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Ano II Número 393 Data 06.05.2013

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AnoII

Número393

Data06.05.2013

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estado de minas - economia - p. 12 - 6.5.13consumidor

Móveis são planejados, mas transtornos nãoAtraso, má qualidade, entre outros problemas, fazem queixas de serviço dispararem. No Procon Assembleia,

item ocupou segundo lugar na intermediação de conflitos em 2012 Carolina LenoirA julgar pelo próprio nome, a compra de móveis plane-

jados para uma residência não é algo feito de supetão, e sim uma decisão bem pensada. Trata-se de um investimento alto, que exige confiança na empresa e nos profissionais contrata-dos. Porém, o número de reclamações de consumidores frus-trados com o descumprimento das ofertas referentes a esse serviço tem aumentado nos últimos anos, acompanhando o crescimento do setor imobiliário. De acordo com o Procon Assembleia, o item móveis e cozinhas planejadas ficou em segundo lugar na lista de produtos que mais demandaram a intermediação do órgão para a solução de conflitos no ano passado – em primeiro, ficaram os eletrodomésticos. No ranking geral, foi o sétimo mais reclamado, com 1.215 no-tificações.

As queixas vão desde entrega fora do prazo até sumiço dos profissionais, passando por fechamento da empresa, en-trega do produto fora dos padrões contratados, má qualidade na execução e na montagem e até orçamento não cumprido. Para Marcelo Barbosa, coordenador do Procon Assembleia, muitas empresas prestadoras desse tipo de serviço não têm capital de giro suficiente para começar o serviço e, por isso, pedem o pagamento de sinal, o que já coloca o consumidor em uma situação em que precisa confiar na empresa. “Nesse setor, não funciona pagar só quando estiver pronto.”

Segundo Barbosa, um dos principais problemas de des-cumprimento da oferta é atraso na entrega dos produtos. Se o que foi acordado no contrato não for cumprido pela empre-sa, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) prevê algu-mas medidas que podem ser tomadas pelos clientes lesados. Pode ser o cumprimento forçado da obrigação, a aquisição de outro produto equivalente ou o cancelamento da compra e a devolução da quantia paga com correção monetária. O consumidor também pode pedir indenização pelos prejuízos sofridos por esse atraso, como a necessidade de contratação de outros prestadores de serviços.

Outra questão é referente ao fechamento de uma loja. Quando o estabelecimento fizer parte de uma franquia e não for mais possível entrar em contato com os responsáveis, o franqueador deve arcar com o cumprimento do serviço e dos produtos comercializados, mesmo que a sede seja localizada em outra cidade ou estado.

TRANSTORNOS O dentista Marcelo Coelho do Ama-ral sofreu com o atraso na entrega dos armários encomen-dados numa loja especializada de Belo Horizonte. Porém, foram os problemas com a instalação incorreta que deram mais dor de cabeça. “Contratei a empresa para fazer os ar-mários de todo o meu apartamento, um serviço com valor total de R$ 27 mil, parcelado em 18 vezes. Com muito custo e telefonemas, o serviço foi realizado mesmo fora do prazo

combinado, mas apresentou problemas como portas que não fecham, gavetas empenadas e trilhos fora do local apropria-do”, conta Marcelo.

De acordo com o dentista, foram feitos vários contatos com o proprietário da loja e, apesar de ele garantir que man-daria um técnico para avaliar e fazer os reparos, isso não ocorreu. “Tive que pagar uma outra empresa para realizar uma parte dos consertos. Gostaria de ser pelo menos ressar-cido do valor desse novo serviço”, reclama o consumidor.

FUJA DOS CONTRATEMPOS» Evite pagamento de sinal. Se isso não for possível,

procure referências com quem já tenha contratado essa em-presa ou profissional que vai prestar o serviço

» Verifique as informações da empresa, como os tele-fones de contato, o endereço físico, o CNPJ e a situação na Junta Comercial

» Consulte o cadastro de reclamações dos Procons e faça uma pesquisa em sites especializados em queixas de consumidores para saber se a empresa tem histórico de pro-blemas

» Exija que tudo o que for combinado seja explicitado em um contrato por escrito, principalmente valores e prazos de entrega, assinado pelas duas partes e com os croquis/pro-jetos anexados

» No item prazo de entrega, esclareça se são dias úteis ou corridos

» Guarde toda a documentação referente à aquisição dos móveis, inclusive qualquer tipo de material publicitário, já que a empresa deve cumprir o que foi prometido

O QUE DIZ O CÓDIGOArt. 30. Toda informação ou publicidade, suficiente-

mente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.

Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o con-sumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha:

I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos ter-mos da oferta, apresentação ou publicidade;

II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equi-valente;

III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atuali-zada, e a perdas e danos.

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Pagamento não garante entrega Atrasos na entrega, problemas com a instalação dos

móveis planejados e má qualidade dos produtos já são uma frustração e tanto para os consumidores, mas nada supera o fato de se pagar caro por algo que não foi sequer entregue. A administradora Suely Rocha Mitraud Ruas conta que ela e o marido compraram um imóvel e contrataram uma empresa para fazer os móveis planejados. O profissional responsável foi ao apartamento e fez todas as medições, o que deu o sinal verde para que Suely desse três cheques, referentes a uma entrada mais duas parcelas, no valor total de R$ 15 mil. “Até o segundo cheque ser descontado, ele continuava indo à mi-nha residência, mas, quando o terceiro estava para entrar, ele simplesmente sumiu.”

De acordo com Suely, o proprietário da empresa não atendia mais o telefone e mandava falar que não estava quando ela e o marido o procuravam no escritório. “Susta-mos o cheque, mas ele tinha repassado para um terceiro, que protestou. Tivemos que pagar a quantia para não sujar os nossos nomes, o que também trouxe uma despesa de cerca de R$ 300 com cartório.”

Além disso, o casal contratou um arquiteto para fazer o projeto dos armários, mas os desenhos ficaram com a empre-sa de móveis planejados. “O pior, porém, é que tivemos que procurar outra empresa para fazer os armários e pagamos tudo de novo. Entramos com uma ação no Juizado de Pe-

quenas Causas e o proprietário não compareceu à audiência. Ganhamos a causa à revelia e estamos esperando os próxi-mos encaminhamentos para receber a quantia.”

ORÇAMENTOS Em alguns casos, tudo corre bem na contratação dos serviços e até na entrega dos produtos, mas desanda justamente na fase final: a da instalação. O corretor de imóveis Israel Marques Cunha fez orçamento em quatro empresas antes de decidir pela que faria os armários do seu novo apartamento. “Em uma delas, demoraram um mês para me dar o retorno, o que me fez pensar em quanto tempo eles levariam para me entregar tudo”, brinca. A grande diferença de preços entre as empresas e indicação de uma construtora foram determinantes para a escolha da contratada. “Pude ver o serviço pronto em um apartamento e gostei. Também pes-quisei na internet em busca de reclamações e não encontrei”, conta Israel.

De fato, a qualidade dos armários e o cumprimento do prazo para a entrega foram dentro do previsto, mas a de-mora na instalação irritou e muito o corretor. “Disseram-me que levaria uma semana, mas, quando completou 20 dias e o trabalho ainda estava muito atrasado, tive que ligar para a empresa e dar um ‘show’. Falaram que faltava mão de obra qualificada e que tinham perdido dois funcionários, mas só quando apelei é que eles mandaram mais um montador para acelerar o serviço.” (CL)

estado de minas - economia - p. 13 - 6.5.13seGunda Via

SEGURO/Carro parado por 3 meses Marcela Costa Rocha - Alfenas - MGMarcela Costa Rocha comprou um Fiat Palio Sporting

em outubro do ano passado e bateu o carro em dezembro. Diante do problema, procurou a seguradora Allianz, que au-torizou o reparo no mesmo mês. No entanto, o carro perma-neceu parado, à espera de peças, por um longo período. “A Fiat não está fornecendo boa parte das peças para reposição, somente para a montagem de novos carros”, reclama. Ainda de acordo com a consumidora, ela chegou a procurar a mon-tadora, que retornou o contato dizendo entender o problema e que faria o máximo para saná-lo rapidamente. “Disseram que enviariam as rodas o mais breve possível, mas em março procurei a concessionária, em Pouso Alegre, e recebi a infor-mação de que não havia previsão para a chegada das rodas”, conta. Sem poder usar o carro por três meses, Marcela, que usava o veículo para ir ao trabalho, a 30 quilômetros de onde mora, recorreu à seguradora e pediu um carro reserva. De-pois de negar o pedido da consumidora, que já tinha usado o carro por um período de 15 dias, a Allianz fez novo contato e informou que o carro de Marcela poderia ser liberado com outras rodas, em caráter provisório. “Isso é desaconselhado pelo manual do veículo e, por isso, recusei”, lembra. “Te-nho consciência de que a seguradora não pode fornecer as

peças, mas tem responsabilidade comigo e, até o momento, não tenho conhecimento sobre seu empenho em resolver o problema.” RESPOSTA DA ALLIANZ

