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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF CURSO SUPERIOR DE ESTÉTICA E COSMETOLOGIA período AROMATERAPIA I (ESTUDO E REVISÃO) Profª Maria Julia da Silva Nunes Bacharelado e Licenciatura em Letras – UFRJ, Técnica em Estética e Especialista em Aromaterapia e Psicossomática Contemporânea UMA PUBLICAÇÃO Rio de Janeiro – 2005 1

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF

CURSO SUPERIOR DE ESTÉTICA E COSMETOLOGIA

1º período

AROMATERAPIA I (ESTUDO E REVISÃO)

Profª Maria Julia da Silva Nunes Bacharelado e Licenciatura em Letras – UFRJ,

Técnica em Estética e Especialista em Aromaterapia

e Psicossomática Contemporânea

UMA PUBLICAÇÃO

Rio de Janeiro – 2005

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CURSO SUPERIOR DE ESTÉTICA E COSMETOLOGIA

1º período

AROMATERAPIA I (ESTUDO E REVISÃO)

Copyrigth © da Autora Profª Maria Julia da Silva Nunes

Bacharelado e Licenciatura em Letras – UFRJ, Técnica em Estética e

Especialista em Aromaterapia e Psicossomática Contemporânea

É proibida a reprodução total ou parcial deste texto, sejam quais forem os meios empregados ( impressão, mimiografia, fotocópia, datilografia, gravação, reprodução em discos, fitas, CD ou DVD), sem permissão por escrito do Titular da Obra. Aos infratores aplicam-se as sanções previstas nos artigos 122 e 130 da lei 5.988 de 14/12/83. Esta obra foi publicada e editada pelo convênio entre o ISBF- Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas da Saúde, da Beleza e da Forma e o Centro Universitário Augusto Motta

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Introdução Desde dos tempos dos faraós que os óleos essenciais são usados para promover saúde, beleza e bem-estar. Na Bíblia há referências de que Maria Madalena tenha lavado os pés de Jesus com preciosos ungüentos, e que o incenso e a mirra tenham sito ofertados ao menino Jesus pelos Reis Magos. Cleópatra devia seu poder de sedução às suas “poções secretas”. Atualmente, estamos resgatando todo aquele antigo conhecimento da ciência dos aromas, isto é, a AROMATERAPIA, com pesquisas científicas, que vieram confirmar o poder e os benefícios do uso dos óleos essenciais e sua influência em nosso humor, emoções, para relaxar ou estimular o corpo, a mente e o espírito. Os óleos essenciais, na verdade, são substâncias muito voláteis, extraídas das flores, frutos, sementes, cascas ou raízes por diferentes métodos de extração. É importante notar que os efeitos dos óleos essenciais estão intimamente ligados à sua pureza. Porém, seu uso correto, principalmente nos cuidados com a pele, nas massagens, banhos e infusões proporcionam uma penetração nos tecidos e os dirige para os lugares onde serão úteis. Eles podem agir tanto em nível local quanto através dos canais de energia, os nervos e os meridianos. Quando aplicados à pele, os óleos essenciais regulam a atividade dos capilares e devolvem vitalidade aos tecidos, mas sua aplicação exige conhecimento das propriedades e aplicações de cada óleo essencial. A aromaterapia e o olfato Aromaterapia, a arte e ciência do uso de óleos essenciais para promover saúde e bem-estar físico e emocional começou a se tornar popular porque faz uso do sentido mais forte e constante em nossas vidas, o olfato. Alguns testes provaram que o cérebro registra e detecta um cheiro no espaço de dois segundos, mesmo depois de muitos anos após entramos em contato com eles pela primeira vez. O nervo responsável pelo olfato tem uma ligação com os centros nervosos que controlam a emoção. Por esta razão é que muitas pessoas experimentam uma sensação de calma e relaxamento ao passar por um jardim florido, por uma grama molhada. É uma reação do cérebro aos perfumes das plantas. Tanto no homem primitivo, como no homem moderno, as informações dependem do despertar do olfato para muitas reações, tais como: as de fome, fuga do perigo, interação sexual, e de inúmeras informações sutis que nosso cérebro processa milhares de vezes por dia. Como funcionam no corpo mente e alma O campo das terapias holísticas reconhece a importância da conexão entre mente e corpo. Platão escreveu: “A cura da parte não deveria ser tentada sem o tratamento do todo. Nenhuma tentativa deveria ser feita para curar o corpo sem a alma, e para que a cabeça e o corpo sejam saudáveis deve-se começar pela cura da mente”. Os óleos essenciais afetam tão fortemente a mente e as emoções quanto afetam o corpo físico. O olfato pode influenciar áreas do cérebro inacessíveis ao controle mental, bem como as emoções e as reações hormonais. A aplicação dos óleos pode trazer benefícios aos músculos, ao sistema nervoso e linfático. Na verdade os óleos essenciais são muito ativos sobre o nível energético. Com efeito, o óleo essencial entra no verdadeiro âmago da força vital da planta, pois é um produto da natureza na qual todos nós fazemos parte.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Conceituação da Aromacologia e Aromaterapia

Aromaterapia é a arte e ciência milenar de utilizar aromas, em forma de óleos essenciais para cuidar da beleza e da saúde física e mental. As histórias são inúmeras, desde a Antigüidade até os dias de hoje. Todas parecem exaltar os intrigantes poderes das fragrâncias de ungüentos ou poções aromáticas, mas somente em tempos recentes foi chamada de aromaterapia. O que há de comum nessas histórias são as bases das plantas de onde são obtidos os óleos essenciais. Eles são encontrados sob forma líquida ou sólida nas folhas, caules, frutos, raízes ou casca de vegetais. Deles se extraem um óleo volátil, muito concentrado, insolúvel em água, com grande complexidade química. Somente óleos essenciais puros e naturais devem ser usados em AROMATERAPIA. Cada óleo essencial possui propriedades específicas que beneficiam o organismo, trazendo equilíbrio à mente, um relaxamento profundo, desintoxicando o sangue, para primeiros socorros, problemas respiratórios e cuidados com a beleza de um modo geral. Aromacologia é uma terminologia cunhada há pouco tempo, desde 1989 quando uma fundação para pesquisa do olfato localizada em Nova York - The Sense of Smell Intitute registrou este termo para seu trabalho de desenvolvimento de pesquisas. A entidade reúne recursos globais e financia pesquisas científicas em hospitais e universidades. A aromacologia busca promover a integração de áreas científicas diversas tais como: a química, farmacologia, neurofisiologia, cosmetologia e psicologia para elaborar compostos aromáticos que tragam efeitos emocionais às pessoas. A História da aromaterapia A evolução cronológica da história da aromaterapia começa com os primeiros indícios do uso terapêutico de plantas aromáticas pelos homens pré-históricos até os dias de hoje. Sua evolução passa pelos egípcios, indianos, gregos e romanos., embora tenha havido uma lacuna interrupção durante a idade média. Floresceu, no entanto com a história da perfumaria. O uso em rituais por sacerdotes em forma de incenso e o uso em mumificações eram amplamente utilizados pelos egípcios. Os antigos gregos acreditavam que os perfumes eram formulados pelos deuses, e os utilizavam em remédios aromáticos e cosméticos. Já os romanos usavam óleos aromáticos em massagens. A própria palavra perfume deriva do latim “par fumare”, que significa “através da fumaça”. Os árabes foram responsáveis pelo desenvolvimento da arte da destilação, e desse modo, foram os pioneiros no uso dos óleos essenciais da maneira como nós utilizamos hoje.

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A aromaterapia, que é uma forma holística de cura, foi assim denominada, no final da década de vinte, pelo químico francês René M. Gattefossé. Ele estava trabalhando no laboratório de sua família, quando queimou suas mãos gravemente e as mergulhou no líquido mais próximo - Uma tigela com óleo de lavanda. Surpreendentemente a queimadura sarou rapidamente e sem deixar cicatrizes. Impressionado com o resultado, Gattefossé começou a pesquisar as propriedades dos óleos essenciais, o que culminou com a publicação de seu livro intitulado “Aromatherapie” em 1928.

Durante a guerra um médico francês chamado Jean Valnet fez uso dos óleos essenciais em feridos, o quê lhe trouxe reconhecimento nas curas holísticas. Ele continuou suas pesquisas no pós -guerra e seu livro foi publicado em 1964.

Maguerite Maury foi outra notável figura na aromaterapia moderna. Ela era uma bioquímica francesa que através de suas pesquisas conclui que bastava o uso externo em massagens com combinações individualizadas para se obter os efeitos desejáveis.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Hoje a aromaterapia é praticada mundialmente, contudo na produção mundial de óleo essencial, os principais países produtores são a Espanha, França, Itália, Bulgária, Brasil, Usa, China e a Índia. Na produção dos óleos exóticos podemos destacar Madagascar e Ilhas Comores, produtoras do ylang-ylang. O Egito e o Marrocos são conhecidos pelos seus óleos de gerânio e rosas. A Austrália é o principal produtor de tea tree. O Brasil atualmente produz os seguintes óleos essenciais: Pau rosa, laranja, tangerina, bergamota, lima, limão siciliano e tahiti, copaíba, cravo da índia, eucalipto globulus e citriodora, hortelã - pimenta, palmarosa, capim-limão, e citronela. Os aromas através dos tempos HISTÓRIA PRÉ – HISTÓRIA

Idade antiga Idade média Idade Moderna Idade Contemporânea

Escrita + ou - 4000 a .C.

