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Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Pádua Gabinete do Prefeito 1 L E I 2.676, DE 26 DE SETEMBRO DE 2000. REGULAMENTA A INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL DO MUNICÍPIO DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA. EU, PREFEITO MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA, FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA, aprovou e eu sanciono a seguinte LEI:- Art. 1º - Fica regulamentada a INSPEÇÃO MUNICIPAL DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL NO MUNICÍPIO DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA , para isso cria-se a DIMPOA (Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal) com a Função de Inspecionar todos os Produtos de Origem Animal, de acordo com que dispõe sobre a inspeção de produtos de origem animal. § Único – O cargo de DIRETOR DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL só poderá ser ocupado por médico veterinário devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-5). Art. 2º - A Regulamentação de que trata este dispositivo abrangerá as seguintes seções: I – Inspeção; II – A classificação dos estabelecimentos; III – As condições e exigências para o registro e reconhecimento, como também para as respectivas transferências de propriedade; IV – Higiene dos estabelecimentos;

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Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Pádua

Gabinete do Prefeito

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L E I Nº 2.676, DE 26 DE SETEMBRO DE 2000.

REGULAMENTA A INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL DO MUNICÍPIO DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA.

EU, PREFEITO MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA, FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA, aprovou e eu sanciono a seguinte LEI:- Art. 1º - Fica regulamentada a INSPEÇÃO MUNICIPAL DE PRODUTOS DE

ORIGEM ANIMAL NO MUNICÍPIO DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA, para isso cria-se a DIMPOA (Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal) com a Função de Inspecionar todos os Produtos de Origem Animal, de acordo com que dispõe sobre a inspeção de produtos de origem animal.

§ Único – O cargo de DIRETOR DE INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE

ORIGEM ANIMAL só poderá ser ocupado por médico veterinário devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-5).

Art. 2º - A Regulamentação de que trata este dispositivo abrangerá as seguintes

seções: I – Inspeção;

II – A classificação dos estabelecimentos; III – As condições e exigências para o registro e reconhecimento,

como também para as respectivas transferências de propriedade; IV – Higiene dos estabelecimentos;

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V – Obrigações dos proprietários; VI – Registro de rótulos e marcas; VII – Penalidades por infrações cometidas; VIII – Análises de laboratórios; IX – Trânsito de produtos e subprodutos e matérias primas de produtos

de origem animal.

§ Único – Nos casos omissos aplicar-se-ão às Leis nº 1.283/50, 5.760/71, 6.275/75 e demais dispositivos aplicáveis.

SEÇÃO I – DA INSPEÇÃO

Art. 3º - A inspeção de que trata o presente regulamento será realizada:

1. Nas propriedades rurais fornecedoras de produtos de origem animal; 2. Nos estabelecimentos que recebem: a. Abatem ou industrializam espécies de açougue; b. Leite e seus derivados; c. Pescado para distribuição ou industrialização; d. E produzem mel, cera de abelha para beneficiamento e distribuição; e. Produzem e recebem ovos para classificação e distribuição ou para

industrialização. 3. Nos estabelecimentos localizados no centro de consumo que

recebem, beneficiam, industrializam e distribuem no todo ou em parte produtos de origem animal, procedente do Município de Santo Antônio de Pádua.

Art. 4º - A inspeção poderá se estender às casas atacadistas ou varejistas, em

caráter supletivo sem prejuízo da Fiscalização sanitária da Secretaria Municipal de Saúde e terá por objetivo:

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1. Inspecionar e reinspecionar Produtos de Origem Animal destinados ao Comércio Municipal oriundas de fontes produtoras do Município. 2. Verificar todo e qualquer P.O.A. em trânsito no Município provenientes de outros estados ou municípios com o objetivo de evitar disseminações de doenças infecto contagiosas no Rebanho do Município.

