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Ernesto Pinto____________________________Projecto, Melhoria e Medição de Terras Relatório Final (PSTFC)________________________________________________ 50 3.4.2.3 Serpentinas simples e duplas As serpentinas começam agora a ser a preferência para eléctrodo horizontal, pelos bons resultados patenteados na prática. As serpentinas simples e duplas usadas na EDP são constituídas por um condutor de 25 mm2 (mínimo) colocado no fundo de uma vala de 0,6 m de largura, em zig-zag. A largura da vala determina então o comprimento da serpentina: Para uma vala de 3 m, deve enterrar-se um condutor em zig-zag com 10 m de comprimento, no caso de uma serpentina simples. No caso de uma serpentina dupla, são escavadas duas valas de 3 m de comprimento por 0,6 m de largura e é estendido um condutor em zig-zag de 25 mm2 para os dois lados com 10 m de comprimento (2 x10 m). Ambos os tipos de serpentinas devem ser enterradas a uma profundidade próxima dos 0,80 m. A EDP está a utilizar no terreno como condutores, cabos de cobre nú de 35 mm2 e cabos VV 1 x 35 mm2 para ligação do eléctrodo à instalação. A Serpentina simples não é muito usada, optando-se logo pelas serpentinas duplas, pois só é necessário abrir uma vala e os resultados em RE são melhores.

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Ernesto Pinto____________________________Projecto, Melhoria e Medição de Terras

Relatório Final (PSTFC)________________________________________________ 50

3.4.2.3 Serpentinas simples e duplas As serpentinas começam agora a ser a preferência para eléctrodo horizontal, pelos bons resultados patenteados na prática. As serpentinas simples e duplas usadas na EDP são constituídas por um condutor de 25 mm2 (mínimo) colocado no fundo de uma vala de 0,6 m de largura, em zig-zag. A largura da vala determina então o comprimento da serpentina: Para uma vala de 3 m, deve enterrar-se um condutor em zig-zag com 10 m de comprimento, no caso de uma serpentina simples.

No caso de uma serpentina dupla, são escavadas duas valas de 3 m de comprimento por 0,6 m de largura e é estendido um condutor em zig-zag de 25 mm2 para os dois lados com 10 m de comprimento (2 x10 m).

Ambos os tipos de serpentinas devem ser enterradas a uma profundidade próxima dos 0,80 m. A EDP está a utilizar no terreno como condutores, cabos de cobre nú de 35 mm2 e cabos VV 1 x 35 mm2 para ligação do eléctrodo à instalação. A Serpentina simples não é muito usada, optando-se logo pelas serpentinas duplas, pois só é necessário abrir uma vala e os resultados em RE são melhores.

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Fig. 37 - EDP: Instalação de uma serpentina Não existe nenhuma fórmula correntemente utilizada que aproxime o valor de RE para as serpentinas. Como já disse atrás, as serpentinas são uma prática nova, estando muito em voga na EDF especialmente. Nesse sentido, é possível que ainda se esteja a tomar verdadeiro contacto com o seu desempenho no terreno. Existe contudo uma “regra prática”, que é dizer que uma serpentina simples produz uma RE que é aproximadamente 20 % da resistividade do terreno na zona onde está enterrada. Para uma serpentina simples:

RE � 0,2 . � Já para uma serpentina dupla:

RE � 0,15 . �

Começa também a ser introduzida na EDP a utilização das chamadas serpentinas longas, que são serpentinas duplas mas com um zig-zag mais apertado de forma a conter mais condutor (cabo de cobre nú de 25 mm2 ou 35 mm2), mas este tipo de eléctrodo ainda está verdadeiramente a dar os seus

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1ºs passos e ainda não são indicadas expressões para aproximar o valor de RE. A serpentina é prática, fácil de instalar, e obtém-se bons resultados em solos de resistividades até os 200 �.m Os valores finais de RE podem ser substancialmente melhorados pela adição na vala de uma camada de 30 cm (recomendado) de carvão vegetal.

Fig. 38 - EDP: Instalação de eléctrodos tipo serpentina

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