3º ano - guerra do contestado

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Guerra do Contestado 1912-1916.

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Profº Daniel - Colégio Murialdo Araranguá

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Guerra do Contestado 1912-1916.

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Guerra do Contestado 1912-1916.

• Período Histórico: Outubro de 1912 a agostode 1916

• Envolvidos:

– população cabocla;

– representantes do poder

estadual e federal brasileiro;

• Palco do Conflito: região rica em erva-mate emadeira pretendida pelo Paraná e SantaCatarina (Contestado).

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CAUSAS DO CONFLITO:

• Questão da divisa entre Paraná e Santa Catarina;

• Ausência do governo no território disputado;

• Presença do capital internacional;

– Brazil Railway Company, de propriedade do empresário PercivalFarquhar, que também era dono da Southern Brazil Lumber andColonization Company.

• Conflitos fundiários decorrentes da instalação da ferrovia;

• Estratificação social centrada no coronelismo;

• Sistema econômico regional pautado no extrativismoflorestal;

• Disputas políticas localizadas.

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Envolvidos:• 10.000 soldados do Exército Encantado de São Sebastião;• 7.000 soldados do Exército Brasileiro e 1.000 civis contratados.

• Presidentes envolvidos:– Hermes da Fonseca (1910/1914)– Venceslau Brás (1914/1918)

• Governadores envolvidos:• Santa Catarina:

– Vidal Ramos (1910/1914)– Felipe Schimitd (1914/1918)

• Paraná:– Carlos Cavalcanti (1912/1916)– Afonso Camargo (1916/1920)

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Área localizada entre os rios do Peixe e Peperi-guaçu, estendendo aos territórios decuritibanos e campos novos.Região disputada pelos dois estados desde 1853, quando dacriação da Província do Paraná, permanecendo em litígio até o período republicano.

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A CONSTRUÇÃO DA ESTRADA DE FERRO.

• Originalmente, os moradores da região eram:• posseiros caboclos e pequenos fazendeiros que viviam da

comercialização daqueles produtos.

• No final do século XIX, o governo brasileiro autorizou aconstrução de uma estrada de ferro ligando os Estadosde São Paulo e Rio Grande do Sul.

– desapropriou uma faixa de terra, de aproximadamente 30km de largura,• uma espécie de "corredor" por onde passaria a linha férrea.

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A CONSTRUÇÃO DA ESTRADA DE FERRO.

• A responsável pela construção: a empresa norte-americana BrazilRailway Company, de propriedade do empresário Percival Farquhar,que também era dono da Southern Brazil Lumber and ColonizationCompany, uma empresa de extração madeireira.

– Com isso, os pequenos fazendeiros que trabalhavam na extração damadeira foram arruinados pelo domínio da Lumber sobre as florestas daregião.

• A construção da estrada acabou atraindo muitos trabalhadores para aregião onde ocorreria a Guerra do Contestado.

– Com o fim das obras, o grande número de migrantes que se deslocoupara o local ficou sem emprego e, consequentemente, numa situaçãoeconômica bastante precária.

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• Os termos do acordo firmado com o governobrasileiro levaram, de uma só vez:– à expulsão dos posseiros que trabalhavam no local,

– à falência de vários pequenos fazendeiros que viviam daextração da madeira

– formação de um contingente de mão-de-obra disponível edesempregada ao fim da construção.

• Outro elemento importante para o início doconflito:– o messianismo: A região era frequentada por monges que faziam

trabalhos sociais e espirituais e, vez ou outra, envolviam-se também comquestões políticas - o que lhes dava certo destaque entre os moradoresdaquela localidade.

Os principais elementos político-econômicos que levaram à eclosão da Guerra do Contestado.