Nasce J.C. 476 d.C. Queda de Roma

1453 d. C. Queda de Constantinopla

1789 d.C até hoje Revolução Francesa

Nos tempos pré-históricos: No Período da pedra lascada– Paleolítico 10.000 a.C. - Foram encontrados alguns resíduos de plantas alucinógenas em sítios arqueológicos. No Período da pedra polida – Neolítico 4.000 a.C. – Com a utilização de utensílios e o cultivo de plantas abre – se à possibilidade de extração de óleos vegetais.

Os aromas na Antigüidade Nas civilizações antigas, os egípcios desempenharam um papel de destaque no uso de substâncias aromáticas. As plantas aromáticas tinham uma importância relevante, onde rituais religiosos e aplicações terapêuticas de ervas e aromas se fundiam em uma coisa só. Ao longo da história encontramos inúmeros registros de fatos que comprovam o uso de plantas aromáticas, mas sem dúvidas as mais expressivas são: Na Babilônia 1800 a.C. foi encontrado uma tábua de argila com um pedido comercial de óleos de cedro, mirra e cipreste.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF No Egito Alguns papiros, de cerca de 2.800 a. C., no reinado de Khufu citam o uso diversas ervas medicinais e óleos essenciais. Um outro datado de 2000 a. C. fala de finos óleos e de escolha de perfumes e incensos para os templos onde os deuses fossem adorados.

Uma cena no Egito antigo que mostra mulheres usando cones perfumados em suas cabeças, que ao derreterem, perfumavam seus cabelos e corpos.

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Sarcófago de Tutancâmon que viveu na 18a. Dinastia (1550- 1295 a.C.) Sua tumba foi à única no Vale dos Reis a preservar grande parte de seus tesouros até o século XX - talvez pelo fato de Tutancâmon não ter sido tão conhecido e poderoso como outros reis. Nela foram encontrados os óleos de cedro, coentro, mirra, olíbano e zimbro usados nas bandagens e também em aromatizadores e em frascos. Outro fato marcante foi o Êxodo dos judeus por volta de 1240 a.C. Uma trajetória que levou cerca de quarenta anos para ser concluída. Foram levados com eles muitos conhecimentos preciosos sobre algumas gomas e óleos e sua forma de utilização. Temos uma referência na Bíblia da preparação de óleo bento por Móises. (Êxodo 30,22-25) “O Senhor falou a Moisés, dizendo: pega aromas de primeira qualidade: cinco quilos e meio de mirra virgem, dois quilos e meio de cinamono aromático, dois quilos e meio de cana aromática, cinco quilos de cássia, segundo o peso do santuário, e nove litros de azeite de olivas. Farás disto um óleo para unção sagrada, uma mistura de especiarias preparada segundo a arte da perfumaria. Será este o óleo para unção sagrada”.

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Segundo o egiptólogo francês Pierre Montet foi no reinado de Ramsés (800 – 700 a.C.) que o uso de ervas aromáticas para perfumar a água dos banhos ganhou destaque, pois era um ritual praticado pela manhã e antes das principais refeições. Mas foi Cleópatra (69 – 30 a.C.) quem mais usou a perfumaria aromática e a arte de sedução, já que sua beleza não era tão notável assim. Ela costuma usar o perfume cyprinum de óleo de henna, açafrão, menta e zimbro.

Na Índia

Cerca de 1.500 a.C., com os Vedas, a medicina ayurvédica relaciona o uso de ervas e óleos essenciais também de forma ritualística e terapêutica. São listadas mais de 700 ervas que incluem canela, nardo, gengibre, mirra, coriandro e sândalo. O Sistema Ayurvédico de Saúde é um dos mais antigos e dos mais completos métodos de cura e prevenção da saúde. Não havendo nenhuma interrupção em seu uso até os dias de hoje.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Grécia e Roma Os gregos aprenderam a usar óleos aromáticos com os egípcios, e como eles, consideravam as plantas aromáticas de origem divinas. Dionísio era o deus grego do aroma, do sabor, do vinho e do perfume. Também no antigo Egito, a famosa fragrância conhecida como "kyphi" - que significa "boas-vindas aos deuses" - era usada ao pôr-do-sol em honra ao Deus Rá; pela manhã utilizavam a mirra, e ao meio-dia era queimado o olíbano. Da mesma forma, na Grécia antiga, os guerreiros faziam uma aplicação de óleos sobre o corpo antes de partir para alguma batalha. Já os romanos foram extravagantes no uso dos aromas. Eles faziam parte da vida social e do lazer, pois eram comuns as casas de banhos. Ruínas de termas romanas, espalhadas pela Europa e norte da África, ainda surpreendem pelas dimensões grandiosas. Em Roma, que no século IV, teria cerca de 900 banhos públicos. Eles são exemplos vivos da imponência das termas imperiais, onde se fazia o uso de óleos aromáticos como complemento dos banhos. Hipócrates, que viveu de 460 - 377 a.C., foi o pioneiro em considerar a massagem com óleos essenciais uma terapia, difundindo-a na comunidade científica. Usava fumigações, massagens e banhos. Assim como Hipócrates, que notadamente adquiriu seu conhecimento de fontes egípcias, Heródoto e Demócrates reconheceram os egípcios com mestres da perfumaria.

A Idade das trevas No Séc.V, com a invasão do Império Romano, o uso das plantas aromáticas começa a cair na obscuridade, com a transferência do conhecimento médico para Constantinopla. Porém através das traduções dos livros de Galeno, Hipócrates e outros estes conhecimentos não se perdem para sempre. Do séc VII ao XIII. O Conhecimento permanece no mundo Árabe, onde grandes homens da ciência continuam seu trabalho. Dentre eles Avicena, Um médico que escreveu mais de cem livros, um deles inteiramente sobre a rosa. Por volta do séc. XIII, em decorrência das Cruzadas religiosas, o conhecimento dos óleos aromáticos e perfumes se espalha pela Europa. As plantas aromáticas chegaram a serem usadas contras as pragas. A água de rosas torna-se um perfume popular na Europa durante as Cruzadas.

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A busca pela “quintessência” ou segredo da vida traz o desenvolvimento da química e medicina. Eles acreditavam que havia uma quintessência ou um quinto elemento que formava os corpos celestiais e penetrava em todas as coisas. Durante a Idade Média, e já sob a influência da Alquimia, ocorreu uma grande evolução das técnicas de laboratório. A destilação se desenvolve, desaparece o condensador dito "alexandrino", em forma de coração, ligado diretamente ao frasco aquecedor e resfriado com toalhas úmidas. Em seu lugar surge o alambique clássico com condensador reto ou em forma de serpentina, envolvido em uma cuba com água para resfriamento. Por muito tempo foi atribuído a Avicena, que viveu de 980 a 1037, o pioneiro na utilização desse processo. Mas em 1975, Dr. Paolo Rovesti encontrou em um trabalho arqueológico no Paquistão, um aparato para destilação feito em terracota, que sugere que aquele povo já utilizava óleos aromáticos destilados há pelo menos 4.000 anos. Na Europa A França é um país de grande tradição aromática, mantida pela monarquia francesa. Já por volta de 1200 o rei Felipe Augusto II reconhece a profissão de perfumista. Tradição que perdurou e se fortaleceu.

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(local para comercialização de essências criadas)

Em 1370 foi criada a famosa Água de Toalete da rainha da Hungria, Isabele feita com óleos essenciais em uma base alcoólica. Uma criação curativa, a princípio, assim como a água de Colônia, uma mistura de óleos de néroli, laranja, bergamota e alecrim. Napoleão foi um fã incondicional desse perfume. Com o aumento do comércio de especiarias, a Europa se vê inundada de cheiros exóticos, mas de preço altos. Aos poucos foram buscando alternativas em seu próprio solo. Grasse, na França, se desenvolve por seu clima para cultivo de ervas e plantas orientais.

Fábrica antiga de essência em Grasse

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No Renascimento A medicina, perfumaria e herborismo caminharam juntas. Porém a revolução científica. do séc. XVI substitui a alquimia pela química, melhora a destilação para perfumes. No Séc. XVII Cria–se sala de banhos e sanitários. Ainda no Séc. XIX, os perfumes ganham status de quase remédios, sendo usados para tratar depressão e enfermidades nervosas.

Na Atualidade

Com o desenvolvimento científico, a medicina tradicional passou a ser considera primitiva. No início do Séc. XX, com o desenvolvimento de temas sintéticos com a indústria de massa aumenta a crença que os produtos produzidos em laboratórios são superiores e mais “puros” que os naturais. Mesmo com trabalhos como o de Cuthbert Hall, que no início de 1904, demonstra que o poder anti-séptico do óleo de eucalipto globulus natural é muito mais potente que seu principal constituinte e principio ativo isolado, o eucaliptol ou cineol. E com o maravilhoso trabalho de Maurice Gattefossé que usa pela primeira vez o termo aromaterapia. Dentre muitos outros que surgiram desenvolvendo trabalhos que destacam as propriedades curativas dos óleos essenciais. Hoje, as pessoas estão mais conscientes e receptivas as modalidades de cuidados com a saúde que buscam alternativas naturais. Em conseqüência disso, a aromaterapia vem ganhando mais adeptos e enumeras pesquisas científicas para comprovação de seus resultados.