Art. 5º - A Inspeção Municipal poderá ter caráter permanente ou periódico, de acordo com a atividade exercida, ficando à critério do DIMPOA, respeitando-se as normas do regulamento de inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal do Ministério da Agricultura e demais existentes.

Art. 6º - A Inspeção abrange:

1. Higiene geral dos estabelecimentos e empregados; 2. Funcionamento do estabelecimento; 3. As fases: recebimento, elaboração, manipulação, preparo, acondicionamento, conservação, transporte e depósito; 4. Embalagem e rotulagem; 5. Exames tecnológicos, microbiológicos, histológicos e químicos de produtos e animais. 6. Condições de transportes e depósitos.

SEÇÃO II – CLASSIFICAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS E CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO:

CAPÍTULO I

DO LEITE E SEUS DERIVADOS:

CLASSIFICAÇÃO:

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Art. 7º - São classificados em: 1. Propriedades Rurais Produtos: a. Fazenda Leiteira; b. Estábulo Leiteiro; c. Granja Leiteira; 2. Postos de leite e derivados. 3. Estabelecimentos Industriais; a. Usinas de beneficiamento; b. Fábrica de Laticínios; c. Entreposto – usinas; d. Entrepostos de laticínios.

Art.8º - De acordo com o presente regulamento ficam autorizadas as propriedades rurais definidas como estábulos leiteiros, a comercializarem diretamente o produto beneficiado no comércio local, devendo as mesmas atenderem as seguintes normas:

a. Adaptar suas instalações as necessidades das mais perfeitas condições de higiene na obtenção de leite, que imediatamente após a ordenha deverá passar pelo processo de pasteurização mantendo após a mesma o produto refrigerado até a entrega ao consumidor. b. O rebanho leiteiro da propriedade deverá ser submetido ao controle sanitário, providenciando-se vacinação e apresentando-se os atestados a autoridade municipal competente (DIMPOA). O produtor a cada 6 meses deverá providenciar exames do rebanho para brucelose e tuberculose devendo ser imediatamente retirado do rebanho qualquer animal como prova positiva ou suspeita para os mesmos. c. O produto deverá ser distribuído ao consumo no prazo máximo de 24 horas após a ordenha, zelando-se pelos cuidados de sua conservação, até a entrega ao centro consumidor, devendo ser mantido em caixas isotérmicas a uma temperatura de 5 a 10 Cº. protegidos dos raios solares e da poeira e devidamente ensacados e limpos, até o centro de consumo.

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d. Conservar o leite integral e dentro dos padrões oficiais estabelecidos, concordando em submetê-lo a análise de laboratórios com toda e qualquer fase desde a produção até a entrega quando requisitado pela autoridade competente, destacando-se as seguintes provas: - Temperatura; - Teste do alizarol; - Acidez, gordura e densidade; - Extrato seco total e desengordurado; - Cricacopia; - Contagem global de micro-organismos; - Pesquisa de conservadores, inibidores, neutralizadores de acidez; - Em qualquer outras que venham a ser solicitadas. e. O produto deverá ser rotulado identificando-se a propriedade produtora com data de ensacamento, e validade e quantidade do produto na embalagem, esta aprovada pelo DIMPOA. f. Atender as normas higiênico-sanitárias exigidas para leite B conforme características mencionadas pela RIISPOA (MARA);

Art. 9º - Os estabelecimentos industriais de leite e derivados situados no município deverão ser fiscalizados pelo DIMPOA desde que façam comércio municipal, respeitando-se as normas constantes do RIISPOA para estabelecimentos industriais.

Art. 10 – A fiscalização será em todos os níveis mas sempre considerado como responsável o produtor identificado pelo rótulo da embalagem do produto final, tomando as medidas punitivas a critério da DIMPOA, sem prejuízo das sanções penais cabíveis ao infrator de acordo com a lei.

