4 fases da política agrícola brasileira

67
4 fases da política agrícola brasileira Meados 60 a fins 70 – montagem do sistema nacional de planificação agropecuária Início dos 80 – desequilíbrio externo e crise da dívida Fim dos 80 a início dos 90 – transição para a política liberal Período atual

Upload: weston

Post on 13-Jan-2016

28 views

Category:

Documents


2 download

DESCRIPTION

4 fases da política agrícola brasileira. Meados 60 a fins 70 – montagem do sistema nacional de planificação agropecuária Início dos 80 – desequilíbrio externo e crise da dívida Fim dos 80 a início dos 90 – transição para a política liberal Período atual. POLÍTICA AGRÍCOLA NO BRASIL. - PowerPoint PPT Presentation

TRANSCRIPT

Page 1: 4 fases da política agrícola brasileira

4 fases da política agrícola brasileira

Meados 60 a fins 70 – montagem do sistema nacional de planificação agropecuária

Início dos 80 – desequilíbrio externo e crise da dívida

Fim dos 80 a início dos 90 – transição para a política liberal

Período atual

Page 2: 4 fases da política agrícola brasileira

POLÍTICA AGRÍCOLA NO BRASIL

O sistema nacional de planejamento Reformas administrativas em fins dos 60 Sistema Nacional de Planejamento e Orçamento, 1967,

Ministério do Planejamento e Coordenação Geral Sistema Federal de Planejamento, 1972 SEPLAN, cabeça do sistema, concepção tecnocrática I PND, 72-74 Decisões relevantes: Ministério da Fazenda Crise do petróleo e fim do milagre: renasce o

planejamento, II PND Fim da década: acumularam-se contradições

Page 3: 4 fases da política agrícola brasileira

Sistema Nacional de Planejamento Agropecuário Componentes:

Secretaria de Planejamento da Presidência da República – cabeça do SNP Secretaria Geral do Ministério da Agricultura – centraliza planejamento

setorial Secretaria de Planejamento Agropecuário (SUPLAN): coordenação e

operacionalização do SNPA Superintendências Regionais de Desenvolvimento Comissões Estaduais de Planejamento (CEPAs): alimenta SUPLAN com

informação, estudos sócio-eco, diagnósticos, planos estaduais, etc. Sistema Nacional de Pesquisa: EMBRAPA e estaduais Sistema Nacional de Extensão Rural: EMBRATER

Dificuldades: SNPA nunca funcionou plenamente Articulação horizontal: Conselho de Articulação, 1978, não operou Hierarquia não obedecida Ministério da Fazenda: subordinação à política econômica

Resultados: estudos e diagnósticos, definição de prioridades

Page 4: 4 fases da política agrícola brasileira

Segunda crise do petróleo, alta dos juros internacionais, crise de liquidez, a partir de 1978 Vulnerabilidade e desequilíbrios Fim do SNPA: planos viram declarações de intenção Valoriza-se as funções de acompanhamento de política de

curto prazo: estudos da CFP

Page 5: 4 fases da política agrícola brasileira

Década de 70: A fase da intervenção planejada Modelo de intervenção: regulação de fluxos e

transformações estruturais Os efeitos contraditórios das políticas macro e

o papel da política setorial Preços e políticas favoráveis à industria

(processamento e insumos): penaliza a agricultura Política cambial (sobrevalorização) e comercial

(proteção à indústria): penaliza agricultura Política fiscal e monetária: restrição a políticas

setoriais

Page 6: 4 fases da política agrícola brasileira

Modelo de Intervenção Setorial Est ado

Po l ít ic a Ec o nô mic a

Regul aç ão do s Fl uxo s

In s tr umen to s

Mudanç as Est r ut ur ais

P o l ít ic as e P r o g r amas E s pec iais

AGRIC ULTURA

Page 7: 4 fases da política agrícola brasileira

Políticas agrícolas: compensar a agricultura Crédito rural subsidiado e garantido: escapa das

restrições fiscais e monetárias Retardar a aplicação da legislação trabalhista na

agricultura Isenções tributárias

Intervenções nos sinais de mercado: Objetivos de modernização, auto-suficiência, integração

agroindustrial distorções virtuosas (complexo soja=contenção

exportação, desenv. agroind., Cerrados, etc; Proálcool) ou

disfuncionais (incentivos fiscais na Amazônia; tabelamento/controle preços alimentos básicos bloqueando modernização)

Page 8: 4 fases da política agrícola brasileira

Instrumentos da intervenção planejada Crédito Rural

Fontes: Tesouro Nacional (fundos do BC) e Exigibilidades

Banco do Brasil: a conta movimento Conseqüências negativas:

desigualdades (produto, produtor e região) na distribuição de recursos

concentração fundiária e valorização da terra como ativo, aumento no risco do abastecimento interno de alimentos, agravamento da situação social (mecanização e insumos), problemas ambientais.

Page 9: 4 fases da política agrícola brasileira

Política de Garantia de Preços Mínimos EGF como linha de crédito para

comercialização Preços mínimos baixos Insuficiente infra-estrutura de

armazenamento Condições do crédito rural já suficientes para

reduzir riscos e garantir rentabilidade

Page 10: 4 fases da política agrícola brasileira

Outros Instrumentos Pesquisa agropecuária: EMBRAPA Programas de desenvolvimento regional e

rural: PROTERRA, PIN, Programa de Irrigação do Nordeste, PDRIs, Prog. de Desenv. da Agroindústria, PROVÁRZEAS, Projeto Sertanejo

Infra-estrutura, extensão, financiamento

Page 11: 4 fases da política agrícola brasileira

Programas específicos para produtos: PLANALSUCAR, PROCACAU, PROBOR, Prog. de Reflorestamento, Proálcool, Programas especiais para pecuária, café, trigo

Modernização das cadeias; regulaçao e intervenção; crédito e pacotes tecnológicos; pesquisa e extensão; delimitação geográfica; controle de preços.