Aromaterapia e o olfato O olfato parece ser “um sentido químico do toque”, pois existe uma ligação direta entre o cérebro e o ambiente, que ocorre no nariz. Apenas alguns centímetros separam o receptor olfativo do cérebro e as fibras nervosas do sistema olfativo que vai diretamente para a área límbica do cérebro, que é a responsável pelas emoções. Por esta razão é que podemos influenciar os estados de espírito e emoções com inalações de óleos aromáticos. O sistema límbico também tem ligações com o tálamo e o córtex, dando aos aromas a capacidade de afetar o pensamento consciente e reações. Anatomia e fisiologia do olfato: O olfato pode influenciar áreas do cérebro inacessíveis ao controle mental, bem como as emoções e as reações hormonais.Tanto no homem primitivo, como no homem moderno, as informações dependem do despertar do olfato para muitas reações, tais como a da fome, fuga do perigo, interação sexual, e de inúmeras informações sutis que nosso cérebro processa milhares de vezes por dia.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Com propósitos específicos, os aromaterapeutas fazem uso dos óleos essenciais para promover embelezamento da pele, cura para alma e relaxamento para a mente. Quando respiramos as moléculas odoríferas são traduzidas em um sinal pelas células receptoras na cavidade nasal. O sentido do olfato é um fenômeno subjetivo que não pode ser estudado com facilidade, pois algumas percepções olfativas sofrem interferências psicodinâmicas por diversos mecanismos de ação durante a olfação. As moléculas que entram na cavidade nasal se dissolvem no muco que fica na membrana chamada membrana olfatória.

Figura 1 A membrana olfatória sua localização e mecanismo de excitação por meio de estímulos químicos: A cavidade nasal serve tanto ao paladar quanto ao olfato, mas sua função principal é de circular o ar que respiramos e que se purifica, umedece e esquenta neste processo, antes de ir para os pulmões. A membrana olfatória é a mucosa que forma a camada de células olfatórias na porção superior da cavidade nasal.Ela mede aproximadamente 5 cm e com 100 milhões de células. A substância odorífera ao penetrar na membrana olfatória, se difunde no muco que cobre os cílios, e então, se fixa a uma proteína receptora, e é levado por canais iônicos aos neurônios olfatórios através de um complexo mecanismo físico-químico pelo qual as células olfatórias são estimuladas. (Figura 1) O limiar da olfação e as gradações das intensidades dos cheiros.

As substâncias odoríferas terão que ser voláteis, ligeiramente hidrossolúveis e lipossolúveis. Na maior parte do tempo, elas se adaptam aos receptores olfatórios no primeiro segundo após a estimulação, mesmo com uma quantidade muito pequena. Um estímulo constante, entretanto, causa uma adaptação ou fadiga olfativa. Após o estímulo odorífero produzir um sinal elétrico, a membrana logo interrompe o fluxo de íons. Porém, a remoção do estímulo permite nova atividade do processo.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF As transmissões dos sinais olfatórios para dentro do sistema nervoso central.

figura 2 A participação do sistema límbico nos processos emocionais.( figura 2) As células olfatórias são na realidade células nervosas bipolares derivadas do próprio sistema nervoso central. Elas são estimuladas pelo odor que transmitem impulsos nervosos ao nervo olfatório, que a transmite ao sistema nervoso central. O olfato está localizado na porção primitiva do cérebro chamado de sistema límbico que controla as emoções e outros aspectos comportamentais. Métodos de absorção cutânea: São os mecanismos de ação dos óleos essenciais pela pele e a sua absorção pelo tecido muscular e pelos vasos sangüíneos de onde são levados para todos os tecidos e órgãos. Sabe-se que a pele é praticamente impermeável por sua função protetora. No entanto, ela é permeável a sustâncias voláteis, formadas por moléculas capazes de emitir vapores com odor. Os fatores que afetam a permeação são a espessura e a região da epiderme. As regiões com grande número de orifícios pilossebáceos são as mais permeáveis e vascularizadas, com maior capacidade de associação a outras substâncias da pele. Os óleos vegetais naturais, compostos lipídicos obtidos das sementes como a de girassol, abacate, uva, etc são os que melhor penetram, pela sua semelhança com a gordura da pele e pelo grande poder de difusão. Todo óleo essencial necessita de um veículo adequado para proporcionar maior penetrabilidade e os óleos vegetais são os mais adequados para aplicações na epiderme por difusão.

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órgãos

corrente sangüínea

tecido muscular articulações

pele

sistema olfatóriorecente

percepçãoconscientedo cheiro

córtex

sistema olfatóriomuitoantigo

aspectosemocionais

e motivacionaisdo cheiro

hipotálamo

sistema olfatórioantigo

mémoriados

odores

hipocampo

sistema límbico

bulbo olfatório

receptoresolfatórios

nariz

óleo essencial

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Métodos de extração As diversas formas de obtenção de óleos essenciais por destilação, expressão a frio, enfleurage e por solventes.

Destilação

A destilação é o método tradicional de extração de óleo essencial através do qual as partes das plantas são colocadas com água em um tanque. Quando a água ferve, o óleo evapora e atravessa por um condensador para resfriamento. Ao resfriar o óleo se separa da água caindo em um recipiente coletor.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF espremedura Quanto à espremedura, ou extração a frio é o método usado para frutos cítricos, pois o óleo essencial está na casca dos mesmos, bastando espreme-los manualmente ou mecanicamente como é industrialmente fabricado.

A enfleurage era usada para extração de flores delicadas como a tuberosa, o jasmim e a flor de laranjeiras. Basicamente se embebem as pétalas das flores em uma gordura, trocando as pétalas até a saturação da gordura que se torna uma pomada chamada de “concreto”, e só então ela passa a ser diluída em álcool. Quando ele se evapora totalmente, temos um “óleo absoluto”. Temos ainda a extração por solvente que é atualmente a mais utilizada, especialmente para plantas com baixos índices de óleos aromáticos.

Segurança no uso dos óleos essenciais Critérios de onde e como usar com segurança os óleos essenciais. Suas indicações e contra-indicações. Para melhores resultados, os óleos essenciais devem ser adquiridos de uma fonte confiável, pois os óleos mais raros podem ser caros. Óleos naturais jamais irão custar o mesmo preço, pois necessitam de proporções diferentes de matéria-prima da planta para se produzir óleo, assim como, de acordo com seu país de procedência, possuirão preços de custo também diferentes. Outro fator importante é o rendimento que a planta proporciona. Por exemplo, para a produção de 1 litro de óleo de eucalipto globulus, necessita-se aproximadamente de 50kg de folhas. Mas, para o óleo de rosas, são necessários 2,5 a 3 toneladas de pétalas para se produzir a mesma quantidade de óleo. Os óleos de qualidade são muitos concentrados e estão em pequenos frascos. Podem até durar muito tempo se conservados ao abrigo da luz e em frascos âmbar ou azuis (nunca em plástico). Um óleo verdadeiro tem odor característico da planta, é vigoroso, não apenas forte. Com o aprimoramento do olfato todos são capazes de identificar um óleo puro e verdadeiro, sem adições de produtos químicos que alteram suas funções terapêuticas. Cabe observar também a sua tonalidade, óleos naturais variam do transparente ao marrom acastanhado, passando pelo amarelo ou esverdeado, porém são sempre tonalidades amenas, semelhante aos tons das plantas. Os óleos essenciais não possuem cores extravagantes como vermelho, roxo, lilás ou azul forte. Somente o óleo de camomila matricaria tem a coloração azul anil, pois em sua composição, encontra-se o camazuleno, o que lhe confere este tom. Por outro lado a tangerina, laranja e o grapefruit terão a cor amarela ou alaranjada. O patchouli, a canela, o cravo, o cedro e o vetiver a cor marrom. A bergamota a cor esverdeada. Normalmente os produtos com coloridos intensos têm a adição de corantes.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF INDICAÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES A grande maioria dos óleos essenciais são atóxicos e seguros quando usados nas dose e proporções recomendadas. No entanto, alguns óleos mais tóxicos jamais devem ser usados em aromaterapia. Entre os potencialmente perigosos estão absinto, amêndoa amarga, arnica, arruda, artemísia, boldo, cânfora, casca de canela, gualtéria, jaborandi, poejo, sassafrás, tomilho vermelho e tuia.* Estes óleos oferecem risco de envenenamento. 1-Deve-se tomar cuidados especiais com crianças pequenas, gestantes, epiléticos, hipertensos, alérgicos e idosos: • Para crianças e bebês use quantidades extras diluídas. • Com os idosos devemos descartar a possibilidade de deficiências em órgãos como rins e

fígado. Sofrem restrições também os portadores de doenças graves como o câncer e diabetes.

• No caso de hipertensão arterial evitar os óleos de alecrim, hissopo, sálvia e tomilho. • No caso de epilepsia evitar os óleos de alecrim, erva-doce, hissopo e sálvia. • É aconselhável fazer um teste de sensibilidade. Um desequilíbrio emocional, estresse,

distúrbios hormonais podem alterar a sensibilidade de uma pessoa. Nestes casos devemos evitar os óleos que possam irritar a pele: capim-limão (lemongrass), cravo, canela, hortelã-pimenta, manjericão, tomilho e verbena. Aromaterapia durante a gravidez A gravidez é um tempo especial para a mulher e que demanda cuidados especiais com o corpo. Neste período a mulher experimenta um aumento no seu poder olfativo, que por si só já a protege de uma exposição maior a odores fortes e potencialmente perigoso à gestação. A aromaterapia pode ser útil durante a gravidez e o parto, mas com algumas restrições. Saber que óleos são permitidos e quais devem ser evitados é fundamental para a prática aromaterápica. Durante o primeiro trimestre os riscos para a má formação do feto são maiores. Neste período evita-se exposição a toxinas, ou outras substâncias químicas na circulação que possam prejudicar o feto. Como cuidado preventivo não usamos óleos essenciais no primeiro trimestre, somente óleos vegetais podem ser usados. Óleos que devem ser evitados durante a gravidez: • Devemos evitar o uso de óleos essenciais considerados tóxicos, mesmo que levemente tais

como: Alecrim, anis, bétula, canela, cravo, cedro, erva-doce, hissopo, hortelã - pimenta, mirra, noz-moscada, orégano, sálvia e tomilho, além de qualquer outro classificado como tóxico (*listagem acima). • Devemos evitar o uso de óleos com propriedades emenagogas, isto é, que induzem o fluxo

menstrual: Alecrim, sálvia esclaréia, hissopo, manjericão, manjerona, mirra, e junípero.