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• O primeiro deles, o monge Giovanni "João" MariaD'Agostini, era imigrante italiano e residiuem Sorocaba (São Paulo), mudando-se em seguida parao Rio Grande do Sul, onde viveu entre os anos de 1844 e1848.– Sua prisão foi decretada em 1848, pelo General Francisco José d’Andréa

(Barão de Caçapava), mediante o temor de levantes e concentraçõespopulares que começavam a ser comuns naquela região, ficando o mongefoi proibido de voltar ao Rio Grande do Sul. Refugiou-se na Ilha doArvoredo (SC), depois em Lapa (PR), na serra do Monge, e em Lages (SC),desaparecendo misteriosamente em seguida.

João Maria D’Agostini

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• O segundo monge.

• surgiu também misteriosamente,no Paraná e Santa Catarina, tendo vividoentre os anos de 1886 e 1908, havendo,na ocasião, uma identificação com oprimeiro, de quem utilizava os mesmosmétodos, com curas por ervas, conselhose água de fontes.

• Acredita-se que seu verdadeiro nome éAtanás Marcaf

João Maria de Jesus.

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MONGE JOSÉ MARIA• O terceiro monge, José Maria, surgiu em 1911 no município

de Campos Novos (SC), e foi, segundo alguns historiadores,um ex-militar. De acordo com um laudo da polícia de Vila dePalmas, no Paraná, seu verdadeiro nome era Miguel Lucenade Boaventura, um soldado desertor condenado por estupro.Dizia ser irmão do primeiro monge e adotou o nome de JoséMaria de Santo Agostinho.

– Utilizava, também, os mesmos métodos de cura dos anteriores, mas,ao contrário do isolamento, organizava agrupamentos, fundando os“Quadros Santos”, acampamentos com vida própria, e os “Pares deFrança”, uma guarda especial formada por 24 homens que oacompanhavam(numa alusão à cavalaria de Carlos Magno na IdadeMédia).

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MONGE JOSÉ MARIA

• Tudo pertencia a todos.

• O comércio convencional foi abolido, sendo apenas permitidastrocas.

• É de destacar a importância atribuída às mulheres nestasociedade. A virgindade era particularmente valorizada.

• Bandeira da "Monarquia Celestial".– Branca com uma cruz verde, evoca os estandartes das antigas ordens

monástico militares como as dos templários, por exemplo.

• Para o monge, a república era a "lei do diabo".

• Nomeou "imperador do Brasil" um fazendeiro analfabeto,nomeou a comunidade de "Quadro Santo“.

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• A mobilização na região passou a incomodar o governofederal não apenas por crescer rapidamente, com aformação de novas comunidades, mas também porqueos rebeldes passaram a associar os problemaseconômicos e sociais à República.

– Ao mesmo tempo, os coronéis locais ficaram incomodadoscom o surgimento de lideranças paralelas, como JoséMaria.

– Já a Igreja, diante do messianismo que envolvia omovimento, também defendeu a intervenção na região.

A GUERRA:

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A GUERRA:• De forma autoritária e repressiva, os governos do Paraná e de

Santa Catarina, articulados com o presidente Hermes daFonseca, começaram a combater os rebeldes.– são enviadas tropas do Regimento de Segurança do Paraná, sob

o comando do coronel João Gualberto, que junto com JoséMaria, morre no combate.

• Principais Redutos: Irani, Taquaruçú, Caraguatá, Santa Maria.

– Uniram-se ao grupo os fazendeiros prejudicados pela presençada Lumber na região.

Embora tenham tido pouco sucesso nos dois primeiros anosdo conflito, as forças oficiais obtiveram, a partir de 1914,sucessivas vitórias sobre os revoltosos .– Com a nomeação do General Setembrino de Carvalho para o

comando das operações contra os fanáticos, a guerra muda deposição.

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A GUERRA:• Famintos e com cada vez mais baixas, diante do conflitoprolongado, da força e crueldade das tropas oficiais eda epidemia de tifo, os revoltos caminharam para aderrota final, consumada em agosto de 1916 com aprisão de Deodato Manuel Ramos, último líder do

Contestado.

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A GUERRA:• Na data de 12 de outubro de 1916, osgovernadores Filipe Schmidt [Santa Catarina] eAfonso Camargo [Paraná] assinaram umacordo e o município de “Campos do Irani”passou a se chamar Concórdia.

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