“A Allianz Seguros informa que o caso já foi resolvi-do. O veículo foi entregue devidamente reparado à senhora Marcela Costa Rocha no dia 26/3/2013. A seguradora ainda esclarece que a demora para concluir o conserto ocorreu por falta de peças, como mencionado pela leitora em sua recla-mação. A Allianz se coloca à disposição para qualquer escla-recimento e pede desculpas pelos inconvenientes.”COMENTÁRIO DA LEITORA

Segundo a consumidora, o caso foi resolvido, mas “sem nenhum esforço da seguradora.”

tV a caBo

Telhas quebradas na instalaçãoFlávia Regina NogueiraBelo Horizonte “Há sete meses solicitei o serviço de TV a cabo da GVT.

No dia seguinte, eles vieram até minha residência, localiza-da no Grajaú, e instalaram o equipamento. Entretanto, du-rante a instalação, eles quebraram duas telhas e não me no-

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continuação - estado de minas - economia - p. 13 - 6.5.13tificaram”, reclama a consumidora Flávia Regina Nogueira. Os problemas pioraram quando começou a chover. “Perce-bi o estrago porque a vizinha reclamou de vazamentos em seu apartamento. Desde então, começou a novela”, relata. A consumidora conta que fez diversas reclamações no SAC da GVT e que, depois de algumas tentativas, mandaram um supervisor até sua casa. “Depois da visita, ele pediu que eu fizesse o orçamento no depósito de construção e entrasse em contato por telefone”, lembra. Porém, a consumidora afirma que o supervisor nunca atendeu o telefone e que para resol-ver o problema teve que dispor de uma quantia em dinhei-ro para solucionar o problema. “Tive prejuízos e acho um absurdo, como consumidora da empresa, ser simplesmente ignorada diante uma situação como essa.” Ainda de acordo com a consumidora, que chegou a procurar o Estado de Mi-nas no início do ano e relatar o ocorrido, a empresa a procu-rou março, prometendo o depósito do valor gasto, mas ainda hoje ele não foi depositado. “Estou indignada com a falta de cuidado com o cliente da GVT. Você contrata o serviço acreditando que realmente vai lhe trazer benefícios e, em vez disso, traz problemas, gastos e muita chateação.”RESPOSTA DA GVT

“A respeito do caso da sra. Flávia Regina Nogueira, a GVT esclarece que a questão em relação ao depósito bancá-rio foi resolvida. A empresa informa que a cliente está ciente de que o deposito bancário foi realizado no 18/03, em nome da sra. Lurdes Nogueira, conforme solicitado, e, após verifi-car os extratos, confirmou o pagamento. O caso da sra. Flá-via fará parte das análises da área de atendimento ao cliente da GVT para contribuir na melhoria de processos internos.”COMENTÁRIO DA LEITORA

A consumidora foi procurada, mas não foi encontrada para comentar o desdobramento do caso.

VeícuLo

Alienação indevidaAuber Mascarenhas MiglioBelo Horizonte Em 2007, o consumidor Auber Mascarenhas Miglio

comprou um veículo à vista, e no mesmo ano, o carro já estava em seu nome. Neste ano, ao bater o mesmo carro re-correu à seguradora, que depois da vistoria e trâmites legais deu perda total ao veículo. Os problemas, no entanto, sur-giram quando a própria seguradora consultou a situação do carro no Sistema Nacional de Gravames e descobriu que em março de 2008 foi feito um leasing no veículo. “Fizeram isso em março de 2008, com meu veículo, mas na cidade de São Paulo e em favor de Advar Nunes Lima”, conta o con-sumidor. Com o impasse, Auber está sem receber o dinheiro da seguradora. “Me disseram que o dinheiro, apesar de já estar disponível, só poderá ser liberado depois da baixa do gravame”, conta. “Mas nunca fiz nenhuma operação com o Banco Itaú, bem como desconheço esse cidadão que fez o financiamento de um carro que já estava quitado e desaliena-