Órgãos: IAA, IBC, CEPLAC, estruturas dos ministérios e secretarias, legislação

Page 12: 4 fases da política agrícola brasileira

A Política Macroeconômica dos Anos 80 no Brasil

II PND – Políticas desenvolvimentistas Anos 80: políticas de estabilização, reformas

estruturais Fim dos financiamentos externos em 82 Crise externa e ajuste no Balanço de Pagamentos

Geração de saldos comerciais Maxi-desvalorizações: 79 e 82 Câmbio indexado à inflação Incentivos às exportações ↓ restrições às exportações agropecuárias

Resultados: superávits, recessão Por que reformas estruturais? ↓ PIB, ↑saldos

Page 13: 4 fases da política agrícola brasileira

Intervenções Heterodoxas Fortes intervenções nos mercados Combate aos sintomas e não às causas da

inflação Controle e congelamento de preços Alterações nas regras de reajustes salariais Aperto de liquidez

Congelamento de depósitos Empréstimos compulsórios

Mudanças nas regras de indexação Mudanças na política cambial Mudanças na regulação do comércio

externo: tarifas, liberalização

Page 14: 4 fases da política agrícola brasileira

O Plano Cruzado (fev 86)

Diagnóstico da inflação inercial Fonte nova de inflação: estrangulamento na

oferta de produtos agropecuários e de consumo de massa.

Políticas: Nova moeda: cruzado Congelamento de preços para eliminar inércia Incentivos creditícios, fiscais e tarifários para

estimular oferta de produtos agropecuários

Page 15: 4 fases da política agrícola brasileira

Causas da insustentabilidade: Expansão econômica com congelamento

de preços Restrições externas: pressões sobre o

câmbio ↑ restrições às exportações ↑ importações de alimentos

Eleições em 86 Deterioração do Plano

Page 16: 4 fases da política agrícola brasileira

Cruzado II (nov 86)

Choque tarifário (tarifas públicas) Choque tributário Não acalmaram o mercado Elevação preventiva de preços Abandono do cruzado

Page 17: 4 fases da política agrícola brasileira

Plano Bresser (1987)

Objetivo: apenas conter inflação, não eliminar Diagnóstico: inflação causada por déficit

público Políticas:

Congelamento de preços pré-anunciado, com data para terminar: corrigir estrutura de preços

Ajuste na demanda agregada: ↓ G (déficit público) ↓ Funcionalismo ↓ Subsídios agrícolas (trigo, álcool, PGPM, crédito) ↓ Gastos das estatais e autarquias

Page 18: 4 fases da política agrícola brasileira

Midi-desvalorização do câmbio Incentivos às exportações ↑ taxas juros

Resultados Desaceleração da economia Retorno da inflação após dois meses ↑ exportações e superávit

Page 19: 4 fases da política agrícola brasileira

Plano Verão (1989) Cenário

Alta inflação 1a eleição direta para presidente

Políticas Congelamento de preços e salários Desvalorização cambial Política monetária restritiva: taxa juros

Resultados Devido eleições, não houve disciplina fiscal Inflação retornou em poucos meses

Page 20: 4 fases da política agrícola brasileira

Plano Collor (fev 90) Cenário: inflação de 3.000% ao ano Concepção (dois pilares):

Hiperinflação devido à massa de liquidez: impedir administrativamente o movimento da riqueza

Atacar problemas estruturais Abertura comercial da economia Desregulamentação e privatização Reformas administrativas Politica cambial Reordenamento fiscal

Page 21: 4 fases da política agrícola brasileira

Resultados ↓ inflação por curto período Retomada da inflação Forte recessão: desemprego, falências Confisco da poupança Alterou comportamentos típicos de uma

economia fechada Fim dos subsídios Reduçao do protecionismo

Page 22: 4 fases da política agrícola brasileira

A Política Agrícola da Década de 80 Fase pré-Cruzado

Deterioração das condições macroeconômicas Reversão da conjuntura favorável nos mercados

agrícolas internacionais Problemas internos de abastecimento Cai o volume de crédito rural e reativa-se a PGPM Produção de grãos estagnada, 80-85, 50 milhões t

Page 23: 4 fases da política agrícola brasileira

Crédito Rural: Evolução

Page 24: 4 fases da política agrícola brasileira

Nova República e o Plano Cruzado Resgate das dívidas: social, política e

econômica Reativar instrumentos para:

Aumentar exportações e a oferta interna Evitar pressões inflacionárias Responder ao aumento do poder aquisitivo, do

emprego e aos programas sociais

Page 25: 4 fases da política agrícola brasileira

1985: VBC, preços mínimos para alimentos básicos, restabelecimento das categorias de produtores (peq., médio, grande)

1986: Plano Verde Ordenar a política: crédito, preços mínimos,

estoques, pesquisa, extensão, infra-estrutura Objetivos: produção, corrigir descompasso

(mercado int. X mercado ext.), condições de financiamento compatível, infra-estrutura na fronteira.

Plano dependia de estabilidade e crescimento econômico: foi engavetado

Fim da conta movimento em 1986 A proposta de política foi consistente com um

cenário de estabilidade que não ocorreu. Evidenciou-se a força da política agrícola para

afetar a produção.

Page 26: 4 fases da política agrícola brasileira

A fase liberal: a partir de 1988 Condicionantes

Políticos: Constituinte e extensão do mandato presidencial, UDR e Frente Ampla Agropecuária = pressões, déficit.

