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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

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Didatismo e Conhecimento 1

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Prof. Adriano Augusto Placidino GonçalvesGraduado pela Faculdade de Direito da Alta Paulista – FA-

DAP. Advogado regularmente inscrito na OAB/SP

Prof. Evilin Magalhães. Administração UNESP Campus Tupã/Pesquisadora. Membro

do grupo de pesquisas REAP- Rede de Educação Ambiental da Alta Paulista (Projeto de Extensão). Professora do módulo de In-formática e inglês na UNATI- Universidade para Terceira Idade. Autora e coautora de artigos e resumos expandidos em revistas qualificadas e anais de eventos, notadamente na área a adminis-tração e engenharia ambiental. Ex Consultora Empreender Jr. Consultoria Empresarial e Agronegócios - UNESP Tupã.

1. FORMAÇÃO DO ESTADO E DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

O Estado é uma sociedade natural, no sentido de que decorre naturalmente do fato de os homens viverem necessariamente em sociedade e aspirarem realizar o bem geral que lhes é próprio, isto é, o bem comum. Por Pisso e para isso a sociedade se organiza em Estado.

O Estado é a organização politico jurídica de uma sociedade para realizar o bem público/comum, com governo próprio e terri-tório determinado.

A palavra Estado é um conceito político que designa uma for-ma de organização social soberana e coercitiva. Desta forma, o Estado é o conjunto das instituições que possuem a autoridade e o poder para regular o funcionamento da sociedade dentro de um determinado território.

Pelas palavras do sociólogo alemão Max Weber, o Estado é uma organização que conta com o monopólio da violência legíti-ma (uso da força), pelo que dispõe de instituições como as forças armadas, a polícia e os tribunais, pelo fato de assumir as funções de governo, defesa, segurança e justiça, entre outras, num determi-nado território. O Estado de direito é aquele que enfoca a sua orga-nização na divisão de poderes (Executivo Legislativo e Judicial).

É importante esclarecer que os conceitos de Estado e governo não são sinônimos. Os governantes são aqueles que, temporaria-mente, exercem cargos nas instituições que conformam o Estado.

Por outro lado, há que distinguir o termo Estado do termo nação, já que existem nações sem Estado (nação palestina, nação basca) e Estados que reúnem e abarcam várias nações.

Várias correntes filosóficas opõem-se à existência do Estado tal como o conhecemos. O anarquismo, por exemplo, promove o total desaparecimento do Estado e a respectiva substituição pelas associações livres e organizações participativas. O marxismo, em contrapartida, considera que o Estado é uma ferramenta de domí-nio que se encontra sob o controle da classe dominante. Como tal, aspira à sua destruição para que seja substituído por um Estado Operário como parte constituinte da transição para o socialismo e o comunismo, onde já não será necessário um Estado, uma vez superada a luta de classes (burguesia x proletariado).

⇒ Elementos Constitutivos do Estado

Três são os elementos do Estado: Povo ou população, o terri-tório e o Governo.

Alguns autores citam como quarto elemento constitutivo do Estado, a soberania. Para os demais, no entanto, a soberania inte-gra o terceiro elemento. O governo pressupõe a soberania. Se o go-verno não é independente e soberano, não existe o Estado Perfeito. O Canadá, Austrália e África do Sul, por exemplo, não são Estados perfeitos, porque seus governos são subordinados ao governo bri-tânico (Commonwealth).

I - Povo: é a população do Estado, considerada pelo aspecto puramente jurídico. É o grupo humano encarado na sua integra-ção numa ordem estatal determinada; é o conjunto de indivíduos sujeitos às mesmas leis, são os súditos, os cidadãos de um mesmo Estado, detentores de direitos e deveres.

Nação: (entidade moral) é um grupo de indivíduos que se sen-tem unidos pela origem comum, pelos interesses comuns, e prin-cipalmente, por ideias e princípios comuns. É uma comunidade de consciência, unidas por um sentimento complexo, indefinível e poderosíssimo: o patriotismo.

II - Território: é a base espacial do poder jurisdicional do Esta-do onde este exerce o poder coercitivo estatal sobre os indivíduos humanos, sendo materialmente composto pela terra firme, incluin-do o subsolo e as águas internas (rios, lagos e mares internos), pelo mar territorial, pela plataforma continental e pelo espaço aéreo.

III - Governo: é o conjunto das funções necessárias à manu-tenção da ordem jurídica e da administração pública. No enten-dimento de Duguit, a palavra governo tem dois sentidos; coletivo e singular. O primeiro, como conjunto de órgãos que orientam a vida política do Estado. O segundo, como poder executivo, “órgão que exerce a função mais ativa na direção dos negócios públicos”.

GOVERNO: O principal conceito de governo é um conjunto particular de

pessoas que, em qualquer dado tempo, ocupam posições de au-toridade dentro de um Estado, que tem o objetivo de regrar uma sociedade política e exercer autoridade. Neste sentido, os governos se revezam regularmente, ao passo que o Estado perdura e só pode ser mudado com dificuldade e muito lentamente. O tamanho do governo vai variar de acordo com o tamanho do Estado, e ele pode ser local, regional ou nacional.

O governo é a instância máxima de administração executiva, geralmente reconhecida como a liderança de um Estado ou uma nação, e o governo é formado por dirigentes executivos do Estado e ministros.

Existem duas formas de governo, república ou monarquia, e dentro desse sistema de governo pode ser Parlamentarismo, Presi-dencialismo, Constitucionalismo ou Absolutismo. A forma de go-verno é a maneira como se dá a instituição do poder na sociedade e como se dá a relação entre governantes e governados. Existem diversos tipos de governo, como anarquismo, que é quando existe a ausência ou falta de governo, democracia, ditadura, monarquia, oligarquia, tirania e outros.

O sistema de governo não pode ser confundido com a forma de governo, pois a forma é o modo como se relacionam os poderes e o sistema de governo é a maneira como o poder político é dividi-do e exercido no âmbito de um Estado.

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Didatismo e Conhecimento 2

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SOCIEDADE:Sociedade, em sentido amplo, é uma reunião de indivíduos,

povos, nações etc. Estritamente falando, quando dizemos de sociedade, nos refe-

rimos a um grupo de pessoas que têm a mesma cultura e tradições, e estão localizados no mesmo espaço e tempo. Todo homem está imerso na sociedade circundante, o que influencia a sua formação como pessoa. Este conceito se aplica não apenas à raça humana, uma vez que também são sociedades, aquelas conformadas pelos animais, como as formigas.

A sociedade humana surgiu como uma solução para atender às necessidades do homem, por meio de ajuda mútua, é por isso que, por meio da sociedade, o homem pode ser educado, obter empre-go e criar uma família, incluindo milhares de possibilidades. Mas, esta não é a única finalidade da sociedade, como também serve de quadro para a organização e os benefícios da relação entre os indivíduos.

Antigamente, nos tempos pré-históricos, a sociedade foi or-ganizada hierarquicamente e a mobilidade social era inconcebível, isto é, se uma pessoa era nascida em uma posição muito baixa da sociedade, mudança de faixa social, ou progresso, eram negados. Mais tarde, os gregos, em Atenas, começaram a deixar de utilizar este absolutismo, dando origem ao conceito de democracia, a qual, apenas aqueles considerados como cidadãos atenienses tinham participação.

Foi com a Revolução Francesa que a mobilidade social foi um fato, e agora as pessoas podem ascender (e descender) social-mente, visto isso como uma coisa cotidiana. Esta revolução fez surgir novas formas de organização, tais como o socialismo, onde o Estado tem grande intervenção ou o anarquismo, onde o Estado não existe, e as pessoas são totalmente livres.

EVOLUÇÃO DO ESTADO CONTEMPORÂNEO: O Estado, pode ter sempre existido, independentemente da

produção humana, ou seja, ele foi surgindo por meio das múltiplas relações mútuas em prol de um bem comum até que conseguiu se organizar estruturalmente, ou pode nunca ter existido sendo fru-to apenas de uma acepção ontológica do que na verdade sempre existiu com outro nome, o Poder; pode ainda ser uma “invenção” moderna que evoluiu das teses político filosóficas de diversos pen-sadores e ativistas políticos no curso da história e pode estar fada-do a desaparecer como pregou Karl Marx.

Basicamente, o Estado na Idade Média surge da luta contínua travada pelo território, uma vez que, o sistema feudal de aproveita-mento da terra garantiria o controle e monopólio do poder.

As lutas entre a nobreza, a Igreja e os príncipes por suas res-pectivas parcelas no controle e produção da terra prolongaram-se durante toda a Idade Média. Nos séculos XII e XIII, emerge mais um grupo como participante nesse entrechoque de forças: os privi-legiados moradores das cidades, a “burguesia”.

Chama-se atenção para o fato do surgimento de uma classe social e econômica, formada de moradores da cidade, homens li-vres, comerciantes, banqueiros, estudiosos, artesões, entre outras atribuições autônomas e sustentáveis, que conseguiram por meio de seus dotes e por meio do pagamento de tributo de proteção aos senhores feudais formarem os burgos, vindo daí a origem da ex-pressão “burguês”.

Este monopólio do poder, pelo soberano, afora a ingerência da Igreja, foi evoluindo para o absolutismo ao mesmo tempo em que a classe burguesa igualmente evoluía, mas achacada pelos altos tributos cobrados de todos os meios e de todos os lados, evoluindo para uma situação, quem em torno do século XVIII já seria insus-tentável.

O Estado moderno é uma sociedade à base territorial, dividida em governantes e governados, e que pretende, dentro do território que lhe é reconhecido, a supremacia sobre todas as demais insti-tuições. Põe sob seu domínio todas as formas de atividade cujo controle ele julgue conveniente.

O Estado moderno surgiu no auge da monopolização do po-der do governante do estado, conforme a exposição de Norbert Elias: O governo monopolista, fundamentado nos monopólios da tributação e da violência física, atingira assim, nesse estágio parti-cular, como monopólio pessoal de um único indivíduo, sua forma consumada. Era protegido por uma organização de vigilância mui-to eficiente. O rei latifundiário, que distribuía terras ou dízimos, tornara-se o rei endinheirado, que distribuía salários, e este fato dava à centralização um poder e uma solidez nunca alcançados antes. O poder das forças centrífugas havia sido finalmente que-brado. Todos os possíveis rivais do governante monopolista viram--se reduzidos a uma dependência institucionalmente forte de sua pessoa. Não mais em livre competição, mas apenas numa compe-tição controlada pelo monopólio, apenas um segmento da nobreza, o segmento cortesão, concorria pelas oportunidades dispensadas pelo governante monopolista, e ela vivia ao mesmo tempo sob a constante pressão de um exército de reserva formado pela aristo-cracia do interior do país e por elementos em ascensão da burgue-sia. A corte era a forma organizacional dessa competição restrita.

Mas, esse monopólio não era ilimitado, e por conta de muitas despesas com as guerras, a manutenção dos privilégios e descon-troles administrativos, o governante sofria pressões da classe em expansão, a burguesia, exsurgia comandando o Terceiro Estado, operando-se a transformação do monopólio pessoal em monopólio público.

A capacidade do funcionário central de governar toda a rede humana, sobretudo em seu interesse pessoal, só foi seriamente restringida quando a balança sobre a qual se colocava se inclinou radicalmente em favor da burguesia e um novo equilíbrio social, com novos eixos de tensão, se estabeleceu. Só nessa ocasião, os monopólios pessoais passaram a tomar-se monopólios públicos no sentido institucional. Numa longa série de provas eliminatórias, na gradual centralização dos meios de violência física e tributária, em combinação com a divisão de trabalho em aumento crescente e a ascensão das classes burguesas profissionais, a sociedade francesa foi organizada, passo a passo, sob a forma de Estado.

Apesar da transformação do monopólio, do pessoal ao públi-co, quem detém efetivamente este monopólio é a burguesia, que assume o controle do Estado.

Passando o monopólio para o Estado, independentemente de quem o controle, tornando-o público e institucionalizado, corres-ponde a dizer que a riqueza do Estado proveniente da cobrança de tributos, fonte de receita, que anteriormente constituía a rique-za monopolista o soberano, que a distribuía como lhe apreciasse, agora passaria a ser recolhida e administrada, do ponto de vista formal, pelas instituições, contudo sem ainda ter uma estrutura organizacional que pudesse administrar esse capital de modo a estabelecer uma relação de deveres e obrigações entre o Estado, por suas instituições, e o pagador de tributos, onde não houvesse mais privilégios, intervenções eclesiásticas, confiscos, desperdício de dinheiro alheio e se realizasse o mínimo necessário de aporte capital para as políticas de desenvolvimento social.

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De fato, o Estado burguês manteve o monopólio da tributação e da violência física, só que ao invés de centralizá-lo em um indi-víduo, descentraliza-o por meio de suas instituições.

Com a formação dos Estados, em sentido lato de sociedade política, soberania, povo, território, além de uma Constituição po-lítica, grande parte adotou como sistema econômico o capitalismo, centrado nos postulados da propriedade privada dos meios de pro-dução e do lucro, regulando a matéria relativa aos seus tributos e demais receitas, contudo, não regulando corretamente a contra-partida do benefício estatal, de modo que podemos apontar aqui o surgimento de um unicamente Estado Fiscal.

Do ponto de vista da historiografia considera-se a Revolução francesa, em 1789, como o marco inicial do surgimento do Estado de Direito estado burguês como visto acima, mormente pela céle-bre Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e porque foi o início da queda do absolutismo e das dinastias, gozando, portan-to, de importância histórica especial, entretanto, a primeira orga-nização estruturada de Estado surgiu em 1778 com o pacto das 13 colônias americanas e a edição de uma constituição confederativa, com estados soberanos e, mais tarde, em 1787 com a unificação da soberania, sancionando uma constituição federativa.

Classifica-se a evolução do Estado de Direito em: a) Estado Liberal - Surge com a revolução burguesa na Fran-

ça, suas características básicas são a não intervenção do Estado na economia, igualdade formal, autonomia e divisão dos poderes, Constituição como norma suprema e limitadora dos poderes pú-blicos e garantia de direitos fundamentais individuais, surgindo os denominados direitos de primeira geração.

b) Estado Social - Surge com a Revolução Russa, em 1917, após constantes reivindicações dos trabalhadores por melhores condições de vida, suas características básicas são a intervenção do Estado na economia para garantir um mínimo necessário ao cidadão, aproximação a uma igualdade material, autonomia e di-visão dos poderes, Constituição como norma suprema e limitadora dos poderes públicos e garantias de direitos sociais como, educa-ção, saúde, trabalho, moradia, entre outros, surgindo os direitos de segunda geração.

c) Estado Democrático - Surge após a Segunda Guerra Mun-dial, dissociando-se das políticas totalitárias como o nazismo e fas-cismo, sendo suas características principais a representatividade política pelo voto do povo, detentor da soberania e uma Consti-tuição não apenas limitadora de poderes e políticas públicas, mas regulamentadora das prestações positivas do Estado em prol do cidadão e da coletividade, direitos fundamentais individuais e co-letivos, tais como, direito a paz, ao meio ambiente ecologicamente correto, às tutelas de liberdade do pensamento, expressão, autoria e intimidade, o respeito e a autodeterminação dos povos, as políti-cas de reforma agrária e moradia popular, os benefícios e aposen-tadorias previdenciários, a assistência social, entre outros, surgin-do os direitos de terceira geração e outros, denominados de quarta geração, ligados ao constante progresso científico e tecnológico contemporâneo e outros fenômenos políticos como a globalização e a unificação dos países, de modo à regular a cibernética, a infor-mática, a biogenética, entre outros.

Uma definição de Estado contemporâneo envolve numerosos problemas, derivados principalmente da dificuldade de analisar exaustivamente as múltiplas relações que se criaram entre o Esta-do e o complexo social e de captar, depois, os seus efeitos sobre a racionalidade interna do sistema político. Uma abordagem que se

revela particularmente útil na investigação referente aos proble-mas subjacentes ao desenvolvimento do Estado contemporâneo é a da análise da difícil coexistência das formas do Estado de direito com os conteúdos do Estado social.

A estrutura do Estado de direito pode ser, assim, sistematizada como:

1. Estrutura formal do sistema jurídico: garantia das liberda-des fundamentais com a aplicação da lei geral-abstrata por parte de juízes independentes.

2. Estrutura material do sistema jurídico: liberdade de con-corrência no mercado, reconhecida no comércio aos sujeitos da propriedade.

3. Estrutura social do sistema jurídico: a questão social e as políticas reformistas de integração da classe trabalhadora.

4. Estrutura política do sistema jurídico: separação e distribui-ção do poder.

Na nova ordem internacional, a expressão significativa de “Estado”, isoladamente, vai perdendo seu sentido semântico e transformando-se em polissemia dos blocos de poder, “Mercado”, “União” e outras nomenclaturas dos novos tempos globalizados, de forma que ao se referir ao Estado em si, por si só, resta um ter-ritório e um povo, mas muito se discute sobre o verdadeiro sentido e alcance da soberania.

ASPECTOS FUNDAMENTAIS NA FORMAÇÃO DO ES-TADO BRASILEIRO:

Em 1824, o Estado Brasileiro é inaugurado pela sua pioneira Constituição, por meio de um Poder Constituinte o qual redige o mandato do novo Imperador, uma Carta Magna que estabelece um governo monárquico, isto é, vitalício, hereditário e representati-vo que é outorgada, quer dizer, imposta ao povo, pois não houve eleições para a escolha dos representantes constituintes, vez que em 1823, D. Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte que ele próprio convocara, porque esta não se curvou às suas exigências.

Nos primórdios da independência, vivia o país uma fase difícil caracterizada por lutas internas em vários pontos do vasto territó-rio nacional e, sobretudo, assolado por uma enorme dívida púbica herdada de uma perdulária Corte portuguesa que vivera em exílio no Rio de Janeiro e que, ademais, esvaziou os cofres do Tesouro Nacional brasileiro ao regressar para Lisboa.

A Assembleia Constituinte, considerando-se soberana, como deveria ser ainda que convocada pelo Imperador rejeitava todas as ingerências políticas deste, acabando por fazer-lhe verdadeira oposição, pois eram muitas as divergências existentes entre os constituintes acerca da forma pela qual o novo país deveria ser organizado e principal- mente governado, pois aquele primeiro parlamento genuinamente brasileiro, embora elitista, representava o que havia de melhor da estratificação social nacional, composta desde monarquistas ferrenhos, até de radicais republicanos.

Convocada pelo próprio D. Pedro I, a constituinte de 1823 durou cerca de dezoito meses altamente tumultuados pelas paixões políticas brasileiras que se manifestaram na sua plenitude pela pri-meira vez, a principal das quais dizia respeito ao papel do Impera-dor. Uns defendendo sua autoridade absoluta, outros a moderação imposta pela constituição.

D. Pedro, que tinha conhecida índole autoritária, não admitin-do essas atitudes por ele consideradas insolentes, dissolveu a força a Assembleia, sob o argumento que esta havia “perjurado” o seu solene juramento de salvar o Brasil, convocando no seu lugar, seu próprio Conselho de Estado, incumbindo-o de conceber a primei-ra Constituição Brasileira, em substituição àquela cuja elaboração estava em meio, pela Assembleia Constituinte.

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Interessante notar que, na saída do dissolvido parlamento constituinte, quatorze deputados foram presos, entre os quais os três irmãos Andrada que seriam deportados para a França onde viveriam em exílio por seis anos.

A Constituição foi então outorgada sem a adoção da clássica divisão de Poderes de Montesquieu, a chamada tripartite, a Cons-tituição do Império, como ficou conhecida, tinha um Poder Mode-rador, exercido pelo Imperador, o Poder Judiciário, o Executivo e o Legislativo.

Esclareça-se, porém, que o Poder estatal emanado de sua so-berania é uno. O que se divide segundo a obra clássica do citado iluminista francês - O Espírito das Leis - é a tripartição das funções estatais.

O Poder Legislativo era bicameral, a dos deputados, eletiva e temporária e a dos senadores, vitalícia e os seus membros nome-ados pelo Imperador, dentre uma lista tríplice indicada pela Pro-víncia. As eleições eram indiretas e censitárias, isto é, somente era eleitor quem tivesse certo rendimento que servia de base para o exercício do voto, estimativas apontam para cerca de apenas 1% da população.

O Poder Executivo era exercido pelos ministros de Estado tendo como Chefe o Imperador. Interessante notar que nas cons-tituições republicanas, a ordem é inversa. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente auxiliado pelos seus ministros de Estado.

O Poder Judiciário era independente, mas o Imperador, como Chefe do Poder Moderador, podia suspender os juízes.

O Poder Moderador podia destituir e nomear os ministros de Estado. Podia ademais, no âmbito do Poder Legislativo, dissolver a Câmara dos Deputados, adiar a escolha e a convocação dos sena-dores indicados pelas listas tríplices provinciais.

As Províncias hoje denominados estados - eram subordinadas ao Poder Central, na pessoa de seu presidente (atual governador), e do Chefe de Polícia, não havia eleições para esses cargos, ambos eram escolhidos pelo Imperador.

Embora marcado pelo intenso centralismo político e adminis-trativo, pois os Estado Brasileiro monárquico era Unitário, vale dizer, em que havia um único centro irradiador de decisões políti-cas, tendo como agente principal o Poder Moderador e adotando oficialmente a religião católica, foi o Texto Constitucional mais longo da nossa história, tendo durado sessenta e cinco anos e pa-radoxalmente, uma das constituições mais liberais para a época.

À guisa de curiosidade cívica, o texto original da pioneira constituição brasileira permanece quase que inteiramente esque-cida no Arquivo Nacional no Rio de Janeiro, ignorada e desconhe-cida da maioria dos brasileiros, exceções feitas por estudiosos da história, do constitucionalismo e da arquivologia.

Diferentemente é o destino do texto original da única consti-tuição norte-americana de 1787, cultuada civicamente no Arqui-vo Nacional americano situado na capital Washington, guardada numa caixa de vidro a prova de bala e de umidade, a constituição é visitada diariamente por milhares de turistas de forma reverencial.

A explicação para a diferença de tratamento que suas respecti-vas nações lhes dão é histórica e estão em suas raízes.

Enquanto a constituição dos EUA é fruto de uma revolução sangrenta e de uma obra coletiva, redigida e assinada por um grupo de cinquenta e cinco intelectuais iluministas, que é até hoje refe-rido como foundingfathers - pais fundadores - do Estado Norte--Americano, a constituição brasileira fundadora do Estado Brasi-leiro e que jaz esquecida na cidade do Rio de Janeiro, é obra da vontade de um único homem, o Imperador D. Pedro I, e, por mais avançada que fosse e foi para a sua época, nela o povo brasileiro jamais se reconheceu, pois dela nunca participou.

Ademais, enquanto os “pais fundadores” - tecnicamente cons-tituintes americanos - são verdadeiramente cultuados em termos cívicos e históricos, o grande estadista brasileiro a ter em 1822, um verdadeiro projeto para este nascente país, articulador e por isso mesmo nomeado ‘Patriarca da Independência’, José Bonifácio de Andrada e Silva morreu pobre e esquecido no seu exílio voluntário na Ilha de Paquetá na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, em 1838, desiludido com os rumos que o país que ajudou a fundar estava tomando.

Seus restos mortais estão depositados no Panteão dos Andra-das, monumento erguido e mantido pela Municipalidade no centro histórico de sua terra natal - Santos - que ao lado da Capitania de Pernambuco são berços da civilização brasileira, na qual escolheu ser enterrado, mesmo tendo dela partido com apenas vinte anos para a Universidade de Coimbra e conquistado a Europa como um reconhecido cientista, em especial por meio da mineralogia, há uma rocha batizada como andradita em sua homenagem.

O Paço Municipal que abriga a Prefeitura de Santos, também tem o seu nome, além de uma imponente estátua no Centro velho de São Paulo e no resto das Américas, há outra estátua sua erigida e doada pelo governo brasileiro na Avenida das Américas em Nova Iorque, nas cercanias do Bryant Park e outra no centro velho de Havana em Cuba, esta erguida e doada pelo Município de Santos, todas lhe reconhecendo como o “Patriarca da Independência Bra-sileira” ou o “Libertador da América Portuguesa”.

⇒ A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 24 de Fevereiro de 1891

Em 1889, com o Golpe Militar da Proclamação da Repúbli-ca, um novo movimento revolucionário (de mudança) se instaura sobre o país.

Portanto, uma nova constituição se impõe, pois o Estado brasi-leiro não é mais monárquico, mas sim, republicano. Em 24/2/1891, se outorga uma nova constituição basicamente escrita por Rui Bar-bosa que o faz inspirado na Constituição (única) norte-americana de 1787, chamando este país por um novo nome: Estados Unidos do Brasil nenhuma coincidência.

As Províncias foram transformadas em Estados-Membros e o Município Neutro, em Distrito Federal. Adotou-se o Federalismo com a consagração da união indissolúvel, o que revelava o temor que houvesse secessão. Os Estados-Membros passaram a gozar de autonomia com competências governamentais próprias de um Es-tado Federalista.

Federação significa aliança, pacto, união, pois é da união entre Estados que ela nasce cujo objetivo é manter reunidas autonomias regionais, assentadas numa constituição a qual determina que esta união de estados autônomos seja indissolúvel, proibindo o sepa-ratismo.

O Federalismo é um sistema de governo criado pela constitui-ção norte-americana de 1787, em que há uma união indissolúvel de Estados formando um único Estado soberano. Invenção típica da célebre assembleia constituinte de Filadélfia, onde as treze ex--colônias inglesas resolveram dispor de uma parcela de suas so-beranias tornando-se autônomas e constituindo um novo Estado, este sim tipicamente soberano, criando assim uma nova forma de Estado, o Federativo.

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Portanto, o que se tratou de resolver na época foi questão re-sultante da convivência entre si dessas treze ex-colônias inglesas auto declaradas em Estados independentes e fortemente desejosas de adotar uma forma de poder político unificado, não querendo perder a independência e soberania que tinham acabado de con-quistar frente a uma guerra revolucionária de independência contra a Inglaterra.

Com tais pressupostos surgiu assim a Federação como uma associação de Estados pactuados por meio de uma Constituição sendo vedado o separatismo.

Destarte, a Constituição brasileira de 1891 é inteiramente inspirada na norte-americana, criando por aqui também o Presi-dencialismo como forma de governo, cujo mandato era de quatro anos, extinguindo-se com o esdrúxulo Poder Moderador da consti-tuição monárquica, adotando ou também a tripartição de Poderes.

O Poder Legislativo continuou bicameral, extinguindo-se com o voto censitário e adotando-se o sufrágio direto, um grande avan-ço democrático.

O Poder Judiciário fortaleceu-se, conferindo-se aos seus membros a vitaliciedade e a irredutibilidade de vencimentos. As-sumiu o controle dos atos legislativos e administrativos.

⇒ A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 16 de Julho de 1934

Promulgada em 16/7/1934, durante o Governo de Getúlio Va-gas, fruto da Revolução Constitucionalista de 1932, inseriu a de-mocracia social com inspiração na constituição alemã de Weimar.

Manteve os princípios fundamentais formais como a Repú-blica, a Federação, a divisão de Poderes, o Presidencialismo e o Regime Representativo, criou a Justiça Eleitoral, admitindo o voto feminino.

Seu principal característico, está na declaração de direitos e garantias individuais, dedicando um título sobre a ordem econô-mica e social, sobre a família, a educação e a cultura, normas de conteúdo programático fortemente influenciada pela democrática Constituição de Weimer.

⇒ A Constituição dos Estados Unidos do Brasil de 10 de Novembro de 1937

Outorgada por Getúlio Vargas, em 10/11/1937, após a dissolu-ção do Congresso Nacional e a revogação da constituição de 1934, a nova Carta Magna tinha inspiração fascista sendo, por óbvio, extremamente autoritária.

Formalmente, a tripartição de Poder foi mantida, contudo suas funções foram altamente enfraquecidas. Sendo certo que o Poder Executivo, na pessoa do Presidente da República, chamado de Chefe Supremo do Estado, concentrava a maior parte dos poderes.

No tocante ao Poder Legislativo, o Presidente da República podia colocá-lo em recesso, quando bem lhe aprouvesse, acumu-lando suas funções.

O Judiciário tornou-se submissão Executiva e o Congresso sob seu controle podia anular suas decisões. O direito de manifes-tação livre do pensamento foi censurado assim como as artes e a imprensa em geral.

Enfim, esta Lei Maior legitimou o Estado Novo Getulista au-toritário e ditatorial, revogando todos os avanços democráticos e sociais da Carta anterior.

⇒ A Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil de 18 de Setembro de 1946

Promulgada em 18/9/1946, por meio de uma assembleia na-cional constituinte eleita democraticamente, retomou as questões sociais da constituição de 1934, afinal o mundo respirava o pós--guerra tendo derrotado o nazi-fascismo, inclusive com ajuda bra-sileira cujas tropas lutaram a favor dos Aliados contra o Eixo.

Retornou o Brasil ao regime democrático depois do estado no-vista getulista, com um modelo democrático, com eleições livres e diretas para presidente da república com mandato de cinco anos.

Sofreu apenas três emendas até 1961, dado ao seu caráter alta-mente de estabilidade, entretanto a partir de então com a renuncia tresloucada de Jânio Quadros, depois de uma carreira meteórica calcada no populismo e uma eleição acachapante em votos, o país volta a viver crises institucionais que se refletem no campo cons-titucional, sendo que em 1º/9/1961, institui-se o parlamentarismo por desconfiança da ideologia do vice-presidente eleito João Gou-lart, perdurando esse regime até 23/1/1963.

⇒ A Constituição Brasileira de 1967

João Goulart é cassado por meio de um Golpe Militar con-solidado em 1º de abril de 1964, mas iniciado na noite de 31 de março, a ditadura que viria não era nenhuma mentira, ela própria institucionalizou sua data como sendo de 31 de março para que não pairassem quaisquer dúvidas da sua convicção autoritária.

O governo militar necessitou de uma nova Carta Constitucio-nal para consolidar o seu poder, dentro de um alinhamento mais a direita, motivo pelo qual a democrática constituição de 1946 pere-ceu, sucedeu-lhe a forte ideologia da teoria da segurança nacional prevalecendo dominantemente.

De forma ditatorial o Poder Executivo se fortaleceu de forma eminentemente centralizadora em detrimento dos demais ambos, que tiveram impositivamente reduzidas muitas de suas competên-cias e atribuições.

As garantias e direitos individuais tiveram um rebaixamento quase ao nível zero de forma sobremodo exagerada, pois havia a possibilidade de suspensão até dos direitos políticos de quaisquer cidadãos.

Outorgou-se a emenda constitucional nº 01, de 1969, que des-figurou de tal forma a própria constituição de 1967 que por muitos constitucionalistas é considerada verdadeiramente uma nova cons-tituição, do ponto de vista prático e até jurídico, pois alterou de tal maneira o sistema como um todo sem qualquer observação ou respeito pela própria constituição, porque o Regime necessitava de mais poderes indefectivelmente.

O período da ditadura militar brasileira, também conhecido como “os anos de chumbo”, perdurou até abril de 1985, quando ainda que através de eleições indiretas no Colégio Eleitoral do Congresso Nacional, um civil foi eleito Presidente da República.

Com o fim da ditadura, houve eleições diretas para uma nova Assembleia Nacional constituinte congressual em 1986, que redi-giu a atual Constituição Cidadã de 1988.

⇒ A Constituição Cidadã da República Federativa do Brasil de 5/10/1988

Promulgada democraticamente em 5/10/1988, por meio de uma legítima Assembleia Nacional constituinte, embora tenha sido de origem congressual, pois aquele Congresso eleito em 1986, não

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NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

o foi exclusivamente para a tarefa da redação da nova constituição, acumulou as funções congressuais comuns, isto é, de legislar, e de confeccionar a nova Carta Magna.

Nada obstante obteve êxito democrático, instituindo um Es-tado de Direito assentado resumidamente nos seguintes valores: direitos sociais e individuais, liberdade, segurança, bem-estar, de-senvolvimento, igualdade e justiça.

Neste sentido a Educação mereceu tratamento minucioso pelo constituinte redator de 1988, em seção especifica, entre os artigos 205 e 214.

A Educação consiste num processo de desenvolvimento do indivíduo, que implica a boa formação moral, física, espiritual e intelectual, visando o seu crescimento integral.

De acordo com a atual Constituição, a educação é direito de todos e dever do estado e da família. Tem por objetivo o pleno de-senvolvimento da pessoa, seu preparo para a cidadania e sua qua-lificação para o trabalho, declarando a educação ao mesmo tempo como um direito individual do cidadão e difuso, isto é, aquele de que é titular um conjunto de pessoas, ligadas pela mesma situação de fato.

Portanto a organização jurídica no plano constitucional atual da educação solidificou enquanto princípio básico, a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, o conheci-mento e a arte.

Entretanto, interessa-nos de perto, com vistas ao desenvolvi-mento, o art. 207, que cria o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, no âmbito da universidade brasileira, principal produtora do conhecimento, determinando que a univer-sidade tenha autonomia didática, científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, acrescentando a possibilidade de admissão de professores e cientistas estrangeiros, viabilizando as-sim o intercâmbio do saber entre os povos.

⇒ Teorias das Formas e dos Sistemas de Governo

FORMAS DE GOVERNO:Pelo modo de organização política do Estado, existem duas

formas básicas de governo: Monarquia e República. MONARQUIA:Palavra de origem grega, monarchía, governo de um só, carac-

teriza-se pela citaliciedade, hereditariedade e responsabilidade do Chefe de Estado. O Monarca governa enquanto viver. A escolha é feita dentro da linha de sucessão dinástica, e o rei não tem respon-sabilidade política. A Monarquia pode ser Absoluta ou Relativa. Na Absoluta todo o poder está concentrado nas mãos de uma pes-soa só, que o exerce de forma ilimitada, sem qualquer controle. Possui poderes ilimitados tanto para fazer as leis como para aplicá--las na Monarquia limitada ou constitucional, o poder do soberano é delimitado pela Constituição. Exemplos: Brasil-Império, Reino Unido da Grã-Bretanha, Espanha e Japão.

REPÚBLICA :Palavra de origem latina, respublica, coisa pública, caracteri-

za-se pela eletividade, temporariedade e responsabilidade do Che-fe de Estado. São feitas eleições periódicas para a escolha deste, que deve prestar contas de seus atos para o povo que o elegeu ou para um órgão de representação popular.

SISTEMAS DE GOVERNO: Pelo grau de relacionamento entre os Poderes Executivo e

Legislativo, existem três sistemas de Governo: presidencialismo, parlamentarismo e diretorialismo.

PRESIDENCIALISMO: Sistema de Governo em que os Poderes Executivo e legisla-

tivo são independentes, apresentando as características básicas a seguir enunciadas: a) Chefia de Estado e Chefia de governo atribu-ídas a uma mesma pessoa: o Presidente da República (forma mo-nocrática de poder); b) Presidente da República eleito pelo povo, de forma direta ou indireta; c) Mandato certo para o exercício da chefia do poder, não podendo o presidente da República ser des-tituído por motivos puramente políticos; d) Participação do Poder Executivo no processo legislativo; e) Separação entre os poderes Executivo e Legislativo.

No regime presidencialista, o Presidente da República não depende de maioria no Congresso nacional para permanecer no poder e não pode ser destituído do cargo pelo poder Legislativo, a menos que cometa crime de responsabilidade que autorize o pro-cesso de impeachment.

A grande crítica apontada no presidencialismo é a de se tratar de uma “ditadura por prazo certo”, pois não há possibilidade polí-tica de destituição de um mau governo antes de seu término, já que o Presidente da República somente poderá ser destituído do Cargo que exerce se cometer crime de responsabilidade. Por duas vezes o povo brasileiro já foi convocado a manifestar-se sobre o sistema de governo a ser adotado no Estado brasileiro, em 1963 e em 1993 (CF de 1988, ADCT, art. 2º), tendo optado, nas duas oportunida-des, por ampla maioria, pelo presidencialismo.

PARLAMENTARISMO: Sistema de Governo em que o Executivo e o Legislativo são

interdependentes, apresentando as características básicas a seguir enunciadas: a) Chefia de estado e chefia de governo atribuídas a pessoas distintas. A primeira, função de representação externa e interna, é designada ao Presidente da República ou ao rei; a Che-fia de governo, condução das políticas do Estado, é atribuída ao Primeiro-Ministro (forma dualista de poder); b) Chefia de gover-no com responsabilidade política, pois o Primeiro-Ministro não te mandato. Permanece no Cargo enquanto mantiver apoio da maio-ria dos parlamentares. Pode ser destituído pela perda da maioria no Parlamento ou pela aprovação de moção de desconfiança; c) Possibilidade de dissolução do Parlamento pelo Chefe de Estado, com a convocação de novas eleições gerais; d) Interdependência dos poderes Legislativos e Executivos, pois compete ao próprio Parlamento a escolha do Primeiro-Ministro, que permanece no cargo enquanto gozar da confiança da maioria dos parlamentares.

A grande desvantagem apontada no parlamentarismo seria a maior instabilidade política na condução do Estado, principal-mente em países, como o Brasil, em que não há partidos sólidos, podendo haver uma sucessão de quedas de Gabinetes sempre que a maioria parlamentar não for alcançada. No Brasil, acrescenta-se, ainda, a desfiguração da representatividade do povo na Câmara dos Deputados, onde Estados com uma população menor possuem proporcionalmente um número muito mais elevado de represen-tantes do que os mais populosos. Essa deformação da represen-tação popular favorece os Estados menos desenvolvidos do País, submetidos a oligarquias conservadoras e impeditivas do desen-volvimento local.

SISTEMA DIRETORIAL OU CONVENCIONAL: Sistema de governo que se caracteriza pela concentração do

poder político do Estado no parlamento, sendo a função executiva exercida por pessoas escolhidas por este. Há absoluta subordina-ção do Poder Executivo ao legislativo. Adotado na Suíça e na ex-tinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

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2. MODELOS TEÓRICOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA:

PATRIMONIALISTA, BUROCRÁTICO E GERENCIAL.

No plano administrativo, a administração pública burocrática surgiu no século passado conjuntamente com o Estado liberal, exa-tamente como uma forma de defender a coisa pública contra o pa-trimonialismo. Na medida, porém, que o Estado assumia a respon-sabilidade pela defesa dos direitos sociais e crescia em dimensão, os custos dessa defesa passaram a ser mais altos que os benefícios do controle. Por isso, neste século as práticas burocráticas vêm cedendo lugar a um novo tipo de administração: a administração gerencial.

Assim, partindo-se de uma perspectiva histórica, verifica-se que a administração pública evoluiu através de três modelos bá-sicos: a administração pública patrimonialista, a burocrática e a gerencial. Essas três formas se sucedem no tempo, sem que, no entanto, qualquer uma delas seja inteiramente abandonada.

Administração Pública Patrimonialista:Nas sociedades anteriores ao advento do Capitalismo e da De-

mocracia, o Estado aparecia como um ente “privatizado”, no sen-tido de que não havia uma distinção clara, por parte dos governan-tes, entre o patrimônio público e o seu próprio patrimônio privado.

O Rei ou Monarca estabelecia seu domínio sobre o país de forma absoluta, não aceitando limites entre a res publica e a res principis. Ou seja, a “coisa pública” se confundia com o patrimô-nio particular dos governantes, pois não havia uma fronteira muito bem definida entre ambas.

Nessas condições, o aparelho do Estado funcionava como uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servido-res, possuíam status de nobreza real. Os cargos eram considerados prebendas, ou seja, títulos passíveis de negociação, sujeitos à dis-cricionariedade do governante.

A corrupção e o nepotismo eram inerentes a esse tipo de ad-ministração. O foco não se encontrava no atendimento das neces-sidades coletivas mas, sobretudo, nos interesses particulares do soberano e de seus auxiliares.

Este cenário muda no final do século XIX, no momento em que o capitalismo e a democracia se tornam dominantes. Mercado e Sociedade Civil passam a se distinguir do Estado. Neste novo momento histórico, a administração patrimonialista torna-se ina-ceitável, pois não mais cabia um modelo de administração pública que privilegiava uns poucos em detrimento de muitos.

As novas exigências de um mundo em transformação, com o desenvolvimento econômico que se seguia, trouxeram a necessi-dade de reformulação do modo de gestão do Estado.

Administração Pública Burocrática:Surge na segunda metade do século XIX, na época do Esta-

do liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Constituem princípios orientadores do seu desen-volvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese, o poder racional legal.

Os controles administrativos implantados visam evitar a cor-rupção e o nepotismo. A forma de controle é sempre a priori, ou seja, controle dos procedimentos, das rotinas que devem nortear a realização das tarefas.

Parte-se de uma desconfiança prévia nos administradores pú-blicos e nos cidadãos que a eles dirigem suas diversas demandas sociais. Por isso, são empregados controles rígidos dos processos como, por exemplo, na admissão de pessoal, nas compras e no atendimento aos cidadãos.

Uma consequência disto é que os próprios controles se tornam o objetivo principal do funcionário. Dessa forma, o Estado volta--se para si mesmo, perdendo a noção de sua missão básica, que é servir à sociedade.

A principal qualidade da administração pública burocrática é o controle dos abusos contra o patrimônio público; o principal de-feito, a ineficiência, a incapacidade de voltar-se para o serviço aos cidadãos vistos como “clientes”.

Esse defeito, entretanto, não se revelou determinante na épo-ca do surgimento da administração pública burocrática porque os serviços do Estado eram muito reduzidos. O Estado limitava-se a manter a ordem e administrar a justiça, a garantir os contratos e a propriedade. O problema começou a se tornar mais evidente a par-tir da ampliação da participação do Estado na vida dos indivíduos.

Valem aqui alguns comentários adicionais sobre o termo “Bu-rocracia”.

Max Weber, importante cientista social, ocupou-se de inúme-ros aspectos das sociedades humanas. Na década de 20, publicou estudos sobre o que ele chamou o tipo ideal de burocracia, ou seja, um esquema que procura sintetizar os pontos comuns à maioria das organizações formais modernas, que ele contrastou com as so-ciedades primitivas e feudais. As organizações burocráticas seriam máquinas totalmente impessoais, que funcionam de acordo com regras que ele chamou de racionais – regras que dependem de ló-gica e não de interesses pessoais.

Weber estudou e procurou descrever o alicerce formal-legal em que as organizações reais se assentam. Sua atenção estava di-rigida para o processo de autoridade obediência (ou processo de dominação) que, no caso das organizações modernas, depende de leis. No modelo de Weber, as expressões “organização formal” e “organização burocrática” são sinônimas.

“Dominação” ou autoridade, segundo Weber, é a probabilida-de de haver obediência dentro de um grupo determinado. Há três tipos puros de autoridade ou dominação legítima (aquela que conta com o acordo dos dominados):

Dominação de caráter carismático:Repousa na crença da santidade ou heroísmo de uma pessoa.

A obediência é devida ao líder pela confiança pessoal em sua re-velação, heroísmo ou exemplaridade, dentro do círculo em que se acredita em seu carisma.

A atitude dos seguidores em relação ao dominador carismá-tico é marcada pela devoção. Exemplos são líderes religiosos, so-ciais ou políticos, condutores de multidões de adeptos. O carisma está associado a um tipo de influência que depende de qualidades pessoais.

Dominação de caráter tradicional:Deriva da crença quotidiana na santidade das tradições que

vigoram desde tempos distantes e na legitimidade daqueles que são indicados por essa tradição para exercer a autoridade.

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A obediência é devida à pessoa do “senhor”, indicado pela tradição. A obediência dentro da família, dos feudos e das tribos é do tipo tradicional. Nos sistemas em que vigora a dominação tradi-cional, as pessoas têm autoridade não por causa de suas qualidades intrínsecas, como acontece no caso carismático, mas por causa das instituições tradicionais que representam. É o caso dos sacerdotes e das lideranças, no âmbito das instituições, como os partidos po-líticos e as corporações militares.

Dominação de caráter racional:Decorre da legalidade de normas instituídas racionalmente e

dos direitos de mando das pessoas a quem essas normas respon-sabilizam pelo exercício da autoridade. A autoridade, portanto, é a contrapartida da responsabilidade.

No caso da autoridade legal, a obediência é devida às normas impessoais e objetivas, legalmente instituídas, e às pessoas por elas designadas, que agem dentro de uma jurisdição. A autoridade racional fundamenta-se em leis que estabelecem direitos e deveres para os integrantes de uma sociedade ou organização. Por isso, a autoridade que Weber chamou de racional é sinônimo de autori-dade formal.

Uma sociedade, organização ou grupo que depende de leis racionais tem estrutura do tipo legal-racional ou burocrática é uma burocracia.

