4. completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É...

72
pintura e, como ampliação, para outras técnicas, para a variedade delas, para a arte em geral. Nossa estratégia foi a de colocar todas as infor- mações em períodos de sujeito oculto e fazê-los se surpreender de saber responder quem fez sem que estivesse escrito. É dessa constatação que poderão perceber que a pessoa (quem fez) está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes (eu, ele, nós, eles) ou com substantivos (em B po- dem responder o artista). Não importa, nosso objetivo é que o verbo se modificou e informou a pessoa. Para que isso fique bem evidente, esco- lha uma informação e faça sucessivas modifica- ções de pessoa, destacando depois que palavra se modificou para transformar a idéia de pessoa. Volte, então, à definição de verbo e amplie o conceito. Respostas 1. A) Nós. B) Ele, o menino, a moça, o artista, o cientista... C) Eles, elas, os pintores... D) Eu. 2. Ouça a resposta das crianças e procure compreender seu pensamento. Nossa expectativa é a de que obser- vem que foi o verbo que informou. 3. a) Nas informações B, D “o quem” se refere a uma pessoa e nas informações A, C “o quem” se refere a mais de uma pessoa. b) Ouça-os. Esperamos que tenham observado os ver- bos: estamos, pegou, fazerem, usaram, fiz, pintei. 4. Além da idéia de tempo informam quem está fazendo, informam a pessoa. QUEM SABE UM CONTO, SENTA E CONTA (p. 128) Objetivos: • introduzir a idéia de pronome ligado à pes- soa e ao verbo. • levar os alunos a perceberem a relação de 1 a pessoa como quem fala, da 2 a pessoa como com quem se fala e da 3 a pessoa como de quem se fala. Estratégia: pedimos que um conte uma história para o outro para que haja alternância dos pa- péis de quem fala. Depois, as perguntas procu- ram destacar essa mobilidade de papéis a fim de perceberem as pessoas pronominais. Por fim, nas questões 5 e 6, pedimos que ob- servem que os pronomes estão no lugar de substantivos e que podem estar no singular ou no plural. Todas essas descobertas devem ser bem discuti- das com a classe e depois registradas e destaca- das no caderno. Respostas 1. a) A resposta vai depender da dinâmica. Eles podem colocar os nomes das pessoas envolvidas na ativi- dade, ou “eu”, ou “ele”. b) Provavelmente colocarão “para mim” quando for o colega que contou ou “para ele” (ou o nome do co- lega) quando quem contou é quem responde. c) Resposta pessoal. 2. a) “Eu”, ou “ele”, ou “fulano”. b) Para “mim”, ou para “ele”, ou para “fulano”. c) Resposta pessoal. 3. a) O professor. b) Para “nós”, ou para a “classe”. c) Resposta pessoal. 4. Sim, poderiam. 5. Os nomes das pessoas, as pessoas ou ainda os objetos ou animais de quem se contavam as histórias. Ou: substitui substantivos. 6. Os pronomes pessoais que estão no singular são: eu, mim, ele e ela. Os que estão no plural são: nós, eles, elas. 4. Completando o conceito de verbo Para que possam completar o conceito de verbo, peça em classe que cada um procure dois verbos em textos do nosso livro. Lembre-os de fazer a alteração de tempo para encontrá-los! Em seguida, conforme eles forem dizendo os verbos que encontraram, vá escrevendo-os na lousa, de tal forma que, ao final da correção, vo- cês terão uma lista bem grande de verbos, con- jugados em diferentes tempos e pessoas. Peça que eles observem todos os verbos e vá perguntando:“Nós já vimos que os verbos são palavras que nos informam a idéia de tempo e Objetivos e orientações específicas – gramática e ortografia 73

Upload: vulien

Post on 11-Nov-2018

228 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

pintura e, como ampliação, para outras técnicas,para a variedade delas, para a arte em geral.

Nossa estratégia foi a de colocar todas as infor-mações em períodos de sujeito oculto e fazê-losse surpreender de saber responder quem fezsem que estivesse escrito. É dessa constataçãoque poderão perceber que a pessoa (quem fez)está “embutida” no verbo.

É possível que surjam respostas com pronomes(eu, ele, nós, eles) ou com substantivos (em B po-dem responder o artista). Não importa, nossoobjetivo é que o verbo se modificou e informoua pessoa. Para que isso fique bem evidente, esco-lha uma informação e faça sucessivas modifica-ções de pessoa, destacando depois que palavrase modificou para transformar a idéia de pessoa.

Volte, então, à definição de verbo e amplie oconceito.

Respostas

1. A) Nós.B) Ele, o menino, a moça, o artista, o cientista...C) Eles, elas, os pintores...D) Eu.

2. Ouça a resposta das crianças e procure compreenderseu pensamento. Nossa expectativa é a de que obser-vem que foi o verbo que informou.

3. a) Nas informações B, D “o quem” se refere a umapessoa e nas informações A, C “o quem” se referea mais de uma pessoa.

b) Ouça-os. Esperamos que tenham observado os ver-bos: estamos, pegou, fazerem, usaram, fiz, pintei.

4. Além da idéia de tempo informam quem está fazendo,informam a pessoa.

QUEM SABE UM CONTO, SENTA E CONTA(p. 128)Objetivos:

• introduzir a idéia de pronome ligado à pes-soa e ao verbo.

• levar os alunos a perceberem a relação de1a pessoa como quem fala, da 2a pessoacomo com quem se fala e da 3a pessoacomo de quem se fala.

Estratégia: pedimos que um conte uma históriapara o outro para que haja alternância dos pa-

péis de quem fala. Depois, as perguntas procu-ram destacar essa mobilidade de papéis a fim deperceberem as pessoas pronominais.Por fim, nas questões 5 e 6, pedimos que ob-servem que os pronomes estão no lugar desubstantivos e que podem estar no singular ouno plural.

Todas essas descobertas devem ser bem discuti-das com a classe e depois registradas e destaca-das no caderno.

Respostas

1. a) A resposta vai depender da dinâmica. Eles podemcolocar os nomes das pessoas envolvidas na ativi-dade, ou “eu”, ou “ele”.

b) Provavelmente colocarão “para mim” quando for ocolega que contou ou “para ele” (ou o nome do co-lega) quando quem contou é quem responde.

c) Resposta pessoal.

2. a) “Eu”, ou “ele”, ou “fulano”.b) Para “mim”, ou para “ele”, ou para “fulano”.c) Resposta pessoal.

3. a) O professor.b) Para “nós”, ou para a “classe”.c) Resposta pessoal.

4. Sim, poderiam.

5. Os nomes das pessoas, as pessoas ou ainda os objetosou animais de quem se contavam as histórias. Ou:substitui substantivos.

6. Os pronomes pessoais que estão no singular são: eu,mim, ele e ela.

Os que estão no plural são: nós, eles, elas.

4. Completando o conceito de verbo

Para que possam completar o conceito deverbo, peça em classe que cada um procure doisverbos em textos do nosso livro. Lembre-os defazer a alteração de tempo para encontrá-los!Em seguida, conforme eles forem dizendo osverbos que encontraram, vá escrevendo-os nalousa, de tal forma que, ao final da correção, vo-cês terão uma lista bem grande de verbos, con-jugados em diferentes tempos e pessoas.

Peça que eles observem todos os verbos evá perguntando:“Nós já vimos que os verbos sãopalavras que nos informam a idéia de tempo e O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

73

Page 2: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

de pessoa.Vamos observar o que mais têm emcomum?”.

• “Nós vimos que há classes de palavras fini-tas, como os ar tigos, e infinitas, como ossubstantivos e adjetivos. E o conjunto dosverbos, vocês acham que deve ser finito ouinfinito? Por quê?”

• “Nós vimos que podemos agrupar as pala-vras em variáveis e invariáveis. E os verbos,são variáveis ou invariáveis? Eles têm gêne-ro? Variam em gênero? Variam em número?Em tempo? Em pessoa?”

Analisando o conjunto de palavras a partirdas perguntas, poderão concluir (a partir davariedade encontrada) que os verbos são umconjunto infinito de palavras variáveis em tem-po, número e pessoa.

Antes de continuar o trabalho, é importanteque façam atividades para sistematizarem umpouco mais as idéias de passado, presente e fu-turo, que são muito simples para nós, adultos,mas costumam ser complicadas para as crianças.Para tal sugerimos a estratégia a seguir.

QUANDO FOI? (p. 129)Objetivo: promover a sistematização das idéiasde passado, presente e futuro.Estratégia: propomos nessa atividade de sistema-tização que o professor distribua verbos conjuga-dos em diferentes tempos e pessoas para cadadupla de alunos. Insista na importância de escre-verem algo que seja interessante, algo que ensineo outro, uma informação que chamou sua aten-ção no momento em que a descobriu.Recolha as frases com os verbos sorteados subli-nhados, passe para uma única folha, tire as cópias,distribua-as e comece o jogo. A dinâmica é sim-ples: a dupla que conseguir avaliar melhor se osverbos sublinhados estão no passado, presenteou futuro vence.Aproveite a ocasião para limpar conceitos per-guntando ao aluno que erra como pensou parater chegado àquela conclusão.

Sugestão de verbos que poderão ser utilizados paraa atividade:falava encontrarei cantaria aprendo comi subo

sorri sumia conseguia encontra pintará vende bebeu compreenderei parti fingiu coloriram agredirá molhamos soprávamos atolaremos nadaremos crescemos torcíamos saímos tossimos garantimos brincam tocam pensavam esquecem temiam telefonarão leram fugiam garantirão

Essas são apenas sugestões. O professor poderáescolher outros. (Ao escolher os verbos, estejaatento em variar as pessoas, os tempos e as con-jugações.)

AQUI E AGORA (p. 130)Objetivo: ultrapassar o mero reconhecimento depassado, presente e futuro.A escolha de um de-terminado tempo tem relação com o tipo de tex-to ou de portador no qual ele aparece e seus efei-tos sobre o leitor. Nessa medida, reconhecer overbo é um meio de obter dados para atingir ou-tro fim, que é percebê-lo em seu meio textual.

Estratégia:

Questão 1:

Nosso objetivo é trazer uma variedade de situa-ções para que a generalização possa ser maisbem elaborada.Ao pedirmos que encontrem verbos em man-chetes de jornais, buscamos um portador de tex-to vivo no mundo e que tem propriedades es-pecíficas.

Questão 2:

Traz uma situação que deve ser esclarecida: es-teja atento ao fato de que os alunos estarão ana-lisando a idéia de tempo e não a conjugação ver-bal (que eles nem sabem ainda). Isso significa quesituações como Amanhã é o dia do Grande Prê-mio de F1 podem aparecer, ou seja, o verbo estáno tempo presente, mas a idéia de tempo damanchete é de futuro. Nessas situações o pro-fessor deve deixar como futuro, caso tenha sidoessa a classificação feita por eles.

Questão 3:

As manchetes costumam estar no presente ou nofuturo, por isso acreditamos que serão esses ostempos encontrados. Pedimos aqui a relação en-

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

74

Page 3: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

tre o portador de texto e o tempo verbal. O jor-nal é um veículo diário, atualizado, portanto suamanchete conta o que está acontecendo agora, ouo que irá acontecer provavelmente em um futuropróximo.A escolha desses tempos verbais garantea atualidade e, portanto, a eficiência da informação.

Questão 4:

Ao reescreverem as manchetes em outro tem-po, operarão transformações no verbo, no sen-tido e no impacto da manchete. Elas serão abase necessária para a reflexão que será pedidana questão 5.

Questão 5:

A alteração para o passado costuma evidenciara desatualização da notícia e leva-os a percebera incoerência entre o objetivo da manchete(chamar a atenção, ser atual) e um fato ultrapas-sado, revelado pelo uso do passado. A alteraçãopara futuro provavelmente abrirá maior expec-tativa; enfim, é preciso analisar cada manchetepara saber qual o impacto e as transformaçõesde sentido que foram produzidas.

Questão 6:

O confronto de conclusões, de elementos deanálise, de dados encontrados é fundamentalpara a construção de um espírito de investiga-ção e ampliação das possibilidades de análise pe-las crianças.

Respostas

1. Resposta pessoal.

2. A maioria das manchetes aparece escrita no presente,mas o que importa é a resposta tirada como conclusãoda análise das manchetes deles.

3. Porque o jornal é um veículo de comunicação diário eo presente marca a atualidade da notícia.

4. Resposta pessoal.

5. Esperamos que achem que mudou. O que mudou vaidepender da manchete. Ver explicações na estratégia.

6. Resposta pessoal.

HAZA RÁDU E PÉFRIU DANADO – 1ª parte(p. 131)Objetivo: fazer os alunos perceberem que, aomudar o número de pessoas, também o verbo,

o pronome e o que mais estiver ligado a ele sealteram.

Estratégia: apresentamos as mudanças de núme-ro em uma história para que houvesse um con-texto que desse sentido às transformações.

Primeira transformação: ao mudar o número de ho-mens mal-encarados, automaticamente o prono-me transforma-se em os e o verbo em saíram,além das mudanças de substantivos e adjetivos.

Segunda transformação: mas, se forem duas pes-soas observando a cena, novas transformaçõessão necessárias: segui vira seguimos; eu passa anós; vi vira vimos.

Questão 1:

Pedimos que os alunos circulem as palavras alte-radas para que, ficando mais evidentes, eles pos-sam refletir sobre elas.

Questão 2:

Como nosso objetivo é a análise da relação en-tre verbos e pronomes, pedimos que observemque sempre as palavras se alteram. Apenas mal-encarado (adjetivo) se alterou na primeira rees-crita, além das que queríamos.

Respostas

1a reescrita:

Segui os homens mal-encarados até o centro da ci-dade. Eu os vi entrando na joalheria. Saíram de lácarregando um pacotinho nas mãos.

2a reescrita:

Seguimos os homens mal-encarados até o centro dacidade. Nós os vimos entrando na joalheria. Saíramde lá carregando um pacotinho nas mãos.

1. Seguimos os homens mal-encarados até o centroda cidade. Nós os vimos entrando na joalheria. Saí-ram de lá carregando um pacotinho nas mãos.

2. As classes gramaticais são:

• na 1a reescrita: artigo, substantivo, adjetivo, prono-me e verbo.

• na 2a reescrita: pronome e verbo.

HAZA RÁDU E PÉFRIU DANADO – 2ª parte (p. 133)Objetivos:

• desenvolver nos alunos o papel de revisor ; Obj

etiv

os e

orie

ntaç

ões

espe

cífic

as –

gra

mát

ica

e or

togr

afia

75

Page 4: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

• trabalhar a relação de concordância entrepronome e verbo.

Estratégia: essa atividade pode ser feita indivi-dualmente ou em duplas.

E a história continua: Haza Rádu ficou tão nervo-so com a perseguição, que cometeu erros deconcordância entre o verbo e o pronome. É essarelação que pretendemos que estabeleçam.

Na questão 2, pedimos que expliquem ao HazaRadú como pensar para não errar. Nossa expli-cação será dada na parte 3. Agora nosso objeti-vo é abrir um espaço para que os alunos tentemconstruir uma explicação e o professor possacom isso conhecer o pensamento deles.

A correção das atividades é fundamental. É nelaque o professor vai ter oportunidade de conhe-cer as hipóteses construídas pelas crianças, aju-dando-as a descobrir um caminho de pensamen-to mais amplo, quando necessário.

Aproveite a ocasião para trazer novas situaçõesde erros de concordância entre verbo e prono-me. Eles costumam falar “eu se olho no espelho”e outras expressões semelhantes. Retire trechosdos textos deles com esse tipo de erro e crieuma atividade com esse universo de expressões.

Resposta... Eu não me engano nunca, tenho certeza de que es-tou na pista certa. Logo depois que o mal-encaradosaiu da joalheria, eu e Péfriu Danado entramos lápara interrogar o gerente. De repente caí em mim, eraóbvio: estavam todos envolvidos.

HAZA RÁDU E PÉFRIU DANADO – 3ª parte(p. 134)Objetivos:

• promover a sistematização da relação deconcordância entre pronome e pessoaverbal;

• determinar a regra de concordância.

Estratégia: Questão 1

Essa atividade é para ser feita individualmente.Nela, novamente pronomes e pessoas verbaisdevem concordar. Haza Rádu pede para o leitor

organizá-los. Como fechamento da atividade, pe-dimos que as crianças explicitem em uma regraa descoberta que, esperamos, tenham feito aolongo da atividade!

Questão 2:Ao pedirmos para as crianças escreverem o

que acham que os dois detetives aprenderam,imaginamos que escrevam coisas relacionadasaos fatos acontecidos, como, por exemplo, queeles não devem confiar em bandidos; ou que umdeles deve sempre ficar vigiando, ou outras coi-sas mais que, com certeza, surgirão. Ler essas res-postas em voz alta e saboreá-las vai preparar asurpresa que terão ao decifrar a charada naquestão 2, ao compreenderem que eram desco-bertas bem diferentes que as aguardavam!

Respostas

1. (1) eu (8) lo(2) fez (9) se(3) algum (10) nós(4) nos (11) percebemos(5) nossa (12) eles(6) nós (13) fugido(7) tocou

2. Resposta pessoal. Ouça e discuta sobre o que os alu-nos aprenderam.

3. Charada: Quando muda o número de pessoas, mudamos verbos e os pronomes também.

CORRESPONDÊNCIA (p. 136)Objetivos:

• fazer os alunos observarem um jogo dis-cursivo produzido pelo uso de verbos, coma intenção de criar humor;

• fazer os alunos observarem que a forma-ção verbal vai se dar pela transformação definais específicos das palavras, que marcamtempo e pessoa.

Estratégia: essa é uma atividade de geração. Es-colhemos esta deliciosa criação de Millôr Fer-nandes para que possam investigar a desinên-cia verbal como responsável pela tradução detempo e pessoa.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

76

Page 5: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Questão 1:Todas as palavras são verbos. Discuta com as

crianças que esses verbos não existem, foram in-ventados pelo autor. Elas costumam perceberisso de imediato. Mas, se essas palavras não exis-tem, como sabemos que são verbos? Esperamosque percebam que são os finais, as desinênciasque dão essa marca.

Questão 2:Como criar palavras? Transformando subs-

tantivos em verbos, teremos a ação centrada noobjeto. Essa idéia é incrível! É importante quenessa questão o professor não aceite respostasvagas como inventou outra língua, por exemplo.Pergunte-lhes, no caso: Inventou como? Nosso ob-jetivo é o processo, o recurso dessa invenção.

Questão 3:Queremos que concluam que, ao criar essas

palavras, o autor produziu humor.

Questão 4:Vamos aprender a “bilhetar” com o Millôr? O

que será que cada um vai responder? Pendure osbilhetes no mural da classe. Acreditamos quemuitas gargalhadas estarão garantidas.

Respostas

1. Verbos.

2. Acrescentou aos substantivos terminações de verbos.

3. Produziu humor.

4. Resposta individual.

5. Introduzindo os infinitivos

Os verbos costumam aparecer conjugadosnos textos. Aproveite uma dessas situações, de-pois que tiverem assimilado o conceito de ver-bo, e peça que os alunos encontrem no dicioná-rio algum verbo. Não fale o infinitivo para eles,deixe que procurem como está no texto. Prova-velmente protestarão dizendo:“Não tem no meudicionário”. Pergunte-lhes se não há mesmo e su-gira que procurem outros verbos do mesmotexto. Como não encontrarão, pergunte-lhesse o dicionário não registra verbos. Geralmente

algum aluno descobre que os verbos aparecemde outra forma. Quando a solução surge, peçaque o aluno explique como a encontrou. Casoninguém ache a solução, diga-lhes que os verbosaparecem de outra forma no dicionário e desa-fie-os a encontrá-los.

Depois que descobrirem o infinitivo, expli-que-lhes que a Gramática chama essa forma ver-bal de infinitivo e que infinitivo vem de infinito,pois é o verbo em si, sem estar no passado, nopresente ou no futuro. O infinitivo é uma formaatemporal.

Sistematização da formação do infinitivo

Faça algumas atividades de sistematizaçãodos infinitivos. Sugerimos jogos como este queexplicaremos a seguir.

Jogo DIGA LOGO!

Objetivo: promover a sistematização da noçãode infinitivo.

Estratégia: faça previamente uma lista de verbosconjugados em diferentes tempos e pessoas. Le-ve-a por escrito, pois é muito difícil inventar os ver-bos na hora e coordenar o jogo ao mesmo tempo.Ser rápido é fundamental para o jogo ser gostoso.

Não se esqueça de colocar em sua lista ver-bos irregulares, para que possam ser bem explo-rados. As crianças costumam ter dificuldade emreconhecer o infinitivo desses verbos. É difícilpara elas imaginar que coubéssemos é forma con-jugada do verbo caber ; éramos é forma conjuga-da de ser; estivemos é de estar...

Como jogar:1. Organize a classe em equipes e diga um verbo

de sua lista, em voz alta para todos ouvirem.

2. Cada equipe escreve rapidamente o infinitivodaquele verbo em um pedaço de papel e le-vanta-o para todos verem.

3. A equipe que levantar o papel com o infiniti-vo correto em primeiro lugar ganha aqueleponto, e o professor fala um novo verbo paraa classe. O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

77

Page 6: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

4. O jogo prossegue até que o professor deter-mine seu término, ou por terem acabado aspalavras ou por ter sido esgotado o tempo es-tipulado para o jogo.

5. Vence a equipe que obtiver o maior númerode pontos.

Depois, proponha-lhes que retomem os ver-bos que usaram no jogo e escreva-os na lousa.Em seguida, peça que eles observem o que têmem comum. Poderão observar que todos termi-nam em R. “E antes do R, que letras aparecem?”Verão que sempre aparecem A, E, I, O. “Por queserá que os verbos estão organizados dessa for-ma? Será por acaso?” Deixe que levantem hipóte-ses. Em seguida faça a demonstração, conjugandocom os alunos algum verbo regular no presenteou no pretérito, e peça que observem como secomportam os outros verbos com a mesma ter-minação. Dessa forma, poderão verificar que osverbos estão organizados em conjugações e queisso facilita para o falante. Já pensou se não hou-vesse um sistema que organizasse a língua e nós ti-véssemos que saber individualmente cada verbo?!

Para sistematizar essas descobertas, sugerimosa atividade do livro do aluno NEOLOGIZAR.

NEOLOGIZAR (p. 137)Objetivo: introduzir a idéia de infinitivo e as ter-minações das três conjugações.

Estratégia: leia o poema com os alunos, conver-se sobre o que é neologismo, peça que falem al-guns, e discuta o jogo de palavras fantástico cons-truído por Manuel Bandeira. Faça-os observar ainversão de letra entre Teodora e teadoro, o jogoao escrever junto o teadoro, que normalmente éseparado (te adoro), os sentidos possíveis de tea-dorar como “adorar você,Teodora”, ficar com Teo-dora, ação de fazer coisas de adoração, etc.

Depois de uma exploração oral solta e abran-gente, peça que eles resolvam as questões emduplas ou em trios.

Nas questões 1 e 2, retomamos a discussão oralpara preparar a questão 3 quando relacionamos

a escolha do tempo infinitivo com a expressãode amor pela amada, mostrando um jogo desentidos com uso de tempo verbal.

Na questão 4, destacamos algumas propriedadesdo infinitivo: não ter tempo nem pessoa, e em 5 e6, as terminações AR, ER, IR das três conjugações.

Respostas1. É Teodora.2. Foi transformar seu nome em verbo. Teodora, teadoro,

que na verdade seria, te adoro.3. a) Nem no passado, nem no presente, nem no futuro.

b) A relação é que o infinitivo traz uma idéia de sem-pre, de infinito e o amor dele era assim, infinito, eleiria amá-la sempre.

4.VERBO PESSOA TEMPO1. beijo EU Presente 2. falo EU Presente3. invento EU Presente4. traduzem ELAS Presente5. inventei EU Passado6. teadorar Não tem pessoa Não tem tempo7. teadoro EU Presente

5. beijar traduzirfalar adorarinventar

6. aparecer escreverAs terminações possíveis no infinitivo são: AR, ER, IR.

7. Resposta pessoal.

Como não pretendemos trabalhar com conjuga-ção verbal, vamos apenas mostrar a existência ea beleza de um sistema, não nos aprofundandomais no assunto.

A escolha de tempos verbais é decisiva para acriação de inúmeros jogos discursivos em textos.Esses jogos serão explorados na Parte 1 (Textos),volumes da 3ª e 4ª série. Na Parte 2 (Gramáticae Ortografia) incluímos apenas algumas ativida-des, mas gostaríamos que você, professor, tivessesempre em mente a importância e a possibilida-de de analisar esse aspecto nos textos, aprovei-tando as situações informais que surgirem na salade aula e enriquecendo o trabalho diário.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

78

Page 7: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

CRIANÇAS COMO VOCÊ (p. 139)Objetivos:

• promover a sistematização de passagemdos tempos verbais para o passado;

• encontrar o infinitivo dos verbos e suasconjugações.

Estratégia: leia o texto com os alunos e discutao conteúdo. Marque as diferenças como outraspossibilidades e não com olhar de julgamento,como bom ou ruim. Pensar apenas como dife-rença é a base do respeito, tão desejado por nóscomo princípio de relação. Depois, peça que, emduplas, façam a atividade. Nossos objetivos sãode que possam rever as terminações de infiniti-vo e o agrupamento em conjugações.

Aproveite a ocasião para mostrar para eles quetodos os verbos com a mesma terminação sãoconjugados da mesma forma, ou seja, quem sabeum sabe todos! Mas atenção! Não faça lista deconjugação verbal, nem tabuada de verbos, issoé para depois. Nós só desejamos que eles per-cebam que existe um sistema, uma organização.

Respostas

1. Se em 1996 ela tinha 9 anos e o ano de referência parao aluno fosse 2003, por exemplo, ela teria 16 anos.

2. e 3. Celina Tembé tinha nove anos e morava no Pará.Ela era uma índia tembé e seu pai era o chefe daaldeia São Pedro, onde eles moravam. A aldeia fi-cava na Floresta Amazônica onde o clima erasempre quente e chovia todos os dias.

4. e 5.

dividir (3ª conjug.) freqüentar (1ª conjug.)dormir (3ª conjug.) haver (2ª conjug.)pendurar (1ª conjug.) ter (2ª. conjug.)ser (2ª conjug.) ler (2ª conjug.)servir (3ª conjug.) escrever (2ª conjug.)morar (1ª conjug.) falar (1ª conjug.)ficar (1ª conjug.) preservar (1ª conjug.)

6. Resposta pessoal.

Atividades de sistematização de questões

ortográficas relativas à grafia de verbos

Como há uma série de erros de grafia relati-vos à escrita de verbos, preparamos atividades

que têm o objetivo de levar os alunos a desco-brir propriedades do sistema da língua que pos-sam ajudá-los a tomar uma decisão ortográficano momento da escrita.

Selecionamos VEL/VEU, AM/ÃO, ESSE/ECE eaglutinação do pronome ao verbo por serem er-ros muito freqüentes entre as crianças dessa fai-xa de escolaridade.

O MARAVILHOSO MUNDO ÁRTICO (p. 141)Objetivo: levar ao conhecimento dos alunos queos verbos no futuro terminam em ÃO e os dopassado, em AM.

Estratégia: leia o texto em voz alta e peça queos alunos, de olhos fechados, imaginem o queestá sendo descrito. Colocamos uma foto da au-rora boreal para facilitar o início do espetáculoque deverão imaginar.

Questão 1:

É preciso que reconheçam o tempo verbalpara fazer a associação entre o tempo e a grafia.Depois de tantos trabalhos realizados, acredita-mos que não terão dificuldade em reconhecerque os verbos estão no futuro.

Questão 2:

Como a terminação ÃO é própria do plural,pedimos que façam a divisão para que as termi-nações fiquem mais nítidas e, portanto, mais fá-ceis de serem observadas.

Caso algum aluno estranhe o verbo elevar-se-ão, retome com ele a atividade, colocando o pro-nome antes:“se elevarão”, para que o verbo fiquena construção regular. Explique que em algumassituações o pronome é colocado “no meio” doverbo. Não aprofunde mais a discussão, pois co-locação pronominal é um assunto que será abor-dado novamente em séries posteriores.

Questão 3:

Ao pedirmos a mudança para o passado,obrigamos as crianças a fazerem a passagem doÃO para AM. O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

79

Page 8: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Questão 4:

Focalizamos o olhar dos alunos na termina-ção das conjugações de futuro e passado paradeixar bem claro como elas são. Não basta ape-nas saber fazer, é preciso ter consciência do quese transforma. Quem sabe agora errem menosessa terminação verbal!

Questão 4d:

A partir do que fez, o aluno pode aprender averbalizar essa aprendizagem. Além de ser obri-gado a organizá-la, ele instaura-a como conheci-mento. Ele pode levar em conta o tempo e con-cluir : “Se for futuro, uso ÃO; se for presente oupassado, uso AM”; pode considerar também a to-nicidade: “Se for futuro, é oxítona; se for passadoou presente, é paroxítona”.

Respostas

1. No futuro.

2. e 3.serão........................eramaparecerão...............apareceramdesaparecerão.........desapareceramespalharão...............espalharamtornar-se-ão.............tornaram-separecerão.................pareceramcomeçarão...............começaramdescerão..................desceramelevar-se-ão.............elevaram-setransformarão..........transformaram

4. a) Finais destacados na coluna da direita (questão 3).

b) Finais destacados na coluna da esquerda (questão3).

c) No passado são paroxítonos, no futuro são oxítonos.d) Os verbos no passado são paroxítonos e terminam

em AM e no futuro são oxítonos e terminam em ÃO.

POMBOS X CIDADES (p. 143)Objetivos:

• promover a sistematização do ÃO e AMem final de verbo;

• fazer os alunos perceberem que existemverbos terminados em ÃO que não estãono futuro.

Estratégia: antes que leiam o texto, pergunte aosalunos o que sabem sobre pombos, que proble-mas eles imaginam que possam causar, por quee como, etc. Depois que tiver aguçado bastantea curiosidade deles, peça-lhes que leiam o textosilenciosamente e vejam o que acertaram e oque erraram em suas antecipações.

Terminada a discussão, peça que façam a atividadeindividualmente, para verificarem se aprenderamou não. No momento da correção não se esque-ça de ouvi-los e de discutir o que pensaram quan-do responderam de forma diferente da esperada.