Art. 11 – Será permitido ao produtor enquadrado de acordo com as normas higiênico-sanitárias para o leite “B”, a produção de derivados do leite

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para consumo, após pasteurização, respeitando as normas e características exigidas para o mesmo, segundo o regulamento de inspeção sanitária de produtos de origem animal do Ministério da Agricultura (Capítulo IV, Art. 598 a 641).

Art. 12 – Toda a propriedade rural produtora de leite e derivados, deverá ter um profissional médico veterinário como responsável técnico, que assumirá a responsabilidade pelo estado sanitário e tecnológico do produto. A inspeção municipal deverá possuir cópia do contrato da prestação de serviço dos profissionais médico veterinário.

CAPÍTULO II ESTABELECIMENTOS DE CARNES E DERIVADOS:

Art. 13 – Os estabelecimentos de carnes e derivados são classificados em:

a. Matadouros – Frigoríficos; b. Matadouros; c. Matadouros de pequenos e médios animais; d. Charqueados; e. Fábrica de Conservas; f. Fábrica de Produtos Suínos; g. Fábrica de Produtos Gordurosos; h. Artefatos de carnes e derivados; i. Fábrica de produtos não comestíveis; j. Matadouros de aves e coelhos; l. Artefatos Frigoríficos.

§ 1º - Entende-se por “matadouro-frigorífico” o estabelecimento

dotado de instalações completas e equipamentos adequado para o abate, manipulação, elaboração, preparo e conservação das espécies de açougue sob variadas formas, com aproveitamento completo, racional e perfeito, de subprodutos não comestíveis; possuirá instalações de frio industrial.

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§ 2º - Entende-se por “matadouro” o estabelecimento dotado de

instalações adequadas para a matança de quaisquer das espécies de açougue, visando o fornecimento de carne em natureza ao comércio interno, com ou sem dependências para industrialização; disporá obrigatoriamente, de instalações e aparelhagem para o aproveitamento completo e perfeito de todas as matérias-primas e preparo de subprodutos não comestíveis.

§ 3º - Entende-se por “matadouro” de pequeno e médios animais” o estabelecimento dotado de instalações para o abate e industrialização de : a) suínos; b) ovinos; c) caprinos; d) aves e coelhos; e) caça de pelo, dispondo de frio industrial e, a juízo do DIPOA, de instalações para o aproveitamento de subprodutos não comestíveis.

§ 4º - Entende-se por “charqueada” o estabelecimento que realiza matança com o objetivo principal de produzir charque, dispondo obrigatoriamente de instalações próprias para o aproveitamento integral e perfeito de todas as matérias-primas e preparo de subprodutos não comestíveis. § 5º - Entende-se por “fábrica de conservas” o estabelecimento que industrialize a carne de variadas espécies de açougue, com ou sem sala de matança anexa, e em qualquer dos casos seja dotado de instalações de frio industrial e aparelhagem adequada para o preparo de subprodutos não comestíveis. § 6º - Entende-se por “fábrica de produtos suínos”, o estabelecimento que dispõe de sala de matança e demais dependências, industrialize animais da espécie suína e, em escala estritamente necessária aos seus trabalhos, animais de outras espécies; disponha de instalações de frio industrial e aparelhagem adequada ao aproveitamento completo de subprodutos não comestíveis.

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§ 7º - Entende-se por “fábrica de produtos gordurosos” os estabelecimentos destinados exclusivamente ao preparo de gorduras, excluída a manteiga, adicionadas ou não de matérias-primas de origem vegetal. § 8º - Entende-se por “entreposto de carnes e derivados” o estabelecimento destinado ao recebimento, guarda, conservação, acondicionamento e distribuição de carnes frescas ou frigorificadas das diversas espécies de açougue e outros produtos animais, dispondo ou não de dependências anexas para a industrialização, atendidas as exigências necessárias, a juízo do D.I.P.O.A.; § 9º - Entende-se por “fábrica de produtos não comestíveis” o estabelecimento que manipula matérias-primas e resíduos de animais de várias providências, para o preparo exclusivo de produtos não utilizados na alimentação humana. § 10 - Entende-se por “matadouro de aves e coelhos” o estabelecimento dotado de instalações para o abate e industrialização de: a) aves e caça de penas e b) coelhos, dispondo de frio industrial e, a juízo do D.I.P.O.A.: de instalações para o aproveitamento de subprodutos não comestíveis. § 11º - Entende-se por “entreposto-frigorífico” o estabelecimento destinado principalmente, à estocagem de produtos de origem animal pelo emprego de frio industrial. § 12º - As fábricas de conservas, as charqueadas e as fábricas de produtos suínos, registradas no D.I.P.O.A., poderão fornecer carnes frescas ou frigorificadas aos mercados de consumo da localidade onde estiveram localizadas, desde que a medida atenda aos interesses da Municipalidade.