A autoridade legal-racional ou autoridade burocrática substi-tuiu as fórmulas tradicionais e carismáticas nas quais se baseavam as antigas sociedades. A administração burocrática é a forma mais racional de exercer a dominação. A burocracia, ou organização bu-rocrática, possibilita o exercício da autoridade e a obtenção da obe-diência com precisão, continuidade, disciplina, rigor e confiança.

Portanto, todas as organizações formais são burocracias. A palavra burocracia identifica precisamente as organizações que se baseiam em regulamentos. A sociedade organizacional é, também, uma sociedade burocratizada. A burocracia é um estágio na evolu-ção das organizações.

De acordo com Weber, as organizações formais modernas ba-seiam-se em leis, que as pessoas aceitam por acreditarem que são racionais, isto é, definidas em função do interesse das próprias pes-soas e não para satisfazer aos caprichos arbitrários de um dirigente.

O tipo ideal de burocracia, formulado por Weber, apresenta três características principais que diferenciam estas organizações formais dos demais grupos sociais:

• Formalidade: significa que as organizações são constituídas com base em normas e regulamentos explícitos, chamadas leis, que estipulam os direitos e deveres dos participantes.

• Impessoalidade: as relações entre as pessoas que integram as organizações burocráticas são governadas pelos cargos que elas ocupam e pelos direitos e deveres investidos nesses cargos. Assim, o que conta é o cargo e não a pessoa. A formalidade e a impesso-alidade, combinadas, fazem a burocracia permanecer, a despeito das pessoas.

• Profissionalismo: os cargos de uma burocracia oferecem a seus ocupantes uma carreira profissional e meios de vida. A parti-cipação nas burocracias tem caráter ocupacional.

Apesar das vantagens inerentes nessa forma de organização, as burocracias podem muitas vezes apresentar também uma série de disfunções, conforme a seguir:

• Particularismo – Defender dentro da organização interesses de grupos internos, por motivos de convicção, amizade ou interes-se material.

• Satisfação de Interesses Pessoais – Defender interesses pessoais dentro da organização.

• Excesso de Regras – Multiplicidade de regras e exigências para a obtenção de determinado serviço.

• Hierarquia e individualismo – A hierarquia divide respon-sabilidades e atravanca o processo decisório. Realça vaidades e estimula disputas pelo poder.

• Mecanicismo – Burocracias são sistemas de cargos limita-dos, que colocam pessoas em situações alienantes.

Portanto, as burocracias apresentam dois grandes “proble-mas” ou dificuldades: em primeiro lugar, certas disfunções, que as descaracterizam e as desviam de seus objetivos; em segundo lugar, ainda que as burocracias não apresentassem distorções, sua estru-tura rígida é adequada a certo tipo de ambiente externo, no qual não há grandes mudanças. A estrutura burocrática é, por natureza, conservadora, avessa a inovações; o principal é a estabilidade da organização.

Mas, como vimos, as mudanças no ambiente externo determi-nam a necessidade de mudanças internas, e nesse ponto o paradig-ma burocrático torna-se superado.

Administração Pública Gerencial:Surge na segunda metade do século XX, como resposta à ex-

pansão das funções econômicas e sociais do Estado e ao desenvol-vimento tecnológico e à globalização da economia mundial, uma vez que ambos deixaram à mostra os problemas associados à ado-ção do modelo anterior.

Torna-se essencial a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário, resul-tando numa maior eficiência da administração pública. A reforma do aparelho do Estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas or-ganizações.

A administração pública gerencial constitui um avanço, e até certo ponto um rompimento com a administração pública burocrá-tica. Isso não significa, entretanto, que negue todos os seus princí-pios. Pelo contrário, a administração pública gerencial está apoia-da na anterior, da qual conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus princípios fundamentais, como:

• A admissão segundo rígidos critérios de mérito (concurso público);

• A existência de um sistema estruturado e universal de remu-neração (planos de carreira);

• A avaliação constante de desempenho (dos funcionários e de suas equipes de trabalho);

• O treinamento e a capacitação contínua do corpo funcional.A diferença fundamental está na forma de controle, que deixa

de basear-se nos processos para concentrar-se nos resultados. A ri-gorosa profissionalização da administração pública continua sendo um princípio fundamental.

Na administração pública gerencial a estratégia volta-se para:1. A definição precisa dos objetivos que o administrador públi-

co deverá atingir sua unidade;2. A garantia de autonomia do administrador na gestão dos

recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à disposição para que possa atingir os objetivos contratados;

3. O controle ou cobrança posterior dos resultados.

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Adicionalmente, pratica-se a competição administrada no in-terior do próprio Estado, quando há a possibilidade de estabelecer concorrência entre unidades internas.

No plano da estrutura organizacional, a descentralização e a redução dos níveis hierárquicos tornam-se essenciais. Em suma, afirma-se que a administração pública deve ser permeável à maior participação dos agentes privados e/ou das organizações da socie-dade civil e deslocar a ênfase dos procedimentos (meios) para os resultados (fins).

A administração pública gerencial inspira-se na administra-ção de empresas, mas não pode ser confundida com esta última. Enquanto a administração de empresas está voltada para o lucro privado, para a maximização dos interesses dos acionistas, espe-rando-se que, através do mercado, o interesse coletivo seja atendi-do, a administração pública gerencial está explícita e diretamente voltada para o interesse público.

Neste último ponto, como em muitos outros (profissionalis-mo, impessoalidade), a administração pública gerencial não se diferencia da administração pública burocrática. Na burocracia pública clássica existe uma noção muito clara e forte do interesse público. A diferença, porém, está no entendimento do significado do interesse público, que não pode ser confundido com o interesse do próprio Estado. Para a administração pública burocrática, o in-teresse público é frequentemente identificado com a afirmação do poder do Estado.

A administração pública gerencial vê o cidadão como con-tribuinte de impostos e como uma espécie de “cliente” dos seus serviços. Os resultados da ação do Estado são considerados bons não porque os processos administrativos estão sob controle estão seguros, como quer a administração pública burocrática, mas por-que as necessidades do cidadão-cliente estão sendo atendidas.

O paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, de estruturas, descentralização de fun-ções, incentivos à criatividade. Contrapõe-se à ideologia do for-malismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. À avaliação sistemática, à recompensa pelo desempenho, e à capacitação per-manente, que já eram características da boa administração buro-crática, acrescentam-se os princípios da orientação para o cidadão--cliente, do controle por resultados, e da competição administrada.

O período recente que vem desde a década de 80 é caracteri-zado por urna série de transformações tanto na economia mundial como nas economias nacionais.

De forma geral, essas modificações estão relacionadas ao pro-cesso denominado globalização, que se manifesta em diferentes aspectos: comercial, produtivo, financeiro e institucional.

Essa nova fase tem levado a profundas readaptações nas estru-turas econômicas nacionais, com destaque para urna ampla valori-zação do “mercado”, urna preocupação crescente com a “competi-tividade” e urna menor participação do Estado, configurando-se a volta do chamado liberalismo econômico.

No pós-Segunda Guerra Mundial, o mundo viveu um período de rápido crescimento econômico, que persistiu até o inicio dos anos 70. Essa fase, chamada por alguns de “Idade de Ouro” do capitalismo, caracterizou-se por urna forte presença do Estado na economia, na qual o Estado teria, entre outras funções, garantir um elevado nível de emprego.

Nos países desenvolvidos, criou-se urna ampla rede de prote-ção social - sistemas previdenciários, assistência social, seguro-de-

semprego, sistemas públicos de saúde etc. - que permitia a manu-tenção da renda e a demanda dos indivíduos, mesmo quando estes não estivessem gerando renda, o chamado Estado do Bem-Estar. Além disso, os gastos públicos foram de extrema importância para o desenvolvimento tecnológico e o aumento da produtividade.

Nos anos 70, verifica-se a crise desse modelo de desenvolvi-mento. Há urna retração nos ganhos de produtividade, que impedia o crescimento contínuo de salários e lucros, levando a manifesta-ções do conflito distributivo.

No final dos anos 70, começa a ganhar destaque o diagnóstico de que a crise econômica dos países centrais decorria de profun-das ineficiências associadas a imperfeições no funcionamento do Estado: excesso de intervenção do setor público, excesso de regu-lamentações, sindicatos etc.

Assim, assistimos, no inicio dos anos 80, a um processo de desmantelamento do Estado do Bem-Estar com a implantação de urna série de reformas pró-mercado, denotando o esgotamento da estratégia estatizante de intervenção do Estado, a qual se revestia de varias formas: o Estado do bem-estar social nos países desen-volvidos, a estratégia de substituição de importações no terceiro mundo e o estadismo nos países comunistas; e a superação da for-ma de administrar o Estado, isto é, a superação da administração pública burocrática, com a prevalência da administração pública gerencial.

A administração pública gerencial representa urna grande con-vergência entre a administração pública e a privada. Ela constitui um avanço e, ate um certo ponto, um rompimento com a adminis-tração pública burocrática, mas isso não significa, entretanto, que negue todos os seus princípios. A administração pública gerencial está apoiada na anterior, da qual conserva, embora flexibilizando, alguns dos seus princípios fundamentais.

Na administração pública gerencial, há urna busca para que haja:

I. a definição precisa dos objetivos que o administrador públi-co deverá atingir em sua unidade;

II. a garantia de autonomia do administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à disposição para que possa atingir os objetivos contratados; e

III. o controle ou cobrança a posteriori dos resultados. Em suma, afirma-se que a administração pública deve ser per-

meável à maior participação dos agentes privados e/ ou/ organi-zações da sociedade civil e deslocar a ênfase dos procedimentos (meios) para os resultados (fins).

A administração pública gerencial inspira-se na administração privada, mas não pode ser confundida com essa última.

1. Enquanto a receita das empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente na compra de seus produtos e serviços, a receita do Estado deriva de impostos, ou seja, de con-tribuições obrigatórias, sem contrapartida direta.

2. Enquanto o mercado controla a administração das empre-sas, a sociedade - por meio de políticos eleitos controla a adminis-tração pública.

3. Enquanto a administração de empresas está voltada para o lucro privado, para a maximização dos interesses dos acionistas, esperando-se que, por meio do mercado, o interesse coletivo seja atendido, a administração pública gerencial está explicita e direta-mente voltada para o interesse público.

“o governo não pode ser urna empresa, mas pode se tomar mais empresarial”

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O setor público não está numa situação em que as velhas ver-dades possam ser reafirmadas. É uma situação que requer o de-senvolvimento de novos princípios. A administração pública deve enfrentar o desafio da inovação mais do que confiar na imitação. A melhora da gerência pública não e só uma questão de pôr-se em dia com o que está ocorrendo na iniciativa privada: significa também abrir novos caminhos.

3. ÉTICA NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO PÚBLICA.

A ética está presente em todas as esferas da vida de um indi-víduo e da sociedade que ele compõe e é fundamental para a ma-nutenção da paz social que todos os cidadãos (ou ao menos grande parte deles) obedeçam os ditames éticos consolidados. A obediên-cia à ética não deve se dar somente no âmbito da vida particular, mas também na atuação profissional, principalmente se tal atuação se der no âmbito estatal.

O Estado é a forma social mais abrangente, a sociedade de fins gerais que permite o desenvolvimento, em seu seio, das individua-lidades e das demais sociedades, chamadas de fins particulares. O Estado, como pessoa, é uma ficção, é um arranjo formulado pelos homens para organizar a sociedade de disciplinar o poder visando que todos possam se realizar em plenitude, atingindo suas finali-dades particulares.

O Estado tem um valor ético, de modo que sua atuação deve se guiar pela moral idônea. Mas não é propriamente o Estado que é aético, porque ele é composto por homens. Assim, falta ética ou não aos homens que o compõem. Ou seja, o bom comportamento profissional do funcionário público é uma questão ligada à ética no serviço público, pois se os homens que compõem a estrutura do Estado tomam uma atitude correta perante os ditames éticos há uma ampliação e uma consolidação do valor ético do Estado.

Alguns cidadãos recebem poderes e funções específicas den-tro da administração pública, passando a desempenhar um papel de fundamental interesse para o Estado. Quando estiver nesta con-dição, mais ainda, será exigido o respeito à ética. Afinal, o Estado é responsável pela manutenção da sociedade, que espera dele uma conduta ilibada e transparente.

Quando uma pessoa é nomeada como servidor público, passa a ser uma extensão daquilo que o Estado representa na sociedade, devendo, por isso, respeitar ao máximo todos os consagrados pre-ceitos éticos.

Todas as profissões reclamam um agir ético dos que a exer-cem, o qual geralmente se encontra consubstanciado em Códigos de Ética diversos atribuídos a cada categoria profissional. No caso das profissões na esfera pública, esta exigência se amplia.

Não se trata do simples respeito à moral social: a obrigação ética no setor público vai além e encontra-se disciplinada em de-talhes na legislação, tanto na esfera constitucional (notadamente no artigo 37) quanto na ordinária (em que se destacam o Decreto n° 1.171/94 - Código de Ética - a Lei n° 8.429/92 - Lei de Impro-bidade Administrativa - e a Lei n° 8.112/90 - regime jurídico dos servidores públicos civis na esfera federal).

Em geral, as diretivas a respeito do comportamento profissio-nal ético podem ser bem resumidas em alguns princípios basilares.

O princípio fundamental seria o de agir de acordo com a ci-ência, se mantendo sempre atualizado, e de acordo com a cons-ciência, sabendo de seu dever ético; tomando-se como princípios específicos:

- Princípio da conduta ilibada - conduta irrepreensível na vida pública e na vida particular.

- Princípio da dignidade e do decoro profissional - agir da me-lhor maneira esperada em sua profissão e fora dela, com técnica, justiça e discrição.

- Princípio da incompatibilidade - não se deve acumular fun-ções incompatíveis.

- Princípio da correção profissional - atuação com transparên-cia e em prol da justiça.

- Princípio do coleguismo - ciência de que você e todos os demais operadores do Direito querem a mesma coisa, realizar a justiça.

- Princípio da diligência - agir com zelo e escrúpulo em todas funções.

- Princípio do desinteresse - relegar a ambição pessoal para buscar o interesse da justiça.

- Princípio da confiança - cada profissional de Direito é dota-do de atributos personalíssimos e intransferíveis, sendo escolhido por causa deles, de forma que a relação estabelecida entre aquele que busca o serviço e o profissional é de confiança.

- Princípio da fidelidade - Fidelidade à causa da justiça, aos valores constitucionais, à verdade, à transparência.

- Princípio da independência profissional - a maior autonomia no exercício da profissão do operador do Direito não deve impedir o caráter ético.

- Princípio da reserva - deve-se guardar segredo sobre as in-formações que acessa no exercício da profissão.

- Princípio da lealdade e da verdade - agir com boa-fé e de forma correta, com lealdade processual.

- Princípio da discricionariedade - geralmente, o profissional do Direito é liberal, exercendo com boa autonomia sua profissão.

- Outros princípios éticos, como informação, solidariedade, cidadania, residência, localização, continuidade da profissão, li-berdade profissional, função social da profissão, severidade consi-go mesmo, defesa das prerrogativas, moderação e tolerância.

Em suma, respeitar a ética profissional é ter em mente os prin-cípios éticos consagrados em sociedade, fazendo com que cada atividade desempenhada no exercício da profissão exteriorize tais postulados, inclusive direcionando os rumos da ética empresarial na escolha de diretrizes e políticas institucionais.

O funcionário que busca efetuar uma gestão ética se guia por determinados mandamentos de ação, os quais valem tanto para a esfera pública quanto para a privada, embora a punição dos que violam ditames éticos no âmbito do interesse estatal seja mais ri-gorosa.

Neste sentido, destacam-se os dez mandamentos da gestão éti-ca nas empresas públicas:

PRIMEIRO: “Amar a verdade, a lealdade, a probidade e a responsabilidade como fundamentos de dignidade pessoal”.

Significa desempenhar suas funções com transparência, de forma honesta e responsável, sendo leal à instituição. O funcio-nário deve se portar de forma digna, exteriorizando virtudes em suas ações.

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SEGUNDO: “Respeitar a dignidade da pessoa humana.”A expressão “dignidade da pessoa humana” está estabelecida

na Constituição Federal Brasileira, em seu art. 3º, III, como um dos fundamentos da República Federativa do Brasil. Ao adotar um significado mínimo apreendido no discurso antropocentrista do humanismo, a expressão valoriza o ser humano, considerando este o centro da criação, o ser mais elevado que habita o planeta, o que justifica a grande consideração pelo Estado e pelos outros seres hu-manos na sua generalidade em relação a ele. Respeitar a dignidade da pessoa humana significa tomar o homem como valor-fonte para todas as ações e escolhas, inclusive na atuação empresarial.

TERCEIRO: “Ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação do mérito dos subordinados.”

Retoma-se a questão dos planos de carreira, que exteriorizam a imparcialidade e a impessoalidade na escolha dos que deverão ser promovidos, a qual se fará exclusivamente com base no mé-rito. Não se pode tomar questões pessoais, como desavenças ou afinidades, quando o julgamento se faz sobre a ação de um funcio-nário - se agiu bem, merece ser recompensado; se agiu mal, deve ser punido.

QUARTO: “Zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e, também, pelo dos subordinados, tendo em vista o cumprimento da missão institucional.”

A missão institucional envolve a obtenção de lucros, em regra, mas sempre aliada à promoção da ética. Na missão institucional serão estabelecidas determinadas metas para a empresa, que deve-rão ser buscadas pelos funcionários. Para tanto, cada um deve se preocupar com o aperfeiçoamento de suas capacidades, tornando--se paulatinamente um melhor funcionário, por exemplo, buscan-do cursos e estudando técnicas.

QUINTO: “Acatar as ordens legais, não ser negligente e trabalhar em harmonia com a estrutura do órgão, respeitando a hierarquia, seus colegas e cada concidadão, colaborando e acei-tando colaboração.”

Existe uma hierarquia para que as funções sejam desempe-nhadas da melhor maneira possível, pois a desordem não permite que as atividades se encadeiem e se enlacem, gerando perda de tempo e desperdício de recursos. Não significa que ordens contrá-rias à ética devam ser obedecidas, caso em que a medida cabível é levar a questão para as autoridades responsáveis pelo controle da ética da instituição. Cada atividade deve ser desempenhada da melhor maneira possível, isto é, não se pode deixar de praticá-la corretamente por ser mais trabalhoso (por negligência entende-se uma omissão perigosa). No tratamento dos demais colegas e do público, o funcionário deve ser cordial e ético, posto que somente assim estará contribuindo para a gestão ética da empresa.

SEXTO: “Agir, na vida pessoal e funcional, com dignidade, decoro, zelo, eficácia e moralidade.”

O bom comportamento não deve se fazer presente somente no exercício das funções. Cabe ao funcionário se portar bem quando estiver em sua vida privada, na convivência com seus amigos e familiares, bem como nos momentos de lazer. Por melhor que seja como funcionário, não será aceito aquele que, por exemplo, for visto frequentemente embriagado ou for sempre denunciado por violência doméstica.

Dignidade é a característica que incorpora todas as demais, significando o bom comportamento enquanto pessoa humana, tra-tando os outros como gosta de ser tratado. Decoro significa discri-ção, aparecer o mínimo possível, não se vangloriar com base em feitos institucionais. Zelo quer dizer cuidado, cautela, para que as atividades sempre sejam desempenhadas do melhor modo. Eficá-cia remete ao dever de fazer com que suas atividades atinjam o fim para o qual foram praticadas, isto é, que não sejam abandona-das pela metade. Moralidade significa respeitar os ditames morais, mais que jurídicos, que exteriorizam os valores tradicionais conso-lidados na sociedade através dos tempos.

SÉTIMO: “Jamais tratar mal ou deixar à espera de solução uma pessoa que busca perante a Administração Pública satisfazer um direito que acredita ser legítimo.”

O bom atendimento do público é necessário para que uma ges-tão possa ser considerada ética. Aquele que tem um direito merece ser ouvido, não pode ser deixado de lado pelo funcionário, espe-rando por horas uma solução. Mesmo que a pessoa esteja errada, isto deve ser esclarecido, de forma que a confiabilidade na institui-ção não fique abalada.

OITAVO: “Cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades a que estiver subordi-nado.”

O Direito é uma das facetas mais relevantes da Ética porque exterioriza o valor do justo e o seu cumprimento é essencial para que a gestão ética seja efetiva.

NONO: “Agir dentro da lei e da sua competência, atento à finalidade do serviço público.”

Não basta cumprir o Direito, é preciso respeitar a divisão de funções feitas com o objetivo de otimizar as atividades desempe-nhadas.

DÉCIMO: “Buscar o bem-comum, extraído do equilíbrio en-tre a legalidade e finalidade do ato administrativo a ser pratica-do.”

Bem comum é o bem de toda a coletividade e não de um só in-divíduo. Este conceito exterioriza a dimensão coletiva da ética. As características essenciais do bem comum: redistribuição, pela qual o bem comum deve ser redistribuído às pessoas e colaborar para o desenvolvimento delas; respeito à autoridade na sociedade, pois a autoridade é necessária para conduzir a comunidade de pessoas humanas para o bem comum; moralidade, que constitui a retidão de vida, sendo a justiça e a retidão moral elementos essenciais do bem comum.

Vale destacar que, se a Ética, num sentido amplo, é composta por ao menos dois elementos - a Moral e o Direito (justo); no caso da disciplina da Ética no Setor Público a expressão é adotada num sentido estrito - ética corresponde ao valor do justo, previsto no Direito vigente, o qual é estabelecido com um olhar atento às pres-crições da Moral para a vida social. Em outras palavras, quando se fala em ética no âmbito do Estado não se deve pensar apenas na Moral, mas sim em efetivas normas jurídicas que a regulamentam, o que permite a aplicação de sanções. Veja o organograma:

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Logo, as regras éticas do setor público são mais do que regu-lamentos morais, são normas jurídicas e, como tais, passíveis de coação. A desobediência ao princípio da moralidade caracteriza ato de improbidade administrativa, sujeitando o servidor às penas previstas em lei. Da mesma forma, o seu comportamento em rela-ção ao Código de Ética pode gerar benefícios, como promoções, e prejuízos, como censura e outras penas administrativas. A discipli-na constitucional é expressa no sentido de prescrever a moralidade como um dos princípios fundadores da atuação da administração pública direta e indireta, bem como outros princípios correlatos. Assim, o Estado brasileiro deve se conduzir moralmente por von-tade expressa do constituinte, sendo que à imoralidade administra-tiva aplicam-se sanções.

4. EVOLUÇÃO DOS MODELOS/PARADIGMAS DE GESTÃO - A NOVA GESTÃO PÚBLICA.

A estruturação da Máquina Administrativa foi ocorrendo ao logo dos anos, desde 1930. Podemos dividir essa estruturação em sete etapas, quais sejam:

1) 1930 a 1945 – Burocratização da Era Vargas: Nessa primeira etapa, em decorrência do Estado patrimonial, da falta de qualificação técnica dos servidores, da crise econômica mundial e da difusão da teoria keynesiana, que pregava a intervenção do Es-tado na Economia, o governo autoritário de Vargas resolve moder-nizar a máquina administrativa brasileira através dos paradigmas burocráticos difundidos por Max Weber. O auge dessas mudanças ocorre em 1936 com a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), que tinha como atribuição modernizar a máquina administrativa utilizando como instrumentos a afirmação dos princípios do mérito, a centralização, a separação entre público e privado, a hierarquia, a impessoalidade, a rigidez e universali-dade das regras e a especialização e qualificação dos servidores.

2) 1956 a 1960 – A administração paralela de JK: A admi-nistração paralela foi um artifício utilizado pelo governo JK para atingir o seu Plano de Metas e seguir seu projeto desenvolvimen-tista. Surgiu com a criação de estruturas alheias à Administração Direta.

3) 1967 – A reforma militar: Durante a ditadura militar, a administração pública passa por novas transformações, tais como: A ampliação da função econômica do Estado com a criação de várias empresas estatais, a facilidade de implantação de políticas – em decorrência da natureza autoritária do regime, e o aprofunda-mento da divisão da administração pública, mais especificamente através do Decreto-Lei 200/67, que distinguiu claramente a Ad-ministração Direta (exercida por órgãos diretamente subordinados aos ministérios) da indireta (formada por autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista). Essa reforma trouxe modernização, padronização e normatização nas áreas de pessoal, compras e execução orçamentária, estabelecendo ainda, cinco princípios estruturais da administração pública: planejamen-to, coordenação, descentralização, delegação de competências e controle.

4) 1988 – A administração pública na nova Constituição: A nova Constituição da República Federativa do Brasil voltou a fortalecer a Administração Direta instituindo regras iguais as que deveriam ser seguidas pela administração pública indireta, princi-palmente em relação à obrigatoriedade de concursos públicos para investidura na carreira e aos procedimentos de compras públicas.

5) 1990 – O governo Collor e o desmonte da máquina pú-blica : Essa etapa da administração pública brasileira é marcada pelo retrocesso da máquina administrativa, o governo promoveu a extinção de milhares de cargos de confiança, a reestruturação e a extinção de vários órgãos, a demissão de outras dezenas de mi-lhares de servidores sem estabilidade e tantos outros foram coloca-dos em disponibilidade. Segundo estimativas, foram retirados do serviço público, num curto período e sem qualquer planejamento, cerca de 100 mil servidores.

6) 1995/2002 – O gerencialismo da Era FHC: A reforma administrativa foi o ícone do governo Fernando Henrique Cardoso em relação à administração pública brasileira. A reforma gerencial teve como instrumento básico o Plano Diretor da Reforma do Apa-relho do Estado (PDRAE), que visava à reestruturação do aparelho do Estado para combater, principalmente, a cultura burocrática.

7) Nova Administração Pública: O movimento “reinven-tando o governo” difundido nos EUA e a reforma administrativa de 95, introduziram no Brasil a cultura do management, trazendo técnicas do setor privado para o setor público e tendo como carac-terísticas básicas:

● O foco no cliente ● A reengenharia ● Governo empreendedor ● Administração da qualidade total

O modelo de administração pública burocrática, ou racional--legal, foi adotado em muitos países visando a substituição aque-le tipo de administração onde patrimônio público e privado eram confundidos, O modelo burocrático visava o combate do cliente-lismo, nepotismo, empreguismo e, até mesmo, da corrupção

Ocorre que o modelo burocrático sofreu o ataque natural do tempo, não sendo o mais apropriado para gerir as estruturas do Estado.

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Para responder a essas limitações do modelo burocrático, hou-ve a adoção de certos padrões gerenciais na administração pública. Esses novos modelos teóricos acerca da gestão do Estado foi cha-mado de Nova Administração Pública.

Trata-se de um modelo mais flexível e mais próximo das práti-cas de gestão do setor privado, conhecido como administração pú-blica gerencial. No Brasil, a tentativa de se implantar tais teorias se deu com a publicação do Plano Diretor da Reforma do Aparelho, com uma série de diretrizes a serem implementadas na administra-ção pública denominando esse modelo de pós-burocrático.

Historicamente, a dominação racional-legal ou burocrática surgiu no século XIX, como uma forma superior de dominação, legitimada pelo uso da lei, em contraposição ao poder tradicional (divino) e arbitrário dos príncipes e ao afeto das lideranças ca-rismáticas. Note-se que as teorias iniciais do modelo burocrático foram inspiradas no modo de estruturação da Igreja e do exército.

A administração burocrática significa dominação em virtude de conhecimento. Essa racionalidade é explicada como tendo um aspecto calculista; ou seja, escolha de uma forma de ação em lugar de outra.

Ao se falar em burocracia, deve-se lembrar, ainda, dos princí-pios weberianos acerca da resolução de conflitos por meio do uso do poder. A burocracia é um tipo ideal de organização que aplica, em sua forma mais pura, a autoridade racional-legal.

A citada racionalidade seria um ponto chave da definição da burocracia de. Burocracia seria igual à organização: um sistema racional seria aquele em que a divisão de trabalho dar-se-ia racio-nalmente com vista a determinados fins. Seria a forma mais racio-nal de exercício de dominação, pois nela se alcançaria tecnicamen-te o máximo de rendimento em virtude de precisão, continuidade, disciplina, rigor e confiabilidade.

No plano administrativo, deve-se relembrar que a burocracia surgiu no Século XIX conjuntamente com o Estado liberal, como uma forma de defender a coisa pública contra o patrimonialismo. Na medida, porém, que o Estado assumia a responsabilidade pela defesa dos direitos sociais e crescia em dimensão, foi-se perce-bendo que os custos dessa defesa poderiam ser mais altos que os benefícios do controle.

Numa conjuntura de frequente ocorrência de transformações e mudanças, a rigidez do modelo burocrático começou a provo-car ineficiências. O modelo burocrático passou a não atender, em sua totalidade, às demandas sociais de um estado mais eficiente e voltado para o cidadão Tendo sido associada à ineficiência, inefi-cácia, atrasos, confusão, autoritarismo, privilégios, além de outros atributos negativos, a burocracia assumiu, na grande maioria das vezes, uma conotação pejorativa.

Com o passar do tempo, a implementação do modelo sofreu adaptações, dependendo do contexto econômico-social e do local de implementação, bem como dos sistemas cultural e institucional da sociedade na qual havia sido instalado. Essas adaptações do modelo levaram às chamadas disfunções do modelo burocrático, ou seja, verificou- se que a burocracia possuía limitações que tra-ziam prejuízos à gestão das organizações públicas.

A partir da década de 90, o foco central das discussões de po-líticos e formuladores de políticas públicas passou a ser a reforma administrativa. Com isso, deu-se início à implementação de novas formas de gestão, com modelos mais próximos daqueles emprega-dos na iniciativa privada.

Assim, a denominação de gerencialismo na administração pública seria referente ao desafio de realizar programas direciona-dos ao aumento da eficiência e melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo Estado.

O gerencialismo seria um pluralismo organizacional sob bases pós-burocráticas vinculadas aos padrões históricos (institucionais e culturais) de cada nação, não se constituindo num novo paradig-ma capaz de substituir por completo o antigo padrão burocrático.

Esse novo modelo não se materializou de modo completo, de forma a poder ser reconhecido um novo mecanismo de governança do Estado, capaz de atuar totalmente independente da burocracia.

Autores mais recentes definem o tipo organizacional pós-bu-rocrático como organizações simbolicamente intensivas, produto-ras de consenso através da institucionalização do diálogo. Essas organizações seriam mais especificamente caracterizadas por:

- constituir grupos de trabalho flexíveis e forças-tarefa com objetivos claros;

- criar espaços para diálogo e conversação;- enfatizar confiança mútua;·.- usar o conceito de missão como ferramenta estratégica;- disseminar informação;- criar redes de difusão e recuperação de conhecimento;- criar mecanismos de feedback e avaliação de performance- criar capacidade de resiliência e flexibilidade na organização

No entanto, organizações baseadas em princípios como esses são particularmente raras e, na verdade, mesmo os defensores do conceito de pós-burocracia concedem que, como tipo ideal, orga-nizações verdadeiramente pós-burocráticas não existem.

A evolução dos modelos de gestão na Administração Pú-blica:

Vamos a partir de agora tratar da Administração Pública no Brasil, considerando a evolução histórica do modo pelo qual a gestão das organizações governamentais vem sendo praticada em nosso país. A importância do tema reside no fato de que a Ad-ministração Pública em todo o mundo vem experimentando um processo de profundas transformações, que se iniciou na década de 70, formado por um conjunto amplo de correntes de pensamento, que formam a chamada “Nova Gestão Pública” (do original em inglês NPM – “New Public Management”). Esse processo tam-bém ocorre no Brasil. Para entender o que é a gestão pública hoje, precisamos retroceder no tempo e analisar sua evolução ao longo das décadas.

Nos últimos anos assistimos em todo o mundo a um debate acalorado ainda longe de concluído – sobre o papel que o Estado deve desempenhar na vida contemporânea e o grau de interven-ção que deve ter na economia. Nos anos 50, o economista Richard Musgrave enunciou as três funções clássicas do Estado:

• Função alocativa: prover os bens e serviços não adequada-mente fornecidos pelo mercado

• Função distributiva: promover ajustamentos na distribui-ção da renda;

• Função estabilizadora: evitar grandes flutuações nos níveis de inflação e desemprego.

De fato, entre o período que vai de 1945 (final da segunda guerra mundial) e 1973(ano do choque do petróleo), a economia mundial experimentou uma grande expansão econômica, levando este período a ser denominado de “era dourada”.

Desenvolveu-se a figura do Estado-Provedor de bens e ser-viços, também chamado de Estado de Bem-Estar Social (Welfare State). Houve uma grande expansão do Estado (e, consequente-mente, da Administração Pública), logicamente com um cresci-mento importante dos custos de funcionamento da máquina pú-blica.

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A partir dos anos 70, o ritmo de expansão da economia mun-dial diminui, e o Estado começa a ter problemas no desempenho de suas funções, perdendo gradativamente a capacidade de atender às crescentes demandas sociais.

Esta situação, aliada a um processo de crescente endivida-mento público, acarretaria mais tarde, principalmente nos anos 80, a chamada crise fiscal do Estado: a perda de sua capacidade de realizar os investimentos públicos necessários a um novo ciclo de expansão econômica. Da crise fiscal passamos à crise de gestão do Estado, uma vez que a percepção dos cidadãos sobre a disponibi-lidade de serviços públicos se deteriora gradativamente, à medida que o Estado perde a capacidade de realizar suas funções básicas, e não consegue acompanhar as pressões crescentes por mais saú-de, educação, segurança pública, saneamento, etc…Essa crise de gestão implica na tentativa de superar as limitações do modelo de gestão vigente até então, conhecido como “modelo burocrático”, transformando-o em algo novo, mais parecido como o modo de gestão do setor privado, conhecido na área pública como “modelo gerencial”.

Assim, a redefinição do próprio papel do Estado é um tema de alcance universal nos anos 90. No Brasil, essa questão adquiriu importância decisiva, tendo em vista o peso da presença do Estado na economia nacional: tornou-se um tema constante a questão da reforma do Estado, uma vez que o mesmo não conseguia mais atender com eficiência a sobrecarga de demandas a ele dirigidas, sobretudo na área social. Em resumo, a Crise do Estado define-se como:

1. Uma crise fiscal, caracterizada pela deterioração crescente das finanças públicas, sendo o déficit público um fator de redução de investimentos na área privada;

2. Uma crise do modo de intervenção do Estado na economia, com o esgotamento da estratégia estatizante; as empresas públicas não mais teriam condições de alavancar o crescimento econômico dos países; o paradigma do Estado interventor, nos moldes da eco-nomia Keynesiana estava cada vez mais ultrapassado;

3. Uma crise da forma de administrar o Estado, isto é, a supe-ração da administração pública burocrática, rumo à administração pública gerencial.

No Brasil, a principal repercussão destes fatos foi a Reforma do Estado nos anos 90,cujos principais pontos eram:

1. O ajuste fiscal duradouro, com a busca do equilíbrio das contas públicas;

2. A realização de reformas econômicas orientadas para o mercado, que, acompanhadas de uma política industrial e tecnoló-gica, garantissem a concorrência interna e criassem as condições para o enfrentamento da competição internacional;

3. A reforma da previdência social, procurando-se dar susten-tabilidade à mesma, equilibrando-se os montantes de contribui-ções e benefícios;

4. A inovação dos instrumentos de política social, proporcio-nando maior abrangência e promovendo melhor qualidade para os serviços sociais;

5. A reforma do aparelho do Estado, com vistas a aumentar sua “governança”, ou seja, sua capacidade de implementar de for-ma eficiente as políticas públicas.

A reforma do Estado envolve múltiplos aspectos. O ajuste fis-cal devolveria ao Estado a capacidade de definir e implementar po-líticas públicas. Através da liberalização comercial, o Estado aban-

donaria a estratégia protecionista da substituição de importações. Nesse contexto, o programa de privatizações levado a cabo nos anos 90 foi uma das formas de se perseguir tais objetivos. Por esse programa, transferiu se para o setor privado a tarefa da produção, dado o pressuposto de que este, a princípio, realizaria tal atividade de forma mais eficiente.

Finalmente, por meio de um programa de publicação, preten-dia-se transferir para o setor público não estatal a produção dos serviços competitivos ou não-exclusivos de Estado, estabelecen-do-se um sistema de parceria entre Estado e sociedade para seu financiamento e controle.

Portanto, segundo a ideia da reforma, o Estado reduziria seu papel de executor ou provedor direto de serviços, mantendo-se, entretanto, no papel de regulador e provedor indireto ou promo-tor destes, principalmente dos serviços sociais como educação e saúde, etc. Como promotor desses serviços, o Estado continuará a subsidiá-los, buscando, ao mesmo tempo, o controle social direto e a participação da sociedade.

Nessa nova perspectiva, busca-se o fortalecimento das fun-ções de regulação e de coordenação do Estado, particularmente no nível federal, e a progressiva descentralização vertical, para os níveis estadual e municipal, das funções executivas no campo da prestação de serviços sociais e de infraestrutura.

Considerando essa tendência, pretende-se reforçar a gover-nança, a capacidade de governo do Estado, através da transição programada de um tipo de administração pública burocrática, rí-gida e ineficiente, voltada para si própria e para o controle inter-no, para uma administração pública gerencial, flexível e eficiente, voltada para o atendimento do cidadão, melhorando a capacidade do Estado de implementar as políticas públicas, sem os limites, a rigidez e a ineficiência da sua máquina administrativa.

5. CONCEITOS DE EFICIÊNCIA, EFICÁCIA E EFETIVIDADE APLICADOS À

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

A gestão privada prioriza o econômico-mercantil e desenvolve seus instrumentos e processos de gestão sempre dando prioridade às finalidades de ordem econômica, sobretudo mercadológica. A gestão pública tem como atribuição a gestão de necessidades do social, principalmente por meio das chamadas políticas públicas e políticas sociais.

Gestão pública refere-se às funções de gerência pública dos negócios do governo.

De uma maneira sucinta, pode-se classificar o agir do admi-nistrador público em três níveis distintos:

a) atos de governo, que situam-se na órbita política;b) atos de administração, atividade neutra, vinculada à lei; ec) atos de gestão, que compreendem os seguintes parâmetro

básicos:I - tradução da missão;II - realização de planejamento e controle;III - administração de recursos humanos, materiais, tecnoló-

gicos e financeiros;IV - inserção de cada unidade organizacional no foco da or-

ganização; e

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NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

V - tomada de decisão diante de conflitos internos e externos.Portanto, fica clara a importância da gestão pública na realiza-

ção do interesse público, porque é ela que vai viabilizar o controle da eficiência do Estado na realização do bem comum estabeleci-do politicamente e normatizado administrativamente.

No que tange a gestão por resultados, temos que a sociedade demanda – de modo insistente – a necessidade de promover um crescimento constante da produtividade no ambiente público, exi-gindo a redução da pressão fiscal e o incremento, ao mesmo tem-po, da produção de bens públicos. O resultado se transforma, as-sim, em um instrumento-chave para a valorização da ação pública; e a gestão para resultados e do resultado surge como instrumento e objetivo da melhoria e modernização da administração pública.

As especificidades nacionais, a natureza abrangente do con-ceito gestão para resultados – derivada da própria lógica integra-dora do processo de gestão – e a enorme quantidade de produção teórica, conceitual, operacional e experimental existente sobre o tema, convidam e obrigam à mais absoluta humildade em qualquer tentativa de aproximação ao tema.

O Estado tem passado a desempenhar um papel-chave como produtor de valor público, e como tal tem priorizado a criação de condições para o desenvolvimento e o bem-estar social, além da produção de serviços e da oferta de infraestrutura.

Esta mudança na função do Estado tem transformado várias frentes da administração pública, pela exigência cada vez mais contundente dos cidadãos que exercem também o papel de usuá-rios dos serviços.

A crise fiscal do modelo anterior, uma vez esgotado o período de esplendor do Estado do Bem-Estar, tem trazido novos proble-mas. Dentre eles, destaca-se a crescente necessidade de atender uma demanda irrefreável de bens públicos de boa qualidade, típica do Estado de Bem-Estar, porém hoje acompanhada da exigência de diminuir a pressão fiscal – inclusive naqueles casos em que ain-da persiste um modelo de estado anterior ao de bem-estar. Esta substituição de missão trouxe muitos desafios ao Estado, entre os quais a redefinição dos conceitos de administração, gestão pública e valor público.

Além disso, essas transformações têm afetado profundamente as práticas dos dirigentes públicos (políticos e gerentes) e a teoria na qual fundamentavam suas ações.

Da mesma forma, esta mudança afetou o sistema de contro-le da ação do Estado; está-se migrando da exigência de rigor nos procedimentos para a exigência de resultados – inerente a um Es-tado que se apresenta como provedor de serviços, capacitador de desenvolvimento e fornecedor de bem-estar. Desta troca de missão se deriva uma variação na posição do cidadão perante o Estado.

O cidadão comum se preocupa em assegurar-se uma correta e burocrática (homogênea, idêntica e não discricionária) aplicação da lei e da norma. O cidadão-usuário se interessa por conseguir o melhor retorno fiscal – enquanto bens coletivos.

Vê-se, pois, que o Estado deve deslocar sua atenção, antes co-locada no procedimento como produto principal de sua atividade, agora voltada para o de serviços e bem-estar. A gestão por resul-tados é um dos lemas que melhor representa o novo desafio. Isto não significa que não interessa o modo de fazer as coisas, apenas exprime que agora é muito mais relevante o quê se faz pelo bem da comunidade.

Nestes últimos tempos, a Gestão Pública – como disciplina – tem abordado estes desafios novos com o auxílio da lógica ge-rencial, isto é, pela racionalidade econômica que procura conse-guir eficácia e eficiência. Esta lógica compartilha, mais ou menos explicitamente, três propósitos fundamentais:

• Assegurar a constante otimização do uso dos recursos públicos na produção e distribuição de bens públicos como respos-ta às exigências de mais serviços e menos impostos, mais eficácia e mais eficiência, mais equidade e mais qualidade.

• Assegurar que o processo de produção de bens e servi-ços públicos (incluindo a concessão, a distribuição e a melhoria da produtividade) seja transparente, equitativo e controlável.

• Promover e desenvolver mecanismos internos que me-lhorem o desempenho dos dirigentes e servidores públicos, e, com isso, fomentar a efetividade dos organismos governamentais, vi-sando a concretização dos objetivos anteriores.

Estes objetivos, presentes nas atuais demandas cidadãs e aos quais se orienta a Gestão por Resultados (GpR), são, conjun-tamente com a democracia, o principal pilar de legitimidade do Estado atual. Desta forma, a Nova Gestão Pública fornece os ele-mentos necessários à melhoria da capacidade de gerenciamento da administração pública bem como à elevação do grau de governabi-lidade do sistema político.

O conceito e a prática da GpR no setor público têm um grau de desenvolvimento e consolidação relativamente baixo. O termo gestão para resultados percorreu um longo caminho e é uma das variantes da Administração por Objetivos cuja origem se encontra no livro de Peter Drucker “The practice of management”, publi-cado em inglês em 1954. Drucker complementou posteriormente suas ideias na obra “Managing for Results: Economic Tasks and Risk-Taking Decisions”, onde utiliza pela primeira vez esse termo. Inicialmente, a GpR se utilizou principalmente no setor privado, mesmo quando o governo federal dos Estados Unidos da Amé-rica começou a usar algumas de suas propostas no gerenciamen-to de diferentes órgãos públicos. Somente durante o governo do presidente Nixon é que se começou a implantar no conjunto da administração pública o que passou a ser conhecida como a Nova Gestão Pública.

Esta moderna filosofia sugere a passagem de uma gestão buro-crática a uma de tipo gerencial.

Na base destas novas idéias se encontrava uma preocupação generalizada sobre as mudanças que o entorno exigia e sobre a imperiosa necessidade de repensar o papel do Estado; de melho-rar a eficiência, a eficácia e a qualidade dos serviços públicos; de otimizar o desempenho dos servidores públicos e das organizações em que trabalhavam.

Vários estudiosos e especialistas em gestão pública alertaram para os benefícios que o enfoque da GpR poderia trazer para este novo cenário. De acordo com Emery, a GpR acarreta três tipos de considerações para a administração do setor público:

• Constitucionais: a maioria das constituições regula o uso dos fundos públicos por parte das autoridades em cumprimento de mandato.

• Políticas: as autoridades devem responder pelas suas ações e pelo conteúdo dos seus programas eleitorais, por respeito ao princípio da responsabilidade do cargo.

• Cidadãs: por obediência ao princípio de delegação de-mocrática, os cidadãos confiam nas autoridades eleitas, delegando--lhes a gestão dos fundos públicos – produto da coleta de seus impostos.

Apesar de existirem muitos documentos que tratem da GpR, não existe uma definição única para ela. A maioria dos textos usa este termo como uma noção “guarda-chuvas”, por assim dizer.