Respostas

1. (1) representam (5) provocam (9) criarão(2) danificam (6) sejam (10) preservarão(3) encontram (7) estão (11) dificultarão(4) estavam (8) deverão

2. a) Estão.

b) De presente. Pode ser que respondam algo queacontece sempre, pois o presente também traduzessa idéia.

RESOLVEU? (p. 145)Objetivo: levar os alunos a perceberem que osverbos que terminam em EU são palavras oxíto-nas não acentuadas e que os adjetivos que pos-suem esse som terminam em EL e são paroxíto-nas acentuadas.

Estratégia: retomamos um contexto para intro-duzir o trabalho. Você se lembra do Danival?Agora criamos o Genival. Nessa atividade, dirigi-mos o olhar das crianças para o aspecto que nosinteressa: as palavras que terminam em VEL.

Questão 1:Nosso objetivo é que, por dedução a partir

da palavra amável, possam perceber o sentidoque o sufixo avel traz às palavras.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

80

Page 9: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Questões 2 e 3:Nessas questões começamos a opor as duas

terminações: VEL e VEU. Ao observarem o pri-meiro quadro, poderão enxergar com nitidez asdiferenças entre elas. O som é o mesmo, mas:a) as palavras da primeira coluna terminam em

VEL, são adjetivos, são paroxítonas e acentua-das;

b) as palavras da segunda coluna terminam emVEU, são verbos, são oxítonas e não são acen-tuadas.Que tal? Agora já dá para saber quando é

com U ou com L?

Questão 4:Nosso objetivo é que os alunos possam fazer

a negação total: não existe nenhum verbo ter-minado em VEL. Peça que escrevam essa conclu-são com letras garrafais no caderno, pois é muitocomum as crianças escreverem verbos com L.

Respostas

1. a) Controlável é que pode ser controladob) Previsível é que pode ser previstoc) Recuperável é que pode ser recuperadod) Compreensível é que pode ser compreendido

2 e 3.

Terminação Classe Tonicidade Presença ou nãogramaticalde acento

Palavras el adjetivo paroxítona comda 1ª acentocolunaPalavras eu verbo oxítona semda 2ª acentocoluna

4. Não, não há verbo terminado em L.

TELEFONEMA (p. 147)Objetivo: fazer os alunos refletirem e descobri-rem como pensar para saber quando o verbotermina em U e quando termina em O.

Estratégia: leia o poema de Ricardo Ramos comeles e converse sobre como imaginam a situa-ção, a pessoa, o que aconteceu, causas e conse-

qüências. Esse é um excelente exercício de infe-rências no processamento textual.

Depois, como essa é uma atividade de geração,reúna-os em equipes de 3 ou 4 alunos e peçaque resolvam as questões.

Respostas

1. Resposta pessoal.

2. Indicam a 1ª pessoa do singular (eu).

3. No passado.

4. Ouviu, acordou.Ouviu, xingou e ouviu.Levantou, ouviu, andou, ouviu.Pegou, falou, sentou, ouviu.Falou, ouviu, falou, ouviu, falou.Desligou, levantou, xingou.Comentou, deitou e dormiu.

5. Estão em destaque acima. A última letra é o U, e es-sas palavras são oxítonas.

6. Ouço, acordo.Ouço, xingo e ouço.Levanto, ouço, ando, ouço.Pego, falo, sento, ouço.Falo, ouço, falo, ouço, falo.Desligo, levanto, xingo.Comento, deito e durmo.

7. Estão acima em destaque. A última letra é o O, e es-sas palavras são paroxítonas.

8. Se os verbos estiverem na 1ª pessoa do singular (eu)no presente, são paroxítonos e terminados em O. Seestiverem na 3ª pessoa do singular (ele) do passado,são oxítonos e terminam em U.

Bingo VEL/VEUObjetivo: sistematizar ainda mais os finais verbaisO ou U.

Estratégia: as regras são as mesmas de sempre:

1. O professor pede que os alunos peguem umafolha de papel e montem uma tabela com 25quadrados (5 linhas e 5 colunas); escolhe 25palavras terminadas em VEL ou VEU e vai di- O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

81

Page 10: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

tando-as; cada aluno escreve as palavras dita-das em algum lugar de sua cartela.

2. Depois que a cartela ficar completa, o profes-sor vai sorteando as palavras e os alunos vãoassinalando-as em suas cartelas.

3. Quem completar a linha, a coluna ou a diago-nal fala “Bingo!” e mostra a cartela para o pro-fessor. Se todas as palavras da linha sorteadaestiverem certas, esse aluno será o vencedor.

4. Se houver erro, o professor diz que há erro,marca a linha, a coluna ou a diagonal para anu-lá-las mas não aponta o que está errado, e oaluno continua concorrendo com outra linhaou coluna. (As palavras da linha riscada conti-nuam valendo, só que em outra seqüência.)

5. Pode-se jogar até o quinto, décimo... coloca-do. O importante é que todos se divirtam!

Sugestão de palavras para o bingo:

irresistível intolerável injetávelsuportável intragável impossíveldemonstrável instável saciávelsolúvel inacreditável imprestável demoveu compreendeu dissolveuabsorveu viveu amoleceu desenvolveu resolveu comeuelegeu correspondeu pareceu

AUKÊ (p. 148)Objetivos:

• fazer os alunos observarem que às vezes opronome aparece antecedido de hífen, àsvezes não;

• ajudá-los a descobrir como devem pensarpara decidir se devem usar hífen ou não.

Estratégia: leia a lenda de Aukê com eles e con-verse sobre ela. Depois, reúna os alunos emequipes, pois essa é uma estratégia de geração, epeça que respondam às questões.

Questão 1:Para pensar sobre pronomes, é preciso pri-

meiramente reconhecê-los. O uso dos oblíquos

é difícil e complicado, por isso demos atençãoespecial eles.a) É preciso que eles vejam que são palavras di-

ferentes, inclusive de classes gramaticais dife-rentes.

b) Aqui eles deverão aplicar o que descobriram.É nesse momento que o professor pode ob-servar se eles compreenderam ou não e comoestão pensando quando erram. Essas observa-ções ajudarão o professor a descobrir umamaneira de interferir para ajudá-los.

Depois que tiverem coletado os pronomese verbos, peça aos alunos que observem quan-do aparece o hífen ou não, se o pronome vemantes ou depois do verbo, que tipo de pronomeaparece quando há hífen. Poderão constatar quesó há hífen quando o pronome vem depois doverbo, nunca antes, que são apenas alguns pou-cos que aparecem, etc.

Questão 2:Reproduzimos aqui o erro das crianças. Mui-

tas, quando descobrem os pronomes, escrevem-nos aglutinados aos verbos. Quando pergunta-mos se seria possível escrevê-los assim, prepara-mos a segunda parte da questão, a qual espera-mos que justifiquem assim: “São duas palavrasdiferentes. Quando escrevemos junto duas pala-vras diferentes, elas viram uma só e perdem aidentidade.” As crianças já viram muito o signifi-cado do espaço entre as palavras como elemen-to que dá identidade a elas. Por essa razão, nãoseria possível escrever “pegálo”.

Respostas

1. a) As palavras destacadas são pronomes e as outrassão verbos.

b) Lhe contar, empurrou-o, transformava-se, liquidá-lo,levou-o.

2. Não seria possível, porque são duas palavras e não uma.

De lição de casa, peça aos alunos que encon-trem cinco pares de pronomes com seus verbos li-gados por hífen. Na correção você obterá umaamostra grande de pares e poderá fazer uma listados pronomes que aparecem hifenizados, dos finaisde verbos quando há pronomes hifenizados, etc.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

82

Page 11: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

PARECE E É ( p. 149)Objetivo: comparar as terminações verbais ESSEe ECE.

Estratégia: reciclamos o poema de Sylvia Orthofpara que ficasse repleto de subjuntivos. Nossoobjetivo não é nem o reconhecimento do tem-po nem do conceito de modo verbal. Queremosapenas oferecer um instrumento de decisão paraas crianças quando tiverem que escrever essaspalavras, pois é comum encontrarmos “falace”(em vez de falasse), “comece” (no lugar de co-messe), etc. em textos escritos por elas.

Questão 1:

Utilizando-nos da charada, isolamos os ver-bos no subjuntivo. No enunciado destacamos aspropriedades relevantes para uma decisão orto-gráfica e esse é o nosso objetivo na questão.

Questão 2:Isolamos os subjuntivos de verbos da segun-

da conjugação, pois são os mais confundidos, porterem finais em ECE e ESSE. É a existência dasduas formas que evidenciamos nas duas colunas.

Questão 3:Todas as questões dessa atividade têm o ob-

jetivo de fornecer elementos de decisão para ascrianças em um momento de dúvida ortográfica.O que aprenderam? Esperamos que concluam:

• As palavras terminadas em ESSE são es-critas com ECE antes do ESSE.

• As palavras terminadas em ECE estão nopresente.

• As palavras terminadas em ECE afirmamalgo. Acreditamos que essa conclusão te-nha que ser desencadeada pelo professor,por meio de perguntas como: “Nós vimosna questão 1 que as palavras terminadas emESSE indicam algo que pode ser que aconte-ça ou não. E as palavras terminadas em ECE,o que indicam?”.

Questão 4:Muitas charadas (infames...) para as crianças

resolverem. Além de desenvolver o raciocínio

dedutivo, essa questão pede que elas apliquemas descobertas de como pensar para decidirquando usar ECE ou ESSE.

Respostas

1. parecesse balançasse soltassetivesse acontecesse adormecesseabrisse anoitecesse

2. 1ª coluna 2ª coluna11 letras: adormecesse adormece11 letras: acontecesse acontece9 letras: parecesse parece

11 letras: anoitecesse anoitece

3. Os verbos da 1ª coluna falam de coisas que pode serque aconteçam, uma condição (se...) e terminam porESSE e têm CE antes do SSE. (Peça que eles leiam a 2ªcoluna primeiro e depois a 1ª, e observem). Já os ver-bos da 2ª coluna estão no presente e terminam emECE, ou os verbos da 2ª coluna são iguais aos da 1ª co-luna retirando o SSE.

4. a) tivesse – feijoadab) umedece – toalhac) encontrasse – ervilha

Módulo VI – Numeral (p. 151 a 159)

1. Algumas considerações

Os numerais são formas de representaçãode quantidades precisas ou da ordem das coisas.Nos textos, acompanham ou substituem subs-tantivos. Se comparados aos pronomes, com osquais as crianças os confundem tantas vezes, po-deríamos observar que é possível representá-lospor meio de algarismos, mas não é possível re-presentar por algarismos as palavras alguns, to-dos, muitos, que também trazem uma idéia dequantidade, mas indefinida.

A reflexão sobre numerais começa na leitu-ra do texto O abridor de latas, de Millôr Fernan-des, Parte 1 (Textos), p. 40, pela função textual O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

83

Page 12: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

que eles cumprem no texto. Depois de realiza-da a análise, sugerimos que façam a atividadeIDÉIAS OU... para introduzir o conceito de nu-merais.

Fazendo essas atividades, as crianças pode-rão verificar algumas propriedades dos numerais.

2. Introduzindo o conceito de

numeral

IDÉIAS OU... (p. 151)Objetivo: fornecer dados que permitam àscrianças começarem a construir o conceito denumeral.

Estratégia: essa é uma atividade de geração. Reú-na os alunos em equipes e peça que comecema discutir as questões. Em cada uma, polemize eabra a discussão para que o conceito de nume-ral fique bem claro.

Questão 1:Primeiramente, elas devem completar cada

coluna com a forma de representação que a ca-racteriza. Como são formas bem diferentes e osnúmeros são assunto cotidiano nas aulas de Ma-temática, acreditamos que a completarão comfacilidade.

Questão 2:Se a criança olhar para as três colunas de uma

mesma linha, poderá perceber que, apesar das for-mas diferentes de representação, é sempre a mes-ma quantidade que está sendo representada. Essaé uma das propriedades do numeral.

Questão 3:Que lei darão para cada coluna? A imagina-

ção das crianças é fantástica. Nosso objetivo éque observem o que há em comum em cadauma das formas de representação.

Questão 4:Aqui usamos a nomenclatura da Gramática:

numerais. Nessa questão o professor abre a dis-

cussão para toda a classe. Acreditamos que suainterferência por meio de perguntas seja funda-mental. Sugerimos perguntas como:

• Apenas a representação que aparece na 3a

coluna da tabela é de numerais?

• O que representam?

• Representam quantidades de quê?

• Agora vamos observar apenas a 3a coluna.

Formam um conjunto de palavras variáveis

ou invariáveis?

• Se variarem, variam em quê?

• A palavra muitos pode fazer parte desse

conjunto? Por quê?

• E a palavra semana, também é numeral?

Por quê?

Essas questões são fundamentais para per-ceberem que alguns, muitos, todos não podemser numerais porque não são quantidades pre-cisas, e semana, mês, ano não podem ser nume-rais porque não são quantidades de qualquercoisa, só de dias.

Questão 5:Após a discussão, terão condições de formu-

lar um conceito semelhante a este:

Numerais são formas de representar umaquantidade precisa de qualquer coisa ou uma or-dem. São infinitos. Alguns numerais são variáveisem gênero (um, uma, primeiro, primeira) e em nú-mero (primeiros, segundos, terceiros, etc.), mas amaior parte deles é invariável.

Questão 6:Na brincadeira do Não confunda, destaca-

mos a importância de se estar atento ao con-ceito e ao contexto das palavras, para não con-fundi-las.

Se as crianças conseguirem resolver a ques-tão 6, estarão demonstrando saber pensar, alémde terem muito conhecimento.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

84

Page 13: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Respostas1.

1ª coluna 2ª coluna 3ª coluna

5 (desenho de 5 sorvetes) cinco

(desenho de 1 de pizza, p.ex.) um quarto

8 (desenho de 8 objetos) oito

2x (desenho de 1 objeto e X2) dobro

4º (desenho de 4 carros de corrida) quarto

1º (desenho de troféu de 1º lugar) primeiro

60 (desenho de 60 fichas) sessenta

(desenho de meia laranja) um meio

2. As três representam a mesma quantidade.

3. Nossa sugestão: 1ª coluna: números2ª coluna: desenhos3ª coluna: quantidade escrita por extenso

4. a) Alguns têm, outros não têm gênero.b) Só primeiro/primeira variou. Os outros não.c) Só primeiro variou em número. Os outros não.d) Não, nenhum variou em tempo.e) São infinitos.

5. Escreverão algo semelhante a: “Numerais são pala-vras que representam uma quantidade precisa de qual-quer coisa. São infinitos e a maior parte deles não temgênero e não varia em número nem em tempo.

6. a) São 15 minutos.b) Significa estar no quarto no horário combinado.c) Quarto no item a é numeral, em b é substantivo.

PESQUISANDO (p. 153)Objetivos:

• promover a sistematização do conceito denumeral;

• introduzir a classificação dos numerais emordinais, cardinais, fracionários e multiplica-tivos;

• relacionar tipo de texto, função textual eescolha de forma de representação.

Estratégia:

Questões 1 a 3

Reúna os alunos em equipes e distribua um tipode texto para cada uma. Nosso objetivo ao pro-ceder dessa forma é aumentar o universo de nu-merais e cada equipe contar para as outras oque descobriu na relação entre representaçãode numerais e função textual.

Como lição de casa, os alunos procurarão nume-rais e algarismos em diferentes tipos de textos,verificando se aparecem muitos ou poucos e sehá alguma relação entre a presença ou a ausên-cia daquela forma de representação naquele tipode texto.

Sugerimos que investiguem texto literário, recei-ta de comida ou de tricô, atlas, manual de instru-ções de jogo, relatório de experimento e outrostextos à escolha do professor e das equipes. Pa-ra essa análise, podem ser utilizados inclusive ostextos do volume da 3a série, Parte 1, desta co-leção.

Após essa análise, as crianças terão uma lista-gem grande de numerais. Podem agora fazer aclassificação.

Questão 4 – Classificando os numerais

Depois que todas as equipes escreveramseus numerais na lousa, elas deverão organizaresses numerais, deixando juntos aqueles que sãosemelhantes. Acreditamos que o conhecimentode Matemática poderá auxiliá-las. A essa alturatodos conhecem:

• os cardinais, pois trabalham com eles des-de a 1a série;

• os multiplicativos, pois já viram multiplica-ção e esses numerais são bastante utiliza-dos em problemas;

• os ordinais, pois fazem parte do cotidiano;• os fracionários, pois a maior parte das es-

colas já trabalha com eles na 3a série.

Feita a classificação com eles, peça-lhes queobservem as propriedades de cada grupo edêem um nome para eles. São interessantíssimasas sugestões! Depois, conte como os gramáticosos nomearam e estabeleça as relações entre aidéia e o nome. O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

85

4

12

14

Page 14: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Respostas

1. a) Resposta individual.

b) Dependerá do tipo de texto escolhido.c) Dependerá do tipo de texto: notícias, textos literá-

rios, etc., provavelmente por extenso; propagandas,receitas, etc., provavelmente por algarismos.

d) Sempre tem relação. Qual é ela dependerá do tipode texto e do conteúdo dele.

e) Também há relação: quando as quantidades preci-sam ser rapidamente lidas ou deseja-se destacá-las, escolhe-se os algarismos; caso contrário, usa-se o numeral, por extenso.

2. Resposta pessoal.

3. Resposta pessoal.

4. a) São os cardinais: um, dois, três, quatro...b) São os ordinais: primeiro, segundo, terceiro...c) São os multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo...d) São os fracionários: metade, terço...Em seguida, para que possam ampliar a

idéia de numeral, sugerimos a atividade EM-PLACANDO INFORMAÇÕES.

EMPLACANDO INFORMAÇÕES (p. 155)Objetivo: levar os alunos a compreenderem porque, nas situações informais, a representação dasquantidades por algarismos é muito mais utiliza-da do que a representação por extenso.

Estratégia:

Questão 1:

Destacamos que as quantidades estão repre-sentadas por algarismos e não por extenso, paraque possam responder às questões seguintes.

Questão 2:a) Os numerais por extenso ocupam muito mais

espaço do que os algarismos. Observandoisso, as crianças poderão compreender umadas razões da escolha de algarismos, e não denumerais por extenso, nesse tipo de texto.

b) Cremos que a primeira coisa que se eviden-cia é o espaço maior que o numeral por ex-tenso ocupa.

Questão 3:Por que essa preferência por algarismos no

mundo dos anúncios? Vemos três razões:

1. Ocupam menos espaço.

2. Os algarismos destacam-se das letras, chaman-do mais a atenção.

3. É uma forma mais ágil, mais rápida de garantira comunicação.

Respostas

1. Por algarismos.

2. a) Liquidação de verão!!! Quatro por cento de descon-to. Uma mais três prestações iguais.

Quarta maratona de revezamento (quinze de setem-bro) – Inscreva sua equipe – dois, quatro ou oitoatletas.

Condomínio Plaza de Toros. Financiamento em cen-to e vinte meses. Plantão de vendas: Rua Manacá,doze, Fone: um, três, dois, quatro, um, zero, zero. Ap-tos. de dois, três e quatro dormitórios.

b) Observações pessoais. Esperamos que indiquem aextensão: por extenso ocupa mais espaço; a rapi-dez de leitura: por extenso é mais lento para ler; aatração: chama menos a atenção por extenso.

3. Porque os anúncios são formas de comunicação rápi-das, ágeis, que pretendem atrair, chamar a atençãopara suas informações, portanto os algarismos sãomais indicados.

NOTÍCIAS NUMÉRICAS (p. 156)Objetivos:

• levar os alunos a discutirem a importânciada participação de todos os cidadãos napreservação da natureza;

• promover a sistematização do conceito denumeral e sua função textual: oferecer da-dos precisos, que dão clareza de informa-ção e credibilidade.

Estratégia: leia a notícia com eles e converse so-bre seu conteúdo. Depois, em duplas, peça queeles observem o grande número de numeraispresentes na notícia e respondam à 1a questão.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

86

Page 15: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Nosso objetivo é perceberem que os numeraissão fundamentais nesse tipo de texto para darclareza à informação e credibilidade. Na questão2 procuramos destacar o papel de cidadão dascrianças. Ouça-as com cuidado e carinho paraque percebam o respeito e atenção que nós,adultos, temos por sua participação.

Para encerrar, um desafio matemático! Deixeque os alunos tentem sozinhos e depois resolvacom eles.

Respostas

1. a) A que não tem os numerais, as informações ficammais vagas, menos precisas, dão a impressão do re-pórter saber menos sobre o assunto. Aceite outrasrespostas das crianças, desde que tenham lógica.

b) Aumentar a precisão das informações e a credibili-dade no que está escrito.

2. Resposta pessoal.

3. Rio Grande do Sul pagou no total R$ 51 mil. Como doisterços são por caça ilegal, faço: 51: 3 = 17 e acho umterço; como são dois terços, multiplico 17 por 2 = 34 milde multa por caça ilegal.

QUE CORAGEM!!! (p. 158)Objetivo: fazer os alunos perceberem que osnumerais se referem sempre a quantidades pre-cisas. É fundamental que isso fique claro, para quenão confundam numerais com pronomes indefi-nidos ou advérbios de quantidade, erros quecostumam cometer.

Estratégia: leia o texto com as crianças. A histó-ria, apesar de incrível, é verdadeira! Vá ser cora-joso assim em outra parte!!!

Questão 1:Nosso objetivo nessa questão é polemizar,que-

brar a certeza do conceito. Ao ter que separar nu-merais de não-numerais precisarão estar muitoatentos ao conceito. No momento da correçãoouça como pensaram os que deram respostas di-ferentes para ampliar conceitos e limpar arestas.

Questão 2:Ao destacarmos a semelhança entre pronomes

indefinidos e numerais — ambos traduzem idéiade quantidade —, ajudamos as crianças a enxergaro que as faz confundir essas classes gramaticais.

Questão 3:Por comparação poderão deduzir que as pala-

vras da coluna da direita do quadro não são nume-rais porque não representam quantidades precisas.

Respostas

1. Numerais: quinze, três, seis, onze, doze, primeiro.Não-numerais: algumas, vários, alguns, poucos.

2. As palavras das duas colunas se referem a quantidades.

3. As palavras da coluna dos não-numerais se referem aquantidades vagas, imprecisas.

NUMERANDO (p. 159)Objetivo: sistematizar a grafia dos numerais.

Estratégia: a grafia dos numerais costuma ser umproblema para muitas crianças. Que recursos depensamento podemos encontrar para facilitaruma decisão ortográfica? Um deles é compreen-der como a palavra se formou, e esse é o obje-tivo dessa atividade. Ela deve ser feita individual-mente. Nela destacamos a grafia dos numerais,pedindo que analisem semelhanças e diferenças.

Questões 1 e 2:Ao observarem a formação dos numerais, os

alunos poderão verificar que os cardinais deonze a dezenove são escritos com Z.

Questão 3:Pedimos que escrevam os ordinais de dez

em dez até o centésimo. Provavelmente os alu-nos terão dificuldade em saber alguns deles.Ouça as sugestões que derem e depois mostrea forma correta. Nosso objetivo é a descobertaque poderão fazer a respeito da grafia, que estásugerida na questão 4.

Questão 4:Eles poderão descobrir que todos terminam

em ésimo, com S e não com Z, como escrevemsempre!! O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

87

Page 16: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Questão 5:O som é o mesmo nos dois casos, mas a le-

tra que o representa é diferente. Esperamos queagora tenham um instrumento de decisão: os car-dinais de onze a dezenove são escritos com Z; osordinais de 10 em 10 até 100 são escritos com S.

Respostas

1. São: onze, doze, treze, catorze, quinze, dezesseis, de-zessete, dezoito, dezenove.

2. As letras que se repetem são EZ.

3. Vigésimo, trigésimo, quadragésimo, qüinquagésimo,sexagésimo, septuagésimo, octogésimo, nonagésimo,centésimo.

4. As letras que se repetem são GÉSIMO.

5. Na seqüência de 10 a 19 o som [z] é representado pelaletra Z; na seqüência do 20º ao 100º o som [z] é repre-sentado pela letra S.

O trabalho com numerais deve estender-se,agora, para seu uso em textos, produzindo jogosdiscursivos, e para outras questões ortográficasque o professor achar necessário para seu grupo.Aproveite todas as situações, especialmente as deMatemática, para retomar o estudo dos numerais.

Módulo VII – Interjeição (p. 161 a 166)

1. Introduzindo o conceito de interjeição

As interjeições são palavras muito presentesno texto das crianças. Desde muito cedo, elasdescobrem a possibilidade de tradução das emo-ções que as interjeições encerram, e passam autilizá-las fluentemente. Acontece que as crian-ças usam as interjeições, mas não sabem comografá-las. É por essa razão que, uma vez identifi-cado o conceito, nosso olhar será dirigido para agrafia das interjeições e o trabalho será comple-tado com a análise dos jogos discursivos que elaspermitem nos textos. Por que certos tipos detexto não trazem interjeições e outros as utili-zam em quantidade? Quais as emoções que po-demos produzir utilizando-as? O fechamento do

trabalho fica, dessa forma, a cargo da análise detextos da Parte 1 (Textos) deste volume.

Para que comecem a construir o conceito deinterjeição sugerimos a atividade HEIN?… HÃ?…COMO?… do livro do aluno.

HEIN?... HÃ?... COMO?... (p. 161)Objetivo: promover a geração do conceito deinterjeição.

Estratégia: peça aos alunos que leiam dramati-zando, cada aluno representando uma persona-gem. Depois, reunidos em equipes, respondemàs questões propostas.

Questão 1:Como as interjeições são tradutoras de emo-

ções, de sentimentos, nosso primeiro recorte épara esse aspecto. A emoção que traduzem de-pende do contexto em que se encontram; daí aimportância de serem retiradas do texto e nãoaparecerem isoladas.

Questão 2:

Observando as propriedades, esperamosque consigam definir minimamente o que é in-terjeição. Acreditamos que por terem procura-do sempre vários aspectos em todas as classesgramaticais também busquem os vários aspectospertinentes nesse caso. Chegarão a uma defini-ção mais ou menos assim:

Interjeições são palavras invariáveis, infinitas, queexprimem emoção. São elementos afetivos da lingua-gem e vêm sempre acompanhadas de pontuação.

Questão 3:As interjeições são sempre acompanhadas

de pontuações expressivas. Esse é o objetivodessa questão. Se você quiser aprofundar a dis-cussão, faça-os observar que são pontos de ex-clamação, de interrogação, reticências..., poiscomo são tradutoras de emoção, só pontuaçõesexpressivas costumam acompanhá-las!

Questão 4:As interjeições são velhas conhecidas dos

alunos. Eles desde cedo adoram usá-las em seus

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

88

Page 17: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

textos, mas costumam grafá-las errado. É essa arazão dessa questão.

Ajude-os a analisar as frases dadas. Acredita-mos que não terão dificuldade em tirar as con-clusões. O AH! interjeição é o que estão vendonesse instante; o A artigo já é velho conhecidodeles; o HÁ verbo é o mais difícil para eles. Aju-de-os a compreender que HÁ é verbo pelatransformação de tempo.

Respostas

1. a) Chi! – a velhinha parece que lamenta que o escri-tor esteja doente.

b) Puxa! – ele fica sem graça com o mal-entendido.c) Ah! – demonstração de que está de acordo.d) Hã? – demonstra dúvida, parece que a velhinha não

estava entendendo o que ele estava falando.2. São palavras que traduzem emoções e vêm sempre

acompanhadas de pontuação, são invariáveis e infinitas.

3. As pontuações que acompanham as interjeições sãoexclamação (!) interrogação (?) e reticências (...).

4. Ah! – quando for interjeição.A – quando for artigo ou pronome.Há – quando for verbo, com sentido de existir algo oualguém.

OBA! ACHEI MAIS UMA!!! (p. 163)Objetivos:

• promover a sistematização e ampliar o nú-mero de interjeições que conhecem;

• fazer os alunos perceberem que há certos ti-pos de textos, como histórias em quadrinhos,por exemplo, que usam muitas interjeições.

Estratégia: como as histórias em quadrinhos sãoricas em interjeições, pedimos como lição decasa que procurem interjeições nos gibis, recor-tem os quadrinhos onde elas aparecem ou de-senhem as cenas no caderno e identifiquem asinterjeições e as emoções traduzidas por elas.

Essa atividade serve como pretexto para co-meçar um álbum de interjeições da classe. Cabeao professor decidir quando e como isso pode-

rá acontecer.Temos certeza de que a idéia, quan-do sugerida, irá pegar fogo!!!

É interessante abrirmos aqui um parêntese.Nas histórias em quadrinhos aparecem muitasonomatopéias. Onomatopéia é a representaçãodos ruídos, como splash, que reproduz o ruído dealgo caindo na água; ou buáááá, que reproduz osom do choro, etc. Quando essa confusão sur-gir, peça que eles observem que a interjeiçãotraduz uma emoção e não um barulho.

Por essa razão, acreditamos que será inevitá-vel falar em onomatopéias nesse momento. Aatividade DURMA COM ESSE BARULHO!!! pro-cura cumprir esse objetivo.

2. Confronto: interjeição versusonomatopéia

DURMA COM ESSE BARULHO!!! (p. 164)Objetivos:

• introduzir o conceito de onomatopéia;• diferenciar as onomatopéias das interjeições.

Estratégia: leia as instruções com a classe e pro-ponha que as duplas descubram como fazer ossons sugeridos.

Questão 1:

Completar os balões com onomatopéias serámuito divertido. Ao corrigir, verifique as diferen-tes soluções dadas e as formas possíveis de gra-far uma onomatopéia.

Faça-os observar, depois, nas histórias emquadrinhos, a associação entre as onomatopéiase o tamanho ou a forma das letras (traços gros-sos, tremidos, etc.), para indicar a intensidade doque se quer representar. Brinque bastante comeles... e depois veja o que acontecerá nos textosdas crianças.

Aproveite também a ocasião para mostrarque esse tipo de palavra não segue as leis orto-gráficas do sistema. Ao escrevê-las, todas ascombinações são possíveis. O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

89

Page 18: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Questão 2:

Procure levá-los a observar a diferença en-tre interjeição e onomatopéia: uma traduz emo-ções, a outra, sons.