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§ 13º - Na constituição de razões sociais ou denominação de estabelecimentos que industrializem produtos de origem animal, a designação “frigorífico” só pode ser incluída quando plenamente justificada pela exploração do frio industrial. Art. 14 – Os estabelecimentos de carne acima citados ficarão sujeitos a todas as

normas do regulamento de inspeção sanitária animal do Ministério da Agricultura para carnes e seus derivados. Podendo ser fiscalizados pelo DIMPOA desde que façam apenas comércio municipal.

CAPÍTULO III

PESCADO E SEUS DERIVADOS

Art. 15 – Os estabelecimentos destinados ao pescado e derivados são classificados em: a. Entreposto de pescado; b. Fábrica de conservas de pescado. § 1º - Entende-se por Entreposto de pescado, o estabelecimento dotado de dependência e instalações adequadas ao recebimento manipulação e refrigeração, distribuição e comércio do pescado, podendo ter áreas diversas para industrialização e satisfazendo as exigências para conservação de pescado de acordo com as normas contidas no RIISPOA.

Art. 16 – Todos os pescados e derivados deverão atender as exigências legais,

métodos e especificações do pescado e da pesca, período de defesa, de acordo com Decreto Lei nº 221 de fevereiro de 1967, ficando sua comercialização ou industrialização no município condicionando-se às normas estipuladas por este Decreto e demais Portarias (Portaria 005/86 – SUDEPE) nºs. 020/83, 023/87; 024/83; 055/84 e 068/85.

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Art. 17 – Os pescados e derivados deverão atender as normas do capítulo VII, Seções I, II, III (RIISPOA) para consumo e industrialização no Município.

CAPÍTULO IV

Art. 18 – Estabelecimentos de ovos e derivados são classificados em:

a. Propriedades rurais produtoras; b. Entrepostos de ovos; c. Fábrica de conservas de ovos;

Art. 19 – As propriedades rurais entrepostos e fábricas de conservas e seus produtos destinados ao comércio municipal deverão ter autorização da DIMPOA para comercialização no Município de Santo Antônio de Pádua, respeitando-se as normas de classificação e higiene dos produtos.

Art. 20 – As normas para obtenção de licença para manipulação,

industrialização, armazenagem e comercialização deverão seguir o RIISPOA no que diz respeito a estabelecimentos de ovos e derivados.

CAPÍTULO V

ESTABELECIMENTOS DE MEL E DERIVADOS:

Art. 21 – Os estabelecimentos destinados ao mel e cera de abelha, são

classificados em: a. Apiários; b. Entreposto de mel e cera de abelha.

§ 1º - Entende-se por Apiário as propriedades destinadas a produção, industrialização e classificação de mel e seus derivados;

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§ 2º - Entende-se por entreposto de mel e cera de abelha o estabelecimento destinado ao recebimento, classificação do mel, cera de abelha e seus derivados.

Art. 22 – As propriedades rurais (Apiários) e Entrepostos de Produtos de Mel de

Abelha e seus derivados estão autorizados a comercialização dentro do Município de Santo Antônio de Pádua pelo DIMPOA, devendo para isto obter registro junto ao mesmo respeitando as normas e exigências da RIISPOA do Ministério da Agricultura, o que diz respeito as normas de classificação e industrialização de mel e seus derivados.