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Na literatura em língua espanhola é comum achar um uso in-distinto de conceitos: controle de gestão, gestão do desempenho, gestão por resultados, gestão por objetivos, avaliação do desempe-nho, avaliação de resultados, sem uma clara diferenciação.

Trata-se, portanto, de um conceito muito amplo quanto ao seu uso, interpretação e definição. A heterogeneidade da expressão e do conceito também se observa na sua aplicação operacional: os países põem em prática a GpR segundo suas próprias perspectivas.

Um estudo para identificar o significado que lhe atribuem os gestores públicos de diferentes nações demonstrou que frequente-mente eles empregam os mesmo termos com sentido diferente. É assim como o conceito “resultados” varia notavelmente entre as distintas instituições públicas. Isto não ocorre na empresa privada, onde os indicadores-chave do êxito se conhecem nitidamente: ren-tabilidade, benefícios, quotas de mercado etc. Muitos autores des-tacam a dificuldade de determinar e avaliar os resultados da ação estatal como uma das características que diferenciam a gestão do setor público do privado.

Pode-se observar que a GpR possui as seguintes dimensões:• É um marco conceitual de gestão organizacional, pública

ou privada, em que o fator resultado se converte na referência--chave quando aplicado a todo o processo de gestão.

• É um marco de assunção de responsabilidade de gestão, por causa da vinculação dos dirigentes ao resultado obtido.

• É um marco de referência capaz de integrar os diversos componentes do processo de gestão, pois se propõe interconectá--los para otimizar o seu funcionamento.

• Finalmente, e especialmente na esfera pública, a GpR se apresenta como uma proposta de cultura organizadora, diretora, de gestão, mediante a qual se põe ênfase nos resultados e não nos processos e procedimentos.

Todas estas dimensões situam a GpR como uma ferramenta cultural, conceitual e operacional, que se orienta a priorizar o re-sultado em todas as ações, e que é capaz de otimizar o desempenho governamental. Assim, se trata de um exercício de direção dos or-ganismos públicos que procura conhecer e atuar sobre todos aque-les aspectos que afetem ou modelem os resultados da organização.

A GpR tem, portanto, uma dimensão de controle organizacio-nal que convém esclarecer, pois o conceito de controle no setor público possui conotações particulares derivadas, fundamental-mente, do sistema de auditoria externa que domina nesse Estado. A ferramenta GpR não faz parte dessa concepção de controle, mas de outro universo: o de gestão e direção estratégico/operacional, porque permite e facilita aos gerentes da administração pública melhor conhecimento, maior capacidade de análise, desenho de al-ternativas e tomada de decisões para que sejam alcançados os me-lhores resultados possíveis, afinados com os objetivos pré-fixados.

É importante assinalar esta diferença porque, muito embora a GpR seja uma boa base para uma melhor prestação de contas (e uma maior transparência), sua função principal não é a de servir como instrumento de controle da atuação dos gerentes públicos, mas a de proporcionar a eles um meio de monitoramento e regula-ção que lhes garanta o exercício de suas

A Gestão por Resultados ( GpR) está caracterizada por:• Uma estratégia na qual se definam os resultados espera-

dos por um organismo público no que se refere à mudança social e à produção de bens e serviços;

• Uma cultura e um conjunto de ferramentas de gestão orientado à melhoria da eficácia, da eficiência, da produtividade e da efetividade no uso dos recursos do Estado para uma melhora dos resultados no desempenho das organizações públicas e de seus funcionários;

• Sistemas de informação que permitam monitorar a ação pública, informar à sociedade e identificar o serviço realizado, avaliando-o;

• Promoção da qualidade dos serviços prestados aos cida-dãos, mediante um processo de melhoramento contínuo;

• Sistemas de contratação de funcionários de gerência pú-blica, visando aprofundar a responsabilidade, o compromisso e a capacidade de ação dos mesmos;

• Sistemas de informação que favoreçam a tomada de de-cisões dos que participam destes processos.

Por conseguinte, com base nestes elementos, sugere-se a se-guinte definição para a GpR:

A Gestão para Resultados é um marco conceitual cuja função é a de facilitar às organizações públicas a direção efetiva e integra-da de seu processo de criação de valor público, a fim de otimizá-lo, assegurando a máxima eficácia, eficiência e efetividade de desem-penho, além da consecução dos objetivos de governo e a melhora contínua de suas instituições.

Nesse momento, vamos abordar diversos aspectos das Orga-nizações, sempre tentando colocar em cada um deles as diferenças entre a gestão privada e a pública, em relação a essa última, sempre com o olhar mais voltado para a Nova Gestão Pública.

Como se trata de um capítulo voltado para aspectos gerais de administração, indicamos para os que quiserem se aprofundar no tema, que, aliás, tem sido cada vez mais cobrado em concursos pú-blicos, o livro do Prof. Carlos Amaro Maximiano, que dá suporte a este trabalho.

Olhando rapidamente, podem-se identificar três diferenças substanciais entre a gestão pública e a gestão privada:

a) o administrador público deve seguir os princípios da admi-nistração pública, principalmente o da legalidade;

b) a empresa privada busca o lucro, algo que não faz parte dos objetivos do gestor público;

c) na administração pública, o cliente e o “dono” é o cidadão. De fato, há diferenças notáveis entre essas duas modalidades

de administrar as organizações. Mas essas diferenças são pouco substantivas quando se levam em consideração dois fatores:

1. Os princípios da administração aplicam-se a ambos os tipos de gestão;

2. As diferenças entre público e privado seguem se reduzindo notavelmente.

Não há dúvida de que os problemas de administração ocorrem em todo o agrupamento humano. Na solução desses problemas, surgem certos princípios de aplicação geral.

Nas comparações entre a administração pública e a adminis-tração privada, geralmente se tomam certas atividades específicas de uma e de outra por pontos de referência, omitindo-se as carac-terísticas essenciais de cada uma.

Em primeiro lugar, o governo existe para servir aos interes-ses gerais da sociedade, ao passo que a empresa privada serve aos interesses de um indivíduo ou um grupo. Em segundo lugar, entre todas as instituições, o governo é aquela que detém a autorida-de política suprema. Em terceiro lugar, a autoridade do governo e sancionada pelo monopólio da violência. Finalmente, em quarto lugar, a responsabilidade do governo deve responder à natureza e à dimensão de seu poder.

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Didatismo e Conhecimento 17

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

No presente contexto, o que importa advertir é como essa ca-racterização do governo impõe peculiaridades à sua administração:

1. a tarefa governamental é enorme, complexa e difícil; 2. em face da universalidade e da soberania do governo, pres-

supõe-se que a este caiba resolver os conflitos de interesses parti-culares, a fim de alcançar o máximo possível de bem-estar geral;

3. o governo e responsável perante o povo. Suas ações estão constantemente expostas à publicidade e à critica;

4. os governantes, desde os mais altos na hierarquia até os de nível inferior, representam um poder de coação, em face do qual se requerem proteções especiais;

5. a eficiência de urna entidade governamental não se deve medir pelo aumento de suas receitas ou pela redução de seus gas-tos, senão pela qualidade e intensidade com que realiza seus pro-pósitos públicos.

Sob intenso redimensionamento mundial, a gestão estatal cen-tra-se na geração de respostas coerentes com os novos imperativos globais de competitividade. Tal redimensionamento, entretanto, supera, de um lado, a lógica do Estado de Bem-Estar Social, que nas últimas décadas se mostrou excessivamente dispendioso e ge-rador de resultados muito aquém dos preconizados

De outro, também supera a lógica neoliberal, segundo a qual somente as forças de mercado seriam suficientes para gerir a com-plexidade estrutural de urna economia. A construção da compe-titividade estrutural requer, prioritariamente, um Estado forte e competente, o que não significa um Estado imenso.

Entende-se por aparelho do Estado a administração pública em sentido amplo, ou seja, a estrutura organizacional do Estado, em seus três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e três níveis (União, Estados-membros e Municípios).

O aparelho do Estado e constituído pelo governo, isto é, pela cúpula dirigente nos Três Poderes, por um corpo de funcionários e pela forca militar.

O Estado, por sua vez, é mais abrangente que o aparelho, por-que compreende adicionalmente o sistema constitucional-legal, que regula a população nos limites de um território. O Estado e a organização burocrática que tem o monopólio da violência legal, e o aparelho que tem o poder de legislar e tributar a população de um determinado território.

Existem quase tantos conceitos de administração, no sentido de gestão, quanto livros sobre o assunto. Mas a grande maioria das definições de administração compartilha a ideia básica - a adminis-tração está relacionada com o alcance de resultados, por meio dos esforços de outras pessoas.

Dentre as várias definições de administração que podem ser feitas, separamos essas cinco:

“Administração é um processo que consiste no planejamento, organização, atuação e controle, para determinar e alcançar os ob-jetivos da organização pelo uso de pessoas e recursos.” (G. Terry)

“Administração é o alcance de resultados por meio dos esfor-ços de outras pessoas.” (L. A. Appley)

“Administração é simplesmente o processo de tomada de de-cisão e o controle sobre as ações dos indivíduos, para o expresso propósito de alcance de metas predeterminadas”. (P. Drucker)

“Administrar é desenhar organizações, definir as metas e for-mular políticas e estratégias de acordo com as condições ambien-tais prevalecentes”.

De tudo isso, se pode formular a seguinte definição: Administração é um conjunto de atividades dirigidas à utiliza-

ção eficiente e dos recursos, no sentido de alcançar resultados ou metas organizacionais.

Tudo o que se faz em uma organização, outra vez, pública ou privada, se destina a alcançar um objetivo ou resultado. Pelo menos assim deveria ser. Aquilo que é feito está relacionado com a eficiência (a ação) e aquilo que é - alcançado se refere à eficácia (o resultado).

a) Eficiência: A eficiência é a medida da utilização dos recur-sos quando se faz alguma coisa: refere-se à relação entre as “en-tradas” e “saídas” num processo. Quanto mais saídas são obtidas com as mesmas entradas, maior o grau de eficiência alcançada. Assim, eficiência é operar de modo que os recursos sejam mais adequadamente utilizados. O conceito é bem intuitivo: diz respei-to a quem consegue obter o mesmo resultado com menos recursos. Por exemplo, se alguém trabalha, dispõe de menos tempo do que outro que só estuda. Se ambos conseguirem o mesmo número de pontos prestando um concurso público, é claro que aquele que tra-balha foi mais eficiente do que aquele que apenas estuda.

b) Eficácia: A eficácia está relacionada ao alcance dos ob-jetivos/ resultados propostos. Está relacionada à realização das atividades que provoquem o alcance das metas estabelecidas. A eficácia é a medida de alcance do objetivo ou resultado. Eficácia significa fazer as coisas certas, do modo certo, no tempo certo. Não basta ser eficiente; é preciso ser eficaz. Só se é eficaz, todavia, sendo eficiente, isto é, os resultados só serão alcançados se alguém trabalhar para isso. Numa visão mais ampla, eficiência significa “fazer certo as coisas” e eficácia, “fazer certo as coisas certas”. Isso porque se pode fazer certo as coisas erradas, o que significaria eficiência, mas não eficácia.

c) Efetividade : A efetividade é um conceito algo estranho a administração de organizações privadas. Para precisar seu signi-ficado, temos de recorrer a Avaliação de Políticas Públicas, pois, nesse campo, o conceito de efetividade é bem utilizado. A efeti-vidade é realizar a coisa certa para modificar a realidade. Logo, a efetividade é que vai servir para fazer a avaliação de todo o pro-cesso. A formulação do objetivo que vai guiar todo o processo de avaliação é um elemento fundamental para a qualidade e efetivi-dade da avaliação. Ter clareza dos objetivos e metas é um passo importante para mensurar o grau de mudanças ocorridas e o quanto elas correspondem efetivamente aos objetivos que se queria al-cançar. Embora essa afirmação pareça óbvia, em muitos casos, a imprecisa definição dos objetivos toma-se uma fonte de problemas para se avaliar se determinada ação deu realmente certo, isto é, se foi realmente efetiva.

Excelência nos Serviços Públicos

Um dos fatores que mais provoca perda de produtividade nos serviços públicos é o excesso de burocracia, que além de não im-pedir corrupções e fraudes, tem inibido o desempenho das empre-sas, motivado a sonegação fiscal e incentivado a informalidade. Entre os serviços públicos eficazes destacamos os prestados pelo Corpo de Bombeiros, inegavelmente, a instituição mais admirada pela população.

Um dos maiores entraves para a melhoria dos serviços públi-cos no Brasil era a maneira secundária com que a administração pública encarava a necessidade da formação de quadros e de uma profissionalização muito mais intensa. Enquanto o Brasil não fi-zesse a reforma administrativa para modernizar a administração pública.

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Didatismo e Conhecimento 18

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Baseado nos princípios constitucionais que regem a admi-nistração pública (legalidade, impessoalidade, publicidade, mo-ralidade e eficiência), é dever do servidor prezar pela prestação de serviços de qualidade. Para a excelência pode ser atingida por meio de avaliação de desempenho e produtividade. Esse modelo foi implantado pelo governo de São Paulo e pode ser usado como ferramenta na busca da excelência do serviço público.

Agregar valor na gestão pública significa investir em projetos que aumentem a produtividade oferecendo à população um dos mais valiosos bens da atualidade - a praticidade. Os ganhos em produtividade passam por uma revisão de cada detalhe dos proces-sos operacionais, objetivando a redução de etapas, inovação em cada uma delas, minimizando tempo e, melhor ainda, a eliminação de normas de procedimento.

Os prestadores de serviços devem ter consciência que usam a mais valiosa das matérias-primas - o tempo - a única que não tem reposição. A excelência dos serviços públicos, especialmente em educação e saúde, é a melhor das estratégias para reduzir a desi-gualdade social.

A chave da eficácia também pode ser encontrada na redução das atividades-meios e na eliminação das formalidades que não agregam valores às atividades fins. O maior desafio da classe po-lítica e dos gestores públicos é transformar uma instituição mecâ-nica, em orgânica. Gestão transparente, interativa e que coloque o cidadão em primeiro lugar - é um modelo exemplar. Os profissio-nais de Recursos Humanos, dos órgãos públicos, têm a gratificante missão de dinamizar os programas de capacitação funcional, fo-cando a excelência organizacional.

Enquanto as organizações privadas são custeadas pela comer-cialização de produtos e serviços, as organizações públicas são criadas por lei e custeadas pelos impostos e taxas pagas pelos ci-dadãos, ai se incluem todos os órgãos e suas diversas unidades or-ganizacionais, em todos os poderes e níveis de governo. Espera-se que elas sejam bem administradas e possam cumprir as suas fina-lidades, pois representam os interesses da coletividades e exercem ações decorrentes das funções do Estado. Num mundo globalizado ampliam-se as exigências de uma administração de qualidade e refinada, no sentido do uso de técnicas e metodologias que contri-buam para a implantação do desenvolvimento social baseado em resultados efetivos.

A busca da excelência organizacional deve nortear a admi-nistração pública, por meio do desempenho aprimorado das fun-ções administrativas. Pensar no aprimoramento dessas funções é pensar no conjunto das organizações do Setor Público e de forma sistêmica. Reconhecer que ações de aprimoramento deve envolver todos os níveis organizacionais, todas as unidades administrativas de modo a obter um comprometimento estratégico.

Gestão da Qualidade

Conjunto de práticas e ferramentas, apoiada em políticas e normas internacionalmente estabelecidas com o propósito de asse-gurar a qualidade de produtos, processos e serviços.

A compreensão de que o maior desafio do setor público bra-sileiro é de natureza gerencial, fez com que, na década de 90, se buscasse um novo modelo de gestão pública focado em resultados e orientado para o cidadão.

Esse modelo de gestão pública deve orientar as organizações nessa transformação gerencial e, ao mesmo tempo, permitir ava-liações comparativas de desempenho entre organizações públicas brasileiras e estrangeiras e mesmo com empresas e demais organi-zações do setor privado. Em 1997, o Programa optou pelos Crité-rios de Excelência utilizados no Brasil e em diversos países e que representam o “estado da arte” em gestão.

A adoção sem adaptação dos modelos utilizados pelos prê-mios e sistemas existentes mostra-se inadequada para parte das organizações públicas, principalmente para aquelas integrantes da administração direta, em função da linguagem, caracteristicamen-te empresarial, adotada por esses modelos.

A estratégia utilizada pelo Programa da Qualidade no Serviço Público foi de adaptação da linguagem, ou seja, da explicação dos conceitos, mantendo o alinhamento em termos de critérios, pontu-ação e, principalmente, da essência que define todos os modelos analisados como de excelência em gestão.

Não se tratou, em momento algum, de fazer concessões à gestão pública, mas de criar o entendimento necessário para dar viabilidade ao seu processo de transformação rumo a excelência gerencial com base em padrões e práticas mundialmente aceitas.

A adaptação da linguagem cuidou de dois aspectos importan-tes: interpretar para o setor público os conceitos de gestão contidos nos modelos e preservar a natureza pública das organizações que integram o aparelho do Estado brasileiro.

De lá para cá, e sob a mesma orientação, o Modelo de Exce-lência em Gestão Pública tem passado por aperfeiçoamentos con-tínuos com o propósito de acompanhar o “estado da arte” da gestão preconizado pelos modelos de referência que lhe deram origem e, também de acompanhar as mudanças havidas na administração pública brasileira.

Acompanhar o estado da arte da gestão garante a identidade do modelo com o pensamento contemporâneo sobre excelência em gestão. Acompanhar as mudanças na administração pública garan-te a identificação do modelo com a realidade das organizações pú-blicas brasileiras.

O Modelo de Excelência em Gestão Pública é composto por sete critérios que juntos compõem um sistema de gestão para as organizações do setor público brasileiro.

Os critérios que compõem o modelo são os seguintes: 1. Lide-rança; 2. Estratégias e planos; 3. Clientes; 4. Informação; 5. Pesso-as; 6. Processos; 7. Resultados.

FUNDAMENTOS

O Modelo de Excelência em Gestão Pública está fundamentado nos 8 Princípios da Gestão Pública pela Qualidade, descritos a seguir. 1. Satisfação do cliente: A excelência em gestão pública pressu-põe atenção prioritária ao cliente Consultar no glossário a definição do termo “clientes”. – ou seja, ao usuário dos serviços públicos.

As organizações públicas, mesmo aquelas que prestam servi-ços exclusivos de Estado, devem submeter-se à avaliação de seus usuários, obtendo o conhecimento necessário para gerar produtos e serviços de valor para esses clientes e com isso proporcionar-lhes maior satisfação.

2. Envolvimento de todos: A excelência em gestão pública depende, em grande parte, da capacidade de gerentes e gerencia-dos de trabalharem de maneira integrada e harmônica. Esse é um pré-requisito para que a organização aprenda continuamente e dê sustentabilidade ao seu desenvolvimento.

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Didatismo e Conhecimento 19

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

O envolvimento e o comprometimento da alta administração com a busca da excelência organizacional é um fator vigoroso para estimular e envolver as pessoas, fazendo com que se identifiquem com os desafios e resultados desejados pela organização.

3. Gestão participativa: O estilo da gestão pública de exce-lência é participativo. Isso determina uma atitude gerencial de liderança, que busque o máximo de cooperação das pessoas, re-conhecendo a capacidade e o potencial diferenciado de cada um e harmonizando os interesses individuais e coletivos, a fim de con-seguir a sinergia das equipes de trabalho.

Uma gestão participativa genuína requer cooperação, compar-tilhamento de informações e confiança para delegar, dando auto-nomia para atingir metas. Como resposta, as pessoas tomam posse dos desafios e dos processos de trabalho dos quais participam, to-mam decisões, inovam e dão à organização um clima organizacio-nal saudável.

4. Gerência de processos: O centro prático da ação da gestão pública de excelência é o processo, entendido como um conjun-to de atividades inter-relacionadas ou interativas que transforma insumos (entradas) em produtos/serviços (saídas) com alto valor agregado. Esses processos são geralmente planejados e realizados para agregar valor aos produtos/serviços.

Gerenciar um processo significa planejar, desenvolver e exe-cutar as suas atividades e, avaliar, analisar e melhorar seu desem-penho, proporcionando melhor desempenho da organização. A gestão de processos permite a transformação das hierarquias buro-cráticas em redes de unidades de alto desempenho.

5. Valorização das pessoas: As pessoas fazem a diferença quando o assunto é o sucesso de uma organização.

A valorização das pessoas pressupõe dar autonomia para atin-gir metas, criar oportunidades de aprendizado, de desenvolvimento das potencialidades e de reconhecimento pelo bom desempenho.

6. Constância de propósitos: Estabelecer um futuro desejado para a organização e agir persistentemente, de forma contínua para que as ações do dia-a-dia contribuam para a construção desse futu-ro é a essência desse princípio.

A visão de futuro indica o rumo para a organização, a constân-cia de propósitos a mantém nesse rumo.

7. Melhoria contínua: A busca da excelência requer que a or-ganização melhore continuamente.

O princípio da melhoria contínua está baseado no entendimen-to de que apenas a solução de problemas, a redução do desperdício ou a eliminação de defeitos não conduzem ao alto desempenho institucional.

É preciso ir além dos problemas e procurar novas oportuni-dades para a organização, utilizando como referenciais os mode-los de excelência. Isso é um processo contínuo e inesgotável que engloba tanto as melhorias incrementais, como as inovações e a ruptura de práticas que deixam de ser necessárias, apesar da com-petência da organização em realizá-las.

8. Gestão pró-ativa: A postura pró-ativa está relacionada à no-ção de antecipação e resposta rápida às mudanças do ambiente. Para tanto, a organização precisa correr riscos, antecipando-se no atendimento às novas demandas dos usuários e das demais partes interessadas. Isto requer um foco permanente em resultados, me-dido por meio de indicadores balanceados que reflitam o grau de atendimento das necessidades destas partes interessadas.

6. SERVIDORES PÚBLICOS: REGIME JURÍDICO, PROVIMENTO E VACÂNCIA

DE CARGOS PÚBLICOS, REMOÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO, DIREITOS E

VANTAGENS, LICENÇAS E AFASTAMENTOS E SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR.

LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

TÍTULO ICAPÍTULO ÚNICO

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1o Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Servidores

Públicos Civis da União, das autarquias, inclusive as em regime especial, e das fundações públicas federais.

Art. 2o Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmen-

te investida em cargo público. Art. 3o Cargo público é o conjunto de atribuições e respon-

sabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.

Parágrafo único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e ven-cimento pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.

Art. 4o É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os

casos previstos em lei.

TÍTULO IIDO PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO, REDISTRI-

BUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO

CAPÍTULO IDO PROVIMENTO

SEÇÃO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo pú-

blico:I - a nacionalidade brasileira;II - o gozo dos direitos políticos;III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;V - a idade mínima de dezoito anos;VI - aptidão física e mental.§ 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de

outros requisitos estabelecidos em lei.

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Didatismo e Conhecimento 20

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

§ 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o di-reito de se inscrever em concurso público para provimento de car-go cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no concurso.

§ 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.

Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante

ato da autoridade competente de cada Poder. Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com a posse. Art. 8o São formas de provimento de cargo público:I - nomeação;II - promoção;III e IV - (Revogados) V - readaptação;VI - reversão;VII - aproveitamento;VIII - reintegração;IX - recondução.

SEÇÃO IIDA NOMEAÇÃO

Art. 9o A nomeação far-se-á:I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de

provimento efetivo ou de carreira;II - em comissão, inclusive na condição de interino, para car-

gos de confiança vagos. Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão

ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, in-terinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atri-buições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o período da interinidade.

Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado

de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.

Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o de-senvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos.

SEÇÃO IIIDO CONCURSO PÚBLICO

Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos,

podendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de isenção nele expressamente previstas.

Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período.

§ 1o O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário Oficial da União e em jornal diário de grande circulação.

§ 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expi-rado.

SEÇÃO IVDA POSSE E DO EXERCÍCIO

Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo,

no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabi-lidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei.

§ 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da pu-blicação do ato de provimento.

§ 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publi-cação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII, alíneas “a”, “b”, “d”, “e” e “f”, IX e X do art. 102, o prazo será contado do término do impedimento.

§ 3o A posse poderá dar-se mediante procuração específica.§ 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por

nomeação. § 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração de

bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.

§ 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no § 1o deste artigo.

Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspe-

ção médica oficial.Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for jul-

gado apto física e mentalmente para o exercício do cargo. Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do

cargo público ou da função de confiança. § 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em

cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. § 2o O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem

efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o disposto no art. 18.

§ 3o À autoridade competente do órgão ou entidade para onde for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercício.

§ 4o O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publica-ção.

Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do

exercício serão registrados no assentamento individual do servi-dor.

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Didatismo e Conhecimento 21

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresen-tará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assen-tamento individual.

Art. 17. A promoção não interrompe o tempo de exercício,

que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data de publicação do ato que promover o servidor.

Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro muni-

cípio em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máximo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a retomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova sede.

§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será conta-do a partir do término do impedimento.

§ 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos no caput.

Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada

em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, res-peitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito horas diárias, respectivamente.

§ 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração.

§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a duração de traba-lho estabelecida em leis especiais.

Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para car-

go de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguinte fatores:

I - assiduidade; II - disciplina; III - capacidade de iniciativa; IV - produtividade; V- responsabilidade. § 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio pro-

batório, será submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a V do caput deste artigo.

§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será exo-nerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupa-do, observado o disposto no parágrafo único do art. 29.

§ 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer quais-quer cargos de provimento em comissão ou funções de direção, chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e so-mente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis 6, 5 e 4, ou equivalentes.

§ 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81, incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para outro cargo na Administração Pública Federal.

§ 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado a partir do término do impedimento.

SEÇÃO VDA ESTABILIDADE

Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e em-

possado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício. (prazo 3 anos - vide EMC nº 19)

Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de

sentença judicial transitada em julgado ou de processo administra-tivo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

SEÇÃO VIDA TRANSFERÊNCIA

Art. 23. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

SEÇÃO VIIDA READAPTAÇÃO

Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de

atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

§ 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.

§ 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de car-go vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

SEÇÃO VIIIDA REVERSÃO

(Regulamento Dec. nº 3.644, de 30.11.2000) Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposen-

tado: I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insub-

sistentes os motivos da aposentadoria; ou II - no interesse da administração, desde que: a) tenha solicitado a reversão; b) a aposentadoria tenha sido voluntária; c) estável quando na atividade; d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à

solicitação; e) haja cargo vago.

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Didatismo e Conhecimento 22

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

§ 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultan-te de sua transformação.

§ 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da aposentadoria.

§ 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrên-cia de vaga.

§ 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da ad-ministração perceberá, em substituição aos proventos da aposen-tadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à aposentadoria.

§ 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os pro-ventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo.

§ 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste artigo. Art. 26. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de

4.9.2001) Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver com-

pletado 70 (setenta) anos de idade.

SEÇÃO IXDA REINTEGRAÇÃO

Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor está-

vel no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão ad-ministrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.

§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade.

SEÇÃO XDA RECONDUÇÃO

Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo

anteriormente ocupado e decorrerá de:I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;II - reintegração do anterior ocupante.Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem,

o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art. 30.

SEÇÃO XIDA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade

far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribui-ções e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determi-

nará o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração Pública Federal.

Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o do art. 37, o servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob respon-sabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Admi-nistração Federal - SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade.

Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada

a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.

CAPÍTULO IIDA VACÂNCIA

Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:I - exoneração;II - demissão;III - promoção;IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)V - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)VI - readaptação;VII - aposentadoria;VIII - posse em outro cargo inacumulável;IX - falecimento. Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do

servidor, ou de ofício.Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em

exercício no prazo estabelecido. Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de

função de confiança dar-se-á: I - a juízo da autoridade competente;II - a pedido do próprio servidor.Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

CAPÍTULO IIIDA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO

SEÇÃO IDA REMOÇÃO

Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou

de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede.

Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende--se por modalidades de remoção:

I - de ofício, no interesse da Administração; II - a pedido, a critério da Administração; III - a pedido, para outra localidade, independentemente do

interesse da Administração: a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servi-

dor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;

b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assenta-mento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial;

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Didatismo e Conhecimento 23

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

SEÇÃO IIDA REDISTRIBUIÇÃO

Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de pro-

vimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos:

I - interesse da administração; II - equivalência de vencimentos; III - manutenção da essência das atribuições do cargo; IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e comple-

xidade das atividades; V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação

profissional; VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finali-

dades institucionais do órgão ou entidade. § 1o A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de

lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclu-sive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou entidade.

§ 2o A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará me-diante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e entidades da Administração Pública Federal envolvidos.

§ 3o Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou enti-dade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será colocado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31.

§ 4o O servidor que não for redistribuído ou colocado em disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou entidade, até seu adequado aproveitamento.

CAPÍTULO IVDA SUBSTITUIÇÃO

Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de dire-

ção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omis-são, previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.

§ 1o O substituto assumirá automática e cumulativamente, sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos, impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um deles durante o respectivo período.

§ 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial, nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, su-periores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de efetiva substituição, que excederem o referido período.

Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares de unidades administrativas organizadas em nível de assessoria.

TÍTULO IIIDOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO IDO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO

Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício

de cargo público, com valor fixado em lei.Parágrafo único. (Revogado) Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acres-

cido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.§ 1o A remuneração do servidor investido em função ou cargo

em comissão será paga na forma prevista no art. 62.§ 2o O servidor investido em cargo em comissão de órgão

ou entidade diversa da de sua lotação receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1o do art. 93.

§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é irredutível.

§ 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.

§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao sa-lário mínimo.

Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a

título de remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribu-nal Federal.

Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as van-tagens previstas nos incisos II a VII do art. 61.

Art. 43 (Revogado) Art. 44. O servidor perderá:I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo

justificado; II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos,

ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de ho-rário, até o mês subsequente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata.

Parágrafo único. As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercício.

Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, ne-

nhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. Parágrafo único. Mediante autorização do servidor, poderá

haver consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em regulamento.

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Didatismo e Conhecimento 24

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servi-dor ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do inte-ressado.

§ 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao cor-respondente a dez por cento da remuneração, provento ou pensão.

§ 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita ime-diatamente, em uma única parcela.

§ 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cum-primento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da reposição.

Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido,

exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cas-sada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito.

Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida ativa.

Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de pres-tação de alimentos resultante de decisão judicial.

CAPÍTULO IIDAS VANTAGENS

Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor

as seguintes vantagens:I - indenizações;II - gratificações;III - adicionais.§ 1o As indenizações não se incorporam ao vencimento ou

provento para qualquer efeito.§ 2o As gratificações e os adicionais incorporam-se ao venci-

mento ou provento, nos casos e condições indicados em lei. Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem

acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acrésci-mos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico funda-mento.

SEÇÃO IDAS INDENIZAÇÕES

Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:I - ajuda de custo;II - diárias;III - transporte.IV - auxílio-moradia. Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos

I a III do art. 51, assim como as condições para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento.

SUBSEÇÃO IDA AJUDA DE CUSTO

Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas

de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a qual-quer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma sede.

§ 1o Correm por conta da administração as despesas de trans-porte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, ba-gagem e bens pessoais.

§ 2o À família do servidor que falecer na nova sede são asse-gurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito.

Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração

do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a importância correspondente a 3 (três) meses.

Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se

afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo. Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sen-

do servidor da União, for nomeado para cargo em comissão, com mudança de domicílio.

Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art. 93, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário, quando ca-bível.

Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de cus-

to quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo de 30 (trinta) dias.

SUBSEÇÃO IIDAS DIÁRIAS

Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em ca-

ráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas a inde-nizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimen-tação e locomoção urbana, conforme dispuser em regulamento.

§ 1o A diária será concedida por dia de afastamento, sendo de-vida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas extraordinárias cobertas por diárias.

§ 2o Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias.

§ 3o Também não fará jus a diárias o servidor que se deslo-car dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regular-mente instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entida-des e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão sem-pre as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional.

Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da

sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmen-te, no prazo de 5 (cinco) dias.

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Didatismo e Conhecimento 25

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.

SUBSEÇÃO IIIDA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE

Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomo-ção para a execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.

SUBSEÇÃO IVDO AUXÍLIO-MORADIA

Art. 60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das

despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empre-sa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor.

Art. 60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se

atendidos os seguintes requisitos: I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo ser-

vidor; II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel

funcional; III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou

tenha sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou pro-mitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de cons-trução, nos doze meses que antecederem a sua nomeação;

IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-moradia;

V - o servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou função de confiança do Grupo-Dire-ção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natu-reza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes;

VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou fun-ção de confiança não se enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o, em relação ao local de residência ou domicílio do servidor;

VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a sessenta dias dentro desse período; e

VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou nomeação para cargo efetivo.

IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será considerado

o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comis-são relacionado no inciso V.

Art. 60-C. O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a 8 (oito) anos dentro de cada período de 12 (doze) anos.

Parágrafo único. Transcorrido o prazo de 8 (oito) anos den-tro de cada período de 12 (doze) anos, o pagamento somente será retomado se observados, além do disposto no caput deste artigo, os requisitos do caput do art. 60-B desta Lei, não se aplicando, no caso, o parágrafo único do citado art. 60-B.

Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comissão, fun-ção comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado.

§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vin-te e cinco por cento) da remuneração de Ministro de Estado.

§ 2o Independentemente do valor do cargo em comissão ou função comissionada, fica garantido a todos os que preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais).

Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de

imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês.

SEÇÃO IIDAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS

Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nesta

Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes retribuições, gra-tificações e adicionais:

I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;

II - gratificação natalina;III - (Revogado) IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigo-

sas ou penosas;V - adicional pela prestação de serviço extraordinário;VI - adicional noturno;VII - adicional de férias;VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho. IX - gratificação por encargo de curso ou concurso.

SUBSEÇÃO IDA RETRIBUIÇÃO PELO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO DE

DIREÇÃO, CHEFIA E ASSESSORAMENTO

Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu exercício.

Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9o.

Art. 62-A. Fica transformada em Vantagem Pessoal Nomi-nalmente Identificada - VPNI a incorporação da retribuição pelo exercício de função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial a que se referem os arts. 3o e 10 da Lei no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3o da Lei no 9.624, de 2 de abril de 1998.

Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo somente estará sujeita às revisões gerais de remuneração dos ser-vidores públicos federais.

SUBSEÇÃO IIDA GRATIFICAÇÃO NATALINA

Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze

avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezem-bro, por mês de exercício no respectivo ano.

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Didatismo e Conhecimento 26

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês

de dezembro de cada ano.Parágrafo único. (VETADO). Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação na-

talina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a remuneração do mês da exoneração.

Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para cál-

culo de qualquer vantagem pecuniária.

SUBSEÇÃO IIIDO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO

Art. 67. (Revogado)

SUBSEÇÃO IVDOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE, PERICULOSIDA-

DE OU ATIVIDADES PENOSAS

Art. 68 Os servidores que trabalhem com habitualidade em lo-cais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional sobre o vencimento do cargo efetivo.

§ 1o O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por um deles.

§ 2o O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.

Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de servi-

dores em operações ou locais considerados penosos, insalubres ou perigosos.

Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afasta-da, enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso e não perigoso.

Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas,

de insalubridade e de periculosidade, serão observadas as situa-ções estabelecidas em legislação específica.

Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos

servidores em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e li-mites fixados em regulamento.

Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com

Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob controle permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultra-passem o nível máximo previsto na legislação própria.

Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo se-rão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses.

SUBSEÇÃO VDO ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO

Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com acrés-cimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.

Art. 74. Somente será permitido serviço extraordinário para

atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada.

SUBSEÇÃO VIDO ADICIONAL NOTURNO

Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compreen-

dido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento), computando-se cada hora como cinquenta e dois minutos e trinta segundos.

Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a remuneração prevista no art. 73.

SUBSEÇÃO VIIDO ADICIONAL DE FÉRIAS

Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao ser-vidor, por ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias.

Parágrafo único. No caso de o servidor exercer função de direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.

SUBSEÇÃO VIIIDA GRATIFICAÇÃO POR ENCARGO

DE CURSO OU CONCURSO

Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso é devida ao servidor que, em caráter eventual:

I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvol-vimento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da administração pública federal;

II - participar de banca examinadora ou de comissão para exa-mes orais, para análise curricular, para correção de provas discur-sivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos;

III - participar da logística de preparação e de realização de concurso público envolvendo atividades de planejamento, coor-denação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes;

IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades.

§ 1o Os critérios de concessão e os limites da gratificação de que trata este artigo serão fixados em regulamento, observados os seguintes parâmetros:

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Didatismo e Conhecimento 27

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

I - o valor da gratificação será calculado em horas, observadas a natureza e a complexidade da atividade exercida;

II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situação de ex-cepcionalidade, devidamente justificada e previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou entidade, que poderá autori-zar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho anuais;

III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento básico da administração pública federal:

a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tratan-do de atividades previstas nos incisos I e II do caput deste artigo;

b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratando de atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste artigo.

§ 2o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso somen-te será paga se as atividades referidas nos incisos do caput deste ar-tigo forem exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensação de carga horária quando desempenhadas durante a jornada de trabalho, na forma do § 4o do art. 98 desta Lei.

§ 3o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer efei-to e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoria e das pensões.

(...)CAPÍTULO IV

DAS LICENÇASSEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença:I - por motivo de doença em pessoa da família;II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;III - para o serviço militar;IV - para atividade política; V - para capacitação; VI - para tratar de interesses particulares;VII - para desempenho de mandato classista.§ 1o A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem

como cada uma de suas prorrogações serão precedidas de exame por perícia médica oficial, observado o disposto no art. 204 desta Lei.

§ 2º (Revogado) § 3o É vedado o exercício de atividade remunerada durante o

período da licença prevista no inciso I deste artigo. Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do

término de outra da mesma espécie será considerada como pror-rogação.

SEÇÃO IIDA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA

FAMÍLIA Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo

de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante com-provação por perícia médica oficial.

§ 1o A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultane-amente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44.

§ 2o A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes condições:

I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e

II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem re-muneração.

§ 3o O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a partir da data do deferimento da primeira licença concedida.

§ 4o A soma das licenças remuneradas e das licenças não re-muneradas, incluídas as respectivas prorrogações, concedidas em um mesmo período de 12 (doze) meses, observado o disposto no § 3o, não poderá ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do § 2o.

SEÇÃO IIIDA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CÔN-

JUGE

Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acom-panhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro pon-to do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.

§ 1o A licença será por prazo indeterminado e sem remune-ração.

§ 2o No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou compa-nheiro também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-nicípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo.

SEÇÃO IVDA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR

Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será

concedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica.

Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.

SEÇÃO VDA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA

Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração,

durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

§ 1o O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.

§ 2o A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses.

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Didatismo e Conhecimento 28

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

SEÇÃO VIDA LICENÇA PARA CAPACITAÇÃO

Art. 87. Após cada quinquênio de efetivo exercício, o servi-

dor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três me-ses, para participar de curso de capacitação profissional.

Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o ca-put não são acumuláveis.

Art. 88. e 89 - (Revogado) Art. 90. (VETADO).

SEÇÃO VIIDA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES

Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas

ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em es-tágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.

Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qual-quer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço.

SEÇÃO VIII

DA LICENÇA PARA O DESEMPENHO DE MANDATO CLASSISTA

Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem re-

muneração para o desempenho de mandato em confederação, fe-deração, associação de classe de âmbito nacional, sindicato repre-sentativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar ser-viços a seus membros, observado o disposto na alínea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e observados os seguintes limites:

I - para entidades com até 5.000 associados, um servidor; II - para entidades com 5.001 a 30.000 associados, dois ser-

vidores; III - para entidades com mais de 30.000 associados, três ser-

vidores. § 1o Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para

cargos de direção ou representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no Ministério da Administração Federal e Refor-ma do Estado.

§ 2° A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição, e por uma única vez.

CAPÍTULO VDOS AFASTAMENTOS

SEÇÃO IDO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU

ENTIDADE Art. 93. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em

outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:

I - para exercício de cargo em comissão ou função de con-fiança;

II - em casos previstos em leis específicas. § 1o Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou en-

tidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos.

§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade cessionária efetuará o reembolso das despe-sas realizadas pelo órgão ou entidade de origem.

§ 3o A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no Diário Oficial da União.

§ 4o Mediante autorização expressa do Presidente da Repú-blica, o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro pró-prio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo.

§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou servi-dor por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo.

§ 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de so-ciedade de economia mista, que receba recursos de Tesouro Na-cional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento de pessoal, independem das disposições contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o exercício do empregado cedido condicionado a autorização específica do Ministério do Planeja-mento, Orçamento e Gestão, exceto nos casos de ocupação de car-go em comissão ou função gratificada.

§ 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, com a finalidade de promover a composição da força de trabalho dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, poderá determinar a lotação ou o exercício de empregado ou servidor, in-dependentemente da observância do constante no inciso I e nos §§ 1º e 2º deste artigo.

SEÇÃO IIDO AFASTAMENTO PARA

EXERCÍCIO DE MANDATO ELETIVO Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se

as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de vereador:a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vanta-

gens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do

cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.§ 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá

para a seguridade social como se em exercício estivesse.§ 2o O servidor investido em mandato eletivo ou classista

não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

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Didatismo e Conhecimento 29

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

SEÇÃO IIIDO AFASTAMENTO PARA ESTUDO

OU MISSÃO NO EXTERIOR Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estu-

do ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supre-mo Tribunal Federal.

§ 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.

§ 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar de interesse par-ticular antes de decorrido período igual ao do afastamento, res-salvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

§ 3o O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira diplomática.

§ 4o As hipóteses, condições e formas para a autorização de que trata este artigo, inclusive no que se refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em regulamento.

Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo

internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar--se-á com perda total da remuneração.

SEÇÃO IV (INCLUÍDO PELA LEI Nº 11.907, DE 2009)

DO AFASTAMENTO PARA PARTICIPAÇÃO EM PROGRA-MA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU NO PAÍS

Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afastar--se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no País.

§ 1o Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade defini-rá, em conformidade com a legislação vigente, os programas de capacitação e os critérios para participação em programas de pós--graduação no País, com ou sem afastamento do servidor, que se-rão avaliados por um comitê constituído para este fim.

§ 2o Os afastamentos para realização de programas de mestra-do e doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, in-cluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licen-ça capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de afastamento.

§ 3o Os afastamentos para realização de programas de pós--doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio probatório, e que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de afastamento.

§ 4o Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão que permanecer no exercício de suas funções após o seu retorno por um período igual ao do afastamento concedido.

§ 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o período de permanência previsto no § 4o deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei no8.112, de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeiçoamento.

§ 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justifi-cou seu afastamento no período previsto, aplica-se o disposto no § 5o deste artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade.

§ 7o Aplica-se à participação em programa de pós-graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta Lei, o disposto nos §§ 1o a 6o deste artigo.

(...)

TÍTULO VIDA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 183. A União manterá Plano de Seguridade Social para o

servidor e sua família. § 1o O servidor ocupante de cargo em comissão que não seja,

simultaneamente, ocupante de cargo ou emprego efetivo na admi-nistração pública direta, autárquica e fundacional não terá direito aos benefícios do Plano de Seguridade Social, com exceção da as-sistência à saúde.

§ 2o O servidor afastado ou licenciado do cargo efetivo, sem direito à remuneração, inclusive para servir em organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo ou com o qual coopere, ainda que contribua para regime de previdência social no exterior, terá suspenso o seu vínculo com o regime do Plano de Se-guridade Social do Servidor Público enquanto durar o afastamento ou a licença, não lhes assistindo, neste período, os benefícios do mencionado regime de previdência.

§ 3o Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público, mediante o recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentual devido pelos servidores em atividade, incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições, computan-do-se, para esse efeito, inclusive, as vantagens pessoais.

§ 4o O recolhimento de que trata o § 3o deve ser efetuado até o segundo dia útil após a data do pagamento das remunerações dos servidores públicos, aplicando-se os procedimentos de cobrança e execução dos tributos federais quando não recolhidas na data de vencimento.

Art. 184. O Plano de Seguridade Social visa a dar cobertura

aos riscos a que estão sujeitos o servidor e sua família, e compre-ende um conjunto de benefícios e ações que atendam às seguintes finalidades:

I - garantir meios de subsistência nos eventos de doença, in-validez, velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimento e reclusão;

II - proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;III - assistência à saúde.

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Didatismo e Conhecimento 30

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos termos e condições definidos em regulamento, observadas as disposições desta Lei.

Art. 185. Os benefícios do Plano de Seguridade Social do

servidor compreendem:I - quanto ao servidor:a) aposentadoria;b) auxílio-natalidade;c) salário-família;d) licença para tratamento de saúde;e) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade;f) licença por acidente em serviço;g) assistência à saúde;h) garantia de condições individuais e ambientais de trabalho

satisfatórias;II - quanto ao dependente:a) pensão vitalícia e temporária;b) auxílio-funeral;c) auxílio-reclusão;d) assistência à saúde.§ 1o As aposentadorias e pensões serão concedidas e mantidas

pelos órgãos ou entidades aos quais se encontram vinculados os servidores, observado o disposto nos arts. 189 e 224.