Questão 3:

Por serem as histórias em quadrinhos o reinodas onomatopéias e interjeições, propomos umasituação na qual terão que usá-las fazendo a cor-respondência entre imagem e palavra. É uma ativi-dade simples, que pode ser pedida como lição decasa e que sintetiza os dois conceitos trabalhados.

Respostas

1. Sugestões de solução:De repente, um som abafado ecoou pelo ar: vvuuummm.... Uma pessoa entrou pela janela cuidadosamente efoi apalpando tudo: tum! plac! toc! plim!... foi derrubando frascos: crash!! crack!! plim, plim,crac!... chutando cadeiras: tomb! tum!... alguns tombos e tropeções: pou! pof! tum!

2. As interjeições expressam as emoções das persona-gens, e as onomatopéias representam barulhos, ruídose não emoções.

3. Resposta pessoal.

QUEM RI POR ÚLTIMO... IH! ESQUECI!!! (p. 166)Objetivo: promover a sistematização da grafia efunção textual das interjeições e onomatopéias.

Estratégia: fantástica essa bruxa Zelda, não?! Peçaaos alunos que interpretem o texto a fim de evi-denciar as expressões e sentimentos. Os exercí-cios são de sistematização e para perceberem adiferença entre ha e há. Podem ser feitos indivi-dualmente ou em duplas.

Questão 1:Ver a aplicação dos conceitos de interjeição

e onomatopéia.

Questão 2:

Ao explicarem que uma tem acento e a ou-tra não, verificarão também que uma é interjeição,e a outra, verbo.Aproveite a situação para com-

parar com o A artigo ou pronome e a interjeiçãoAh! Caso tenham dificuldade em localizar que háé verbo, peça-lhes que substituam por tem.

Questão 3:

Propomos um enriquecimento do texto como acréscimo de onomatopéias e interjeições.

Questão 4:

A Zelda (e creio que todas nós!) gostaria deser jovem, bela, rica... mas não malvada! Mas essaresposta é bastante pessoal.

Agora, use sua imaginação, mantenha o fogodo álbum de figurinhas de interjeições e onoma-topéias aceso, destaque as emoções traduzidaspor elas nos textos e... chega!!!

Respostas

1. A interjeição: Oh!A onomatopéia: Ha, ha, ha!

2. Uma é verbo (há) e tem acento; a outra é interjeição enão tem acento.

3. Sugestões:a. Tomo o elixir e, vapt-vupt, fico jovem. ou Fabrico,

vendo, exporto e vapt-vupt, fico rica.b. Psiu, Astolfo! Astolfo, meu querido, venha ver!c. Com o dinheiro, faço operação plástica no nariz e

tcham-tcham! Fico linda. d. Fabrico, vendo, exporto e ufa! Fico rica. ou Oh!

Agora sim, tenho tudo! Ufa!, ou ainda Tenho tudopara ser jovem, bela e (ufa!) linda.

4. Sugestões:Jovem – Cruz!!; Hein?!Linda – Pois sim!!!; Caramba?!!Bela – Puá!; Quê?!Rica – Puxa vida!; Francamente!!Malvada – Credo!!; Ai!!; Ui!!!!

Módulo VIII – Preposição (p. 167 a 172)

Algumas considerações

O trabalho com preposição terá início nestevolume com o objetivo de levar os alunos a:a) descobrirem o conceito;

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

90

Page 19: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

b) observarem a importância da relação estabe-lecida pela preposição.

No volume da 4ª- série, será proposta umaexpansão do conhecimento sobre a preposição,com a investigação de algumas relações possíveisde serem estabelecidas pelas principais preposi-ções e a análise das palavras que elas ligam.

Como introduzir o conceito de

preposição

Para introduzir o conceito de preposição, su-gerimos que as crianças se reúnam em grupos efaçam a atividade do livro do aluno intitulada LIGANDO OS FATOS.

LIGANDO OS FATOS (p. 167)Objetivo: introduzir o conceito de preposição.

Estratégia: foram retiradas do texto algumaspreposições, não todas, pois queríamos garantirque aparecessem apenas as que não estavam emcombinação com o artigo, para que não imagi-nassem que era uma classe variável em gêneroe número por causa deles. Assim, fizemos umapequena adaptação no texto com fins didáticos.

Reúna a classe em pequenas equipes e peça aosalunos que completem o texto. O confronto en-tre as crianças é importante para uma troca ricade opiniões. Elas costumam sentir dificuldade noinício, pois imaginam que devem preencher as la-cunas com “uma palavra grande”. Depois decompletarem as primeiras lacunas, o restante dotexto é completado naturalmente.

É importante que o professor esteja ciente de quenão temos a expectativa de que acertem tudo. Ospossíveis e prováveis erros cometidos serão res-gatados no momento da correção coletiva.

Depois de corrigido, poderão iniciar a discussãodas questões.

Questão 1:É uma listagem das preposições encontradas

no texto. Ao fazê-la, isolamos as preposiçõespara que possam ser observadas pelos alunos.

Questão 2:Nosso objetivo é a construção do conceito

de preposição. Deixe que digam espontanea-mente o que observam em comum entre as pa-lavras utilizadas.

Após tanto trabalho anterior, acreditamosque muitas propriedades sejam analisadas es-pontaneamente. Para o caso de algum aspectoainda permanecer desapercebido, fizemos per-guntas desencadeadoras.

Questão 3:Ao levantarem essas características, estarão

definindo preposição. Organize com eles as idéiase redija a definição na lousa. Acreditamos que fi-cará aproximadamente assim:

Preposição é uma palavra pequena, invariá-vel; não quer dizer nada que existe no mundo,mas mostra como a palavra grande que vem an-tes e a palavra grande que vem depois estão li-gadas.

Peça depois que copiem a definição no ca-derno com bastante destaque.

Respostas

1. para 9. por 17. de

2. a 10. de 18. por

3. de 11. de 19. sem

4. de 12. em 20. entre

5. de 13. de 21. por

6. em 14. por 22. para

7. de 15. de 23. para

8. de 16. com 24. de

2. a) São pequenas.b) São invariáveis.c) Não querem dizer nada que há no mundo.d) Ligam as palavras que vêm depois ou completam o

sentido do texto.3. Preposições são palavras invariáveis, que não querem

dizer nada que há no mundo e servem para ligar as pa-lavras que vêm antes e depois delas.

Nosso próximo objetivo é que percebam aimportância da presença e da escolha da prepo- O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

91

Page 20: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

sição, pois colocá-la ou não ou escolher uma ououtra muda toda a significação da frase. Para atin-gir esse fim propomos o JOGO DE MÍMICA,apresentado no livro do aluno.

MÍMICA (p. 169)Objetivo: mostrar a importância da preposição:se você mantiver as palavras que vêm antes edepois, mas mudar a preposição, você altera todaa significação!

Regras

1. Reúna a classe em equipes.

2. Peça que os alunos abram o livro na página dojogo de MÍMICA.

3. Escreva em papeizinhos as 8 preposições quecompletam as lacunas do jogo: com, na, após,sobre, sob, contra, para, até, e um papel com umX, indicando que não há preposição.

4. Sorteie os papeizinhos entre as equipes, demodo que cada uma fique com uma ou maispreposições que completam a(s) lacuna(s) doexercício.

5. Cada equipe deve descobrir uma forma deexplicar o significado de sua expressão para aclasse, fazendo mímica. Vá circulando pelasequipes e verificando se compreenderam osentido da expressão que deverão dramatizar.Caso não saibam, explique.

6. As equipes terão um tempo determinado peloprofessor para ensaiar ou combinar a dramati-zação.

7. O professor vai chamando cada equipe parase apresentar.

Enquanto isso, as outras equipes devem ver adramatização e completar a primeira lacunavazia do exercício com a preposição queacham adequada para traduzir aquele signifi-cado representado pela equipe que está fa-zendo a mímica.

8. Depois de cada expressão completada, o pro-fessor ouve as respostas, corrige-as, escreve-asna lousa e todos os que acertaram ganhamdois pontos.

9. Vence o(s) que obtiver(em) o maior númerode pontos.

Nosso próximo passo é fazê-los observar queas preposições freqüentemente vêm com artigos“grudados”. Para essa descoberta sugerimos a ati-vidade QUEM COM QUEM?

QUEM COM QUEM? (p. 170)Objetivo: mostrar que a preposição pode terum artigo “grudado”, e que nesse caso dá a im-pressão de que é variável em gênero e número.

Estratégia: declame o poema para que todos oouçam. Deixe que declamem junto, converse so-bre seu conteúdo e depois peça que resolvamas questões.

Questão 1:Nela retiram as palavras destacadas para ob-

servar como foram formadas.

Questão 2:Ao descobrirem o DE + O, DE + A, desafie-os

a descobrirem o NO. Como há uma modificaçãocompleta na palavra, eles dificilmente concluirãosozinhos. Instigue-os a pensar pelo significado (éuma idéia de lugar), a buscar a lista das preposi-ções que apareceram na atividade LIGANDOOS FATOS, verificando qual ou quais trariamtambém idéia de lugar. Como último recurso, de-monstre a relação.

Questão 3:Ao observarem que as três palavras foram

formadas por uma preposição mais um artigo,desafie-os: pergunte se alguém descobre mais al-guma combinação de preposição mais artigo, di-ferente das que já viram. Dificilmente conseguemdescobrir. Se o fizerem, melhor, se não consegui-rem, apresente-lhes pelo/pela, num/numa. A par-tir dessa discussão, já não precisaremos nospreocupar em desfazer as combinações para queachem preposições.

Respostas

1 e 2. DO = DE + O; DA = DE + A; NO = EM + O

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

92

Page 21: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

3. De, em: preposiçãoO, a: artigo

Para aprofundar o trabalho, o professor pode,em situações informais, mostrar para as criançasque elas já tinham visto as preposições nas lo-cuções adjetivas. Além disso, sempre que estivertrabalhando com textos, destacar as preposi-ções e, se possível, analisar jogos de palavras (es-pecialmente de humor), produzidos com elas.Uma ampliação maior do conceito, só no volu-me da 4ª- série.

Para finalizar o trabalho deste volume compreposição, propomos os jogos descritos a seguirque constam do livro do aluno.

PARA CRIAR, DE CRIAÇÃO, COMCRIATIVIDADE (p. 171)Objetivo: fazer os alunos usarem diferentes pre-posições em um mesmo contexto, deixando evi-dentes as diferentes relações que elas estabele-cem entre os termos.

Estratégia:

Como jogar:

1. Reúna a classe em equipes.

2. Marque um tempo e peça que os alunos com-pletem as 15 frases propostas com todas aspreposições possíveis de serem usadas, confe-rindo diferentes sentidos. Cada equipe deverácolocar todas as soluções possíveis que houverem cada frase.

3. Terminado o tempo, um aluno de cada equipemuda para outra a fim de funcionar como fiscal,evitando problemas de alteração de resposta.

4. O professor sorteia um número de um aquinze e a equipe da vez deve responder, dan-do as soluções da frase sorteada.

5. Todos os grupos que tiverem acertado ga-nham 2 pontos para cada preposição correta.

6. Caso haja mais alguma resposta que outraequipe tiver encontrado, deve dizê-la, e as de-mais que tiverem completado dessa formatambém ganham 2 pontos.

7. A equipe que tiver completado com a pre-posição errada perde 2 pontos. (Essa regra

tem o objetivo de evitar que eles completemsem pensar, arriscando simplesmente, em bus-ca de pontos.)

8. Ganha a equipe que obtiver o maior númerode pontos.

Ao fazer a correção, o professor deve pro-curar ajudá-los a refletir sobre a idéia traduzidapelas diferentes preposições. É essa reflexão quepossibilitará que venham a ter condições de fa-zer uma boa escolha de preposição, quando es-tiverem escrevendo.

Respostas

1. para/após 8. com/sem2. para/com 9. por3. de 10. no4. para/com 11. sem/com/após5. para/com/sem 12. a/sem/com/no6. para/com/sem/após/ 13. para

sem preposição 14. até7. para/sem/após/até 15. no

ENCAIXE PERFEITO (p. 172)Objetivo: fazer os alunos refletirem sobre asrelações estabelecidas pelas diferentes prepo-sições.

Estratégia: são sete frases e sete preposições. Hálacunas que podem ser preenchidas por mais deuma preposição, mas para cada frase o alunodeve escolher apenas uma das possibilidades.Para isso terá que saber fazer as escolhas.

Pode ser realizada em equipe, na classe, ou comolição de casa. Voltamos a chamar a atenção doprofessor para a importância de sua postura aolongo das atividades: não temos a expectativa deque as crianças saibam responder a tudo correta-mente. Nosso objetivo é que comecem a pensarno assunto, que busquem soluções, que transfor-mem as preposições em algo sobre o qual é pre-ciso parar para pensar. Para que esse objetivo sejaatingido, não se pode trabalhar centrado em cer-to ou errado. O mais importante é pensar sobreo assunto e não simplesmente acertar ou errar. O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

93

Page 22: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Terminamos o exercício pedindo que façamfrases. Após tantas situações, acreditamos quenão serão grandes as dúvidas. No momento dacorreção, como sempre, procure ouvi-los e com-preender seu pensamento para ajudá-los da for-ma mais eficiente.

Respostas

1. de 4. sob/com 7. ao2. no 5. até 8. Resposta pessoal.3. sob/com 6. por

Módulo IX – Pontuação e paragrafação (p. 173 a 189)

1. Algumas considerações

O trabalho de pontuação teve início na pri-meira série quando, por meio da história O Prín-cipe Harum, procuramos torná-la algo observá-vel para a criança. Naquele momento, nossoprincipal objetivo era que descobrissem que elapode ser um dos recursos para se traduzir aemoção por escrito.

Ainda na primeira série, elas conheceram onome dos sinais de pontuação e começaram arefletir sobre quando é que se coloca uma pon-tuação interna em um parágrafo.

Na segunda série, a pontuação com funçãoexpressiva se estabiliza, usam-na com fluência ecorreção, e a pontuação interna, que denomina-remos lógica porque é a organizadora das idéiasdo texto, passa a ser o centro de nosso enfoque.Vírgulas, pontos e travessões são assunto coti-diano de nossa sala de aula de segunda série.

O trabalho da segunda série teve por objeti-vo principal que os alunos descobrissem ondecolocar uma pontuação: entre duas informações.Mas para saber como pensar para decidir qualdas pontuações colocar, é preciso percorrer ou-tros caminhos. Dificilmente as crianças, naquelemomento, conseguem pensar de forma integra-da sobre onde e qual pontuação colocar.

Considerando-se tudo isso é que o centro denosso recorte no volume da 3ª- série será paraque saibam decidir qual das pontuações usar.

A dificuldade para tomar essa decisão ficaclaramente espelhada no fato de, em geral, privi-legiarem uma das pontuações, que passam a usarsempre. Há crianças que só usam pontos e ou-tras que só usam vírgulas, ou ainda às vezes al-ternam as duas, mas de forma inadequada.

Esses procedimentos são naturais nesta faixade escolaridade. Para decidir onde ponho a pontua-ção tenho que pensar no que ela isola, separa, dife-rencia; para decidir qual pontuação usar, tenho quepensar no que ela liga, relaciona, aproxima. Ora, nãoé nada simples compreender que um sinal arbitrá-rio cumpra duas funções aparentemente opostas!

Assim sendo, propomos que o trabalho tenhainício pela estratégia que apresentamos a seguir.

2. Como decidir qual das

pontuações usar?

Esse trabalho é minucioso e vai exigir muitasensibilidade por parte do professor. Para realizá-lo propomos que as crianças façam a atividade aseguir.

HÁ TEMPO QUE A BOLA ROLA... (p. 173)Objetivo: diagnosticar o que os alunos sabem ounão sobre pontuação e parágrafo.

Estratégia: como essa é uma atividade diagnósti-ca, sugerimos que seja feita individualmente. Nelaapresentamos um texto sem pontuação paraque pontuem como puderem. Depois, recolhatodos os textos pontuados e observe comopensaram para pontuar e paragrafar. Observe secolocam a pontuação ligada à significação e se elaestá no lugar adequado.

Observe também o modo como paragrafa-ram. Está adequado? Pensam por sentido ou co-locam o parágrafo por outras razões, como es-paço, por exemplo?

Diagnóstico feito, podemos fazer a atividadeseguinte. Na resposta daremos a solução do au-

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

94

Page 23: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

tor, mas apenas para servir como referencial parauma possível solução. Não é a única correta.

Resposta

A bola é um objeto que vem sendo usado pelos se-res humanos desde épocas antigas.

Com o passar dos anos, diversos materiais foramsendo usados na fabricação das bolas. Antigamente, elaseram feitas somente de materiais extraídos da natureza,como bexigas de animais e seivas de vegetais, como aborracha. Hoje em dia é comum o uso de materiais sinté-ticos, como o plástico.

De acordo com a modalidade esportiva, as bolastambém variam de tamanho, peso e forma.

BOAS IDÉIAS, GRANDES BRINQUEDOS! (p. 174)Objetivo: fornecer um instrumento de pensa-mento para os alunos decidirem qual pontuaçãocolocar.

Estratégia: não há como ensinar regras de pon-tuação para crianças desta faixa de escolaridade:as regras são sintáticas! Por isso optamos por tra-balhar por um pensamento de relação: se a in-formação seguinte completa a informação ante-rior, use vírgula. Se a informação seguinte for umanova informação, um novo recorte, use ponto.

Como é uma estratégia de geração, reúna osalunos em equipes e peça que resolvam asquestões de 1 a 8. No momento da correçãopeça-lhes que justifiquem seu pensamento, lim-pe arestas, proporcione muita troca entre eles.Ajude-os a compreender o que é completar, am-pliar uma outra informação. Essas noções sãobastante sutis.

Respostas

1. Ela precisa da informação seguinte para formar umsentido.

2. Vírgula.

3. Ela traz uma nova informação ao texto.

4. Ponto final.

5. Ela amplia.

6. Vírgula.

7. E.

8. Porque a informação 5 é a última da série de informa-ções e a última sempre vem separada por E e não porpontuação.

Regra:

Quando a informação seguinte completa ouamplia a informação anterior, separamos as duaspor vírgula; quando a informação seguinte trazuma nova informação em relação à anterior, se-paramos as duas por ponto.

OUTRA BOA IDÉIA, MAIS UM GRANDEBRINQUEDO! (p. 175)Objetivo: sistematizar as descobertas de comopensar para decidir qual pontuação colocar.

Estratégia: reúna os alunos em duplas e peçaque pontuem o parágrafo proposto. Como sem-pre, use a correção para limpar arestas.

Respostas

1. Acho que esta você não sabia... O dominó surgiu naChina (.) Sua criação é atribuída a um soldado chama-do Hung Ming (,) que viveu de 243 a.C. a 181 a.C. (.) Onome do jogo provavelmente surgiu da expressão lati-na domino gratias (,) que significa “graças a Deus”(,)dita pelos padres europeus enquanto jogavam (.)

2. Resposta pessoal.

DAS CAVERNAS ÀS CIDADES (p. 176)Objetivo: fazer a manutenção do trabalho depontuação.

Estratégia: de lição de casa peça que coloquema pontuação que considerarem mais adequadanos números correspondentes. O grande segre-do está no momento da correção, quando po-derá ouvi-los e conhecer o que pensam.

Esse texto está dividido em várias partes.Não peça aos alunos que façam todas as ativi- O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

95

Page 24: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

dades de uma vez; vá distribuindo as atividadesao longo das semanas.

Respostas

1. e 2.(1)- remotos (.) O(2)- cavernas (,) no(3)- frio (,) da(4)- chuva (,) dos(5)- selvagens (.) Esses(6)- nômades (:ou . ou –) nômades (7)- fixa(.) Mais(8)- tendas(,) choupanas(9)- pedra(.) Isso(10)- solo(,) plantar

3. a) (3)b) (1) e (2)

4. a) (2) o local da pontuação está certo, mas deveria seruma vírgula.

b) (1) o local está errado, não deveria haver nenhumapontuação aí.

5. Mais da metade da população do planeta concentra-se atualmente nas grandes cidades. Boa parte dessas pes-soas chegou da zona rural, outras vieram de pequenas cidades do interior. Todas elas buscam trabalho, escolae novas oportunidades, pois querem melhorar de vida.

Logo que chegam, muitas dessas famílias são obriga-das a morar em locais precários, como favelas e cortiços.

COCÔ DE PASSARINHO (p. 180)Objetivos:

• levar os alunos a analisarem o uso de maiús-culas e minúsculas depois de cada pontua-ção;

• ensinar os alunos a pensarem o que é possí-vel e o que é provável no sistema da língua;

• mostrar a possibilidade de transformaçãoda realidade por pequenas ações que cadaum faça.

Estratégia: peça aos alunos que leiam o textoem equipes, dramatizando: cada aluno lê a partede uma das personagens. Depois, ainda em equi-pes, respondem às questões do livro.

Os alunos têm visto pontuação e letra maiús-cula ao longo de todas as séries, mas não de ma-

neira organizada.A consciência e organização deum saber que foi se constituindo disperso é fun-damental para que passem a usar pontuações emaiúsculas com mais adequação. Não se esqueçade oferecer livros, jornais e revistas para procura-rem a confirmação do que descobriram e “novoscasos” de usos de letra maiúscula e minúscula.

Respostas

1. Resposta pessoal. Achamos que dirão que é o barulhode engolir ou de regurgitar. Ou dirão ainda que indicamque um dos passarinhos estava assustado com o queo outro contava para ele.

2. a) São interjeições.b) Resposta pessoal. Imaginamos que a festa foi ani-

mada, pois as interjeições são de alegria, de entu-siasmo e a pontuação é de exclamações.

3. Monótona, chata, parada, desanimada...

4. a) No 1º diálogo os moradores parecem desanimados,sem esperança, já no último os moradores estãomais otimistas, esperançosos.

b) Eles podem achar que o que causou a mudança foi:a vinda do vendedor de sementes; as flores teremnascido nos chapéus; ter acontecido algo novo; aeconomia da cidade ter se aquecido; os moradoresterem algo para se ocupar, etc. Mais do que umaresposta certa nos interessa a reflexão sobre atransformação.

5 e 6. Aparece Aparece

maiúscula minúsculaNo início de parágrafo XDepois de ponto final XDepois de travessão X X Depois de vírgula X XDepois de reticências X X Em nomes próprios XDepois de exclamação X Depois de interrogação X

Depois de dois-pontos X X

7. a) Em início de parágrafo, depois de ponto final, emnomes próprios, depois de exclamação e de inter-rogação.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

96

Page 25: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

b) Letra maiúscula quando introduz a fala da persona-gem e minúscula quando introduz a fala do narra-dor e permanece na mesma linha.

c) Só se usa maiúscula depois da vírgula se houver umnome próprio; caso contrário, sempre se usa minús-cula.

d) Pode aparecer minúscula e maiúscula.e) Pode aparecer minúscula e maiúscula.

8. Resposta pessoal.

3. As marcas de oralidade

As marcas de oralidade são os famosos E,DAÍ, AÍ e ENTÃO que as crianças costumamusar quando começam a escrever e que têm afunção de ir “colando uma informação na outra”para estabelecer a progressão textual.

Há um primeiro momento em que essas mar-cas são um sinal de progresso. É quando o textodo aluno deixa de ser uma simples cena para co-meçar a articular-se ao redor da ação. Nesse mo-mento, em que muitas coisas começam a aconte-cer dentro da história, a marca de oralidade surgede forma intensa e o professor deve ficar feliz aoobservá-la: ela é uma marca de evolução.

Conforme eles vão crescendo, vão apren-dendo que a escrita se utiliza de outras marcasespecíficas para estabelecer essa progressão: sãoas pontuações, os parágrafos, os adjuntos adver-biais e algumas conjunções. Nossa postura é de— nessa hora em que o texto aumenta, encor-pa — oferecer-lhes esse novo conhecimento. Poressa razão, pontuação e paragrafação são assun-tos constantes de nossas salas de aula.

Na medida em que as crianças vão conquis-tando o domínio da pontuação e do uso do pa-rágrafo, vão abandonando as marcas de oralida-de. Mas há um momento em que coexistem es-ses dois novos elementos da escrita. Por isso éinteressante, nessa etapa, que ajudemos as crian-ças a superar o uso das marcas de oralidade comatividades específicas.

Para tal, tem se mostrado muito eficiente a uti-lização da estratégia de reescrita de textos com

marcas de oralidade. Optamos por adaptar umtexto de autor já publicado para garantirmos tex-tos qualitativamente bons, o que permite focarnossa atenção nesse único elemento. Se trabalhás-semos com um texto de criança, outros aspectostextuais emergiriam e a atenção seria dispersada.

Nossa proposta é que seja feita a reescrita doconto japonês O pequeno Pequetito em três mo-mentos: o primeiro, coletivo, gera novos conheci-mentos (geração); o segundo, em grupo, para queum aluno ensine o outro (sistematização); e o ter-ceiro, individual, para que o professor possa ob-servar, depois do trabalho realizado, o que cadaum conseguiu aprender (manutenção).

O PEQUENO PEQUETITO – 1ª parte (p. 186)Objetivos:

• fazer os alunos perceberem a perda tex-tual que a presença da marca de oralidadeproduz;

• levar os alunos a utilizarem os outros mo-dos de estabelecer a progressão textualque descobriram.

Estratégia: peça que três alunos diferentes leiamem voz alta as três reescritas. Depois, individual-mente, eles respondem às questões.

Esperamos que concordem que a terceira é amais bem escrita!

Respostas

1. Resposta pessoal, mas esperamos que eles escolhama 3ª reescrita por estar sem marcas de oralidade.

2. A 1ª reescrita não tem nenhuma pontuação e é cheiade “aí ” e “daí ” que às vezes até atrapalham o enten-dimento da história. A ausência de parágrafos deixauma sensação de algo compacto, sem movimento.

A 2ª reescrita já tem alguma pontuação que ajuda a“arrumar” os fatos, mas tem muitos “e” e “então” etambém não tem parágrafos.

3. A 3ª reescrita tem pontuações e parágrafos no lugarde “aí ”, “e”, “então”. Isso melhora a fluência, a com-preensão do texto e dá maior movimento. O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

97

Page 26: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Os muitos “es” foram retirados, pois muitas vezes nãofazem a menor falta, ou foram substituídos por pala-vras que “ligam os pedaços da história de um jeito quedá para entender melhor”.

4. Redação coletiva.

5. Desenho individual.

O PEQUENO PEQUETITO – 2ª parte (p. 188)Objetivo: fazer a sistematização das descobertasrealizadas.

Estratégia: em duplas, os alunos devem reescre-ver o trecho evitando as marcas de oralidade.No momento da correção chamar a atençãodos alunos para as transformações que devemocorrer ao retirar as marcas.

Resposta

Um dia Pequetito viajou com a filha de seus anfi-triões. Ela era uma linda jovem e gostava muito dele. Nocaminho um ogro os atacou, dizendo que queria raptar amoça. O corajoso rapaz exclamou: “Primeiro vai ter quelutar comigo!” e brandiu a agulha. O ogro riu, agarrou-oe sem perda de tempo o engoliu.

O PEQUENO PEQUETITO – 3ª parte (p. 189)Objetivo: promover a manutenção das desco-bertas feitas sobre as marcas de oralidade.

Estratégia: essa parte é para ser feita individual-mente. Depois de tanta discussão, o que cada umconsegue utilizar? Sugerimos que o professor façauma correção individual da atividade e, a partirdas soluções textuais usadas por seus alunos, con-sidere o conteúdo conquistado. Caso muitos ain-da usem marcas de oralidade na atividade ou emtextos espontâneos, prepare outros textos paraterem suas marcas de oralidade retiradas.

Depois que todos tiverem encontrado uma so-lução, faça a reescrita coletiva na lousa. Esse mo-mento é o mais importante, pois é nele que oprofessor poderá conhecer o pensamento dosalunos e ajudá-los a encontrar uma solução maisadequada ao sistema da escrita. Colocamos um

trecho curto, mas com muitos problemas e vá-rias possibilidades de solução, para que a discus-são pudesse ser bastante rica.

Na parte das respostas deste módulo encontra-seo texto original. Ele deve ser considerado comouma das soluções possíveis e não como a única.

As crianças, com certeza, darão outras soluçõesdiferentes da do autor, mas que devem ser anali-sadas como outras possibilidades. A discussãodeve ser encaminhada para uma solução melhorou mais clara, e não simplesmente para um mo-delo certo.

Resposta

Quando Pequetito estava lá no estômago do ogro, es-petou-o tanto com sua agulha que o malvado papão ocuspiu fora. Assim que se viu livre, o moço furou-lhe osolhos com a agulha. O ogro gritou de dor, correu e fugiu,deixando cair um pequeno objeto de metal. A jovem ex-plicou que era o martelo mágico que realizava desejos.Pequetito disse para ela dar-lhe uma martelada na cabe-ça para fazer ele crescer. A moça martelou-lhe a cabeçacom toda força e o rapaz se transformou num samurai altoe famoso com quem ela logo se casou.

Módulo X – Discurso direto (p. 191 a 200)

1. Algumas considerações

O discurso direto também foi objeto de es-tudo por parte das crianças desde a primeira sé-rie. Nesta série elas descobrem que nos textoshá narrador e personagem, e adoram reprodu-zir as falas de personagens ao escrever. Mas es-crever um discurso direto estruturado adequa-damente é conquista de muito trabalho.

As crianças passam por vários momentos aolongo desse percurso:

1. Primeiramente escrevem sem nenhuma dife-renciação entre narrador e personagem. Pas-sam de um para o outro sem qualquer tipo demarca distintiva.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

98

Page 27: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

2. Começam a diferenciá-los utilizando a pontua-ção. Algumas colocam dois-pontos, outras co-locam travessão, outras ainda usam dois-pon-tos e travessão, mas tudo na mesma linha, semorganização em parágrafos.

3. Nesse terceiro momento, o parágrafo surge,mas ainda instável. Há crianças que deixam pa-rágrafo, um travessão, e nele colocam todas asfalas das personagens, sem isolar cada uma;outras crianças usam o travessão, colocam naoutra linha com ou sem parágrafo, mas depoisda fala da personagem o narrador continuasem qualquer distinção.

4. No quarto momento, elas organizam o discur-so direto com adequação à esquerda, ou seja,colocam parágrafo, travessão, fala da persona-gem, mas nem sempre conseguem decidiradequadamente quando o narrador permane-ce na mesma linha da fala da personagem equando devem fazer parágrafo.

