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A Leitura Espiritual da Reunião da Regia de Nossa Senhora da Graça para o mês de setembro é tirada do Manual da Legião de Maria Cap. 12, n. 4, e tem como título - Grandiosa Campanha pela Causa de Deus. Se há tempos atrás era difícil implantar e trabalhar pela causa de Deus, podemos dizer que em tempos pós modernos o desafio se torna maior. Pois hoje a indiferença religiosa vai ganhando espaço na vida das pessoas, onde muitos são os que dizem crer em Deus, mas não querem saber da religião e, sobretudo, assumir um compromisso de fé. As grandes motivações para estas transformações são o individualismo, o intimismo, o materialismo e o que eu posso chamar a busca do vazio. Pois hoje o ser humano busca tantas coisas, mas, menos o que é mais importante e que sentido à vida e a existência humana: Deus. São muitas as forças contrárias, contudo não é tempo de lamentações, mas com clareza dos factos, caminhar com a certeza de que a Legião é formada por almas estritamente unidas à Virgem Maria. Neste sentido o objetivo da nossa Legião é levar Deus e a religião a todo indivíduo. É Maria quem nos guia nesta jornada; ela nos ajuda a perceber que Jesus está presente em cada membro da humanidade e que nós devemos ajudá-la nesta tarefa maternal de cuidar de todos. O que fundamenta este trabalho de vencer a descrença e a desilusão é a entrega a atos simples de amor a Deus, BOLETIM (IN)FORMATIVO - N.º 187 - ANO XVI - SETEMBRO DE 2017 C O N T A C T O S Legião de Maria – Dioceses de Mindelo e de Santiago de Cabo Verde — Regia Nossa Senhora da Graça — Cidade da Praia — Caixa Postal nº 113 Tels: Diretor Espiritual - (00238) 9927702/9188623, Presidente - 9923745/9286438/2633819/2612145/4150 • e-mail: [email protected] SAIBA MAIS SOBRE A LEGIÃO DE MARIA NO MUNDO ATRAVÉS DE: https://legiaodemariacaboverde.wordpress.com/ www.legionofmary.ie www.legiaodemaria.com.br 4 ABRINDO AS PORTAS EU SOU TODO VOSSO, Ó MINHA RAINHA E MINHA MÃE, E TUDO QUANTO TENHO VOS PERTENCE No mês passado, refletimos sobre o chamado universal à santidade, que é um ensinamento fundamental da Igreja e, portanto, da Legião. Para a pergunta: Quem são chama- dos a ser santos? Frank Duff, nosso Fundador, respondeu enfaticamente: “Toda pessoa que nasceu é chamada a ser uma santa. Tenha a certeza de que você - não importa quão imprópria sua vida possa parecer de santidade - está sendo dada graça suficiente, se correspondido, para levá- -lo a santidade. Já vimos que nada além de nossa força é esperado; nem a santidade é propriedade exclusiva de qual- quer grau ou modo de vida “. Nosso Fundador insistiu que o principal objetivo da Legião é ajudar os legionários a se tornarem santos. Então, um bom legionário é alguém que está explicitamente e continuamente tentando ser um santo. O Irmão Duff es- tava muito ciente de todas as dificuldades e objeções que muitas pessoas evoca- vam contra a tentativa de ser santos. Por exemplo, eles podem dizer: “Eu sou um pacote de fraqueza. Estou consternado com o pensamento de uma vida de esforço constante para esmagar minha natureza em uma nova forma. Não tenho força de vontade e essa vida está além dos meus poderes “. É claro que um dos maiores impedi- mentos, mesmo considerando nossa vocação de ser um santo, é por causa de uma noção absurda do que realmente é a santidade. Então, como podemos definir um santo? Frank Duff res- ponde dizendo que um santo é “aquele que, com o objeto de agradar a Deus, faz os deveres comuns extraordinariamen- te bem. Tal vida pode ser vivida sem uma única maravilha nele, desperte pouco aviso, seja logo esquecida, ainda seja a vida de um dos mais queridos amigos de Deus”. Muitos dos santos nos dizem o mesmo: a santidade é fazer coisas pequenas com grande amor. Faça o que tiver que fazer com o amor de Deus. No entanto, levar a sério os primeiros passos para se esforçar para ser um santo e ainda mais para perseverar apesar de todas as tentações de comprometer ou, pior ainda, desistir de tentar, muitas vezes precisa de uma mu- dança de mentalidade. Frank Duff escreve: “Numa palavra, subestimamos a santidade. Uma