§ 2o O recebimento indevido de benefícios havidos por frau-de, dolo ou má-fé, implicará devolução ao erário do total auferido, sem prejuízo da ação penal cabível.

CAPÍTULO IIDOS BENEFÍCIOS

SEÇÃO IDA APOSENTADORIA

Art. 186. O servidor será aposentado: (Vide art. 40 da Cons-

tituição)I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais

quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, e proporcionais nos demais casos;

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proven-tos proporcionais ao tempo de serviço;

II - voluntariamente:a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30

(trinta) se mulher, com proventos integrais;b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de ma-

gistério se professor, e 25 (vinte e cinco) se professora, com pro-ventos integrais;

c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem, e aos 25 (vinte e cinco) se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;

d) aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta) se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

§ 1o Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incu-ráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avança-dos do mal de Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunode-ficiência Adquirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina especializada.

§ 2o Nos casos de exercício de atividades consideradas insa-lubres ou perigosas, bem como nas hipóteses previstas no art. 71, a aposentadoria de que trata o inciso III, “a” e “c”, observará o disposto em lei específica.

§ 3o Na hipótese do inciso I o servidor será submetido à jun-ta médica oficial, que atestará a invalidez quando caracterizada a incapacidade para o desempenho das atribuições do cargo ou a im-possibilidade de se aplicar o disposto no art. 24.

Art. 187. A aposentadoria compulsória será automática, e de-clarada por ato, com vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade-limite de permanência no serviço ativo.

Art. 188. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigora-rá a partir da data da publicação do respectivo ato.

§ 1o A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde, por período não excedente a 24 (vinte e quatro) meses.

§ 2o Expirado o período de licença e não estando em con-dições de reassumir o cargo ou de ser readaptado, o servidor será aposentado.

§ 3o O lapso de tempo compreendido entre o término da licen-ça e a publicação do ato da aposentadoria será considerado como de prorrogação da licença.

§ 4o Para os fins do disposto no § 1o deste artigo, serão consi-deradas apenas as licenças motivadas pela enfermidade ensejadora da invalidez ou doenças correlacionadas.

§ 5o A critério da Administração, o servidor em licença para tratamento de saúde ou aposentado por invalidez poderá ser con-vocado a qualquer momento, para avaliação das condições que en-sejaram o afastamento ou a aposentadoria.

Art. 189. O provento da aposentadoria será calculado com ob-servância do disposto no § 3o do art. 41, e revisto na mesma data e proporção, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade.

Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer be-nefícios ou vantagens posteriormente concedidas aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

Art. 190. O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de serviço se acometido de qualquer das moléstias es-pecificadas no § 1o do art. 186 desta Lei e, por esse motivo, for considerado inválido por junta médica oficial passará a perceber provento integral, calculado com base no fundamento legal de concessão da aposentadoria. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)

Art. 191. Quando proporcional ao tempo de serviço, o pro-vento não será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração da ativi-dade.

Art. 192. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)Art. 193. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)Art. 194. Ao servidor aposentado será paga a gratificação na-

talina, até o dia vinte do mês de dezembro, em valor equivalente ao respectivo provento, deduzido o adiantamento recebido.

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Didatismo e Conhecimento 31

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Art. 195. Ao ex-combatente que tenha efetivamente participa-do de operações bélicas, durante a Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, será concedida aposentadoria com provento integral, aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.

SEÇÃO IIDO AUXÍLIO-NATALIDADE

Art. 196. O auxílio-natalidade é devido à servidora por moti-

vo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor venci-mento do serviço público, inclusive no caso de natimorto.

§ 1o Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50% (cinquenta por cento), por nascituro.

§ 2o O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servidor público, quando a parturiente não for servidora.

SEÇÃO IIIDO SALÁRIO-FAMÍLIA

Art. 197. O salário-família é devido ao servidor ativo ou ao

inativo, por dependente econômico.Parágrafo único. Consideram-se dependentes econômicos

para efeito de percepção do salário-família:I - o cônjuge ou companheiro e os filhos, inclusive os enteados

até 21 (vinte e um) anos de idade ou, se estudante, até 24 (vinte e quatro) anos ou, se inválido, de qualquer idade;

II - o menor de 21 (vinte e um) anos que, mediante autoriza-ção judicial, viver na companhia e às expensas do servidor, ou do inativo;

III - a mãe e o pai sem economia própria. Art. 198. Não se configura a dependência econômica quando

o beneficiário do salário-família perceber rendimento do trabalho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou provento da apo-sentadoria, em valor igual ou superior ao salário-mínimo.

Art. 199. Quando o pai e mãe forem servidores públicos e vi-

verem em comum, o salário-família será pago a um deles; quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a distribuição dos dependentes.

Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes.

Art. 200. O salário-família não está sujeito a qualquer tributo,

nem servirá de base para qualquer contribuição, inclusive para a Previdência Social.

Art. 201. O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração,

não acarreta a suspensão do pagamento do salário-família.

SEÇÃO IVDA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

Art. 202. Será concedida ao servidor licença para tratamento

de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

Art. 203. A licença de que trata o art. 202 desta Lei será con-

cedida com base em perícia oficial.

§ 1o Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

§ 2o Inexistindo médico no órgão ou entidade no local onde se encontra ou tenha exercício em caráter permanente o servidor, e não se configurando as hipóteses previstas nos parágrafos do art. 230, será aceito atestado passado por médico particular.

§ 3o No caso do § 2o deste artigo, o atestado somente produzi-rá efeitos depois de recepcionado pela unidade de recursos huma-nos do órgão ou entidade.

§ 4o A licença que exceder o prazo de 120 (cento e vinte) dias no período de 12 (doze) meses a contar do primeiro dia de afasta-mento será concedida mediante avaliação por junta médica oficial.

§ 5o A perícia oficial para concessão da licença de que trata o caput deste artigo, bem como nos demais casos de perícia oficial previstos nesta Lei, será efetuada por cirurgiões-dentistas, nas hi-póteses em que abranger o campo de atuação da odontologia.

Art. 204. A licença para tratamento de saúde inferior a 15

(quinze) dias, dentro de 1 (um) ano, poderá ser dispensada de perí-cia oficial, na forma definida em regulamento.

Art. 205. O atestado e o laudo da junta médica não se refe-

rirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, doença profissional ou qualquer das doenças especificadas no art. 186, § 1o.

Art. 206. O servidor que apresentar indícios de lesões orgâni-

cas ou funcionais será submetido a inspeção médica. Art. 206-A. O servidor será submetido a exames médicos pe-

riódicos, nos termos e condições definidos em regulamento.

SEÇÃO VDA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE E DA LICEN-

ÇA-PATERNIDADE Art. 207. Será concedida licença à servidora gestante por 120

(cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração. § 1o A licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês

de gestação, salvo antecipação por prescrição médica.§ 2o No caso de nascimento prematuro, a licença terá início

a partir do parto.§ 3o No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do even-

to, a servidora será submetida a exame médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício.

§ 4o No caso de aborto atestado por médico oficial, a servido-ra terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado.

Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá

direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos. Art. 209. Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis

meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada de tra-balho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora.

Art. 210. À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial

de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença remunerada.

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Didatismo e Conhecimento 32

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Parágrafo único. No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano de idade, o prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias.

SEÇÃO VIDA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO

Art. 211. Será licenciado, com remuneração integral, o servi-

dor acidentado em serviço. Art. 212. Configura acidente em serviço o dano físico ou

mental sofrido pelo servidor, que se relacione, mediata ou imedia-tamente, com as atribuições do cargo exercido.

Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano:I - decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servi-

dor no exercício do cargo;II - sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-

-versa. Art. 213. O servidor acidentado em serviço que necessite de

tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos públicos.

Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta médi-ca oficial constitui medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição pú-blica.

Art. 214. A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez)

dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.

SEÇÃO VIIDA PENSÃO

Art. 215. Por morte do servidor, os dependentes fazem jus

a uma pensão mensal de valor correspondente ao da respectiva remuneração ou provento, a partir da data do óbito, observado o limite estabelecido no art. 42.

Art. 216. As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em

vitalícias e temporárias.§ 1o A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas permanen-

tes, que somente se extinguem ou revertem com a morte de seus beneficiários.

§ 2o A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem se extinguir ou reverter por motivo de morte, cessação de invalidez ou maioridade do beneficiário.

Art. 217. São beneficiários das pensões:I - vitalícia:a) o cônjuge;b) a pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada,

com percepção de pensão alimentícia;c) o companheiro ou companheira designado que comprove

união estável como entidade familiar;d) a mãe e o pai que comprovem dependência econômica do

servidor;e) a pessoa designada, maior de 60 (sessenta) anos e a pessoa

portadora de deficiência, que vivam sob a dependência econômica do servidor;

II - temporária:a) os filhos, ou enteados, até 21 (vinte e um) anos de idade, ou,

se inválidos, enquanto durar a invalidez;b) o menor sob guarda ou tutela até 21 (vinte e um) anos de

idade;c) o irmão órfão, até 21 (vinte e um) anos, e o inválido, en-

quanto durar a invalidez, que comprovem dependência econômica do servidor;

d) a pessoa designada que viva na dependência econômica do servidor, até 21 (vinte e um) anos, ou, se inválida, enquanto durar a invalidez.

§ 1o A concessão de pensão vitalícia aos beneficiários de que tratam as alíneas “a” e “c” do inciso I deste artigo exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas “d” e “e”.

§ 2o A concessão da pensão temporária aos beneficiários de que tratam as alíneas “a” e “b” do inciso II deste artigo exclui des-se direito os demais beneficiários referidos nas alíneas “c” e “d”.

Art. 218. A pensão será concedida integralmente ao titular da

pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários da pensão tem-porária.

§ 1o Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vita-lícia, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os benefi-ciários habilitados.

§ 2o Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e temporária, metade do valor caberá ao titular ou titulares da pensão vitalícia, sendo a outra metade rateada em partes iguais, entre os titulares da pensão temporária.

§ 3o Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária, o valor integral da pensão será rateado, em partes iguais, entre os que se habilitarem.

Art. 219. A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo,

prescrevendo tão-somente as prestações exigíveis há mais de 5 (cinco) anos.

Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova poste-rior ou habilitação tardia que implique exclusão de beneficiário ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data em que for oferecida.

Art. 220. Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela

prática de crime doloso de que tenha resultado a morte do servidor. Art. 221. Será concedida pensão provisória por morte presu-

mida do servidor, nos seguintes casos:I - declaração de ausência, pela autoridade judiciária compe-

tente;II - desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou

acidente não caracterizado como em serviço;III - desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo

ou em missão de segurança.Parágrafo único. A pensão provisória será transformada em

vitalícia ou temporária, conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor, hipótese em que o benefício será automaticamente cancelado.

Art. 222. Acarreta perda da qualidade de beneficiário:I - o seu falecimento;II - a anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a

concessão da pensão ao cônjuge;

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Didatismo e Conhecimento 33

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

III - a cessação de invalidez, em se tratando de beneficiário inválido;

IV - a maioridade de filho, irmão órfão ou pessoa designada, aos 21 (vinte e um) anos de idade;

V - a acumulação de pensão na forma do art. 225;VI - a renúncia expressa.Parágrafo único. A critério da Administração, o beneficiário

de pensão temporária motivada por invalidez poderá ser convoca-do a qualquer momento para avaliação das condições que enseja-ram a concessão do benefício.

Art. 223. Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a

respectiva cota reverterá:I - da pensão vitalícia para os remanescentes desta pensão ou

para os titulares da pensão temporária, se não houver pensionista remanescente da pensão vitalícia;

II - da pensão temporária para os co-beneficiários ou, na falta destes, para o beneficiário da pensão vitalícia.

Art. 224. As pensões serão automaticamente atualizadas na

mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos vencimentos dos servidores, aplicando-se o disposto no parágrafo único do art. 189.

Art. 225. Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção

cumulativa de mais de duas pensões.

SEÇÃO VIIIDO AUXÍLIO-FUNERAL

Art. 226. O auxílio-funeral é devido à família do servidor fa-

lecido na atividade ou aposentado, em valor equivalente a um mês da remuneração ou provento.

§ 1o No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente em razão do cargo de maior remuneração.

§ 2o (VETADO).§ 3o O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito)

horas, por meio de procedimento sumaríssimo, à pessoa da família que houver custeado o funeral.

Art. 227. Se o funeral for custeado por terceiro, este será in-

denizado, observado o disposto no artigo anterior. Art. 228. Em caso de falecimento de servidor em serviço fora

do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de trans-porte do corpo correrão à conta de recursos da União, autarquia ou fundação pública.

SEÇÃO IXDO AUXÍLIO-RECLUSÃO

Art. 229. À família do servidor ativo é devido o auxílio-reclu-

são, nos seguintes valores:I - dois terços da remuneração, quando afastado por motivo

de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada pela autoridade competente, enquanto perdurar a prisão;

II - metade da remuneração, durante o afastamento, em virtu-de de condenação, por sentença definitiva, a pena que não determi-ne a perda de cargo.

§ 1o Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor terá direito à integralização da remuneração, desde que absolvido.

§ 2o O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do dia imediato àquele em que o servidor for posto em liberdade, ainda que condicional.

CAPÍTULO IIIDA ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Art. 230. A assistência à saúde do servidor, ativo ou inati-

vo, e de sua família compreende assistência médica, hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, terá como diretriz básica o implemento de ações preventivas voltadas para a promoção da saúde e será prestada pelo Sistema Único de Saúde – SUS, direta-mente pelo órgão ou entidade ao qual estiver vinculado o servidor, ou mediante convênio ou contrato, ou ainda na forma de auxílio, mediante ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor, ativo ou inativo, e seus dependentes ou pensionistas com planos ou seguros privados de assistência à saúde, na forma estabelecida em regulamento.

§ 1o Nas hipóteses previstas nesta Lei em que seja exigida perícia, avaliação ou inspeção médica, na ausência de médico ou junta médica oficial, para a sua realização o órgão ou entidade celebrará, preferencialmente, convênio com unidades de atendi-mento do sistema público de saúde, entidades sem fins lucrativos declaradas de utilidade pública, ou com o Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.

§ 2o Na impossibilidade, devidamente justificada, da aplica-ção do disposto no parágrafo anterior, o órgão ou entidade promo-verá a contratação da prestação de serviços por pessoa jurídica, que constituirá junta médica especificamente para esses fins, indi-cando os nomes e especialidades dos seus integrantes, com a com-provação de suas habilitações e de que não estejam respondendo a processo disciplinar junto à entidade fiscalizadora da profissão.

§ 3o Para os fins do disposto no caput deste artigo, ficam a União e suas entidades autárquicas e fundacionais autorizadas a:

I - celebrar convênios exclusivamente para a prestação de ser-viços de assistência à saúde para os seus servidores ou empregados ativos, aposentados, pensionistas, bem como para seus respectivos grupos familiares definidos, com entidades de autogestão por elas patrocinadas por meio de instrumentos jurídicos efetivamente ce-lebrados e publicados até 12 de fevereiro de 2006 e que possuam autorização de funcionamento do órgão regulador, sendo certo que os convênios celebrados depois dessa data somente poderão sê-lo na forma da regulamentação específica sobre patrocínio de auto-gestões, a ser publicada pelo mesmo órgão regulador, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias da vigência desta Lei, normas essas também aplicáveis aos convênios existentes até 12 de fevereiro de 2006;

II - contratar, mediante licitação, na forma da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, operadoras de planos e seguros privados de assistência à saúde que possuam autorização de funcionamento do órgão regulador;

III - (VETADO) § 4o (VETADO) § 5o O valor do ressarcimento fica limitado ao total despendi-

do pelo servidor ou pensionista civil com plano ou seguro privado de assistência à saúde.

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Didatismo e Conhecimento 34

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7. LEI COMPLEMENTAR Nº 04 DE 15 DE OUTUBRO DE 1990.

LEI COMPLEMENTAR Nº 04, DE 15 DE OUTUBRO DE 1990.

Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores, Públicos da Admi-nistração Direta das Autarquias e das Fundações Públicas Esta-duais.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado decreta e eu sancio-no a seguinte Lei Complementar.

TÍTULO I

CAPÍTULO ÚNICO DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1° Esta lei complementar institui o Estatuto dos Servido-res Públicos da Administração Direta, das Autarquias e das Funda-ções Estaduais criadas e mantidas pelo Poder Público.

Art. 2° Para os efeitos desta lei complementar, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo público.

Art. 3° Cargo Público integrante da carreira é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacio-nal que deve ser cometido a um servidor.

Parágrafo único Os cargos públicos, acessíveis a todos os bra-sileiros, são criados por lei complementar, com denominação pró-pria e remuneração paga pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.

Art. 4° Os cargos de provimento efetivo da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações criadas e mantidas pelo Poder Público, serão organizados e providos em carreiras.

Art. 5º As carreiras serão organizadas em classes de cargos, observadas a escolaridade e a qualificação profissional exigidas, bem assim a natureza e complexidade das atribuições a serem exercidas e manterão correlação com as finalidades dos órgãos ou entidades a que devam atender.

§ 1º Classe é a divisão básica da carreira, que agrupa os car-gos da mesma denominação, segundo o nível de atribuições e res-ponsabilidades, inclusive aquelas das funções de direção, chefia, assessoramento o assistência.

2º As Classes serão desdobradas em padrões, aos quais corres-pondem a remuneração do cargo.

§ 3º As carreiras compreendem Classes de cargos do mesmo grupo profissional, reunidas em segmentos distintos, escalonados nos níveis básico, auxiliar, médio e superior.

Art. 6º Quadro é o conjunto de carreira e em comissão, inte-grantes das estruturas dos órgãos da Administração Direta, das Au-tarquias a das Fundações criadas e mantidas pelo Poder Público.

Art. 7º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos previstos em lei.

TÍTULO IIDO PROVIMENTO, PROGRESSÃO. VACÂNCIA, PROMO-ÇÃO, ASCENSÃO, ACESSO, REMOÇÃO, REDISTRIBUI-

ÇÃO E SUBSTITUIÇÃO.

CAPÍTULO IDO PROVIMENTO

SEÇÃO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 8º São requisitos básicos para o ingresso no serviço pú-blico:

I - A nacionalidade brasileira;II - O gozo dos direitos políticos;III - A quitação com as obrigações militares e eleitorais;IV - O nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;V - A idade mínima prevista em lei;VI - A boa saúde física e mental.§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de

outros requisitos estabelecidos em lei.§ 2° Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direi-

to de se inscrever em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para as quais deverá ser reservado um mínimo de 5% (cinco por cento) das vagas oferecidas no concurso, observando-se o disposto na Lei Estadual n° 4.902, de 09.10.85.

Art. 9º O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante ato da autoridade competente de cada Poder, do dirigente superior da autarquia ou da fundação pública.

Art 10 A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.

Art. 11 São forma de provimento de cargo público:I - nomeação;II - ascensão;III - transferência;IV - readaptação;V - reversão;VI - aproveitamento;VII - reintegração;VIII - recondução.

SEÇÃO IIDA NOMEAÇÃO

Art. 12. A nomeação far-se-á:I - Em caráter efetivo, quando se tratar de cargo de carreiras;II - Em comissão, para os cargos de confiança, de livre exo-

neração, respeitando o que dispõe o Artigo 7º da Lei, nº 5.601, de 09.05.90

Parágrafo único A designação por acesso, para a função de direção, chefia, assessoramento e assistência, recairá, exclusiva-mente, em servidor de carreira, satisfeitos os requisitos de que trata o Artigo 13, Parágrafo Único.

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Didatismo e Conhecimento 35

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Art. 13 A nomeação para cargo de carreira depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecida a ordem de classificação e o prazo de sua validade.

Parágrafo único Os demais requisitos para o ingresso e o de-senvolvimento do servidor na carreira, mediante progressão, pro-moção, ascensão e acesso serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na administração pública estadual e seus regulamentos.

SEÇÃO IIIDO CONCURSO PÚBLICO

Art. 14. O concurso será de caráter eliminatório e classificató-rio, compreendendo, provas ou provas e títulos.

§ 1º A publicação do resultado do concurso deverá ser efe-tivado no prazo máximo de 30 (trinta) dias após a realização do mesmo.

§ 2º O concurso público e as vagas estabelecidas no edital poderão ser dispostas por região ou municípios polos, a critério da Administração Pública.

§ 3º A Administração Pública, observando-se estritamente a ordem classificatória e a pontuação obtida no certame, quando não forem preenchidas todas as vagas existentes em determinada re-gião ou município polo poderá aproveitar os candidatos classifica-dos e excedentes dos demais polos.

§ 4º O aproveitamento dos candidatos classificados e exce-dentes de que trata o § 3° se dará por convocação publicada em Diário Oficial.

§ 5º O candidato que opta por assumir vagas em outros mu-nicípios ou região polo que eventualmente tiver vagas não preen-chidas, automaticamente, será considerado desistente de assumir na região ou município polo opção para qual se inscreveu para o concurso.

Art. 15. O concurso público terá validade de até 02 (dois) anos, podendo ser prorrogada uma única vez, por igual período.

§ 1º O prazo de validade do concurso e as condições de sua realização serão fixados em edital que será publicado no Diário Oficial do Estado.

§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade ainda não expirado.

§ 3º Os princípios da ética e da filosofia serão matérias obri-gatórias nos concursos públicos. (Acrescentado pela LC 400/10)

SEÇÃO IVDA POSSE E DO EXERCÍCIO

Art. 16. Posse é a investidura no cargo público mediante a aceitação expressa das atribuições, deveres e responsabilidades inerentes ao cargo público com o compromisso de bem servir, for-malizada com a assinatura do termo pela autoridade competente e pelo empossado.

§ 1º A posse ocorrerá no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias contados da publicação do ato de provimento.

§ 2º Em se tratando de servidor em licença, ou afastamento por qualquer outro motivo legal, o prazo será contado do término do impedimento.

§ 3º A posse poderá dar-se mediante procuração especifica.§ 4° Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por

nomeação, acesso e ascensão. § 5º No ato da posse, o servidor apresentará, obrigatoriamen-

te, declaração dos bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.

§ 6º Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse não ocorrer no prazo previsto no parágrafo 1º.

§ 7° O ato de provimento ocorrerá no prazo máximo de 30 (trinta) dias após a publicação do resultado do concurso para as vagas imediatamente disponíveis conforme o estabelecido no edi-tal de concurso.

Art. 17. A posse em cargo público dependerá de comprovada aptidão física e mental para o exercício do cago, mediante inspe-ção médica oficial.

Parágrafo único. Será empossado em cargo público aque-le que for julgado apto física e mentalmente pela assistên-cia médica pública do Estado, excetuando-se os casos pre-vistos no parágrafo 2º do Artigo 8º desta Lei Complementar.

Art. 18. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo.

§ 1º É de 15 (quinze) dias o prazo para o servidor empossado em cargo público de provimento efetivo entrar em exercício, con-tados da data da posse.

§ 2º Será exonerado o servidor empossado que não entrar em exercício no prazo previsto no parágrafo anterior.

§ 3º A autoridade competente do órgão ou entidade para onde for designado o servidor compete dar-lhe exercício.

Art. 19. O início, a suspensão, a interrupção a o reinício do exercício serão registrados no assentamento individual do servi-dor.

Parágrafo único Ao entrar em exercício, o servidor apresenta-rá ao órgão competente, os elementos necessários ao assentamento individual.

Art. 20. A promoção ou a ascensão não interrompem o tempo de exercício, que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data da publicação do ato que promover ou ascender o servidor.

Art. 21. O servidor transferido, removido, redistribuído, re-quisitado ou cedido, quando licenciado, que deva prestar serviços em outra localidade, terá 30 (trinta) dias de prazo para entrar em exercício, incluído nesse tempo o necessário ao deslocamento para a nova sede.

Parágrafo único. Na hipótese do servidor encontrar-se afasta-do legalmente, o prazo a que se refere este artigo será contado a partir do término do afastamento.

Art. 22. O ocupante de cargo de provimento efetivo, integran-te do sistema de carreira, fica sujeito a 30 (trinta) horas semanais de trabalho.

Art. 23. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para o cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os seguintes fatores:

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Didatismo e Conhecimento 36

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

I - assiduidade; II - disciplina;III - capacidade de iniciativa;IV - produtividade; V - responsabilidade;VI - idoneidade moral.§ 1° 04 (quatro) meses antes de findo o período do estágio

probatório, será, obrigatoriamente, submetida à homologação da autoridade competente a avaliação do desempenho do servidor, realizada de acordo com o que dispuser a lei e o regulamento do plano de carreira, sem prejuízo da continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a VI.

§ 2° Se, no curso do estágio probatório, for apurada, em pro-cesso regular, a inaptidão para exercício do cargo, será exonerado.

§ 3° No curso do processo a que se refere o parágrafo ante-rior, e desde a sua instauração, será assegurado ao servidor ampla defesa que poderá ser exercitada pessoalmente ou por intermédio de procurador habilitado, conferindo-se-lhe, ainda, o prazo de 10 (dez) dias, para juntada de documentos e apresentação de defesa escrita.

§ 4° Para a avaliação prevista neste artigo, deverá ser consti-tuída uma comissão paritária no órgão ou entidade composta por 06 (seis) membros.

§ 5° Não constituem provas suficientes e eficazes as certidões ou portarias desacompanhadas dos documentos de atos adminis-trativos para avaliar negativamente a aptidão e capacidade do ser-vidor no desempenho do cargo, sobretudo nos fatores a que refere os incisos I, II, III, IV, V e VI deste artigo.

SEÇÃO VDA ESTABILIDADE

Art. 24 O servidor habilitado em concurso público e empos-sado em cargo de carreira adquirirá estabilidade no serviço público ao completar 02 (dois) anos de efetivo exercício.

Art. 25 O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administra-tivo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.

SEÇÃO VIDA TRANSFERÊNCIA

Art. 26 Transferência é a passagem do servidor estável de car-go efetivo de carreira para outro de igual denominação, classe e remuneração, pertencente a quadro de pessoal diverso e na mesma localidade.

Art. 27 Será admitida a transferência de servidor ocupante de cargo de quadro em extinção para igual situação em quadro de outro órgão ou entidade.

Parágrafo único A transferência far-se-á a pedido do servidor, atendendo a conveniência do serviço público.

Art. 28 São requisitos essenciais da transferência: I - interesse comprovado do serviço;II - existência de vaga;III - contar, o servidor, com 02 (dois) anos de efetivo exercício

no cargo.

Parágrafo único Nos casos de transferência não se aplicam os incisos deste artigo para cônjuge ou companheiro (a).

Art. 29 As transferências não poderão exceder de 1/3 (um ter-ço) das vagas de cada classe.

SEÇÃO VIIDA READAPTAÇÃO

Art. 30 Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em inspeção médica.

§ 1° Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado, nos termos da lei vigente.

§ 2° A readaptação será efetivada em cargo de carreira de atri-buições afins, respeitada a habilitação exigida.

§ 3° Em qualquer hipótese, a readaptação não poderá acarretar aumento ou redução de remuneração do servidor.

SEÇÃO VIIIDA REVERSÃO

Art. 31 Reversão é o retorno à atividade de servidor aposen-tado por invalidez. quando, por junta médica oficial, forem decla-rados insubsistentes os motivos determinantes da aposentadoria.

Art. 32 A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resul-tante de sua transformação, com remuneração integral.

Parágrafo único Encontrando-se provido este cargo, o servi-dor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

Art. 33 Não poderá reverter o aposentado que já tiver comple-tado 70 (setenta) anos de idade.

Art. 34 A reversão far-se-á a pedido.

SEÇÃO IXDA REINTEGRAÇÃO

Art. 35 Reintegração é a investidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado ou no cargo resultante de sua trans-formação, quando invalidada a sua demissão por ocasião adminis-trativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

§ 1° Na hipótese do cargo ter sido extinto, o servidor ocupará outro cargo equivalente ao anterior com todas as vantagens.

§ 2° O cargo a que se refere o artigo somente poderá ser pre-enchido em caráter precário até o julgamento final.

SEÇÃO XDA RECONDUÇÃO

Art. 36 Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;II - reintegração do anterior ocupante. Parágrafo único Encontrando-se provido o cargo de origem, o

servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no Ar-tigo 40.

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Didatismo e Conhecimento 37

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

SEÇÃO XIDA DISPONIBILIDADE E DO APROVEITAMENTO

Art. 37 Aproveitamento é o retorno do servidor em disponibi-lidade ao exercício do cargo público.

Art. 38 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração in-tegral.

Art. 39 O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribui-ções e remunerações compatíveis com o anteriormente ocupado.

Parágrafo único O Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato aproveitamento de servidor em disponibi-lidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos da administração pú-blica, na localidade em que trabalhava anteriormente ou em outra com a concordância do servidor.

Art. 40 O aproveitamento do servidor que se encontra em disponibilidade há mais de 12 (doze) meses dependerá de prévia comprovação de sua capacidade física e mental, por junta médica oficial.

§ 1° Se julgado apto, o servidor assumirá o exercício do car-go no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação do ato de aproveitamento.

§ 2° Verificada a incapacidade definitiva, o servidor em dispo-nibilidade será aposentado, na forma da legislação em vigor.

Art. 41 Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.

Art. 42 Havendo mais de um concorrente à mesma vaga, terá preferência o de maior tempo de disponibilidade e, no caso de em-pate, o de maior tempo de serviço público.

CAPÍTULO IIDA VACÂNCIA

Art. 43 A vacância do cargo público decorrerá de: I - exoneração;II - demissão;III - ascensão;IV - acesso;V - transferência;VI - readaptação;VII - aposentadoria;VIII - posse em outro cargo inacumulável;IX - falecimento.

Art. 44 A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, ou de ofício.

Parágrafo único A exoneração de ofício dar-se-á:I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;II - quando por decorrência do prazo, ficar extinta a punibili-

dade para demissão por abandono de cargo;III - quando, tendo tomado posse, não entrar no exercício no

prazo estabelecido.

Art. 45 (revogado) (Revogado pela LC 266/06)

CAPÍTULO IIIDA PROGRESSÃO, PROMOÇÃO, ASCENSÃO E ACESSO

Art. 46 Progressão é a passagem do servidor de uma refe-rência para a imediatamente superior, dentro da mesma classe e da categoria funcional a que pertence, obedecidos os critérios es-pecificados para a avaliação de desempenho e tempo de efetiva permanência na carreira.

Art. 47 Ascensão é a passagem do servidor de um nível para outro sendo posicionado na primeira classe e em referência ou padrão de vencimento imediatamente superior àquele em que se encontrava, na mesma carreira.

Art. 48 Promoção é a passagem do servidor de uma classe para a imediatamente superior do respectivo grupo de carreira que pertence, obedecidos os critérios de avaliação, desempenho e qua-lificação funcional.

Art. 49 Acesso é a investidura do servidor na função de di-reção, chefia, assessoramento e assistência, segundo os critérios estabelecidos em lei.

Art. 50 Os critérios para aplicação deste capítulo serão defini-dos ao instituir o plano de carreira.

Parágrafo único Fica assegurada a participação dos servidores na elaboração do plano de carreira e seus critérios.

CAPÍTULO IVDA REMOÇÃO E DA REDISTRIBUIÇÃO

SEÇÃO IDA REMOÇÃO

Art. 51 Remoção é o deslocamento do servidor a pedido ou de oficio, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede, observada a lotação existente em cada órgão:

I - de uma para outra repartição do mesmo órgão ou entidade;II - de um para outro órgão ou entidade, desde que compatíveis

a situação funcional e a carreira especifica do servidor removido.§ 1º A remoção a pedido para outra localidade, por motivo

de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente, fica condicionada à apresentação de laudo pericial emitido pela Corre-gedoria-Geral de Perícia Medica da Secretaria de Estado de Admi-nistração - SAD, bem como à existência de vagas.

§ 2º A remoção para outra localidade, baseada no interesse público, deverá ser devidamente fundamentada.

Art. 52 O ato que remover o servidor estudante de uma para outra cidade ficará suspenso se, na nova sede, não existir estabe-lecimento congênere oficial, reconhecido ou equiparado àquele em que o interessado esteja matriculado, devendo permanecer no exercício do cargo.

§ 1° Efetivar-se-á a remoção se o servidor concluir o curso, deixar de cursá-lo ou for reprovado durante 02 (dois) anos conse-cutivos.

§ 2° Semestralmente, o interessado deverá apresentar prova de sua frequência regular do curso que estiver matriculado perante a repartição a que esteja subordinado.

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Didatismo e Conhecimento 38

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

SEÇÃO IIDA REDISTRIBUIÇÃO

Art. 53 Redistribuição é o deslocamento do servidor, com o respectivo cargo, para o quadro de pessoal do mesmo ou qualquer órgão ou entidade do Governo, cujo planos de carreira e remune-ração sejam idêntico, observado sempre o interesse da adminis-tração.

§ 1º A redistribuição dar-se-á exclusivamente para ajustamen-to de quadros de pessoal às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, extinção, ou criação de órgão ou en-tidade.

§ 2º Nos casos de extinção de órgão ou entidade os servidores estáveis que não puderem ser redistribuídos, na forma deste artigo, serão colocados em disponibilidade com remuneração integral, até seu aproveitamento na forma do artigo 40.

CAPÍTULO VDA SUBSTITUIÇÃO

Art. 54 (revogado) (Revogado pela LC 266/06)

Art. 55 (revogado) (Revogado pela LC 266/06)

TÍTULO IIIDOS DIREITOS E VANTAGENS

CAPÍTULO IDO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO

Art. 56. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei.

Art. 57. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acres-cido das vantagens pecuniárias, permanentes ou temporárias, pre-vistas na Constituição Federal, Estadual, em acordos coletivos ou em convenções de trabalho que venham a ser celebrados. (ADI 559-6 - DOU 24/05/2006, declara incostitucional apenas a ex-pressão “em acordos coletivos ou em convenções de trabalho que venham a ser celebrados”)

Art. 58 A remuneração total do servidor será composta exclu-sivamente do vencimento base, de uma única verba de representa-ção e do adicional por tempo de serviço.

Parágrafo único O adicional por tempo de serviço concedido aos ocupantes dos cargos de carreira de provimento efetivo e aos empregados públicos como única vantagem pessoal, não será con-siderado para efeito deste artigo.

Art. 59 Ao servidor nomeado para o exercício de cargo em co-missão, é facultado optar entre o vencimento de seu cargo efetivo e do cargo em comissão, acrescido da verba única de representação.

Parágrafo único O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da de sua lotação receberá a remune-ração de acordo com o estabelecido no Artigo 119, § 1°.

Art. 60 O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vanta-gens de caráter permanente, é irredutível.

Art. 61 É assegurada a isonomia de vencimento para cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza e ao local de trabalho.

Art. 62 Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a título de remuneração, importância superior à soma dos valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no âmbito dos respectivos Poderes, pelos Secretários de Estado, por membros da Assembleia Legislativa e membros do Tribunal de Justiça.

Parágrafo único Excluem-se do teto de remuneração, o adi-cional por tempo de serviço e as vantagens previstas no Artigo 82, I a VIII.

Art. 63 A relação entre a menor e a maior remuneração atribu-ída aos cargos de carreira não poderá ser superior a 08 (oito) vezes.

Art. 64 O servidor perderá: I - vencimento ou remuneração do dia que não comparecer ao

serviço, salvo motivo legal ou moléstia comprovada;II - 1/3 (um terço) do vencimento ou da remuneração do dia,

quando comparecer ao serviço com atraso máximo de uma hora, ou quando se retirar antecipadamente;

III - 1/3 (um terço) do vencimento ou da remuneração durante o afastamento por motivo de prisão preventiva, pronúncia por cri-me comum, denúncia por crime funcional, condenação recorrível por crime inafiançável ou processo no qual haja pronúncia, com direito à diferença, se absolvida;

IV - 2/3 (dois terços) do vencimento ou da remuneração du-rante o período de afastamento em virtude da condenação por sen-tença definitiva, cuja pena não resulte em demissão.

Art. 65 Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, ne-nhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento.

§ 1° Mediante autorização do servidor poderá haver consigna-ção em folha de pagamento a favor de terceiros, ou seja, institui-ções de previdências, associações, sindicatos, pecúlio, seguros e os demais na forma definida em regulamento instituído pelas associa-ções e sindicatos dos servidores.

§ 2° Sob pena de responsabilidade a autoridade que determinar o desconto em folha de pagamento para instituições de previdência ou associações, deverá efetivar o repasse do desconto, no prazo máximo dos 05 (cinco) primeiros dias úteis do mês subsequente.

Art. 66 As reposições e indenizações ao erário serão descon-tadas em parcelas mensais não excedentes à décima parte da remu-neração ou provento.

§ 1° Independente do parcelamento previsto neste artigo, o recebimento de quantias indevidas poderá implicar processo dis-ciplinar para apuração de responsabilidades e aplicação das pena-lidades cabíveis.

§ 2° Nos casos de comprovada má fé e abandono de cargo, a reposição deverá ser feita de uma só vez, sem prejuízo das pena-lidades cabíveis, inclusive no que se refere a inscrição na dívida ativa.

Art. 67 O servidor em débito com o erário que for demitido, exonerado ou que tiver a sua aposentadoria ou disponibilidade cas-sada, terá o prazo de 60 (sessenta) dias para quitá-lo.

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Didatismo e Conhecimento 39

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Parágrafo único A não-quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição na dívida ativa.

Art. 68 O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de pres-tação de alimentos resultantes de decisão judicial.

Art. 69 O pagamento da remuneração dos servidores públicos dar-se-á até o dia 10 (dez) do mês seguinte ao que se refere.

§ 1° O não-pagamento até a data prevista neste artigo impor-tará na correção do seu valor, aplicando-se os índices federais de correção diária, a partir do dia seguinte ao do vencimento até a data do efetivo pagamento.

§ 2° O montante da correção será pago juntamente com o ven-cimento do mês subsequente, corrigido o seu total até o último dia do mês, pelos mesmos índices do parágrafo anterior.

CAPÍTULO IIDAS VANTAGENS

Art. 70 Além do vencimento poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:

I - indenizações;

II - gratificações e adicionais.

Parágrafo único A indenização não se incorpora ao vencimen-to ou provento para qualquer efeito.

Art. 71 As vantagens não serão computadas nem acumuladas para efeito de concessão de quaisquer outros acréscimos pecuniá-rios ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento.

SEÇÃO IDAS INDENIZAÇÕES

Art. 72 Constituem indenizações ao servidor:I - ajuda de custo;II - diárias.

Art. 73 Os valores das indenizações, assim como as condi-ções para a sua concessão, serão estabelecidos em regulamento.

Art. 74 (revogado) (Revogado pela LC 59/99)

Art. 75 (revogado) (Revogado pela LC 59/99)

Art. 76 Não será concedida a ajuda de custo ao servidor que se afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo.

Art. 77 (revogado) (Revogado pela LC 59/99)

Art. 78 O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no pra-zo determinado no Artigo 21.

Parágrafo único Não haverá obrigação de restituir a ajuda de custo nos casos de exoneração de ofício, ou de retorno por motivo de doença comprovada.

SUBSEÇÃO IIDAS DIÁRIAS

Art. 79 O servidor que, a serviço, se afastar da sede, em ca-ráter eventual ou transitório, para outro ponto do território mato--grossense e de outras unidades da Federação, fará jus a passagens e diárias para cobrir as despesas de pousada, alimentação, locomo-ção urbana e rural.

Parágrafo único A diária será concedida por dia de afastamen-to, sendo devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede.

Art. 80 O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo de 05 (cinco) dias.

Parágrafo único Na hipótese do servidor retornar à sede em prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas em excesso, em igual prazo.

SUBSEÇÃO IIIDA INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE

Art. 81 Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar despesas com a utilização do meio próprio de locomo-ção para execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do cargo, conforme regulamento.

SUBSEÇÃO IVDAS GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS

Art. 82. Além da remuneração e das indenizações previstas nesta lei, poderão ser deferidas aos servidores, as seguintes grati-ficações adicionais:

I - Gratificação natalina;II - Adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigo-

sas ou penosas;III - Adicional pela prestação de serviço extraordinário;IV - Adicional noturno;V - Adicional de férias;VI - Adicional por tempo de serviço;VII – Vetado;VIII – Vetado.

SUBSEÇÃO VDA GRATIFICAÇÃO NATALINA

Art. 83. A gratificação natalina correspondente a um doze avos da remuneração a que o servidor fizer jus ao mês de dezem-bro, por mês de exercício, no respectivo ano.

Parágrafo único A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias será considerada como mês integral.

Art. 84 A gratificação natalina será paga até o dia 20 (vin-te) do mês de dezembro de cada ano. (Nova redação dada pela LC 479/12)

Parágrafo único. (revogado) pela LC 479/12

Art. 85. O servidor exonerado perceberá sua gratificação natalina, proporcionalmente aos de efetivo exercício, calculada sobre a re-muneração do mês de exoneração.

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Didatismo e Conhecimento 40

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

SUBSEÇÃO VIDO ADICIONAL, POR TEMPO DE SERVIÇO

Art. 86 O adicional por tempo de serviço é devido à razão de 2% (dois por cento), por ano de serviço público estadual, incidente sobre o vencimento - base do cargo efetivo, até o limite de 50% (cinquenta por cento).

§ 1º O servidor fará jus ao adicional a partir do mês imediato àquele em que completar o anuênio, independente, de requerimen-to.

§ 2º - V E T A D O § 3º Fica excluído do teto constitucional o adicional por tempo

de serviço.

SUBSEÇÃO VIIDOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE, PERICULOSIDA-

DE OU PENOSIDADE

Art. 87. Os servidores que trabalham com habitualidade em locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxi-cas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional nos termos da legislação pertinente.

§ 1º O servidor que fizer jus a mais de um adicional será con-cedido o pagamento, de acordo com a legislação pertinente.

§ 2º O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa a sua concessão.

Art. 88 . Caberá à Administração Estadual exercer permanen-te controle da atividade de servidores em operações ou locais con-siderados penosos, insalubres ou perigosos.

Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afasta-da, enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e locais previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não perigoso.

Art. 89 Na concessão dos adicionais de penosidade, insalubri-dade e de periculosidade serão observadas as situações especifica-das na legislação pertinente aplicável ao servidor público.

Art. 90. O adicional de penosidade será devido ao servidor em exercício em zonas de fronteira ou em locais, cujas condições de vida o justifiquem. nos termos, condições e limites fixados em regulamento.

Art. 91. Os locais de trabalho e os servidores que operam com Raio X ou substâncias radioativas devem ser mantidos sob contro-le permanente, de modo que as doses de radiação, ionizantes não ultrapassam o nível máximo previsto na legislação própria.

Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo de-vem ser submetidos a exame médico oficial.

SUBSEÇÃO VIIIDO ADICIONAL POR SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO

Art. 92. O serviço extraordinário será remunerado com acrés-cimo de no mínimo 50 % (cinquenta por cento) em relação à hora normal de trabalho.

Art. 93. Somente será permitido serviço extraordinário para atender situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 02 (duas) horas diárias, conforme se dispuser em re-gulamento.

SUBSEÇÃO IXDO ADICIONAL NOTURNO

Art. 94. O serviço noturno prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 05 (cinco) horas do dia seguinte, terá o valor hora acrescido de 25 % (vinte e cinco por cento) computando-se cada hora com 52 (cinquenta e dois) minu-tos e 30 (trinta) segundos.

Parágrafo único. Em se tratando de serviço extraordinário, o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a remuneração prevista no artigo 93.

SUBSEÇÃO XDO ADICIONAL DE FÉRIAS

Art. 95. Independente de solicitação, será pago ao servidor, por ocasião das férias, um adicional de 1/3 (um terço) da remune-ração correspondente ao período de férias.

Parágrafo único. No caso do servidor exercer função de di-reção, chefia, assessoramento ou assistência ou ocupar cargo em comissão, a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de que trata este artigo.

Art. 96. O servidor em regime de acumulação lícita perceberá o adicional de férias, calculado sobre a remuneração do cargo em que for gozar as férias.

Art. 97. O servidor fará jus a 30 (trinta) dias de férias, que podem ser cumuladas até o máximo de dois períodos, mediante comprovada necessidade de serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação específica.

§ 1º Para o período aquisitivo de férias, serão exigidos 12 (doze) meses de exercício.

§ 2º É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço.§ 3º Fica proibida a contagem, em dobro, de férias não goza-

das, para fins de aposentadoria e promoção por antiguidade acu-muladas, por mais de 02 (dois) períodos.