5. Em geral, simultaneamente a este quarto mo-mento, costumam acreditar que é sempre ne-cessário colocar E ele disse: e Ele respondeu:para que o leitor saiba quem está falando.

6. O momento seguinte, em termos de evolu-ção, vai marcar a libertação do Ele disse. Osalunos descobrem que existem outras formasde indicar para o leitor quem está falando, epassam a usá-las.

Eles costumam terminar a segunda série nonível três ou quatro, e é considerando esse conhe-cimento prévio que iniciaremos nosso trabalho.

2. Organizando o discurso direto

Para começarmos a desencadear a discussãodo discurso direto, sugerimos que as crianças fa-çam a atividade CADA UM NA SUA...

CADA UM NA SUA... (p. 191)Objetivo: fazer os alunos perceberem que exis-tem outras marcas textuais para indicar quemestá falando, além dos verbos dicendi “ele disse”,“ele respondeu”.

Estratégia: escolhemos esse texto porque apre-senta um diálogo puro, sem qualquer interferên-cia de narrador. Se o diálogo não estiver organi-zado em parágrafos e travessões, torna-se quaseimpossível compreendê-lo.

Questão 1:Para iniciar a atividade, peça que dois alunos

leiam a 1a parte do texto em voz alta e depoispergunte para a classe: “Quem falou isso?” eaponte uma frase,“E isso?” e aponte outra frase.Eles provavelmente acertarão as respostas. De-pois de vários acertos, pergunte:“E como vocêssabem se não tem escrito quem falou? O que vo-cês observaram para saber?”. O primeiro mo-mento costuma ser de perplexidade, mas depoiseles começam a dar as marcas: “Quem mandadormir é o pai, o filho não diria nunca assim parao pai”. (conteúdo);“É o filho, porque está respon-dendo à pergunta, vem depois da pergunta dopai”. (alternância);“Porque está escrito: Tenho quever com meu filho”, só pode ser o pai dizendo, etc.Anote cada descoberta na lousa e peça que res-pondam à 1a questão, destacando com lápis oucaneta colorida no caderno o que concluíram.

Esses elementos, que parecem óbvios para oadulto, são invisíveis para os jovens escritores.Eles conseguem compreendê-los quando lêem,mas não têm consciência de onde retiraram a in-formação. Por isso mesmo, essas descobertascostumam deixá-los perplexos, mas depois pas-sam a usá-las com tranqüilidade.

Depois da discussão, aproveitamos para tra-balhar com interjeição.

Questão 2:Nosso objetivo é que percebam que a pre-

sença ou a ausência do H muda todo o sentidoda expressão. Se já tiverem trabalhado com in-terjeição, faça com que observem que Ora essaé uma interjeição; se não tiverem trabalhado, ex-plore apenas o sentimento expresso pela inter-jeição. Deixe que as crianças encontrem umaforma própria de se expressar, mesmo que nãoseja a mais adequada gramaticalmente.

Além de explorar o sentimento do pai e oque o filho entendeu e pensou sobre isso, discu- O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

99

Page 28: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

ta com as crianças o jogo de humor que se es-tabelece por meio da confusão. Um fala com umsentido, o outro entende com outro sentido, eestá armada a confusão...

Questão 3:Esse é um erro muito comum entre crianças,

jovens e adultos. Nessa faixa de escolaridade,pretendemos apenas que percebam que emperguntas o por que é separado, e em respostaso porque é junto.

Questão 4:Nessa parte, deixamos de colocar os pará-

grafos. Nossa intenção é apontar apenas esse as-pecto da estruturação do diálogo.

Questão 5:Nessa questão, queremos que estejam aten-

tos à falta do travessão, da pontuação e ao ali-nhamento quando se coloca o travessão. Em ge-ral, eles não querem perder o alinhamento damaiúscula e põem o travessão no lugar do pa-rágrafo. Peça que alguns alunos escrevam na lou-sa como fizeram o alinhamento e discuta comeles sobre isso.

Questão 6:

O fato de as reticências poderem significaralgo e representarem a fala de uma personagemé novidade para eles. Explore o sentimento domenino, pergunte de que outras formas eles re-presentariam esse sentimento, etc.

Questão 7:Nessa questão, entramos em uma parte de

julgamento moral bastante complicada para a fai-xa etária. Nossa intenção é apenas gerar discus-são, necessidade de argumentação, reflexão so-bre o que eles pensam em relação ao mundo eà vida, para que desenvolvam sua capacidade ar-gumentativa e de análise. Por favor, não quere-mos um certo ou errado.

Questão 8:Pedido de aplicação do que aprenderam.

Na correção, observe quais dúvidas ainda per-manecem.

Respostas

1. Os alunos responderão algo como: “Eu observei se mu-dou de linha e tinha travessão e também o conteúdodo que estava sendo dito, por exemplo: ‘Isso não é pro-grama para menino’ só pode ter sido o pai quem falou;às vezes a marca está na própria fala: ‘obedeça a seupai’ só pode ser o pai quem diz”.

2. a) É provável que os alunos repondam: “Achei que elequeria dizer ‘Não me amole, é lógico que está nahora!’, estava impaciente, irritado por ser questio-nado e não obedecido, queria encerrar a discussão”.

b) O filho não entendeu nada, achou que o pai estavaperguntando “Que horas são?”.

c) Cada um pensava uma coisa diferente sobre a mes-ma expressão. Isso porque um pensava em ora (semH) e o outro em hora (com H).

3. Por que é sempre usado para perguntas e porque éusado para respostas.

4. Solução do autor:– Não comece com coisa não, que eu perco a pa-

ciência.– Pode perder.– Deixe de ser malcriado.– Você mesmo que me criou.– O quê? Isso é maneira de falar com seu pai?– Falo como quiser, pronto.– Não fique respondendo: cale essa boca.– Não calo. A boca é minha.

5. Estão faltando os travessões e a pontuação.Solução do autor:

– Naquele tempo não tinha televisão.– Mas tinha outras coisas.– Que outras coisas?– Ora, deixe de conversa. Vamos desligar esse ne-

gócio. Pronto, acabou-se. Agora é tratar de dormir.– Chato.– Como? Repete para você ver o que acontece.– Tome, para você aprender. E amanhã fica de castigo,

está ouvindo? Para aprender a ter respeito a seu pai.– ...

6. Significa que ele estava emburrado, pensativo, não fa-lou nada para o pai, mas estava bravo. Aceite outrasleituras dos alunos, desde que coerentes com o texto.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

100

Page 29: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

7. Resposta pessoal.

8. Está faltando “desgrudar as falas colocando os traves-sões e a pontuação”, ou está faltando organizar o diá-logo. Escrever dessa forma dificulta a compreensão.Solução do autor:

– Então você não tem pena de seu pai? Vamos! Tomea bênção e vá dormir.

– Papai.– Que é?– Me desculpe.– Está desculpado. Deus o abençoe. Agora vai.– Por que não posso ficar vendo televisão?

PONTUANDO AS PIADAS (p. 195)Objetivos:

• promover a sistematização da estruturaçãodo diálogo;

• desenvolver a acuidade do processamentotextual.

Estratégia: peça aos alunos que façam a primeirapiadinha em classe, em duplas. Corrija-a na lousae discuta as dúvidas que aparecerem. Não se es-queça de que alguns aspectos, como a organiza-ção das falas com parágrafos e travessões é obri-gatória, mas vários aspectos da pontuação sãopossíveis de serem respondidos de um modo oude outro.Analise com eles o que é necessário serde uma só forma, e o que é possível ser de maisde uma. As outras duas piadas podem ser indi-cadas para lição de casa, pois é preciso observaro que cada um consegue individualmente.

Respostas

1ª piada

Logo no começo da aula a professora pergunta àclasse:

– Quem quer ir para o céu? Todos imediatamente levantam as mãos, menos o

Juquinha.A professora estranha e pergunta:– Nossa Juquinha, por que você não quer ir para o

céu?!

– Sabe professora, a minha mãe sempre diz pra eu irdireto pra casa depois das aulas.

2ª piada

O pai e o filho têm uma conversa muito séria, depoisde receber o boletim do primeiro bimestre do filho.

– Ou você melhora essas suas notas até o próximoboletim, ou você não vai viajar comigo no fim do ano. Estáentendido?

No bimestre seguinte o boletim continua igual.O filho então diz para o pai:– Como eu não cumpri a minha parte do acordo, você

não precisa cumprir a sua, tá?!

3ª piada

O garoto acorda chorando depois da cirurgia e cha-ma a enfermeira.

– Enfermeira, eu quero ir para minha casa.– Que história é essa de ir para casa? Você já é um

homem!O paciente mirim toma um susto, pensa um pouco e

pergunta:– Quanto tempo eu passei dormindo?

FILMANDO A PIADA (p. 196)Objetivo: levar os alunos a discutirem quandoo narrador permanece na mesma linha da falada personagem e quando deve ir para a linhaseguinte.

Estratégia: como as crianças estão habituadasdesde a primeira série a ler imaginando o quelêem, as expressões “fazer um filme na cabeça” e“mudar a câmara de foco” são familiares paraeles. Depois de lerem e compreenderem a pia-da (geralmente eles entendem de forma bem di-ferente da nossa!!), sempre enxergando os movi-mentos das personagens na história, proponha-lhes que respondam às questões.

Questão 1:

Ao destacar com cores as falas, fazemos comque fique clara a diferenciação entre narrador epersonagens. Os trechos foram intencionalmen-te escolhidos para trazerem as três possibilida-des: narrador na outra linha, narrador intercala- O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

101

Page 30: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

do e narrador depois da fala da personagem.Com a diferenciação de cor, essas três organiza-ções ficarão evidenciadas.

Questão 2:Ao pedirmos que verbalizem o que observa-

ram, levamos os alunos a tomar consciência deelementos que geralmente eles interpretamcomo um todo, mas que não distinguem em suaspartes. Ao deixarem de fazer essa distinção, nahora de escrever deixam de registrá-las.

Questão 3:Nas situações do primeiro trecho destacado,

o conteúdo do que o narrador fala é uma expli-cação sobre a própria fala da personagem(como se sentia ao falar, com que tom de vozdisse, o que pensava...). Nessa cena de agora, onarrador inicia nova cena, com outras ações in-clusive: a personagem se desloca, sai, etc., por issoo narrador não pode ficar na mesma linha.

Questão 4:É justamente porque a câmara muda de foco

que a fala do narrador tem que estar na outra li-nha.Temos outra cena, portanto: parágrafo!

Queremos aqui a síntese de toda a análise.Aconselhamos o professor a fazer esse registroem uma situação de escrita coletiva e depois quese passe para o caderno. Quanto mais completoe claro for o registro, melhor como fonte de pes-quisa para as crianças.

Esperamos que digam algo mais ou menos as-sim:“Quando o narrador fala de outra coisa, e a câ-mara muda de foco, muda-se também de parágra-fo; quando o narrador fala da própria fala, e a câ-mara não muda de foco, a fala do narrador fica namesma linha”.

Respostas

1. a) Vermelho para o comprador e verde para o narrador.b) A fala do narrador está depois da fala do compra-

dor na cena A, antes na cena B e intercalada nacena C.

2. a) Depois da fala da personagem, é preciso colocartravessão e letra minúscula.

b) Antes da fala da personagem, iniciamos a frasecom letra maiúscula e terminamos com dois-pontos(:), mudamos de linha e introduzimos a fala da per-sonagem com um travessão e letra maiúscula.

c) Na intercalação do narrador, colocamos um traves-são no lugar onde queremos que o narrador entre,escrevemos a fala do narrador iniciada com letraminúscula, e no final desta colocamos novamenteum travessão de separação e escrevemos o restan-te da fala da personagem em letra minúscula (a me-nos que se vá escrever um substantivo próprio).

3. Não, só a primeira é correta.

4. Esperamos que, após a pesquisa, eles concluam:

• Quando o narrador fala sobre o que a personagem estásentindo, pensando, fazendo ou dizendo, a frase ficana mesma linha; quando ele fala de outra coisa,a frase muda de linha.

A redação é pessoal e deve ser aceita desde que oaluno tenha percebido esses pontos.

A situação de dar um trecho de texto paraque as crianças mudem a posição da fala do nar-rador, antepondo-a, intercalando-a ou pospon-do-a, é extremamente rica e deve ser propostavárias vezes para que seja bem assimilada pelascrianças. Aconselhamos que sejam situações delição de casa e que sejam escolhidos trechos detextos que as crianças estejam lendo em sala deaula ou outros, a critério do professor.

CONVERSA FIADA OU AFIADA? (p. 199)Objetivo: fazer a manutenção da organização dodiscurso direto.

Estratégia: nessa atividade, pretendemos que ascrianças utilizem as conclusões tiradas anterior-mente. Temos novamente um texto para serreescrito e organizado em parágrafos.

Procuramos escolher um texto que tivesse situa-ções de discurso direto com a fala do narradorem todas as posições. É interessante que essa ati-vidade seja realizada individualmente, para que oprofessor possa tomar consciência dos conheci-mentos que estão incorporados e daqueles queainda precisam ser mais sistematizados com aclasse. A partir desse diagnóstico, o professor

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

102

Page 31: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

poderá criar situações para uma interferênciaprecisa no processo de aquisição do grupo.

Na resposta encontra-se o texto original do au-tor. A organização do discurso direto não per-mite outra solução que não seja a do autor, masa pontuação, que também foi retirada, deve serdiscutida como possibilidade de solução, da for-ma como aconselhamos nas atividades anterio-res. Essa postura é fundamental para que a ativi-dade seja efetivamente um pretexto para refle-xão e não um simples modelo.

Resposta

Era uma vez um menino triste, magro e barrigudi-nho, do sertão de Pernambuco. Na soalheira danada demeio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho,imaginando bobagem, quando passou um gordo vigárioa cavalo e disse:

– Você aí, menino, para onde vai essa estrada?

– Ela não vai não, nós é que vamos nela.

– Engraçadinho duma figa! Como você se chama? –perguntou o vigário, enfezado.

– Eu não me chamo não – respondeu o moleque comar maroto –, os outros é que me chamam de Zé.

PRRRIIIRR!!! (p. 200)Objetivo: fazer a manutenção da pontuação eorganização do discurso direto.

Estratégia: peça aos alunos que façam a atividadeindividualmente. Faça uma primeira correção indi-vidual, no caderno, para diagnosticar o que eles jáestão sabendo ou não. Dependendo do que en-contrar, prepare ou não novas situações para quecontinuem trabalhando com esses conteúdos.

Respostas

1. A versão 2 é aquela que dividiu melhor as informações.

2. Acreditamos que a melhor versão seria assim:

Os meninos tinham um campinho de futebol ao ladoda estação de trem(.) Tanto treinaram(,) e tanto jogaram(,)que até acabaram organizando um time direitinho(,) comcamisetas(,) chuteiras(,) traves e juiz(.)

Mas logo no primeiro dia de jogo(,) o diretor da fer-rovia aproximou-se deles e disse(:)

– Jogar pode(,) mas sem juiz(.)

– Senhor diretor(,) aí não dá(...) (ou dá! ou dá.) Maspor que sem juiz(?)

– É que toda vez que ele apita uma falta(,) parte umtrem(.)

Não ofereceremos novas situações de siste-matização no livro do aluno por acreditarmosque, a partir desse ponto, a interferência deve serprecisa naquilo que é necessário; e isso, só você,professor, é que pode avaliar e criar uma situaçãopara trabalhar a dúvida específica de seus alunos.

3. O parágrafo

O trabalho com o parágrafo teve início no vo-lume da 1a série e já passou por várias etapas.Conversaremos um pouco sobre elas para quevocê, professor, ao saber o que aconteceu antes,possa entrar de maneira harmônica no processodas crianças.

Na primeira série, as crianças escreviam semnenhum parágrafo e, por isso, nosso trabalho es-teve centrado em fazê-las observar que ele exis-tia, levando-as a levantar hipóteses de qual ouquais seriam suas funções. Foi um trabalho maissolto, que procurava acima de tudo problemati-zar o parágrafo.

Na segunda série, acreditávamos que os alu-nos estivessem com um texto de maior fôlego,e começamos a discutir de forma sistemática oparágrafo. O conceito sobre o qual nos ativemosfoi o de que o parágrafo tem a função de mar-car passagens de cena, mudanças de recorte notexto, à semelhança de um movimento de câma-ra de filmar ao produzir as imagens. O trabalhodesenvolvido foi fortemente marcado pelo con-fronto entre a linguagem imagética e a verbal.

Nossa experiência mostra que as criançascostumam terminar o volume da 2a série utilizan-do parágrafos simples (uma ou duas frases porparágrafo), ou já usando parágrafos complexos,que sintetizam um número maior de informa-ções. O trabalho neste volume é, assim, dar aca- O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

103

Page 32: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

bamento, adequar esse parágrafo que ainda nãoestá formalmente estabilizado.

É interessante que o professor da terceirasérie leia o Manual do Professor, Parte 2, volumeda 2a série, Módulo IV – Parágrafo, p. 61, para fa-zer um trabalho coerente e se apropriar da lin-guagem proposta nele.

Não entraremos em novas discussões sobreo parágrafo. Gostaríamos que o professor apro-veitasse o texto Circuito fechado, da Parte 1, p.18deste volume, para mostrar aos alunos a ausên-cia do parágrafo com o objetivo de produzir efei-tos textuais. À semelhança dele, use as situaçõesde reescrita, reestrutura e leitura de textos paradestacar os parágrafos e seus jogos de efeito.

Não proporemos nenhuma atividade espe-cífica sobre paragrafação no livro do aluno.

Módulo XI – Acentuação (p. 202 a 212)

1. Algumas considerações

No volume da 2a série, as crianças puderamfazer uma investigação sobre o sistema de tonici-dade da língua e descobri-lo como um sistemacoerente e simples. Iniciaram esse processo de in-vestigação por um desequilíbrio provocado pelamúsica Meu caro barão, de Chico Buarque de Ho-landa, que apresentava palavras proparoxítonaspronunciadas como paroxítonas.

Ao constatarem isso, começam a investigarcomo se comporta essa “coisa” de as palavras te-rem sílabas mais for tes. São todas as palavras?Algumas? Quais? Investigam e descobrem quetodas as palavras têm uma sílaba mais forte, cha-mada tônica. (Não estamos discutindo nesse mo-mento os monossílabos átonos.) Aprendemtambém que só pode haver uma tônica por pa-lavra e que ela cai sempre nas três últimas síla-bas da palavra, nunca antes. E mais: quando a tô-nica se encontra na última sílaba, a palavra é cha-mada de oxítona; quando cai na penúltima, é

chamada de paroxítona, e quando cai na antepe-núltima, é chamada de proparoxítona. Desco-brem também que a sílaba fraca é chamada deátona e que pode haver uma ou mais de uma sí-laba átona por palavra.

Compreendidas essas questões gerais, come-çam a aprofundar a análise e verificam que:

1. Quando a palavra tem acento, a tônica está nasílaba acentuada.

2. A maior parte das palavras é paroxítona.

3. Todas as palavras proparoxítonas são acentua-das.

4. As palavras sem acento terminadas em A(s),E(s), O(s), EM(ens),AM são paroxítonas.

5. As palavras sem acento terminadas em R, L,Z, X, I(s), U(s), Ã(s), ÃO (ãos, ões, ães), IM(ins),OM(ons), UM(uns) são oxítonas.

6. A maior parte das palavras não tem acento,portanto o natural é não ter acento na palavra.

7. Se eu precisar indicar graficamente que umapalavra é pronunciada fora da regularidade dosistema tônico, preciso avisar ao leitor que elaé irregular. Assim, o acento é uma marca deirregularidade no sistema de tonicidade. Porexemplo: ímpar é acentuada porque as pala-vras terminadas em R são naturalmente oxí-tonas. Se ímpar está fora da regularidade, épreciso avisar o leitor por meio do acento.

Depois de toda a investigação, foram feitosexercícios para a sistematização das descober-tas, especialmente as de tonicidade, e os alunospassaram a utilizar esse conhecimento para to-mar decisões ortográficas.

Ao fazerem essas aplicações, puderam com-preender que ortografia e tonicidade formam sis-temas inter-relacionados, podendo, assim, o conhe-cimento de um ajudar o outro. Dessa forma, des-cobriram que podem tomar as seguintes decisões:

1. Em final de palavras sem acento, usamos Equando a palavra é paroxítona e I quando éoxítona. Exemplo: balde/guri.

2. Em final de palavras sem acento:

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

104

Page 33: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

a) usamos Z quando a palavra for oxítona,qualquer que seja a vogal anterior. Exem-plos: capaz, xadrez, feliz, feroz, capuz.

b) usamos S nas palavras no plural.c) existem algumas palavras que, mesmo no

singular, apresentam S. Quando a letra ante-rior ao S for A, E, O, a palavra é paroxítona;quando for I, U, a palavra é oxítona. Exem-plos: apenas, atlas, pires, menos, cosmos, der-mos (verbo); anis, depois, adeus.

3. Em final de palavras sem acento, usamos Oquando a palavra for paroxítona e U quandofor oxítona. Exemplo: pano/tatu.

O trabalho proposto no volume da 2a série,apesar de ter aberto espaço para a investigaçãoda acentuação e de ter feito o levantamento dasregras das oxítonas, paroxítonas e proparoxíto-nas, não se dedicou muito a sistematizar. Nestevolume iremos retomar as regras básicas deacentuação e trabalhar basicamente com essasistematização.

É importante ressaltarmos aqui que as outrasregras, como as dos ditongos e dos hiatos, serãodeixadas para a 5a série, quando esse assuntoserá estudado. Gostaríamos de antecipar que,uma vez que a NGB abre a possibilidade de con-siderarmos os ditongos orais crescentes de finalde palavra como hiatos, optamos por essa possi-bilidade – considerá-los como hiatos –, mesmocientes de que essa não é a posição mais usual.As razões de nossa escolha são as seguintes:

1. Temos procurado transformar a língua em umobjeto de reflexão e por essa razão procuramosdescobrir suas leis de composição. Nessa análi-se revelou-se mais coerente com o sistema con-siderar esses encontros vocálicos como hiatos.

2. Abandonar essa idéia é fazer que a língua dei-xe de ser um objeto sobre o qual se refletepara compreendê-la, e passe a ser um conjun-to de regras arbitrárias às quais o falante ou oescritor tem que se subordinar.

3. Aprender passa a ser a reprodução de ver-dades alheias e não a produção de conheci-mentos.• Na Nomenclatura Gramatical Brasileira, te-

mos a seguinte nota: “Os encontros vocáli-

cos -IA, -IE, -IO, -UA, -UO, finais, átonos, se-guidos ou não de S, classificam-se quercomo ditongos, quer como hiatos, uma vezque ambas as emissões existem no domínioda Língua Portuguesa: his-tó-ri-a e his-tó-ria;sé-ri-e e sé-rie; pá-ti-o e pá-tio; ár-du-a e ár-dua; tê-nu-e e tê-nue; vá-cu-o e vá-cuo”.Neste trabalho, consideramos esses encontrosvocálicos como hiatos para manter a coerên-cia teórica com o capítulo de tonicidade (volu-mes da 2a e da 3a série). Caso as crianças tra-gam essa polêmica para a sala de aula, suge-rimos ao professor que adote uma dessas duasposições:

a) Fale da existência das duas possibilidades dedivisão silábica e diga que faz sua opção pelaseparação das duas letras, mas aceita tam-bém que seja considerada a possibilidade deas duas letras estarem juntas nesses casos.

b) Se você, professor, não compartilha da nossaidéia, fale para seus alunos que existem asduas possibilidades, mas que sua opção é pordeixar as duas vogais na mesma sílaba (eaceita que também coloquem-nas em sílabasseparadas).

Caso sua classe não tenha realizado esse tra-balho de tonicidade na série anterior, é importan-te que você o retome conforme está descrito noManual do Professor do volume da 2a série.

2. Regras básicas de acentuação

TABELÓGICA (p. 202)Objetivos:

• retomar todas as descobertas de tonicida-de e acentuação;

• formular regras básicas de acentuação.

Estratégia: essa atividade deve ser realizada emsala de aula e em equipe. O professor pede àscrianças que observem os quadrados coloridoscom as palavras não acentuadas (eles estão emverde). Poderão tirar algumas conclusões aoobservá-los:

1. Quando a coluna da oxítona não tiver acento,a da paroxítona terá, e vice-versa: quando a pa-roxítona não tiver acento, a da oxítona terá. O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

105

Page 34: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

2. Todas as palavras proparoxítonas são acen-tuadas.

Obs.: Encontramos apenas proparoxítonasterminadas em A, E, O, US, IM e L. Como nãoverificamos exaustivamente se as outras ter-minações não existem ou são raras, fica ape-nas como uma observação. Caso a perguntasurja na classe, proponha como pesquisa. Nomínimo eles aprenderão muito!

3. Pelo quadro, poderão levantar todas as termi-nações de oxítonas e paroxítonas não acen-tuadas, resgatando o princípio do sistema detonicidade, que será retomado detalhadamen-te depois, nas perguntas da atividade.

Questão 1:

Nosso objetivo é resgatar o sistema de toni-cidade.

Questão 2:

Nosso objetivo é que percebam que o acen-to é uma marca de irregularidade no sistema detonicidade.

Questão 3:

Nosso objetivo é que concluam as regras deacentuação por dedução e análise das regulari-dades e irregularidades.

Questão 4:

Nosso objetivo é que deduzam que, se nãohá palavras nos quadros, é porque não há ne-nhuma palavra irregular com aquela terminação.

Tiradas as conclusões, logo as crianças desco-brem que basta saber quais são as terminaçõesdas paroxítonas não acentuadas para poder con-cluir que as outras palavras sem acento são oxí-tonas. É importante que eles cheguem a esta ge-neralização porque ela é muito econômica.

É possível que as crianças levantem palavrascomo chapéu, que são terminadas em U, ou emduas vogais, e são oxítonas, portanto não deve-riam ter acento, mas têm. Na verdade esse acen-to é diferente dos que estão sendo trabalhadosporque ele não muda a posição da tônica, só o

timbre. Se isso acontecer, confronte com meu,aconteceu, etc. O natural é o som ser fechado,portanto é preciso avisar ao leitor que naquelapalavra o som é aberto. Se as crianças não levan-tarem a questão espontaneamente, não toque noassunto, pois ele será discutido na quarta série.

Respostas

1. a) As paroxítonas não acentuadas terminam em: A(S),E(S), O(S), AM, EM(ENS).

b) As oxítonas não acentuadas terminam em: I(S),U(S), Ã, Ã O (S, ÕES, ÃES), IM (INS), OM (ONS), UM(UNS), L, R, X, Z.

2. a) Há muito mais palavras sem acento.b) É uma diferença bem grande.c) O natural na nossa língua é que as palavras não le-

vem acentos.d) Resposta pessoal. Esperamos que digam que essas

palavras que levam acento são diferentes, são umaexceção, não são naturais, estão fora da regra, es-tão fora da regularidade.

3. a) Acentuamos as palavras oxítonas terminadas em:A(S), E(S), O(S), EM (ENS).

b) Acentuamos as palavras paroxítonas terminadasem: I(S), U(S), Ã(S), ÃO(S, ÕES, ÃES) ÃE (ÃES), UM(UNS), EN, L, R, X, PS.

c) Acentuamos todas as palavras proparoxítonas.

4. Porque não existe nenhuma palavra com aquela termi-nação.

Resposta da charada: ônibus.

JOGO DOS 18 ERROS... SEM DÓ (p. 205)Objetivo: promover a sistematização da acentua-ção.

Estratégia: peça aos alunos que façam a ativida-de em dupla. Eles têm provado que não bastasaber as regras de acentuação, pois costumamdizê-las de cor e mesmo assim não acentuam aspalavras. Por essa razão, nosso olhar estará maisvoltado para o uso dos acentos do que para odomínio das regras.

Nessa atividade, pretendemos trabalhar o papeldo revisor. Deixe que tentem descobrir e depoiscorrija.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

106

Page 35: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Respostas

• 1. moda 4. moram 7. devem2. Brasil 5. emprego 8. preencher3. comum 6. doentes 9. hora

• 1. quilômetros 4. fácil 7. metrô2. física 5. ônibus 8. idéia3. vocês 6. prédios 9. está

CAÇA-PALAVRAS (p. 206)Objetivos:

• promover a sistematização da acentuação;• desenvolver o pensamento por compen-

sação.

Estratégia: está descrita na atividade. Acredita-mos que não haverá problemas.

Resposta

Resposta pessoal.

TOME ASSENTO E ACENTUE ( p. 207)Objetivo:

• promover a sistematização da acentuação;• desenvolver o pensamento por negação.

Estratégia: este exercício pode ser propostocomo lição de casa, mas, antes, em classe, leia opoema de Mário Quintana, declamando-o. Peçaaos alunos que leiam junto com você, professor,e conversem sobre a poesia contida no poemae seu significado. Depois, bem, depois é só acen-tuar as palavras.

Respostas

1. A palavra que não faz parte do conjunto é código.

2. Sugestão de palavras paroxítonas acentuadas: agra-dável, caráter, ímã, mártir, visível, sótão, córtex.

3. Acordarás, acharás, abrirás, fará, verás, abrirá, abra-çará.

CUIDADO COM A POSTURA! (p. 208)Objetivo: fazer a sistematização da acentuação.

Estratégia: leia o texto para os alunos e discutacom eles o conteúdo expresso nele. Trabalhar

com consciência corporal é promover a saúde!Depois peça que resolvam as questões. Elas po-dem ser feitas tanto em classe, em dupla, quantocomo lição de casa.

Respostas

1. Resposta pessoal.

2. Palavras proparoxítonas: hábitos, músculos, ísquios,nádegas, conseqüências, física.

3. As palavras desagradável, vertebral e principal termi-nam em L, porém somente desagradável é acentuadapor ser uma paroxítona irregular, ou porque acentuam-se as paroxítonas terminadas em L.

As palavras podem, sugerem, além e também termi-nam em “M”, porém somente as duas últimas levam acen-to por serem oxítonas irregulares, ou porque acentuam-seas oxítonas terminadas em EM.

STOP DE LACUNAS (p. 209)Objetivo: fazer a sistematização da acentuação.