vez que este e pouco são necessários para fazê-lo - uma vez que aceita o fato de que a santi- dade é a coisa mais importante do mundo para nós, e se tornará a coisa mais natural do mundo para nos esforçarmos depois disso. Encontra- -se todo o segredo do esforço. Faça o objetivo atrativo e razoável, e vamos persegui-lo apesar das dificuldades, e quase apesar de nós mesmos. A mente humana funciona assim”. Portanto, a questão que precisamos nos colocar habitualmente deve ser: “Realmente considero ser um santo o objetivo mais importante da minha vida? Se não é, então, nós apenas faremos esforços de meio-coração para ser santos e, portanto, ser legionários mornos. Como faço para adquirir essa convicção de que se tornar um santo é o mais importante na minha vida? O irmão Duff escreve: “O segredo de trazer isso está contido em poucas palavras; devemos enfrentar fatos. De vez em quando, devemos dar à men- te uma chance de elevar-se acima do mar em que está submersa, de coisas que não importam e enfrentar com toda a frieza as verdades sombrias que se agrupam em torno dos fatos centrais da Morte e da Eternidade. Pense na imortalidade da alma, na insanidade de preferir o temporal ao eterno, a falta de nossa permanência na Terra, a proximidade desse momen- to que decidirá tudo; e a inestimabilidade de cada minuto de tempo, o que, como é curto, molda a nossa vida eterna além do túmulo. Ocupar-se deliberadamente com essas considerações solenes e ainda permanecer indiferente é impossível. Até agora, seguimos de perto o pequeno folheto: “Po- demos ser santos?” Foi escrito por Frank Duff como um jovem funcionário público em torno de seus vinte e poucos anos. Obviamente, ele não pode dizer tudo o que é neces- sário em um pequeno folheto e, à medida que passaram os longos anos, ele desenvolveu seus pensamentos e ideias. Em seus escritos posteriores, especialmente no Manual, em livros, artigos e cartas ele expande, aprofunda e esclarece suas convicções sobre o chamado universal para ser santos. Mas ainda é imperativo para nós ler e reler este primeiro escrito de Frank Duff no convite que Deus dá a cada um de nós para ser santos. Em conclusão desta alocução, deixe-me apenas mencionar o lugar de Cristo nos escritos de Frank Duff e então vamos lidar com isso mais completamente em um momento posterior. Para o nosso fundador, a Legião é o puro cristo- centrismo. Ele escreve: “A Legião continuará seu curso característico, buscando sujeitar cada aspecto da vida à dominação e ao poder inspira- dor de Cristo, Nosso Senhor, e sem- pre em companhia de Maria, Sua Mãe e a nossa. A Legião é cristocêntrica na medida máxima em que pode ser feita assim. às pessoas e do amor das pes- soas ao amor de Deus. Pois em toda parte este amor revela seu poder de ganhar os corações. O manual nos lembra que há um meio de trazer de novo à fé estes milhões de pessoas que se distanciaram. Pois o materialismo professou amar e servir a pessoa, pregando uma mensagem vazia de fraternidade em que muitos acreditaram. Assim o meio de trazê-los à fé, baseia-se na aplicação de um grande princípio que São João Maria Vianney formulava nestes termos: “O mundo pertence a quem mais o ama e melhor lhe testemunhar o seu amor”. Grande é a nossa tarefa, por que demonstrar amor só é possível amando e dizer que tem fé só é possível atuan- do, agindo. É preciso mostrar que a Igreja nossa Mãe os ama mais do que as outras propostas evasivas. Assim hão-de regressar a fé. Obra de tamanha grandeza só pode ser levada avante por um catolicismo que ame de todo coração a Jesus Cristo, o seu Senhor, e saiba vê-lo e amá-lo em todas as pessoas sem distinção. E para realizá-la com fidelidade podemos nos voltar à nossa Mãe a Virgem Maria e dizer: Guiai-nos ó Mãe amável na realização de tão desafiadora missão que é suscitar a fé pelo amor na vida daqueles que caíram no vazio pelo distanciamento da vivência da fé e da religião. A GRANDIOSA CAMPANHA PELA CAUSA DE DEUS Mensagem do Diretor Espiritual da Regia – setembro 2017 O QUE É A SANTIDADE? Alocução pelo Rev. Pe. Bede Mc Gregor O. P., Diretor Espiritual do Concilium, na reunião de agosto de 2017