§ 4º Para gozo das férias previstas neste artigo, deverá ser ob-servada a escala a ser organizada pela repartição.

§ 5º As férias poderão ser parceladas em até 02 (duas) etapas, se assim requeridas pelo servidor, sendo cada uma destas de 15 (quinze) dias.

§ 6º Caso não cumprido o estabelecido no caput deste artigo, o servidor público, automaticamente, entrará em gozo de férias a partir do primeiro dia do terceiro período aquisitivo.

Art. 98 Quando em gozo de férias, o servidor terá direito a receber o equivalente a 01 (um) mês de vencimento.

Parágrafo único. No caso de férias proporcionais, o servidor perceberá uma remuneração correspondente ao número de dias gozados.

Art. 99. O pagamento da remuneração das férias deverá ser efetuado até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período, observando-se o disposto no parágrafo primeiro deste artigo.

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Didatismo e Conhecimento 41

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

§ 1º É facultado ao servidor converter 1/3 (um terço) das fé-rias ou abono pecuniário desde que o requeira com pelo menos 60 (sessenta) dias de antecedência de seu início.

§ 2º No cálculo do abono pecuniário será considerado o valor do adicional de férias, previsto no artigo 82, inciso V.

Art. 100 O servidor que opera direta e permanentemente com Raios X ou substâncias radioativas gozará, obrigatoriamente, 20 (vinte) dias consecutivos de férias, por semestre de atividade pro-fissional, proibida, em qualquer hipótese a acumulação.

Art. 101. É proibido a transferência, e remoção do servidor quando em gozo de férias.

Art. 102. As férias somente poderão ser interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou, eleitoral ou por motivo de superior interes-se público definidos em lei, devendo o período interrompido ser gozado imediatamente, após a cessação do motivo da interrupção.

CAPÍTULO IIIDAS LICENÇAS

SEÇÃO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 103. Conceder-se-á, ao servidor, licença:I - Por motivo de doença em pessoa da família;II - Por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;III - Para serviço militar;IV - Para atividade políticas;V - Prêmio por assiduidade;VI - Para tratar de interesses particulares;VII - Para qualificação profissional.§ 1º A licença prevista no inciso I será precedida de exame por

médico da junta médica oficial.§ 2º O servidor não poderá permanecer em licença da mesma

espécie por período superior a 24 (vinte e quatro) meses, salvo nos casos dos incisos II, III, IV e VII deste artigo.

§ 3º É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença prevista no inciso I deste artigo, ressalvada a hipótese do artigo 105 e seus parágrafos.

Art. 104. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será considerada como pror-rogação.

SEÇÃO II

DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOAS EM FAMÍLIA

Art. 105. Poderá ser concedida licença ao servidor, por mo-tivo de doença do cônjuge ou companheiro, padrasto ou madras-ta, ascendente, descendente, enteado e colateral consanguíneo ou afim até o segundo grau civil, mediante comprovação médica.

§ 1º A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultanea-mente com o exercício do cargo, o que deverá ser apurado através de acompanhamento social.

§ 2º A licença será concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, até um 01 (um) ano, com 2/3 (dois terços) do venci-mento ou remuneração, excedente, esse prazo, até 02 (dois) anos.

SEÇÃO IIIDA LICENÇA POR MOTIVO DE AFASTAMENTO DO CÔN-

JUGE

Art. 106. Poderá ser concedida licença ao servidor para acom-panhar o cônjuge ou companheiro que for deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.

§ 1º A licença será por prazo indeterminado e sem remune-ração.

§ 2º Na hipótese do deslocamento de que trata este artigo, o servidor poderá ser lotado, provisoriamente, em repartição da Administração Estadual Direta, Autárquica ou Fundacional. desde que para exercício de atividade compatível com o seu cargo com remuneração do órgão de origem.

SEÇÃO IVDA LICENÇA PARA O SERVIÇO MILITAR

Art. 107. Ao servidor convocado para o serviço militar será concedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica.

Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá 30 (trinta) dias, com remuneração, para reassumir o exercício do cargo.

SEÇÃO VDA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA

Art. 108. O servidor terá direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha, em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura perante a justiça eleitoral.

§ 1º O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha sua função e que exerça cargo de direção, chefia, as-sessoramento, assistência, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante, a justiça eleitoral, até o décimo quinto dia seguinte ao do pleito.

§ 2º A partir do registro de candidatura e até o décimo quinto dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença como se em exercício estivesse, com o vencimento de que trata o artigo 57.

SEÇÃO VIDA LICENÇA-PRÊMIO POR ASSIDUIDADE

Art. 109. Após cada quinquênio ininterrupto de efetivo exer-cício no serviço público Estadual, o servidor fará jus a 03 (três) meses de licença, a título de prêmio por assiduidade, com a re-muneração do cargo efetivo, sendo permitida sua conversão em espécie parcial ou total, por opção do servidor.

§ 1º Para fins da licença-prêmio de que trata este artigo, será considerado o tempo de serviço desde seu ingresso no serviço pú-blico estadual.

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Didatismo e Conhecimento 42

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

§ 2º É facultado ao servidor fracionar a licença de que trata este artigo, em até 03 (três) parcelas, desde que defina previamente os meses para gozo da licença.

§ 3º (revogado) (Revogado pela LC 59/99)§ 4º (revogado) (Revogado pela LC 59/99)

Art. 110. Não se concederá licença-prêmio ao servidor que, no período aquisitivo:

I - Sofrer penalidade disciplinar, de suspensão;II - Afastar-se do cargo em virtude de:a) Licença por motivo de doença em pessoa da família, sem

remuneração;b) Licença para tratar de interesses particularesc) Condenação a pena privativa de liberdade, por sentença de-

finitiva;d) Afastamento para acompanhar cônjuge ou companheiro.Parágrafo único. As faltas injustificadas ao serviço retardarão

a concessão de licença prevista neste artigo, na proporção de um mês para cada três faltas.

Art. 111. O número de servidor em gozo simultâneo de licen-ça-prêmio não poderá ser superior a 1/3 (um terço) da lotação da respectiva unidade administrativa do órgão ou entidade.

Art. 112. Para efeito de aposentadoria será contado em dobro o tempo de licença-prêmio não gozado.

Art. 113. Para possibilitar o controle das concessões da licen-ça, o órgão de lotação deverá proceder anualmente a escala dos servidores, a fim de atender o disposto no artigo 109, Parágrafo 4º, e garantir os recursos orçamentários e financeiros necessários ao pagamento, no caso de opção em espécie.

§ 1º O servidor não poderá cumular duas licenças-prêmio. § 2º O servidor deverá gozar a licença-prêmio concedida,

obrigatoriamente, no período aquisitivo subsequente. § 3º Caso não usufrua no período subsequente, entrará, auto-

maticamente, em gozo da referida licença a partir do primeiro dia do terceiro período aquisitivo.

SEÇÃO VIIDA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICU-

LARES

Art. 114. A pedido e sem prejuízo do serviço será concedida, ao servidor estável, licença para o trato de assuntos particulares, pelo prazo de até 02 (dois) anos consecutivos, sem remuneração, podendo esta licença ser interrompida a qualquer momento por interesse do servidor.

§ 1º A licença poderá ser interrompida a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço público.

§ 2º Não se concederá nova licença antes de decorridos 02 (dois) anos do término da anterior.

§ 3º Não se concederá licença a servidor nomeado, removido, redistribuído ou transferido, antes de completar 02 (dois) anos de exercício.

§ 4º O requerente aguardará, em exercício no cargo, a publi-cação, no diário oficial, do ato decisório sobre a licença solicitada.

SEÇÃO VIIIDE LICENÇA PARA O DESEMPENHO

DE MANDATO CLASSISTA

Art. 115. É assegurado ao servidor o direito a licença para o desempenho do mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito estadual, sindicato representativo da categoria e entidade fiscalizadora da profissão, nos termos do artigo 133 da Constituição Estadual.

Parágrafo único. A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogado no caso de reeleição.

SEÇÃO IXDa Licença para Qualificação Profissional

Art. 116. A licença para qualificação profissional se dará com prévia autorização do Governador do Estado e consiste no afas-tamento do servidor de suas funções, sem prejuízo dos seus ven-cimentos, assegurada a sua efetividade para todos os efeitos de carreira e será concedida para frequência de curso de formação, treinamento, aperfeiçoamento ou especialização profissional ou a nível da pós-graduação e estágio, no país ou no exterior, se de interesse do Estado.

Art. 117. Para concessão da licença de que trata o artigo an-terior, terão preferências os servidores que satisfaçam os seguintes requisitos:

I - Residência em localidade onde não existam unidades uni-versitárias ou faculdades isoladas;

II - Experiência no máximo de 05 (cinco) anos de magistério público estadual, e o servidor com 05 (cinco) anos de efetivo exer-cício no Estado;

III - Curso correlacionado com a área de atuação.

Art. 118. Realizando-se o curso na mesma localidade da lota-ção do serviço ou em outra de fácil acesso, em lugar da licença será concedida simples dispensa do expediente pelo tempo necessário a frequência regular do curso.

Parágrafo único. A dispensa de que trata o artigo deverá ser obrigatoriamente comprovado mediante frequência regular do cur-so.

CAPÍTULO VDOS AFASTAMENTOS

SEÇÃO IDO AFASTAMENTO PARA SERVIR A OUTRO ÓRGÃO OU ENTIDADE

Art. 119. O servidor poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses:

I - Para exercício de cargo em comissão de confiança;II - Em casos previstos em leis específicas.§ 1º Nas hipóteses do inciso I deste artigo, o ônus da remune-

ração será do órgão ou entidade cessionária.§ 2º Mediante autorização do Governador do Estado, o ser-

vidor do Poder Executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração Pública Estadual, que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo.

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Didatismo e Conhecimento 43

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

SEÇÃO IIDO AFASTAMENTO PARA EXERCÍCIO

DE MANDATO ELETIVO

Art. 120. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam--se as seguintes disposições:

I - Tratando-se de mandato federal, Estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

II - Investido no mandato de prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.

III - Investido no mandato de vereador:a) Havendo compatibilidade de horários, perceberá as vanta-

gens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;b) Não havendo compatibilidade de horários, será afastado do

cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;c) Não poderá exercer cargo em comissão ou de confiança na

Administração Pública, de livre exoneração.§ 1º No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá

para a seguridade social como se em exercício estivesse.§ 2º O servidor investido em mandato eletivo ou classista não

poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade di-versa onde exerce a mandato.

SEÇÃO IIIDO AFASTAMENTO PARA ESTUDO

OU MISSÃO NO EXTERIOR

Art. 121. O servidor não poderá ausentar-se do Estado ou País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Governador do Estado, ou Presidente dos Órgãos dos Poderes Legislativo e Judi-ciário.

§ 1º A ausência não excederá de 04(quatro) anos e, finda a missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência.

§ 2º Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para tratar do interesse par-ticular, antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressal-vada a hipótese do ressarcimento da despesa havida com o afas-tamento.

Art. 122. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar--se-á com direito a opção pela remuneração.

Art. 123. O afastamento para estudo ou missão oficial no ex-terior, obedecerá ao disposto em legislação específica.

CAPÍTULO VDAS CONCESSÕES

Art. 124. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar--se do serviço:

I – Por um (01) dia, para doação de sangue;II - Por 02 (dois) dias para se alistar como eleitor;III - Por 08 (oito) dias consecutivos em razão de:a) Casamentos;b) Falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou

padrasto, filhos, enteado, menor sob guarda ou tutela, irmãos e avós.

Art. 125 (revogado) (Revogado pela LC 293/07)

Art. 126. Ao servidor estudante, que mudar de sede no interes-se da administração, assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituto de ensino congênere, em qualquer época, independente de vaga, na forma e condições estabelecidas na legislação específica.

Parágrafo único O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos ou enteados do servidor, que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial.

CAPÍTULO VIDO TEMPO DE SERVIÇO

Art. 127. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público prestado ao Estado de Mato Grosso, inclusive o das Forças Armadas.

Art. 128. A apuração do tempo de serviço será feita em dias que serão convertidos em anos, considerado o ano como de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.

Parágrafo único: Feita a conversão, os dias restantes até 182 (cento o oitenta a dois), não serão computados, arredondando-se para 01 (um) ano quando excederem deste número, para efeito de aposentadoria

Art. 129. Além das ausências ao serviço previstas no artigo 125, serão considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

I - Férias;II – Exercício de cargo em comissão, ou equivalente em ór-

gãos ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;

III – Exercício de cargo, ou função de governo ou adminis-tração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República, Governo Estadual e Municipal.

IV - Participação em programas de treinamento regularmente instituído;

V - Desempenho de mandato eletivo federal, estadual, munici-pal ou do distrito federal, exceto para promoção por merecimento;

VI – Júri e outros serviços obrigatórios por lei;VII – Missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afas-

tamento.VIII – Licença:a) à gestante, à adotante e à paternidadeb) Para tratamento da própria saúde, até 02 (dois) anos;c) Por motivo de acidente em serviço ou doença Profissional;d) Prêmio por assiduidade;e) Por convocação para o serviço militar;f) Qualificação Profissional;g) Licença para acompanhar cônjuge ou companheiro;h) Licença para tratamento de saúde em pessoa da família;i) Para desempenho de mandato classista. IX - Deslocamento para a nova sede de que trata o artigo 21.X - Participação em competição desportiva estadual e nacio-

nal ou convocação para integrar representação desportiva nacio-nal, no país ou no exterior, conforme disposto em lei específica.

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Didatismo e Conhecimento 44

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Art. 130 Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

I - O tempo do serviço público federal, estadual e municipal, mediante comprovação do serviço prestado e do recolhimento da previdência social;

II - A licença para atividade política, no caso do artigo 108, Parágrafo 2º;

III - O tempo correspondente ao desempenho de mandato ele-tivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público estadual;

IV - O tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social, o após decorridos 05 (cinco) anos de efetivo exercício no serviço público;

V - O tempo de serviço relativo a tiro de guerra;VI - Vetado.§ 1º O tempo de serviço a que se refere o inciso I deste artigo

não poderá ser contado em dobro ou quaisquer outros acréscimos, salvo se houver norma correspondente na legislação estadual.

§ 2º O tempo em que a servidor esteve aposentado ou em disponibilidade será apenas contado para nova aposentadoria ou disponibilidade.

§ 3º Será contado, em dobro, o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em operações de guerra.

§ 4º É vedado a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função em órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública.

CAPÍTULO VIIDO DIREITO DE PETIÇÃO

Art. 131. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou de interesse legítimo.

Parágrafo único. É possibilitado, dependente somente de sin-dicalização prévia, que o requerimento seja subscrito pelo respec-tivo Sindicato da categoria do servidor.

Art. 132. O requerimento será dirigido à autoridade compe-tente para decidi-lo e encaminhado através daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 133. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não poden-do ser renovado.

Parágrafo único. O requerimento e o pedido da reconsidera-ção de que tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no prazo de 05 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias, con-tados a partir do recebimento dos autos pela autoridade julgadora, após a apreciação pela Procuradoria-Geral do Estado, consoante estabelece o art. 14, II, da Lei Complementar nº 111, de 1º de julho de 2002.

Art. 134. Caberá recurso:I - Do indeferimento do pedido de reconsideração;II - Das decisões sobre os recursos sucessivamente interpos-

tos.§ 1º O recurso será dirigido à autoridade imediatamente supe-

rior a que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessiva-mente, em escala ascendente, às demais autoridades.

§ 2º O recurso será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Art. 135. O prazo para interposição de pedido de reconside-ração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão decorrida.

Art. 136. O recurso poderá ter recebido com efeito suspensi-vo, a juízo da autoridade competente.

Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de recon-sideração ou de recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado.

Art. 137. O direito em requerer prescreve:I – Em 05 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cas-

sação de aposentadoria ou disponibilidade ou que afetem Interesse patrimonial a créditos resultantes das relações de trabalho.

II – Em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quan-do outro prazo for fixado em lei.

Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou de ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

Art. 138. O pedido de reconsideração e o recurso, quando ca-bíveis, interrompem a prescrição;

Parágrafo único. Interrompida a prescrição, o prazo recome-çará a correr pelo restante, no dia em que cessar a interrupção.

Art. 139. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.

Art. 140. Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista ao processo ou documento na repartição ao servidor ou a pro-curador por ele constituído.

Art. 141. A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de ilegalidade.

Art. 142. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos neste Capítulo.

TÍTULO IVDO REGIME DISCIPLINAR

CAPÍTULO IDOS DEVERES

Art. 143. São deveres do funcionário:I – Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;II – Ser leal às instituições a que servir;III – Observar as normas legais e regulamentares;IV–Cumprir as ordens superiores, exceto quando manifesta-

mente ilegais;V - Atender com presteza:a) Ao público em geral, prestando as informações requeridas,

ressalvadas as protegidas por sigilo;b) A expedição de certidões requeridas para defesa de direito

ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;c) As requisições para a defesa da fazenda pública.

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Didatismo e Conhecimento 45

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

VI - Levar ao conhecimento da autoridade superior as irregu-laridades de que tiver ciência em razão do cargo;

VII - Zelar pela economia do material e a conservação do pa-trimônio público;

VIII - Guardar sigilo sobre assuntos da repartição;IX - Manter conduta compatível com a da moralidade admi-

nistrativa;X - Ser assíduo e pontual ao serviço;XI - Tratar com urbanidade as pessoas;XII - Representar contra ilegalidade ou abuso de Poder.Parágrafo único A representação do que trata o inciso XII, será

encaminhada pela via hierárquica e obrigatoriamente apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é formulada, assegu-rando ao representado direito de defesa.

CAPÍTULO IIDAS PROIBIÇÕES

Art. 144. Ao servidor público é proibido:I - Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia

autorização do chefe imediato;II - Retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,

qualquer documento, ou objeto da repartição;III - Recusar fé a documentos públicos;IV - Opor resistência injustificada ao andamento de documen-

to e processo ou execução de serviço;V - Referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso, à auto-

ridades públicas ou aos atos do Poder Público, mediante manifes-tação escrita ou oral, podendo, porém, criticar ato do Poder Públi-co, do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço, em trabalho assinado;

VI – Cometer a pessoa estranha à repartição , fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuições que seja sua respon-sabilidade ou de seu subordinado;

VII - Compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiação a associação profissional ou sindical, ou a partido político;

VIII - Manter sob sua chefia imediata, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

IX - Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de ou-trem, em detrimento da dignidade da função pública;

X – Participar de gerência ou administração de empresa pri-vada, de sociedade civil, ou exercer comércio e, nessa qualidade, transacionar com o Estado.

XI – Atuar, como procurador ou intermediário, junto a repar-tições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciá-rios ou assistenciais de parentes até segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

XII - Receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições;

XIII - Aceitar comissão, emprego ou pensão de Estado estran-geiro, sem licença do Governador do Estado;

XIV - Praticar usura sob qualquer de suas formas;XV - Proceder de forma desidiosa;XVI - Utilizar pessoa ou recursos materiais em serviços ou

atividades particulares;XVII - Cometer a outro servidor atribuições estranhas às do

cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias;XVIII - Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis

com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho.XIX - assediar sexualmente ou moralmente outro servidor pú-

blico.

CAPÍTULO IIIDA ACUMULAÇÃO

Art. 145. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.

§ 1º A proibição de acumular estende-se a cargos. empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, dos Estados e dos Mu-nicípios.

§ 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condiciona-da à comprovação da compatibilidade de horários.

Art. 146. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em comissão nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação coletiva.

Art. 147. O servidor vinculado ao regime desta lei, que acu-mular licitamente dois cargos de carreira, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos efetivos recebendo a remuneração do cargo em comissão, facultando-lhe a opção pela remuneração.

Parágrafo único. O afastamento previsto neste artigo ocorrerá apenas em relação a um dos cargos, se houver compatibilidade de horários.

CAPÍTULO IVDAS RESPONSABILIDADES

Art. 148. O servidor responde civil, penal e administrativa-mente, pelo exercício irregular de suas atribuições.

Art. 149. A responsabilidade civil decorre do ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiro.

§ 1º A Indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidado na forma prevista no artigo 66, na falta do outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.

§ 2º Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a fazenda estadual, em ação regressiva.

§ 3º A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança re-cebida.

Art. 150 A responsabilidade penal abrange os crimes e contra-venções imputados ao servidor, nessa qualidade.

Art. 151. A responsabilidade administrativa resulta do ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho de cargo ou fun-ção.

Art. 152. As sanções civis penais e administrativas poderão cumular-se sendo independentes entre si.

Art. 153. A responsabilidade civil ou administrativa do ser-vidor será afastada no caso da absolvição criminal que negue a existência do fato ou de sua autoria.

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Didatismo e Conhecimento 46

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

CAPÍTULO VDAS PENALIDADES

Art. 154. São penalidades disciplinares:I – Repreensão;II – Suspensão;III – Demissão;IV – Cassação de aposentadoria ou disponibilidade;V - Destituição de cargo em comissão.

Art. 155. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provieram para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes a os antecedentes funcionais.

Art. 156. A repreensão será aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do artigo 143, Inciso I a lX, e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamento ou norma interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave.

Art. 157. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com repreensão e de violação das demais proibi-ções que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

§ 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o ser-vidor que injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspe-ção médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.

§ 2º Quando houver conveniência para o serviço, a penali-dade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

Art. 158. As penalidades de repreensão e de suspensão terão seus registros cancelados, após o decurso de 01 (um) ano a 03 (três) meses de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

Art. 159. A demissão será aplicada nos seguintes casos:I - Crime contra a administração pública;II - Abandono de cargo;III - Inassiduidade habitual;IV - Improbidade administrativa;V - Incontinência pública e conduta escandalosa;VI - Insubordinação grave em serviço;VII - Ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, sal-

vo em legítima defesa própria ou de outrem;VIII - Aplicação irregular de dinheiro público;IX – Revelação de segredo apropriado em razão do cargo;X - Lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio

Estadual;XI - Corrupção;XII - Acumulação ilegal de cargos ou fuções públicas após

constatação em processo disciplinar;XIII - Transgressão do artigo 144, incisos X a XVII.

Art. 160. Verificada em processo disciplinar acumulação proi-bida, e provada a boa fé, o servidor optará por um dos cargos.

§ 1º Provada a má fé, perderá também o cargo que exercia há mais tempo e restituirá o que tiver percebido indevidamente.

§ 2º Na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos ou função exercido em outro órgão ou entidade, a demissão lhe será comunicada.

Art. 161. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.

Art. 162. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita a penalidades de suspensão e de demissão.

Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o artigo 45, o ato será convertido em destituição de cargo em comissão prevista neste artigo.

Art. 163. A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos casos dos incisos IV, VIII a X do artigo 144, implica indispo-nibilidade dos bens e ressarcimento ao erário sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 164. A demissão ou a destituição de cargo em comissão por infringência do artigo 144, inciso X, XII e XIII, incompatibili-za o ex-servidor para nova investidura em cargo público estadual, pelo prazo mínimo de 05 (cinco) anos.

Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público esta-dual o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comis-são por infringência do artigo 159, Inciso I, IV, VIII, X e XI.

Art. 165. Configura o abandono de cargo a ausência inten-cional do servidor ao serviço por mais de 30 (trinta) dias conse-cutivos.

Art. 166. Entende-se por inassiduidade habitual, a falta ao serviço sem causa justificada por 60 (sessenta) dias, interpolada-mente, durante o período de 12 (doze) meses.

Art.167. O ato de imposição da penalidade mencionará sem-pre o fundamento legal e a causa da sanção disciplinar.

Art. 168. As penalidades disciplinares serão aplicadas:I - Pelo Governador do Estado, pelos Presidentes do Poder Le-

gislativo e dos Tribunais Estaduais, pelo Procurador Geral da Jus-tiça e o pelo dirigente superior de autarquia e Fundação, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, Órgão ou Entidade;

II - Pelas autoridades administrativas de hierarquia imediata-mente inferior aquelas mencionadas no inciso I , quando se trata de suspensão superior a 30 (trinta) dias.

III - Pelo chefe da repartição e outra autoridade, na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos , nos casos de repreensão ou de superior de até 30 (trinta) dias;

IV - Pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão de não ocupante do cargo efetivo.

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Didatismo e Conhecimento 47

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Art. 169 A ação disciplinar prescreverá:I – em 05 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com de-

missão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;

II – Em 2 (dois) anos, quanto à representação e suspensão;§ 1º O prazo de prescrição começa da data em que, o fato ou

transgressão se tornou conhecido.§ 2º Os prazos de prescrição, previstos na lei penal aplicam-se

às infrações disciplinares capituladas também como crime.§ 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo

disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.

§ 4º Interrompido o curso da prescrição, este recomeçará a correr pelo prazo restante, à partir do dia em que cessar a inter-rupção.

§ 5º Se decorrido o prazo legal para o disposto no parágrafo terceiro, sem a conclusão e o julgamento, recomeçará a correr o curso da prescrição.

TÍTULO VDO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 170. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo disciplinar, assegurado ao acu-sado ampla defesa.

Art. 171. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formulados por escrito, confirmada a auten-ticidade.

Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar evi-dente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquiva-da por falta de objeto.

Art. 172. Da sindicância poderá resultar:I - Arquivamento do processo;II - Aplicação de penalidade de repreensão ou suspensão de

até 30 (trinta) dias;III - Instauração de processo disciplinar.

Art. 173. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar à imposição de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias de demissão ou destituição de cargo em comissão, será obri-gatória a instauração do processo disciplinar.

CAPÍTULO IIDO AFASTAMENTO PREVENTIVO

Art. 174. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração da irregularidade, a autoridade instau-radora do processo disciplinar poderá ordenar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da remuneração.

Parágrafo único. O afastamento poderá ser prorrogado por igual prazo, findo o qual cassarão os seus efeitos, ainda que não concluído o processo.

Art. 175. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação mediata com, as atribuições do cargo que se encontre investido.

§ 1º O servidor que responde a processo administrativo dis-ciplinar nos termos do caput deste artigo, até decisão final da au-toridade competente e independentemente do que dispõe o artigo anterior, deverá ser remanejado para exercer as atribuições do car-go em que se encontra investido em ambiente de trabalho diverso daquele em que as exercia quando da instauração do referido pro-cesso, sem prejuízo da remuneração.

§ 2º Para a aplicação das penalidades previstas nesta lei com-plementar, observar-se-á o disposto no artigo 168.

Art. 176 Vetado.

Art. 177. A comissão de inquérito exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, assegurado o sigilo necessá-rio a elucidação do fato ou exigido pelo interesse da administração.

Art. 178. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:

I - Instauração, com publicação do ato que Constituiu a co-missão;

II - Inquérito administrativo, que compreende instrução, de-fesa e relatório;

III - Julgamento.

Art. 179 . O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem.

§ 1º Decorrido, sem que seja apresentado o relatório conclusi-vo, a autoridade competente deverá determinar a apuração, a res-ponsabilidade dos membros da comissão.

§ 2º Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo in-tegral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final.

§ 3º As reuniões da comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas.

SEÇÃO IDO INQUÉRITO

Art. 180. O inquérito administrativo será contraditório, asse-gurado ao acusado a ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito.

Art. 181. Os autos de sindicância integrarão o processo disci-plinar, como peça informativa de instrução.

Parágrafo único. Na hipótese do relatório da sindicância con-cluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade competente encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da imediata instauração do processo discipli-nar.

Art. 182. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a toma-da de depoimentos, acareações, investigações diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, recorrendo quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completa elucidação dos fatos.

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Didatismo e Conhecimento 48

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Art. 183. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo em qualquer fase, pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar-se e reinquirir testemunhas, produzir provas a contra-provas e formular quesitos, quando se tratar de prova pe-ricial,

§ 1º O Presidente da comissão poderá denegar pedidos con-siderados impertinentes meramente protelatórios ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos.

§ 2º. Será indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer, de conhecimento especial de perito.

Art. 184. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo Presidente da comissão, devendo a segun-da via, com o ciente do interessado, ser anexada aos autos.

Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a ex-pedição do mandado será imediatamente comunicado ao chefe da repartição onde serve, com indicação do dia e hora marcados para a inquirição.

Art. 185. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito.

§ 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente.§ 2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se in-

firmem, proceder-se-á a acareação, entre os depoentes.

Art. 186. Concluída a inquirição das testemunhas a comissão promoverá o interrogatório do acusado, observados os procedi-mentos previstos nos artigos 184 e 185.

§ 1º No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvi-do separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles.

§ 2º O Procurador do acusado poderá assistir ao interrogató-rio, bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhes vedado in-terferir nas perguntas e respostas, facultando-lhe, porém, reinquiri--las, por intermédio do Presidente da comissão.

Art. 187. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão proporá à autoridade compete que ele seja submetido a exame por junta médica oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra.

Parágrafo único. O incidente de sanidade mental será proces-sado em auto apartado e apenso no processo principal, após a ex-pedição do laudo pericial.

Art. 188. Tipificada a Infração disciplinar será formulada a in-dicação do servidor com a especificação dos fatos a ele imputados a das respectivas provas.

§ 1º O indiciado será citado por mandado expedido pelo Pre-sidente de Comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se lhe vista do processo na repartição.

§ 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias.

§ 3º O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências indispensáveis.

§ 4º No caso de recusa do indiciado em opor o ciente na cópia da citação, o prazo para defesa contar-se-á da data declarada em termo próprio, pelo membro da comissão que fez a citação.

Art. 189 O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à Comissão o lugar onde poderá ser encontrado.

Art. 190. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabi-do, será citado por edital, publicado no Diário Oficial do Estado e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, para apresentar defesa.

Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do edital.

Art. 191.Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal,

§ 1º A revelia será declarada por termo nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa.

§ 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor como defensor-dativo de cargo de nível igual ou superior ao do indiciado.

Art. 192. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá as peças principais dos autos e mencio-nará as provas em que se baseou para formar a sua convicção.

§ 1º O relatório será conclusivo quanto a inocência ou respon-sabilidade do servidor.

§ 2º O processo disciplinar, com o relatório da comissão, indi-cará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as circunstâncias agravantes ou atenuantes.

Art. 193. O processo disciplinar, com o relatório da comis-são, será remetido á autoridade que determinou a instauração, para julgamento.

SEÇÃO IIDO JULGAMENTO

Art. 194. No prazo de 60 (sessenta) dias, contados do recebi-mento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão.

§ 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autori-dade instauradora do processo, este será encaminhado à autoridade competente que decidirá em igual prazo.

§ 2º Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o julgamento caberá a autoridade competente para a imposição da pena mais grave.

§ 3º Se a penalidade prevista for de demissão, o julgamento caberá às autoridades de que trata o inciso l, do artigo 169.

Art. 195. O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas dos autos.

Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a autoridade julgadora poderá motivadamente, agravar a penalidade proposta, abrandá-la, ou isentar o funcionário de responsabilidade.

Art. 196. Verificada a existência de vício insanável, a autori-dade julgadora declarará a nulidade total ou parcial do processo e ordenará a constituição de outra comissão, para a instauração de novo processo.

§ 1º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do processo.

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Didatismo e Conhecimento 49

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

§ 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o artigo 169, parágrafo 2º, será responsabilizada na forma do Capitulo V, do Título V desta Lei.

Art. 197. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o registro do fato nos assentamentos indivi-duais do servidor.

Art. 198. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será remetido ao Ministério Público para instauração da Ação Penal, ficando translado na repartição.

Art. 199. O servidor que responde processo disciplinar só poderá ser exonerado a pedido, do cargo, ou aposentado volun-tariamente, após a conclusão do processo e o do cumprimento da penalidade acaso aplicada.

Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o artigo 44, parágrafo único, inciso I, o ato será convertido em demissão, se for o caso.

Art. 200. Serão assegurados transporte e diárias:I - Ao servidor convocado para prestar depoimento fora, da

sede de sua repartição, na condição de testemunha, denunciado ou indiciado;

II - Aos membros da comissão e ao secretário, quando obri-gados a se deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao esclarecimento dos fatos.

SEÇÃO IIIDA REVISÃO DO PROCESSO

Art. 201. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstanciais suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada.

§ 1º Em caso de falecimento, ausência, ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa poderá requerer a revisão do processo.

§ 2º No caso de incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo respectivo curador.

Art. 202. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente.

Art. 203 A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para revisão que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário.

Art. 204. O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Secretário de Estado ou autoridade equivalente, que se autorizar a revisão encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar.

Parágrafo único. Recebida a petição, o dirigente do órgão ou entidade providenciará a constituição da comissão na forma pre-vista no art. 176, desta lei.

Art. 205. A revisão correrá em apenso ao processo originário.Parágrafo único. Na petição inicial, o requerente pedirá dia e

hora para a produção de provas e inquirição das testemunhas que arrolar.

Art. 206. A comissão revisora terá até 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos, prorrogável por igual prazo quando as circunstâncias o exigirem.

Art. 207. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e procedimentos próprios da comissão do processo disciplinar.

Art 208. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a pe-nalidade nos termos do art. 154 desta lei.

Parágrafo único. O prazo para julgamento será até 60 (sessen-ta) dias, contados do recebimento do processo no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências.

Art. 209. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação a destituição de cargo em comissão que será convertida em exoneração.

Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de penalidade.

TÍTULO VIDA SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 210. O Estado manterá Plano de Seguridade Social para o servidor e sua família submetido ao Regime Jurídico Único.

Art. 211. O Plano de Seguridade Social visa dar cobertura aos riscos a que esta sujeito o servidor e sua família, e compreen-de um conjunto de benefícios e ações que atendam as seguintes finalidades:

I - Garantir meios de subsistência nos eventos de doença, in-validez, velhice, acidente em serviço, inatividade, falecimento e reclusão;

II - Proteção à maternidade, à adoção e à paternidade;III - (revogado) (Revogado pela LC 94/01)Parágrafo único. Os benefícios serão concedidos nos termos

e condições definidos em regulamento, observadas as disposições desta lei.

Art. 212. Os benefícios do Plano de Seguridade Social do ser-vidor compreendem:

I - Quanto ao servidor:a) Aposentadoria;b) (revogado) (Revogado pela LC 94/01)c) Salário-família;d) licença à gestante, à adotante e licença-paternidade; e) Licença por acidente em serviço;f) Licença para tratamento de saúde.II - Quanto aos dependentes:a) Pensão vitalícia e temporária;b) (revogado) (Revogado pela LC 94/01)c) (revogado) (Revogado pela LC 94/01)d) Auxílio-reclusão.§ 1º (revogado) (Revogado pela LC 254/06)

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Didatismo e Conhecimento 50

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

§ 2º O recebimento indevido de benefícios havidos por fraude, dolo ou má fé, implicará na devolução ao erário do total auferido, sem prejuízo da ação penal cabível.

CAPÍTULO IIDOS BENEFÍCIOS

SEÇÃO IDA APOSENTADORIA

Art. 213. O servidor será aposentado:I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais

quando decorrentes de acidentes em serviço, moléstia profissio-nal ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei, com base de conclusões de junta médica do IPEMAT - Instituto de Previdência do Estado de Mato Grosso e proporcional nos demais casos.

II - compulsoriamente, aos 70 (setenta) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

III – voluntariamente:a) aos 35 (trinta e cinco) anos de serviço, se homem, e aos 30

(trinta) se mulher, com proventos integrais;b) aos 30 (trinta) anos de efetivo exercício em funções de

magistério, se professor, e 25 (vinte e cinco), se professora, com proventos integrais;

c) aos 30 (trinta) anos de serviço, se homem e aos 25 (vinte e cinco) se mulher, com proventos proporcionais.

d) aos 65 (sessenta o cinco) anos de idade, se homem, e aos 60 (sessenta), se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

§ 1º Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incu-ráveis, a que se refere o inciso I deste artigo, tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira posterior ao ingres-so no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, expondiloartrose anquilorante, nefropatia grave, estado avançado do mal de Paget, osteite deformante, síndrome da imunodeficiência adquirida, Aids, no caso de magistério surdez permanente, anomalia da fala e ou-tras que a lei indicar com base na medicina especializada.

§ 2º Nos casos de exercícios de atividades consideradas insa-lubres ou perigosas, bem como nas hipóteses previstas no artigo 90, a aposentadoria que trata o inciso III, alíneas “a”, “b” e “c”, observará o disposto em lei especial.

§ 3º Estende-se aos ocupantes de cargos em comissão, as prer-rogativas inseridas no inciso I deste artigo, quando se tratar de acidente em serviço, moléstia profissional e invalidez permanente.

§ 4º Para atender o disposto no inciso I deste artigo a Junta Médica do IPEMAT terá o prazo de 30 (trinta) dias para expedir, o laudo ou atestado de invalidez, contados da data do requerimento do interessado.

Art. 214. A aposentadoria compulsória será automática e de-clarada por ato com vigência a partir do dia imediato àquele em que o servidor atingir a idade limite de permanência no serviço ativo.

Art. 215. A aposentadoria voluntária ou por invalidez vigora-rá a partir da data da publicação do respectivo ato.

§ 1º A aposentadoria por invalidez será precedida de licença para tratamento de saúde, por período não excedente a 24 (vinte e quatro) meses.

§ 2º Expirado o período de licença e não estando em condi-ções de reassumir o cargo, ou de ser readaptado, o servidor será aposentado.

§ 3º O lapso de tempo compreendido entre o término de licen-ça e a publicação do ato de aposentadoria será considerado como de prorrogação de licença.

Art. 216. O provento de aposentadoria será calculado com observância do disposto no artigo 57, e revisto na mesma data e proporção, sempre que se modificar a remuneração do servidor em atividade.

Parágrafo único. São estendidos aos inativos quaisquer be-nefícios ou vantagens posteriormente concedidos ao servidor em atividade, inclusive, quando decorrentes da transformação ou re-classificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

Art. 217. O servidor aposentado com provento proporcional ao tempo de serviço, se acometido de qualquer das moléstias espe-cificadas no artigo 213, parágrafo 1º, passará a perceber provento integral.

Art. 218. Quando proporcional ao tempo de serviço, o pro-vento não será inferior a 1/3 (um terço) da remuneração da ativi-dade, nem ao valor do vencimento mínimo do respectivo plano de carreira.

Art. 219. (revogado) (Revogado pela LC 59/99)

Art. 220. O servidor que tiver exercido função de direção, chefia, assessoramento, assistência ou cargo em comissão, por pe-ríodo de 05 (cinco) anos consecutivos ou 10 (dez) anos interpola-dos poderá se aposentar com a gratificação da função ou remune-ração do cargo em comissão, de maior valor, desde que exercido por um, período mínimo de 02 (dois) anos.

Parágrafo único. Quando o exercício da função ou cargo em comissão de maior valor não corresponde ao período de 02 (dois) anos, será incorporada a gratificação ou remuneração da função ou cargo em comissão imediatamente inferior dentre os exercidos.

Art. 221 Ao servidor aposentado será paga a, gratificação na-talina, até o dia 20 (vinte) do mês de dezembro, em valor equi-valente ao respectivo provento, deduzido adiantamento recebido.

Art. 222 Ao Ex-combatente que tenha efetivamente partici-pado de operações bélicas, durante a segunda guerra mundial, nos temos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de 1967, será concedida aposentadoria com proventos integrais, aos 25 (vinte e cinco) anos de serviço efetivo.

SEÇÃO ILDO AUXÍLIO-NATALIDADE

Art. 223 (revogado) (Revogado pela LC 124/03)

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Didatismo e Conhecimento 51

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

SEÇÃO IIIDO SALÁRIO-FAMÍLIA

Art. 224. O salário-família, definido na legislação específica, é devido ao servidor ativo ou ao inativo, por dependente econô-mico.

§ 1º Consideram-se dependentes para efeito de percepção do salário-família:

I - o filho, até quatorze anos de idade ou inválido.II - o enteado e o menor que esteja sob sua tutela, comprovada

a dependência econômica, e desde que não possua bens suficientes para o próprio sustento e educação.

§ 2º O salário-família somente será devido ao servidor que perceber remuneração, vencimento ou subsídio igual ou interior ao teto fixado para esse fim pelo Regime Geral de Previdência Social.

Art. 225. Não se configura a dependência econômica quan-

do o beneficiário do salário-família perceber rendimento do tra-balho ou de qualquer outra fonte, inclusive pensão ou provento de aposentadoria, em valor igual ou superior ao salário-mínimo.

Art. 226. Quando pai e mãe forem servidores públicos e vi-verem em comum, o salário-família será pago a um deles quando separados, será pago a um e outro, de acordo com a distribuição dos dependentes.

Parágrafo único. Ao pai e à mãe equiparam-se o padrasto, a madrasta e, na falta destes, os representantes legais dos incapazes.

Art. 227. O salário-família não está sujeito a qualquer tribu-to, nem servirá de base para qualquer contribuição, inclusive para previdência social.

Art. 228. O afastamento do cargo efetivo, sem remuneração, não acarreta a suspensão do pagamento do salário-família.

SEÇÃO IVDA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE

Art. 229. Será concedida ao servidor licença para tratamento de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que fizer jus.

Art. 230. A Inspeção para fins de licença para Tratamento de Saúde será feita pelo Médico Assistente do órgão da Previdência Estadual ou por Junta Médica Oficial, conforme se dispuser em regulamento.

§ 1º Sempre que necessário, a inspeção médica será realizada na residência do servidor ou no estabelecimento hospitalar onde se encontrar internado.

§ 2º Inexistindo médico do órgão ou entidade no local onde se encontra o servidor, será aceito atestado passado por médico particular.

§ 3º No caso do parágrafo anterior, o atestado só produzirá efeitos depois da homologação pelo setor médico do respectivo órgão ou entidade.

§ 4º No caso de não ser homologado a licença, o servidor será obrigado a reassumir o exercício do cargo, sendo considerado, como de faltas justificadas, os dias em que deixou de comparecer ao serviço por esse motivo, ficando, no caso caracterizado a res-ponsabilidade do médico atestante.

§ 5º Será facultado à administração, em caso de dúvida razoá-vel, exigir inspeção, por junta médica oficial.

Art. 231. Findo o prazo de licença, se necessário, o servidor será submetido a nova inspeção médica, que concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da licença ou pela aposentadoria.

Art. 232. O atestado e o laudo da junta médica não se referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar de lesões produzidas por acidente em serviço, doença profissional ou quais-quer das doenças especificadas no art. 213, parágrafo 1º.

Art. 233. O servidor que apresente indícios de lesões orgâni-cas ou funcionais será submetido à inspeção médica.

Art. 234. Será punido disciplinarmente o servidor que se re-cusar à inspeção médica, cessando os efeitos da pena logo que se verifique a inspeção.

SEÇÃO VDA LICENÇA À GESTANTE, À ADOTANTE E DA LICEN-

ÇA-PATERNIDADE

Art. 235 Será concedida licença à servidora gestante por um período de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração, mediante inspeção médica.

§ 1º A licença poderá ter inicio no primeiro dia do oitavo mês da gestação, salvo antecipação por prescrição médica.

§ 2º no caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto.

§ 3º No caso de natimorto, será concedida a licença para trata-mento de saúde, a critério médico, na forma prescrita no Art. 231, da Lei Complementar n° 04/90.

§ 4º Ocorrido o parto, sem que tenha sido requerida a licença, poderá esta ser concedida mediante apresentação da certidão de nascimento e vigorará a partir da data do evento.

§ 5º no caso de aborto não criminoso, atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 60 (sessenta) dias de repouso re-munerado, podendo ser prorrogado por inspeção médica.

Art. 236 Pelo nascimento ou adoção de filho, o servidor terá

direito à licença-paternidade de 05 (cinco) dias consecutivos. Art. 237 Para amamentar o próprio filho, até a idade de 06

(seis) meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em 02 (dois) períodos de 1/2 (meia) hora.

Art. 238 À servidora que adotar ou obtiver guarda judicial de criança de até 04 (quatro) anos de idade serão concedidos 90 (no-venta) dias, de licença remunerada para ajustamento do adotado ao novo lar. (Nova redação dada pela LC 426/11)

§ 1º (revogado) (Revogado pela LC 124/03)§ 2º (revogado) (Revogado pela LC 124/03)§ 3º No caso de adoção ou guarda judicial de recém nasci-

do a licença será concedida até que a criança complete 06 (seis) meses de idade, mas nunca inferior ao prazo concedido pelo ca-put. (Acrescentado pela LC 426/11)

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NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

§ 4º No caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 04 (quatro) anos de idade, o prazo de que trata este artigo será de 30 (trinta) dias. (Acrescentado pela LC 426/11)

§ 5º Decorrido o prazo da licença, a servidora deverá apresen-tar ao órgão competente certidão judicial, atestando a permanência da adoção ou da guarda no período correspondente, sob pena de incorrer nas sanções previstas no Art. 154, I e III. (Acrescentado pela LC 426/11)

SEÇÃO VIDA LICENÇA POR ACIDENTE EM SERVIÇO

Art. 239 Será licenciado, com remuneração integral, o servi-dor acidentado em serviço.