Estratégia: esse jogo é um velho conhecido dascrianças. Já foi usado nos volumes da 1a e da 2a

série, mas é sempre novo, sempre cria surpre-sas e muita aprendizagem. Por sua estruturaaber ta possibilita o trabalho com um grandenúmero de palavras, seguramente do universovocabular do grupo e significativas para a faixade escolaridade. Enfim, mãos à obra!

Aqui estão as regras:

1. Pode ser jogado em grupo ou individualmente.

2. O tempo de duração é determinado pelo pro-fessor.

3. Cada aluno ou equipe preenche os espaçoscom alguma palavra que caiba nele.

4. O número de letras ou sílabas não importa,desde que se tenha, por exemplo, na segundalacuna uma palavra terminada em L e que sejaacentuada.

5. A contagem de pontos é a tradicional do Stop.Terminado o jogo, o professor corrige na lou-sa como já foi explicado anteriormente e osalunos copiam todas ou algumas das palavrasque surgiram (depende do número de pala- O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

107

Page 36: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

vras que surgir). Pode-se aproveitá-las para ati-vidades posteriores.

Respostas

1. Sugestões de palavras possíveis:• terminadas em É – sapé, ralé, picolé...• terminadas em L – incrível, durável, amável, ami-

gável...• terminadas em ÉM – refém, harém, também, vintém...• terminadas em R – repórter, cadáver, revólver...• terminadas em ÃO – órgão, órfão, sótão...• terminadas em ÁS – correrás, atrás, ananás...• terminadas em O – óbito, próprio, sóbrio, consultó-

rio, médico...• terminadas em A – oxítona, matemática, asmática...

2. A resposta dependerá da lista que a classe formar.

ABAIXO O DESPERDÍCIO!!! (p. 210)Objetivo: promover a sistematização da acen-tuação.

Estratégia: peça aos alunos que leiam o texto econverse com a classe sobre a importância decombater o desperdício. Qualquer desperdício:de água, de comida, de eletricidade, de tempo,de lixo... Depois, mande acentuar o texto (podeser como lição de casa) e responder às questões.No momento da correção, procure observar seainda há alunos com dúvidas em relação a regrasou conceitos.

Respostas

1. é 15. você2. países 17. você; gastará; água5. saúde 18. é; possível7. água 21. água9. média; 26. você

10. água 28. até11. é; desperdício 29. água13. hábitos 32. há; você14. água

1. Resposta pessoal.

2. Trabalho pessoal.

3. No texto: oxítonas não acentuadas: Brasil, Organização,Mundial, possui, viver, morador, colaborar, alguns...Oxítonas acentuadas: você, gastará.Paroxítonas não acentuadas: falta, atinge, agravando,mostram, devem...Paroxítonas acentuadas: países, água, saúde, possível. Proparoxítona: hábitos.

JOGO DA FORCA (p. 212)Objetivo: fazer a sistematização da acentuação.

Estratégia: esse jogo pode ser realizado com doisou três alunos, que poderão jogar um pensandoa palavra e o outro adivinhando; ou, um pensan-do a palavra e dois adivinhando.

Como lição de casa, peça que cada aluno descu-bra uma palavra que caiba em cada uma das pro-postas de forca. Depois, coloque-os para jogar.Não é necessário que todos joguem ao mesmotempo; você pode propor para eles irem fazen-do aos poucos, no tempo que sobra quando ter-minam uma atividade em sala de aula e precisamficar esperando os colegas acabarem, ou em ou-tros momentos como esse.

As regras do jogo estão descritas no livro doaluno.

Crie outras situações de jogos e sistematizaçãopara acentuação. Sugerimos:

1. Jogos dos sete erros são interessantes compalavras com acento faltando, com acento nasílaba errada ou com acento a mais.

2. Soletrando (descrito no final deste Manual)também é interessante.

3. Stop no texto: peça que as crianças encon-trem, em um texto qualquer, todas as palavrasacentuadas de determinada página. Vencequem conseguir sublinhar todas as palavrasprimeiro e gritar STOP! Depois, peça que co-piem no caderno apenas as oxítonas, ou ape-nas as paroxítonas, etc.

4. Pregue um papel craft na parede da classepara todos irem escrevendo palavras acentua-das que descobrirem nos textos, nos outdoors,em revistas, etc.Dê asas à imaginação e crie com eles!!!

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

108

Page 37: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Ortografia

Módulo XII – A letra X (p. 214 a 234)

1. Algumas considerações

O uso da letra X costuma suscitar uma sériede dúvidas. Quem já não ficou inúmeras vezespensando se tal palavra é escrita com X ou CH,com X ou Z, com X ou S? Normalmente o traba-lho desenvolvido com as crianças leva-as a cons-tatar a existência de vários sons para a letra X,sendo o recurso da memória o único utilizadopara resolver esse impasse. Neste livro, procura-remos enfocar a questão por outros ângulos.

Nossa proposta inicial será estendida ao lon-go do ano, recortada em diversos níveis. Iniciare-mos por uma pesquisa da letra X e, gradativa-mente, iremos ampliando as descobertas emconfronto com as letras que costumam gerar dú-vidas. Assim sendo, confrontaremos X com Z,com CH e com S. Essas dificuldades ortográficasconstituirão a base do trabalho ortográfico a serdesenvolvido neste volume, além de análises darelação entre classes gramaticais e ortografia. Aspesquisas sobre as diferentes formas de se re-presentar o som /S/ (Ç, SC, C, XC, SS, S, X) fa-rão parte do conteúdo do próximo volume.

2. Considerações sobre a postura

diante da pesquisa ortográfica

Antes de iniciar as pesquisas ortográficas, gos-taríamos de fazer algumas observações relativasà nossa postura em relação a esse trabalho:

1. As conclusões apresentadas foram tiradas apartir da análise da amostra de nossas pala-vras e posterior confirmação em dicionário,quando possível. Muitas vezes a amostra nosindicava uma conclusão geral, útil para umadecisão ortográfica, porém, no dicionário, en-contrávamos uma ou algumas palavras quenão se encaixavam. Essas palavras, em geral, fa-ziam parte de um vocabulário de área especí-

fica (por exemplo, biologia, física, medicina eoutras) e tinham sentido e uso pouco comuns.Por essa razão, não destacamos esses casos.Nossa intenção nesse momento é levar osalunos a compreender o sistema. Por isso, nãovemos utilidade em invalidar as conclusõescom exceções que não farão parte do cotidia-no das crianças. Acreditamos que as con-clusões surgirão naturalmente, quando elas fo-rem mais velhas e estiverem lidando com osconceitos trabalhados por essas palavras devocabulário específico de cada área.

2. Como essas palavras poderão surgir em algumgrupo-classe, as conclusões apresentadas fo-ram relativizadas, para dar conta dessas exce-ções, mas consideramos inútil e desnecessá-rio levar as crianças a observá-las, caso a ob-servação não seja feita espontaneamente.Acreditamos que, se assim procedêssemos, ascrianças ficariam com uma quantidade enormede dados que não saberiam como organizar porrelevância, perdendo-se em detalhes inúteis.

3. Como há uma grande variação de grafias emnomes próprios, aconselhamos o professora não utilizá-los na amostra da pesquisa. Es-sas variações muitas vezes correspondemmais a “criações ortográficas” do que a possi-bilidades do sistema, além de muitas seremnomes estrangeiros. A utilização desses no-mes confundiria desnecessariamente a obser-vação das crianças.

4. Procuramos colocar neste Manual as conclu-sões que consideramos mais prováveis de se-rem tiradas naturalmente na classe. Não cita-mos todas as conclusões possíveis e, por isso,o professor deverá estar sempre atento àscolocações dos alunos e verificar se aquiloque eles estão dizendo é procedente ou não,mesmo que não conste no Manual.

5. Para facilitar a seleção de conclusões, destaca-mos em negrito as mais relevantes para umadecisão ortográfica. Essas conclusões devemser necessariamente observadas pelas crian-ças. Caso não observem espontaneamente, oprofessor deverá fazer perguntas como as su- O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

109

Page 38: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

geridas ao longo das pesquisas, para que ascrianças dirijam seu olhar para esses aspectosdestacados.

6. Se as conclusões que não estiverem em ne-grito forem levantadas espontaneamente, óti-mo. O professor registra com as crianças, poissão elementos constitutivos do sistema. Mas,se as crianças não observarem, não há razãopara o professor insistir. O melhor é dar pros-seguimento ao trabalho.

7. Ao final de cada momento da pesquisa, diantede todas as conclusões tiradas pelas equipes, éimportante que o professor converse com aclasse e pergunte: Bem, diante de tudo isso quenós descobrimos, o que poderia ser interessantepara nos ajudar a decidir quando usar uma letraou outra na hora de escrever a palavra? A partirdessas observações, professor e classe vão es-crevendo no caderno as conclusões mais im-portantes de serem gravadas.

8. Aconselhamos o professor a realizar as pesqui-sas antes de pedir aos alunos que o façam. Issovai ajudá-los a compreender o trabalho, a tirarconclusões próprias, a observar o que aparececom maior clareza no sistema, a perceber as di-ficuldades que poderão ser encontradas pelascrianças e a conferir as descobertas colocadaspor nós.Afinal, a ortografia é um sistema a serdesvendado, inclusive por nós, professores.

3. Pesquisa sobre a letra X

Objetivo:

Nosso objetivo é colocar os alunos em con-tato direto com o sistema ortográfico, numa re-lação de investigação, de tal forma que possamcompreender as relações, as propriedades e asleis de composição internas desse sistema.

Ao proceder dessa forma, acreditamos estardesenvolvendo nas crianças uma relação ativadiante do conhecimento, ensinando-lhes queaprender é produzir e não reproduzir conheci-mentos. Além disso, estaremos lhes proporcio-nando a possibilidade de descobrir regras que

possam ajudá-las a tomar uma decisão ortográ-fica no momento de escrever.

O “X” DA QUESTÃO! (p. 214)Objetivo: realizar a preparação do material depesquisa.

Estratégia: ela está detalhadamente descrita nolivro do aluno. Caso os alunos não tenham usa-do os livros da 1a ou da 2a série desta coleção,faça essa primeira etapa em classe. Se já usaramo livro nas séries anteriores, o material pode serpreparado como lição de casa.

Sugerimos que o professor dê um envelope paracada equipe colocar as palavras que trouxeram,organizadas pela posição da letra X (1a, última ouX no meio da palavra). Como a pesquisa serárealizada em vários dias, o professor deve guar-dar os envelopes e devolvê-los às equipes a cadavez que for dar prosseguimento à pesquisa.

Esse procedimento de trabalhar com as palavrascoletadas em material vasto é fundamental paraevitar falsas generalizações.

Feito isso, peça que arrumem todas as palavras,uma ao lado da outra, sobre as carteiras e pergun-te-lhes se, ao prepararem o material, observaramalguma coisa interessante. Ouça-as e a cada colo-cação feita, peça que todos verifiquem em suaamostra de palavras se a colocação é válida. Umavez que a análise necessária do X é muito comple-xa, proponha-lhes um caminho que deve ser per-corrido lentamente, jamais feito em um único dia.Para facilitar, dividimos a pesquisa em várias ativi-dades, que devem ser feitas em dias diferentes.

A metodologia proposta por nós envolve umaorganização sempre binária: observamos as pa-lavras e as organizamos em dois grupos, de acor-do com alguma característica. Em seguida, esco-lhemos o grupo menos numeroso e analisamossuas propriedades, pegando depois o grupo maisnumeroso e fazendo nova classificação, se neces-sário. Por último selecionamos as descobertasmais importantes como instrumento de decisão

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

110

Page 39: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

numa dúvida ortográfica, e passamos à sistemati-zação.

O professor deve pedir às crianças que obser-vem a posição da letra X nas palavras e que asorganizem em três grupos: um de palavras ini-ciadas pela letra X, outro de palavras com X nomeio e outro de palavras com X no final. Fazem,em seguida, a 1a questão. Deixam as palavras ini-ciadas por X na mesa e guardam as outras nosenvelopes. Observam sua amostra e respondemàs questões. É importante que depois disso adiscussão seja feita com a classe toda para asconclusões serem checadas ou ampliadas.

Respostas

1. O X aparece com maior freqüência no meio da palavra.

2. a) Não.

b) Sim, aparecem todas as vogais.c) Nessa posição o som é o mesmo do CH e por isso

pode ser confundido com ele.d) Há muito mais palavras iniciadas por CH.e) Em caso de dúvida, arriscar CH, pois a chance de

acertar é maior.

CHIII!!! OU XIII??? (p. 216)Objetivo: promover a sistematização das pala-vras iniciadas por CH ou por X.

Estratégia: esse é um jogo dinâmico, que pode-rá ser repetido várias vezes, inclusive para siste-matizar outras questões ortográficas.

As regras já estão descritas no livro do aluno. Asplaquinhas a serem levantadas devem ter as le-tras X em uma e CH em outra, e essas letras de-vem aparecer sempre no início das palavras.Váalternando as letras, bem rápido, até que sobreapenas uma dupla.

O ÚLTIMO X! (BRINCADEIRINHA...) ( p. 217)Objetivos:

• fazer os alunos observarem as regularida-des das palavras terminadas em X.

• tirar conclusões a partir das observações.

Estratégia: organize-os em equipes novamente,distribua os envelopes e peça que espalhem so-

bre a mesa apenas as palavras que têm X comoúltima letra. Depois, peça que leiam as pergun-tas, observem as palavras e tirem as conclusões.Procuramos garantir pelas perguntas que as con-clusões mais importantes fossem tiradas, mas seas crianças fizerem outras observações, tiraremconclusões diferentes das que apresentamos,confira se procedem. Se forem procedentes,acrescente-as às conclusões da classe.

Observando as palavras com X no final, respon-derão às cinco primeiras perguntas. Depois dediscutidas e corrigidas, despreze as palavras quejá foram usadas para não tumultuar a classe.

Peça que destaquem a conclusão da questão 3,que é a mais importante para uma decisão orto-gráfica, com caneta colorida, a fim de que seja fa-cilmente encontrada nos momentos de dúvida.

Respostas

Ao analisar esse grupo de palavras, as crianças jáhaviam descoberto que há poucas palavras terminadasem X. Poderão agora descobrir que:

1. Antes do X sempre vem uma vogal, jamais uma con-soante (pirex, inox, durex, xerox, fax, etc.).

2. O som do X nessa posição é [CS].

Nessa posição o X só pode ser confundido com “quis”(“tóraquis”, “duréquis”, etc.), mas esse tipo de erro jánão é comum nesse nível de escolaridade.

3. Há poucas palavras terminadas pelo som [CS] que nãosejam escritas com X. (Ex.: caquis, tambaquis)

4. As palavras sem acento, terminadas em X, são oxítonas.

Para o X nessa posição não preparamos nenhu-ma atividade especial de sistematização. A análi-se, contudo, é válida porque as crianças não sa-bem de antemão se haverá ou não descobertasque envolvam uma decisão ortográfica e, dequalquer forma, é possível compreender o siste-ma no qual a letra aparece.

A letra X no meio da palavra com som [CS]

Peça agora que peguem as palavras do envelopeque têm a letra X no meio da palavra e separemapenas as palavras onde o X tem o som [CS], O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

111

Page 40: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

como no final das palavras. Guarde as outras noenvelope novamente e deixe essas espalhadaspela carteira.

Peça, então, que respondam à 5ª questão da ati-vidade, observando suas palavras. Poderão des-cobrir que:

5. a) Só vogais.b) Só vogais também.c) Sim, além do X há o CC e CÇ. ( Se os alunos não

souberem responder, não dê a resposta. Peça quefaçam a atividade CRUZADEX.)

CRUZADEX (p. 218)Objetivo: confrontar palavras com X com somde [CS] com palavras escritas com CC e CÇ,para que descubram que esse som pode ser re-presentado pelas duas grafias.Do ponto de vista cognitivo, as crianças têm quetrabalhar com intersecção de classes, aplicada di-retamente à leitura das instruções.Estratégia: Questões 1 e 2Deixe que façam as atividades em duplas. O ob-jetivo das charadas é desenvolver a leitura, o ra-ciocínio (a palavra deve ser simultaneamente vá-rias coisas) e com isso levantar um universo depalavras com X com som de [CS].Questões 3 e 4Nessas questões, procuramos trazer à tona pa-lavras que são escritas com CÇ ou CC para con-frontá-las com palavras escritas com X. Acredi-tamos que esse confronto possa ajudar o alunoa tomar consciência da maior freqüência do usodo X e de quais são as palavras mais freqüentescom as outras grafias.Optamos por um jogo dos sete acertos para ex-por as várias soluções de grafia que as criançascostumam apresentar espontaneamente emseus textos. Ao ver as três grafias diferentes eter que escolher quais são as corretas, verifica-rão que nenhuma das palavras é com QUICI. Oprofessor deve abrir a discussão com elas, per-guntando se existem palavras com QUICI e casoafirmem que sim, pedir que digam quais são elas.Encaminhar, então, a discussão comentando oque as crianças trouxerem para a classe.

Questão 5:

Além da grafia, a divisão silábica dessas pala-vras costuma oferecer inúmeras dúvidas para as

crianças. Poder discuti-las é o objetivo dessaquestão: CC e CÇ ficam em sílabas separadas, oX forma sílaba com a vogal que o segue. Espera-mos que a partir dessa discussão esse aspectopossa ficar mais claro para eles.

Respostas

1. a) Oxítona e) Tóxico i) Crucifixob) Taxímetro f) Oxigênio j) Tóraxc) Inoxidável g) Flexíveld) Reflexo h) Fixo

2. O som [CS].

3. Flexão, fixador, infeccionar, convicção, fricção, intoxi-cação, complexo.

4. Esse som pode ser representado por X, CC e CÇ.

5. i-nox; con-fec-ção; tá-xi

X NO MEIO – 1ª PARTE (p. 221)Objetivos:

• fazer os alunos descobrirem como é o sis-tema das palavras com CONSOANTE +X;

• ajudá-los a desenvolver o pensamento dededução e de negação.

Estratégia: vamos continuar nossas investigaçõessobre a letra X. Devolva os envelopes para cadaequipe e peça que separem as palavras conformeinstruções no livro do aluno. Poderão observarque há mais palavras com VOGAL + X. Peça, en-tão, que mantenham as palavras com CON-SOANTE + X sobre a mesa, recolha e guarde osenvelopes com as palavras restantes e deixe queos alunos digam espontaneamente o que estãoobservando. Caso ainda não tenham prática nes-se tipo de análise, observando as palavras a partirdas perguntas feitas no livro, poderão descobriralgumas propriedades importantes do sistema.Caso descubram mais coisas além das destacadaspor nós, ótimo, veja se são procedentes e registre.

A cada pergunta, os alunos deverão observar aspalavras, analisar e tirar suas conclusões. Quandoum grupo de alunos chega a alguma conclusão,o professor pergunta:“Isso que Fulano está falan-

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

112

Page 41: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

do também acontece com as palavras de vocês?”.Se eles responderem afirmativamente e, portan-to, a conclusão for uma regra, o professor deve-rá registrá-la na lousa, para que depois os alunoscopiem no caderno.

Essa postura é essencial para que as criançasaprendam a trabalhar com a verificação da hipó-tese e para que ocorra um mínimo de falsas ge-neralizações.

Observando as respostas, poderão ver algumasdescobertas possíveis:

Respostas

1. Há mais palavras com vogal + X.

2. A única consoante que aparece é o N.

3. Ele está sempre antecedido de E (ou seja, temosEN + X).

4. Em nossa amostra, o EN era sempre a primeira sí-laba da palavra.

5. O X é a primeira letra da segunda sílaba.

6. a) Depois do X vem sempre uma vogal.b) As vogais A, E, O, U podem aparecer depois do X. A

vogal I nunca aparece.

7. O som do X é igual ao som do CH.

8. Regra: Antes do X só pode aparecer EN, nunca outraconsoante, nem outra vogal antes do N.

As descobertas em negrito são as mais inte-ressantes para a tomada de decisões ortográfi-cas. Por isso, são as mais importantes de seremdestacadas para as crianças.

X NO MEIO – 2ª parte (p. 222)Objetivo: fazer os alunos descobrirem quandousar X ou CH depois de N por afirmação e ne-gação.

Estratégia: como precisávamos ampliar o univer-so de palavras com N + X e acrescentar outrascom N + CH para confronto, iniciamos o traba-lho pedindo como lição de casa a ampliação douniverso de palavras para análise.

No dia seguinte, os alunos reúnem-se em equi-pe, juntam suas palavras e observam. Procure pe-

dir que tirem conclusões antes de responder àsquestões do livro.

Depois dessa análise informal, faça a tabela cole-

tiva na lousa com eles, e deixe que respondam às

questões 1 e 2. Redija com eles e destaque bem

a conclusão que puderam chegar pela análise: “Se

a palavra for escrita com AN, IN, ON, UN só

pode ser seguida de CH”.

Respostas

A tabela deve ser completada com as palavras queas crianças encontraram na coleta solicitada.

AN EN IN ON UN

X Enxergar

Enxugar

etc.

CH Mancha Enchente Inchado Concha Escarafunchar

Prancha Encharcar Trincha Aconchego Caruncho

Rancho Enchiqueirar Relincha etc. etc.

etc. etc. etc.

1. As palavras com AN, IN, ON, UN são seguidas por CH.

2. As palavras com EN podem ser seguidas por X ou por CH.

NÃO ENCHE QUE ESTOU COM ENXAQUECA! (p. 223)

Objetivo: levar os alunos a descobrirem como

decidir se depois do EN usa-se X ou CH.

Estratégia: já perceberam que antes de X vem

EN, mas também existe EN + CH?

Como será que poderão verificar?

Para ajudá-las, colocamos todas as palavras primi-

tivas que estão no dicionário e dão origem a pa-

lavras com EN + CH. Como muitas são pouco

usuais, começamos a atividade pedindo que des-

cubram seus significados. Como estão em equi-

pe, cada aluno pode procurar algumas e partilha-

rem as conclusões. Como são apenas 12 palavras,

a tarefa não será tão exaustiva! Obj

etiv

os e

orie

ntaç

ões

espe

cífic

as –

gra

mát

ica

e or

togr

afia

113

Page 42: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Em seguida, pedimos que observem as palavrasque foram formadas a partir delas, acrescentan-do-se EN, como prefixo. Ao confrontar os doisgrupos (+ X e + CH), poderão ter um critérioclaro de decisão: Se o EN foi acrescentado a umapalavra que já existia e era iniciada por CH, use CHdepois, se ele faz parte da palavra primitiva, use X.

Outra conclusão possível (mas que não destaca-mos para não torná-las excessivas) é que, comonão apareceu EN + X no meio da palavra (estasérie apareceu sempre no início), dentro da pa-lavra teremos sempre A, E, I, O, U + N + CH(como em gancho, aconchego, etc.). Só encontra-mos guanxuma com N + X dentro da palavra.Mas isso não invalida a conclusão tirada.

Respostas

1. a) chacota: gozação, zombaria.b) chafurdar: atolar-se, revolver-se.c) chapéu: peça de vestuário que colocamos na cabe-

ça para cobri-la, protegê-la. d) charco: água estagnada e imunda, pouco profunda.e) charola: andor de procissão.f) chaveta: peça na extremidade de um eixo, para fi-

xar rodas.g) cheio: que contém tudo o que sua capacidade com-

porta, completo, repleto.h) chiqueiro: curral de porcos, pocilga.i) chocalho: instrumento de metal, com badalo, que

se põe no pescoço de animais; objeto destinado aosbebês, que, agitando-o, se distraem com o ruído.

j) choça: cabana; habitação mais tosca do que cabana.l) chouriço: enchido de porco cujo recheio é mistura-

do com sangue e curado ao forno.m) chumaço: porção de algodão ou gaze.

2. Escrevemos ENCH em palavras que eram iniciadas porCH e acrescentamos EN para formar outra palavra deri-vada.

3. a) Há mais palavras com ENX.b) Quando temos ENX, o EN faz parte da palavra pri-

mitiva.c) Regra: Se a palavra primitiva era escrita com CH e

acrescentamos EN, ela permanece com CH; se o ENfaz parte da palavra primitiva, usamos ENX.

Como essas descobertas são importantes, à medidaque oferecem uma decisão ortográfica, sugerimos a ativi-dade Soletrando para sistematizá-las.

SOLETRANDO (p. 225)Objetivos:

• fazer a sistematização das descobertas deconsoante + X;

• trabalhar a imagem mental da palavra;• acionar o vocabulário passivo dos alunos.

Estratégia: ela está descrita no livro do aluno. Éum jogo interessante, que pode ser repetidovárias vezes com conteúdos or tográficos dife-rentes.

Investigando palavras com VOGAL + X

+ CONSOANTE

Essa etapa da pesquisa você poderá realizarde duas maneiras. A primeira, descrita a seguir,tem a vantagem de ser mais ampla, compreen-der mais aspectos do sistema ortográfico e tra-balhar de forma mais fiel com o modelo de pes-quisa, mas tem a desvantagem de ser mais longa.A segunda forma de abordar é ir diretamentepara a atividade Stop ou Xtop?, que enfoca maisdiretamente apenas as descobertas relevantespara uma decisão ortográfica, ou seja, tem umaabrangência menor, mas é mais rápida.

Se optar pela pesquisa mais ampla, distribuanovamente os envelopes para as equipes e peçaque separem apenas as palavras com vogal + X +consoante. Conforme as equipes arrumarem aspalavras na carteira, vá fazendo perguntas paraajudá-las na observação. Sugerimos que pergunte:

1. Qualquer vogal pode aparecer antes do Xquando depois dele vier uma consoante?

Verificarão que praticamente todas as pala-vras começam com E e o X é a segunda le-tra (EX + consoante). Não apareceu nenhu-ma outra vogal antes do X.

2. Qualquer consoante pode aparecer depois doX? Quais? Depois do X aparecem P, T, C. Existem pou-cas palavras com X + S (exsurgir, exsudar).

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

114

Page 43: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Como essas palavras não são comuns, não cos-tumam aparecer na amostra das crianças. Con-tinuaremos nossas conclusões sem consideraressas palavras, usando apenas as da amostra dapesquisa.

3. Há mais palavras com alguma das três con-soantes ou as três letras aparecem em quan-tidades iguais?A maior parte das palavras é com P ou T. Aspalavras com C são poucas.

4. Em que posição da sílaba fica o X?Nessa série o X é sempre a última letra da sí-laba.

5. Qual o som do X quando depois dele vemuma consoante?O som do X é [S] (exclamação, exportar, ex-tremo), menos quando temos EX + CE ou CI(exceção, excitante).

6. Se depois do X vier outra consoante, diferen-te de P, T, C, ou antes dele vier outra vogal, di-ferente de E, escreveremos com X ou com S?Quando o som for [ES], seguido de qualqueroutra consoante, a palavra será escrita comS e não com X (esfaquear, esgotado, etc.).

7. Existem palavras com ES + P, T, C?Também existem palavras com ES + P, T, C.Nesses casos é necessário saber cada palavra.

8. E palavras como texto, pretexto, como ficamcom essas regras?O X não é a segunda letra em palavras comotexto, sexta e seus derivados (contexto, pretex-to, bissexto, etc.). Nesses casos é necessárioconhecer cada palavra. Sugerimos que o pro-fessor mostre a diferença de significado entretexto e testo.Registre no caderno todas essas descobertase peça que usem lápis ou caneta colorida paradestacar bem as descobertas que podem au-xiliar em momentos de dúvida ortográfica.

Se você optar pela pesquisa mais rápida, peçaque façam a atividade a seguir.

STOP OU “XTOP”? (p. 226)Objetivo: levar o aluno a fazer descobertas doX de vogal + X + consoante.

Estratégia: o objetivo dessa primeira etapa da

atividade é coletar palavras com as seqüênciasde letras com ES + CONSOANTES e EX +CONSOANTES para análise posterior.As regrasdo jogo não foram escritas no livro do alunopara evitar que as crianças completassem antes.Formadas as equipes, o professor explica as re-gras do jogo.

Como jogar:

1. A um sinal do professor todos deverão com-pletar os espaços, formando uma palavra. Ape-nas os espaços possíveis serão completados.

2. Não é permitido usar o dicionário.

3. Poderá ficar combinado que o jogo terminarádepois de um tempo determinado pelo pro-fessor, quando ele gritará Stop!

4. Quando o jogo acabar, o professor fará a cor-reção na lousa.

Sugerimos que divida a lousa em linhas e co-lunas e mande várias equipes escreverem suapalavra nos espaços determinados. Esse pro-cedimento facilitará a correção, além de tor-ná-la mais rápida.

5. Um aluno de cada equipe vai à lousa e escre-ve as palavras correspondentes às letras queo professor colocou lá.Todas as equipes quetambém escreveram aquela palavra ganham 1ponto. A equipe que tiver colocado uma pala-vra diferente de todas as outras, ganha 3 pon-tos. Se houver erro de grafia, 0 ponto.

6. Vence a equipe que fizer o maior número depontos.

Várias colunas ficarão em branco. Nesse mo-mento o professor pergunta: “Ninguém encon-trou as palavras por que são raras ou por quenão existem? Como podemos ter certeza? Pro-curando no dicionário”. Peça que olhem e pode-rão ter certeza de suas descobertas.

Terminado o jogo, há uma questão pedindodicas que as crianças dariam a um amigo. Na ver-dade, elas escreverão as descobertas que fize-ram: EX só pode ser seguido de P, T, C. Se tive-rem descoberto as palavras com EX seguido deS (exsudar e exsurgir), essas duas consoantes O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

115

Page 44: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

também serão mencionadas. Não existem pala-vras com EX seguido das demais consoantes.Portanto, não adianta tentar encontrar palavraspara preencher as lacunas.

Algumas lacunas na primeira coluna (ES +CONSOANTE) não serão preenchidas. Pergun-te para as crianças se não existem palavras escri-tas daquele jeito ou se elas é que não se lem-bram. Peça que procurem no dicionário aquelasséries em especial.Assim, poderão descobrir quenão existem palavras com ES + H, J, R, X, Z.

Tirada a conclusão, o professor distribui os en-velopes novamente para as equipes e pede queprocurem as palavras com vogal + X + consoan-te para verificarem se as descobertas que fizeramtêm validade com aquelas palavras também, po-dendo dessa forma ampliar a generalização.