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A Leitura Espiritual da Reunião da Regia de Nossa Senhora da Graça para o mês de setembro é tirada do Manual da Legião de Maria Cap. 12, n. 4, e tem como título - Grandiosa Campanha pela Causa de Deus. Se há tempos atrás era difícil implantar e trabalhar pela causa de Deus, podemos dizer que em tempos pós modernos o desafio se torna maior. Pois hoje a indiferença religiosa vai ganhando espaço na vida das pessoas, onde muitos são os que dizem crer em Deus, mas não querem saber da religião e, sobretudo, assumir um compromisso de fé. As grandes motivações para estas transformações são o individualismo, o intimismo, o materialismo e o que eu posso chamar a busca do vazio. Pois hoje o ser humano busca tantas coisas, mas, menos o que é mais importante e que sentido à vida e a existência humana: Deus. São muitas as forças contrárias, contudo não é tempo de lamentações, mas com clareza dos factos, caminhar com a certeza de que a Legião é formada por almas estritamente unidas à Virgem Maria. Neste sentido o objetivo da nossa Legião é levar Deus e a religião a todo indivíduo. É Maria quem nos guia nesta jornada; ela nos ajuda a perceber que Jesus está presente em cada membro da humanidade e que nós devemos ajudá-la nesta tarefa maternal de cuidar de todos. O que fundamenta este trabalho de vencer a descrença e a desilusão é a entrega a atos simples de amor a Deus,