Art. 240 Configura acidente em serviço o dano físico ou men-tal sofrido pelo servidor e que se relacione mediata ou imediata-mente com as atribuições do cargo exercido.

Parágrafo único. Equipara-se ao acidente em serviço o dano:I - Decorrente de agressão sofrida a não provocada pelo servi-

dor no exercício do cargo;II - Sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa.

Art. 241. O servidor acidentado em serviço que necessite da tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos públicos, dentro ou fora do Estado.

Parágrafo único. O tratamento recomendado por junta médi-ca oficial constitui medida de exceção a somente será admissível quando inexistirem, meios a recursos adequados, em instituição pública.

Art. 242. A prova do acidente será feita no prazo de 10 (dez) dias, prorrogável quando as circunstâncias o exigirem.

Art. 243. Por morte do servidor, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal de valor correspondente ao da respectiva remuneração ou provento, a partir da data do óbito, observado o limite estabelecido no artigo 62 desta lei.

Art. 244. As pensões distinguem-se, quanto à natureza, em vitalícias e temporárias.

§ 1º A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas permanen-tes, que somente se extinguem ou revertem com a morte de seus beneficiários.

§ 2º A pensão temporária é composta de cota ou cotas que podem se extinguir ou reverter por motivo de morte, cessação da invalidez ou maioridade do beneficiário.

§ 3º Aplica-se, para efeito deste artigo, os benefícios previstos na alínea “a” do artigo 140 da Constituição Estadual.

Art. 245. São beneficiários das pensões:I -Vitalícia:a) Cônjuge;b) A pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada,

com percepção de pensão alimentícia;c) O companheiro ou companheira designado que comprove

união estável com entidade familiar;d) A mãe e o pai que comprovam dependência econômica do

servidor;

e) (revogado) (Revogado pela LC 124/03)II - Temporária:a) os filhos até que atinjam a maioridade civil ou se inválidos,

enquanto durar a invalidez. b) (revogado) (Revogado pela LC 197/04)c) O irmão órfão de pai e sem padrasto, até 21 (vinte e um)

anos e o inválido, enquanto durar a invalidez, que comprovem de-pendência econômica do servidor;

d) (revogado) (Revogado pela LC 124/03)§ 1º A concessão da pensão vitalícia aos beneficiários de que

tratam as, alíneas “a” a “c” do inciso I deste artigo, exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas “d” e “e”

§ 2º A concessão da pensão temporária aos beneficiários de que tratam as alíneas “a” a “b” do inciso II deste artigo, exclui des-se direito os demais beneficiários referidos nas alíneas “c” e “d”.

Art. 246. A pensão será concedida integralmente ao titular da pensão vitalícia, exceto se existirem beneficiários da pensão tem-porária.

§ 1º Decorrendo habilitação de vários titulares à pensão vita-lícia, o seu valor será distribuído em partes iguais entre os benefi-ciários habilitados.

§ 2º Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e temporária, metade do valor caberá ao titular ou titulares da pensão vitalícia, sendo a outra metade rateada em partes iguais, entre os titulares da pensão temporária.

§ 3º Ocorrendo habilitação somente à pensão temporária, o valor integral da pensão será rateada, em partes iguais, entre os que se habilitarem.

Art. 247. A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo tão somente as prestações exigíveis há mais de 05 (cinco) anos.

Parágrafo único. Concedida a pensão, qualquer prova poste-rior ou habilitação tardia que implique exclusão de beneficiários ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da data em que foi oferecida.

Art. 248. Não faz jus à pensão o beneficiário condenado pela prática de crime doloso de que resultou a morte do servidor.

Art. 249. Será concedida pensão provisória por morte do ser-vidor nos seguintes casos:

I - Declaração de ausência, pela autoridade judiciária compe-tente.

II - Desaparecimento em desabamento inundação, incêndio ou acidente não caracterizado como em serviço;

III - Desaparecimento no desempenho das atribuições do car-go ou em missão de segurança.

Parágrafo único. A pensão provisória será transformada em vi-talícia ou temporária conforme o caso, decorridos 05 (cinco) anos de sua vigência, ressalvado o eventual reaparecimento do servidor, hipótese em que a benefício será automaticamente cancelado.

Art. 250. Acarreta perda de qualidade de beneficiário:I - O seu falecimento;II - A anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a

concessão da pensão do cônjuge;

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Didatismo e Conhecimento 53

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

III - A cessação da invalidez, em se tratando de beneficiário inválido;

IV - a cessação da menoridade civil por qualquer das causas previstas na legislação em vigor, bem como a da invalidez.

V - A acumulação de pensão na forma do artigo 249;VI - A renúncia expressa.VII - a constituição de nova união estável ou a celebração de

novo casamento para os que recebem o benefício com fundamento nas alíneas “a”, “b” ou “c” do inciso I do art. 245.”VII - a consti-tuição de nova união estável ou a celebração de novo casamento para os que recebem o benefício com fundamento nas alíneas “a”, “b” ou “c” do inciso I do art. 245.

Art. 251. Por morte ou perda da qualidade de beneficiário a respectiva cota reverterá:

I - Da pensão vitalícia para os remanescentes desta pensão ou para os titulares da pensão temporária se não houver pensionista remanescente da pensão vitalícia;

II - Da pensão temporária para os co-beneficiários ou, na falta destes, para o beneficiário da pensão vitalícia;

Art. 252. As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos reajustes dos vencimen-tos dos servidores, aplicando-se o disposto no parágrafo único do artigo 214.

Art. 253. Ressalvado o direito de opção, é vedada a percepção cumulativa de mais de 02 (duas) pensões.

SEÇÃO VIIIDO PECÚLIO ESPECIAL

Art. 254 (revogado) (Revogado pela LC 59/99).Art. 255 (revogado) (Revogado pela LC 59/99)

Art. 256 (revogado) (Revogado pela LC 59/99)

SEÇÃO IXDO AUXÍLIO-FUNERAL

Art. 257 (revogado) (Revogado pela LC 59/99)

Art. 258 (revogado) (Revogado pela LC 59/99)

Art. 259 (revogado) (Revogado pela LC 59/99)

SEÇÃO XDO AUXÍLIO-RECLUSÃO

Art. 260 A família do servidor ativo é devido o auxílio-reclu-são, nos seguintes valores:

I – 2/3 (dois terços) da remuneração quando afastado por mo-tivo de prisão, em flagrante ou preventiva, determinada pela auto-ridade competente, enquanto perdurar a Prisão;

II - metade da remuneração, durante o afastamento em virtude de condenação, por sentença definitiva, a pena que não determine perda do cargo.

§ 1º Nos casos previstos no inciso I deste artigo, o servidor terá direito à integralização da remuneração, desde que absolvido.

§ 2º O pagamento do auxílio-reclusão cessará a partir do dia imediato àquele em que a servidor for posto em liberdade, ainda que condicional.

§ 3º O auxilio reclusão somente será devido à família do ser-vidor que perceber remuneração, vencimento ou subsídio igual ou inferior ao teto fixado para esse fim pelo Regime Geral de Previ-dência Social.

CAPÍTULO III

DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE

Art. 261 (revogado) (Revogado pela LC 94/01)

CAPÍTULO IVDO CUSTEIO

Art. 262 O Plano de Seguridade Social do servidor será cus-teado com o produto de arrecadação de contribuições sociais obri-gatório dos servidores dos três Poderes do Estado, da Autarquias e das Fundações e das Fundações Públicas, criadas e mantidas pelo Poder Público Estadual.

§ 1º A contribuição do servidor, diferenciada em função da remuneração mensal, bem com dos órgãos e entidades, será fixada em lei.

§ 2º O custeio da aposentadoria é de responsabilidade integral do tesouro do Estado.

TÍTULO VII

CAPÍTULO ÚNICODA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL

INTERESSE PÚBLICO

Art. 263 Para atender a necessidade temporária de excepcio-nal interesse público, poderão ser efetuadas contratações de pesso-al por tempo determinado.

Art. 264 Consideram-se como de necessidade temporária de excepcional interesse público as contratações que visem a:

I - Combater surtos epidêmicos;II - Fazer Recenseamento;III - Atender a situações de calamidade pública;IV - Substituir professor ou admitir professor visitante, inclu-

sive estrangeiro, conforme lei específica do magistério;V - Permitir a execução de serviço, por profissional de notória

especialização, inclusive estrangeiro, nas áreas de pesquisas cien-tífica e tecnológica;

VI - Atender as outras situações motivadamente de urgência. § 1º As contratações de que trata este artigo terão dotação

específica e não poderão ultrapassar o prazo de 06 (seis) meses, exceto nas hipóteses dos incisos II, IV e VI, cujo prazo máximo será de 12 (doze) meses, e inciso V, cujo prazo máximo será de 24 (vinte e quatro) meses, prazos estes somente prorrogáveis se o in-teresse público, justificadamente, assim o exigir ou até a nomeação por concurso público.

§ 2º O recrutamento, será feito mediante processos seletivos simplificado, sujeito a ampla divulgação em jornal de grande cir-culação e observará os critérios definidos em regulamento, exceto na hipótese prevista nos incisos III e IV deste artigo, quando se tratar de situação emergencial.

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NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Art. 265. É vedado o desvio de função de pessoa contratada, na forma deste Título, sob pena de nulidade do contrato e respon-sabilidade administrativa e civil da autoridade contratante.

Art. 266. Nas contratações por tempo determinado serão ob-servados os padrões de vencimento dos planos de carreira do órgão ou entidade contratante, exceto na hipótese do inciso V do art. 264, quando serão observados os valores do mercado de trabalho.

TÍTULO VIII

CAPÍTULO ÚNICODAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 267. O dia do servidor público será comemorado a vinte e oito de outubro.

Art. 268 Poderão ser instituídos, no âmbito dos Poderes Exe-cutivo, Legislativo o Judiciário, os seguintes incentivos funcio-nais, além daqueles já previstos nos respectivos planos de carreira:

I - Prêmios pela apresentação de ideias, inventos ou trabalhos que favorecem o aumento da produtividade e a redução dos custos operacionais; e

II - Concessão de medalhas, diploma de honra ao mérito, con-decorações e elogio.

Art. 269. Os prazos previstos nesta lei serão contados em dias corridos excluindo-se o dia do começo e incluindo-se o do ven-cimento, ficando prorrogado, para o primeiro dia útil seguinte, o prazo vencido em dia em que não haja expediente.

Art. 270. Por motivo de crença religiosa ou de convicção fi-losófica ou política, nenhum servidor poderá ser privado de quais-quer de seus direitos, sofrer discriminação em sua vida funcional, nem eximir-se do cumprimento de seus deveres.

Art. 271. É vedado exigir atestado de ideologia como condi-ção para posse ou exercício de cargo ou função pública.

Parágrafo único. Será responsabilidade administrativa e cri-minalmente a autoridade que infringir o disposto neste artigo.

Art. 272. São assegurados ao servidor público os direitos de associação profissional ou sindical e o de greve.

§ 1º O direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei.

§ 2º (Julgado inconstitucional pela ADI STF 554-5 - DOU 24/05/06)

Art. 273. É vedado ao servidor servir sob a direção imediata de cônjuge ou parente até segundo grau, salvo em função de con-fiança ou livre escolha, não podendo ultrapassar de 02 (dois) o seu número.

Art. 274. Consideram-se da família do servidor, além do cônjuge e filhos, quaisquer pessoas que vivam as suas expensas e constem de seu assentamento individual.

Parágrafo único. Equipara-se ao cônjuge a companheira ou companheiro, que comprove união estável como entidade familiar.

Art. 275. Para os fins desta lei, considera-se sede do muni-cípio onde a repartição estiver instalada e onde o servidor tiver exercício, em caráter permanente.

Art. 276. Aos servidores regidos pelas Leis especiais, de que trata o parágrafo único do artigo 45 da Constituição Estadual, com exceção do inciso VII e artigo 79, serão aplicados, subsidiariamen-te, as disposições deste estatuto.

Art. 277. Quando da fixação das condições para realização de concurso público de provas ou de provas e títulos. deverá ser ob-servado que a inscrição de ocupantes de cargo público independerá do limite de idade.

Parágrafo único. Ao estipular o limite de vagas, deverá ser reservado 50% (cinquenta por cento) do quantitativo fixado, para fins de ascenção funcional.

Art. 278. A Polícia Militar e Civil do Estado será regido por estatuto próprio.

Art. 279. A investidura em cargo público depende de aprova-ção prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei, de livre nomeação e exoneração, conforme artigo 12 desta lei.

TÍTULO IX

CAPÍTULO ÚNICODAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 280. Ficam submetidos ao regime jurídico desta lei, os servidores dos Poderes do Estado da Administração Direta, das Autarquias e Fundações criadas e mantidas pelo Estado de Mato Grosso, regidos pelo Estatuto do Servidores Públicos Civis do Es-tado, de que trata a Lei nº 1.638, de 28 de outubro de 1961, ou pela Consolidação das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto--Lei nº 5.452, de 01 de maio de 1943, exceto os contratados por prazo determinado, conforme o disposto nesta lei.

§ 1º A submissão de que trata este artigo fica condicionada ao que dispõe a lei que instituir o Regime Jurídico Único.

§ 2º Os empregos ocupados pelos servidores incluídos no re-gime estatutário ficam transformados em cargos, na data da publi-cação desta lei.

§ 3º Os contratos individuais de trabalho se extinguem auto-maticamente pela transformação dos empregos ou funções, fican-do assegurados aos respectivos ocupantes a continuidade da conta-gem de tempo de serviço para fins de férias, gratificação natalina, anuênio, aposentadoria e disponibilidade, e ao pessoal optante nos termos da lei no 5.107, de 13.09. 66, o levantamento do FGTS.

§ 4º O regime jurídico desta lei é extensivo aos serventuários da justiça, remunerados com recursos do Estado no que couber.

§ 5º Os empregos dos servidores estrangeiros com estabilida-de no serviço público, enquanto não adquirirem a nacionalidade brasileira, passarão a integrar tabela em extinção, do respectivo órgão ou entidade, sem prejuízo.

§ 6º Vetado.§ 7º Assegura-se aos servidores contratados sob o regime jurí-

dico celetista que não desejarem ser submetidos ao regime jurídico estatutário o direito de, alternativamente:

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Didatismo e Conhecimento 55

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

I - Ter o contrato de trabalho rescindido garantindo-lhe a in-denização pecuniária integral de todos os direitos adquiridos na vigência do regime celetista, inclusive os previstos nos parágrafos 3º e 6º deste artigo;

II - Obter remanejamento para empresas públicas ou de eco-nomia mista do Estado, desde que haja manifestação favorável da administração do órgão de origem e da empresa de destino do ser-vidor.

Art. 281 Vetado.

DOS DIREITOS INERENTES AOS PLANOS DE CAR-REIRA AOS QUAIS SE ENCONTRAM VINCULADOS OS

EMPREGOS

Art. 282. A licença especial disciplinada pelo artigo 120, de Lei n 1.638, de 1.961, ou por outro diploma legal, fica transfor-mada em licença-prêmio por assiduidade, na forma prevista nos artigos 109 a 113 desta lei.

Art. 283. Até a data de vigência da Lei de que trata o artigo 262, § 1º, os servidores abrangidos por esta lei contribuirão na forma e nos percentuais atualmente estabelecidos para o servidor do Estado, conforme regulamento próprio.

Art. 284. Esta Lei Complementar entrará em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir do primeiro dia do mês subsequente.

Art. 285. Revogam-se as Leis nºs. 1.638, de 28 de outubro de 1961; 5.083, de 03 de dezembro de 1986 e 978, de 04 de novembro de 1957, Decreto nº 511, de 25 de março de 1968, Lei no 5.063, de 20 de novembro de 1986 e Decreto nº 2.245, de 02 de dezembro de 1986.

Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 15 de outubro de 1990, 168º dia Independência e 101º da República.

EDISON FREITAS DE OLIVEIRA

SANTO SCARAVELLIVALDECIR FLETRINJOSEFINA DA CRUZ COELHOMANOEL ALBANO DA SILVA ARGEU ORTIZ KERBERVALTER ALBANO DA SILVAULISSES RIBEIROBENEDITO FLAVIANO DE SOUZAARQUIMEDES BORGES MONTEIROELMO DOS SANTOS BERTINETTICARLOS PEREIRA DO NASCIMENTOEDISON TARCISIO OLIVEIRA CAMPOSJOAREZ GOMES DE SOUZAYÊNES JESUS DE MAGALHÃES

8. LEI COMPLEMENTAR Nº 80 DE 14 DE DEZEMBRO DE 2000.

LEI COMPLEMENTAR Nº 80, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2000

Dispõe sobre os critérios de avaliação de desempenho dos servidores Públicos civis do Estado.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, ten-do em vista o que dispõe o art. 45 da Constituição Estadual, san-ciona a seguinte lei complementar:

Art. 1º Para os servidores públicos estaduais que ingressaram no serviço público estadual a partir de 05 de junho de 1998, data da publicação da Emenda Constitucional nº 19, o período do estágio probatório é de 36 (trinta e seis) meses.

Art. 2º A avaliação de desempenho dos servidores públicos civis será anual, mediante a observância dos seguintes fatores:

I - assiduidade;II - qualidade do trabalho;III - produtividade no trabalho;IV - conhecimento do trabalho;V - pontualidade;VI - iniciativa;VII - presteza;VIII - criatividade;IX - administração do tempo;X - eficiência;XI - responsabilidade;XII - cooperação;XIII - idoneidade moral;XIV - uso adequado dos equipamentos de serviço e material

de expediente; eXV - saúde.§ 1º Os critérios adotados têm caráter irrevogável, não caben-

do ao avaliado suscitar dúvidas de qualquer espécie.§ 2º Os critérios e requisitos para a avaliação dos fatores enu-

merados no art. 2º da presente lei complementar serão baixados através de Instrução Normativa, obedecida a especificidade do cargo, pelos respectivos órgãos de lotação, em conjunto com a Se-cretaria de Estado de Administração.

Art. 3º O sistema de avaliação a que se refere o artigo anterior receberá os seguintes conceitos para cada critério:

I - excelente;II - muito bom;III - bom;IV - regular; eV - insatisfatório.§ 1º Os conceitos dispostos neste artigo receberão a escala de

pontuação com as seguintes notas atribuídas:I - excelente - 100;II - muito bom - 90 e 80;III - bom - 70 e 60;

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Didatismo e Conhecimento 56

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

IV - regular - 50 e 40; eV - insatisfatório - zero.§ 2º Será declarado inapto o servidor cuja avaliação total, con-

siderados todos os critérios de julgamento, obtenha as seguintes pontuações:

a) 03 (três) conceitos insatisfatórios;b) nota igual ou inferior a 60% (sessenta por cento) da pontu-

ação máxima admitida.

Art. 4º A avaliação de desempenho será realizada por uma Comissão, composta por 03 (três) membros, todos com nível de escolaridade não inferior ao do servidor a ser avaliado, sendo um o seu Chefe imediato e os demais lotados no órgão a que esteja vinculado.

§ 1º A Comissão elaborará um relatório fundamentado sobre a sua conclusão, recomendando ou não a sua aprovação à autoridade superior.

§ 2º A avaliação deverá ser homologada pela autoridade supe-rior do órgão, dela dando-se ciência ao interessado.

§ 3º Os membros da Comissão de Avaliação de Desempenho deverão exercer suas funções com impessoalidade e imparcialida-de, observando rigorosamente os critérios e fatores estabelecidos nos arts. 2º e 3º desta lei complementar.

§ 4º Responderá administrativa, civil e penalmente, nas comi-nações legais, o membro e o superior do Órgão que agir diferente das normas estabelecidas no parágrafo anterior.

Art. 5º O servidor não aprovado no estágio probatório, a con-tar da data de sua ciência, terá o prazo de 10 (dez) dias para apre-sentar a sua defesa.

§ 1º A apresentação da defesa será por escrito, com juntada de documentos comprobatórios.

§ 2º A autoridade superior do órgão, a partir do recebimento da defesa, terá o prazo de 10 (dez) dias para apor a sua conclusão.

Art. 6º O servidor não aprovado, quando apurada a sua inapti-dão para o exercício do cargo, será exonerado.

Art. 7º O servidor em estágio probatório poderá exercer quais-quer cargos de provimento em Comissão, no órgão ou entidade de sua lotação.

§ 1º Não será permitida a cessão, requisição ou disposição de servidor em estágio probatório, para ter exercício em outro órgão ou Poder, diferente de sua lotação.

§ 2º Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser concedidas licenças e afastamentos previstos no art. 103 da Lei Complementar nº 04, de 15 de outubro de 1990.

§ 3º O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos no parágrafo anterior, reiniciando a sua contagem no retorno do servidor às suas atividades.

Art. 8º Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 9º Revogam-se as disposições em contrário.

Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 14 de dezembro de 2000.

as) DANTE MARTINS DE OLIVEIRAGovernador do Estado

9. LEI Nº 8.321, DE 12/05/2005 (DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DA CARREIRA DOS

PROFISSIONAIS DA PERÍCIA OFICIAL E IDENTIFICAÇÃO TÉCNICA DO ESTADO DE MATO GROSSO-POLITEC/MT, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS.). LEI COMPLEMENTAR Nº. 391, DE 27/04/2010 (DISPÕE SOBRE A

INSTITUCIONALIZAÇÃO, A ORGANIZAÇÃO, A COMPETÊNCIA E A ESTRUTURA DA PERÍCIA OFICIAL E IDENTIFICAÇÃO

TÉCNICA DO ESTADO DE MATO GROSSO - POLITEC).

LEI Nº 8.321, DE 12/05/2005

Dispõe sobre a criação da Carreira dos Profissionais da Pe-rícia Oficial e Identificação Técnica do Estado de Mato Grosso - POLITEC/MT, e dá outras providências.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO, tendo em vista o que dispõe o art. 42 da Cons-tituição Estadual, aprova e o Governador do Estado sanciona a seguinte lei:

CAPÍTULO IDA CARREIRA DOS PROFISSIONAIS DA PERÍCIA OFI-

CIAL E IDENTIFICAÇÃO TÉCNICA- POLITEC/MT

Art. 1º Fica criada a Carreira dos Profissionais da Perícia Ofi-cial e Identificação Técnica - POLITEC/MT constituída dos car-gos e seu quantitativo, conforme o Anexo I desta lei.

Art. 2º A Carreira dos Profissionais da Perícia Oficial e Iden-

tificação Técnica - POLITEC/MT compreende os seguintes cargos de provimento efetivo:

I - Perito Oficial:

a) Perito Criminal, com formação em nível superior em uma das seguintes áreas de Física, Química, Biologia, Engenharias, Farmácia, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Matemática, Arquitetura, Geologia, Direito, Economia, Administração, Ciências Contábeis, Ciências da Computação e Informática; devidamente registrado nos Conselhos de Classe, exceto nos casos de impedimento;

b) Perito Médico-Legista, com formação em nível superior em Medicina devidamente registrado no Conselho de Classe cor-respondente;

c) Perito Odonto-Legista, com formação em nível superior em Odontologia devidamente registrado no Conselho de Classe correspondente.

II - Papiloscopista, com formação em nível médio;III - Técnico em Necropsia, com formação em nível médio;IV - Perito Criminal II, com formação em nível médio.

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Didatismo e Conhecimento 57

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

SEÇÃO IDAS ATRIBUIÇÕES DOS CARGOS

Art. 3º São atribuições do Perito Oficial Criminal:I - realizar, com autonomia e independência, as perícias de

criminalística;II - exercer a função pericial técnico-científica específica,

quando requisitadas, emitindo o respectivo laudo pericial, nos ter-mos da legislação processual penal;

III - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, aos Peritos Médicos-Legistas e Odonto-Legistas;

IV - comunicar imediatamente ao seu superior imediato os fa-tos de natureza grave ou relevantes que se apresentarem em plan-tão, registrando-os em livro próprio;

V - tomar as providências que forem mais urgentes, nos casos que se apresentarem quando em plantão;

VI - consignar, no livro de ocorrência da seção a seu cargo, to-dos os casos atendidos, fornecendo os elementos necessários para o respectivo registro;

VII - propor o estabelecimento de novos métodos e técnicas de trabalho pericial, através de pesquisas laboratoriais que visem ao aprimoramento funcional;

VIII - efetuar os exames, análises ou pesquisas que lhe forem distribuídos ou solicitados;

IX - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

X - elaborar e assinar os laudos periciais dos exames procedi-dos de acordo com a padronização estabelecida em regulamento;

XI - cumprir e fazer cumprir as disposições legais, bem como as ordens de serviço, despachos e determinações do Coordenador Geral de Criminalística;

XII - comparecer, perante o juízo competente, para prestar es-clarecimentos, respondendo os quesitos previamente elaborados, quando requisitado pela respectiva autoridade;

XIII - assegurar o sigilo necessário à elucidação dos fatos e às investigações.

Art. 4º São atribuições do Perito Oficial Médico-Legista:I - efetuar, com autonomia e independência, exames em ca-

dáveres para determinação da causa mortis e exames em pessoas vivos para determinação da natureza das lesões com consequente elaboração dos laudos periciais criminais;

II - exercer a função pericial técnico-científica específica, emi-tindo o respectivo laudo pericial, nos termos da legislação proces-sual penal;

III - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, aos Peritos Criminais e Odonto-Legistas;

IV - comunicar imediatamente ao Coordenador Geral de Me-dicina Legal os fatos de natureza grave ou relevante que se apre-sentarem em plantão, registrando-os em livro próprio;

V - comparecer, perante o juízo competente, para prestar es-clarecimentos, respondendo os quesitos previamente elaborados, quando requisitado pela respectiva autoridade;

VI - propor o estabelecimento de novos métodos e técnicas de trabalho pericial, através de pesquisas laboratoriais que visem ao aprimoramento funcional;

VII - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais;

VIII - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

IX - elaborar e assinar os laudos periciais dos exames de acor-do com a padronização estabelecida em regulamento;

X - cumprir e fazer cumprir as disposições legais, bem como das ordens de serviço, despachos e determinações do Coordenador Geral de Medicina Legal;

XI - proceder à exumação necessária à elucidação da causa mortis;

XII - assegurar o sigilo necessário à elucidação dos fatos e às investigações.

Art. 5º São atribuições do Perito Oficial Odonto-Legista:I - efetuar, com autonomia e independência, exames em cadá-

veres e em vivos, relacionados à odontologia legal, e consequente elaboração de laudos periciais;

II - exercer a função pericial técnico-científica específica, emi-tindo o respectivo laudo pericial, nos termos da legislação proces-sual penal;

III - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, aos Peritos Médicos-Legistas e Peritos Criminais;

IV - comunicar imediatamente ao Coordenador Geral de Me-dicina Legal os fatos de natureza grave ou relevante que se apre-sentarem em plantão, registrando-os em livro próprio;

V - comparecer, perante o juízo competente, para prestar es-clarecimentos, respondendo os quesitos previamente elaborados, quando requisitado pela respectiva autoridade;

VI - propor o estabelecimento de novos métodos e técnicas de trabalho pericial, através de pesquisas laboratoriais que visem ao aprimoramento funcional;

VII - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais;

VIII - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

IX - elaborar e assinar os laudos periciais dos exames de acor-do com a padronização estabelecida em regulamento;

X - cumprir e fazer cumprir as disposições legais, bem como as ordens de serviço, despachos e determinações do Coordenador Geral de Medicina Legal;

XI - proceder à exumação necessária à elucidação da causa mortis;

XII - assegurar o sigilo necessário à elucidação dos fatos e às investigações.

Art. 6º São atribuições do Papiloscopista:I - que atuam na área civil:a) realizar o completo processamento da emissão do Docu-

mento de Identidade Civil, Registro Geral Numérico, do requeri-mento do interessado até a expedição do documento;

b) realizar o completo processamento da emissão de Atesta-dos, Certidões e Informações Civis, da alçada da Coordenadoria Geral de Identificação, do requerimento do interessado até a expe-dição do documento, conforme a legislação vigente;

c) zelar pela boa coleta das impressões das linhas papilares das extremidades digitais das mãos, sua classificação e pesquisa, bem como o arquivamento dos prontuários e documentação;

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Didatismo e Conhecimento 58

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

d) preencher e efetuar a entrega, ao órgão encarregado da esta-tística, da relação das identificações procedidas e dos documentos expedidos, com discriminação do respectivo motivo;

e) comparecer, perante o juízo competente, quando requisita-do pela respectiva autoridade, para prestar esclarecimentos;

II - que atuam na área criminal:a) realizar o completo processamento de Identificação Crimi-

nal das pessoas presas ou detidas, tomando as impressões digitais em prontuário específico, na forma da lei, quando requisitado por autoridade competente;

b) realizar o completo processamento da emissão de Atesta-dos, Certidões e Informações Criminais, da alçada da Coordena-doria Geral de Identificação, do requerimento do interessado até a expedição do documento, conforme a legislação vigente;

c) anotar, em prontuário próprio com o respectivo registro ge-ral numérico, as passagens criminais e os respectivos qualitativos;

d) preencher e efetuar a entrega, ao órgão encarregado da esta-tística, da relação das identificações procedidas e dos documentos expedidos, com discriminação do respectivo motivo;

e) zelar pela boa coleta das impressões das linhas papilares das extremidades digitais das mãos, sua classificação e pesquisa, bem como o arquivamento dos prontuários e documentação;

f) colher impressões digitais de cadáveres, classificando e catalogando-as em arquivo próprio;

g) comparecer, perante o juízo competente, quando requisita-do pela respectiva autoridade, para prestar esclarecimentos;

h) prestar auxílio, através de suas atribuições, às Coordena-dorias Gerais de Criminalística e de Medicina Legal, quando so-licitados;

i) tomar as impressões das linhas papilares palmares e planta-res, na forma da alínea “h”;

j) assegurar o sigilo necessário à elucidação dos fatos e às in-vestigações.

§ 1º Os Papiloscopistas de classe inicial (Classe A) poderão atuar nas duas áreas da identificação, civil e criminal, devendo após o estágio probatório, optar por uma das áreas de atuação, ob-servada a necessidade do serviço público, determinada pela Coor-denadoria Geral de Identificação.

§ 2º A opção pela área de atuação deverá ser requerida ao Co-ordenador Geral de Identificação, no prazo máximo de 60 (sessen-ta) dias a contar da publicação desta lei para os Papiloscopistas estáveis, ou a contar da publicação do ato de concessão de esta-bilidade para os Papiloscopistas aprovados no estágio probatório.

§ 3º Na avaliação do requerimento levar-se-á em conta o perfil profissional e o desempenho no serviço.

§ 4º O quantitativo de Papiloscopistas em cada área de atua-ção atenderá à necessidade do serviço público, conforme a exigên-cia da demanda.

§ 5° Os Papiloscopistas da área criminal que atuarem nos ter-mos das alíneas “h” e “i”, do inciso II deste artigo, ficarão lotados nas respectivas Coordenadorias Gerais de Criminalística e de Me-dicina Legal.

Art. 7º Constituem atribuições do Técnico em Necropsia:I - providenciar a remoção do cadáver quando requisitada pela

autoridade competente;II - preparar o cadáver para o ato de necropsia da seguinte

forma:a) pesar e medir o cadáver;

b) colocar o cadáver na mesa de necropsia;c) remover as vestes, quando necessário;d) lavar o cadáver, quando necessário;e) auxiliar o Perito Oficial nos exames periciais;III - realizar a abertura do cadáver sob a orientação do Médi-

co Legista, bem como auxiliá-lo na necropsia, afastando órgãos, removendo vísceras e coletando material necessário para exames complementares ou que deverão seguir com o laudo pericial;

IV - recompor o cadáver após o término da necropsia;V - providenciar para que seja limpa e conservada a sala de

necropsia pelo responsável da limpeza;VI - providenciar, quando necessário, o cadáver para reconhe-

cimento ou identificação, em posição decorosa, a fim de se evitar agravamento de emoção nas pessoas interessadas;

VII - enviar as seções competentes o material e os pertences recolhidos na sala de necropsia, devidamente lacrados;

VIII - entregar o corpo, após a necropsia, aos familiares ou à funerária, ajudando, quando necessário, no transporte até o carro funerário;

IX - recolher o cadáver na câmara frigorífica quando da au-sência de familiares;

X - atender e orientar a família ou a pessoa responsável pelo cadáver;

XI - assegurar o sigilo necessário à elucidação dos fatos e às investigações;

XII - cumprir e fazer cumprir as disposições legais, bem como das ordens de serviço, despacho e determinações superiores, com-patíveis com suas atribuições;

XIII - manter pessoas estranhas afastadas do setor de necrop-sia;

XIV - executar outras atividades afins e correlatas. Art. 8º Constituem atribuições do Perito Criminal II:I - auxiliar o Perito Criminal na realização dos exames peri-

ciais;II - auxiliar o Perito Criminal nos exames de degravação e

transcrição fonográfica;III - assegurar o sigilo necessário à elucidação dos fatos e às

investigações.

SEÇÃO IIDAS FORMAS DE PROMOÇÃO E PROGRESSÃO

Art. 9º Os cargos de Perito Oficial Criminal, Perito Oficial

Médico-Legista e Perito Oficial Odonto-Legista são estruturados em linha horizontal de acesso, identificado por letras maiúsculas, conforme Anexo II, 30 (trinta) horas, e Anexo III, 44 (quarenta e quatro) horas, da presente lei.

§ 1º As classes são estruturadas segundo o grau de formação exigido para o provimento dos cargos, da seguinte forma:

I - Classe A: ensino superior completo, nas áreas discrimina-das nas alíneas do inciso I do art. 2°, devidamente registrado no Conselho de Classe e aprovação no curso de formação técnico--profissional, nos termos do edital do concurso público.

II - Classe B: os requisitos da Classe A, acrescidos de 01 (um) dos seguintes itens:

a) comprovação de, no mínimo, 200 (duzentas) horas de cur-sos de capacitação em áreas do conhecimento correspondente ao cargo efetivo ou à área de atuação do órgão, ou;

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Didatismo e Conhecimento 59

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

b) curso de pós-graduação em nível de especialização em Me-dicina Legal para o Perito Oficial Médico-Legista, e, curso de pós--graduação em nível de especialização lato sensu para os demais Peritos Oficiais;

III - Classe C: os requisitos da Classe A, acrescidos de 01 (um) dos seguintes itens:

a) dois cursos de pós-graduação em nível de especializa-ção lato sensu, ou;

b) outra graduação de nível superior, daquelas elencadas no inciso I do art. 2º desta lei, ou;

c) comprovação de, no mínimo, 400 (quatrocentas) horas de cursos de capacitação em áreas do conhecimento correspondente ao cargo efetivo ou à área de atuação do órgão, ou;

d) acúmulo de dois itens exigidos para a classe B.IV - Classe D: os requisitos da Classe A, acrescidos de 01

(um) dos seguintes itens:a) três cursos de pós-graduação em nível de especializa-

ção lato sensu, ou;b) título de mestre ou de doutor, ou;c) acúmulo de dois itens exigidos para a classe C.§ 2º A promoção horizontal, Classe, obedecerá à titulação exi-

gida no parágrafo anterior, respeitando-se o interstício de 03 (três) anos da Classe A para B, 03 (três) anos da Classe B para C e 05 (cinco) anos da Classe C para a D.

§ 3º Cada classe desdobra-se em 10 (dez) níveis indicados por numerais arábicos que constituem a linha vertical de progressão e que obedecerá à avaliação de desempenho anual e ao cumprimento do interstício de 3 (três) anos.

§ 4º O servidor que apresentar titularidade acima da exigida para a classe imediatamente superior, sem possuir o requisito espe-cífico para esta, terá direito às progressões horizontais, desde que cumpra o intervalo mínimo exigido em cada classe, até atingir a classe correspondente a sua titulação.

§ 5º A carga horária dos cursos de capacitação será considera-da como o somatório dos cursos realizados, excetuando-se o Curso de Formação Técnico Profissional.

Art. 10 Os cargos de Papiloscopista, Técnico em Necropsia e

Perito Criminal II são estruturados em linha horizontal de acesso, identificado por letras maiúsculas, conforme Anexo IV, 30 (trinta) horas, e Anexo V, 40 (quarenta) horas, desta lei.

§ 1º As classes são estruturadas segundo os graus de formação exigidos para o provimento dos cargos, da seguinte forma:

I - Classe A: habilitação em ensino médio completo e apro-vação no curso de formação técnico-profissional, nos termos do edital do concurso público.

II - Classe B: os requisitos da Classe A, mais capacitação de, no mínimo, 200 (duzentas) horas de duração na área de atuação;

III - Classe C: os requisitos da Classe A acrescidos de 01 (um) dos seguintes itens:

a) comprovação de, no mínimo, 400 (quatrocentas) horas de cursos de capacitação, ou;

b) ensino superior completo, com registro no respectivo Con-selho de Classe;

IV - Classe D: os requisitos da Classe A acrescidos de 01 (um) dos seguintes itens:

a) comprovação de, no mínimo, 600 (seiscentas) horas de cur-sos de capacitação na área de atuação, ou;

b) ensino superior completo com registro no respectivo Con-selho de Classe, mais curso de pós-graduação em nível de especia-lização lato sensu.

§ 2º A promoção horizontal, Classe, obedecerá à titulação exi-gida, com interstício de 03 (três) anos da Classe A para B, 03 (três) anos da Classe B para C, mais 05 (cinco) anos da Classe C para a D.

§ 3º Cada classe desdobra-se em 10 (dez) níveis, indicados por numerais arábicos que constituem a linha vertical de progres-são, que obedecerá à avaliação de desempenho anual e ao cumpri-mento do interstício de 03 (três) anos.

§ 4º O servidor que apresentar titularidade acima da exigida para a classe imediatamente superior, sem possuir o requisito espe-cífico para esta, terá direito às progressões horizontais, desde que cumpra o intervalo mínimo exigido em cada classe, até atingir a classe correspondente a sua titulação.

§ 5º A carga horária dos cursos de capacitação será considera-da como o somatório dos cursos realizados, excetuando-se o Curso de Formação Técnico Profissional.

CAPÍTULO II

DO INGRESSO Art. 11 O ingresso na Carreira dos Profissionais de Perícia

Oficial e Identificação Técnica - POLITEC/MT far-se-á mediante concurso público de provas ou de provas e títulos.

Parágrafo único O servidor aprovado em concurso público ingressará na Classe A e Nível I do seu cargo, independente da titulação.

CAPÍTULO III

DA JORNADA DE TRABALHO Art. 12 Os servidores da Carreira dos Profissionais de Perícia

Oficial e Identificação Técnica - POLITEC/MT farão opções por uma das jornadas de trabalho, disciplinadas da seguinte forma:

I - para os Peritos Oficiais: 44 (quarenta e quatro) horas sema-nais ou 30 (trinta) horas semanais;

II - para os Papiloscopistas, Técnicos em Necropsia e Perito Criminal II: 40 (quarenta) horas semanais ou 30 (trinta) horas se-manais.

§ 1º Ao optar por qualquer das jornadas de trabalho descritas nos incisos I e II, deste artigo, o servidor deverá declarar expressa-mente, de forma livre e consciente das responsabilidades adminis-trativa e criminal, a compatibilidade da jornada de trabalho esco-lhida com eventual prestação de serviço em outra entidade pública, no âmbito municipal, estadual ou federal.

§ 2º A possibilidade do servidor mudar sua opção por outra jornada de trabalho, fica subordinada, exclusivamente, ao reque-rimento do interessado, a necessidade da Administração Pública e possibilidade financeira, devendo-se atender o disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal.

§ 3o Ao servidor universitário matriculado regularmente em curso diurno, excetuando-se os que trabalham em regime de plan-tão, somente será permitido o regime de trabalho de 30 (trinta) horas semanais, sendo facultado optar por uma das jornadas de trabalho a que se refere os incisos I e II, do art.12, após a compro-vação da conclusão do curso superior.

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Didatismo e Conhecimento 60

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Art. 13 Os atuais servidores da Carreira dos Profissionais de Perícia Oficial e Identificação Técnica deverão optar, no prazo má-ximo de 90 (noventa) dias, por um dos regimes de jornada de tra-balho, conforme estabelecido nos incisos I e II do art. 12 desta lei.

§ 1º Expirado o prazo estabelecido no caput, sem manifesta-ção expressa do servidor, este será enquadrado automaticamente na jornada de trabalho de acordo com a necessidade da Superinten-dência de Perícia Oficial e Identificação Técnica.

§ 2º Os servidores de que trata o caput estão sujeitos ao dis-posto nos §§ 2° e 3°do art. 12 desta lei.

Art. 14 A função pericial sujeita-se à prestação de serviços em

condições adversas de segurança, escalas de plantões e chamadas extraordinárias a qualquer dia e hora, desde que justificada a ne-cessidade, inclusive com a realização de perícias em todo o Estado de Mato Grosso.

§ 1º Como escala de plantão, entende-se a jornada de trabalho, que pela natureza de suas atribuições, exijam a convocação dos trabalhos de servidores, com finalidade de manter o funcionamen-to das atividades que devem ser exercidas em caráter ininterrupto e diuturno de 24 horas/dia, incluindo sábados, domingos, dias santos e feriados.

§ 2º As escalas de plantão serão elaboradas pelos órgãos de execução programática, segundo os parâmetros previstos em re-gulamento.

§ 3º A Superintendência de Perícia Oficial e Identificação Téc-nica fornecerá ao servidor, a cada doze horas de efetivo plantão, 01 (uma) refeição.

§ 4º Para os fins de controle, acompanhamento, avaliação e transparência, trimestralmente, a Superintendência de Perícia Ofi-cial e Identificação Técnica deverá baixar portaria contendo a rela-ção nominal dos servidores escalados para plantão.

CAPÍTULO IV

DO SISTEMA REMUNERATÓRIO Art. 15 O sistema remuneratório dos profissionais da Superin-

tendência de Perícia Oficial e Identificação Técnica é estabelecido através do subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de repre-sentação, ou outra espécie remuneratória, obedecido o disposto no art. 37, X e XI, da Constituição Federal.

Parágrafo único O subsídio de que trata o caput deste artigo é aquele fixado nos Anexos II, III, IV e V e incorpora todas as verbas remuneratórias, inclusive gratificações, adicionais, abonos, prêmios, verbas de representação, periculosidade e demais vanta-gens pecuniárias percebidas pelos servidores.

Art. 16 O servidor de carreira, nomeado em cargo em co-

missão, ou designado em função de confiança, perceberá subsídio correspondente ao seu cargo, classe e nível em que se encontra posicionado, fazendo jus ao acréscimo de percentual definido no Anexo VI desta lei.

Parágrafo único O percentual de que trata o caput deste ar-tigo incidirá sobre o valor do subsídio do último nível e da última classe do seu cargo, enquanto investido no cargo em comissão.

CAPÍTULO VDAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 17 Os servidores da Carreira dos Profissionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica - POLITEC/MT serão regulados pelo Estatuto dos Servidores Públicos e outras legislações perti-nentes.

Art. 18 O servidor da Carreira dos Profissionais da Perícia

Oficial e Identificação Técnica - POLITEC/MT terá direito à Car-teira Funcional de Identificação a ser fornecida quando do ingresso na carreira.

Parágrafo único A carteira de identidade funcional autori-za ao servidor o livre porte de arma e franco acesso aos locais sob a fiscalização da polícia em todo o território estadual, e terá a seguinte redação: “O portador tem livre porte de arma e franco acesso aos locais sob a fiscalização da Polícia e ao mesmo deve ser dado apoio e auxílio necessário ao desempenho de suas funções”.

Art. 19 Fica extinto, na medida que vagar, o cargo de Perito

Criminal II. Art. 20 O cargo de Auxiliar de Necropsia passa a denominar-

-se Técnico em Necropsia. Art. 21 Para fins de enquadramento nos níveis, levar-se-á em

conta, para os cargos de Papiloscopista, Técnico de Necropsia e Perito Criminal II, o tempo de serviço público no referido cargo.

Art. 22 Assegura-se ao servidor da Carreira dos Profissionais

da Perícia Oficial e Identificação Técnica o reenquadramento em classe, não inferior à que o servidor já se encontrar, correspondente à titulação exigida para o cargo.

Parágrafo único O servidor permanecerá no mesmo nível em que se encontrar posicionado, aproveitando-se, para fins de futuros enquadramentos, o interstício cumprido a contar do último enqua-dramento.

Art. 23 Os Anexos II, III, IV e V desta lei englobam todas as

reposições das perdas salariais ocorridas até dezembro de 2004, bem como a revisão geral anual do período de janeiro a dezembro de 2004.