SEÇÃO II – REGISTRO DE ESTABELECIMENTOS E PRODUTOS:

Art. 23 – Todo estabelecimento de produtos de origem animal comercializados,

industrializados ou beneficiados no Município de Santo Antônio de Pádua, quando não houver inspeção federal ou estadual, deverão ser registrados no DIMPOA da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento seguindo as seguintes condições: a. Aprovação pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos e Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento (Fiscalização Sanitária), do projeto e da construção de estabelecimentos comerciais ou industriais. Dispensa-se as mesmas exigências para propriedades rurais produtoras, ficando a critério do DIMPOA. b. Pedido de vistoria que deve ser feito mediante requerimento devidamente protocolado na Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Pádua e encaminhado ao Prefeito e enviado ao DIMPOA para providências. Ao dar entrada ao pedido de vistoria o interessado deverá recolher em guia própria o valor estipulado para o mesmo; c. Após aprovação do DIMPOA, pela vistoria o interessado deverá

entrar com o pedido de registro de estabelecimento e produtos, pagando as taxas estipuladas para cada caso.

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REGULAMENTO PARA REGISTRO DE ESTABELECIMENTOS:

1º - Certificados de vistoria do DIMPOA; 2º - Autorização da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos e Fiscalização Sanitária para o Comércio e Indústrias; 3º - ITR e IPTU (pagos); 4º - Contrato de prestação de serviços de profissional médico-veterinário, responsável técnico, registrado no CRMV; 5º - Planta do estabelecimento para o DIMPOA; 6º - Taxas de vistoria, registros (pagas). Art. 24 – Os Certificados de vistoria, registro de estabelecimentos e produtos

obedecerão aos modelos adotados e aprovados pelo DIMPOA. Art. 25 – Após todos os procedimentos de registro e autorização de

funcionamento serão cobradas taxas de inspeção, conforme tabelas já publicadas na Lei, a critério do DIMPOA.

Art. 26 – Quaisquer alterações, transferências de propriedades deverão ser

comunicadas ao DIMPOA.

SEÇÃO III – HIGIENE NOS ESTABELECIMENTOS: Art. 27 – Todos os estabelecimentos mencionados neste regulamento, ficarão

sujeitos às normas do RIISPOA, Título V - Artigo 77 ao 101.

SEÇÃO IV – OBRIGAÇÕES DOS PROPRIETÁRIOS: Art. 28 – Os proprietários devem cumprir as seguintes normas para com a

inspeção municipal:

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a. Cumprir todas as normas exigidas para o bom andamento da inspeção.. b. Cumprir todas as normas de higiene dos estabelecimentos e do pessoal de trabalho, zelando pelos mesmos. c. Manter o livro de registro, registrado no DIMPOA e com numeração, destinado a anotações da inspeção. Apresentá-lo sempre que solicitado pelo DIMPOA. d. Ser solicito e não procurar se nenhuma forma prejudicar o trabalho de inspeção que terá o acesso a todas as dependências destinadas a produção. e. Ter profissional médico veterinário devidamente registrado no CRMV–5 ( Conselho Regional de Medicina Veterinária) como responsável técnico de sua propriedade com o Contrato de prestação de serviço registrado no DIMPOA. f. Providenciar exames a vacinações exigidas, assim como concordar em ceder produtos para análises de laboratório sempre que solicito pela inspeção. g. Rotular e identificar seus produtos cumprindo rigorosamente as normas exigidas pelo Código do Consumidor e pelo presente regulamento. h. Comunicar ao DIMPOA alterações nos contratos de prestação de serviço ( responsável técnico) transferência de propriedade e outras alterações. i. Controle de Saúde de todas as pessoas envolvidas na manipulação em produtos de origem animal.