Econômicos: alta inflação, instabilidade monetária, desequilíbrio macroeconômico, crise fiscal, intervenções erráticas nos mercados agrícolas

Institucionais: Constituição e a debilidade financeira da União (transferência de recursos para estados e municípios), unificação do orçamento monetário e financeiro (rigidez orçamentária), incorporação do Orçamento de Crédito ao Orçamento da União

Page 27: 4 fases da política agrícola brasileira

Ações: Ampla anistia em 1987 Paralisação da reforma agrária Liberalização e desregulamentação de mercados:

criação dos preços de intervenção, preço de remissão (inclui custos de carregamento), remoção de restrições quantitativas às exportações e importações de produtos básicos, restrição às importações governamentais

Liberalização estendida no Governo Collor, 1990: taxas importações insumos, início do MERCOSUL, TAB (91-94, média 13%-9%, Tarifas Aduaneiras do Brasil)

Page 28: 4 fases da política agrícola brasileira

Fechamento de agências e empresas federais: EMBRATER, Planalsucar, etc.

Choque de liquidez em março 90, após a colheita Cai a produção em 1991: choque de liquidez do

Plano Collor, falta de crédito e recursos próprios Estoque regulador (PGPM) e estoque estratégico

(consumo popular) Instituição do PLE (média móvel preços reais +

15% carregamento, 48-60 meses) em substituição ao preço de intervenção

Expansão de importações devido a insuficiência de oferta

Page 29: 4 fases da política agrícola brasileira

Crédito Rural nos 80

Plano Cruzado Recursos da extinta conta movimento transferidos para o

Fundo de Desenvolvimento Rural Criada caderneta verde

Constituição de 1988 Reúne fundos públicos, inclusive da política agrícola, no

Orçamento de Operações de Crédito OOC, incorporado no Orçamento Geral da União OGU: impacto sobre as políticas agrícolas dos 90

↓ crédito não provoca efeitos desastrosos: auto-financiamento, crédito extra-bancário (soja verde, insumos casados com vendas, articulação com agroindústria), PGPM

Page 30: 4 fases da política agrícola brasileira

Efeito desigual: penalizou produtores com maior grau de

endividamento e menor liquidez, produtores familiares, concentração, áreas de fronteira agrícola.

Condições de financiamento ↓ grau de realismo do VBC ↑ da taxa de juros real: indexação parcial,

plena, pós-fixação, ↑ risco e custos financeiros.

Page 31: 4 fases da política agrícola brasileira

Crédito Rural: Evolução

0,0

2.500,0

5.000,0

7.500,0

10.000,0

12.500,0

15.000,0

17.500,0

20.000,0

22.500,0

65 67 69 71 73 75 77 79 81 83 85 87 89 91 93 95 97

US

$ m

illio

ns (1

99

7)

Crédito Operacional Investimento Comercialização Total

Page 32: 4 fases da política agrícola brasileira

-

10

20

30

40

50

60

70

80

901

96

9

19

71

19

73

19

75

19

77

19

79

19

81

19

83

19

85

19

87

19

89

19

91

19

93

19

95

19

97

19

99

20

01

20

03

20

05

% c

réd

ito

/PIB

Ag

ríco

la

0

5

10

15

20

25

% p

rod

uçã

o a

po

iad

a/p

rod

uçã

o t

ota

l

Crédito/PIB Agrícola Apoio/produção

"Intervenção Maciça""Crise da Dívida e da Liberalização

Econômica""Inflação Baixa"

Fonte: BACEN, IBGE, CONAB, elaboração SPA-MAPA in Wedekin, I. A política agrícola brasileira em

perspectiva. Revista de Política Agrícola, Ano XIV, edição especial, outubro, 2005.

Page 33: 4 fases da política agrícola brasileira

Crédito Rural: Fontes

Page 34: 4 fases da política agrícola brasileira

Crédito Rural: Condições, taxa de juros

PequenosMédios/ Gr andes

PequenosMédios/ Gr andes

PequenosMédios/ Gr andes

1968/ 78 10 15 10 15 10 151979/ 80 13 15 13 15 18 18

1981 0,4 x I + 0,05 0,6 x I + 0,05 0,5 x I + 0,05 0,7 x I + 0,05 0,5 x I + 0,05 0,5 x I + 0,051982 45 45 45 45 45 451982 45 45 45 0,7 x I + 0,03 45 451983 0,85 x I + 0,03 0,85 x I + 0,03 0,85 x I + 0,03 0,85 x I + 0,03 0,85 x I + 0,03 0,85 x I + 0,031984 1.0 x I + 0,03 1.0 x I + 0,03 1.0 x I + 0,03 1.0 x I + 0,03 1.0 x I + 0,03 1.0 x I + 0,031985 1.0 x I + 0,03 1.0 x I + 0,03 1.0 x I + 0,03 1.0 x I + 0,03 1.0 x I + 0,03 1.0 x I + 0,031986 10 10 10 10 10 101987 1.0 x I + 0,07 1.0 x I + 0,09 1.0 x I + 0,07 1.0 x I + 0,09 1.0 x I + 0,07 1.0 x I + 0,071988 1.0 x I + 0,07 1.0 x I + 0,09 1.0 x I + 0,07 1.0 x I + 0,09 1.0 x I + 0,07 1.0 x I + 0,07

(per centual anual )

Cust eio Invest iment o Comer c ial ização

Ano2

Page 35: 4 fases da política agrícola brasileira

Crédito Rural: Taxa Real de Juros

1970 -3,9 1984 -5,1 1971 -4,0 1985 -2,3 1972 -1,5 1986 -33,3 1973 -1,4 1987 7,0 1974 -15,1 1988 7,0 1975 -11,5 1989 7,0 1976 -21,9 1990 9,0 1977 -16,9 1991 9,0 1978 -17,7 1992 11,8 1979 -34,3 1993 2,8 1980 -37,7 1994 -0,8 1981 -27,0 1995 46,8 1982 -28,7 1996 2,4 1983 -23,4