BOLETIM (IN)FORMATIVO - N.º 187 - ANO XVI - SETEMBRO DE 2017

C O N T A C T O SLegião de Maria – Dioceses de Mindelo e de Santiago de Cabo Verde — Regia Nossa Senhora da Graça — Cidade da Praia — Caixa Postal nº 113

Tels: Diretor Espiritual - (00238) 9927702/9188623, Presidente - 9923745/9286438/2633819/2612145/4150 • e-mail: [email protected] MAIS SOBRE A LEGIÃO DE MARIA NO MUNDO ATRAVÉS DE: https://legiaodemariacaboverde.wordpress.com/ • www.legionofmary.ie • www.legiaodemaria.com.br

4 ABRINDO AS PORTAS

EU SOU TODO VOSSO, Ó MINHA RAINHA E MINHA MÃE, E TUDO QUANTO TENHO VOS PERTENCE

No mês passado, refletimos sobre o chamado universal à santidade, que é um ensinamento fundamental da Igreja e, portanto, da Legião. Para a pergunta: Quem são chama-dos a ser santos? Frank Duff, nosso Fundador, respondeu enfaticamente: “Toda pessoa que nasceu é chamada a ser uma santa. Tenha a certeza de que você - não importa quão imprópria sua vida possa parecer de santidade - está sendo dada graça suficiente, se correspondido, para levá--lo a santidade. Já vimos que nada além de nossa força é esperado; nem a santidade é propriedade exclusiva de qual-quer grau ou modo de vida “. Nosso Fundador insistiu que o principal objetivo da Legião é ajudar os legionários a se tornarem santos. Então, um bom legionário é alguém que está explicitamente e continuamente tentando ser um santo. O Irmão Duff es-tava muito ciente de todas as dificuldades e objeções que muitas pessoas evoca-vam contra a tentativa de ser santos. Por exemplo, eles podem dizer: “Eu sou um pacote de fraqueza. Estou consternado com o pensamento de uma vida de esforço constante para esmagar minha natureza em uma nova forma. Não tenho força de vontade e essa vida está além dos meus poderes “. É claro que um dos maiores impedi-mentos, mesmo considerando nossa vocação de ser um santo, é por causa de uma noção absurda do que realmente é a santidade.

Então, como podemos definir um santo? Frank Duff res-ponde dizendo que um santo é “aquele que, com o objeto de agradar a Deus, faz os deveres comuns extraordinariamen-te bem. Tal vida pode ser vivida sem uma única maravilha nele, desperte pouco aviso, seja logo esquecida, ainda seja a vida de um dos mais queridos amigos de Deus”. Muitos dos santos nos dizem o mesmo: a santidade é fazer coisas pequenas com grande amor. Faça o que tiver que fazer com o amor de Deus.

No entanto, levar a sério os primeiros passos para se esforçar para ser um santo e ainda mais para perseverar apesar de todas as tentações de comprometer ou, pior ainda, desistir de tentar, muitas vezes precisa de uma mu-dança de mentalidade. Frank Duff escreve: “Numa palavra, subestimamos a santidade. Uma vez que este e pouco são

necessários para fazê-lo - uma vez que aceita o fato de que a santi-dade é a coisa mais importante do mundo para nós, e se tornará a coisa mais natural

do mundo para nos esforçarmos depois disso. Encontra--se todo o segredo do esforço. Faça o objetivo atrativo e razoável, e vamos persegui-lo apesar das dificuldades, e quase apesar de nós mesmos. A mente humana funciona assim”. Portanto, a questão que precisamos nos colocar habitualmente deve ser: “Realmente considero ser um santo o objetivo mais importante da minha vida? Se não é, então, nós apenas faremos esforços de meio-coração para ser santos e, portanto, ser legionários mornos.

Como faço para adquirir essa convicção de que se tornar um santo é o mais importante na minha vida? O irmão

Duff escreve: “O segredo de trazer isso está contido em poucas palavras; devemos enfrentar fatos. De vez em quando, devemos dar à men-te uma chance de elevar-se acima do mar em que está submersa, de coisas que não importam e enfrentar com toda a frieza as verdades sombrias que se agrupam em torno dos fatos centrais

da Morte e da Eternidade. Pense na imortalidade da alma, na insanidade de preferir o temporal ao eterno, a falta de nossa permanência na Terra, a proximidade desse momen-to que decidirá tudo; e a inestimabilidade de cada minuto de tempo, o que, como é curto, molda a nossa vida eterna além do túmulo. Ocupar-se deliberadamente com essas considerações solenes e ainda permanecer indiferente é impossível.

Até agora, seguimos de perto o pequeno folheto: “Po-demos ser santos?” Foi escrito por Frank Duff como um jovem funcionário público em torno de seus vinte e poucos anos. Obviamente, ele não pode dizer tudo o que é neces-sário em um pequeno folheto e, à medida que passaram os longos anos, ele desenvolveu seus pensamentos e ideias. Em seus escritos posteriores, especialmente no Manual, em livros, artigos e cartas ele expande, aprofunda e esclarece suas convicções sobre o chamado universal para ser santos. Mas ainda é imperativo para nós ler e reler este primeiro escrito de Frank Duff no convite que Deus dá a cada um de nós para ser santos. Em conclusão desta alocução, deixe-me apenas mencionar o lugar de Cristo nos escritos de Frank Duff e então vamos lidar com isso mais completamente em um momento posterior. Para o nosso fundador, a Legião é o puro cristo-centrismo. Ele escreve: “A Legião continuará seu curso característico, buscando sujeitar cada aspecto da vida à dominação e ao poder inspira-dor de Cristo, Nosso Senhor, e sem-pre em companhia de Maria, Sua Mãe e a nossa. A Legião é cristocêntrica na medida máxima em que pode ser feita assim.