Obs: Embora os óleos de lavanda, camomila e rosa sejam emenagogos, eles poderão ser utilizados em quantidade bem reduzida, ou seja, 0,5% para rosa e camomila e até 1% para lavanda e somente após o terceiro mês de gestação.

De um modo geral, a dose para mulheres grávidas deve ser reduzida pela metade das máximas recomendadas.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF 2-Cuidados especiais no manuseio: • Mantenha os frascos em locais frescos, dentro de vidros escuros e bem tampados. • Mantenha os frascos longe do alcance de crianças e animais. • Mantenha os óleos longe dos olhos e não os esfregue após manipular óleos essenciais.

Caso ocorra algum acidente, lavar bem os olhos com muita água e procure ajuda médica. • Não aplique óleo essencial puro diretamente na pele, pois podem causar reações.

Com exceção dos óleos de lavanda e tea tree, mas somente em casos de picada de insetos, pequenos ferimentos ou cortes.

• Os óleos essenciais são solventes e inflamáveis, portanto mantenham longe do fogo, plástico e madeira.

• Nunca faça uso de óleo essencial oralmente, somente sob orientação médica. 3- Atenção especial: • Se estiver tomando remédios homeopáticos consulte seu médico antes de usá-los. • Óleos essenciais que não devem ser usados antes de exposição ao sol: bergamota, limão,

lima, laranja, tangerina e grapefruit. • Não usar um óleo essencial por mais de 3 semanas, caso seja necessário, descanse uma

semana, depois o retome. • Não substituir os óleos essenciais por um acompanhamento médico, quando este for

necessário. CUIDADO: NÃO USAR ÓLEO ESSENCIAL INTERNAMENTE. NOS DEMAIS USOS, SEMPRE DILUÍDOS. A importância da qualidade óleos naturais x sintéticos

Os óleos naturais de plantas aromáticas, principalmente porque são voláteis, são também denominados óleos etéreos, óleos essenciais ou essência. Sendo o termo óleo essencial o mais apropriado, pois essência normalmente é um termo usado para os produtos sintéticos. Os óleos naturais são geralmente líquidos, porém com densidade menor que a água, contudo, alguns podem se solidificar em temperaturas baixas. Eles são formados por substâncias complexas de odores variados, constituídos de diferentes compostos químicas como os terpenos, álcoois, aldeídos, ésteres, cetonas e fenóis. São obtidos de diferentes partes das plantas aromáticas, assim chamadas por armazenarem estas substâncias em células secretoras. A obtenção do óleo se faz através de destilação por arraste com vapor d'água, ou por expressão dos pericarpos de frutos cítricos. Os óleos essenciais apresentam solubilidade limitada, mas suficiente para aromatizar as soluções aquosas, que são denominadas hidrolatos. Porém, ficam homogêneos em óleo vegetal ou outras substâncias graxas como as ceras, ou os solventes como álcool ou outros solventes orgânicos.

Quanto aos óleos sintéticos ou essências sintéticas são produtos com finalidades puramente aromáticas, sem fins terapêuticos, normalmente constituído de uma simples imitação de aromas das plantas. Podemos até dizer que não existe recriação humana que consiga reproduzir com plena perfeição o aroma de uma planta, pois tal grau de sutileza só é possível com a própria energia vital da planta, de qualidade única na natureza. Isto quanto ao seu valor energético, mas mesmo com relação aos componentes dos óleos essenciais,

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF eles são de grande complexidade em sua forma sinérgica, interagem de forma harmônica no processo terapêutico diferenciando-se das formas isoladas de atuação de ativos. Essa complexidade também pode variar conforme o clima ou por variações climáticas, as condições do solo, os métodos de cultivo e a origem da planta. É por isso que Lavanda officinalis e lavandin são óleos essenciais diferentes apesar de cultivados na mesma região. Lavandin, inclusive é um híbrido de maior produtividade, mas de qualidade inferior ao da lavanda. Portanto todos os elementos relacionados à qualidade e pureza de um óleo essencial são de grande importância na prática da aromaterapia.

Nem todas as lavandas são as mesmas:

Lavanda Lavandin

Lavanda : Lavandula officinalis/ Lavandula vera / Lavandula angustifólia

A lavanda cresce em regiões altas da França. Seu período de floração é de início de julho até o início de agosto. Suas flores vão dos azuis à púrpura. Sua altura é de cerca de 60 cm. Seu odor é fino e doce, sem cânfora. Seu rendimento varia de 0,5 a 1,5% de óleo essencial.

Lavandin:Lavandula fragrans/ Lavandula hybrida

É um arbusto forte que dá um óleo com bom rendimento, com aroma bastante canforado. Seu período de floração é de todas as tonalidades de azuis, o rosa e mesmo branco.Sua altura varia de 40 a 100 cm. Seu rendimento é de 1,5 a 2,5%. Seu cultivo não ultrapassa a regiões com mais de 500m acima do nível do mar. Enquanto o habitat natural da lavanda officinalis varia de 1000 a 2000m de altitude, nos Alpes Marítimos franceses.

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AROMATERAPIA PRÁTICA ÓLEOS DE MASSAGEM para os diversos fins:

A massagem é o método mais utilizado na aromaterapia, ela deve ser suave e relaxante e utiliza os vários sistemas de energia do corpo. Se você não é terapeuta em massagem, simplesmente utilize movimentos suaves e rítmicos. Os óleos essenciais também podem ser associados a técnicas como drenagem linfática, reflexologia e shiatsu.

TABELA DE PROPORÇÕES ENTRE ÓLEO ESSENCIAL E VEGETAL

Diluições de óleos essenciais em carreadores: 1 a 4 %

1% > Gestantes, crianças após 8 anos,peles sensíveis. Sinergia facial. 2% > Massagem corporal. 3% > Massagem em local de pouca permeabilidade cutânea. 4% > Áreas pequenas: locais doloridos, chakras, perfumes etc.

Equivalências para diluição:

1 ml = 20 a 25 gotas de óleo essencial.

Em 100 ml de óleo vegetal > 1% de óleo essencial = 25 gotas.(face,crianças,grávidas)

Em 100 ml de óleo vegetal >

2% de óleo essencial = 50 gotas.(massagem corporal) Em 100 ml de óleo vegetal >

3% de óleo essencial = 75 gotas.(área localizada de maior extensão) Em 100 ml de óleo vegetal >

4% de óleo essencial = 100 gotas.( área localizada mais restrita)

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Conhecendo a nomenclatura dos óleos naturais de plantas Introdução: A botânica é a ciência biológica que tem por objetivo o conhecimento das plantas. A botânica subdivide-se em vários ramos, dentre eles a Botânica Sistemática ou Taxionomia vegetal que tem por objetivo a ordenação e classificação das plantas. Nela entram em considerações diferentes categorias em que se agrupam os vegetais: espécie, gênero, família, ordem, classe, divisão ou ramo com as subespécies por ventura existentes. Para o nosso estudo é importante conhecer a nomenclatura botânica precisa pela qual cada espécie vegetal diferente é designada, pois muitas plantas têm diferentes nomes populares em diferentes regiões, que normalmente acabam gerando confusões quanto a que óleos essenciais estão sendo usados. As famílias botânicas A nomenclatura científica de uma planta é escrita em latim e, em itálico, sendo o gênero, seu primeiro nome, um substantivo simples ou composto, que deve ser escrito com letra maiúscula. O segundo nome é a espécie, um adjetivo, que deve ser escrito em letra minúscula. As espécies se referem a um tipo específico de gênero, com a mesma ancestralidade e de estrutura e comportamento estáveis na natureza. A subespécie é uma divisão dentro de uma espécie. Em alguns nomes científicos de plantas costumam aparecer também a abreviatura referente aos sobrenomes dos botânicos que classificaram essas plantas pela primeira vez. Para nosso estudo não incluímos essas abreviaturas. Os nomes das famílias levam, em botânica, a terminação aceae. Principais famílias botânicas usadas na extração de óleos essenciais: Coníferas, nome comum de um grupo de plantas caracterizado pelo desenvolvimento das sementes em estruturas chamadas cones ou pinhas; compreende entre 550 e 700 espécies de gimnospermas. Têm mais de 290 milhões de anos de existência. A formação do óleo essencial nas coníferas se dá em canais oleorresinosos. Pináceas Pinheiro – silvestre (Pinus sylvestris) Cupressáceas Cipreste (Cupressus sempervirens) Junípero (Juniperus communis) Cedro (Juniperus virginiana) Lauráceas Os óleos essenciais são encontrados dentro do citoplasma das células sob forma de gotas oleosas Loureiro ( laurus nobilis L.) Canforeira (Cinnamomum camphora) Caneleira ( Cinnamomum zeylanicum) Sassafrás ( Sassafrás officinalis) Pau – rosa (Aniba rosaedora) Abacateiro (Persea americana Miller) * extra-se óleo vegetal