do”, reclama o consumidor, que aguarda uma solução. RESPOSTA DO BANCO ITAÚ

“Em resposta à manifestação do sr. Auber, baseados em nosso compromisso de respeito ao leitor, encaminhamos por correio uma carta esclarecendo as questões abordadas na manifestação. Tão logo recebemos a manifestação, efetua-mos pesquisa e identificamos que, em 3 de abril, o sr. Auber contatou a nossa central de atendimento relatando o desco-nhecimento do contrato de financiamento existente sobre veículo de sua propriedade e providenciamos a abertura de protocolo para sua apuração, entretanto requeremos ao leitor a apresentação da documentação necessária para a análise e informamos o prazo envolvido. Esclarecemos que, para análise aprimorada de eventual fraude, se faz necessário o envio da documentação abaixo via Sedex para o Banco Itaú. Aguardamos a recepção da documentação para iniciarmos as devidas análises que o caso requer.”COMENTÁRIO DO LEITOR

Fizeram contato superficial e não resolveram problema. Já entrei na Justiça com processo por danos morais e preju-ízo. Vou cobrar danos morais porque estou sendo prejudi-cado.

Locação

Vazamento indevidoRosemeire Ângela da SilvaContagem – MGRosemeire Ângela da Silva reclama dos serviços presta-

dos pela Imobiliária Vicente Pimentel. Ela conta que o imó-vel onde mora foi afetado pelas águas da chuva que escoava de uma casa vizinha. “A água era liberada sobre o meu car-ro, que fica estacionado na garagem da minha residência, podendo gerar danos ao veículo”, diz. O problema foi in-formado por escrito à imobiliária, que não se posicionou. “Em janeiro de 2013, foram verificados vários vazamentos de água nas instalações do banheiro na minha residência. Esses vazamentos vêm de dentro da parede, o que significa dizer que não foram provocados por mau uso e que, por-tanto não são de responsabilidade do locatário”, acrescenta a consumidora. Diante dos dois problemas, ela novamente procurou a imobiliária e a notificou por escrito. “Marcaram por três vezes de ir até minha casa para resolver a situação, mas não compareceram. Por três vezes cheguei atrasada a meu serviço para nada.”RESPOSTA DA VICENTE PIMENTEL

“Depois de diversas tentativas para solucionar o proble-ma não obtivemos sucesso na conciliação de horários entre a senhora Rosemeire e o prestador de serviços que irá exe-cutar o conserto. Mais uma vez entramos em contato, em 25 de abril, para tentar resolver a situação, mas ela está sem horário disponível para receber o prestador de serviços, que é um profissional terceirizado. Caso a locatária tenha inte-resse, basta entrar em contato diretamente com o executor do serviço que colocamos à disposição de nossos clientes

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continuação - estado de minas - economia - p. 13 - 6.5.13desde o início.”COMENTÁRIO DA LEITORA

A consumidora informou que os problemas foram resol-vidos pela imobiliária na semana passada.

eLetro

Devolução difícilLília Virgínia Martins Santos Belo Horizonte Em novembro do ano passado, a consumidora Lília Vir-

gínia Martins Santos comprou no site Submarino uma cafe-teira da marca Philips. Mas ela não usou o produto, porque a tomada não era compatível com o padrão brasileiro. “Não consegui conectá-lo em nenhum lugar na minha casa”, ex-plica. Sem poder fazer uso do produto, a consumidora solici-tou a devolução e o estorno do pagamento feito com o cartão Submarino. “A primeira solicitação foi feita no dia 19 de dezembro. Como não houve a busca do produto em minha casa, fiz outro pedido no dia 24 de fevereiro, isso depois de vários e-mails enviados à empresa”, relata. No entanto, ela conta que a empresa não comunicou ao cartão a desistência do produto e que a cobrança continuou sendo feita. “Me re-cusei a pagar. Como resultado, meu nome foi para o cadas-tro do SPC/Serasa e o produto, até hoje, não foi retirado da minha casa”, reclama. RESPOSTA DO SUBMARINO

“O Submarino.com providenciou o cancelamento da compra, conforme solicitação da cliente Lília. O estorno ocorrerá de uma a duas faturas, de acordo com o prazo esta-belecido pela administradora do cartão de crédito da cliente. Pedimos desculpas pelo transtorno.”COMENTÁRIO DA LEITORA