às pessoas e do amor das pes-soas ao amor de Deus. Pois em toda parte este amor revela seu poder de ganhar os corações. O manual nos lembra que há um meio de trazer de novo à fé estes milhões de pessoas que se distanciaram. Pois o materialismo professou amar e servir a pessoa, pregando uma mensagem vazia de fraternidade em que muitos acreditaram. Assim o meio de trazê-los à fé, baseia-se na aplicação de um grande princípio que São João Maria Vianney formulava nestes termos: “O mundo pertence a quem mais o ama e melhor lhe testemunhar o seu amor”. Grande é a nossa tarefa, por que demonstrar amor só é possível amando e dizer que tem fé só é possível atuan-do, agindo. É preciso mostrar que a Igreja nossa Mãe os ama mais do que as outras propostas evasivas. Assim hão-de regressar a fé. Obra de tamanha grandeza só pode ser levada avante por um catolicismo que ame de todo coração a Jesus Cristo, o seu Senhor, e saiba vê-lo e amá-lo em todas as pessoas sem distinção. E para realizá-la com fidelidade podemos nos voltar à nossa Mãe a Virgem Maria e dizer: Guiai-nos ó Mãe amável na realização de tão desafiadora missão que é suscitar a fé pelo amor na vida daqueles que caíram no vazio pelo distanciamento da vivência da fé e da religião.

A GRANDIOSA CAMPANHA PELA CAUSA DE DEUSMensagem do Diretor Espiritual da Regia – setembro 2017

O qUE é A SANtIDADE?Alocução pelo Rev. Pe. Bede Mc Gregor O. P., Diretor Espiritual do Concilium, na reunião de agosto de 2017

2 ABRINDO AS PORTAS

QUEM É ESTA QUE AVANÇA COMO A AURORA, FORMOSA COMO A LUA, BRILHANTE COMO O SOL, TERRÍVEL COMO UM EXÉRCITO EM ORDEM DE BATALHA?

A LEGIÃO EM CABO VERDE 3

Com aproximadamente 80% de presença dos seus mem-bros, a Regia fez mais uma reunião ordinária no passado dia 26 de agosto, em que foi eleito o irmão João Pereira Correia Furtado para Secretário, substituindo o irmão José Manuel Tavares Mendes que por razões pessoais e familiares não pode continuar no cargo. Porque não houve outro candidato a eleição foi por aclamação e em unanimidade. Com salvas de palmas, entoaram o cântico «Graças a Deus».

O Presidente fez um resumo das correspondências que vieram do Concilium Legionis Mariae; Do Senatus de Lisboa, Portugal; Do Senatus de Recife - Pernambuco, Brasil; Do Comitium Nossa Senhora Rainha dos Apóstolos da Guiné--Bissau; Dos Legionários Cabo-Verdianos em Holanda e nos Estados Unidos, que podem ser vistos em pormenor no blog: https://legiaodemariacaboverde.wordpress.com/. Desta-cou o trabalho feito junto dos muçulmanos e dos resultados obtidos. O falecimento do Padre José Carlos Sá em Guiné--Bissau e a lamentação da Irmã Fernanda e dos legionários cabo-verdianos em Holanda, em relação ao acontecido com o Padre Samuel, pedindo que rezássemos pelo que está a acontecer no mundo.