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Rosáceas Os óleos essenciais são encontrados nas células epidérmicas das pétalas. Rosa-branca (Rosa centifolia) Rosa – de – damasco (Rosa damascena) Amêndoas – doces ( Prunus amygdalus) * extra-se óleo vegetal. Rutáceas Nesta família os óleos essenciais aparecem nas bolsas e canais. Arruda (Ruta graveolens) Cítricos Laranja (Citrus aurantium) Variedades: Laranja doce (Citrus sinensis) – pêra, baía, seleta Laranja azeda ou amarga (Citrus bigaradia) - laranja-da-terra, laranja-amargo-doce. Note bem os óleos néroli e petitgrain também são extraídos da: (Citrus bigaradia) Néroli - Flor de laranjeira Petitgrain - da folha ou dos pequenos frutos ainda verdes. Subespécie: Bergamota (Citrus bergamia) Lima/limão (Citrus Medica) Variedade: Limão doce (Citrus limonum) – limão siciliano, Lisboa, Gênova, rugoso. Lima: (Citrus auratifolia) Doces: lima da pérsia, Ácidas: (que são confundidas com limão): limão – galego, tahiti, mexicana, sutil. Grapefruit (Citrus paradisi) – toranja Tangerina (Citrus reticulata) Labiadas Os óleos são extraídos de pelos glandulares que fica no espaço intercelular das células glandulosas e a cutícula. Alecrim (Rosmarinus officinalis) Lavanda (Lavandula officinalis) Lavandin (Lavandula flagrans) Hortelã – pimenta (Mentha piperita) Manjericão (Ocimum basilicum) Manjerona (Origanum majorana) Patchouli (Pogostemom patcchouli) Sálvia ( Salvia officinalis) Sálvia esclaréia (sálvia sclarea) Tomilho (Thymus vulgaris)

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Compostas Nesta família o óleo essencial se acumula sob a cutícula distendida ou dentro da própria célula glandulosa. Camomila (Anthemis nobilis) Calêndula (Calendula officinalis) Girassol (Helianthus annuus) * extra-se óleo vegetal Mirtáceas Os óleos essenciais se forma pela divisão de células em meatos. Eucalipto glóbulos (Eucalyptus globulus) Tea tree (Melaleuca alternifólia) Cravo- da - índia (Eugenia caryophyllata) Burseráceas Mirra (Cammiphora mirrha) Olíbano (Boswellia carterii) Gramíneas Capim-limão (Cympopogon citratus) Citronela (Cympopogon nardus) Palmarosa (Cympopogon martini) Vetiver (Andropogon muricatus) Umbelíferas Funcho – doce (Foeniculum vulgare) Os componentes químicos dos óleos essenciais e vegetais Cada óleo essencial é composto de diversos componentes químicos que podem conter alguns poucos componentes a centenas deles para formar os vários tipos de óleos essenciais com combinações diferentes. Com a expansão da aromacologia cada vez mais os óleos essenciais estão sendo estudados pela ciência, e suas propriedades de uso tradicional confirmadas pelas pesquisas. O comportamento químico e o efeito do óleo essencial se tornam previsível pelo estudo de sua constituição. Apesar da complexidade de muitos óleos, o conhecimento dos componentes básico de um óleo essencial de planta de uma mesma espécie sempre segue o padrão geral de seus constituintes, embora ocorram variações de amostra para amostra.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Os componentes básicos do óleo de lavanda:

De forma geral os óleos essenciais são formados por hidrogênio, carbono e oxigênio. Para nosso estudo precisamos entender alguns conceitos da Química e suas funções. A molécula de isopreno, composto de 5 átomos de carbono, nos quais os átomos de hidrogênio se ligam com facilidade, formando um bloco de construção muito comum nos óleos essenciais - Os terpenos, que são substâncias constituídas de “unidades do isopreno”. Quando outro átomo se liga a essa estrutura básica, nós temos os grupos funcionais com características químicas específicas. As moléculas de terpenos são compostas de átomos de carbono e hidrogênio. Em conseqüência de sua estrutura química os terpenos, especialmente os monoterpenos são vulneráveis a oxidação. Por essa razão é que óleos essenciais cítricos, ricos em monoterpenos, são mais suscetíveis a ela. Os monoterpenos são compostos de duas unidades de isopreno, ou 10 átomos de carbono. Os monoterpenos ocorrem em quase todos os óleos essenciais. O limoneno é um monoterpeno que encontramos principalmente no limão e em alguns outros óleos. Outra forma de terpeno é o sesquiterpeno que tem três unidades de isopreno ou 15 átomos de carbono. Sua estrutura molecular é mais densa, o que os torna menos volátil que os monoterpenos. Os grupos funcionais Uma função química consiste em um grupo de átomos que confere as substâncias um comportamento químico determinado, sendo a função orgânica, específica para os compostos de carbono. Eles estão divididos em dois grupos principais: Os hidrocarbonetos que são compostos exclusivamente dos terpenos, sesquiterpenos e os compostos de oxigênio, principalmente os ésteres, aldeídos, cetonas, os álcoois, os ácidos. A função hidrocarbonetos: São os compostos mais simples da Química orgânica. Eles compõem-se exclusivamente de átomos de carbono e de hidrogênio. A função álcoois: São formados a partir dos hidrocarbonetos pela substituição de um ou mais átomos de hidrogênio de carbonos saturados por igual número de oxidrilas ou hidroxila(OH). Os monoálcoois saturados caracterizam-se por apresentar cadeia contendo somente ligações simples entre carbono e um único grupo OH. A hidroxila conectada a um anel de benzeno diretamente não é um álcool, mais um fenol. A função ácidos orgânicos: São caracterizados pelo grupo –COOH. Eles se formam pela oxidação dos aldeídos. Ácidos carboxílicos, que são formados por cadeias contendo até 7 átomos de carbono e os ácidos graxos formados por cadeias contendo 8 ou mais átomos de carbono. A combinação da função álcool com ácido forma os ésteres.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF A forma de ação e a classificação por grupos químicos:

Hidrocarbonetos Geralmente os terpenos são estimulantes, anti-sépticos, bactericida e antiinflamatório. São exemplos de terpenos (Canfeno, Careno, Cimeno, Limoneno, Mirceno, Ocimeno, Felandreno, Pineno, Sabineno, Terpineno, etc). Os sesquiterpenos tais como o camazuleno, presente na camomila tem sido muito estudado por suas propriedades antiinflamatórias. Compostos com oxigênio Álcoois Seus nomes são finalizados pelo sufixo -ol. Este grupo é geralmente estimulante do sistema imunológico, anti-séptico, tônico, não-tóxico, e não-irritante. Os álcoois evaporam lentamente e geralmente possuem um odor suave, doce herbáceo ou amadeirado. Eles são o linalol (lavanda e pau – rosa), nerol (néroli), geraniol (palmarosa, gerânio), citronelol (gerânio, rosa, limão) e patchoulol (patchouli). Aldeídos Seus nomes são finalizados pelo sufixo -al. Este grupo contem óleos que são sedativos e calmantes com propriedades antiinflamatórias. Normalmente são óleos muito fortes e que podem até causar alguma irritação na pele. A maioria dos óleos que cheiram como limão estão nesse grupo: Citral (limão, lima, lemongrass). Geranial (petitgrain, laranja). Neral (vebena, lemomgrass, limão). Citronelal (citronela, grapefruit e rosa). Cetonas As cetonas são os elementos com maior toxidade nos óleos essenciais, o que os torna inadequado ou de uso mais restrito, por exemplo, a tujona (noz moscada, sálvia) pode causar convulsões, tem efeito abortivo e podem causar confusão mental. Porém, nem todos são tóxicos, alguns são considerados descongestionantes e mucolíticos outros dissolvem gorduras. Alguns deste grupo são carvona (coriandro, hortelã-pimenta), mentona (hortelã-pimenta, gerânio), jasmona (jasmim) e pinocanfeno (junípero) e a fenchona (funcho – doce). Ésteres Os ésteres são formados quando ácidos e álcoois reagem entre si. Eles tem propriedades equilibradores e calmantes com traço de aroma frutal. Alguns ésteres são acetato de linalil (bergamota e sálvia esclaréia, lavanda), acetato nerílico (neroli, limão), acetato benzílico (ylang-ylang). Fenóis Este grupo químico contem alguns dos óleos mais estimulantes, bactericidas e imunoestimulantes. Os fenóis são solúveis em água e evaporam mais rapidamente que os sem fenóis. Podem causar irritação na pele e alguma toxicidade. Do grupo dos fenóis estão: Eugenol (cravo e louro), timol (tomilho), carvacrol (orégano).

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Ácidos graxos essenciaisSão chamados de ácidos graxos essenciais porque nosso organismo não consegue sintetiza-los. Os ácidos graxos essenciais reestruturam a membrana celular. São eles: ácidos linoleico, gama-linolêico e alfa-linolênico.

Os métodos de uso dos óleos essenciais ORIENTAÇÕES BÁSICAS DE UTILIZAÇÃO: Os óleos essenciais são para uso externo e devem ser sempre diluídos quando aplicados sobre a pele. Banhos: O banho é uma forma envolvente e ritualística de se obter grandes benefícios dos aromas. Usar sais ou gel de banho, óleos essenciais, velas aromáticas em seu banho pode transformar um simples ato de limpeza em um ritual de puro prazer e relaxamento. Finalize com massagem.

Banho de banheira:

Encha a banheira (cap: 100 a 150 litros) com água morna, nunca quente, e acrescente de 5 a 10 gotas de OE. diluído em um óleo vegetal ou álcool de cereais.

Banho de ofurô:

Encha o ofurô (de +/- 150 litros) com água entre 37 a 40o, conforme a indicação, e acrescente 10 gotas de OE. diluído em um óleo vegetal.

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Banho de chuveiro:

2 gotas em esponja com gel neutro ou sabonete liquido neutro. Xampu, sabonete líquido, óleo de banho ou condicionador neutros:

Até 10 gotas para 100 ml. Massagens:

A massagem é o método mais utilizado na aromaterapia, ela deve ser suave e relaxante e utiliza os vários sistemas de energia do corpo. Se você não é terapeuta em massagem, simplesmente utilize movimentos suaves e rítmicos. Os óleos essenciais podem ser usados em técnicas como drenagem linfática, reflexologia e shiatsu.