Respostas

1. Nós daríamos as dicas: Na coluna do EX só há pala-vras com P, T, C, não perca tempo procurando pa-lavras com as outras letras: elas não existem! Nacoluna do ES não procure palavras com H, J, R, Xe Z. Elas também não existem. Se não perder tem-po, vai terminar primeiro e ganhar!

2. Não encontrarão nenhuma e poderão concluir que nãoexistem palavras com AX, IX, OX e UX mais con-soante.

PARA DESVENDAR DE VEZ O “X” DA QUESTÃO (p. 228)Objetivos:

• levar os alunos a descobrirem que o X sótem som de Z quando está na série E +X + VOGAL;

• fazê-los perceber que não existem palavrascom EZ + vogal, com exceção de ezequie-lense.

Estratégia: organize-os novamente em equipes,entregue os envelopes e peça que retirem as pa-lavras com vogal + X + vogal e observem o somdo X nessas palavras. Até agora em todas as sé-ries analisadas o X representava apenas um som:do CH ou do S. Nesta série ele pode represen-tar vários sons. Peça que separem as palavras

pelo som e espalhem sobre a carteira apenas aspalavras onde o X representa o som /Z/.Caso cada equipe tenha ficado com uma amos-tra pequena, peça que todas digam suas pala-vras, registre-as na lousa de tal forma que o con-junto delas seja suficiente para uma análise: comduas ou três palavras apenas não é possível fa-zer generalizações!!!Lista pronta, peça que observem as palavras dalousa e respondam às questões propostas no li-vro do aluno, sempre com o dicionário como au-xiliar de pesquisa. Afinal, dicionário é um instru-mento rico demais e pode também ser fonte depesquisa do sistema ortográfico. Poderão tirarimportantes conclusões que estão registradasnas respostas!!! Ah! Não se esqueça de pedir quedestaquem bem as descobertas para serem con-sultadas em momentos de dúvida.

Respostas

1. Os alunos constatarão que o X pode ter som de /S/ /Z//CH/. (O X com som de /CS/ já foi visto e retirado doenvelope).

2. a) Aparece apenas a vogal E.b) Todas as vogais aparecem depois do EX.c) As letras S e Z.d) Somente ezequielense (se é que ela aparece no di-

cionário deles).e) Com ES + A, E e I não existem palavras. Com ES + O

há esôfago e seus derivados e esotérico e deriva-dos. Com ES + U só esurino (se tiver no dicionáriodeles!)

f) Se o som for /Z/ use X.Peça que escrevam a regra no caderno, deixando-abem destacada.

COMPLETANDO PALAVRAS (p. 229)Objetivo: fazer a sistematização das descobertasde X com som /Z/.

Estratégia: pode ser feita individualmente comolição de casa ou em dupla. A atividade é simples:encontrando a série certa de letras, poderão for-mar palavras. Para isso terão que fazer pensar ossons possíveis dentro da língua.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

116

Page 45: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Respostas

1. a) exercício d) exuberante g) exigenteb) exótico e) exemplo h) examinarc) exatamente f) existe

2. a) experiência c) explicar e) exclamaçãob) extintor d) excelente f) exterior

X NO MEIO – O REGRESSO (p. 230)Objetivo: oferecer um instrumento de decisãopara palavras com duas vogais + /CH/ e ME +/CH/.

Estratégia: essa é uma estratégia de geração, por-tanto deve ser feita em equipe, em sala de aula.Reúna os alunos novamente em equipes e distri-bua os envelopes. Nele, temos agora apenas pa-lavras com X entre vogais, sendo que destas jáforam retiradas as palavras com X com som /Z/e som /CS/. Permanecem as palavras com X comsom /CH/ e /S/.

Peça aos alunos que separem as palavras com som/CH/ e guardem as restantes. Como serão poucaspalavras, pedimos que cada equipe dite as palavrasque encontrou, a fim de somarmos uma amostramaior, o que permite alguma generalização.

Sempre analisando as palavras da lousa, as equi-pes vão fazendo observações. No livro do alunonós deixamos apenas as perguntas que condu-ziam a descobertas importantes para uma deci-são ortográfica. É importante que o professorfaça oralmente outras perguntas para que o es-pírito de análise do sistema permaneça. Sugeri-mos que, diante das palavras com duas vogais an-tes do X, o professor pergunte:

• “Todas as vogais aparecem igualmente an-tes do X nesse caso?” Poderão observarque apenas I e U costumam aparecer.

• “Todas as vogais podem aparecer depois doX?” Poderão verificar que é possível apare-cerem todas.

• “Qual a posição que o X ocupa na sílaba?”Observarão que ele é sempre a primeiraletra da sílaba.

• “Será que não existem palavras com duasvogais seguidas de CH?” Pode ser que apa-

reça gaúcha e alguma outra. Nesse caso,faça-os observar que a vogal anterior temacento, o que não acontece com as pala-vras com DUAS VOGAIS + X.Além disso,são apenas uma ou duas palavras.

• Outras observações espontâneas que fi-zerem.

Como sempre, no momento da correção pole-mize, ouça as explicações de como pensaram econsidere as descobertas que forem válidas.

Respostas

1. a) Ele se confunde com CH.b) Não conseguirão encontrar.c) Sim, pois quando forem duas vogais e o som for

/CH/ use sempre X.2. Serão as palavras que a classe tiver encontrado. Talvez

mexer, México, mexilhão, mexerica e suas derivadas.

3. Só existe mecha (de cabelo) mechoação e mechado.

MICO MICHO (p. 231)Objetivos:

• promover a memorização das palavras queexistem tanto com CH quanto com X;

• fazer os alunos perceberem a relação gra-fia/significado em palavras que têm som se-melhante mas significam coisas diferentes.

Estratégia: esse é um jogo de Mico que monta-mos com o objetivo de trabalhar palavras que,por terem algum tipo de semelhança (na grafiaou no som), costumam ser escritas com erro pe-las crianças. A lista dos pares foi tirada da análisede erros freqüentes em crianças com esse nívelde escolaridade.

Nosso objetivo é, portanto, que associem a gra-fia ao significado, sendo esse o critério de forma-ção dos pares do Mico. Sugerimos que o profes-sor confeccione o baralho com as crianças.Instruções para a confecção do baralho do Mico:1. Arrume folhas de cartolina branca ou colorida.2. Faça cópias do baralho que damos como mo-

delo ou ajude as crianças a fazerem as cartas,como achar mais conveniente.

3. Cole as cópias xerox na cartolina ou deixe queas crianças escrevam em equipe os conteúdos O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

117

Page 46: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

das cartas. Recortem as cartas. (É um excelentetreino de cópia funcional e de controle motor.)

4. Faça um baralho (48 cartas) para cada grupode 4 crianças jogar.

5. As regras já estão escritas no livro do aluno.Bom jogo!Acreditamos que, depois desse jogo, ninguémerre mais ao escrever as palavras trabalhadas.

Respostas

Fixa – que é imóvel;Ficha – é usada para colocar em funcionamento al-

gumas diversões eletrônicas;Cheque – é usado como dinheiro; vem em forma de

talão;Xeque – a jogada mais importante no jogo de xadrez;Rocha – pedra muito dura;Roxa – a mesma cor da violeta;Chalé – casa de campo; Xale – usado pelas mulheres para cobrir os ombros

e agasalhar;Tacha – pequeno prego de cabeça chata;Taxa – imposto ou tarifa;Mexa – mova, misture; Mecha – pequena quantidade de cabelos que se so-

bressai pela tonalidade;Xá – antigo título do soberano do Irã;Chá – bebida que se prepara fervendo ervas;Cauda – rabo de animais;Calda – água e açúcar fervidos juntos; usada para

molhar alimentos;Coando – ato de coar;Quando – em que época?;Devagar – lento;Divagar – sonhar, devanear;Acento – sinal usado para marcar a sílaba tônica da

palavra;Assento – local em que nos sentamos;Sexta – dia da semana que precede o sábado;Cesta – serve para carregar coisas.

LIGUE QUATRO!!! (p. 234)Objetivos:

• promover a sistematização de todas as des-cobertas feitas sobre o X;

• desenvolver estratégias de pensamento.

Estratégia: esse é um jogo-da-velha com palavrasno lugar de símbolos e quatro casas no lugar detrês, como é o tradicional. Deixe que leiam as re-gras, expliquem como se joga e depois, é só jo-gar. A necessidade de montar estratégias, anteci-par uma possível jogada do outro, antecipar suasjogadas seguintes para fazer uma boa escolha delocal, além de saber quais são suas palavras, sãoum excelente pretexto para o desenvolvimentode estratégias de pensamento.

Respostas

1ª partida 2ª partida 3ª partida1- chuva 1- xerife 1- chuveiro2- abacaxi 2- chaveiro 2- chapelaria3- charuto 3- choque 3- chicotada4- xarope 4- cochicho 4- chorando5- xaxim 5- xingar 5- chiclete6- cheiro 6- chupeta 6- xavantes7- chocolate 7- chacareiro 7- xixi8- xucro 8- chatear 8- xereta9- chocalho 9- xícara 9- coxa

10- faxina 10- graxa 10- lixo11- acharam 11- achatado 11- machado12- bucha 12- deixar 12- paixão13- baixo 13- machucado 13- macho14- fechadura 14- ducha 14- fachada15- encaixotar 15- trouxa 15- peixe16- concha 16- enxugar 16- gancho17- enxergar 17- enchiqueirar 17- echarcar18- enchente 18- desleixado 18- caxumba19- mexerica 19- mexer 19- enxofre20- luxo 20- roxo 20- mexicano

BINGO ORTOGRÁFICOObjetivo: fazer a sistematização da grafia de pa-lavras escritas com X, S ou CH.

Como jogar:

Esse Bingo é para ser jogado individualmente.O professor pedirá que cada aluno pegue uma fo-lha de papel e faça uma tabela com 25 (5 x 5) qua-drados grandes. Em seguida, explicará as regras doBingo, caso as crianças ainda não as conheçam.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

118

Page 47: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Regras:1. Serão ditadas 25 palavras com X ou CH, X

ou Z, X ou S e cada aluno deverá escrevercada palavra ditada em um dos quadrados databela.

2. É importante que cada aluno escreva na ta-bela sem se preocupar com a ordem em queos quadrados aparecem, pois assim as crian-ças ficarão com tabelas diferentes ao final doditado.

3. Depois de completar a tabela, o professor irásortear as palavras e “cantá-las”, uma a uma.

4. A cada palavra que o professor disser, os alu-nos marcarão na tabela a palavra “cantada”.Pode ser sublinhando, circulando ou de outraforma qualquer.

5. Quando alguém completar uma linha, uma co-luna ou a diagonal de palavras sorteadas, fala“Bingo!” e mostra a cartela para o professor.

6. O professor olha a cartela e verifica se as pa-lavras foram mesmo sorteadas e se todas es-tão grafadas corretamente.

7. Se estiverem corretas, o aluno será o vencedore o jogo poderá continuar até surgir o segun-do, o terceiro ou o quarto colocado (o profes-sor decidirá até que ponto o jogo prosseguirá).

8. Se houver alguma palavra errada na linha, nacoluna ou na diagonal da tabela que o alunoestá mostrando para a conferência, o profes-sor dirá que há erro, mas não apontará emqual palavra. O aluno voltará para o seu lugar,não podendo mais concorrer com aquela li-nha, coluna ou diagonal. (Mas poderá conti-nuar concorrendo com as outras palavras parabingar em outra linha, coluna ou diagonal.)Aconselhamos o professor a marcar a seqüên-cia errada para facilitar seu controle.

9. O aluno que já ganhou uma vez pode continuarna brincadeira, mas não poderá ganhar nova-mente com outra linha, coluna ou diagonal.Sugestão de palavras para o Bingo:lancheira enchimento poncheguincho caruncho enxotarrancho enxoval conchainchaço enxuguei enxeridosenxurrada enxofre preenchaenganchar aconchego enchiqueirar

enxergarmos enxame prancheta enxadada enxaqueca desmancha enxuto exagerado exercícioexplicação estranho extintorespontâneo extenso exclusivoescola estado examinartáxi confeccionar tóraxdurex xarope infecçãoexatamente axila maxilarsexo reflexo lixoconexão convicção tóxicoespaço exótico máximo

STOP MÚLTIPLO

Objetivo: fazer a sistematização da grafia das pa-lavras com X.Estratégia: os jogos de Stop, velhos conhecidosdo professor e das crianças, são sempre interes-santes por trabalharem com um universo aber-to de palavras, garantindo um amplo vocabulá-rio, significativo para o grupo, e acionado em umasituação sempre emocionante.Peça que peguem uma folha de papel e façamuma tabela semelhante à do nosso exemplo.

Substantivos Adjetivos Verbos PontosX comsom /Z/Xantecedidode vogal

Depois, dê as instruções de preenchimento. Seo jogo for realizado no início do ano, sugerimosque nomeie as colunas com os títulos: dissílabas,trissílabas e polissílabas. Se realizá-lo mais para ofinal do ano, depois de ter trabalhado vários tó-picos gramaticais, sugerimos que use os títulos:substantivos, adjetivos e verbos.Tabela preenchida, marque alguns minutos (cin-co, por exemplo) para preencherem a tabelacom o maior número de palavras que consegui-rem. Ao término do tempo, fale Stop e todos pa-ram de escrever. Começa, então, a correção e acontagem dos pontos.

No momento da correção, divida a lousa em co-lunas e chame um representante de cada equi-pe para escrever as palavras do tópico que es- O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

119

Page 48: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

tão corrigindo. A pontuação é a de sempre: sóuma equipe escreveu a palavra: 3 pontos; mais deuma equipe escreveu a mesma palavra, 1 ponto;há erro de grafia: 0 ponto. Vence a equipe quetiver mais pontos no total.

Para continuar sistematizando o uso da letra X edas outras com as quais ela se confunde (CH, Z,S, CC, CÇ), sugerimos algumas atividades como:Soletrando (descrito no Apêndice, no item Suges-tões de jogos ortográficos para sistematização);pedir que montem cruzadinhas com esse tipo depalavras para o colega resolver ; montagem decaça-palavras usando as palavras com X e com asoutras letras com as quais o X se confunde; jogo-da-velha usando palavras com X e as outras le-tras, Stop no texto (descrito no Apêndice, no itemSugestões de jogos ortográficos para sistematiza-ção); etc. Aproveite o vocabulário e o interessede seu grupo-classe, além de projetos desenvol-vidos na escola para escolher o vocabulário.

Volte regularmente à sistematização das palavrascom X.

Módulo XIII – A letra Z (p. 237 a 260)

Algumas considerações

O emprego da letra Z costuma constituirmais uma das dificuldades ortográficas das crian-ças (e dos adultos também!). A letra Z costumaser confundida com o X e com o S entre vogais.Escolher uma dessas letras na hora de escreveré, em geral, uma decisão difícil. Na investigaçãoda letra X, a confusão entre X e Z pôde ser re-solvida: o X só tem o som [Z] em palavras inicia-das por EX + vogal, e nesses casos nunca se es-creve EZ. Mas a dificuldade ainda permanece en-tre o Z e o S, portanto, proporemos uma inves-tigação da letra Z para que, descobrindo suaspropriedades, as crianças possam encontrarmeios de decisão na hora de escrever.

Pesquisa sobre a letra Z

Para facilitar a pesquisa sobre a letra Z, mon-tamos a atividade:

NÃO FIQUE ZURETA... VAMOS DESVENDARA LETRA Z! (p. 237)Objetivo: analisar a letra Z em seus possíveisdentro do sistema ortográfico.Estratégia: o procedimento ao longo da pesqui-sa é o mesmo proposto para a letra X.1a etapa: preparação do material – está descritocomo proceder no livro do aluno. Como é omesmo procedimento usado em relação à letraX, acreditamos que não haverá maiores dúvidas.2a etapa: início das investigações. O objetivo éperceberem que a letra Z pode ocupar qualquerposição na palavra (primeira, última ou meio) ecomeçar a classificação. Nessa etapa trabalhare-mos apenas com as palavras iniciadas e termina-das em Z, que são as menos numerosas.Ao longo da investigação, que deve ser realiza-da em vários dias e nunca em um único dia, oprofessor deverá ir fazendo perguntas que di-rijam o olhar das crianças para aspectos impor-tantes e que talvez não sejam observados es-pontaneamente por elas.No livro do aluno procuramos fazer as pergun-tas necessárias para as principais descobertas,mas é importante que o professor faça oralmen-te perguntas para que as crianças possam obser-var mais aspectos do sistema ortográfico. De-pendendo do momento da investigação pode-sefazer perguntas como:

• Qual a letra que aparece depois do Z?• Qualquer consoante vem antes do Z ou ape-

nas algumas?• Há algo a verificar em relação à tonicidade?• Qual a classe gramatical dessas palavras?,

etc.

A cada pergunta feita pelo professor, os alunosverificam nas palavras de sua amostra como osistema se comporta e chegam a alguma formade generalização. Essas conclusões das criançasé que vão se constituir em conhecimento.

Respostas (2ª etapa)

1. a) O grupo mais numeroso deve ser o das palavrascom Z no meio.

b) Depois do Z em início de palavras podem aparecertodas as vogais. Não aparecem consoantes.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

120

Page 49: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

c) Não.d) Sempre usar letra Z em palavras iniciadas por esse

som.

2. a) Quando o Z é a última letra da palavra, antes delepode aparecer qualquer uma das vogais.

b) O som do Z nessa posição é [S] e se confunde coma letra S.

Como Z e S se confundem nessa posiçãoampliaremos a amostra para confronto. É oque está pedido na 3ª etapa da atividade.

3ª etapa: preparação das palavras termi-nadas em S e confronto entre os doisgrupos: S e Z.

Além de outras descobertas espontâneasque fizerem, pelas perguntas poderãodescobrir instrumentos importantes dedecisão ortográfica.Veja nossas respostase não se esqueça de pedir que eles pin-tem com lápis colorido e deixem bemdestacadas as descobertas importantespara resolver as dúvidas ortográficas.

Respostas (3ª etapa)1. a) As crianças constatarão que há muito mais palavras

terminadas em S.b) Não existe plural formado pela letra Z. As pa-

lavras que terminam em Z estão sempre nosingular.

c) Sim. Forma-se o plural dessas palavras acres-centando ES depois do Z.

d) As palavras terminadas em S podem estar no sin-gular ou no plural.

e) As palavras no plural terminam em S.f) As palavras no singular terminam em S ou em Z.

Regra: Se a palavra estiver no plural, terminará sem-pre pela letra S, nunca pela letra Z.

AFINAL, TERMINA COM Z OU S? (p. 241)Objetivo: gerar um instrumento de decisãoquando a palavra terminar em S ou Z e estiverno singular.

Estratégia: reúna os alunos em equipes e peçaque discutam as questões. No momento da cor-reção faça a verificação das conclusões com asoutras equipes e com as palavras coletadas por

eles no início da pesquisa. Esse espírito de verifi-cação das conclusões é fundamental para o de-senvolvimento de uma postura de investigação.

Esteja atento às respostas das crianças, pois elasencerram as regras descobertas.

Respostas

1. a) Estão no singular.b) Todas podem ir para o plural.c) Acrescenta-se ES ou EM depois do Z.d) (As crianças não encontrarão palavras terminadas

em Z que não possam ir para o plural.)e) Verificarão que as palavras pesquisadas também

vão para o plural.2. a) Estão no singular.

b) Todas podem ir para o plural.c) Acrescenta-se ES depois do S.d) Todas são oxítonas acentuadas.e) (Provavelmente as crianças encontrarão entre as

palavras pesquisadas alguma que faça parte dessacoluna.)

3. a) São invariáveis (O plural de ônibus, lápis e tênis, éfeito pelo artigo, não há acréscimo de sufixo.)

b) O plural de algumas palavras é formado pelos arti-gos OS, AS (o lápis, os lápis).

c) Algumas possibilidades de resposta: óculos, antes.4. a) Quando formamos o plural de uma palavra, usamos

a letra S, nunca a letra Z.b) Quando a palavra termina por Z é porque está no

singular. Ela sempre pode ir para o plural, e, paraisso, basta acrescentar ES ou EM.

c) Quando a palavra indica a origem da pessoa ou o tí-tulo de nobreza e está no singular, termina em S.Para formar o plural basta acrescentar ES.

d) Há palavras que terminam em S e são invariáveis(não têm plural, nem singular).

e) Existem também palavras em que o artigo [a(s), o (s)] é que indica se estão no plural ou no singular.

Para sistematizar essa descoberta sugeri-mos a GINCANA DO S E Z.

GINCANA DO S E Z (p. 243)Objetivo: fazer a sistematização das descobertasde Z e S em final de palavras.

Estratégia: essa gincana deve ser realizada em umespaço amplo, como o pátio. Se for realizada na O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

121

Page 50: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

sala de aula, as carteiras devem ser arrumadasnos cantos deixando uma área livre no centro. Omodo de jogar está descrito no livro do aluno.

Na 1a etapa, as equipes devem descobrir a lei,mas não contam uma para a outra, pois a vitóriado jogo depende dessa descoberta.

As leis são:• grupo 1 – palavras no plural;• grupo 2 – palavras terminadas em Z (sin-

gular);• grupo 3 – palavras invariáveis, terminadas

em S; ou simplesmente palavras que nãovariam em número;

• grupo 4 – palavras terminadas em S, no sin-gular, e que variam em número;

• grupo 5 – palavras terminadas em S, no sin-gular, que fazem plural pelo artigo.

Terminada a discussão, as três equipes se organi-zam em fila e o professor oferece uma cor de gize uma caixinha com novas palavras para o pri-meiro elemento da fila de cada equipe. As pala-vras devem estar escritas em papeizinhos paraserem sorteados.

As regras estão escritas no livro do aluno.

Todos a postos, vai começar a gincana!

O número de vezes que o jogo será realizado ea quantidade de palavras ficam a critério do pro-fessor. Quanto mais palavras e mais vezes eles jo-garem, melhor! Sugerimos que o professor dêpalavras diferentes para cada equipe.

Sugestão de palavras para a Gincana do S e do Z:

Grupo 1: perigos, pavês, sons, narizes, canetas, ca-pas, bezerros, mortais, perdizes, poderosos, etc.

Grupo 2: voz, atriz, capuz, cuscuz, estupidez, fe-roz, arroz, cicatriz, chafariz, rapaz, juiz, raiz, gravi-dez, etc.

Grupo 3: mais, simples, invés, pois, após, detrás,nós, parabéns, trás, férias, pêsames, fezes, vós,atlas, etc.

Grupo 4: escocês, montanhês, camponês, portu-guês, burguês, norueguês, retrós, país, convés, li-lás, satanás, etc.

Grupo 5 : fórceps, bônus, brócolis, própolis, etc.

PUXA! SE VOCÊ NÃO USAR, AZAR SEU...(p. 245)Objetivo: ter um instrumento de decisão quan-do escrever palavras com vogal + /Z/ + vogal.

Estratégia: nossa estratégia é o confronto de pa-lavras com vogal + X, S ou Z + vogal, para veri-ficar como o sistema da escrita se comporta. Ospassos para o confronto estão descritos no livrodo aluno.A cada etapa, antes de pedir que resol-vam as questões do livro, peça que observem aspalavras e vejam que conclusões podem tirar.Essa postura de investigação é fundamental deser desenvolvida.

Na 1a parte, eles resgatam as palavras com Zcomo 2a letra da palavra e observam que elapode ser representada também pelo S e pelo X.Quando usar X eles já sabem (quando o E vemantes), mas e quando usar S ou Z?

A 2a parte da pesquisa tem como objetivo co-lher material de vogal + S + vogal para confron-tar com o Z. Na 3a parte da pesquisa poderãomontar a tabela, observar e tirar as conclusõesque estão em nossas respostas. Caso alguma dasséries de letras não tenha nenhuma palavra, peçaque confiram no dicionário se não existe mes-mo ou se há poucas. Caso você divida a classe,com cada dupla procurando uma VOGAL +UMA DAS CONSOANTES no dicionário, empouco tempo e com pouco desgaste poderá fa-zer uma pesquisa mais ampla e mais completa doque a proposta no livro do aluno. Experimente!

Respostas

1ª parte:

1. a) As letras A, O (exceção: ezequielense).b) Depois do Z pode aparecer qualquer vogal (azar,

azeite, azia, azul, ozônio).c) Nessa posição o Z se confunde com S e X.

2ª parte:As crianças devem lembrar que estamos nos referin-

do à letra X, que nessa posição (2ª letra da palavra) temsom /Z/.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

122

Page 51: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

3ª parte

As crianças escreverão na tabela feita pelo profes-sor as palavras da sua equipe. O ideal é que, caso nãoapareçam na amostra palavras para alguma coluna, oprofessor peça a pesquisa no dicionário.

Palavras + S + VOGAL + Z + VOGAL + X + VOGALiniciadaspor

A Asa, asilo, Azeite, azar, asiático. azulejo, azul,

azedo, etc.

E Esotérico, Exigente,esôfago, êxodo,esoterismo, executivo,esofágico. exausto, etc.

I Isolar, isopor, isento,isósceles, etc.

O Ozônio

U Uso, usucapião,usurpar, usado.

2. As crianças copiam em seus cadernos o quadro abaixoe destacam as conclusões importantes.

Palavras iniciadas Para ter som [Z] Exemplospor use

A + – + vogal Z ou S (há poucas) Ásia e asinha. Azulado, azarado,azia, etc.

E + – + vogal X ou S (há poucas) Esôfago e esotérico.Exército,exemplificar,exaustor, etc.

I + – + Vogal S Isolamento, isenção, isolado, etc.

O + – + vogal Z Ozônio, ozonizar, ozonizado.

U + – + vogal S Usina, usuário,usufruto, etc.

ZAGUEIROS EM AÇÃO!!! (p. 247)Objetivo: promover a sistematização das desco-bertas de vogal + Z, X, S + vogal.

Estratégia: é um ditado.Todas as palavras estãoentre as investigadas até aqui e nosso objetivoao escolher um ditado é que percebam que,quando temos um instrumento de pensamento,fica fácil tomar uma decisão.

Sugestões de palavras:Asa Azulejista ExistênciaAzedinho Usinagem ExiladoExigente Usufruto AzulIsolamento Azaléia AzeitonaExatidão Usufruir OzônioUsa Esoterismo Isolante

TRIO CALAFRIO... (p. 248)Objetivo: fazer a manutenção das descobertassobre S, Z e X com som /Z/.

Estratégia: depois de tantas descobertas e ati-vidades, é hora de conseguir sozinho. Peça parafazer como lição de casa. Na hora da correção,solicite que confiram com as descobertas. Nin-guém vai errar!

Respostas

1º trio 2º trio 3º trio 4º trio

1. azedo 1. exames 1. azulejo 1. exército

2. exato 2. isopor 2. usuário 2. isoladas

3. usina 3. azarão 3. exagera 3. azeitona

TEM “MENTE”, MAS NÃO É SEMENTE...(p. 250)Objetivo: ampliar as investigações sobre a letraZ, agora na série vogal + Z + consoante.

Estratégia: voltamos à investigação. A letra Z sóaparece seguida da consoante M quando ela éacrescida a uma palavra primitiva que terminaem Z. Descobrir isso garante que não escrevam“felismente”, como é tão freqüente!

As crianças separam as palavras de seu envelopecom essa série e, como deverão ter poucas pala-vras em cada equipe, pedimos que ditem suaspalavras ao professor para aumentar a amostra epoderem tirar conclusões mais adequadas. O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

123

Page 52: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Antes que façam as questões, o professor deve,oralmente, pedir que observem as regularidades,tirem conclusões espontâneas.Vá fazendo per-guntas para dirigir o olhar deles para aspectos sig-nificativos do sistema. Depois, nas questões elesobservarão apenas aspectos importantes paratomar decisões em caso de dúvidas ortográficas.

Nessa observação espontânea poderão concluir :

Palavras com vogal + Z + consoante

1. Há poucas palavras neste grupo.

2. O Z é sempre a última letra da sílaba.

3. Todas as palavras que apareceram em nossaamostra tinham o Z seguido do sufixo -men-te. Exemplos: infelizmente, vorazmente, capaz-mente, etc.

4. Todas as palavras são advérbios formados apartir de adjetivos (as crianças a essa alturaainda não sabem disso, mas se a atividade forrealizada com crianças mais velhas, esta podeser mais uma descoberta).

5. Nessa posição o Z se confunde com o S, poiso som das duas letras é semelhante.

Depois da discussão espontânea, peça que obser-vem as palavras da lousa e respondam às pergun-tas. Nelas busca-se a generalização: se a palavraprimitiva terminar em Z, ele permanece. Naquestão 5 damos um alerta: se a palavra primitivaterminar em S, continuará com S quando acres-centarmos mente. Peça aos alunos que desta-quem com lápis colorido essas conclusões no ca-derno, pois são decisivas em momentos de dú-vidas ortográficas. Chamar a atenção dos alunospara o título da atividade; nem sempre a termi-nação -mente é sufixo. Ex.: semente.

Respostas1. a) A única consoante que aparece depois do Z é a letra M.

b) Nessa posição o Z tem o mesmo som de S.

2. Essa resposta depende da escolha feita pelo aluno.Exemplo: atroz + mente.

3. a) velozmenteb) ferozmentec) felizmente

4. Essa terminação indica o modo como se faz algo. (Ascrianças responderão com suas próprias palavras.)

5. A palavra simplesmente vai ser escrita com S porquea primitiva é com S.

TÔMBOLA (p. 251)Objetivos:

• oferecer um instrumento de decisão ao es-crever palavras terminadas em ISAR e IZAR;

• desenvolver o pensamento dedutivo dosalunos.

Estratégia: nosso objetivo ao escolher essa es-trutura do jogo Tômbola é oferecer uma grandeamostra de palavras terminadas em -ESA ou -EZA,o que permitirá às crianças aprender a decidirentre as duas letras (S ou Z) nesse tipo de situa-ção ortográfica.

As regras do jogo já estão descritas no livro doaluno. A correção deve ser coletiva. O profes-sor escreve as palavras na lousa organizando-asem duas colunas: a da letra S e a da letra Z. Emseguida, o professor e os alunos investigam jun-tos para descobrir o maior número de regulari-dades entre as palavras de cada coluna.