Art. 24 Aos Peritos Oficiais não é permitida a atuação em pro-

cessos administrativos ou judiciais em que a parte contrária for a Fazenda Pública Estadual.

Art. 25 Para fins de promoção, os cursos de capacitação de-

verão ser reconhecidos pela Escola de Governo do Estado de Mato Grosso e homologados pela Secretaria de Estado de Justiça e Se-gurança Pública.

Art. 26 Esta lei entra em vigor na data de sua publicação,

com efeitos financeiros devidos a partir de 1° de março de 2005. Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 12 de maio de 2005. as) BLAIRO BORGES MAGGIGovernador do Estado

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Didatismo e Conhecimento 61

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

ANEXO IQUANTITATIVO DE VAGAS PARA OS CARGOS DA CARREIRA DOS PROFISSIONAIS DA PERÍCIA OFICIAL E IDENTI-

FICAÇÃO TÉCNICA - POLITEC/MT

ANEXO IISUBSÍDIO DO PERITO OFICIAL 30 HORAS

ANEXO IIISUBSÍDIO DO PERITO OFICIAL 44 HORAS

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Didatismo e Conhecimento 62

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

ANEXO IVSUBSÍDIO DO PAPILOSCOPISTA, TÉCNICO DE NECROPSIA E PERITO CRIMINAL II 30 HORAS

CLASSES

NÍVEISA B C D

1 R$1.000,00 R$1.300,00 R$1.800,00 R$2.300,00

2 R$1.045,00 R$1.358,50 R$1.881,00 R$2.403,50

3 R$1.090,00 R$1.417,00 R$1.962,00 R$2.507,00

4 R$1.135,00 R$1.475,50 R$2.043,00 R$2.610,50

5 R$1.180,00 R$1.534,00 R$2.124,00 R$2.714,00

6 R$1.225,00 R$1.592,50 R$2.205,00 R$2.817,50

7 R$1.270,00 R$1.651,00 R$2.286,00 R$2.921,00

8 R$1.315,00 R$1.709,50 R$2.367,00 R$3.024,50

9 R$1.360,00 R$1.768,00 R$2.448,00 R$3.128,00

10 R$1.405,00 R$1.826,50 R$2.529,00 R$3.231,50

ANEXO VSUBSÍDIO DO PAPILOSCOPISTA, TÉCNICO DE NECROPSIA E PERITO CRIMINAL II 40 HORAS

CLASSES

NÍVEISA B C D

1 R$1.176,47 R$1.529,41 R$2.117,65 R$2.705,88

2 R$1.229,41 R$1.598,24 R$2.212,94 R$2.827,65

3 R$1.282,35 R$1.667,06 R$2.308,24 R$2.949,41

4 R$1.335,29 R$1.735,88 R$2.403,53 R$3.071,18

5 R$1.388,24 R$1.804,71 R$2.498,82 R$3.192,94

6 R$1.441,18 R$1.873,53 R$2.594,12 R$3.314,71

7 R$1.494,12 R$1.942,35 R$2.689,41 R$3.436,47

8 R$1.547,06 R$2.011,18 R$2.784,71 R$3.558,24

9 R$1.600,00 R$2.080,00 R$2.880,00 R$3.680,00

10 R$1.652,94 R$2.148,82 R$2.975,29 R$3.801,76

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Didatismo e Conhecimento 63

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

ANEXO VITABELA DE CARGOS EM COMISSÃO PARA OS SERVI-DORES DA CARREIRA DOS PROFISSIONAIS DA PERÍ-

CIA OFICIAL E IDENTIFICAÇÃO TÉCNICA

LEI COMPLEMENTAR Nº. 391, DE 27/04/2010

Dispõe sobre a institucionalização, a organização, a compe-tência e a estrutura da Perícia Oficial e Identificação Técnica do Estado de Mato Grosso – POLITEC.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO, tendo em vista o que dispõe o Art. 45 da Cons-tituição Estadual, aprova e o Governador do Estado sanciona a se-guinte lei complementar:

CAPÍTULO IDA INSTITUCIONALIZAÇÃO

Art. 1º Esta lei complementar institucionaliza a Perícia Ofi-cial e Identificação Técnica – POLITEC do Estado de Mato Gros-so, como órgão desconcentrado da administração direta, vinculado à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública.

Art. 2º À Perícia Oficial e Identificação Técnica – POLITEC, no exercício da atividade de perícia oficial de natureza criminal é assegurada autonomia técnica, científica e funcional.

§ 1º Com objetivo de garantir maior autonomia administrati-va, decorrente do aumento do nível de responsabilidades estabele-cidas para o órgão, ficam delegadas as competências administrati-vas abaixo discriminadas ao titular da Perícia Oficial e Identifica-ção Técnica – POLITEC:

I - dirigir e representar a Perícia Oficial e Identificação Técni-ca – POLITEC;

II - empenhar, liquidar e pagar as despesas além de outras atri-buições de um ordenador de despesas de Unidade Gestora - UG;

III - expedir portarias dispondo sobre determinações gerais ou especiais a seus subordinados, designando servidores para exercí-cio de funções e que iniciam sindicância e processos administra-tivos;

IV - emitir despachos em documentos, requerimentos e pro-cessos sujeitos à sua apreciação, e que abrange os seguintes even-tos funcionais de servidores:

a) afastamento cautelar do servidor; eb) revogação dos efeitos de suspensão preventiva.V - emitir instrução normativa, com objetivo de orientar os

servidores no desempenho das atribuições que lhe são afetas, asse-gurando a unidade de ação no organismo administrativo;

VI - aprovar, conjuntamente com a Secretaria de Estado de Administração, os seguintes atos administrativos de pessoal:

a) convocação de concurso;b) estabilidade após estágio probatório;c) declaração de desnecessidade do cargo.VII - indicar os nomes dos servidores para nomeação nos car-

gos em comissão de direção e chefia, de ocupação exclusiva dos Profissionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica;

VIII - promover a remoção dos Profissionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica, observadas as disposições legais;

IX - autorizar os profissionais da Perícia Oficial e Identifica-ção Técnica a ausentar-se do Estado, a serviço ou para participar de cursos, especializações e seminários relacionados à atividade;

X - auxiliar, quando solicitado, imediata e diretamente o Go-vernador do Estado em assuntos relacionados à Perícia Oficial e Identificação Técnica;

XI - disponibilizar ao Secretário de Estado de Justiça e Segu-rança Pública informações sobre a atuação da instituição, apresen-tando relatórios periódicos com indicadores dos resultados obtidos pela instituição;

XII - propor, a cada exercício, o orçamento da Perícia Oficial e Identificação Técnica - POLITEC ao Secretário de Estado de Justi-ça e Segurança Pública;

XIII - enviar ao Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública os atos de promoções dos servidores da Perícia Oficial e Identificação Técnica – POLITEC para validação do Governador do Estado;

XIV - exercer os demais atos administrativos necessários à eficaz administração da instituição.

§ 2º Como órgão de administração desconcentrada a Perícia Oficial e Identificação Técnica – POLITEC ser-lhe-á destinado um Centro de Execução Orçamentária específico, uma Unidade Ges-tora, sobre o qual o Diretor-Geral responde pela ordenação das despesas.

CAPÍTULO IIDAS COMPETÊNCIAS DA PERICIA OFICIAL E IDENTIFI-

CAÇÃO TÉCNICA - POLITEC

Art. 3º A Perícia Oficial e Identificação Técnica do Estado de Mato Grosso - POLITEC, com sede na Capital do Estado, orga-nismo subordinado à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, tem as seguintes competências:

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Didatismo e Conhecimento 64

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

I - realizar as perícias de criminalística, de medicina legal e de odontologia legal;

II - realizar os serviços de identificação civil;III - realizar os serviços de identificação criminal;IV - realizar perícias auxiliares à proposição de ações civis

públicas, no âmbito de atuação da Perícia Oficial e Identificação Técnica;

V - realizar outras perícias ou serviços de que necessitar a Administração Pública Estadual, no âmbito de atuação da Perícia Oficial e Identificação Técnica;

VI - participar, no âmbito de sua competência, das ações es-tratégicas visando à segurança pública e à garantia da cidadania;

VII - buscar a integração com os demais órgãos vinculados à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública;

VIII - organizar e manter, no âmbito de sua atuação, grupos de pesquisa científica, que visem à constante atualização e aperfeiço-amento de seus procedimentos.

§ 1º Os trabalhos de perícia e identificação criminal serão prestados, e suas informações fornecidas, sempre que requisitadas por Presidentes de Inquérito Policial, Civil ou Militar, pelo Minis-tério Público ou por determinação judicial, em qualquer fase da persecução penal.

§ 2º Os trabalhos de identificação civil serão prestados me-diante solicitação do interessado.

CAPÍTULO IIIDA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Art. 4º A Estrutura Organizacional da Perícia Oficial e Iden-tificação Técnica do Estado de Mato Grosso – POLITEC compre-ende o seguinte:

I - Órgãos de Decisão Colegiada:1. Conselho de Política Cientifica e Tecnológica.II - Órgão de Direção Superior:1. Diretoria-Geral de POLITEC;1.1. Diretoria-Geral Adjunta da POLITEC.III - Órgão de Apoio Estratégico e Especializado:1. Corregedoria-Geral de POLITEC;2. Ouvidoria da POLITEC;3. Coordenadoria de Garantia de Qualidade;4. Coordenadoria de Formação Profissional;4.1. Gerência de suporte a grupos e projetos de pesquisa.IV - Órgãos de Assessoramento Superior:1. Gabinete de Direção;2. Unidade de Assessoria.V - Órgãos de Execução Programática:1. Diretoria de Suporte Institucional;1.1. Coordenadoria de Informações Institucionais;1.1.1. Gerência de Estatísticas;1.2. Coordenadoria de Custódia de Evidências;1.2.1. Gerência de Protocolo Geral POLITEC;1.3. Gerência de Manutenção e Certificação de Equipamentos.2. Diretoria Metropolitana de Criminalística;2.1.Coordenadoria de Perícias Internas;2.1.1. Gerência de Perícias de Balística;2.1.2. Gerência de Perícias de Documentoscopia;2.1.3. Gerência de Perícias de Identificação Veicular;2.1.4. Gerência de Perícias de Computação;

2.1.5. Gerência de Perícias em Vestígios de Impressões de Pele;

2.1.6. Gerência de Perícias em Áudio e Vídeo.2.2. Coordenadoria de Pericias Externas;2.2.1. Gerência de Perícias em Crimes de Trânsito;2.2.2. Gerência de Perícias em Mortes Violentas;2.2.3. Gerência de Perícias em Crimes Contra o Patrimônio;2.2.4. Gerência de Perícias de Meio Ambiente e Engenharia

Legal;3. Diretoria Metropolitana de Medicina Legal;3.1. Gerência de Atendimento e Processamento de Documen-

tos;3.2. Coordenadoria de Perícias em Vivos;3.2.1. Gerência de Perícias em Vítimas de Violência Sexual

e de Gênero;3.2.2. Gerência de Perícias em Psiquiatria Forense;3.3. Coordenadoria de Perícias em Mortos;3.3.1. Gerência de Necropsia;3.3.2. Gerência de Antropologia;3.3.3. Gerência de Histopatologia.4. Diretoria Metropolitana de Laboratório Forense;4.1. Coordenadoria de Perícias em Biologia Molecular;4.2. Coordenadoria do Laboratório de Materiais;4.2.1. Gerência de Perícias em Química Forense;4.2.2. Gerência de Perícias em Toxicologia Forense;4.3. Coordenadoria de Normalização, Pesquisa e Desenvolvi-

mento Experimental.5. Diretoria Metropolitana de Identificação Técnica;5.1. Coordenadoria Identificação Criminal;5.1.1. Gerência de Plantão Integrado;5.1.2. Gerência de Informação;5.1.3. Gerência de Banco de Dados de Padrões;5.2. Coordenadoria Identificação Civil;5.2.1. Gerência de Processamento de Identificação Civil;5.2.2. Gerência de Identificação Civil.VI - Órgãos de Execução Programática Regionalizada;1. Diretoria de Interiorização da POLITEC;1.1. Coordenadoria Regional da POLITEC de Rondonópolis;1.1.1. Gerência de Criminalística de Rondonópolis;1.1.2. Gerência de Medicina Legal de Rondonópolis;1.1.3. Gerência de Identificação de Rondonópolis;1.1.4. Gerência Regional da POLITEC de Primavera do Leste;1.1.5. Gerência Regional da POLITEC de Alto Araguaia.1.2. Coordenadoria Regional da POLITEC de Cáceres;1.2.1. Gerência de Criminalística de Cáceres;1.2.2. Gerência de Medicina Legal de Cáceres;1.2.3. Gerência de Identificação de Cáceres;1.2.4. Gerência Regional de POLITEC de Pontes e Lacerda.1.3. Coordenadoria Regional da POLITEC de Barra do Gar-

ças;1.3.1. Gerência de Criminalística de Barra do Garças;1.3.2. Gerência de Medicina Legal de Barra do Garças;1.3.3. Gerência de Identificação de Barra do Garças;1.3.4. Gerência Regional de POLITEC de Água Boa;1.3.5. Gerência Regional da POLITEC de Porto Alegre do

Norte.1.4. Coordenadoria Regional da POLITEC de Sinop;1.4.1. Gerência de Criminalística de Sinop;1.4.2. Gerência de Medicina Legal de Sinop;

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Didatismo e Conhecimento 65

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

1.4.3. Gerência de Identificação de Sinop;1.4.4. Gerência Regional da POLITEC de Alta Floresta;1.4.5. Gerência Regional da POLITEC de Juara;1.4.6. Gerência Regional da POLITEC de Peixoto de Azeve-

do;1.4.7. Gerência Regional da POLITEC de Sorriso;1.5. Coordenadoria Regional da POLITEC Técnica de Tan-

gará da Serra;1.5.1. Gerência de Criminalística de Tangará da Serra;1.5.2. Gerência de Medicina Legal de Tangará da Serra;1.5.3. Gerência de Identificação de Tangará da Serra;1.5.4. Gerência Regional da POLITEC de Diamantino;1.5.5. Gerência Regional da POLITEC de Juína.

SEÇÃO IDO ÓRGÃO DE DECISÃO COLEGIADA

Art. 5º O Conselho de Política Científica e Tecnológica da POLITEC tem como missão orientar a direção geral em relação às decisões técnicas, tecnológicas e procedimentais, buscando as-segurar constantes melhorias e inovações tecnológicas do órgão.

§ 1º O Conselho de Política Científica e Tecnológica da POLI-TEC é órgão consultivo e normativo.

§ 2º O Conselho de Política Científica e Tecnológica da PO-LITEC é integrado pelo Diretor-Geral da POLITEC, pelo Diretor--Geral Adjunto, pelo Corregedor-Geral da POLITEC, como mem-bros natos, e por 04 (quatro) Profissionais da Carreira dos Profis-sionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica, escolhidos de acordo com normas e procedimentos estabelecidos em Regimento Interno.

§ 3º O Conselho será presidido pelo Diretor-Geral e, em sua falta, pelo Diretor-Geral Adjunto.

SEÇÃO IIDO ÓRGÃO DE DIREÇÃO SUPERIOR

Art. 6º A Diretoria-Geral da POLITEC tem como missão promover e coordenar a Política Estadual de Perícias e Identifica-ção, respeitando os princípios éticos e buscando o aprimoramento técnico-científico para contribuir com a justiça social no Estado de Mato Grosso.

§ 1º A Perícia Oficial e Identificação Técnica - POLITEC será dirigida por Perito Oficial, servidor de carreira, de livre nomeação e exoneração pelo Governador do Estado.

§ 2º O Diretor-Geral Adjunto da POLITEC, tem por atribui-ções o assessoramento e o apoio administrativo ao Diretor-Geral, bem como a substituição do titular do cargo em seus impedimen-tos.

Art. 7º São atribuições do Diretor-Geral:I - planejar, padronizar, sistematizar, coordenar, controlar, fis-

calizar, representar, supervisionar e dirigir as funções institucio-nais da POLITEC;

II - dirigir a implantação das políticas científica e tecnológica em Ciência Forense e Identificação Técnica;

III - propor a realização de contratos, convênios, termos de cooperação ou instrumentos jurídicos similares com entidades de ensino e de pesquisa, nacionais ou internacionais necessários ao aprimoramento dos serviços e recursos humanos;

IV - pronunciar-se sobre o relatório anual de atividades, bem como avaliar resultados dos programas, projetos e atividades do órgão;

V - promover a lotação e remoção dos servidores subordina-dos a POLITEC, observadas as disposições legais;

VI - autorizar o afastamento de servidor, quando a serviço da POLITEC, dentro do país;

VII - avocar, excepcionalmente, as competências das unida-des administrativas e atribuições de servidores subordinados;

VIII - delegar, excepcionalmente, competências e atribuições com finalidade específica;

IX - apreciar e opinar a respeito de matérias de interesse da POLITEC que lhe forem submetidas referentes aos assuntos afetos à sua área de competência;

X - propor ao titular da Justiça e Segurança Pública programa-ção orçamentária e financeira do órgão;

XI - cumprir e fazer cumprir as legislações aplicáveis a POLI-TEC, bem como as determinações legais do Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública;

XII - delegar, excepcionalmente, competências e atribuições com finalidade específica;

XIII - cometer, justificadamente e mediante provocação, tra-balhos a outra circunscrição que não a natural;

XIV - apreciar em grau de recurso quaisquer decisões proferi-das no âmbito das unidades administrativas subordinadas.

SEÇÃO IIIDOS ÓRGÃOS DE APOIO ESTRATÉGICO

E ESPECIALIZADO

Art. 8º A Corregedoria de Perícia Oficial e Identificação Téc-nica - POLITEC têm como missão Prevenção da ocorrência de ilí-cito administrativo e a aplicação do regime disciplinar aos servido-res público integrantes da estrutura organizacional da POLITEC.

Parágrafo único. A Corregedoria da POLITEC será exercida exclusivamente por Profissional da Carreira dos Profissionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica, indicado pelo Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública e nomeado por Ato go-vernamental.

Art. 9º A Ouvidoria da POLITEC tem como missão oferecer canais diretos de comunicação com a sociedade bem como avaliar o nível de satisfação da sociedade para com os serviços executados pela POLITEC, visando o levantamento de dados e informações para identificação de questões a serem melhoradas.

Parágrafo único. A Ouvidoria da POLITEC será exercida por Profissional da carreira da Perícia Oficial e Identificação Técnica indicado pelo Diretor-Geral e nomeado por Ato governamental.

Art. 10 O detalhamento das competências das demais unida-des de apoio estratégico e especializado bem como as atribuições de seus servidores será regulamentado mediante Regimento Inter-no.

SEÇÃO IVDOS ÓRGÃOS DE ASSESSORAMENTO SUPERIOR

Art. 11 Os órgãos de assessoramento superior, por meio de seus servidores, têm como missão garantir a agilidade e dinami-zação das ações administrativas da Perícia Oficial e Identificação Técnica condizente à adequada prestação dos seus serviços.

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Didatismo e Conhecimento 66

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Parágrafo único. O detalhamento das competências das Uni-dades de assessoramento superior e as atribuições de seus servido-res será regulamentado mediante Regimento Interno.

SEÇÃO VDOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO PROGRAMÁTICA

Art. 12 A Diretoria de Suporte Institucional tem como missão desenvolver práticas institucionais diretamente relacionadas ao su-porte e incremento da qualidade das demais diretorias finalisticas do órgão.

Art. 13 A Diretoria Metropolitana de Criminalística tem como missão garantir a realização das perícias de criminalística, de forma a contribuir para efetivação da justiça em beneficio da sociedade.

Parágrafo único. A Diretoria Metropolitana de Criminalística será dirigida exclusivamente por Perito Oficial Criminal da Car-reira dos Profissionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica indicado pelo Diretor-Geral e nomeado por Ato governamental.

Art. 14 A Diretoria Metropolitana de Medicina Legal tem como missão garantir a realização das perícias de medicina legal com elevado conhecimento técnico científico, senso ético e pleno respeito ao ser humano.

Parágrafo único. A Diretoria Metropolitana de Medicina Le-gal será dirigida exclusivamente por Perito Oficial Médico ou Odonto-Legista da Carreira dos Profissionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica indicado pelo Diretor-Geral e nomeado por Ato governamental.

Art. 15 A Diretoria Metropolitana de Laboratório Forense tem como missão garantir a realização de Perícias Laboratoriais de natureza química, biológica e toxicológica, utilizando metodo-logia científica, buscando o aprimoramento tecnológico e visando a qualidade e confiabilidade dos trabalhos realizados.

Parágrafo único. A Diretoria Metropolitana de Laboratório Forense será dirigida exclusivamente por Perito Oficial Criminal da Carreira dos Profissionais da Perícia Oficial e Identificação Téc-nica, com graduação em Química, Física, Biologia ou Farmácia, indicado pelo Diretor-Geral e nomeado por Ato governamental.

Art. 16 A Diretoria Metropolitana de Identificação Técnica tem como missão garantir a execução da identificação da popula-ção civil e criminal, buscando a justiça social e o pleno exercício da cidadania.

Parágrafo único. A Diretoria Metropolitana de Identificação Técnica será dirigida exclusivamente por Papiloscopista da Car-reira dos Profissionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica indicado pelo Diretor-Geral e nomeado por Ato governamental.

Art. 17 O detalhamento das competências das demais unida-des de execução programática, coordenadorias e gerências, bem como as atribuições de seus servidores será regulamentado me-diante Regimento Interno.

SEÇÃO VIDOS ÓRGÃOS REGIONAIS

Art. 18 A Diretoria de Interiorização tem como missão exe-cutar as atividades de perícia oficial e identificação técnica no in-terior do Estado, visando ao desempenho técnico satisfatório e à garantia da qualidade de seus serviços.

Parágrafo único. As Coordenadorias e Gerências Regionais da POLITEC estão subordinadas administrativamente à Diretoria de Interiorização da POLITEC e tecnicamente às Diretorias Metropo-litanas de Criminalística, Medicina Legal, Laboratório Forense e Identificação Técnica.

Art. 19 O detalhamento das competências das demais unida-des regionais, coordenadorias e gerências, bem como as atribui-ções de seus servidores será regulamentado mediante Regimento Interno.

CAPITULO IVDOS CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES

Art. 20 Ficam criados, para compor a Estrutura Organizacio-nal da Perícia Oficial e Identificação Técnica do Estado de Mato Grosso - POLITEC os seguintes cargos em comissão:

I - 01 (um) cargo de Diretor-Geral, Nível DGA-2;II - 01 (um) cargo de Corregedor, Nível DGA-5;III - 01 (um) cargo de Ouvidor, Nível DGA-5;IV - 01 (um) cargo de Chefe de Gabinete, Nível DGA-5;V - 19 (dezenove) cargos de Assessor Especial II, Nível DGA-

4;VI - 01 (um) cargo de Assessor Técnico II, Nível DGA-5;VII - 01 (um) cargo de Assessor Técnico III, Nível DGA-6;VIII - 06 (seis) cargos de Diretor, Nível DGA-5;IX - 08 (oito) cargos de Coordenador, Nível DGA-6;X - 17 (dezessete) cargos de Gerente, Nível DGA-8;XI - 06 (seis) cargos de Assistente Técnico I, Nível DGA-8.

Art. 21 Fica transformado, para compor a Estrutura Organi-zacional da Perícia Oficial e Identificação Técnica – POLITEC, 01 (um) cargo de Superintendente, Nível DGA-4 em um 01 (um) cargo de Diretor-Geral Adjunto, Nível DGA-4;

Art. 22 O quantitativo de cargos em comissão e de funções de confiança da Perícia Oficial e Identificação Técnica - POLITEC é fixado nos termos do estabelecido no Anexo único desta lei com-plementar.

Art. 23 Os cargos em comissão das diretorias de execução programática da Perícia Oficial e Identificação Técnica – POLI-TEC serão ocupados por servidores da Carreira dos Profissionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica, com formação técnica e profissional compatível com as competências da unidade.

CAPÍTULO VDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 24 Ficam transferidas para a Unidade Gestora - UG da Perícia Oficial e Identificação Técnica – POLITEC as dotações or-çamentárias relativas aos programas, projetos e atividades, inclusi-ve manutenção, previstas no Plano de Trabalho Anual - PTA/2010 para a atual Superintendência Perícia Oficial e Identificação Téc-nica - POLITEC.

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Didatismo e Conhecimento 67

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Parágrafo único. A fim de garantir as disposições previstas no caput o Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública solicitará, junto à Secretaria de Estado de Planejamento e Coorde-nação Geral, as providências necessárias.

Art. 25 O detalhamento das competências das Unidades e atribuições dos gestores e servidores da Perícia Oficial e Identi-ficação Técnica serão regulamentados em seu regimento interno, no prazo de 90 (noventa) dias, a contar da publicação desta lei complementar.

Art. 26 O quadro de pessoal da Perícia Oficial e Identificação Técnica constitui-se de cargos de provimento em comissão e car-gos de provimento efetivo da carreira dos Profissionais de Desen-volvimento Econômico e Social e da Carreira dos Profissionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica.

Art. 27 Fica revogada a Lei Complementar nº 210, de 12 de maio de 2005.

Art. 28 Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 27 de abril de 2010, 189º da Independência e 122º da República.

*Republicada por ter saído incorreta no D.O. de 27.04.10.

11. DECRETO Nº 2.544, DE 12/05/2010. (DISPÕE SOBRE A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA PERÍCIA OFICIAL E IDENTIFICAÇÃO TÉCNICA - POLITEC,

A REDISTRIBUIÇÃO DE CARGOS EM COMISSÃO E FUNÇÕES DE CONFIANÇA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS). DEC. Nº

126, DE 14/02/2011 (APROVA O REGIMENTO INTERNO DA PERÍCIA OFICIAL E

IDENTIFICAÇÃO TÉCNICA - POLITEC).

DECRETO Nº 2.544, DE 12 DE MAIO DE 2010.

Dispõe sobre a estrutura organizacional da Perícia Oficial e Identificação Técnica – POLITEC, a redistribuição de cargos em comissão e funções de confiança e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 66, incisos III e V, da Constituição Estadual,

D E C R E T A:

Art. 1º À Perícia Oficial e Identificação Técnica - POLITEC, compete realizar as perícias de criminalística, de medicina legal e de odontologia legal, realizar os serviços de identificação civil e criminal e também, perícias auxiliares à proposição de ações civis públicas

Art. 2º Fica aprovada a estrutura organizacional da Perícia Oficial e Identificação Técnica - POLITEC de acordo com o que dispõe: Lei Complementar nº 266 de 29 de dezembro de 2006, Lei Complementar nº 280 de 11 de setembro de 2007, Lei Comple-mentar nº 332 de 10 de Outubro de 2008, Lei Complementar 354 de 07 de Maio de 2009 e a Lei Complementar nº 391, de 27 de Abril de 2010.

Art. 3º A estrutura organizacional básica e setorial da Perícia Oficial e Identificação Técnica – POLITEC compreende as seguin-tes unidades administrativas:

I – NÍVEL DE DECISÃO COLEGIADA1. - Conselho de Política Cientifica e TecnológicaII – NÍVEL DE DIREÇÃO SUPERIOR1. - Diretoria-Geral da POLITEC1.1. - Diretoria-Geral Adjunta da POLITECIII – NÍVEL DE APOIO ESTRATÉGICO E ESPECIALIZA-

DO1. - Corregedoria-Geral da POLITEC2. - Ouvidoria da POLITEC3. - Coordenadoria de Garantia de Qualidade4. - Coordenadoria de Formação Profissional4.1. - Gerência de Suporte a Grupos e Projetos de PesquisaIV – NÍVEL DE ASSESSORAMENTO SUPERIOR1. - Gabinete de Direção

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Didatismo e Conhecimento 68

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

2. - Unidade de AssessoriaV – NÍVEL DE EXECUÇÃO PROGRAMÁTICA1. - Diretoria de Suporte Institucional1.1. - Coordenadoria de Informações Institucionais1.2. - Coordenadoria de Custódia de Evidências1.2.1. - Gerência de Protocolo Geral da POLITEC1.3. - Gerência de Manutenção e Certificação de Equipamen-

tos2. - Diretoria Metropolitana de Criminalística2.1. - Coordenadoria de Perícias Internas2.1.1. - Gerência de Perícias de Balística2.1.2. - Gerência de Perícias de Documentoscopia2.1.3. - Gerência de Perícias de Identificação Veicular2.1.4. - Gerência de Perícias de Computação2.1.5. - Gerência de Perícias em Vestígios de Impressões de

Pele2.1.6. - Gerência de Perícias em Áudio e Vídeo2.2. - Coordenadoria de Pericias Externas2.2.1. - Gerência de Perícias em Crimes de Trânsito2.2.2. - Gerência de Perícias em Mortes Violentas2.2.3. - Gerência de Perícias em Crimes Contra o Patrimônio2.2.4. - Gerência de Perícias de Meio Ambiente e Engenharia

Legal3. - Diretoria Metropolitana de Medicina Legal3.1. - Gerência de Atendimento e Processamento de Docu-

mentos3.2. - Coordenadoria de Perícias em Vivos3.2.1. - Gerência de Perícias em Vítimas de Violência Sexual

e de Gênero3.2.2. - Gerência de Perícias em Psiquiatria Forense3.3. - Coordenadoria de Perícias em Mortos3.3.1. - Gerência de Necropsia3.3.2. - Gerência de Antropologia3.3.3 - Gerência de Histopatologia4. - Diretoria Metropolitana de Laboratório Forense4.1. - Coordenadoria de Perícias em Biologia Molecular4.2. - Coordenadoria do Laboratório de Materiais4.2.1. - Gerência de Perícias em Química Forense4.2.2. - Gerência de Perícias em Toxicologia Forense4.3. - Coordenadoria de Normalização, Pesquisa e Desenvol-

vimento Experimental5. - Diretoria Metropolitana de Identificação Técnica5.1. - Coordenadoria de Identificação Criminal5.1.1. - Gerência de Plantão Integrado5.1.2. - Gerência de Informação5.1.3. - Gerência de Banco de Dados de Padrões5.2. - Coordenadoria de Identificação Civil5.2.1. - Gerência de Processamento de Identificação Civil5.2.2. - Gerência de Identificação CivilVI – NÍVEL DE EXECUÇÃO PROGRAMÁTICA REGIO-

NALIZADA1. - Diretoria de Interiorização da POLITEC1.1. - Coordenadoria Regional da POLITEC de Rondonópolis1.1.1. - Gerência de Criminalística de Rondonópolis1.1.2. - Gerência de Medicina Legal de Rondonópolis1.1.3. - Gerência de Identificação de Rondonópolis1.1.4. - Gerência Regional da POLITEC de Primavera do Les-

te1.1.5. - Gerência Regional da POLITEC de Alto Araguaia

1.2. - Coordenadoria Regional da POLITEC de Cáceres1.2.1. - Gerência de Criminalística de Cáceres1.2.2. - Gerência de Medicina Legal de Cáceres1.2.3. - Gerência de Identificação de Cáceres1.2.4. - Gerência Regional da POLITEC de Pontes e Lacerda1.3. - Coordenadoria Regional da POLITEC de Barra do Gar-

ças1.3.1. - Gerência de Criminalística de Barra do Garças1.3.2. - Gerência de Medicina Legal de Barra do Garças1.3.3. - Gerência de Identificação de Barra do Garças1.3.4. - Gerência Regional da POLITEC de Água Boa1.3.5. - Gerência Regional da POLITEC de Porto Alegre do

Norte1.4. - Coordenadoria Regional da POLITEC de Sinop1.4.1. - Gerência de Criminalística de Sinop1.4.2. - Gerência de Medicina Legal de Sinop1.4.3. - Gerência de Identificação de Sinop1.4.4. - Gerência Regional da POLITEC de Alta Floresta1.4.5. - Gerência Regional da POLITEC de Juara1.4.6. - Gerência Regional da POLITEC de Peixoto de Aze-

vedo1.4.7. - Gerência Regional da POLITEC de Sorriso1.5. - Coordenadoria Regional da POLITEC de Tangará da

Serra1.5.1. - Gerência de Criminalística de Tangará da Serra1.5.2. - Gerência de Medicina Legal de Tangará da Serra1.5.3. - Gerência de Identificação de Tangará da Serra1.5.4. - Gerência Regional da POLITEC de Diamantino1.5.5. - Gerência Regional da POLITEC de Juína

Art. 4º Os cargos em comissão e funções de confiança de Di-reção, Chefia e Assessoramento integrantes da lotação da Perícia Oficial e Identificação Técnica - POLITEC são os dispostos no Anexo I deste Decreto, com a denominação e quantificação ali previstas, estabelecidas com base nas leis que deram origem aos referidos cargos ora remanejados e/ou transformados sem aumento de despesas, com base nos termos da Lei Complementar nº 266, de 29 de dezembro de 2006 e da Lei Complementar nº 391, de 27 de Abril de 2010 e de suas alterações posteriores.

Art. 5º Incumbe ao Diretor-Geral da Perícia Oficial e Identifi-cação Técnica – POLITEC, editar o Regimento Interno do órgão, no prazo de 90 (noventa) dias, estabelecendo a competência e o funcionamento de suas unidades administrativas, bem com o as atribuições dos servidores nela lotados, a ser aprovado pelo Go-vernador do Estado.

Art. 6º O ato de nomeação dos cargos em comissão deverá fa-zer referência expressa à unidade administrativa onde será lotado o ocupante do cargo.

Art. 7º Este Decreto entra em vigor a partir de 1º de Maio de 2010.

Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 12 de maio de 2010.

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Didatismo e Conhecimento 69

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

ANEXO ÚNICO----

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Didatismo e Conhecimento 70

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

DECRETO Nº 126, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2011.

Aprova o Regimento Interno da Perícia Oficial e Identificação Técnica – POLITEC.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso das atribuições que lhe confere o art. 66, incisos III e V da Constituição Estadual,

D E C R E T A:

Art. 1º Fica aprovado o anexo Regimento Interno da Perícia Oficial e Identificação Técnica – POLITEC.

Art. 2º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 14 de fevereiro de 2011, 190º da Independência e 123º da República.

REGIMENTO INTERNO DA PERÍCIA OFICIAL E IDEN-TIFICAÇÃO TÉCNICA DO ESTADO DE MATO GROSSO

TITULO IDA CARACTERIZAÇÃO E DAS FINALIDADES

CAPÍTULO IDA CARACTERIZAÇÃO

Art. 1º A Perícia Oficial e Identificação Técnica criada pela Lei Complementar 391 de 27 de abril de 2010, órgão desconcen-trado da administração direta, vinculada à Secretaria de Estado de Segurança Pública, têm como missão realizar as perícias de na-tureza criminal nas áreas de criminalística, de medicina legal, de odontologia legal e os serviços de identificação técnica civil e cri-minal, no âmbito do Estado de Mato Grosso.

CAPÍTULO IIDAS FINALIDADES

Art. 2º Constituem finalidades da Perícia Oficial e Identifica-ção Técnica:

I - realizar as perícias de criminalística, de medicina legal e de odontologia legal;

II - realizar os serviços de identificação civil;III - realizar os serviços de identificação criminal;IV - realizar perícias auxiliares à proposição de ações civis

públicas, no âmbito de atuação da Perícia Oficial e Identificação Técnica;

V - realizar outras perícias ou serviços de que necessitar a Administração Pública Estadual, no âmbito de atuação da Perícia Oficial e Identificação Técnica;

VI - participar, no âmbito de sua competência, das ações es-tratégicas visando à segurança pública e à garantia da cidadania;

VII - buscar a integração com os demais órgãos vinculados à Secretaria de Estado de Segurança Pública;

VIII - organizar e manter, no âmbito de sua atuação, grupos de pesquisa científica, que visem à constante atualização e aperfeiço-amento de seus procedimentos.

Parágrafo único. Prestar serviços de perícia e identificação cri-minal, e fornecer informações, sempre que requisitadas por autori-dade competente em qualquer fase da persecução penal.

TÍTULO IIDA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL BÁSICA DA PERÍCIA

OFICIAL E IDENTIFICAÇÃO TÉCNICA

CAPÍTULO IDA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL BÁSICA

Art. 3º A estrutura organizacional básica e setorial da Perícia Oficial e Identificação Técnica – POLITEC, definida no Decreto nº 2.544, de 12 de maio de 2010, compreende:

I – NÍVEL DE DECISÃO COLEGIADA1. - Conselho de Política Cientifica e TecnológicaII – NÍVEL DE DIREÇÃO SUPERIOR1. - Diretoria-Geral da POLITEC1.1. - Diretoria-Geral Adjunta da POLITECIII – NÍVEL DE APOIO ESTRATÉGICO E ESPECIALIZA-

DO

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Didatismo e Conhecimento 71

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

1. - Corregedoria-Geral da POLITEC2. - Ouvidoria da POLITEC3. - Coordenadoria de Garantia de Qualidade4. - Coordenadoria de Formação Profissional4.1. - Gerência de Suporte a Grupos e Projetos de PesquisaIV – NÍVEL DE ASSESSORAMENTO SUPERIOR1. - Gabinete de Direção2. - Unidade de AssessoriaV – NÍVEL DE EXECUÇÃO PROGRAMÁTICA1. - Diretoria de Suporte Institucional1.1. - Coordenadoria de Informações Institucionais1.2. - Coordenadoria de Custódia de Evidências1.2.1. - Gerência de Protocolo Geral da POLITEC1.3. - Gerência de Manutenção e Certificação de Equipamen-

tos2. - Diretoria Metropolitana de Criminalística2.1. - Coordenadoria de Perícias Internas2.1.1. - Gerência de Perícias de Balística2.1.2. - Gerência de Perícias de Documentoscopia2.1.3. - Gerência de Perícias de Identificação Veicular2.1.4. - Gerência de Perícias de Computação2.1.5. - Gerência de Perícias em Vestígios de Impressões de

Pele2.1.6. - Gerência de Perícias em Áudio e Vídeo2.2. - Coordenadoria de Pericias Externas2.2.1. - Gerência de Perícias em Crimes de Trânsito2.2.2. - Gerência de Perícias em Mortes Violentas2.2.3. - Gerência de Perícias em Crimes Contra o Patrimônio2.2.4. - Gerência de Perícias de Meio Ambiente e Engenharia

Legal3. - Diretoria Metropolitana de Medicina Legal3.1. - Gerência de Atendimento e Processamento de Docu-

mentos3.2. - Coordenadoria de Perícias em Vivos3.2.1. - Gerência de Perícias em Vítimas de Violência Sexual

e de Gênero3.2.2. - Gerência de Perícias em Psiquiatria Forense3.3. - Coordenadoria de Perícias em Mortos3.3.1. - Gerência de Necropsia3.3.2. - Gerência de Antropologia3.3.3 - Gerência de Histopatologia4. - Diretoria Metropolitana de Laboratório Forense4.1. - Coordenadoria de Perícias em Biologia Molecular4.2. - Coordenadoria do Laboratório de Materiais4.2.1. - Gerência de Perícias em Química Forense4.2.2. - Gerência de Perícias em Toxicologia Forense4.3. - Coordenadoria de Normalização, Pesquisa e Desenvol-

vimento Experimental5. - Diretoria Metropolitana de Identificação Técnica5.1. - Coordenadoria de Identificação Criminal5.1.1. - Gerência de Plantão Integrado5.1.2. - Gerência de Informação5.1.3. - Gerência de Banco de Dados de Padrões5.2. - Coordenadoria de Identificação Civil5.2.1. - Gerência de Processamento de Identificação Civil5.2.2. - Gerência de Identificação CivilVI – NÍVEL DE EXECUÇÃO PROGRAMÁTICA REGIO-

NALIZADA1. - Diretoria de Interiorização da POLITEC

1.1. - Coordenadoria Regional da POLITEC de Rondonópolis1.1.1. - Gerência de Criminalística de Rondonópolis1.1.2. - Gerência de Medicina Legal de Rondonópolis1.1.3. - Gerência de Identificação de Rondonópolis1.1.4. - Gerência Regional da POLITEC de Primavera do Leste1.1.5. - Gerência Regional da POLITEC de Alto Araguaia1.2. - Coordenadoria Regional da POLITEC de Cáceres1.2.1. - Gerência de Criminalística de Cáceres1.2.2. - Gerência de Medicina Legal de Cáceres1.2.3. - Gerência de Identificação de Cáceres1.2.4. - Gerência Regional da POLITEC de Pontes e Lacerda1.3. - Coordenadoria Regional da POLITEC de Barra do Garças1.3.1. - Gerência de Criminalística de Barra do Garças1.3.2. - Gerência de Medicina Legal de Barra do Garças1.3.3. - Gerência de Identificação de Barra do Garças1.3.4. - Gerência Regional da POLITEC de Água Boa1.3.5. - Gerência Regional da POLITEC de Porto Alegre do

Norte1.4. - Coordenadoria Regional da POLITEC de Sinop1.4.1. - Gerência de Criminalística de Sinop1.4.2. - Gerência de Medicina Legal de Sinop1.4.3. - Gerência de Identificação de Sinop1.4.4. - Gerência Regional da POLITEC de Alta Floresta1.4.5. - Gerência Regional da POLITEC de Juara1.4.6. - Gerência Regional da POLITEC de Peixoto de Aze-

vedo1.4.7. - Gerência Regional da POLITEC de Sorriso1.5. - Coordenadoria Regional da POLITEC de Tangará da

Serra1.5.1. - Gerência de Criminalística de Tangará da Serra1.5.2. - Gerência de Medicina Legal de Tangará da Serra1.5.3. - Gerência de Identificação de Tangará da Serra1.5.4. - Gerência Regional da POLITEC de Diamantino1.5.5. - Gerência Regional da POLITEC de Juína

TÍTULO IIIDAS COMPETÊNCIAS

CAPÍTULO IDO NÍVEL DE DECISÃO COLEGIADA

SEÇÃO IDO CONSELHO DE POLÍTICA CIENTÍFICA E TECNOLÓ-

GICA

Art. 4º O Conselho de Política Científica e Tecnológica da POLITEC tem como missão orientar a direção geral em relação às decisões técnicas, tecnológicas e procedimentais, buscando asse-gurar padronização e constantes melhorias e inovações tecnológi-cas do órgão, competindo-lhe:

I - opinar sobre propostas e projetos de inovação total ou in-cremental de tecnologias utilizadas;

II - opinar sobre propostas e projetos de inovação total ou in-cremental de processos de trabalho, inclusive com a utilização de sistemas informatizados;

III - opinar sobre indicadores desenvolvidos para acompanha-mento e avaliação dos resultados obtidos pela Política Estadual de Perícia Oficial e Identificação Técnica;

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Didatismo e Conhecimento 72

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

IV – disciplinar a concessão de medalha de honra ao mérito pericial;

V - opinar sobre assuntos gerais de interesse institucional sub-metidos a sua apreciação;

VI - opinar sobre áreas temáticas para promoção de estudos e pesquisas objetivando o desenvolvimento da perícia forense;

VII - sugerir políticas relativas a integração das ações com outros órgãos de Segurança Pública e Justiça Criminal;

VIII - homologar normas sobre assuntos de interesse da ins-tituição.

§ 1º O Conselho de Política Científica e Tecnológica da POLI-TEC é integrado pelo Diretor Geral da POLITEC, pelo Diretor Ge-ral Adjunto, pelo Corregedor Geral da POLITEC, como membros natos, e por 04 (quatro) Profissionais da Carreira dos Profissionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica POLITEC que estejam nomeados como Diretores nas áreas de atuação do órgão: Crimi-nalística, Identificação Técnica, Laboratório Forense e Medicina Legal.

§ 2º O Conselho de Política Científica e Tecnológica da POLI-TEC será presidido pelo Diretor Geral e, em sua falta, pelo Diretor Geral Adjunto.

§ 3º Reuniões ordinárias serão trimestrais, podendo o Diretor Geral convocar reuniões extraordinárias.

§ 4º Instrução normativa da Diretoria Geral de Perícia Oficial e Identificação Técnica indicará o processo de relatoria em sistema de segregação de competência e de manifestação dos Conselheiros de Política Científica e Tecnológica.

§ 5º O Conselho expedirá normas regulamentando os parâme-tros para elaboração de escala de plantão pelos órgãos de execu-ção programática, bem como a circunscrição operacional de cada estrutura organizacional, em 90 dias a partir da publicação deste regimento.