Foram apresentados 10 relatórios, sendo um de praesi-dium, cinco de curiae e quatro de comitia, em que os presen-tes louvaram, pela a apresentação no tempo certo, pela boa percentagem de presença nas reuniões, pelos excelentes trabalhos realizados como, partilha de palavra, visitas para mudança de vida, ensinar ler e escrever, acolher e acompa-nhar a imagem da Virgem Peregrina, batismo das crianças, desdobramento do Praesidium Nossa Senhora Virgem Fiel. Apelaram mais trabalhos de mudança de vida, continuar a preparar os membros para futuros oficiais legionários e permitir que de vez enquanto participem na reunião do conselho supe-rior. Concluindo, o Presidente da Regia acrescentou que todos os que apresentaram relatórios estão de parabéns e destacou

do Praesidium que agora ficou com 13 membros porque con-seguiu desdobrar-se depois de muitos anos e é de louvar. Os seus membros são pessoas simples, não de muita sabedoria e inteligência, mas de muita dedicação, entregues ao serviço de Maria. Também abraçaram todas as atividades na sua Comu-nidade, particularmente o acolhimento e acompanhamento da Virgem Peregrina. Em algumas comunidades muitas pessoas nem deram conta da visita da Virgem Peregrina, enquadrada na Festa de Nossa Senhora da Graça. Os legionários são os primeiros a manifestarem a sua devoção à Maria e não os últimos, perante a um evento dessa natureza devem, com antecedência, contatar as pessoas para que todas participem e vão ao encontro de Nossa Senhora e sejam protegidos pela Mãe do Céu. Ainda que muitos trabalhos foram realizados em diversas ilhas, a pastoral de catequese em quase todas as pa-róquias é uma prioridade e uma necessidade. É uma desgraça se as crianças não receberam a educação devida. Os adultos são responsáveis pela educação das crianças. A catequese é um grande meio para os legionários hoje ajudarem e contribuí-rem para a educação das crianças, é uma grande oportunidade de interferirem positivamente na educação das crianças. Na catequese e na Igreja muito podemos fazer para que as nossas crianças crescem educados na fé da Igreja, uma educação séria que obriga a consciência a falar mais alto no nosso agir. Todos os relatórios foram de extrema importância. Quantas as várias dificuldades apresentadas não são nada que não se pode ultrapassar. Pode ser que a solução não esteja nas nossas mãos, mas está no nosso vizinho, no nosso próximo. A solução está presente, está no meio de nós assim como o Reino de Deus está no meio de nós. Por isso consideramos que todos os relatórios foram bons e agradecemos a todos, chamando atenção para que os relatórios sejam entregues na reunião pré e não durante a reunião da Regia que assim é mais organizado.