As descobertas possíveis dependem de algunsconteúdos gramaticais que os alunos já tenhamvisto ou não, por isso é importante que o pro-fessor verifique o que é o possível para a suaclasse. As conclusões possíveis mais importantespara uma decisão ortográfica estão preparadasnas questões do livro do aluno.

É possível destacar mais regularidades, além dasprevistas nas questões, por exemplo, que são pa-roxítonas, mas, como não são descobertas quepodem ajudar em uma decisão ortográfica, nosabstivemos de formular questões para elas. Sesurgirem espontaneamente na classe, o profes-sor deve registrá-las e depois marcar junto comos alunos as descobertas mais importantes parauma decisão ortográfica.Palavras para a Tômbola:irlandesa inglesa belezafortaleza escocesa portuguesaclareza natureza japonesa

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

124

Page 53: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

calabresa dureza realezafrancesa tirolesa pobrezafranqueza dinamarquesa purezacerteza frieza polonesaesperteza delicadeza fraquezanorueguesa rudeza nobrezadestreza tailandesa chinesariqueza firmeza holandesamontanhesa estranheza altezalibanesa burguesa tristezamoleza javanesa finlandesamalvadeza gentileza

Questão 4:Ao analisarem as palavras terminadas em

ESA, faça-os observar que todas se referem a na-cionalidades: são os adjetivos pátrios. Ajude-os alocalizar em um mapa os países aos quais se re-fere cada nacionalidade.

Questão 5:Existem alguns substantivos terminados em

ESA, mas não são muitos (mesa, sobremesa, ace-sa, surpresa) e alguns títulos de nobreza (princesa,duquesa, baronesa).

Questão 6:Ao destacarem a formação das palavras ter-

minadas em -ESA, chame a atenção dos alunospara o fato de que os adjetivos no masculinotêm acento e no feminino, não. Exemplo: esco-cês – escocesa.

Questão 8:Como cada criança escreveu em sua tabela

apenas dezessete das quarenta palavras ditadas, oprofessor escreverá as quarenta palavras do jogona lousa para a correção, e os alunos utilizarão esseuniverso vocabular para descobrir a palavra esco-lhida por nós. É um jogo de Resta um, que traba-lha basicamente por negação, uma forma de racio-cínio importante de ser desenvolvida nas crianças.Os alunos deverão observar a primeira pista(não é polissílaba) e escrever no caderno apenasas palavras que restam (ou seja, as di ou trissíla-bas). A cada nova dica deverão riscar na lista aspalavras excluídas, de tal forma que após a últi-ma ordem restará apenas a palavra frieza.

Sugerimos que o professor peça às crianças quenão falem em voz alta a palavra descoberta paraque todos possam, a seu tempo, descobri-la.

Respostas1. Todas as palavras terminadas em EZA são subs-

tantivos.2. Nós não encontramos nenhuma.3. Formação das palavras terminadas em -EZA: belo + eza = beleza forte + (al)eza = fortalezapobre + eza = pobreza franco(qu) + eza = franquezadelicado + eza = delicadeza fraco(qu) + eza = fraquezanobre + eza = nobreza destro + eza = destrezarico(qu) + eza = riqueza firme + eza = firmezaestranho + eza = estranheza alto + eza = altezatriste + eza = tristeza mole + eza = molezamalvado + eza = malvadeza gentil + eza = gentilezafrio + eza = frieza

4. Todas as palavras terminadas em ESA são adjetivos.5. Sim. Existem as palavras mesa, sobremesa, acesa,

surpresa, princesa, camponesa, duquesa, consulesa,baronesa. Encontramos essas, talvez existam outras,mas devem ser poucas.

6. Formação de palavras terminadas em -ESA :irlandês + a = irlandesa dinamarquês + a = dinamarquesacalabrês + a = calabresa francês + a = francesapolonês + a = polonesa escocês + a = escocesajaponês + a = japonesa inglês + a = inglesatirolês + a = tirolesa português + a = portuguesachinês + a = chinesa burguês + a = burguesanorueguês + a = norueguesa finlandês + a = finlandesatailandês + a = tailandesa holandês + a = holandesajavanês + a = javanesa libanês + a = libanesamontanhês + a = montanhesa

Quando a palavra primitiva termina em ES, acrescen-ta-se A e retira-se o acento.

7. Conclusões: se a palavra for um substantivo forma-do a partir de um adjetivo, acrescenta-se EZA; sefor um adjetivo que indica origem, terminado emÊS, acrescenta-se + A, se for um título de nobre-za, acrescenta-se ESA. (Com exceção das palavrasmesa e sobremesa.)

8. As crianças vão ler as pistas. Ao eliminar as palavrassobrará frieza.

REDUZINDO... (p. 253)Objetivo: fazer com que os alunos percebamquando a palavra no diminutivo é escrita com Sou com Z. O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

125

Page 54: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Estratégia: os alunos poderão fazê-la como liçãode casa. Poderão descobrir que, quando a pala-vra primitiva já tinha S, como mesa, o S se man-tém. Caso contrário, o diminutivo será formadocom Z, como em nó.

Respostas

1. a) nozinho g) tenisinho n) gazezinha t) coisinha b) gizinho h) casinha o) piazinha u) lapisinho c) arrozinho i) onibusinho p) pezinho v) atlasinhod) papelzinho j) lousinha q) anelzinho x) vasinhoe) azulzinho l) mesinha r) chazinhof) piresinho m) pazinha s) adeusinho

2. Formam o diminutivo com S: piresinho, tenisinho, ca-sinha, onibusinho, lousinha, mesinha, adeusinho, coi-sinha, lapisinho, atlasinho, vasinho. Formam o diminutivo com Z: nozinho, gizinho, arrozi-nho, papelzinho, azulzinho, pazinha, gazezinha, piazi-nha, pezinho, anelzinho, chazinho.

3. a) Como nó: quando a palavra primitiva não terminaem S ou quando já tem Z.

b) Como mesa: quando a palavra primitiva já terminaem S.

4. Resposta pessoal.

DÚVIDA CRUEL (p. 254)Objetivo: fornecer um instrumento de decisãoquando estiverem escrevendo palavras que ter-minem em ISAR ou IZAR.

Estratégia: pedimos novamente que formem aspalavras acrescentando as duas terminações co-mo falantes da língua e, depois, que observem,analisem o que fizeram e encontrem a regulari-dade. Esperamos que essa postura diante da lín-gua se estabeleça e percebam que aprender Por-tuguês (ou qualquer outra coisa!) é um processode investigação, análise e retirada de conclusões.

Questão 1:

O pedido para que escrevam as palavras temdupla intenção: por um lado, despertar a angús-tia, para que o desejo de encontrar uma formade resolvê-la mobilize a busca; por outro lado,trazer uma amostra de palavras que permita a

observação e a generalização em forma de re-gra, solucionando a dúvida gerada.

Pedimos a organização em colunas para faci-litar a visualização e a generalização que será pe-dida na questão 2.

Questão 2:

Atingimos aqui o objetivo da atividade: aoobservar as palavras das duas colunas, as crian-ças poderão concluir que, havendo S na palavraprimitiva, o S se mantém; não havendo, acrescen-ta-se IZAR.

Questão 3:

Ao observarem as palavras das duas colu-nas, faça-os perceber, por meio de perguntas,que todas são verbos e trazem uma idéia de fa-zer algo.

Depois que os alunos tiverem chegado a essaconclusão, o professor pode pedir que observemque essa questão do S na palavra primitiva já apa-receu antes. Onde? Será que esta é uma regra?Sempre que a palavra primitiva tiver S a palavraderivada manterá o S, e quando não tiver S, a pa-lavra derivada será com Z? Poderão lembrar-sede que já viram o mesmo com os sufixos INHOe MENTE.

Respostas

1. Coluna das palavras terminadas em ISAR:

analisar pisar pesquisarreprisar avisar improvisar

Coluna das palavras terminadas em IZAR:

industrializar sintonizar localizarfinalizar caracterizar esquematizarutilizar oficializaramenizar vaporizar

2. Quando a palavra primitiva tem S na última sílaba,escrevemos ISAR, quando não tem S escrevemosIZAR.

3. São verbos e trazem a idéia de tornar ou fazer. Exem-plo: oficializar = tornar oficial; pesquisar = fazer pes-quisa.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

126

Page 55: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

CADÊ O RESTO? (p. 255)Objetivo: ajudar os alunos a decidir quando es-crever DES ou DEZ no início de palavras.

Estratégia: pretendemos que cheguem à con-clusão de que as palavras com DEZ são poucase todas são derivadas de dez (10). Mesmo de-zembro, que as crianças não reconhecem nessaregra, faz par te, pois dezembro era o décimomês do ano, só passando a décimo segundo poruma alteração posterior do calendário. Se hou-ver interesse das crianças, sugerimos que sejafeita uma pesquisa sobre a história do calendá-rio e dos meses.

Outra observação interessante de se fazer é pelanegação: se apenas palavras derivadas de dez sãoescritas com Z, todas as outras serão com S.

Poderão também observar que o DES pode per-tencer ao radical da palavra ou ser um prefixo. Sefor prefixo, traz um sentido de desmanchar, des-fazer e existe uma palavra primitiva sem ele.Aospoucos as crianças vão construindo a teia da lín-gua, onde gramática, ortografia e significado for-mam um todo, e nesse todo cada componentedá sustentação para o outro.

Respostas

1. Palavras que começam com DES:

desativar desordem desocupado

desastre desenvolver desenho

deserto desejo

Palavras que começam com DEZ:

dezena dezessete dezenove

dezesseis dezoito

2. Todas são derivadas de dez, todas são numerais e to-

das têm Z.

3. Sim, existem as palavras dezembro, dezembrino e de-

zembrada, que também são derivadas de dez, têm Z,

mas não são numerais.

4. a) Dá o sentido de desfazer, desmanchar o que já existia.

b) Desativar, desenvolver e desocupado.

5. Há muito mais palavras iniciadas por DES.

6. Somente as palavras derivadas da palavra dez sãoescritas com DE + Z. As outras são com DE + S.

ROSA CHEIROSA (p. 256)Objetivo: fornecer um instrumento de decisãopara escrever palavras terminadas por OSO/Aou OZO/A.

Estratégia: peça que se organizem em dupla ereescrevam a carta de Pedroso.

Pedroso é um homem apaixonado e romântico.Ao reduzirem o número de palavras, todas terãoa terminação OSO. Corrija-as com a classe e, de-pois, eles continuam respondendo às questões.Acreditamos que terminada a atividade ninguémmais tenha dúvida ao escrever palavras termina-das em OSO/OZO!

As perguntas propostas os levarão a perceberque todas as palavras são adjetivos. Aproveite aocasião para retomar o conceito com eles, senecessário.

Além da classe gramatical, na questão 4 com-preenderão que o sufixo OSO traz a idéia de “cheio de”,“com muita”.

Na questão 6, são levados a observar que nãoexistem adjetivos terminados em OZO.Aliás, nempalavras de outras classes gramaticais (apenas gozo,Bozo e algumas pouco conhecidas são escritascom Z).A partir dessa constatação poderão tiraruma conclusão útil e importante num momentode dúvida ortográfica: todas as palavras terminadasem OSO são escritas com S e não com Z.

Na questão 8, Rosa Cheirosa responde à cartade Pedroso. Aconselhamos o professor a conver-sar com as crianças sobre ela. “Como é a Rosa?Como será que reagirá à carta?” Antes de maisnada, aproveite a ocasião para ajudá-los a pensaro quanto da personalidade da personagem é re-velado na escolha das palavras que ela diz.

Depois, vale a pena as crianças lerem suas res-postas em voz alta.Além de dar sentido para a es-crita, acreditamos que todos se divertirão muito. O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

127

Page 56: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Respostas

1. e 2. Estou saudoso dos seus beijos calorosos. Você éuma mulher talentosa, charmosa, bondosa. Ima-gino que vida maravilhosa teria a seu lado e, porisso mesmo temeroso, mas esperançoso, pergun-to: Quer se casar comigo?Um abraço carinhoso e um beijo gostoso do seunamorado amoroso. Pedroso.

3. São adjetivos.

4. OSO/OSA

5. Significado: “cheio de”, “com muito”.

6. Da mesma classe gramatical nenhuma palavra; de ou-tra classe só gozo (que pode ser substantivo ou verbo),Bozo e bozó (substantivos) e algumas palavras poucoconhecidas.

7. Ao escrever adjetivos terminados em OSO/OSA,uso sempre a letra S.

8. Resposta pessoal.

CONFUSÃO NO PORTO!!! (p. 257)Objetivo: fornecer uma amostra de palavras eum caminho de classificação para que possamperceber quando usar S ou Z em palavras ter-minadas em ÃO.

Estratégia: a atividade é simples e pode ser reali-zada como tarefa de casa, desde que o professor,no dia seguinte, faça a correção em classe e des-taque no caderno a conclusão a que chegaram.

Como as questões são objetivas, nós nos absti-vemos de comentar uma a uma. Destacamosapenas na questão 2 a importância de o profes-sor perguntar o que as palavras que formaram oaumentativo com S têm em comum. Poderão ve-rificar que todas terminavam em S no grau nor-mal (português, francês, chinês, adeus). E as pala-vras que fizeram o aumentativo com Z, o que têmem comum? Nenhuma delas tem o S no graunormal. Dessa forma as crianças terão um crité-rio de decisão para escolher S ou Z quando for-marem aumentativos.

Respostas

1. a) O píer S.

b) Não encontramos mais nenhuma. Caso os alunosencontrem, escreva-as.

c) Se a palavra não estiver no aumentativo e terminarem ÃO, devo usar S, com exceção de alazão e razão.

2. a) Terminam em SÃO quando a palavra de origemtem S na última sílaba.

b) Terminam em ZÃO quando a palavra de origempossui S.

PAINEL?ÃO (AGORA VOCÊ JÁ SABE SE É COM S OU Z!) (p. 259)Objetivos:

• confrontar as descobertas feitas sobre a le-tra Z em comparação com o S entre vo-gais, a fim de verificar sua validade;

• desenvolver o espírito de pesquisa.Estratégia: o professor fixa um papel bem gran-de e com espaço organizado para a fixação daspalavras. Entrega os envelopes para as equipes epede que abram, procurem as palavras que se en-caixem nos casos estudados, colem-nas. Deverãosobrar muito poucas palavras fora das análises jáfeitas. Para essas palavras não há regras, é precisorecorrer à memória. Por isso, sugerimos ativida-des interessantes de memorização.

ZUMMM... SEJA VELOZ! (p. 260)Objetivo: fazer a sistematização da grafia de pa-lavras com Z e S com som de Z.Estratégia: esse é um jogo de percurso que de-manda boa capacidade de decisão ortográfica.Deixe que leiam as regras e expliquem paravocê. Depois, é só jogar!

RespostaO

bjetivos e orientações específicas – gramática e ortografia

128

1. gostoso2. pesquisar3. —4. adjetivo5. avisar6. acesa7. leveza8. —9. firmeza10. famosa11. chinesa12. Porque apalavra firme nãotem S no final.13. maravilhosa

14. surpresa15. confusão16. —17. perigoso18. beleza19. Porque apalavra chinêstermina em S.20. —21. dureza22. estudioso23. inglesa24. industrializar25. televisão26. —

27. pezão28. fortaleza29. cheirosa30. duquesa31. —32. turquesa33. ilusão34. saboroso35. Porque a terminação OSO/A é sempre com S.36. alteza37. talentosa38. alisar

Page 57: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Observe em textos e respostas do cader-no de seus alunos se eles ainda precisam demais sistematização das questões ortográficastrabalhadas até aqui. Caso precisem, crie ou-tras questões usando o vocabulário e o inte-resse da classe ou projetos que estejam sen-do desenvolvidos em sua escola.

Módulo XIV – “Mix” ortográfico (p. 264 a 281)

Algumas considerações

Ao analisar os erros de grafia dos alunos des-sa faixa de escolaridade, observamos que algunsapareciam sistematicamente. Optamos por agru-pá-los em um único módulo e preparar atividadesque tivessem um caráter de geração de aspectospontuais e sistematização dessas questões, sem aabertura de investigações mais amplas do sistema.Esperamos com isso ajudá-los nessa difícil tarefade grafar palavras corretamente em Português!

Sistematizando palavras iniciadas por

CE/SE; CI/SI

Outro erro muito freqüente entre alunosdessa faixa de escolaridade concentra-se em pa-lavras iniciadas por S/C mais E/I (escrevem: ce-mana, sinema, cegredo, etc.). Fizemos uma pes-quisa exaustiva no dicionário em busca de regu-laridades e observamos que o pensamento maisinteressante a desenvolver é o da comparaçãoquantitativa entre os inícios (S/C), aliado ao re-curso de pensar por palavras primitivas e deriva-das. Preparamos algumas atividades de desco-berta e sistematização, que não pretendem es-gotar a necessidade dos alunos em relação aotrabalho com essas duas letras. Esperamos, por-tanto, que o professor crie novas atividades utili-zando o vocabulário de seus alunos, ou seja,usando palavras colhidas em levantamentos or-tográficos dos escritos de sua classe.

Oferecemos algumas sugestões no própriolivro; crie também outras!

TORTO (p. 264)Objetivo: fazer os alunos perceberem quequando CE/CI e SE/SI são seguidos da consoan-te G, há mais palavras iniciadas por SEG do quepor CEG.

Estratégia: a resolução do jogo Torto exige a uti-lização de pensamento operatório e um exce-lente nível de conhecimento da estrutura orto-gráfica da língua, além de trabalhar com a per-cepção e a organização espacial. É uma atividadeque leva a criança a buscar sempre novas estra-tégias de solução diante de uma dificuldade, pro-cedimento fundamental em relação às situaçõesda vida. Nessa medida, mais ainda do que pelouniverso de palavras que ele levanta, é um jogorico pelo conjunto de aspectos que desenvolve.

Encontrado o universo de palavras iniciadas comCE/SE e CI/SI, pedimos na questão 2 que escre-vam somente as palavras que tenham estas síla-bas iniciais seguidas de G, para que possam ob-servar novamente a regularidade: SEG e CIG .

Se o professor desejar, poderá pedir, como liçãode casa, que as crianças encontrem mais palavraspara essa tabela. No dia seguinte, reunirá os alu-nos em grupos para que socializem as palavras efaçam as descobertas solicitadas nas perguntas.Com esse procedimento, o professor ganharátempo em sala de aula, sem perder os objetivospropostos.

Nas questões 3 e 4, o objetivo é que eles perce-bam que há muito mais palavras iniciadas porSEG do que por CEG.

Em relação aos inícios SIG/CIG, há equivalêncianumérica, mas são poucas as palavras dos doisgrupos, portanto vale a pena fazer um levanta-mento das palavras mais conhecidas e das ativi-dades de sistematização dessas grafias.

Respostas

1. Palavras que não são seguidas de G: semente, cedi,cine, cerume, ceda (ver ceder), cedido, cinta, cintada,ciro, etc. O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

129

Page 58: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

2. Possibilidades de palavras com SEG/CEG e SIG/CIGencontradas no jogo.

CEG SEG CIG SIGcego segmento cigano signocega segmenta cigana siglacegar segmentado cigarracegonha segmentada cigarro

segmentarsegundosegredarseguirsegregasegregarseguidoseguidaseguindoseguresegmentadorsegureiseguinteseguidoraseguidorsegue

3. Palavras iniciadas por CIG são apenas: cigalho, deri-vadas de cigano (ciganada, ciganear, ciganice), ci-garra e derivadas de cigarro (cigarrar, cigarreira, ci-garrilha).

Palavras iniciadas por SIG: sigilo, sigilismo, sigilista,siglologia, etc. (há várias).

4. Existem muito mais palavras com SEG do que com CEG.

5. Há muito poucas palavras iniciadas tanto por CIG quan-to por SIG, mas há mais palavras iniciadas por SIG.

PASSO A PASSO (p. 265)Objetivos:

• levar os alunos a descobrir que os inícios depalavras SIL e CIR são mais freqüentes doque CIL e SIR.

• desenvolver o raciocínio por dedução.

Estratégia: essa proposta foi elaborada a partirde uma simplificação de um jogo antigo chama-do Eleusis. Para solucionar o jogo, os alunos de-vem se reunir em equipes. Quando alguma des-cobrir qual o segredo da seqüência, chama o pro-

fessor e fala baixinho para que os outros tambémpossam pensar e encontrá-lo.

Enquanto os grupos estiverem discutindo, o pro-fessor vai circulando pela classe, mas não deve dardicas que facilitem, a não ser que ninguém descu-bra e ele observe que os alunos estão angustia-dos com a dificuldade de encontrar a resposta.

A comparação que fazemos entre CIR/SIR eSIL/CIL é apenas quantitativa. Levante com elesas palavras mais comuns dos dois grupos e façaatividades de sistematização.

Como jogar:

1. No Passo a Passo um dos jogadores pensauma seqüência e coloca duas cartas.

2. O jogador seguinte levanta uma hipótese dequal seria a seqüência e coloca uma carta.

3. Se a carta estiver correta, põe mais uma. Se es-tiver errada, é anulada. O jogador deve refor-mular sua hipótese e tentar uma nova carta.

4. O jogo prossegue assim até que o jogadoradivinhe o segredo da seqüência.

É, sem dúvida, um excelente exercício de ra-ciocínio e um delicioso divertimento!

Respostas

1. O segredo da seqüência pensada por Marquinhos éque as palavras deveriam começar por SIL e CIR alter-nadamente.

2. Poderão observar que há mais palavras iniciadaspor CIR do que por SIR e mais palavras iniciadaspor SIL do que por CIL.

COQUETEL DE LETRAS (p. 268)Objetivo: promover a sistematização da grafia depalavras iniciadas por SE/CE.

Estratégia: para decidir qual letra deve ser usadaem cada espaço, os alunos deverão articular asleis possíveis no sistema da escrita a palavras queexistem e, portanto, que tenham significado. De-verão trabalhar também com pensamento deexclusão: onde houver mais de um possível, te-rão de pensar uns pelos outros para escolher

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

130

Page 59: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

cada um. Enfim, divertido e inteligente é o co-quetel que oferecemos a vocês.

Sugerimos que a atividade seja realizada em clas-se, em duplas ou trios e, caso o professor perce-ba que as crianças estão ficando agitadas ou de-sanimadas porque não acham a resposta, podeiniciar a solução pensando com elas na lousa.Descoberto o caminho, deixem que voltem atentar nas equipes.

Eis aqui um caminho de solução:• É necessário começar pela penúltima colu-

na, porque o R só cabe na 6a linha. (Depoisde H e Ç não é possível haver R.)

• O Ã tem chances muito maiores de caber na9a linha, o que desencadeia a decisão de usara letra O da última coluna logo após o Ã.

• Assim sobra apenas a 5a linha para a letraO da penúltima coluna, e a letra A da últi-ma coluna caberá na 2a linha.

• Na 5a linha é necessário que após o Q ve-nha a letra U.

• Antes do H só pode vir o L que está nataça (porque não há nem C nem N dispo-níveis).

• Assim, conclui-se que a palavra da 5a linhaé sequilho.

Se o professor fizer esse início de raciocínio,os alunos poderão entender o “espírito” da idéiae continuar sozinhos.

As palavras são, na seqüência das linhas:

Resposta

1a linha – celeiro 6a linha – seqüestro2a linha – segurança 7a linha – célula3a linha – cegueira 8a linha – segredo4a linha – cesta 9a linha – separação5a linha – sequilho 10a linha – sexta

CONGELA!!! (p. 269)Objetivo: fazer a sistematização da grafia de pa-lavras iniciadas por S/C.

Estratégia: o professor deverá organizar a classeem equipes de quatro elementos e sortear car-tões que indicarão a letra com a qual cada gru-po deverá escrever no caderno as 21 palavras da

lista iniciadas pela letra sorteada para sua equi-pe. Para que o jogo fique equilibrado, metadedos cartões deve ser com palavras com a letraS e a outra metade, com palavras com a letra C.

O objetivo do jogo é que a equipe encontre nalista as 21 palavras que devem ser completadascom a letra sorteada (S ou C), no menor tempopossível.

Procedimento durante o jogo:

1. Cada grupo completa com a letra sorteada 21palavras das 42 da lista, escrevendo-as em seucaderno.

2. O grupo que encontrar e completar primeiroas 21 palavras grita: Congela! Imediatamentetodos os grupos congelam (ninguém pode es-crever mais nada), enquanto o professor con-fere se as palavras foram completadas corre-tamente.

3. Se as palavras estiverem grafadas corretamen-te, este grupo é o vencedor, e o jogo podeprosseguir até que surjam o 2o e o 3o coloca-dos.

4. Se houver alguma palavra escrita errada na lis-ta, o professor avisa que há erro, mas não dizonde. O grupo tem uma nova chance e a clas-se toda descongela, retomando o jogo.

5. Cada grupo tem no máximo duas chances degritar Congela! Na terceira vez, se houver erro,o grupo será desclassificado.

6. Terminado o jogo, a correção é feita coletiva-mente e todos escrevem corretamente suaslistas. Nesse momento todos escrevem a listainteira, tanto das palavras com S quanto daspalavras com C.

O professor poderá utilizar essa estratégia comdiferentes palavras e diferentes dificuldades or-tográficas.

Outro modo de jogar o CONGELA!!!

O professor combina com a classe que elefalará uma palavra da lista. Se ela começar por C,todos ficam em pé; se ela começar por S, todosdevem agachar. Vai falando as palavras e quem O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

131

Page 60: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

faz errado (agacha quando deveria ficar em pé,ou fica em pé quando deveria agachar) vai cain-do fora.Vencem os alunos que ficarem no jogoaté o término das palavras.

Esta forma de jogar é mais dinâmica, os alu-nos costumam preferir e pode ser repetida váriasvezes, com diferentes dificuldades ortográficas.

Resposta

1. centavo 15. cereal 29. serenata2. cedinho 16. seguinte 30. cérebro3. secreto 17. sertanejo 31. seguro4. cenário 18. cerca 32. semanal5. seqüestro 19. separação 33. celofane6. cedilha 20. sensação 34. celulite7. semente 21. seco 35. sentença8. cerâmica 22. segredo 36. cegueira9. seqüência 23. cédula 37. cesariana

10. segunda 24. sempre 38. senhora11. celestial 25. sereia 39. centímetro12. centro 26. século 40. centopéia13. censura 27. cereja 41. sessenta14. seta 28. celular 42. setembro

PINTANDO AS SETE (p. 270)Objetivo: levar os alunos a pensar por família depalavras quando tiverem possibilidades equiva-lentes de uma palavra ser iniciada por C ou S.Essa é uma estratégia de pensamento bastanteeconômica.

Estratégia: a atividade em si é simples, mas écomplicado reconhecer as sete famílias; portan-to, peça aos alunos que realizem a atividade emduplas ou trios. Deixe que tentem, precisarãocontrolar alguns dados: são cinco palavras emcada família, há algo em comum no sentido, háuma parte na grafia da palavra que se mantémem cada família. Como conclusão espera-se que,sabendo uma palavra da família, é possível sabertodas! Esse é um interessante recurso de pensa-mento em momentos de dúvida ortográfica.

É interessante que o professor crie outras situa-ções para que eles verifiquem a eficiência desse

recurso de pensamento em outras palavras. Su-gerimos, por exemplo, que o professor peça,como lição de casa, que descubram mais duaspalavras que tenham mais três derivadas; ou quedescubram a palavra com o maior número pos-sível de derivadas.

Respostas

1 e 2. (a palavra de origem está em destaque)

Cor 1 círculo – circunferência, circular, circulatório,circuito, circulação.

Cor 2 certo – certificado, certidão, acertar, certeza, in-certo.

Cor 3 servir – servo, serviço, servente, servil, servidor.

Cor 4 cem – centena, cento, centésimo, centenário,centavo.

Cor 5 centro – centralizar, concentrado, central, ex-cêntrico, centrado.

Cor 6 sinal – assinalar, sineta, sinaleiro, sinalizar, si-nalização.

Cor 7 seis – sexto, dezesseis, sessenta, sêxtuplo, sex-teto.

3. Sim, porque as palavras de uma mesma família são es-critas com as mesmas letras da palavra que serviu deorigem. Exemplo: círculo é com CI, então circular tam-bém é com CI.

4. cidade – cidadela, cidadão, cidadã, cidadania, cida-dezinha, citadino.

DOU UMA, MAS QUERO QUATRO! (p. 271)Objetivo: promover a sistematização das famíliasde palavras como recurso ortográfico e amplia-ção de vocabulário.

Estratégia: distribua os papeizinhos com as pa-lavras de origem para cada equipe e dê a lar-gada. Quem conseguir escrever quatro palavrascorretas da mesma família diz “Stop” e é feita aconferência. Cada palavra que cada equipe ti-ver formado vale um ponto. Vence a equipeque, no final das rodadas, tiver conseguido maispontos.

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

132

Page 61: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Sugestão de palavras para o jogo:

Camisa: camiseiro, camisaria, descamisado, ca-misinha, camiseta, camisão, encamisado

Cabeça: cabecinha, cabeção, descabeçado, en-cabeçar, cabeçalho

Laço: enlace, desenlace, enlaçado, lacinho, la-ção, laçarote

Bagunça: bagunceiro, bagunçado, bagunçar,baguncinha

Atenção: atencioso, desatento, desatenção,atenciosamente

Cruz: cruzeiro, cruzado, encruzilhado, descru-zar, cruzar, cruzadinha

Riso: sorriso, risada, risonho, risadinha, risível

Folha: folhinha, folhão, desfolha, folheado, fo-lheto, folhetim

Visão: visor, vista, televisão, viseira, vidente, vi-sionário, visar, avistado

Caroço: encaroçado, caroçudo, carocinho,descaroçar, caroção

Baixo: baixinho, abaixado, rebaixado, debaixo,baixar, baixeza, embaixo.

Próprio: impróprio, propriedade, proprietário,desapropriado, apropriado

Império: imperador, imperatriz, imperioso, im-perial, imperativo

COLORES COLOREZ (p. 272)Objetivos:

• dar um panorama geral das possibilidadesde representação dos sons /S/ e /Z/ anali-sados até então;

• desenvolver o pensamento por dedução.