ANOTAXA REAL DE

J UROS (%)ANO

TAXA REAL DE J UROS (%)

Page 36: 4 fases da política agrícola brasileira
Page 37: 4 fases da política agrícola brasileira

Tabela 6:Limites de Financiamento(% VBC), tamanho do produtor e cultivos selecionados

P r odut osTamanho dos P r odut or es

84/ 85 85/ 86 80/ 87 87/ 88

Pequeno 100 100 100 80 Médio 60 90 100 100 Gr ande 60 80 80 80

Pequeno 80 100 100 100 Médio 60 90 100 100 Gr ande 60 90 100 100

Pequeno 80 100 100 100 Médio 60 90 100 100 Gr ande 60 90 100 100

Pequeno 100 100 100 80 Médio 60 90 100 100 Gr ande 60 90 100 100

Pequeno 60 60 100 100 Médio 40 50 80 80 Gr ande 40 40 40 60

Pequeno 80 60 100 100 Médio 60 60 100 100 Gr ande 60 50 100 100

Pequeno 60 60 100 100 Médio 40 60 60 70 Gr ande 40 50 50 50

Ar r oz

Feij ão

Mandioc a

Pr ior itár ios

Sor go

Al godão

Maní

So j a

Expor tação

Page 38: 4 fases da política agrícola brasileira

PGPM nos anos 80 1979: preços passaram a ser fixados de acordo

com custos de produção 1981: criação dos preços base, corrigidos

mensalmente pela ORTN até a colheita 1984: correção estendida para meses pós-

colheita 1985 e 1986: Plano Cruzado

Congelamento de preços: estreitamento das margens de comercialização, saída do setor privado e entrada do governo

1986: dos preços mínimos, evitar repetir o desabastecimento de 85.

Page 39: 4 fases da política agrícola brasileira

1987: PGPM comprometida pela política econômica Problemas operacionais:

demanda por proteção superava recursos disponíveis e capacidade de armazenagem oficial

atraso ou não realização de aquisições, liberação de empréstimos com atraso, congelamento de preços e uso de estoques para combater

inflação Regras de intervenção em 1988 e Lei agrícola de 1991:

deixar comercialização para setor privado, inclusive importações, intervenções dentro de limites anunciados, liberação, cria o Conselho Nacional da Política Agrícola (CNPA).

§ 5° - A formação e a liberação destes estoques obedecerão regras pautadas no princípio da menor interferência na livre comercialização privada

Page 40: 4 fases da política agrícola brasileira

O papel contraditório do setor privado na comercializacao:

pressão de demanda para formacao de estoques especulativos em anos de baixa oferta e

retraçao nos anos de elevada oferta = aumenta a flutuação dos preços. Intervenção do Estado, que possui limitações.

Page 41: 4 fases da política agrícola brasileira

Índice de Preços Mínimos Reais: Brasil (1970-95) Ano Al godão Ar r oz F eij ão Mil ho Soj a

1970 81 91 50 83 85 1971 81 83 53 83 94 1972 95 94 56 87 115 1973 98 11 64 105 119 1974 108 108 84 135 115 1975 123 132 78 131 152 1976 116 119 78 125 138 1977 135 114 90 113 120 1978 128 110 82 102 103 1979 118 105 77 97 95 1980 94 98 72 86 n.a.1981 100 100 100 100 100 1982 105 102 106 112 105 1983 96 91 97 98 94 1984 103 95 92 92 81 1985 126 125 113 140 151 1986 106 108 95 123 133 1987 72 76 73 86 88 1988 73 72 73 96 80 1989 60 55 69 84 66 1990 40 38 51 57 42 1991 47 43 60 59 48 1992 50 51 56 79 61 1993 44 50 53 77 58 1994 43 51 60 80 59 1995 48 53 59 81 59

(1981 = 100)

Page 42: 4 fases da política agrícola brasileira

Política de Garantia de Preços Mínimos

Algodão Pluma

AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF

1980 0,0 865,4 0,0 0,0 0,0 50,9 0,0 661,0 0,0 148,6 0,0 4,9

1981 13,7 235,9 0,4 0,4 13,3 49,6 0,0 63,3 0,0 113,0 0,0 9,6

1982 59,8 253,1 0,2 0,2 44,5 46,2 2,0 73,7 10,3 125,7 2,8 7,3

1983 20,2 219,1 0,0 0,0 17,5 44,6 0,1 64,1 0,3 106,0 2,3 4,4

1984 2,9 129,6 0,0 0,0 2,4 10,0 0,5 62,8 0,0 16,6 0,0 40,2

1985 199,9 92,8 0,0 0,0 12,7 28,8 109,4 18,8 50,3 43,1 27,5 2,1

1986 35,1 316,7 0,0 0,0 4,2 17,4 24,0 109,4 3,2 167,4 3,7 22,5

1987 12,0 319,9 0,0 0,0 0,0 19,5 6,8 192,1 4,1 42,2 1,1 66,1

1988 34,9 155,5 0,0 0,0 1,6 26,8 9,0 74,9 21,4 44,6 2,9 9,2

1989 1,6 172,1 0,0 0,0 0,3 69,9 0,0 91,7 1,3 6,5 0,0 4,0

1990 0,0 36,1 0,0 0,0 0,0 1,2 0,0 33,8 0,0 0,9 0,0 0,2

Fonte: CONAB - Deflator: IPA Agrícola/ Oferta Global. Com base em CASTRO, A., FONSECA, M. A dinâmica agroindustrialdo Centro-Oeste. Brasília: IPEA. Série IPEA 148, 1995. 220p.

AnosBr asil Nor te Nor deste Sul

Quantidade (1000 t.)