RESUMO DA REUNIÃO DA REGIA DE AGOStO 2017

Irmãos, a nossa leitura espiritual foi tirada no manual capítulo 39, sobre as Principais Diretrizes do Apostolado Legionário e escolhemos os números 16, 17 e 18 para con-tinuarmos a viver bem o mês de agosto e melhor preparar o mês de setembro que, como sabem, também é dedicado a Nossa senhora. Mês de agosto encera as festividades de Nossa Senhora. Em agosto celebramos a Assunção de Nossa Senhora ao Céu. Terminou a sua carreira na terra, não tinha pecado, por isso foi elevada ao Céu em Corpo e Alma e uma semana depois foi coroada Rainha do Céu e da Terra, dos Anjos e dos homens e de todos os Santos, celebração essa no dia 22 de agosto. Portanto o mês de agosto é um mês muito importante para os legionários, porque vimos a Nossa Mãe a ser elevada ao Céu. Um dogma de fé. Ainda a sua coroação no Céu como Rainha. Ela é a nossa Rainha. Terminando toda essa trajetória, de novo voltamos a celebrar Nossa Senhora com a sua natividade no dia 8 de setembro. As festividades de Nossa Senhora começam em setembro e termina em agosto. Depois da Natividade, vem a grande festa de Imacu-lada Conceição, outro grande Dogma da Igreja. Apesar de, antes disto, ela nos pede para rezarmos para a conversão dos pecadores, ou seja, Nossa Senhora do Rosário, dia 7 de outubro. A leitura nos mostra que o segredo da influência é o Amor. Nós somos chamados a ser os enviados do Pai, protegidos de Maria, para que Jesus permaneça ainda hoje vivo na presença de todas as pessoas e para que o Reino de Deus, continue na vida de toda a humanidade. Legionários são soldados especiais de Maria para a levar, ela como Mãe, ao mundo e chegando Maria no mundo, mais uma vez o Emanuel fica connosco. De que maneira fazemos isso? Que fazer para convencer as pessoas a nos acolher e para que com esse acolhimento possam acolher Maria e consequen-temente acolher Jesus e serem salvos? Jesus nos olha com amor, mesmo quando estamos a fazer o mal e quanto mais se estamos a praticar o bem. O segredo de toda a influência é o amor. Se não amarmos, mesmo que conseguimos fazer um bem às pessoas, facilmente é esquecido, não é duradouro. Mas quando amamos, conseguimos estabelecer uma amizade profunda com a pessoa amada, conseguimos ouvir a pessoa e a pessoa nos escuta. Como a missão não é nossa, mas de Nossa Senhora e é de trazer Deus para reinar em nós, o que as pessoas ouvem de nós deve ser o que Maria quer dizer. É o acolhimento de Mãe. O segredo da influência é o amor. O Legionário não é chamado para ir às pessoas se não primeira para amar. A grande missão do legionário é entronizar o Sagrado Coração de Jesus nas famílias. Uma família que tem a presença de Jesus é sacramentada. Consegue identificar todos os seus problemas e os enfrenta mesmo que nunca acabem, mas continua a encarar de cabeça erguida, sem desesperar, pode até chorar porque sentiu dor, porque está a

passar mal, mas sempre confia que Deus está presente e por isso vai vencer o sofrimento. O legionário deve contatar cada pessoa em particular, mas tudo deve começar por amor. Em cada um daqueles por quem trabalha, o legionário vê e serve a Jesus Cristo. Se não vimos em nossa frente Jesus Cristo, nada de bom conseguimos fazer. A leitura nos mostra quem são as pessoas que aparecem em nossa frente e que nelas devemos ver Jesus Cristo: os malvados, pessoas que prati-cam o mal constantemente por palavras e atos; os ingratos, pessoas que por mais que recebem nunca reconhecem; os estúpidos, pessoas que não respeitam a nossa personalidade e nossa dignidade; os aflitos, pessoas nervosas e sempre com a fadiga, sem calma e nem paciência; os desprezados, ou seja, pessoas desvalorizadas que quando delas aproximamos ninguém nos liga porque estamos com as pessoas que não são ninguém; os desterramos, esquecidos da sociedade; os que provocam em nós antipatia, presença de pessoas que nos incomodam, nós que estávamos contentes, vendo essa pessoa a nossa alegria desaparece e o nosso coração fica perturbado; pessoas antipáticas, a antipatia é uma doença que incomoda o nosso sentimento. Todas essas pessoas e é nessas pessoas que somos chamados a fazer o trabalho legionário. Mas, primeiro temos que as amar e para as amar temos que ver nelas a pessoa de Jesus Cristo. Não é possível amar esses tipos de pessoas se antes não vemos nelas traços do Criador, Deus fez todas as pessoas, mesmo as pessoas do mal, são obras sagradas e divinas de Deus. As palavras do Diretor Espiritual, na sua mensagem aos legionários do passado mês diz que mesmo quem recusa a existência de Deus continua a ser seus filhos, como por exemplo os ateus. O facto de recusarmos ou aceitarmos a existência de Deus, não influência o amor que Deus tem para cada um de nós. Mesmo recusando, Deus continua a nos amar e a nos chamar. Como legionários devemos ter esta capacidade de apesar das pessoas rejeitarem categoricamente, completamente a misericórdia, o amor de Deus, temos que conseguir ver nelas os traços do Divino Criador. O número 17 da leitura feita, nos mostra que para nós que estamos continuamente em contatos com as pessoas temos que saber quem estamos a visitar, a que grupo pertencem, se são dos grupos dos malvados, ingratos, desrespeitadores, desequilibrados, a fim de saber-