Estratégia: reúna os alunos em equipes e peçaque tentem descobrir o critério pensado pornós para fazer a classificação das palavras. Comoa dica indica que ele tem a ver com som, peçaque leiam as palavras em voz alta, um grupo de-las de cada vez. Encontrada a solução, peça querespondam às questões do livro. O levantamen-to de possibilidades de representação de um

som é fundamental, pois muitas vezes eles nãoadmitem que determinada letra também possarepresentar aquele som e, por isso, erram siste-maticamente determinadas palavras.

Como sempre, no momento da correção ouçaquem respondeu diferentemente e aproveite aatividade para tirar dúvidas e esclarecer conceitos.

Respostas

1. O som /S/ pode ser representado por:Ç como em lençol, caçula e maçanetaC como em decadênciaS como em castor, sessenta, transbordar e pulsoZ como em feliz e velozmenteX como em texto, máximo e externoXC como em exceçãoSC como em nascimento

2. O som /Z/ pode ser representado por:Z como em cozinheiro, dezenove, azarado e zangadoX como em exagero e exibidoS como em casamento e presunto

3. As letras que podem ter tanto o som /Z/ como o som/S/ são o Z, o S e o X.

4. a) A letra S tem o som [S] quando está nas seguintesposições:

entre vogal e consoante: ( V + S + C ) – castelo

duplo entre duas vogais: ( V + SS + V ) – passarinho

entre consoante e vogal: ( C + S + V ) – corsário

entre consoantes: ( C + S + C ) – transportar

b) Somente quando está sozinho entre duas vogais –presunto.

CHARADA (p. 273)Objetivos:

• fazer a sistematização das diferentes repre-sentações do som /S/;

• desenvolver estratégias de dedução no pro-cessamento textual.

Estratégia: omitimos as vogais e as diferentes re-presentações do som /S/. Eles terão de, pelo nú-mero de letras, pelo sentido parcial da frase epelas leis do sistema ortográfico, descobrir o que O

bjet

ivos

e o

rient

açõe

s es

pecí

ficas

– g

ram

átic

a e

orto

graf

ia

133

Page 62: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

está escrito. Depois, é só observar as letras quesubstituíram os “presentinhos” e retomar as di-ferentes representações do som /S/.

Respostas

No bilhete está escrito:

Se você tivesse de descobrir uma saída para estacilada, como você encontraria uma solução para talmistério?

Aquecendo a cabeça. Experimente!!!

1. É o som /S/.

2. São as letras S, C, SS, Ç e X.

EXQUIZITU?!!! (p. 274)Objetivos:

• ressaltar o quanto o sistema ortográfico temsustentação própria, nem sempre depen-dente do significado;

• fazer uma revisão geral das principais regrasde ortografia.

Estratégia: a ortografia é um sistema formadopor leis de composição interna que o estrutu-ram. É esse sistema que temos tentado desnu-dar para as crianças, ao elaborarmos atividadescomo esta, de uma língua inexistente. É o caso,por exemplo, da regra que diz que antes da le-tra D marca-se a nasalização com N. Essa regraé válida independentemente do significado dapalavra na qual ela é utilizada. Ao procedermosassim, rompemos com uma idéia arraigada nascrianças e adultos de que a ortografia é algo in-consistente, sem organização interna e sobre aqual não é possível refletir nada, apenas decorarregras ou memorizar palavras.

As regras de como jogar já estão descritas no li-vro do aluno. Peça que expliquem como jogar afim de garantir que todas as regras tenham sidocompreendidas, e depois deixe que joguem à von-tade, vá apenas circulando pela classe para resol-ver eventuais problemas que possam aparecer.

Respostas

1. A palavra correta é toixunga.ezetecre – não há palavras iniciadas por EZ.

anrralho – não há RR entre consoante e vogal; RR sóaparece entre duas vogais.onxebrim – não há palavras iniciadas por ONX.exlimbror – depois de EX só aparecem P, T, C, nunca L.

2. A palavra correta é exucar.açelim – não há palavras com ÇE.osopach – não há palavras terminadas em CH.inxuglovez – não há palavras iniciadas por INX.feszulmil – não há Z precedido de consoante.

3. A palavra certa é jaçoquefa.canpox – antes de P usa-se sempre M, não N.tengaj – não há palavras que terminem em J.luqranejo – depois de Q sempre é preciso aparecer U,nunca R.canssim – não se usa SS entre consoante e vogal.

4. A palavra correta é unrevis.çofequista – não há palavras iniciadas por Ç.fenmieu – não há N seguido de M.olhducre – não há LH seguido por consoante.hovatruss – não há palavras terminadas por SS.

CAÇA ÀS BRUXAS OU CASSA ÀS BRUCHAS? (p. 276)Objetivo: fazer a sistematização da grafia de pa-lavras com os sons estudados: /S/, /Z/, /X/.

Estratégia: peça aos alunos que se reúnam emequipes de 3 ou 4 e proíba o uso do dicionário.Cada equipe deve tentar descobrir a palavracorreta das tabelas por seu conhecimento lin-güístico. No momento da correção, procure pe-dir justificativas orais do porquê eliminaram aspalavras: será uma excelente revisão de tudo oque foi estudado. Se quiser deixar mais atraen-te, transforme a atividade em jogo, dando pon-tos para cada palavra correta e/ou para cadajustificativa.

Respostas

A grafia correta em cada cartela é:1. exercício2. concentração3. excelente4. lição de classe

Objetivos e orientações específicas – gram

ática e ortografia

134

Page 63: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

5. consciência6. assassino7. resistência8. adolescência9. exceção

OS PRIMEIROS RABISCOS DO HOMEM (p. 278)Objetivos:

• desenvolver no aluno o papel do revisor ;• fazer uma revisão geral de questões orto-

gráficas que costumam aparecer nas pro-duções das crianças.

Estratégia: essa atividade é para ser feita indivi-dualmente, em dias diferentes, se necessário. Nelaos alunos deverão exercitar sua capacidade deobservar a forma como as palavras estão grafa-das, exercício fundamental para que possam revero que escrevem. Na correção procure levantar re-gras ortográficas e discutir as dúvidas que apare-cerem. Procuramos contemplar um número gran-de de dificuldades para ampliar essa discussão.

Respostas

1º desafio – As palavras com erro de ortografia são:

chamadas, começaram, história, dessas, também, vi-veram, muito, expostos, principalmente, existem, gran-des, tribos, hoje e visse.

2º desafio – As palavras lacunadas escritas corretamen-te são:

começava, assim, alcançar, caçar, enfeitiçado, dessa,caça e facilmente.

3º desafio – As palavras que deviam ser escritas juntosão: ainda, adoração, daquela, época.

As palavras que deviam estar separadas são: só que,por exemplo.

FURACÃO (p. 281)Objetivo: levar os alunos a analisarem quandousar U/O e I/E em final de palavras, e especial-mente em final de verbos.

Estratégia: organize a classe em equipes e distri-bua papeizinhos com as letras que eles deverãousar para completar suas palavras. Em um grupode papéis escreva: E/O, em outro grupo escrevaI/U. Depois de completadas, corrija as palavras nalousa, organizando-as em colunas pela letra final.Depois, peça que observem cada coluna e rela-cionem letra final, pessoa e tempo verbal.

Respostas:

Poderão concluir que:• Com E: parede, sorridente, sempre, consegue, abre,

quente, permite, compadre, sente.

• Com I: desisti, consegui, abri, senti, dormi, competi,sagüi.

• Com O: mercúrio, emprego, saio, pego, estrago, perdi-do, abro.

• Com U: surgiu, amanheceu, saiu, ouviu, conseguiu,abriu, partiu, permitiu.

Poderão descobrir que:

• quando for 1a pessoa do presente (eu), termina em O;

• quando for 3a pessoa do presente (ele), termina em E;

• quando for 1a pessoa do passado (eu), termina em I;

• quando for 3a pessoa do passado (ele), termina em U.

Obj

etiv

os e

orie

ntaç

ões

espe

cífic

as –

gra

mát

ica

e or

togr

afia

135

Page 64: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Apêndice

Usando o dicionárioO trabalho com o dicionário teve início no

volume da 1a série com a descoberta de seu usocomo um recurso de decisão ortográfica. As ati-vidades propostas naquele volume estiveramcentradas nos seguintes objetivos:

• descobrir a organização do dicionário porordem alfabética, considerando a primeira,a segunda e a terceira letra de uma pala-vra, sucessivamente;

• descobrir a estrutura de organização;• desenvolver recursos de busca rápida de

palavras no dicionário. (Se não houver cer-ta agilidade na consulta, o dicionário torna-se mais um problema do que uma solução.)

No volume da 2a série, ampliamos o uso dodicionário como recurso de descoberta de signi-ficado.As crianças trabalharam simultaneamentecom dedução de sentido pelo contexto e compolissemia.Viram que o dicionário trazia todos ossentidos possíveis de cada palavra e que elas de-veriam analisar qual sentido era viável em um de-terminado contexto.Verificaram também comoencontrar palavras que estavam no texto de umaforma e no dicionário de outra, como no caso defemininos, aumentativos e diminutivos.

No volume da 3a série pretendemos ampliaro uso do dicionário nas seguintes direções:

• Descobrir que o dicionário informa a clas-se gramatical das palavras, assunto que serádesenvolvido neste volume.

• Verificar que ele informa a maneira comoa palavra se formou e sua origem.

• Utilizar o dicionário como fonte de pesqui-sa ortográfica, para verificar se descobertasfeitas nas pesquisas são válidas, confrontan-do-as com hipóteses.

• Descobrir os símbolos e as informaçõesgerais que o dicionário traz.

Esses objetivos devem estar presentes na ca-beça do professor, pois, acima de tudo, é no usoinformal e cotidiano do dicionário que eles serãoatingidos.Vamos sugerir algumas atividades de in-vestigação específica e esperamos que o profes-sor sistematize as descobertas no dia-a-dia.

Como introduzir novas informações

contidas no dicionário

Retome com eles tudo o que já sabem so-bre o dicionário: para que serve, estratégias debusca e tudo o que souberem de interessante.Depois, peça que se reúnam em duplas, peguemo dicionário e comecem a folheá-lo, página porpágina, analisando o que aparece, os símbolosque ele contém, levantando hipóteses de signifi-cado desses símbolos.Vá discutindo o que é e oque significa cada um deles. O dicionário queutilizamos para análise foi o Novo dicionário daLíngua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Holan-da Ferreira, Editora Nova Fronteira, 2a edição,revista e aumentada. Caso as crianças estejampesquisando em outro dicionário, é necessárioo professor adaptar nossos comentários às in-formações e símbolos presentes no exemplarque elas têm.

Durante o trabalho poderão surgir pergun-tas do tipo:

• O Aurélio escreveu tudo sozinho ou outraspessoas o ajudaram?

• Ele conhece todas as palavras da língua?• O que é prefácio? (Vale a pena ler o do Au-

rélio. É muito interessante.)• O que são essas letras que aparecem depois

das palavras? (São abreviaturas das classesgramaticais ou indicações de origem das pa-lavras.)

• O que são esses numerozinhos que apare-cem elevados ao lado de algumas palavras,como A–2 + COMPADRE + –AR2?

• Por que às vezes aparecem letras acentua-das entre parênteses depois de algumas pa-lavras, como em cachorro (ô)?

Apêndice

136

Page 65: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

E muitos outros símbolos que aparecem nosverbetes de um dicionário podem ser questio-nados.

O professor deve sempre procurar levar osalunos a tentar descobrir pelo contexto o quesignificam os símbolos que encontram e, casoninguém descubra, dar a informação.

Uma vez descober tos os símbolos, ascrianças poderão descobrir que o dicionário,além de informar a or tografia das palavras, in-forma o sentido, a origem, a classe gramatical,a maneira como se formou, o gênero, o núme-ro, o grau, as expressões regionais ou de áreasespecíficas do conhecimento. Com todas essasdescober tas as crianças poderão ter o dicio-nário como um recurso de pesquisa muitomais amplo e significativo do que normalmen-te é utilizado.

Além de todos esses usos, o dicionário seráimportante recurso de pesquisas ortográficas,como está minuciosamente explicado nos mó-dulos de ortografia.

Sugestões de jogos ortográficos para sistematização

1. Jogos de StopOs jogos de Stop são altamente lúdicos, cos-

tumam mobilizar muito as crianças e caracteri-zam-se por pedirem uma tarefa que deverá sercumprida em um prazo curto. Cada um dos ti-pos de Stop propicia uma forma própria de atua-ção e tem um objetivo específico. Assim, o pro-fessor poderá escolher o jogo adequando-o aosconteúdos a serem trabalhados.

Stop ortográfico

Objetivos pedagógicos:

1. Sistematizar dificuldades ortográficas que oprofessor considerar relevantes.

2.Trabalhar com a imagem mental das palavras.

3. Acionar o vocabulário ativo e passivo dosalunos.

4. Revisar conteúdos gramaticais (tonicidade,classes gramaticais e outros).

5. Utilizar as descober tas e regras que os alu-nos tenham feito sobre Ortografia e/ou Gra-mática.

Como jogar: Cada aluno ou equipe deve teruma folha com um quadriculado grande, que po-de variar de tamanho dependendo da faixa etá-ria que estiver jogando.

Por exemplo: Jogo com 16 palavras

1. Pedir aos alunos que façam uma tabela de 4� 4 quadrinhos, que deve ser preenchida daseguinte forma:

a) na 1a linha superior, colocam-se as dificul-dades a serem trabalhadas. É importantenotar que o objetivo do jogo é encontrarpalavras que tenham essa(s) letra(s) ou di-ficuldades, e não palavras que comecemcom elas;

b) na 1a coluna da esquerda, completar osespaços indicando o campo semântico aque as palavras pertencem, e que podemvariar segundo os interesses das crianças.

Os alunos gostam de universos vocabularestais como CEP (cidade, estado ou país), mar-cas de carros, frutas, animais, partes do corpohumano, objetos de uma casa ou de um es-critório ou, ainda, palavras oxítonas, paroxíto-nas, proparoxítonas, substantivos, verbos, ad-jetivos, etc.

2. A um sinal do professor, as equipes devempreencher os quadrados, de acordo com oque é pedido na 1a linha e na 1a coluna.

3. Não vale escrever mais de uma palavra porquadrinho.

4. A primeira equipe que terminar de preenchera tabela deve dizer : “Stop”, e todas as outrasparam imediatamente de escrever. Ap

êndi

ce

137

Page 66: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Apêndice

138

Exemplo de tabela:

CH Ç SS S X

CIDADES

ESTADOS

PAÍSES

ANIMAISCARROS

Correção e contagem dos pontos

Para a correção, fazer colunas na lousa, deacordo com o número de equipes. Os alunos de-vem permanecer organizados em equipes, e umaluno de cada equipe se levanta e vai escrever apalavra na lousa, na coluna correspondente à deseu grupo.A cada novo pedido, pode-se solicitarum outro aluno da equipe para escrever na lou-sa, de tal forma que todos possam ir até ela.

Conforme os alunos vão escrevendo suaspalavras, o professor já vai anotando os pontosde cada grupo. Vence o grupo que obtiver omaior número de pontos na tabela.

Para a contagem dos pontos, devem-se ob-servar os seguintes critérios:

• Se dois ou mais grupos escreveram a mes-ma palavra, três pontos para cada grupo.

• Se um único grupo escreveu aquela pala-vra, cinco pontos para esse grupo.

• Se um único grupo conseguiu preencheraquele quadrinho e os outros deixaram embranco, esse grupo recebe dez pontos.

• Se o quadrinho ficou em branco ou a pa-lavra escrita apresentava algum erro nagrafia, nenhum ponto.

Stop no texto

Objetivo pedagógico:

O objetivo desse jogo é desenvolver a pos-tura do revisor nos alunos, para que possamexercê-la na revisão de seus próprios textos. Pa-ra desenvolvê-la, é preciso aprender a olhar otexto pela forma e não pelo conteúdo.

É um jogo que pode ser realizado nos minu-tos finais da aula, de improviso. É importante queseja repetido com certa freqüência, para queatinja os objetivos pedagógicos estabelecidos.

Como jogar: O professor pode aproveitar otexto que está sendo lido na classe para inter-pretação, por exemplo, e pedir que encontremnesse texto um número X de palavras com umadeterminada letra. Por exemplo, com a letra Hem qualquer posição.Todas as palavras devemser escritas no caderno.

Vence o aluno que conseguir encontrar aspalavras primeiro. Caso haja na classe alguns alu-nos que sejam rápidos demais e nunca deixamos outros chegarem próximos do fim, vá até o5o ou o 6o colocado.

É um jogo rápido, que anima muito a classee desenvolve o papel do revisor nas crianças. Aspalavras obtidas podem servir de universo paraoutras atividades, jogos de dicas, palavras cruza-das, soletrando, caça-palavras, etc.

Stop em colunas

Objetivos pedagógicos:

Essa modalidade de Stop é mais uma formade sistematização interessante para ser desen-volvida depois de atividades de descobertas so-bre o sistema ortográfico. Jamais deve ser joga-do como ponto de partida ou sem que tenha si-do feita a análise do sistema anteriormente.

O Stop em colunas propicia uma nova des-coberta sobre a série de palavras em que se en-contra uma determinada letra, aguçando o olharda criança para esse tipo de propriedade do sis-tema ortográfico. É muito bom para desenvolvera postura do revisor na criança.

Como jogar: Providenciar uma folha de papelsulfite com uma lista de palavras que devem serorganizadas em colunas, de acordo com as dificul-dades indicadas. O procedimento do jogo é sim-ples.

Page 67: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Apên

dice

139

1. Uma vez distribuídas as folhas, o professor fa-la “Já!”, e todos arrumam as palavras nas colu-nas. O professor pode, também, determinarum tempo. Por exemplo: “Vocês têm 2 minu-tos (ou 5 minutos) para preencher a tabela”.Especialmente com crianças menores, essa va-riante tem se mostrado mais eficiente.

2. Quem terminar primeiro e corretamente ven-ce. É importante verificar se o aluno preen-cheu criteriosamente, pois há crianças que, nodesespero de ganhar, fazem qualquer coisa sópara terminar primeiro e impedem que todospossam pensar e aprender.

3. O momento da correção deve ser utilizado pa-ra observar e trabalhar os “erros” dos alunos,e não dizer simplesmente “certo” ou “errado”.

4. A correção ocorre na lousa e não há conta-gem de pontos.Exemplo de uma tabela de Stop em colunascom a letra R:

rapaz acordei drama empurrado aranharicaço selar agressivo arrastou paradoruína perto arranha Araraquara

artigocertezatoparenviarordem

1a coluna: R + vogal 2a coluna: vogal + R 3a coluna: consoante + R + vogal4a coluna: RR entre vogais5a coluna: R entre vogais

Stop de descoberta

Essa variação de Stop é uma atividade muito ri-ca, que permite o trabalho com uma variedade mui-to grande de palavras. O número de palavras pro-postas deve variar de acordo com a série do aluno.

Objetivos pedagógicos:

1. Trabalhar com a imagem mental da palavra.

2. Acionar o vocabulário passivo do aluno.

3. Desenvolver estratégias de pensamento.

4. Desenvolver estratégias de decisão sobre aortografia da palavra.

5. Sistematizar um determinado aspecto orto-gráfico.

Objetivos do jogo

1. Completar a tabela com a maior rapidez pos-sível.

2. Obter o maior número de pontos ao com-pletar a tabela.Vence o aluno que obtiver omaior total de pontos e não o que terminouprimeiro.

Como jogar

1. Os alunos podem jogar individualmente ouem equipes (não mais que quatro crianças).

2. Cada aluno ou equipe deve encontrar umapalavra que satisfaça as características dadaspela tabela.

3. Quando algum aluno ou equipe termina, fala:“Stop!”, e todos devem parar de escrever. Pro-cede-se, então, à correção na lousa, com aanálise dos pontos obtidos.

4. Após a contagem, indicar o(s) vencedor(es).

Contagem dos pontos• Se mais de um aluno completou com a

mesma palavra, três pontos para cada um.• Se só um aluno (ou grupo) escreveu aque-

la palavra, cinco pontos para ele.• Se só um aluno (ou grupo) preencheu o es-

paço e mais ninguém descobriu uma pala-vra para aquela lacuna, dez pontos para ele.

• Palavra com erro de grafia, nenhum ponto.

Não permitir o uso do dicionário ao longodo jogo, para levar os alunos a acionarem as re-gras de ortografia que tiverem construído.

Veja exemplo de tabela do Stop de desco-berta no livro do aluno, atividade DESCOBRIN-DO (página 175, volume da 1ª série).

Caso a tabela seja semelhante a essa, não seesquecer de avisar aos alunos que quando o Raparece em séries como TOR, deve ser a últimaletra da sílaba. Por exemplo: não vale palavra co-mo tora, vale torneira.

Page 68: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Apêndice

140

Explicar também que o espaço marcado natabela não tem a ver com o número de letras ousílabas que a palavra deve ter.Valem, por exem-plo, torneira, torpedo, torpedinho, torta.

2. Bingo ortográfico

Objetivos pedagógicos:

1. Sistematizar a grafia de determinadas palavras.

2. Construir regras ortográficas a partir da ob-servação de elementos lingüísticos.

Como jogar: Durante o sorteio das palavraspelo professor, o objetivo é ser o primeiro acompletar uma linha ou coluna de palavras sor-teadas e grafadas corretamente.

1. Distribuir uma folha com uma tabela ou pediraos alunos que façam uma tabela com 16 ou25 quadrados (4 � 4 ou 5 � 5).

2. Selecionar as 16 ou 25 palavras (depende databela que estiver utilizando), ditas uma a uma,e escrever cada uma em um pedaço de papelcortado. Fechar cada papel e jogar dentro deum saco plástico, para o sorteio.

3. Cada aluno irá escrever a palavra ditada emalgum lugar da tabela, de tal forma que, ao fi-nal, cada um terá uma tabela organizada deforma diferente.

4. Tabelas preenchidas, o professor começa asortear as palavras e os alunos vão assinalan-do em suas tabelas as que saíram. Quando al-guém preencher uma linha, coluna ou diago-nal passando pelo centro, levanta a mão emostra para o professor. Se todas as palavrasda linha completada estiverem corretas, o alu-no vence. Se alguma apresentar grafia incorre-ta, o professor avisa que há erro, mas não in-dica onde, e o aluno continua participandocom outra linha ou coluna.

5. Como a intenção é aprender e jogar, vencerse torna menos relevante. Portanto, o profes-

sor continua o sorteio de palavras até quan-do achar conveniente para sua classe, não im-portando quantos vencedores houver.

Correção

A correção deve ser feita na lousa e aprovei-tada como um momento para discussão e refle-xão sobre algum aspecto ortográfico. Por exem-plo, se o objetivo do Bingo for a descoberta dediferenças entre AM e ÃO, ditar no Bingo ape-nas palavras com essas duas terminações e quenão tenham acento. No momento da correção,perguntar aos alunos: “O que há de comum en-tre as palavras que foram ditadas?” Os alunoscostumam responder que todas terminam emAM ou ÃO. Fazer uma divisão na lousa e corri-gir de forma que cada terminação fique em umacoluna. Ao terminar de colocar as palavras nalousa, perguntar para os alunos:“O que todas es-sas palavras têm em comum além do fato de ter-minarem em AM?” (A mesma pergunta é feitapara a outra coluna.) Os alunos poderão cons-tatar que as palavras terminadas em AM são pa-roxítonas, e as terminadas em ÃO são oxítonas,se não tiverem acento (depois da 2a série, quan-do já tiverem visto tonicidade).

A descoberta é registrada no caderno, e aspalavras do Bingo, copiadas no caderno.

3. Jogo das dicasObjetivos pedagógicos:

1. Revisar conteúdos já trabalhados, aplicados auma situação ortográfica.

2. Aprender a ouvir ordens, estando atento aosdetalhes do enunciado.

Como jogar: O objetivo do jogo é descobrirqual é a palavra que está sendo ditada, a partirde dicas dadas pelo professor.

1. É para ser jogado individualmente, com a clas-se toda.

Page 69: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Apên

dice

141

2. Selecionar um número X de palavras com adificuldade que se pretende trabalhar e pro-por para a classe que, em vez de falar a pala-vra, você dará dicas e cada aluno deverá es-crever a palavra que imaginou em seu cader-no.

3. Utilizar critérios variados para dar as dicas eaproveitar para trabalhar conceitos de todasas áreas. Exemplos de dicas:a) “A palavra na qual estou pensando tem

(número) letras e (número) sílabas e é si-nônimo de...”

b) “É o nome que se dá ao processo de nas-cimento e crescimento de uma semente.”

c) “É um substantivo trissílabo que dá nomea um sentimento que temos quando...”

d) “É um adjetivo que é antônimo de...”, etc.

Esse jogo é muito bom para trabalhar compalavras homófonas (que são pronunciadas damesma forma, mas grafadas de forma diferente),tais como chá e xá, auto e alto, acender e ascen-der, etc. Ao utilizá-lo dessa forma, estaremos re-forçando para as crianças a concepção de queortografia e significado estão relacionados.

Contagem de pontos• Palavra certa no sentido e na ortografia,

dois pontos.• Palavra certa no sentido e errada na orto-

grafia, um ponto.• Palavra errada nos dois, nenhum ponto.

4. Palavras cruzadasObjetivos pedagógicos:

1. Descobrir regras ortográficas.

2. Utilizar conceitos já trabalhados.

Como jogar: O jogo de palavras cruzadas já éconhecido de todos. Podemos utilizá-lo para tra-balhar ortografia e os conceitos que quisermos— basta selecionar as palavras mais interessan-tes para o assunto a ser tratado.

Para tal, é importante ter em mente que oobjetivo do jogo não é simplesmente ser diver-tido, mas que por meio dele conteúdos lingüísti-cos e psicológicos serão trabalhados.

Pode ser também indicado, como lição decasa, que o aluno monte palavras cruzadas comdeterminada dificuldade ortográfica para que oscolegas respondam. No dia seguinte, todos tro-cam de jogos e um responde o do outro.

A montagem dos jogos exige raciocínio e ca-pacidade de definição, dois elementos importan-tes de serem trabalhados. É interessante que, naprimeira vez, essa atividade seja realizada em sa-la de aula, para que o professor possa auxiliar osalunos nessa descoberta.

5. Soletrando Objetivos pedagógicos:

1.Trabalhar com a imagem mental da palavra.

2. Distinguir as noções de letra e nome da letra.

Como jogar: O objetivo do jogo é conseguirsoletrar a palavra corretamente.

1. Pedir aos alunos que pesquisem, em casa, pa-lavras com uma determinada dificuldade orto-gráfica e tragam para o jogo em classe. Porexemplo, palavras que tenham R, ou que te-nham X, CH.

2. No dia seguinte, a classe deve ser dividida emequipes de três ou quatro crianças, que serão,daí por diante, chamadas de aluno número 1,2, 3, 4, em cada equipe.

3. O jogador número 1 escolhe uma de suas pa-lavras e pede que o jogador número 2 a sole-tre, isto é, deve escrever a palavra na cabeçae soletrá-la letra a letra, na seqüência certa.Enquanto isso, o jogador número 1 (o que di-tou a palavra) vai escrevendo cada letra dita-da.

4. Quando o jogador número 2 terminar de so-letrar, o número 1 diz se ele acertou ou errou.

Page 70: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Apêndice

142

Se o jogador 2 acertou, ganha um ponto e di-ta uma palavra para o jogador 3. Se o jogador2 errou, o número 1 avisa que está errado epede que o jogador 3 soletre a palavra, e oponto será dele (do número 3), caso acerte.

5. O jogo termina após terem sido ditadas todasas palavras selecionadas, ou após um tempodeterminado pelo professor ou combinadocom a classe.

6. Jogo dos animaisObjetivos pedagógicos:

1. Utilizar os conhecimentos gerados nas ativida-des de reflexão sobre uma determinada letra.

2.Trabalhar com a imagem mental das palavras.

3. Utilizar os processos mentais de classificaçãoe seriação a uma situação ortográfica.

Como jogar: O objetivo do jogo é que o alu-no descubra como deve organizar letras móveis

para formar as palavras que foram sugeridas pe-las dicas da tabela.

1. Dividir a classe em grupos de quatro alunos eentregar para cada grupo uma tabela juntocom um montinho de letras coloridas já sele-cionadas para formar as palavras. Esse jogopode ser feito com cartolina e canetinha hi-drocor.

2. Organizada a classe, dar as dicas do jogo.Exemplo: “Com essas letras vocês conseguemmontar nove palavras.Todas elas são nomesde animais.Todos os nomes têm a letra H”.

3. Dadas as dicas, pedir aos alunos que descu-bram e organizem as palavras na tabela, en-contrando o lugar certo de cada uma.

Vence(m) o(s) grupo(s) que conseguir(em)organizar a tabela corretamente.

Veja um exemplo, no livro do aluno, ativida-de CAÇA-PALAVRAS COM L (página 181, exer-cício 3 do volume da 1ª série).

Page 71: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

Bibl

iogr

afia

par

a pe

squi

sa te

óric

a

143

Bibliografia para pesquisateórica

Ferreiro, Emilia. Alfabetização em processo. São Paulo, Cortez, 1986.

. O texto: escrita e leitura. Organização e revisão técnica da tradução: Charlotte Galves,Eni Pulcinelli Orlandi, Paulo Otoni. Campinas, Pontes, 1988.

& Teberosky,Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre,Artes Médicas, 1985.

Garcia, Othon Moacyr. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, 1973.

Kleiman,Angela. Texto e leitor : aspectos cognitivos da leitura. Campinas, Pontes, 1989.

Koch, Ingedore Villaça. A coesão textual. São Paulo, Contexto, 1991.

Macedo, Lino de. Ensaios construtivistas. São Paulo, Casa do Psicólogo, 1994.

Orlandi, Eni Pulcinelli. A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso. Campinas, Pontes, 1987.

. Discurso e leitura. São Paulo, Cortez, 1988.

Piaget, Jean. A tomada de consciência.Tradução de Edson Braga de Souza. São Paulo, Melhoramen-tos/Edusp, 1977.

. Fazer e compreender. Tradução de Cristina Larroudé de Paula Leite. São Paulo, Melho-ramentos/Edusp, 1978.

& Inhelder, Barbel. A psicologia da criança.Tradução de Otávio Mendes Campos. SãoPaulo, Difel, 1980.

Page 72: 4. Completando o conceito de verbo - aticaeducacional.com.br · está “embutida” no verbo. É possível que surjam respostas com pronomes ... como os artigos, ... atento em variar

144