Sudeste Cent r o -Oeste

Page 43: 4 fases da política agrícola brasileira

Política de Garantia de Preços Mínimos

Arroz

AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF

1980 221,8 1.511,1 16,7 11,7 0,0 48,8 36,8 813,0 0,1 111,2 168,2 526,4

1981 800,2 1.371,1 52,3 10,3 1,5 31,8 18,2 986,5 7,5 87,3 720,7 255,2

1982 733,3 1.756,7 34,4 19,5 38,6 52,9 0,0 1.229,2 1,8 132,5 658,5 322,6

1983 501,4 1.968,0 6,4 11,9 7,9 19,9 0,2 1.344,7 4,1 191,0 482,8 400,5

1984 664,6 941,2 92,5 6,5 47,9 5,0 98,4 745,4 1,2 48,3 424,6 136,0

1985 1.513,9 1.850,9 71,5 5,1 39,4 9,6 388,3 1.678,5 106,3 61,1 908,4 96,6

1986 1.774,7 884,6 105,6 10,2 75,1 29,9 218,7 266,0 143,1 322,8 1.232,2 255,7

1987 3.876,2 498,1 64,3 4,3 1.021,8 14,0 365,5 241,1 290,7 80,2 2.133,9 158,5

1988 2.388,2 3.591,8 86,8 6,1 163,5 16,2 350,7 3.125,1 152,0 82,4 1.635,2 362,0

1989 851,3 1.910,6 25,4 11,2 41,6 11,8 35,1 1.403,1 13,4 17,6 735,8 466,9

1990 94,2 310,1 2,3 0,0 0,2 0,0 1,9 290,4 2,2 4,8 87,6 14,9

Fonte: CONAB - Deflator: IPA Agrícola/ Oferta Global. Com base em CASTRO, A., FONSECA, M. A dinâmica agroindustrial do Centro-Oeste.Brasília: IPEA. Série IPEA 148, 1995. 220p.

Cent r o -OesteBr asil Nor te Nor desteAnos

Quantidade (1000 t.)

Sul Sudeste

Page 44: 4 fases da política agrícola brasileira

Política de Garantia de Preços MínimosFeijão

AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF

1980 0,0 26,1 0,0 0,0 0,0 0,6 0,0 21,0 0,0 1,5 0,0 3,0

1981 18,5 130,5 0,0 0,2 0,0 0,2 16,1 117,1 2,4 6,2 0,0 6,8

1982 1.050,0 288,0 27,2 0,7 97,7 7,5 724,2 252,4 114,8 18,7 86,1 8,7

1983 161,4 73,9 0,2 0,1 3,5 0,1 147,5 70,6 8,3 1,9 1,9 1,2

1984 116,7 91,8 0,0 0,0 5,1 1,4 75,3 87,5 35,7 2,0 0,6 0,9

1985 579,2 128,6 6,5 0,0 74,3 0,7 417,9 124,6 44,6 2,5 35,9 0,8

1986 52,3 135,6 0,6 0,0 0,2 0,4 51,1 133,5 0,4 1,2 0,0 0,5

1987 43,3 512,2 0,0 0,1 0,0 0,2 43,0 511,5 0,1 0,1 0,2 0,3

1988 112,7 169,8 14,1 0,1 51,2 2,1 43,1 164,2 0,5 1,2 3,8 2,2

1989 0,0 176,6 0,0 0,0 0,0 68,8 0,0 38,9 0,0 68,8 0,0 0,1

1990 0,9 67,3 0,0 0,0 0,0 2,2 0,9 64,4 0,0 0,1 0,0 0,6

Cent r o -Oeste

Fonte: CONAB - Deflator: IPA Agrícola/ Oferta Global. Com base em CASTRO, A., FONSECA, M. A dinâmica agroindustrialdo Centro-Oeste. Brasília: IPEA. Série IPEA 148, 1995. 220p.

Quantidade (1000 t.)

AnosBr asil Nor te Nor deste Sul Sudeste

Page 45: 4 fases da política agrícola brasileira

Política de Garantia de Preços MínimosMilho

AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF

1980 0,4 1.532,8 0,1 0,0 0,0 119,7 0,0 634,6 0,0 596,5 0,3 182,0

1981 64,4 3.744,6 11,7 1,4 0,0 85,0 8,0 2.167,2 0,0 1.058,3 44,7 432,7

1982 3.450,7 3.441,4 44,4 11,2 42,3 64,4 1.560,6 1.619,2 618,1 1.008,8 1.185,3 737,8

1983 1.376,8 2.503,6 4,0 2,6 16,0 45,2 593,6 1.183,4 320,9 806,2 442,3 466,2

1984 470,1 1.748,2 9,0 0,8 291,2 25,4 64,5 998,3 52,6 586,6 52,8 137,1

1985 3.236,8 1.626,2 17,8 0,6 164,6 41,0 1.274,2 1.025,6 742,2 439,1 1.038,0 119,9

1986 3.983,3 1.674,9 3,9 0,5 332,5 13,7 1.144,9 986,6 764,1 548,9 1.737,9 125,2

1987 7.858,1 1.839,6 30,4 0,6 420,9 5,2 3.277,3 826,1 1.384,8 494,4 2.744,7 513,3

1988 1.642,9 4.871,2 59,6 1,5 64,1 14,5 105,3 1.403,5 185,9 797,2 1.228,0 2.654,5

1989 876,1 3.659,1 29,4 1,7 1,9 1,4 1,2 984,8 8,1 522,1 835,5 2.149,1

1990 430,7 454,6 0,0 0,0 0,1 0,0 1,2 275,9 2,2 49,9 427,2 128,8

Fonte: CONAB - Deflator: IPA Agrícola/ Oferta Global. Com base em CASTRO, A., FONSECA, M. A dinâmica agroindustrial doCentro-Oeste. Brasília: IPEA. Série IPEA 148, 1995. 220p.

AnosBr asil Nor te Nor deste Sul Sudeste Cent r o -Oeste

Quantidade (1000 t.)