• Massagem corporal: Até 15 gotas em 30 ml de óleo vegetal ou em 30 g de creme base neutra.

• Massagem corporal localizada:

Até 30 gotas em 30 ml de óleo vegetal ou em 30 g de creme base neutra. • Massagem facial:

Até 3 gotas em 15 ml de óleo vegetal ou em 15 g de creme base neutra.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Massagem capilar:

Até 20 gotas em 30 ml de óleo vegetal ou em 30 g de creme ou máscara capilar neutras. A escolha do óleo essencial para cada tratamento capilar: Adstringentes Limão, bergamota, alecrim, hortelã-pimenta, cipreste, cedro, gerânio, lemongrass, petitgrain e junípero. Rubefacientes Alecrim, pinho, tomilho, junípero, pimenta negra e eucalipto. Estimulantes sebáceo Sândalo, olíbano, palmarosa. Antiqueda Cedro, lavanda, tomilho, junípero, palmarosa, ylang-ylang e tangerina. Bactericidas e fungicidas Tea tree, tomilho e lavanda. Antiinflamatórios Lavanda e camomila Máscaras faciais:

As máscaras faciais de argila servem para limpar, nutrir, e revitalizar a pele, através da eliminação de toxinas, micro esfoliação e do estímulo da circulação sangüínea local. Também podem acalmar e hidratar, dependendo dos ingredientes utilizados.Utilize argila de boa procedência dissolvida em água mineral ou destilada.

Até 2 gotas em 10 g de máscara gel neutro ou de argila.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Compressas:

Diluir algumas gotas de óleo essencial puro em água filtrada. Umedecer com a solução, as compressas e aplicar sobre o local desejado.Em casos agudos ou crônicos em que haja estagnação de energia ou para dissolução de estruturas orgânicas, as compressas devem ser aplicadas por um período de pelo menos 30 minutos.

Até 5 gotas em uma xícara de chá (250ml). Agitar bem. Vaporizadores:

Até 8 gotas no local indicado pelo fabricante ou no bocal de saída do vapor.

Difusores:

Em média 8 gotas ou 1 gota por m2. Sprays para rosto, corpo ou ambiente:

Para preparar um volume de 100ml, Dilua até 10 gotas de OE. em 10 ml de álcool de cereais, depois acrescente 90 ml de água destilada. Material utilizado em sinergias:

Espátulas, copos medidores, pipetas, frascos âmbar e sprays. Sinergias

É o processo pelo qual a soma de suas partes forma uma nova composição, isto é, alguns óleos essenciais têm o poder de se acentuar mutuamente. As sinergias permitem que um tratamento seja preciso ao histórico do indivíduo, pois se deve levar em conta o sintoma a ser tratado, a origem do distúrbio e os fatores psicológicos e emocionais envolvidos.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Ao preparar uma sinergia não deixe de observar: • Preferencialmente, não usar óleos com efeitos opostos. • Fazer uma mistura agradável para o usuário. • Não misturar mais de três óleos essenciais por mistura. • Mantenha um registro das sinergias com os óleos utilizados, a diluição, a data e coloque

etiquetas nos frascos com estes dados. Orientações básicas de utilização dos óleos essenciais e vegetais As doses e proporções utilizadas, suas equivalências para simplificação do manuseio e aplicabilidade segura dos óleos essenciais e vegetais. Equivalências para diluição:

1 ml = 20 a 25 gotas de óleo essencial.

Em 100 ml de óleo vegetal > 1% de óleo essencial = 25 gotas.(face,crianças,grávidas)

Em 100 ml de óleo vegetal >

2% de óleo essencial = 50 gotas.(massagem corporal) Em 100 ml de óleo vegetal >

3% de óleo essencial = 75 gotas.(área localizada de maior extensão) Em 100 ml de óleo vegetal >

4% de óleo essencial = 100 gotas.( área localizada mais restrita)

TABELA DE PROPORÇÕES ENTRE ÓLEO ESSENCIAL E VEGETAL

No. de gotas de óleo essencial Óleo vegetal proporcional

Min. Max. Por ml Colher de chá

Colher de sobremesa

Colher de sopa

3 15 15 3 2 1 6 30 30 6 3 2

OBS: 1 ml de óleo essencial = 25 gotas = 1g

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ALECRIM Fam: Labiadas(Rosmarinus Officinalis) sin:R.coranarium

Descrição: planta nativa do mediterrâneo, porém cultivada em várias partes do mundo. A maioria é produzida em Marrocos, França e Espanha. Seu nome científico significa em latim “orvalho do mar”. Terapeuticamente tem sido usado por centenas de anos pelas suas propriedades anti-sépticas e revigorantes. Natureza do óleo: Possui um aroma levemente canforado, excitante e pungente. Método de extração: por destilação a vapor. Volatilidade: média Constituintes principais:, Borneol: 8 a 15% ( álcool), Cânfora, Cineol :17 a 40% (cetonas), acetato de bornila 1 a 7% ( éster) ,canfeno e pineno (terpenos), cariofileno (sesquiterpeno). Propriedades: Analgésico, adstringente, anti-reumático, anti-séptico, colagogo, cicatrizante, citofilático, tônico, estimulante, diurético, emenagogo, hipertensivo, rubefaciente e descongestionante. Indicações Terapêutica: artrite, fraqueza geral, dor muscular, excessos cometidos por comida, enxaqueca. Emocional: Para cansaço mental, estimular a memória e avivar a mente. Estético: acne, dermatite, eczema, pele envelhecida, rugas, caspa, queda de cabelos, cabelos oleosos, celulite. Atua melhorando a circulação, reduzindo a congestão linfática e diminuindo a retenção de líquidos. Precauções: Não usar durante a gravidez, quem sofre de epilepsia e hipertensão. Em caso de peles sensíveis usar em baixa concentração.

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EUCALIPTO Fam: Mirtáceas(Eucalyptus globulus)

Descrição: O eucalipto é uma das árvores de crescimento mais rápido no mundo. Tem folhas altamente aromáticas de cor verde azulada em forma de coração quando novas e em forma de lança quando adultas. A planta é originária da Austrália e Tasmânia, mas também é cultivada na Espanha, Portugal, Califórnia, Rússia, China e Brasil, de onde são produzidos a maior parte deste óleo essencial. Natureza do óleo: o aroma é canforado, com tom amadeirado e doce. É penetrante e refrescante. Método de extração: destilação a vapor. Volatilidade: alta. Constituintes principais: eucalipto ou cineol :70 – 85%(cetona), canfeno, limoneno pineno (terpenos). Propriedades: analgésico, anti-séptico, antiespasmódico, anti-reumático, balsâmico, desodorante, equilibrador, estimulante, expectorante, depurativo e rubefaciente. Indicações Terapêutica: doenças infecciosas e respiratórias, artrite, dores musculares, cãibras, dor de cabeça e fadiga. Emocional: clareia e estimula a mente, refrescante, animador e revigorante. Estética: acne, pele oleosa.

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HORTELÃ –PIMENTA ou MENTA Fam; Labiadas(Mentha piperita) sin: M. glabrata,M.hircina, M.officinalis,

M.pimentum

Descrição: Comercializada em larga escala na Europa e EUA, o óleo essencial de hortelã-pimenta é muito utilizado em alimentos, cosméticos e indústria farmacêutica. Pesquisas nos EUA e Japão têm mostrado que a hortelã-pimenta melhora a atenção e estimula o cérebro. Natureza do óleo: aroma refrescante e mentolado com uma nota sutil adocicada. Método de extração: destilação a vapor. Volatilidade: média-alta Constituintes principais: mentol: 29 a 48% (álcool), cineol e mentona: 20 –31 % (cetonas), limoneno, felandreno (terpenos), acetato mentílico (éster). Propriedades: adstringente, analgésico, antiespasmódico, antiinfeccioso, anti-séptico, cefálico, colagogo, descongestionante, digestivo, estimulante e expectorante. Indicações Terapêutica: circulação deficiente, cansaço, desordens respiratórias, dores musculares e flatulência. Emocional: Para apatia e concentração, pois funciona como estimulante mental. Estética: acne, dermatite. Precauções: não usar durante a gravidez e amamentação. Usar em baixa concentração.

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LARANJA Fam: Rutáceas (Citrus aurantium var.dulcis), C.aurantium var. amara sin; C.aurantium

sinensis

Descrição: nativa da China, mas cultivada em muitas partes do mundo. Hoje a produção comercial do óleo essencial de laranja é maior no Brasil, EUA e Israel. Natureza do óleo: aroma doce, refrescante e frutal. Método de extração: expressão a frio. Volatilidade: alta Constituintes principais: Contem mais de 90% de terpenos, principalmente o limoneno , citral (aldeído), nerol, linalol (álcoois), antranilato de metila (éster). Propriedades: digestivo, estimulante, hidratante, controla os processos hídricos, estimulante do sistema linfático, sedativo e depurativo. Indicações Terapêutica: Estimulante digestivos, regulador do sistema linfático e insônia. Emocional: depressão, tensão nervosa e estresse. Estética: celulite, obesidade, retenção hídrica, equilibrador e amaciante da pele e dos cabelos.