mos de que maneira devemos amá-las. Jesus amou a todos, sem distinção, mesmo que discretamente e não odiou a ninguém, apesar dos seus discípulos algumas vezes pediram que lançasse um raio sobre os inimigos. Ao aproximamos de qualquer pessoa, lembremos sempre de que o segredo da influência é o amor. Se não estamos capacitados para amar os nossos inimigos, não estamos capacitados para fazer trabalho legionário. Devemos ter

Continua na página 3

qUANDO AMAMOS, CONSEGUIMOS EStAbELECER UMA AMIzADE PROfUNDA COM A PESSOA AMADA

Alocução do Presidente na reunião da Regia de agosto de 2017

Continuação da Página 2sempre presente que não vamos visitar uma pessoa inferior a nós. Colocar sempre na posição do servo. Não dar ordem, não ensinar nada, não considerar que estamos no bom caminho e obrigar as pessoas a nos seguir. Devemos estar disponíveis, dispostos a ajudar e perguntar o que acham que devemos fazer para que falem bem, trabalhem bem e vivem bem. Nunca de-vemos ser arrogantes porque não sabemos nada, quem sabe é Deus, não podemos nada, quem pode é Deus, não amamos a ninguém, quem ama é Deus, por isso vamos todos com Deus para podermos levar Deus às pessoas. Pelo legionário, Maria ama e cuida do seu Divino Filho. Maria podia morrer juntamen-te com Jesus, porque encontra-se o Filho sempre juntamente com a Mãe. Maria e Jesus são inseparáveis, mas por causa de nós Maria deixou o Seu Filho morrer na Cruz. Por causa de nós Maria recebeu nos braços o Seu único Filho morto. Por causa de nós Maria deixou o Seu Filho ser sepultado. Por causa de nós Maria ficou sem Seu Filho, presente em carne e ossos. Mas ela acreditou que a sua missão também incluía tudo isso, não desesperou nem desejou morrer juntamente com o Seu Filho, como nós que perante determinadas situações de vida, já não suportamos e preferimos morrer e outas até chegam a ponto de se suicidarem. Mas Maria aguentou a morte do Seu Filho inocente, porque tinha outros filhos. Ela não viu com olhar repreensivo, de ódio às pessoas que maltratavam

o Seu Filho porque elas também são seus filhos. Mulher eis aí o teu filho. Com estas palavras, mesmo o ladrão ao lado, zombando de Jesus, o centurião e os soldados, a todos eles Jesus referia. Basta que os legionários abram as portas para que as pessoas descubram que Maria é sua Mãe. É através de nós hoje que Maria vai ser Mãe, através de nós hoje que Maria ama e cuida do Seu Divino Filho. Se hoje as pessoas não perceb em que Maria nos ama porque nós somos filhos de Deus e ela é Mãe de Deus, por isso nós também somos seus filhos, se hoje não descobrimos isso e não fazemos com que as pessoas percebam disso, a nossa missão está sendo enfraquecida. A leitura nos dá exemplo de São Francisco de Assis, a sua atitude em relação às pessoas no mundo, São Francisco sempre baixou, humilhou-se para que com Jesus seja enaltecido. Pedimos a todos que às vezes passamos a medida no falar, no agir, sem a presença de Deus, sem os dons do Espírito Santo, para que Deus nos dê a calma, a serenidade de aturar todo o nervosismo dos outros, toda a antipatia dos outros, todos os desrespeitos dos outros, toda a irresponsabilidade dos outros, toda a calúnia, para que tenhamos forças e voltar de novo a olhar todas as pessoas como se fossem a presença de Jesus. Tudo o que fizestes a um destes mais pequeninos é a Mim que estás a fazer. Quem são os pequeninos de Jesus? Seja louvado o Nosso Senhor Jesus Cristo.