Page 46: 4 fases da política agrícola brasileira

Política de Garantia de Preços Mínimos

Soja

AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF

1980 14,5 5.124,3 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4.387,2 0,0 426,8 14,5 310,3

1981 0,2 5.330,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 4.812,3 0,0 455,5 0,2 62,6

1982 1,8 6.684,7 0,0 0,0 0,0 11,6 0,0 4.833,2 0,2 1.351,9 1,6 488,0

1983 0,1 6.652,8 0,0 0,0 0,0 11,6 0,0 4.857,8 0,0 1.400,3 0,1 383,1

1984 0,0 3.005,7 0,0 0,0 0,0 30,7 0,0 2.223,3 0,0 636,4 0,0 115,3

1985 2.090,6 3.030,4 0,6 0,0 3,7 53,5 94,8 2.162,5 128,0 589,1 1.863,5 225,3

1986 1.129,2 3.155,3 0,0 0,1 9,8 80,4 0,4 1.368,2 56,1 941,8 1.062,9 764,8

1987 852,3 4.273,4 0,0 0,3 0,2 61,9 0,0 2.577,8 13,6 756,1 838,5 877,3

1988 0,0 2.115,5 0,0 0,4 0,0 19,6 0,0 1.428,6 0,0 144,6 0,0 522,3

1989 1,1 937,7 0,0 1,1 0,8 10,1 0,0 182,5 0,0 105,9 0,3 638,1

1990 0,0 421,9 0,0 0,0 0,0 0,3 0,0 365,5 0,0 13,4 0,0 42,7

Cent r o -Oeste

Fonte: CONAB - Deflator: IPA Agrícola/ Oferta Global. Com base em CASTRO, A., FONSECA, M. A dinâmica agroindustrial doCentro-Oeste. Brasília: IPEA. Série IPEA 148, 1995. 220p.

Quantidade (1000 t.)

AnosBr asil Nor te Nor deste Sul Sudeste

Page 47: 4 fases da política agrícola brasileira

Índice de Preços Mínimos ReaisBrasil (1970-99) forte instabilidade

Page 48: 4 fases da política agrícola brasileira

Índice de Preços Mínimos ReaisBrasil (1970-99) forte instabilidade

0

20

40

60

80

100

120

140

160

Feijão Soja

Page 49: 4 fases da política agrícola brasileira

PGPM - Stocks de Produtos Selecionados

AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF AGF EGF

1975 10,8 56,5 0,0 11,7 1,7 3,3 0,6 5,4 0,0 33,2 1976 0,0 45,9 6,7 20,8 0,0 0,5 0,8 7,2 0,0 32,1 1977 0,0 47,9 13,3 15,5 0,3 2,1 7,8 8,3 0,0 32,9 1978 0,0 56,1 2,1 12,1 3,1 7,4 2,3 4,3 0,0 33,8 1979 0,0 71,5 1,4 12,2 0,5 6,4 0,4 7,2 0,0 33,2 1980 0,0 83,1 2,3 17,3 0,0 1,6 0,0 7,8 0,0 41,2 1981 2,4 72,3 9,7 20,3 0,8 5,5 0,3 18,1 0,0 44,9 1982 10,4 72,4 7,5 20,9 36,2 10,6 16,2 14,5 0,0 59,9 1983 4,3 81,2 6,5 28,1 10,2 4,5 7,4 12,3 0,0 51,1 1984 0,4 46,3 7,4 11,5 4,4 3,5 2,2 8,5 0,0 22,9 1985 22,6 16,0 18,2 20,6 23,7 5,3 13,6 7,6 12,1 17,9 1986 4,5 52,4 17,1 34,4 3,6 6,3 20,8 8,3 8,4 22,5 1987 2,3 85,1 27,2 30,1 2,5 5,5 24,4 6,9 5,0 25,4 1988 1,8 59,7 18,6 30,4 4,8 4,4 6,6 15,6 0,0 11,7 1989 0,3 24,6 8,1 17,3 0,0 2,1 4,1 13,9 0,0 4,3 1990 0,0 7,1 1,2 4,2 0,3 3,0 2,1 2,1 0,0 2,1 1991 0,0 7,7 0,0 3,5 0,6 3,7 0,0 3,7 0,0 1,2 1992 0,6 6,2 0,8 35,8 6,7 15,7 1,2 17,0 0,0 4,1 1993 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1994 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1995 0,0 0,0 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1996 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0

Média Simpl es

1975-79 0,0 60,9 5,2 15,6 0,8 3,6 2,3 7,0 0,0 34,61980-84 3,5 71,1 6,7 19,6 10,3 5,1 5,2 12,2 0,0 44,01985-89 6,3 47,6 17,8 26,6 6,9 4,7 13,9 10,5 5,1 16,41990-91 0,2 15,9 4,7 10,8 0,2 2,6 3,1 8,0 0,0 3,21992-96 0,1 2,8 0,2 7,9 1,5 3,9 0,2 4,2 0,0 1,1

(em percentuais de quantidades produzidas)

ANOAl godão Ar r oz Feijão Mil ho Soja

Page 50: 4 fases da política agrícola brasileira

Esgotamento das três principais fontes: Tesouro, exigibilidades e emissão monetária

Incompatibilidade entre tx de captação e tx do crédito rural: aportes do Tesouro para equalização com tx básica de mercado para incentivar empréstimos voluntários dos bancos privados

exigibilidades

Crédito Rural nos anos 90

Page 51: 4 fases da política agrícola brasileira

Principais fontes no fim dos anos 90: Compulsório sobre depósitos a vista Compulsório sobre depósitos a prazo Poupança Verde Fundos Constitucionais FAT Fundo de Commodities Recursos externos