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LAVANDA FRANCESA Fam: labiadas (Lavandula officinalis) sin; L. angustifolia, L. vera

Descrição: Planta nativa da região mediterrânea. A principal produção de óleo essencial de lavanda fica na região de Provance, na França, mas também produzida na Espanha e Bulgária. Seu nome deriva do latim “lavare” que significa “lavar”. É considerado o óleo mais útil e versátil da aromaterapia.

destilação de óleo essencial de lavanda

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Natureza do óleo: aroma floral adocicado com tom amadeirado balsâmico. Método de extração: destilação a vapor. Volatilidade: média. Constituintes principais: Acetato geranílico, acetato de lavandulil e acetato de linalil : 30

a 60 % (ésteres) , Borneol, geraniol, lavandulol, linalol (álcoois), cineol (cetona),cariofileno (sesquiterpeno), limoneno, e pineno (terpenos) . Propriedades: analgésico, antidepressivo, anti-séptico, anti-reumático, antiinflamatório, calmante, cefálico, cicatrizante, citofilático, colagogo, desodorante, emenagogo, hipotensor, repelente de insetos e sedativo. Indicações Terapêutica: abscessos, dores musculares, reumatismo, queimaduras e ferimentos, dor de cabeça e enxaqueca. Emocional: animador, reconfortante, alivia o estresse, a ansiedade, a depressão e a insônia. Estética: acne, dermatites, eczemas, pediculose, picada de insetos, psoríase, regenerativo em todos os tipos de pele.

LAVANDIN

Fam: Labiadas (Lavandula fragrans) sin: Lavandula hybrida

Descrição: É um híbrido da lavanda, que se desenvolveu principalmente na França na década de 20, entre os campos inferiores de lavanda. As flores são de um azul acinzentado, mais rígidas e mais resistentes e que chegam a produzir duas vezes mais óleo que a verdadeira lavanda, porém não possui o mesmo poder curativo da lavanda. Natureza do óleo: aroma floral semelhante ao da lavanda sendo menos adocicado com um toque mais amadeirado e canforado sem ser muito marcante. Método de extração: destilação a vapor. Volatilidade: alta. Constituintes principais: acetato de linalila 30 a 40% (éster), Borneol, lavandulol, linalol (álcoois), canfeno, limoneno, pineno (terpenos) cânfora e cineol (cetonas). Propriedades: analgésico, anti-séptico, cicatrizante, expectorante, nervino e vulnerário. Indicações Terapêutica: dores musculares, problemas circulatórios e articulares e respiratórios. Emocional: animador e refrescante, alivia o estresse, bom para mentes cansadas. Estética: acne, dermatites e eczemas.

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LEMONGRASS ou CAPIM-LIMÃO Fam: Gramíneas(Cymbopogan citratus) sin: C. flexuosus, Andropogon citratus,

A. flexuosus

Descrição: Um dos membros mais importantes da família das gramíneas aromáticas, natural da Índia, também cultivado em outras regiões tropicais, particularmente no Brasil, no Sri Lanka e em partes da África central. Natureza do óleo: aroma doce semelhante ao limão com um tom terroso. Método de extração: destilação a vapor. Volatilidade: média-alta. Constituintes principais: citronelal e citral: 65 a 85% (aldeídos), limoneno e mirceno: 12 a 25 %( terpenos) farnesol, geraniol, linalol, nerol (álcoois). Propriedades: adstringente, analgésico, antidepressivo suave, antiinfeccioso, anti-séptico, desodorante, depurativo, diurético, regulador, revigorante e tônico. Indicações Terapêutica: flacidez muscular, dores musculares, repelente de insetos e em massagens para desportistas. Emocional: Ajuda em casos de depressão, revigorante, combate o estresse e a exaustão nervosa. Estética: acne, cabelos oleosos e com poros dilatados. Precauções: em doses altas é irritante da pele.

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LIMÃO Fam; Rutáceas (Citrus limonum)sin: C. limonia, C. limon

Descrição: Acredita-se que o limão seja originário de Índia. Foi introduzido na Itália no final do século V, daí seu cultivo espalhou-se até a Espanha e Portugal. Hoje é cultivado intensamente em muitas partes do mundo. O óleo fica em pequenos bolsões da pele do fruto. Natureza do óleo: o aroma é fresco e adocicado e cheira como a própria fruta fresca. Seu odor é animador e refrescante. Método de extração: expressão a frio. Volatilidade: alta. Constituintes principais: limoneno: de 70 a 80%, pineno; de 8 a 10%, terpineno: de 8 a 10% (terpenos), citral: 2 a 4% (aldeído), linalol, geraniol citronelol (álcoois) . Propriedades: anti-séptico, anti-reumático, diurético, antiespasmódico, adstringente, citofilático, cicatrizante, depurativo, rubefaciente e tônico. Indicações Terapêutica: reumatismo, gripes e resfriados. Emocional: ansiedade e falta de concentração. Estética: acne, edemas, pele oleosa, pele inflamada, seborréia, celulite e pele rachada. Precauções: Fotossensibilizante; não aplicá-lo antes de exposição solar por pelo menos 12 horas. Usar em baixa concentração.

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PINHO

Fam: Pináceas (Pinus sylvestris)outras espécies: (Abies sibirica)

Descrição: Existem muitas espécies de pinho, os mais comuns são os escoceses e noruegueses, embora o de melhor qualidade seja a planta descrita como “ pinheiro siberiano” que se desenvolve na Rússia. Natureza do óleo: aroma forte, seco, balsâmico com tom canforado. Método de extração: destilação a vapor. Volatilidade: média. Constituintes principais: acetato bornílico, acetato terpinílico (ésteres) cadineno (sesquiterpeno), pineno, silvestreno, dipenteno, felandreno (terpeno). Propriedades: anti-séptico, diurético, expectorante, estimulante da circulação, desodorante e rubefaciente. Indicações Terapêutica: alivia dores reumáticas e musculares, é aquecedor. Emocional: refrescante, estimulante; relaxante e reconfortante. Estética: rubefaciente e desodorante. Precauções: usar em baixa concentração, pois pode irritar peles sensíveis.

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ROSA Fam: Rosáceas(Rosa centifolia) R.damascena

Descrição: É considerada uma planta medicinal desde a antiguidade. No século X, o grande alquimista persa Avicena, descobriu o método de destilação fazendo experiências alquímicas, pois a rosa tem um significado considerável nos aspectos teóricos e metafísicos da alquimia. A rosa é tradicionalmente chamada a “Rainha das Flores” e, na aromaterapia, o óleo de Rosa é freqüentemente considerado o soberano dos óleos essenciais. Natureza do óleo: profundo, rico e doce aroma floral. Método de extração: destilação a vapor e enfleurage. Volatilidade: média. Constituintes principais: A composição química do absoluto do atar de rosas é muito complexa, com centenas de constituintes, nem todos conhecidos; porém a maioria dos óleos de rosas possui uma quantidade considerável de: citronelol: 34 a 35%, geraniol: 30 a 40% farnesol (álcoois) e acetatos. Propriedades: animador, anti-séptico, tônico e adstringente, regenerador celular, hidratante, antidepressivo, hemostático, depurativo, adstringente, tônico e afrodisíaco. IndicaçõesEmocional: depressão, insônia, impotência, tensão nervosa e tristeza. Estética: pele madura, eczema, pele sensível, rugas e pele seca.

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TEA TREE ou MELALEUCA

Fam: Mirtáceas (Melaleuca alternifolia)

Descrição: Essa espécie de melaleuca é nativa da Austrália, e é usada pelos aborígines há centenas de anos para tratar ferimentos infectados e problemas de pele. Durante a Segunda Guerra Mundial foi incluída nos kits de primeiros socorros para combater as infecções. O óleo de tea tree é uma das ferramentas mais poderosas da aromaterapia na luta contra bactérias, fungos e vírus. Natureza do óleo: aroma forte medicinal levemente canforado. Método de extração: destilação a vapor. Volatilidade: alta. Constituintes principais: terpinenol (álcool), cineol (cetona), pineno, cimeno e terpineno (terpenos). Propriedades: anti-séptico, antiinfeccioso, bactericida, fungicida, imunoestimulante, balsâmico. Indicações Terapêutica: problemas respiratórios e infecções. Estética: abscesso, acne, caspa, erupções cutâneas, tinha, micoses de unha, pele inflamada, seborréia e odores.

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SÂNDALO Fam; santaláceas(Santalum album)

Descrição: Essa árvore é na verdade um parasita que finca suas raízes em outras árvores. A madeira só pode ser extraída na maturidade, ou seja, por volta dos sessenta anos, mas nunca antes dos trinta. Há um consenso com relação ao melhor óleo, que é o de Mysore, na Índia. Natureza do óleo: profundo, com tom balsâmico levemente canforado, com reputação de afrodisíaco. Método de extração: destilação a vapor. Volatilidade: baixa. Constituintes principais: Santalol (álcool), furfurol (aldeído) e santaleno (sesquiterpeno). Propriedades: anti-séptico, adstringente, carminativo, diurético, expectorante, emoliente, sedativo, tônico e afrodisíaco. Indicações Terapêutica: resfriados, eczemas, tosse, e garganta inflamada. Emocional: excelente para a tensão nervosa e ansiedade, pois é relaxante mas afrodisíaco. Estética: pele madura, eczema seco, pele sensível, rugas e pele seca.

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TOMILHO Fam; labiadas (Thymus vulgaris)sin: T.aestivus, T. ilerdensis

Descrição: Todas as espécies de tomilhos são derivadas do tomilho selvagem, nativo do sul da França. Suas folhas são cinzas-esverdeadas com flores brancas ou rosadas. Seu nome é derivado do grego thymus, que significa perfume. Natureza do óleo: Doce e fortemente herbáceo. Método de extração: destilação a vapor. Volatilidade: alta para média. Constituintes principais: borneol, linalol (álcoois), carvacrol, timol (fenóis) cimeno e terpipeno ( terpenos). Propriedades: anti-séptico, antiespasmódico, anti-reumático, carminativo, diurético, expectorante, emenagogo, hipertensor, estimulante e tônico. Indicações; Terapêutica: artrite, reumatismo, dores musculares, flatulência, gripes e resfriados. Emocional: estimulante da memória e favorece a concentração. Funciona como revitalizante no caso de esgotamento. Estética: Tônico para couro cabeludo e pode ser eficaz no tratamento da caspa e queda de cabelos. útil para os tratamentos de dermatites e acne. Precauções: Usar em baixa concentração, não usar em casos de gravidez e epilepsia e hipertensão.