A consumidora confirmou o contato e diz que o produto já foi recolhido. “Agora. estou aguardando que façam o es-torno”, confessa.

internet

Problemas na conexãoAna Maria Arcanjo da Silva Contagem – MGCliente do plano Oi Velox banda larga, a consumidora

Ana Maria Arcanjo relata que, no dia 15 de março, sua inter-net saiu do ar e que até o dia 20 do mesmo mês permaneceu sem sinal e, por vezes, com conectividade instável. “Fiz três ligações para a operadora e eles não resolveram o nosso pro-blema. Além disso, estou pagando por um valor de internet que não estou utilizando e gostaria de ter um abatimento na minha conta”, reclama. A consumidora relata ainda que esta não é a primeira vez que passa por problemas do tipo com a operadora e pede uma solução definitiva. “Cada atenden-te fala uma coisa diferente e só quero que a velocidade da minha internet volte a ser o que era antes, de dois mega, e que eu tenha abatimento do período sem o serviço na minha conta.” RESPOSTA DA OI

“A Oi entrou em contato com o sr. Diego (filho da clien-te), que informou que o serviço Oi Velox citado está funcio-nando normalmente com a velocidade contratada. A empresa acrescenta que os créditos procedentes serão concedidos.” COMENTÁRIO DA LEITORA

Ana Maria Arcanjo informou que o problema foi resol-vido somente depois da intervenção do Estado de Minas. “Meu sinal está funcionando e eles me informaram que vão me ressarcir pelos dias parados”, conta.

estado de minas - opinião - p. 9 - 6.5.13

Insatisfação generalizada Jaci Custódio JorgePresidente da Sociedade de Anestesiologia de Minas Gerais (SAMG) O descumprimento de prazos estabelecidos para aten-

dimento médico e a dificuldade de realização de exames e internações já se tornaram problemas recorrentes na saúde suplementar. Para alertar a sociedade sobre os abusos come-tidos por operadoras de planos de saúde, o dia 25 de abril foi instituído como o Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saú-de. A data marcou uma série de manifestações médicas em todo o país. Apesar da insatisfação generalizada, o mercado de planos de saúde cresce cerca de 5% ao ano no Brasil, o que garante grande faturamento às operadoras (cuja receita em 2011 foi de R$ 82,4 bilhões). Pelo menos 43 milhões de pessoas pagam ou recebem algum tipo de convênio. Em Belo Horizonte, 54% da população é assistida por convênios particulares. No entanto, isso não significa que exista sufi-ciente contrapartida em termos de valorização do trabalho e na oferta de cobertura às demandas dos pacientes.

Por isso, profissionais e operadoras de planos de saúde continuam entrando em desacordo em relação ao reajuste do valor dos honorários e dos procedimentos. A classe reivin-dica a recuperação das perdas financeiras dos últimos anos e solicita a melhoria da qualidade da contratualização, ou seja, os médicos requerem que seja determinado no contrato um limite de prazo para pagamento, e o cumprimento do acer-to dos honorários médicos propostos pelas entidades médi-cas. Mas, mesmo após várias tentativas de negociação, os convênios permanecem irredutíveis. Infelizmente. Uma das especialidades mais prejudicadas com o modelo vigente é a anestesiologia. A desvalorização profissional tem desesti-mulado os especialistas a fechar acordos e contratos com as operadoras de planos de saúde. Alguns estão até migrando de área. A redução vil dos honorários médicos tem ocasiona-do de forma compensatória um aumento na carga horária de trabalho da categoria. Os médicos chegam à exaustão, pois trabalham durante horas por um honorário vil. O problema culmina na redução do atendimento e, consequentemente,

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continuação - estado de minas - opinião - p. 9 - 6.5.13na reclamação dos usuários junto aos órgãos competentes.