Page 52: 4 fases da política agrícola brasileira

Indexação à TR até 1995 (TR + 6% a 12,5%) = custo financeiro

Crédito continuou concentrado: produtos (algodão, café, cana, soja, arroz) e produtores (menor participação do BB)

Page 53: 4 fases da política agrícola brasileira

A PGPM nos anos 90: Perda de credibilidade

Falta de recursos: incompatibilidade entre disponibilidades e custos do Programa

preços mínimos Não pagamento dos produtores Não houve ajuste seletivo: cultivos e

produtores

Page 54: 4 fases da política agrícola brasileira

Instrumento para garantir cobertura de obrigações financeiras

Adesão voluntária e paga = baixa difusão Acúmulo de déficits. Causas:

prêmios incompatíveis com risco problemas administrativos

Atrasos e não pagamento de indenizações = contribui para agravar situação financeira dos produtores

Falência do PROAGRO

Page 55: 4 fases da política agrícola brasileira

Amplia cobertura Prêmios mais realistas Maior controle operacional Restrição à participação do tesouro Resultados

exposição a sinistros Dificuldades de controle mais fino devido ao desmanche

do setor público Perdas climáticas 1989/90 e 1990/91 e perdas financeiras

1991/92 e 1992/93 = impossibilidade de pagamento e de cumprimento da lei por falta de recursos orçamentários = agravamento da crise de inadimplência de 1995

PROAGRO Novo (1991)

Page 56: 4 fases da política agrícola brasileira

Rolagem de passivos sem impacto efetivo nas variáveis determinantes do desempenho

Políticas não foram adaptadas ao novo contexto institucional restrições monetárias e orçamentárias (Constituição 1988) economia aberta Exemplo: Pacote Agrícola de 1991

crédito, preços mínimos e tx juros produção 1992, preços (contexto recessivo) Incapacidade de intervenção do governo, limitado pelo

orçamento Produtores ficam inadimplentes

O contexto geral dos anos 90

Page 57: 4 fases da política agrícola brasileira

Novos Instrumentos de Política Agrícola

Cédula do Produtor Rural (CPR) Compromisso de entrega futura junto a um comprador

(agroindústria) Aval de um Banco (Banco do Brasil) Título avalizado pode ser vendido em leilões Produtor recebe preço futuro, descontado da comissão do

avalista e deságio Considerações:

Custo financeiro elevado Perda em caso de preço de mercado, na época da liquidação,

for mais elevado que o preço contratual Acessível apenas para grupo reduzido de produtores e

commodities, com mercados estruturados, presença de agroindústrias e traders

Page 58: 4 fases da política agrícola brasileira

Contrato de Opção de Vendas Comprador de um Contrato de Opção: pessoa ou entidade

disposta a pagar um preço (prêmio) para ter o direito de vender a um determinado preço (seguro de preço).

Vendedor ou lançador de um Contrato de Opção: governo, através da CONAB, assume o risco da operação, recebendo um prêmio

Características do Contrato Pré-estabelece valor de compra de um dado produto (preço de

exercício) na data do vencimento AEC (Aviso Específico de Contrato): informa sobre o produto, preço

de exercício (superior ao mínimo para cobrir custos financeiros e estocagem), data, local , horário, forma de acesso ao leilão, datas de vencimento, lista de armazéns credenciados

Valor do prêmio: lance vencedor, que pode ser financiado pelo crédito rural, juntamente com despesas pós-colheita (classificação, armazenagem, etc.)

Produtor pode realizar EGFsov para prorrogar custeio junto ao banco Se preço mercado > preço contratado, não é necessário exercer o

contrato

Page 59: 4 fases da política agrícola brasileira

Contrato de Opção de Vendas

Considerações: Permite melhor administração da formação e manutenção de

estoques públicos: datas de contratação e vencimentos, praças e armazéns

Permite sustentar preço sem manutenção de grandes estoques pelo governo

Page 60: 4 fases da política agrícola brasileira

CONTRATOS PREÇO(R$) QTDE.VENDIDOS FECHAMENTO (T) EXERCÍCIO PRÊMIO

ALGODÃO EM PLUMA 15/ago/00 816 1.189,56 22.032 58.715,82 970.681,00

15/set/00 1.111 2.390,87 29.997 58.715,82 2.656.251,94

13/out/00 556 2.980,70 15.012 58.715,82 1.657.266,50

TO TAL 2.483 2.128,15 67.041 58.715,82 5.284.199,44

ARROZ EM CASCA 6/jul/00 2.963 999,89 80.001 8.100,00 2.962.665,00

14/jul/00 16.556 274,97 447.012 6.709,50 4.552.388,65

15/jul/00 2.972 437,60 80.244 6.836,40 1.300.555,00

19/jul/00 2.963 992,92 80.001 8.100,00 2.942.030,00

27/jul/00 2.963 1.022,06 80.001 8.100,00 3.028.375,00

3/ago/00 2.000 40,95 54.000 8.100,00 81.900,00

11/ago/00 370 1.356,60 9.990 8.100,00 501.942,00

1/set/00 90 294,00 2.430 8.100,00 26.460,00

TO TAL 30.877 498,63 833.679 7.042,00 15.396.315,65

MILHO EM GRÃOS 14/abr/00 88 21,40 2.376 3.592,42 1.883,20

12/mai/00 270 19,13 7.290 3.585,32 5.165,50

15/jun/00 3.403 19,32 91.881 3.781,84 65.750,60

14/jul/00 1.887 18,50 50.949 3.773,44 34.903,95

15/ago/00 40 16,20 1.080 3.947,77 648,00

15/set/00 10 16,20 270 3.910,50 162,00

13/out/00 0 0,00 0 3.910,50 0,00

TO TAL 5.698 19,04 153.846 3.752,42 108.513,25

TRIGO EM GRÃOS 15/set/00 818 29,71 22.086 5.751,00 24.304,00

13/out/00 5 28,75 135 5.751,00 143,75

31/out/00 1.782 47,00 48.114 5.751,00 83.754,00

14/nov/00 0 0,00 0 5.751,00 0,00

30/nov/00 5.567 82,59 150.309 5.751,00 459.797,45

29/dez/00 2.268 34,19 61.236 5.751,00 77.545,60

TO TAL 10.440 61,83 281.880 5.751,00 645.544,80

TO TAL GERAL 49.498 433,04 1.336.446 7.497,09 21.434.573,14

CONTRATOS DE OPÇÃO/VENCIMENTOJANEIRO A OUTUBRO

VCTO. VALOR(R$)