DO RESPONSÁVEL TÉCNICO: Art. 29 – O Responsável Técnico deverá:

a. Estar devidamente registrado no CRMV–5; b. Manter o contrato atualizado e comunicar ao DIMPOA em caso de

encerramento do mesmo;

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c. Informar por relatório oficial sobre ocorrência de brucelose, tuberculose, vacinação e vermifugações;

d. Providenciar as vacinações exigidas para cada espécie respeitando-se calendário de órgãos oficiais, quando houver, ou ocorrência de surtos de doenças que obriguem a vacinação.

e. Respeitar os períodos de carência dos medicamentos para que os mesmos, não afetem a qualidade dos produtos de origem animal;

f. Coletar material e providenciar os exames de brucelose em órgãos oficiais. Não serão aceitos exames de profissionais autônomas.

g. Em caso de animais positivos o profissional deve marcá-lo e afastá-lo;

h. Zelar e cobrar pela higiene dos estabelecimentos, material e do pessoal de trabalho.

SEÇÃO V – RÓTULO E MARCAS:

Art. 30 – Os produtos de origem animal deverão ter rótulos e marcas registradas

no DIMPOA. § 1º - Devendo constar os seguintes dizeres: a. Nome ou marca do proprietário; b. Data de Fabricação; c. Prazo de Validade ( que irá valer de acordo com o produto e com o regulamento RIISPOA); d. Deverá constar na parte inferior da embalagem e estar legível o seguinte:

- DIMPOA Registro nº ______. - Produto de Santo Antônio de Pádua/RJ. - Se puder ser comercializado no Município.

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Art. 31 – Quaisquer outros dizeres ou alterações no rótulo só mediante autorização do DIMPOA, e deverão respeitar o CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.

SEÇÃO VI – PENALIDADES POR INFRAÇÕES COMETIDAS:

Art. 32 –Considera-se infração, para os fins deste Regulamento, desobediência ou

inobservância ao disposto nas normas legais regulamentares e outras que, por qualquer forma, se destinam à preservação da saúde.

Art. 33 - Responde pela infração quem por ação ou omissão que lhe deu causa,

ou concorreu para sua prática ou dela, se beneficiou. § Único – Exclui a imputação de infração a causa decorrente de força maior ou

proveniente de eventos naturais ou circunstâncias imprevisíveis, que vier a determinar avaria, deterioração ou de produtos de interesse da saúde pública.

Art. 34 – As infrações sanitárias classificam-se em :

I – Leves, aquelas em que o infrator seja beneficiado por circunstâncias agravantes. II – Graves, aquelas em que for verificada uma circunstâncias agravante; III – Gravíssima, aquelas em que for verificada uma circunstância de duas ou mais circunstâncias.

Art. 35 – São circunstâncias atenuantes:

I – A Ação do infrator não ter sido fundamental para a consecução de evento;

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II – A errada compreensão de norma sanitária, admitida como escusável, quando patente e incapacidade do agente para atender o caráter ilícito de fato; III – O infrator, por espontânea vontade, imediatamente, procurar ou minorar as conseqüências do ato lesivo à saúde pública que lhe for imputado; IV – Ter o infrator sofrido coação, a que não podia resistir para a prática do ato; V – A irregularidade cometida ser pouco significativa; VI – Ser o infrator primário;

Art. 36 – São circunstâncias agravantes:

I – Ter o infrator agido com dolo, ainda que eventual, fraude ou má fé; II –Ter o infrator cometida a infração para ter vantagem pecuniária decorrente de ação ou omissão que contrarie o disposto na legislação sanitária; III – Tendo conhecimento do Ato ou fato lesivo à saúde pública, o infrator deixar de tomar as providências de sua alçada, tendentes a evitá-lo ou saná-lo; IV – O infrator coagir outrem para a execução material da infração; V – Ter infração conseqüências calamitosas à saúde pública; VI – Ser, o infrator, reicindente.