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VETIVER Fam: gramíneas(Andropogon muricatus) sin: Vetiveria zizanioides

Descrição: É um óleo produzido da erva silvestre de áreas tropicais, como Índia, Taiti, Java e Haiti. Pouco cultiva nas Américas, é vendido como sache perfumado.Assim como o óleo,as raízes mais velhas, são mais apuradas e produzem maior quantidade de óleo. Na Índia e Sri Lanka é conhecido com o “óleo da tranqüilidade”. Natureza do óleo: aroma intenso e penetrante com um tom terroso. Método de extração: destilação a vapor. Volatilidade: baixa. Constituintes principais: Benzóico (ácido), vetivenol (álcool), furfurol (aldeído), vetivona (cetona), e vetiveno (sesquiterpeno). Propriedades: anti-séptico, afrodisíaco, antidepressivo, nervino, rubefaciente, estimulante circulatório, tônico e sedativo. Indicações Terapêutica: artrite, dores musculares, reumatismo e má circulação. Emocional: estresse, depressão, insônia e esgotamento nervoso. Estética: pele oleosa e acne.

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YLANG-YLANG Fam;Anonáceas (Cananga odorata)sin: Unona odorantissimum

Descrição: É um óleo produzido das flores de uma árvore alta nativa da Ásia tropical. O seu nome significa “flores das flores”. Na Indonésia elas são espalhadas no leito nupcial dos recém-casados. Natureza do óleo: aroma intensamente doce e floral. Efeito quente com reputação de afrodisíaco. Método de extração: destilação a vapor. Volatilidade: média-baixa. Constituintes principais: benzóico(ácido),farnesol, geraniol, linalol (álcoois) eugenol, safrol (fenóis), candineno (sesquiterpeno) e pineno (terpeno). Propriedades: afrodisíaco, antidepressivo, anti-seborréico, anti-séptico, calmante, estimulante circulatório, eufórico, hipotensor, tônico e sedativo. Indicações Terapêutica: taquicardia e hipertensão. Emocional: estresse, depressão, insônia, impotência, frigidez, raiva, medo e frustração. Estética: pele oleosa, crescimento dos cabelos.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF ÓLEOS VEGETAIS - CARREADORES

Vários óleos vegetais podem ser usados como carreadores dos óleos essenciais, pois estes são extremamente concentrados para serem usados puros.

A estrutura molecular dos óleos vegetais permite que os óleos essenciais sejam absorvidos pela pele, favorecendo a hidratação e a emoliência da epiderme. A qualidade dos óleos vegetais é tão importante quanto à dos óleos essenciais. ÓLEO DE GIRASSOL (Helianthus annuus) Planta sublenhosa, de grande porte e ornamental, da família das compostas, dotada de grande capítulo com numerosíssimas flores de corola ligulada amarelo-laranja e de corola tubulosa amarelo-pálida, tipo de corola esse que pertence às flores do disco, as quais têm entre si palhetas pretas, o que confere ao disco uma tonalidade escura. O seu fruto é aquênio aristado, achatado e vulgarmente chamado semente. O óleo extraído da semente tem em sua composição de 52 a 74% de ácido linoléico,15 a 37% ácido oléico,5 a 75% de ácido palmítico e palmitolêico e 3 a 7% ácido esteárico. Seus ácidos graxos poliinsaturados (as pseudovitaminas F) têm ação semi-secativa, nutritiva e cicatrizante. ÓLEO DE SEMENTE DE UVA (Vitis vinifera) fam. Vitaceas É um óleo muito usado em massagens, pois é um muito fluido, leve e sem odor. É tonificante, regenera e revitaliza a pele. É de grande utilidade na prevenção de estrias devido a sua alta concentração de alfa- tocoferol ( vitamina E).

Glossário dos termos terapêuticos:

Adstringente: (contrai os tecidos, produz constrição) Cipreste, gerânio, junípero, limão, menta, alecrim e sândalo. Afrodisíaco: (estimula o desejo sexual) Canela,cravo, ylang-ylang, rosa, pau-rosa e sândalo. Anafrodisíaco: (diminui o desejo sexual). Manjerona. Analgésico: (aliviador da dor) Lavanda, bétula, camomila romana, alecrim, rosa, sândalo e ylang-ylang. Antidepressivo: (Ajuda a elevar o estado de ânimo) Bergamota, camomila, gerânio, ylang-ylang, laranja, lavanda, petitgrain, rosa e sândalo. Antifúngico: (estaciona o crescimento de fungos) Tea tree, lavanda, limão, gerânio, cravo e canela. Antiespasmódico: (previne ou alivia cãibras musculares ou convulsões) Cipreste, tangerina, menta, camomila romana, alecrim, rosa e manjerona. Antiinflamatório: (reduz inflamações) Eucalipto, lavanda, menta, petitgrain, camomila romana e rosa. Anti-séptico: (previne ou combate localmente às infecções bacterianas) Todos os óleos essenciais são anti-sépticos em maior ou menor escala. Alecrim, bergamota, eucalipto, lavanda, sândalo, tea tree.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Anti-sudorífero: (reduz a transpiração) Cipreste e menta. Antivirótico: (destrói a atividade de vírus) Limão e tea tree. Bactericida: (destrói as bactérias) Alecrim, bergamota, eucalipto, lavanda e tea tree. Bacteriostático: (Inibe a proliferação de bactérias) Todos os óleos essenciais, em especial os relacionados como anti-sépticos e bactericidas. Carminativo: (expele gases do estômago) Junípero, tangerina, menta e alecrim. Cefálico: (estimulante mental) Alecrim, lavanda, limão, menta, cravo, junípero, canela, camomila romana e ylang-ylang. Citofilático: (estimula o crescimento saudável das células) Lavanda, gerânio, palmarosa e olíbano. Colagogo: (aumenta a produção de bile) Alecrim, camomila romana, grapefruit e menta. Descongestionante: (reduz a congestão) Cedro, eucalipto, lavanda, menta, pinho e alecrim. Desintoxicante: (ajuda a limpar o corpo de impurezas) Alecrim, erva-doce, junípero, lemongrass e limão. Desodorante: (reduz o odor) Bergamota, cipreste, eucalipto, lavanda, rosa e petitgrain. Difusão: Fís.-Quím. Processo espontâneo de transporte de massa num sistema físico-químico, por efeito de gradientes de concentração. Digestivo: (estimula o processo digestivo) Laranja, junípero, lavanda, limão, tangerina, manjerona, menta, camomila romana e alecrim. Diurético: (aumenta o fluxo urinário) Junípero, bétula, lavanda e alecrim. Emenagogo: (estimula a menstruação) Alecrim, camomila, esclaréia, lavanda, manjericão, manjerona e rosa. Estimulante: (aumenta a atividade no organismo em geral ou de um órgão específico) Alecrim, eucalipto, gerânio e hortelã-pimenta. Expectorante: (facilita a remoção de secreções broncopulmonares, em especial o catarro) Bergamota, cedro, eucalipto, hortelã-pimenta, manjerona e sândalo. Hipertensor: (eleva a pressão arterial) Alecrim e sálvia.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF Hipotensor: (baixa a tensão ou pressão arterial) Ylang-Ylang, lavanda, manjerona. Imunoestimulante: (fortalece as reações defensivas do organismo às infecções) Lavanda, tea tree. Nervino: (fortalece o sistema nervoso; usado para distúrbios nervosos em geral) Alecrim, camomila, hortelã-pimenta, lavanda e manjerona. Rubefaciente: (produz calor e vermelhidão quando aplicados à pele) Alecrim, eucalipto e manjerona. Sudorífero: (promove a transpiração) Alecrim, camomila, hortelã-pimenta, manjericão e tea tree. Tônico: (fortalece o organismo em geral ou um órgão específico) Camomila, gerânio, lavanda, manjericão, manjerona, olíbano, rosa e tea tree. Vasoconstritor: (produz uma contração nos pequenos vasos sangüíneos) Camomila, cipreste, hortelã-pimenta, rosa. Vasodilatador: (produz uma dilatação nos pequenos vasos sangüíneos) Manjerona.

A relação acima apresentada não é completa, Apenas visa fornecer uma visão básica dos óleos essenciais para cada um de seus efeitos relacionados.

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Curso Superior de Estética e Cosmetologia – UNISUAM-ISBF BIBLIOGRAFIA : BERWICK, Ann - Aromaterapia Holística - NOVA ERA, 1994. CORAZZA, Sonia –Aromacologia: uma ciência de muitos cheiros – SENAC,2002 DAVIS, Patrícia – Aromaterapia – MARTINS FONTES,1988. L AVABRE, Marcel - Aromaterapia -A cura pelos óleos essenciais - NOVA ERA,2001. PRICE, Shirley – Aromaterapia para doenças comuns - EDITORA MANOLE , 1999. ____________ – Aromaterapia e as Emoções – BERTRAND BRASIL , 2002. ROSE, Jeanne - O livro da aromaterapia - EDITORA CAMPUS,1992. SELLAR, Wanda – Óleos que curam: O poder da aromaterapia – NOVA ERA , 2002. SILVA, Adão Roberto – Tudo sobre Aromaterapia – E.ROKA, 1998. ________________ – Aromaterapia em dermatologia e estética– Roca, 2004. TISSARAND, Robert - A arte da Aromaterapia – ROCA,1993.

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