Para se ter ideia, a Agência Nacional de Saúde Suple-mentar (ANS) recebeu 13.348 reclamações no período entre 19 de dezembro de 2012 e 18 de março deste ano. De acordo com a agência, 480 operadoras médico-hospitalares tiveram pelo menos uma reclamação de não cumprimento dos prazos máximos estabelecidos ou de negativa de cobertura. Para evitar um caos ainda maior, a Sociedade de Anestesiologia de Minas Gerais (SAMG) continua participando ativamente das paralisações. A entidade luta incansavelmente a favor

da valorização da categoria e da melhoria da qualidade dos serviços. Tentativas de novos acordos com as operadoras de planos de saúde estão sendo estudadas. Há um consenso entre as entidades médicas de que o modelo atual é inviá-vel. É preciso estabelecer critérios mais rigorosos para que ocorram mudanças na qualidade do serviço. A desvaloriza-ção desestimula o profissional, torna debilitada a assistência médica e ainda investe contra os princípios da especialidade, que é garantir a segurança do paciente. É preciso dar um fim imediato na postura antiética das operadoras.

o tempo - economia - p. 10 - 6.5.13eFeito BiG mac

Prato chega à mesa diferente das fotos do Comida di Buteco Organização diz que orienta donos a entregar o que prometeram

ANA PAULA PEDROSAQuando a dentista Juliana Campelo decidiu prestigiar o

Comida di Buteco, reuniu as amigas, fez uma lista dos bares mais próximos ao trabalho e pesquisou o prato que pareceu mais apetitoso pelas fotos oficiais do concurso. "Olhamos no site e fomos ao que mais nos chamou a atenção, mas foi uma decepção. O prato era feio, ninguém gostou", reclama. Assim como ela, outros "butequeiros" de Belo Horizonte percebem diferenças entre as fotos oficiais e os pratos real-mente servidos nos bares.

Inspirado no caso Big Mac - em que o McDonald’s ela-borou um comercial para explicar a uma consumidora cana-dense o motivo de o sanduíche do restaurante não ser igual ao da propaganda - O TEMPO pediu a leitores que envias-sem fotos dos pratos e suas impressões sobre os bares.

A servidora pública Joice Vitor também se decepcio-nou. "As fotos são lindas e abrem o apetite. Quando o prato veio, achei parecido com o da foto, mas a quantidade era bem menor", relata.

O professor de fotografia publicitária do Uni-BH, Rod-ney Costa explica que é normal haver diferenças entre as imagens oficiais e os pratos servidos nos ba-res, mas diz que essa di-ferença tem que ser sutil e não pode decepcionar o consumidor. "Não precisa ter toda aquela decoração da foto, mas não pode ser totalmente diferente, porque a intenção da foto é chamar o consumidor, não enganá-lo", diz.

Ele compara a produ-ção da foto à preparação de alguém que vai a uma festa. "A pessoa não vai ao natural, vai com uma roupa bonita, um cabelo

mais produzido - mas vai ser a mesma pessoa". Costa afirma ainda que é diferente preparar um único prato para a foto e vários ao mesmo tempo para serem servidos aos clientes.

Tiro no pé. A organizadora do Comida di Buteco, Maria Eulália Araújo, diz que os donos dos bares são orientados a entregar exatamente o que prometem. "Se não entregar, é publicidade contra, um tiro no pé", diz. Ela conta que os problemas que chegam ao conhecimento da organização são discutidos com os proprietários para que sejam resolvidos o mais rápido possível.

Eulália diz que, em alguns casos, as vasilhas usadas nos bares são diferentes das que estão nas fotos e, por isso, o consumidor pode ter a impressão de que o prato é menor ou está mais feio. "Já aconteceu em outras edições de algum prato ser menor do que o da foto, mas isso é muito sério, não acontece mais. Não pode acontecer", diz. Ela completa que o problema mais comum é o prato ser menos decorado do que o da imagem de divulgação. "Às vezes, na correria, ele (o boteco) dá uma escorregadinha", admite.

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o tempo - economia - p. 10 - 6.5.13Grosseria

Retratação após relato no FacebookNa semana passada, um caso de atendimento ruim to-

mou conta das redes sociais: um grupo de amigos foi a um bar no Santa Tereza e uma das clientes relatou no Facebook que, após pedir o prato do concurso, que ela classificou de "previsível e sem graça, elaborado apenas para cumprir ta-bela e encher o estabelecimento", o grupo pediu um outro petisco, que também deixou a desejar.

Decidiram, então, fechar a conta, mas foram abordados pelo proprietário do local de maneira grosseira. Depois de quase 10 mil compartilhamentos no Facebook, o dono do boteco pediu desculpas públicas, que foram compartilhadas, inclusive, pelo perfil oficial do evento. A realizadora do Co-mida di Buteco, Maria Eulália Araújo, diz que o episódio serviu como "uma lição" para todos que participam do con-curso. (APP)

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