PRODUTO

Page 61: 4 fases da política agrícola brasileira

PEP – Prêmio de Escoamento de Produto Objetivos:

Garantir preço de referência a produtores e cooperativas Regular abastecimento interno sem aquisição de estoques

pelo governo Operacionalização:

Identificado um problema regional, CONAB oferece um bônus ou prêmio, em leilões públicos, aos interessados em adquirir o produto do produtor ou coop. pelo preço de referência (próximo ao preço mínimo)

Antes da realização do pregão o interessado deverá procurar, no mercado, produtores e/ou cooperativas que se disponham a comercializar seus produtos com base no valor de referência.

O comprador deve depositar o valor de referência no banco, que repassa ao produtor

Valor do bônus: em torno de preço mercado – preço referência Considerações:

Estimula o setor privado onde os preços estão deprimidos Evita comprometimento de grandes somas com EGF e AGF

Page 62: 4 fases da política agrícola brasileira

CONAB - COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTODITOP - DIRETORIA TÉCNICO - OPERACIONAL SUTOP - SUPERINTENDÊNCIA TÉCNICO - OPERACIONAL GECOM - GERÊNCIA DE PROGRAMAÇÃO COMERCIAL   

AVISO ESPECÍFICO DE LEILÃO DE PEP DE ALGODÃO EM PLUMA Nº 387 /00 VINCULADO A CONTRATO DE OPÇÃO DE VENDA

 1. DO OBJETO DA OFERTA:Leilão de Prêmio para Escoamento de Produto - PEP de algodão em pluma , safra 1999/00, vinculado a contrato de opção , exercidos em 13/10/00, em conformidade com as condições constantes do REGULAMENTO PARA OFERTA DE PRÊMIO PARA O ESCOAMENTO DE PRODUTO - PEP N.º 001/97 e deste Aviso. 2. DA DATA E DO HORÁRIO DO LEILÃO:Dia 26.10.00, após a realização do Aviso nº 0386/00. 3. DA MODALIDADE DA OFERTA:O pregão será realizado pelo sistema de cartela. 4. DA FORMA E LOCAL DO LEILÃO:Através do Sistema de Leilão Eletrônico do Banco do Brasil, em Brasília - DF.

Page 63: 4 fases da política agrícola brasileira

SUBVENÇÃOOFERTADA VENDIDA ABERT. FECHA.(*) (R$)

JUL ALGODÃO EM PLUMA 80.000.000 80.000.000 3,670 3,625 19.486.300,00

TO TAL 80.000.000 80.000.000 19.486.300,00

AGO ALGODÃO EM PLUMA 100.000.000 89.971.000 3,502 3,466 19.671.420,00

TO TAL 100.000.000 89.971.000 19.671.420,00

SET ALGODÃO EM PLUMA 60.000.000 43.216.000 4,050 3,717 10.868.320,00

TO TAL 60.000.000 43.216.000 10.868.320,00

OUT ALGODÃO EM PLUMA 23.058.000 13.001.000 4,888 3,878 3.175.430,00

TO TAL 23.058.000 13.001.000 3.175.430,00

TO TAL GERAL 263.058.000 226.188.000 53.201.470,00

VENDAS DE PRÊMIO PARA ESCOAMENTO DE PRODUTOS - PEPJANEIRO A OUTUBRO

QUANTIDADE (KG) PREÇO(KG)MÊS PRODUTO

Page 64: 4 fases da política agrícola brasileira

O PRONAF promove negociações de políticas públicas com órgãos setoriais, o financiamento de infra-estrutura e serviços nos municípios, o financiamento da produção da agricultura familiar (crédito rural) e a profissionalização dos agricultores familiares.

Fontes:FAT, fundos constitucionais, exigibilidade bancária. Requisitos

Utilizar trabalho familiar, admitindo-se apoio de temporários e 2 permanentes Explorar área não superior a 4 módulos rurais 80% da renda proveniente da exploração Limite máximo de renda anual: R$ 27.500 (1999) Certificação de sindicatos e organismos de extensão

Nova modalidade crédito rotativo Orçamento simplificado Investimento e manutenção da família Encargos sobre saldo devedor Renovação a cada dois anos, com maior facilidade Utilização livre dos recursos Amortização total ou parcial

PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar

Page 65: 4 fases da política agrícola brasileira

EVOLUÇÃO DO PRONAF MODALIDADES DE CRÉDITOS

- 95 / Custeio

- 96 / Custeio Investimento

- 97 / Custeio Investimento, Especial Custeio, Rural Rápido e FCO Agr. Fam.

- 98 / Custeio Investimento, Especial Custeio, Rural Rápido, FCO Agr. Fam., Especial Invest. e Agregar Agroindústria

- 99 / Custeio Investimento, Especial Custeio, Rural Rápido, FCO Agr. Fam., Especial Invest. e Agregar Agroindústria

Micro Crédito NE Integrado Coletivo Novo Agricultor Familiar

*Financiamento da propriedade familiar, incluindo as atividades de renda não-agrícola.

Page 66: 4 fases da política agrícola brasileira
Page 67: 4 fases da política agrícola brasileira