os documentos a eles correspondentes, em

função do apontado no item 7, ou, ainda promova licitação pública a fim de escolher

uma entidade responsável pela administração esportiva do CEMS, abrangendo o

fornecimento de profissionais incumbidos de ministrar as modalidades esportivas

nele praticadas.

§ Informe o valor mensal pago individualmente a todas as Federações atuantes no

Centro Esportivo Miécimo da Silva, a partir de Abril04, tendo em vista a exclusão do

FATES dos custos das cooperativas e a eliminação da taxa de administração paga

às Federações, tendo em vista o exposto no item 9.

§ Esclareça a relação existente entre a Secretaria e as Associações de Moradores,

que justifique a doação de materiais a essas entidades. Ademais, aprimore os

controles de saída de materiais, considerando o mencionado no item 8.

Sugerimos que seja enviada cópia do presente Relatório à Procuradoria Geral do

Município, a fim de que se manifeste sobre os itens 5 (e seus subitens) e 6, informando

a esta Corte as medidas que pretende adotar, no que couber.

Considerando o valor significativo mensal do Imposto sobre Serviços, no total

aproximado de R$ 17.000,00, sugerimos que seja enviada cópia do item 9 do Relatório

à Secretaria Municipal de Fazenda, juntamente com as fls.54/81 em anexo, a fim de

que esta adote as providências que julgar cabíveis, com vistas a verificar se a

Cooperativa Labor Rio recolhe o tributo adequadamente, complementando o

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procedimento de verificação dos processos de prestação de contas de competência

deste Tribunal, informando posteriormente a esta Corte as providências adotadas.

Marcelo da Silva Ribeiro

Assessor

Matrícula nº 40/901.243

Ângelo Roberto Pingitore

Auxiliar de Controle Externo

Matrícula nº 40/900.293

Christiano Lacerda Ghuerren

Técnico de Controle Externo

Matrícula nº 40/901.384