Art. 37 – Para os efeitos deste regulamento, ficará caracterizada a reincidência

específica quando o infrator, após decisão definitiva na esfera administrativa do processo que lhe houver imposto a penalidade, cometer nova infração do mesmo tipo ou permanecer em infração continuada.

Art. 38 – Para a imposição da pena quanto a sua graduação, a autoridade da inspeção levará em conta:

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I – As circunstâncias atenuantes e agravantes; II – A gravidade do fato, tendo em vista as suas conseqüências para a saúde pública; III – Os antecedentes do infrator quanto às normas sanitárias.

§ único - Sem prejuízo do disposto neste Artigo, e no Artigo 39, na aplicação da penalidade de multas; a autoridade competente levará em consideração a capacidade econômica do infrator.

Art. 39 – havendo concurso de circunstância atenuantes e agravantes, a aplicação

da pena será considerada em razão das que sejam preponderantes. Art. 40 – As infrações sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal

cabíveis, serão punidas, alternativa ou acumulativamente com penalidades de : I – Advertência; II – Multa; III – Apreensão e inutilização dos produtos, substâncias ou matérias-primas; IV – Suspensão, impedimento ou interdição temporária ou definitiva; V – Denegação, cessação ou cancelamento do registro de

licenciamento. Art. 41 – As penas previstas no Art. 40, deste regulamento serão aplicadas pelas

autoridades competentes da SECRETARIA MUNICIPAL DE RECURSOS NATURAIS E AGROPECUÁRIOS, conforme suas atribuições conferidas pela Estrutura Administrativa.

§ Único – Os Representantes da Secretaria Municipal, no exercício de funções fiscalizadoras, têm competência para cumprir as leis e regulamentos sanitários expedindo de tudo quanto possa comprometer a saúde, tendo livre ingresso em todos os lugares onde convenha exercer a ação que lhes é atribuída.

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Art. 42 – A pena de multa nas infrações consideradas leves, graves ou

gravíssimas, a critério da autoridade sanitária, consiste no pagamento de uma soma em dinheiro, fixado sobre o valor da Unidade de Valor Fiscal do Município de Santo Antônio de Pádua/RJ (UNIFIPA) na seguinte proporção: I – As infrações leves, de 2/3 (dois terços) a 06 (seis) vezes; II – As infrações graves, de 08 (oito) a 12 (doze) vezes; III – As infrações gravíssimas, de 14 (quatorze) e 20 (vinte) vezes.

Art. 43 – Nos casos de reincidência, as multas previstas neste regulamento serão

aplicadas em valor correspondente ao dobro da multa anterior, não excedendo o valor máximo de 20 (vinte) UNIFIPAs.

Art. 44 – São infrações de natureza sanitária:

A – Nos comércios de feiras-livres e ambulantes: I – Falta de documento;

Pena: Advertência ou multa de 2/3 (dois terços) e 06 (seis) vezes 0 valor da UNIFIPA, apreensão e inutilização dos produtos, impedimento ou interdição temporária ou definitiva. II – Deixar de cumprir os preceitos sanitários ou de higiene relativos ao tipo de comércio. III – Vender mercadorias não permitidas; Pena: Advertência ou multa de 2/3 (dois terços) a 06 (seis) vezes o valor da UNIFIPA, apreensão e inutilização dos produtos, substâncias ou matérias-primas. IV – Não manter em uso, recipientes para o recolhimento de refugos ou detritos. Pena: Advertência ou multa de 2/3 (dois terços) a 06 (seis) vezes o valor da UNIFIPA. V – Não manter a limpeza do local ocupado.

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Pena: Advertência ou multa de 2/3 (dois terços) a 06 (seis) vezes o valor da UNIFIPA. VI – Falta de uniforme ou usá-lo incompleto ou em más condições de conservação ou limpeza. Pena: Advertência ou multa de 2/3 (dois terços) a 06 (seis) vezes o valor da UNIFIPA. VII – Dificultar ou ludibriar de qualquer forma a inspeção sanitária. Pena: Multa de 2/3 (dois terços) a 06 (seis) vezes o valor da UNIFIPA ou suspensão, impedimento ou interdição temporária ou definitiva, cessação ou cancelamento de registro ou licenciamento. VIII – Utilizar-se de outros materiais que não os permitidos para embrulhos ou embalagens. Pena: Advertência ou multa de 2/3 (dois terços) a 06 (seis) vezes o valor da UNIFIPA. IX – Não manter o veículo, caixas, tabuleiros, etc. em perfeitas condições de conservação, pintura e limpeza. Pena: Advertência ou multa de 2/3 (dois terços) a 06 (seis) vezes o valor da UNIFIPA, suspensão, impedimento ou interdição temporária ou definitiva. B – Comércios Fixos: I – Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora das autoridades sanitárias competentes no exercício de suas funções. Pena: Advertência ou multa de 2/3 (dois terços) a 20 (vinte) vezes o valor da UNIFIPA, apreensão e inutilização, suspensão, impedimento ou interdição temporária ou definitiva, cassação ou cancelamento de registro, licenciamento ou interdição. II – Construir, instalar ou fazer funcionar quaisquer estabelecimento que manipule alimentos, aditivos para alimentos, bebidas e demais produtos que interessem à saúde pública, sem registros, licenças e

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autorizações dos órgãos sanitários competentes ou contrariando as normas legais pertinentes. Pena: Multa de 08 (oito) a 12 (doze) vezes o valor da UNIFIPA e interdição temporária ou definitiva do estabelecimento ou intervenção, conforme o caso. III – Extrair, produzir, fabricar, sintetizar, transformar, preparar, purificar, fracionar, embalar ou reembalar, importar, exportar, armazenar, expedir, transportar, comprar, vender, ceder ou usar alimentos ou produtos alimentícios, bem como utensílios ou aparelhos que interessem a saúde pública ou individual, sem registro, licença ou autorização dos órgãos competentes ou contrariando o disposto na legislação de DIMPOA pertinente. Pena: Advertência ou multa de 2/3 (dois terços) a 20 (vinte) vezes o valor da UNIFIPA, apreensão ou interdição temporária ou definitiva, conforme o caso. V – Fazer propaganda de produtos alimentícios contrariando a legislação sanitária. Pena: Advertência ou multa de 08 (oito) a 12 (doze) vezes o valor da UNIFIPA, proibição de propaganda e/ou suspensão de venda. VI – Rotular produtos alimentícios contrariando as normas legais e regulamentares. Pena: Advertência ou multa de 08 (oito) a 20 (vinte) vezes o valor da UNIFIPA inutilização e/ou interdição. VII – Alterar o processo de fabricação dos produtos alimentícios sujeitos a controle sanitário, modificar os seus componentes básicos, nome, e demais elementos do registro, sem a necessária autorização do órgão sanitário competente. Pena: Interdição, cancelamento da licença e/ou multa de 14 (quatorze) a 20 (vinte) vezes da UNIFIPA. VIII – Reaproveitar vasilhames de saneantes seus congêneres e de outros produtos capazes de serem nocivos à saúde, no envasilhamento de alimentos.

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Gabinete do Prefeito

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Pena: Apreensão, inutilização, interdição, cancelamento do registro e/ou multa de 08 (oito) a 20 (vinte) vezes o valor da UNIFIPA. IX – Expor a venda ou entregar ao consumo, produtos alimentícios, cujo prazo de validade tenha expirado, ou opor-lhes novas datas de validade, posteriores ao prazo expirado. Pena: Apreensão, inutilização, cancelamento de registro e ou multa de 08 (oito) a 20 (vinte) vezes o valor da UNIFIPA.

Art. 45 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as

disposições em contrário. PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA, 26 de setembro de 2000. Juarez Amaral de Andrade Prefeito