CAPÍTULO IIDO NÍVEL DE DIREÇÃO SUPERIOR

SEÇÃO IDA DIRETORIA GERAL DA POLITEC

Art. 5º A Diretoria Geral da POLITEC tem como missão pro-mover e coordenar a Política Estadual de Perícias e Identificação, respeitando os princípios éticos e buscando o aprimoramento téc-nico-científico para contribuir com a justiça no Estado de Mato Grosso, competindo-lhe:

I - dirigir e representar a Perícia Oficial e Identificação Téc-nica;

II - convocar servidor para tarefas específicas que dependam de alteração de horário e dia de descanso, sem prejuízo de com-pensação;

III - estabelecer determinações gerais ou especiais a seus su-bordinados;

IV - designar servidores para exercício de funções;V - designar servidores para compor comissão temporária ou

permanente de instrução sumária, sindicância e processo adminis-trativo disciplinar;

VI - intervir, administrativamente, de ofício, quando houver indícios de infração penal, improbidade administrativa e/ou infra-ção administrativa no âmbito da POLITEC;

VII - emitir despachos em documentos, requerimentos e pro-cessos sujeitos à sua apreciação, e que abranjam os seguintes even-tos funcionais de servidores:

a) afastamento cautelar do servidor;b) revogação dos efeitos de suspensão preventiva;c) estabelecer instruções normativas, com objetivo de orientar

os servidores no desempenho das atribuições que lhe são afetas, assegurando a unidade de ação no organismo administrativo.

VIII - aprovar, conjuntamente com a Secretaria de Estado de Administração, os seguintes atos administrativos de pessoal:

a) convocação de concurso;b) estabilidade após estágio probatório;c) declaração de desnecessidade do cargo.IX - sugerir nomes de servidores para nomeação nos cargos

em comissão de direção e chefia, de ocupação exclusiva dos Pro-fissionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica;

X - revisar todos e quaisquer atos administrativos emanados de servidores subordinados, podendo revogá-los, anulá-los ou de-clarar a nulidade sempre que oportuno e conveniente ao interesse público ou eivado de vícios formais ou materiais;

XI - promover a remoção dos profissionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica;

XII - autorizar os profissionais da Perícia Oficial e Identifica-ção Técnica a ausentar-se do Estado, a serviço ou para participar de cursos, especializações, seminários e eventos congêneres rela-cionados à atividade;

XIII - auxiliar imediata e diretamente o Governador do Estado em assuntos relacionados à Perícia Oficial e Identificação Técnica;

XIV - disponibilizar ao Secretário de Estado de Segurança Pública informações sobre a atuação da instituição, apresentando relatórios periódicos com indicadores dos resultados obtidos pela instituição;

XV - propor, a cada exercício, o orçamento da Perícia Oficial e Identificação Técnica – POLITEC ao Secretário de Estado de Segurança Pública;

XVI - aprovar propostas e projetos de inovação total ou incre-mental de tecnologias utilizadas;

XVII - aprovar propostas e projetos de inovação total ou in-cremental de processos de trabalho, inclusive com a utilização de sistemas informatizados;

XVIII - aprovar indicadores desenvolvidos para acompanha-mento e avaliação dos resultados obtidos pela Política Estadual de Perícia Oficial e Identificação Técnica;

XIX - estabelecer padronização de procedimentos;XX - aprovar áreas temáticas para promoção de estudos e pes-

quisas objetivando o desenvolvimento da perícia forense;XXI - aprovar normas sobre assuntos gerais e específicos de

interesse da instituição; XXII - sugerir políticas relativas à integração das ações com

outros órgãos de Segurança Pública e Justiça Criminal;XXIII - sugerir e manifestar-se sobre termos de cooperação

técnica ou convênios em que a POLITEC seja parte;XXIV - deliberar sobre assuntos gerais de interesse institu-

cional;XXV - exercer a interlocução com o Conselho Nacional dos

Dirigentes-Gerais de Órgãos Periciais Forenses;XXVI - exercer a interlocução com órgãos Municipais, Esta-

duais, Nacionais e Internacionais sobre interesses da Perícia Ofi-cial e Identificação Técnica;

XXVII - propor alterações a este Regimento.

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Didatismo e Conhecimento 73

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

SUBSEÇÃO IDA DIRETORIA GERAL ADJUNTA DA POLITEC

Art. 6º A Diretoria Geral Adjunta da POLITEC tem como missão o assessoramento e o apoio administrativo na promoção e coordenação da Política Científica e Tecnológica da POLITEC, respeitando os princípios éticos e buscando o aprimoramento téc-nico e científico para contribuir com a Justiça no Estado de Mato Grosso, competindo-lhe:

I - relatar e atuar em assuntos de competência da Diretoria Geral submetidos a sua apreciação e acompanhamento;

CAPÍTULO IIIDO NÍVEL DE APOIO ESTRATÉGICO E ESPECIALIZADO

SEÇÃO IDA CORREGEDORIA-GERAL DA POLITEC

Art. 7º A Corregedoria de Perícia Oficial e Identificação Téc-nica - POLITEC têm como missão a Prevenção da ocorrência de ilícito administrativo e a aplicação do regime disciplinar aos ser-vidores público integrantes da estrutura organizacional da POLI-TEC, competindo-lhe:

I - atuar como órgão preventivo, das atividades de Perícia Ofi-cial e Identificação Técnica;

II - realizar correições ordinárias e extraordinárias, no âmbito da POLITEC, sugerindo as medidas necessárias à racionalização e eficiência dos serviços;

III - promover a apuração das transgressões disciplinares atri-buídas ao servidor público integrante da estrutura organizacional da POLITEC, conforme legislação vigente;

IV - manter registro e controle dos procedimentos administra-tivos instaurados no âmbito da POLITEC.

Parágrafo único. A Corregedoria Geral será composta pelas Comissões Processantes Permanentes, integradas por servidores efetivos e estáveis no serviço público do quadro da POLITEC, a serem designados por meio de Portaria do Diretor Geral.

SEÇÃO IIDA OUVIDORIA DA POLITEC

Art. 8º A Ouvidoria da Perícia Oficial e Identificação Técnica, unidade de apoio estratégico e especializado, têm como missão oferecer canais diretos de comunicação com a sociedade, bem como avaliar o nível de satisfação da sociedade para com os servi-ços executados pela POLITEC, visando o levantamento de dados e informações para identificação de questões a serem melhoradas, competindo-lhe:

I - receber reclamações ou denúncias que lhe forem dirigidas e encaminhá-las para a solução aos órgãos competentes, para as providências cabíveis;

II - garantir, a todos quantos procurarem a Ouvidoria, o re-torno das providências adotadas a partir de sua intervenção e dos resultados alcançados;

III - garantir a todos os demandantes um caráter de discrição e de fidelidade ao que lhe for transmitido;

IV - sugerir medidas de aprimoramento da prestação de servi-ços administrativos com base nas reclamações, denúncias e suges-tões recebidas, visando garantir que os problemas detectados não se tornem objetos de repetições contínuas;

V - divulgar, permanentemente, os serviços da Ouvidoria da POLITEC junto ao público, para conhecimento, utilização conti-nuada e ciência dos resultados alcançados;

VI - participar e promover a realização de pesquisas, seminá-rios e cursos sobre assuntos relativos ao exercício dos direitos e deveres do cidadão perante a administração pública;

VII - organizar e manter atualizado arquivo da documentação relativa às denúncias, queixas, reclamações e sugestões recebidas;

VIII - apresentar, quando solicitado, relatório de suas ativi-dades;

IX - fornecer sistematicamente as informações de sua área de competência à Coordenadoria de Informações Institucionais da Diretoria de Suporte Institucional.

SEÇÃO IIIDA COORDENADORIA DE GARANTIA DE QUALIDADE

Art. 9º A Coordenadoria de Garantia de Qualidade da Perícia Oficial e Identificação Técnica, unidade de apoio estratégico e es-pecializado, têm como missão impulsionar o processo de melhoria contínua dos serviços executados pela POLITEC, competindo-lhe:

I - requerer informações à ouvidoria, à corregedoria e às di-retorias que compõe a POLITEC visando diagnóstico que paute a priorização dos assuntos organizacionais a serem melhorados;

II - mapear as competências requeridas, para o desenvolvi-mento dos processos de trabalho prioritários das unidades orga-nizacionais;

III - desenvolver matriz de correlação dos conhecimentos, habilidades e as atitudes necessárias para cada arcabouço de com-petências;

IV - acompanhar o processo de padronização de procedimen-tos;

V - opinar sobre o plano de capacitação continuada;VI - liderar o processo interno de certificação dos serviços

ofertados pela POLITEC;VII - liderar o processo interno de acreditação dos serviços

ofertados pela POLITEC;VIII - liderar o processo interno de escrita do manual da qua-

lidade das áreas técnicas;IX - fornecer sistematicamente as informações de sua área de

competência à Coordenadoria de Informações Institucionais da Diretoria de Suporte Institucional.

SEÇÃO IVDA COORDENADORIA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Art. 10. A Coordenadoria de Formação Profissional da Perícia Oficial e Identificação Técnica, unidade de apoio estratégico e es-pecializado, têm como missão acompanhar os concursos públicos e a formação profissional dos profissionais do quadro da POLI-TEC, competindo-lhe:

I - sugerir áreas temáticas para promoção de estudos e pesqui-sas objetivando o desenvolvimento da perícia forense ao Conselho de Política Científica e Tecnológica da POLITEC;

II - sugerir à Diretoria Geral da POLITEC e Conselho de Po-lítica Científica e Tecnológica da POLITEC planos e projetos de formação profissional e de capacitação continuada;

III - promover e acompanhar a execução de planos e projetos de formação profissional e capacitação continuada aprovados pelo Conselho de Política Científica e Tecnológica da POLITEC;

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Didatismo e Conhecimento 74

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

IV - realizar diagnóstico da capacitação profissional de cada servidor do quadro da POLITEC mantendo registro e controle em banco de dados;

V - manter registro e controle da evolução da capacitação de cada servidor do quadro da POLITEC em banco de dados;

VI - fornecer informações aos Diretores da POLITEC sobre capacitação dos servidores do quadro da POLITEC;

VII - acompanhar a execução de concursos públicos;VIII - fornecer sistematicamente as informações de sua área

de competência à Coordenadoria de Informações Institucionais da Diretoria de Suporte Institucional.

SUBSEÇÃO IDA GERÊNCIA DE SUPORTE A GRUPOS E PROJETOS DE

PESQUISA

Art. 11. A Gerência de Suporte a Grupos e Projetos de Pes-quisa da Perícia Oficial e Identificação Técnica, unidade de apoio estratégico e especializado, tem como missão promover a forma-ção de grupos de estudos e facilitar a administração de projetos de pesquisa no âmbito da POLITEC, competindo-lhe:

I - secretariar os grupos de pesquisa e comissões especiais de trabalho formados na POLITEC;

II - elaborar e preencher formulários relativos às pesquisas;III - sistematizar dados;IV - fornecer informações;V - atualizar anualmente os índices de desenvolvimento pro-

fissional da carreira de Perito Oficial Criminal, Perito Oficial Mé-dico Legista, Perito Oficial Odonto Legista, Papiloscopista e Téc-nico em Necropsia.

CAPÍTULO IVDO NÍVEL DE ASSESSORAMENTO SUPERIOR

SEÇÃO IDO GABINETE DE DIREÇÃO

Art. 12. O Gabinete de Direção tem como missão auxiliar o Diretor Geral e o Diretor Geral Adjunto por meio do atendimento ao público e do gerenciamento das informações entre as áreas da POLITEC, competindo-lhe:

I - assistir ao Diretor Geral e Diretor Geral Adjunto no desem-penho das atividades administrativas e da representação política e social;

II - prestar atendimento e informações ao público interno e externo, orientando-o naquilo que for solicitado;

III - receber, elaborar, despachar, controlar e oficializar as cor-respondências recebidas no Gabinete;

IV – coordenar, analisar e oficializar os atos administrativos e normativos;

V – consolidar, organizar e controlar leis, decretos e demais atos normativos de competência do órgão, entidade ou unidade;

VI - analisar e controlar as despesas do Gabinete;VII - organizar as reuniões do Diretor Geral;VIII - realizar a representação política e institucional da PO-

LITEC.

SEÇÃO IIDA UNIDADE DE ASSESSORIA

Art. 13. A Unidade de Assessoria tem como missão prestar as-sessoria técnica, administrativa e jurídica aos gabinetes de direção e às demais unidades administrativas, competindo-lhe:

I – elaborar parecer técnico, administrativo e jurídico;II – elaborar estudos e projetos de caráter técnico-legal;III – desenvolver relatórios técnicos, informativos e geren-

ciais;IV – elaborar minutas de leis, decretos e demais normas regu-

lamentadoras, respeitando a orientação técnica quanto ao conteúdo do instrumento;

V – estabelecer mecanismos de articulação e integração entre as áreas da POLITEC para a programação e execução de seus pro-jetos e atividades;

VI – congregar, desdobrar, divulgar e acompanhar as metas da POLITEC e das unidades componentes de sua estrutura, mantendo a alta administração informada;

VII – facilitar o fluxo de processos em ações interinstitucionais da POLITEC, junto à área governamental e não-governamental.

CAPÍTULO VDO NÍVEL DE EXECUÇÃO PROGRAMÁTICA

SEÇÃO IDA DIRETORIA DE SUPORTE INSTITUCIONAL

Art. 14. A Diretoria de Suporte Institucional tem como missão desenvolver práticas institucionais diretamente relacionadas ao suporte e incremento da qualidade dos serviços prestados pelas demais diretorias finalísticas da POLITEC, competindo-lhe:

I - centralizar e analisar dados e informações concernentes às atividades operacionais de perícia oficial e de identificação técni-ca, visando subsidiar a elaboração da política institucional;

II – fomentar a publicação anual de dados periciais juntamen-te com artigos científicos como ferramentas para a interpretação, intervenção e prevenção à criminalidade em Mato Grosso;

III - propor ações que visem à melhoria do atendimento ao público externo e interno;

IV - minutar normas e desenvolver projetos, a serem sub-metidas à apreciação e homologação do Conselho, concernentes a adoção de boas práticas de guarda, manutenção, conservação, transporte de evidências, protocolo e arquivamento;

V - manter banco de dados referentes às atividades adminis-trativas de perícia oficial e de identificação técnica, especialmente banco de especificação de materiais e de projetos de aparelhamen-to e de infraestrutura;

VI - propor sistemática de manutenção, certificação e calibra-ção de equipamentos;

VII – acompanhar a execução orçamentária e financeira do órgão.

SUBSEÇÃO IDA COORDENADORIA DE INFORMAÇÕES

INSTITUCIONAIS

Art. 15. A Coordenadoria de Informações Institucionais tem como missão centralizar dados e informações bem como promover sua análise e publicação, competindo-lhe:

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Didatismo e Conhecimento 75

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

I - desenvolver e manter atualizada sistemática de coleta de dados, que possibilite tratamento estatístico, concernente às perí-cias oficiais e aos serviços de identificação técnica;

II - reunir dados sobre demanda de perícias e sobre capacidade de atendimento de perícias, nas dimensões quantitativas e qualita-tivas, classificando-as pela região e natureza;

III - reunir dados sobre emissão de documentos de todas as diretorias que compõem a POLITEC;

IV - publicar anualmente dados periciais juntamente com arti-gos científicos como ferramentas para a interpretação, intervenção e prevenção à criminalidade em Mato Grosso;

V - controlar o acesso a informação no âmbito da POLITEC, incluindo os sistemas informatizados, por exemplo, a rede INFO-SEGe, o ambiente QWS, o GED;

VI - subsidiar a Diretoria Geral e demais Diretorias da POLI-TEC com informações necessárias ao desenvolvimento de proje-tos, estudos e pesquisas;

VII - desenvolver indicadores, minutar normas e desenvolver projetos a serem submetidos à apreciação e homologação do Con-selho, concernentes ao bom desenvolvimento das competências desta coordenadoria.

Parágrafo único. A Coordenadoria de Informações Institucio-nais é a destinatária das informações de todos os bancos de dados formados na Coordenadoria de Garantia da Qualidade e Coordena-doria de Formação Profissional.

SUBSEÇÃO IIDA COORDENADORIA DE CUSTÓDIA DE EVIDÊNCIAS

Art. 16. A Coordenadoria de Custódia de Evidências tem como missão coordenar os procedimentos atinentes ao trâmite de materiais e documentos enviados a exames, competindo-lhe:

I - desenvolver projetos e minutar normas, a serem submeti-dos à apreciação e homologação do Conselho, sobre a padroniza-ção das atividades de recebimento, transporte, distribuição e guar-da de materiais enviados a exames;

II - desenvolver sistemática de conservação e guarda de contra prova para fins de atendimento ao disposto na legislação proces-sual penal vigente;

III - identificar novas tecnologias aplicáveis a melhoria da or-ganização da cadeia de custódia das evidências;

IV - propor anualmente à Direção Geral o projeto orçamentá-rio necessário para implementar melhorias no processo de custódia de evidências;

V - acompanhar as alterações da legislação relativas à custó-dia de evidências.

DA GERÊNCIA DE PROTOCOLO GERAL DA POLITEC

Art. 17. A Gerência de Protocolo Geral tem como missão exe-cutar atividades de recebimento, protocolização, distribuição e ar-quivo de documentos e materiais, competindo-lhe:

I - cumprir e fazer cumprir a padronização das atividades de recebimento, transporte, distribuição, arquivamento de documen-tos, de evidências e contra-provas;

II - prestar informações ao público externo sobre a tramitação interna das correspondências entregues na POLITEC;

III - distribuir internamente correspondências, publicações, periódicos e documentos em geral;

IV - receber, numerar, cadastrar e distribuir documentos e ma-teriais enviados a exame.

SUBSEÇÃO IIIDA GERÊNCIA DA MANUTENÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE

EQUIPAMENTOS

Art. 18. A Gerência de Manutenção e Certificação de Equipa-mentos tem como missão manter os equipamentos em condições ótimas de uso, competindo-lhe:

I - formular plano de manutenção preventiva dos equipamen-tos;

II - acompanhar a aquisição de manutenção preventiva e cor-retiva dos equipamentos;

III - providenciar a calibração dos equipamentos necessários ao processo de acreditação e certificação dos serviços;

IV - arquivar manuais dos equipamentos, fornecendo uma có-pia para utilização da unidade recebedora.

SEÇÃO IIDA DIRETORIA METROPOLITANA DE CRIMINALÍSTICA

Art. 19. A Diretoria Metropolitana de Criminalística tem como missão garantir a realização das perícias de criminalística, de forma a contribuir para a efetivação da justiça em benefício da sociedade, competindo-lhe:

I – dirigir a realização dos exames de corpo de delito e outras perícias criminais abrangendo todas as perícias no local de crime especialmente aqueles contra a vida, crimes contra o patrimônio, crimes de trânsito, engenharia legal e meio ambiente, bem como as perícias de:

a) balística;b) documentoscopia;c) áudio e vídeo;d) identificação veicular;e) computação;f) vestígios de impressões de pele;g) outras perícias criminais correlatas.II – dirigir e controlar a designação de peritos para realizar

perícias em local de crime procedendo à coleta, registro e análise de informações e de vestígios como fios de cabelos, manchas de sangue, esperma, saliva, tecidos biológicos, impressões digitais latentes, vestes, cartuchos, projéteis, armas, cacos, fragmentos de tinta, entre outros;

III - expedir laudos periciais, laudos periciais vinculados, lau-dos periciais complementares, justificativas técnicas, informações técnicas, ofícios e comunicações internas;

IV – dirigir a verificação de conformidade dos materiais enca-minhados a exame com o requisitado pelas autoridades competen-tes, a fim de constatar a viabilidade da realização da perícia;

V - proceder às diligências necessárias à complementação dos exames periciais na Capital e nos pólos Regionalizados;

VI - fiscalizar o cumprimento das normas instituídas;VII - indicar membros para grupos ou comissões de trabalhos

especiais como padronização de exames, de procedimentos e de laudos periciais;

VIII - integrar ações e procedimentos com órgãos relaciona-dos à prática pericial;

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Didatismo e Conhecimento 76

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

IX - dar apoio técnico e operacional às demais unidades da POLITEC;

X - propor ao Conselho de Política Científica e Tecnológica novos métodos e técnicas de trabalho, por meio de pesquisas la-boratoriais;

XI - assegurar sigilo do conteúdo dos laudos quando expres-samente solicitado.

§ 1º Os exames periciais requisitados e não elencados nes-te regimento serão analisados por mesa técnica de especialistas frente à capacidade instalada na diretoria de criminalística quanto à possibilidade técnica no caso concreto, sendo designados ou re-jeitados pela diretoria.

§ 2º Nos casos em que se verificar a impossibilidade técnica de realização do exame pericial, todos os materiais recebidos de-verão ser devolvidos ao solicitante, justificando-se as razões da não realização da análise.

SUBSEÇÃO IDA COORDENADORIA DE PERÍCIAS INTERNAS

Art. 20. A Coordenadoria de Perícias Internas tem como mis-são promover a distribuição e a execução das perícias das gerên-cias internas no âmbito da Diretoria Metropolitana de Criminalís-tica, competindo-lhe:

I – coordenar a verificação de conformidade dos materiais encaminhados a exame com o requisitado pelas autoridades com-petentes, a fim de constatar a viabilidade da realização da perícia;

II – coordenar a realização dos exames periciais de crimina-lística, nas áreas da balística, documentoscopia, áudio e vídeo, im-pressões de pele, identificação de veículos e computação;

III - orientar a priorização do atendimento de requisições peri-ciais em casos que envolvam morte violenta, criança, adolescente, idoso, flagrante delito ou réu preso;

IV - supervisionar o desenvolvimento do trabalho das equipes diretamente subordinadas, inclusive os prazos decorrentes para a expedição dos laudos correspondentes aos exames realizados;

V - acompanhar o ingresso de dados nos bancos informatiza-dos, visando corretas e completas informações registradas;

VI - receber e encaminhar as solicitações de exames comple-mentares;

VII - prestar informações acerca do andamento das perícias requisitadas;

VIII - receber e manter sob custódia os materiais e objetos relacionados com exames periciais até sua distribuição ao perito responsável.

DA GERÊNCIA DE PERÍCIAS DE BALÍSTICA

Art. 21. A Gerência de Perícias em Balística tem como missão gerenciar a execução das perícias acompanhando e orientando pela análise de todas as informações e os vestígios necessários à reali-zação da perícia, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade dos materiais enca-minhados a exame com o requisitado pelas autoridades competen-tes, a fim de constatar a viabilidade da realização da perícia;

II - realizar os exames periciais em:a) armas de fogo e componentes, respondendo aos quesitos

inerentes à:

1. descrição do objeto;2. classificação legal da arma;3. verificação da eficiência e funcionamento da arma;4. identificação (número de série).b) exames em munição, procedendo-se à descrição da peça, à

classificação legal do calibre e à eficiência;c) confrontos balísticos;d) outras perícias correlatas à matéria.III - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem

como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

IV - requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

V - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo complementar;

VI - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, à elucidação de perícias.

DA GERÊNCIA DE PERÍCIAS DE DOCUMENTOSCOPIA

Art. 22. A Gerência de Perícias em Documentoscopia tem como missão gerenciar a execução das perícias acompanhando e orientando pela análise de todas as informações e os vestígios ne-cessários à realização da perícia, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade dos materiais enca-minhados a exame com o requisitado pelas autoridades competen-tes, a fim de constatar a viabilidade da realização da perícia;

II - realizar os exames periciais:a) grafotécnicos (autenticidade, falsidade e autoria gráfica);b) em documentos (autenticidade, falsidade e adulteração);c) de contrafação;d) em papel moeda, selos e rótulos;e) outras perícias correlatas à matéria.III - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem

como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

IV - requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

V - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo complementar;

VI - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, à elucidação de perícias.

DA GERÊNCIA DE PERÍCIAS DE IDENTIFICAÇÃO VEICULAR

Art. 23. A Gerência de Perícias em Identificação Veicular tem como missão gerenciar a execução das perícias acompanhando e orientando pela análise de todas as informações e os vestígios ne-cessários à realização da perícia, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade dos materiais enca-minhados a exame com o requisitado pelas autoridades competen-tes, a fim de constatar a viabilidade da realização da perícia;

II - realizar os exames periciais:a) de numerações identificadoras de veículos (originalidade e

adulteração);b) de numerações identificadoras de agregados e componentes

de veículos (originalidade e adulteração);

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Didatismo e Conhecimento 77

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

c) outras perícias correlatas à matéria.III - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem

como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

IV - requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

V - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo complementar;

VI - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, à elucidação de perícias.

DA GERÊNCIA DE PERÍCIAS DE COMPUTAÇÃO

Art. 24. A Gerência de Perícias de Computação tem como missão gerenciar a execução das perícias acompanhando e orien-tando pela análise de todas as informações e os vestígios necessá-rios à realização da perícia, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade dos materiais enca-minhados a exame com o requisitado pelas autoridades competen-tes, a fim de constatar a viabilidade da realização da perícia;

II - realizar os exames periciais:a) exames em software;b) exames em hardware;c) exames de verificação de invasão a computadores e redes

de computadores;d) exames de fraudes via internet;e) exames em bancos de dados;f) outras perícias correlatas à matéria.III - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem

como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

IV - requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

V - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo complementar;

VI - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, à elucidação de perícias.

DA GERÊNCIA DE PERÍCIAS EM VESTÍGIOS DE IM-PRESSÕES DE PELE

Art. 25. A Gerência de Perícias em Vestígios de Impressões de Pele tem como missão gerenciar a execução das perícias acom-panhando e orientando pela análise de todas as informações e os vestígios necessários à realização da perícia, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade dos materiais enca-minhados a exame com o requisitado pelas autoridades competen-tes, a fim de constatar a viabilidade da realização da perícia;

II - realizar os exames periciais:a) exames de pesquisa, revelação e levantamento de impres-

sões papilares nos objetos recolhidos em local de crime;b) confronto de fragmentos de impressões papilares coletadas

em locais de crime ou em objetos enviados a exame laboratorial, com impressões padrões enviada pelas autoridades requisitantes ou apostas nos prontuários de identificação, ou ainda, com as im-pressões a serem consultadas no banco de dados do sistema infor-matizado;

c) confronto de fragmentos de impressões papilares, coletadas em diferentes locais de crime ou em objetos enviados a exame laboratorial, com outros fragmentos, coletados em diferentes lo-cais e objetos, a serem consultados no banco de dados do sistema informatizado;

d) outras perícias correlatas à matéria.III - manter em seus arquivos os cartões de contrastes ou as

imagens das impressões papilares coletadas em locais de crimes e em objetos enviados à gerência;

IV – proceder à verificação de conformidade quanto à quali-dade das coletas de fragmentos de impressão papilares, oriundo de local de crime ou de objetos relacionados à pratica delituosa, antes do ingresso no banco de dados informatizado;

V - inserir no sistema de confronto automatizado os fragmen-tos de impressões papilares coletados em locais e objetos relacio-nados a crimes;

VI - pesquisar no sistema de confronto automatizado visando confrontar as impressões papilares oriundas de locais de crimes ou coletadas em objetos enviados à gerência com as impressões papilares que constam do banco de dados do sistema;

VII - proceder à requisição de objetos de prontuários de iden-tificação civil ou criminal e de outros documentos, bem como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessidade para realização da perícia;

VIII - requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

IX - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo comple-mentar;

X - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, à elucidação de perícias.

DA GERÊNCIA DE PERÍCIAS EM ÁUDIO E VÍDEO

Art. 26. A Gerência de Perícias em Áudio e Vídeo tem como missão gerenciar a execução das perícias acompanhando e orien-tando pela análise de todas as informações e os vestígios necessá-rios à realização da perícia, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade dos materiais enca-minhados a exame com o requisitado pelas autoridades competen-tes, a fim de constatar a viabilidade da realização da perícia;

II - realizar os exames periciais:a) exames de transcrição de vídeos;b) exames de verificação de locutor;c) exames de verificação de edição;d) exames de identificação por imagem;e) perícias correlatas à matéria.III - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem

como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

IV - requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

V - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo complementar;

VI - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, à elucidação de perícias.

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Didatismo e Conhecimento 78

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

SUBSEÇÃO IIDA COORDENADORIA DE PERÍCIAS EXTERNAS

Art. 27. A Coordenadoria de Perícias Externas tem como mis-são coordenar a execução das perícias em locais de crime, cole-tando todas as informações e vestígios necessários à efetivação da perícia, competindo-lhe:

I - realizar os exames periciais de criminalística, nas áreas de meio ambiente, engenharia legal, crimes de trânsito, mortes vio-lentas e crimes contra o patrimônio;

II – coordenar a designação de peritos para realizar perícias em local de crime procedendo à coleta, registro e análise de infor-mações e de vestígios como fios de cabelos, manchas de sangue, esperma, saliva, tecidos biológicos, impressões papilares latentes, vestes, cartuchos, projéteis, armas, cacos, fragmentos de tinta, en-tre outros;

III - orientar a priorização do atendimento de requisições peri-ciais em casos que envolvam morte violenta, criança, adolescente, idoso, flagrante delito ou réu preso;

IV - supervisionar o desenvolvimento do trabalho das equipes diretamente subordinadas, inclusive os prazos decorrentes para a expedição dos laudos correspondentes aos exames realizados;

V - acompanhar o ingresso de dados nos bancos informatiza-dos, visando corretas e completas informações registradas;

VI - receber e encaminhar as solicitações de exames periciais vinculados às outras unidades da POLITEC;

VII - prestar informações acerca do andamento das perícias requisitadas;

VIII - receber e manter sob custódia os materiais e objetos relacionados com exames periciais até sua distribuição ao perito responsável;

IX - coordenar a realização de perícias correlatas à matéria.

DA GERÊNCIA DE PERÍCIAS EM CRIMES DE TRÂNSITO

Art. 28. A Gerência de Perícias em Crimes de Trânsito tem como missão coordenar a execução dessas perícias em locais de crime, coletando todas as informações e os vestígios necessários à busca da elucidação do delito, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade do exame requisi-tado pelas autoridades competentes;

II - realizar exames periciais diretos em locais de acidente de trânsito com vítima nas vias públicas ou privadas que permitem a circulação de veículos;

III - realizar exames periciais diretos em locais de acidente de trânsito envolvendo veículos do poder executivo estadual nas vias públicas ou privadas que permitem a circulação de veículos;

IV - realizar exames periciais diretos de constatação de danos em veículos relacionados a crimes de trânsito;

V - proceder à coleta, registro e análise de informações e de vestígios como fios de cabelos, manchas de sangue, esperma, sa-liva, tecidos biológicos, impressões papilares latentes, vestes, car-tuchos, projéteis, armas, cacos, fragmentos de tinta, entre outros;

VI - realizar exames periciais indiretos relativos a crimes de trânsito;

VII - realizar exames periciais de reprodução simulada dos fatos relativos a acidente de trânsito com vítima;

VIII - requisitar objetos ou documentos, bem como à inquiri-ção de pessoas nos casos em que houver necessidade para realiza-ção da perícia;

IX - requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

X - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo complementar;

XI - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, à elucidação de perícias;

XII - realizar outras perícias correlatas à matéria.

DA GERÊNCIA DE PERÍCIAS EM MORTES VIOLENTAS

Art. 29. A Gerência de Perícias em Crimes de Mortes Vio-lentas tem como missão coordenar a execução dessas perícias em locais de crime, coletando todas as informações e os vestígios ne-cessários à busca da elucidação do delito, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade do exame requisi-tado pelas autoridades competentes;

II - realizar exames periciais diretos em locais de acidentes em geral que resultem em lesões corporais ou morte suspeita, exceto acidente de trabalho e de trânsito;

III - realizar exames periciais diretos em locais de disparo de arma de fogo;

IV - proceder à coleta, registro e análise de informações e de vestígios como fios de cabelos, manchas de sangue, esperma, sa-liva, tecidos biológicos, impressões papilares latentes, vestes, car-tuchos, projéteis, armas, cacos, fragmentos de materiais incluindo aqueles para exame residuográfico, fragmentos de tinta, entre ou-tros;

V - realizar exames periciais diretos ou indiretos em locais de crimes contra a vida, inclusive latrocínio;

VI - realizar exames periciais de reprodução simulada dos fa-tos relativos a casos de crime contra a vida;

VII - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

VIII - requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

IX - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo comple-mentar;

X - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, à elucidação de perícias;

XI - realizar outras perícias correlatas à matéria.

DA GERÊNCIA DE PERÍCIAS EM CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO

Art. 30. A Gerência de Perícias em Crimes contra o Patrimô-nio tem como missão coordenar a execução dessas perícias em locais de crime, coletando todas as informações e os vestígios ne-cessários à busca da elucidação do delito, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade do exame requisi-tado pelas autoridades competentes;

II - realizar exames periciais diretos em locais relacionados a delitos contra o patrimônio, exceto latrocínio;

III - proceder à coleta, registro e análise de informações e de vestígios como fios de cabelos, manchas de sangue, esperma, sa-liva, tecidos biológicos, impressões papilares latentes, vestes, car-tuchos, projéteis, armas, cacos, fragmentos de tinta, entre outros;

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Didatismo e Conhecimento 79

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

IV - realizar exames periciais indiretos relativos a crimes con-tra o patrimônio;

V - realizar exames periciais de reprodução simulada dos fatos relativos a crime contra o patrimônio;

VI - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

VII - requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

VIII - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo comple-mentar;

IX - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, à elucidação de perícias;

X - realizar outras perícias correlatas à matéria.

DA GERÊNCIA DE PERÍCIAS DE MEIO AMBIENTE E EN-GENHARIA LEGAL

Art. 31. A Gerência de Perícias de Meio Ambiente e Engenha-ria Legal tem como missão coordenar a execução dessas perícias em locais de crime, coletando todas as informações e os vestígios necessários à busca da elucidação do delito, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade do exame requisi-tado pelas autoridades competentes;

II - realizar exames periciais diretos em locais relacionados a delitos contra o meio ambiente e as perícias de engenharia legal:

a) constatação de furto de pulso telefônico, furto de energia e furto de água;

b) exames em local de explosão, desabamento e desmorona-mento;

c) exames em local de incêndios residenciais, comerciais, industriais e em veículos, quando requisitada a determinação da causa do evento;

d) exames de engenharia mecânica em veículos e outros ob-jetos/instrumentos;

e) exames de local de morte violenta relacionada a acidente de trabalho e a incêndio;

f) exames em local de crime ambiental (Exemplo: incêndio florestal, pescado, desmatamento, poluição e caça);

g) realizar outras perícias correlatas à matéria.III - proceder à coleta, registro e análise de informações e de

vestígios;IV - realizar exames periciais indiretos relativos a delitos con-

tra o meio ambiente e as perícias de engenharia legal;V - realizar exames periciais de reprodução simulada dos fatos

relativos à competência da Gerência;VI - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem

como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

VII - requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

VIII - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo comple-mentar;

IX - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, à elucidação de perícias.

SEÇÃO IIIDA DIRETORIA METROPOLITANA DE MEDICINA LEGAL

Art. 32. A Diretoria Metropolitana de Medicina Legal tem como missão realizar as perícias de medicina legal e odontologia legal, com elevado conhecimento técnico científico, senso ético e pleno respeito ao ser humano, competindo-lhe:

I – dirigir a realização de exame pericial de necropsia, deter-minando a causa mortis, as lesões corporais, a trajetória de projé-teis de armas de fogo, o instrumento utilizado e outros vestígios presentes;

II - proceder à exumação;III – dirigir a realização de exames periciais de antropologia

forense;IV - dirigir a realização de exames periciais de histopatologia

forense;V - dirigir a realização de exame pericial para determinação

da presença de lesões corporais;VII - dirigir a realização de exames odonto-legais para veri-

ficação de traumas, constatação da idade e identificação humana;VIII - dirigir a realização de exames periciais de conjunção

carnal e ato libidinoso;IX - dirigir a realização de exames periciais de psiquiatria fo-

rense;X – dirigir a coleta de material humano para análises vincula-

das e / ou complementares, bem como requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

XI - expedir laudos periciais, laudos periciais vinculados, lau-dos periciais complementares, justificativas técnicas, informações técnicas, ofícios e comunicações internas;

XII - supervisionar o desenvolvimento do trabalho das equi-pes diretamente subordinadas, inclusive os prazos decorrentes para a expedição dos laudos correspondentes aos exames realizados;

XIII - acompanhar o ingresso de dados nos bancos informati-zados, visando corretas e completas informações registradas;

XIV - proceder às diligências necessárias à complementação dos exames periciais na Capital e nos pólos Regionalizados;

XV - fiscalizar o cumprimento das normas instituídas;XVI - indicar membros para grupos ou comissões de trabalhos

especiais como padronização de exames, de procedimentos e de laudos periciais;

XVII - integrar ações e procedimentos com órgãos relaciona-dos à prática pericial;

XVIII - dar apoio técnico e operacional às demais unidades da POLITEC;

XIX - propor ao Conselho de Política Científica e Tecnológica novos métodos e técnicas de trabalho, por meio de pesquisas;

XX - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, à elucidação de perícias;

XXI - assegurar sigilo do conteúdo dos laudos quando expres-samente solicitado.

§ 1º Os exames periciais em medicina legal e em odontologia legal requisitados e não elencados neste regimento serão analisa-dos por mesa técnica de especialistas frente à capacidade instalada na diretoria de medicina legal quanto à possibilidade técnica no caso concreto, sendo designados ou rejeitados pela diretoria.

§ 2º Nos casos em que se verificar a impossibilidade técnica de realização do exame pericial, todos os materiais recebidos de-verão ser devolvidos ao solicitante, justificando-se as razões da não realização da análise.

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Didatismo e Conhecimento 80

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

SUBSEÇÃO IGERÊNCIA DE ATENDIMENTO E PROCESSAMENTO DE

DOCUMENTOS

Art. 33. A Gerência de Atendimento e Processamento de Do-cumentos tem como missão informar e orientar o público quanto aos serviços oferecidos e executar o processamento da documen-tação recebida e expedida, competindo-lhe:

I - cumprir e fazer cumprir as normas, procedimentos e pro-tocolos instituídos;

II - proceder à verificação de conformidade da documentação recebida;

III - receber, registrar, processar e despachar a documentação recebida;

IV - manter o sigilo sobre o conteúdo dos documentos recebi-dos e expedidos;

V - receber e manter sob custódia os documentos e objetos relacionados com exames periciais até sua distribuição ao setor competente.

SUBSEÇÃO IICOORDENADORIA DE PERÍCIAS EM VIVOS

Art. 34. A Coordenadoria de Perícias em Vivos tem como missão coordenar a realização das perícias médico e odonto-legal em vivos, aplicando conhecimentos técnico-científicos com ética e pleno respeito ao ser humano, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade do exame requisi-tado pelas autoridades competentes;

II - realizar os exames periciais de medicina legal e odontolo-gia legal em vivos, competindo-lhe:

a) realizar exame pericial de lesões corporais;b) realizar exame pericial de conjunção carnal e ato libidino-

so;c) realizar exames de insanidade mental;d) realizar exames odonto-legais para verificação de traumas

e da idade;e) realizar outras perícias correlatas à matéria.III - orientar a priorização do atendimento de requisições peri-

ciais em casos que envolvam morte violenta, criança, adolescente, idoso, flagrante delito ou réu preso;

IV - supervisionar o desenvolvimento do trabalho das equipes diretamente subordinadas, inclusive os prazos decorrentes para a expedição dos laudos correspondentes aos exames realizados;

V - cumprir e fazer cumprir as normas, procedimentos e pro-tocolos instituídos;

VI - acompanhar o ingresso de dados nos bancos informatiza-dos, visando corretas e completas informações registradas;

VII - coletar material humano para análises vinculadas e / ou complementares, bem como requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

VIII - prestar informações acerca do andamento das perícias requisitadas;

IX - receber e manter sob custódia os documentos e objetos relacionados com exames periciais até sua distribuição ao perito responsável.

GERÊNCIA DE PERÍCIAS EM VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL E DE GÊNERO

Art. 35. A Gerência de Perícias em Vítimas de Violência Se-xual e de Gênero tem como missão humanizar a execução das perícias acompanhando e orientando pela análise de todas as in-formações e os vestígios necessários à realização da perícia, com-petindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade do exame requisi-tado pelas autoridades competentes;

II - realizar os exames periciais:a) de violência sexual;b) de gênero;c) outras perícias correlatas à matéria.III - coletar material humano para análises vinculadas e / ou

complementares, bem como requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

IV - cumprir as normas, procedimentos e protocolos institu-ídos;

V - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

VI - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo comple-mentar.

Gerência de Perícias em Psiquiatria Forense

Art. 36. A Gerência de Perícias em Psiquiatria Forense tem como missão a execução das perícias psiquiátricas, aplicando co-nhecimentos técnico-científicos com ética e pleno respeito ao ser humano competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade do exame requisi-tado pelas autoridades competentes;

II - realizar os exames periciais na área de psiquiatria forense, competindo-lhe diagnosticar, entre outros transtornos:

a) neuroses;b) psicoses;c) transtornos de personalidade ou psicopatias;d) dependência química;e) transtornos dos impulsos (compulsões, piromania, jogo);f) parafilias;g) outras perícias correlatas à matéria.III - coletar material humano para análises vinculadas e / ou

complementares, bem como requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

IV - cumprir as normas, procedimentos e protocolos institu-ídos;

V - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

VI - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo comple-mentar.

SUBSEÇÃO IIICOORDENADORIA DE PERÍCIAS EM MORTOS

Art. 37. A Coordenadoria de Perícias em mortos tem como missão coordenar a realização das perícias médico e odonto-legal em mortos, decorrentes de fatos de natureza criminal, aplicando conhecimentos técnico-científicos com ética e pleno respeito ao ser humano, competindo-lhe:

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Didatismo e Conhecimento 81

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

I - proceder à verificação de conformidade do exame requisi-tado pelas autoridades competentes;

II - realizar os exames periciais de medicina legal e odontolo-gia legal em mortos, competindo-lhe:

a) realizar necropsias para determinação da causa mortis, de lesões corporais sofridas, do tempo de morte transcorrido, entre outros vestígios;

b) proceder à exumação;c) realizar exames odonto-legais para verificação de traumas,

constatação da idade e de identificação humana;d) realizar exame pericial de antropologia;e) realizar exame pericial de histopatologia;f) realizar outras perícias correlatas à matéria.VIII - orientar a priorização do atendimento de requisições

periciais em casos que envolvam morte violenta, criança, adoles-cente, idoso, flagrante delito ou réu preso;

IX - supervisionar o desenvolvimento do trabalho das equipes diretamente subordinadas, inclusive os prazos decorrentes para a expedição dos laudos correspondentes aos exames realizados;

X - cumprir e fazer cumprir as normas, procedimentos e pro-tocolos instituídos;

XI - acompanhar o ingresso de dados nos bancos informatiza-dos, visando corretas e completas informações registradas;

XII - coletar material humano para análises vinculadas e / ou complementares, bem como requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

XIII - prestar informações acerca do andamento das perícias requisitadas;

XIV - receber e manter sob custódia os documentos e objetos relacionados com exames periciais até sua distribuição ao perito responsável.

GERÊNCIA DE NECROPSIA

ARt. 38. A Gerência de Necropsia tem como missão a execução das perícias decorrentes de fatos de natureza criminal, aplicando conhecimentos técnico-científicos com ética e pleno respeito ao

ser humano, competindo-lhe:I - proceder à verificação de conformidade do exame requisi-

tado pelas autoridades competentes;II - realizar os exames periciais de necropsia;III - coletar material para análises vinculadas e / ou comple-

mentares, bem como requerer exames periciais vinculados às uni-dades que compõem a POLITEC;

IV - cumprir as normas, procedimentos e protocolos institu-ídos;

V - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

VI - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo comple-mentar;

VII - realizar outras perícias correlatas à matéria.

GERÊNCIA DE ANTROPOLOGIA

Art. 39. A Gerência de Antropologia tem como missão a exe-cução das perícias de antropologia em mortos e em vivos, que decorram de fatos de natureza criminal, aplicando conhecimen-tos técnico-científicos com ética e pleno respeito ao ser humano, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade do exame requisi-tado pelas autoridades competentes;

II - realizar levantamentos antropométricos por meio de ca-racterísticas gerais de identificação como o sexo, a idade, a raça, a altura, entre outros, para identificar pessoas vivas ou mortas (ca-dáver ou ossada);

III – determinar as características individualizantes com base em elementos fornecidos por pessoas conhecidas da vítima ou do acusado, por meio de estudos radiográficos, comparação fotográ-fica, reconstrução da face, prosopografia, projeção de envelheci-mento, entre outras;

IV - coletar material para análises vinculadas e / ou comple-mentares, bem como requerer exames periciais vinculados às uni-dades que compõem a POLITEC;

V - cumprir as normas, procedimentos e protocolos instituí-dos;

VI - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

VII - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo comple-mentar;

VIII - realizar outras perícias correlatas à matéria.

GERÊNCIA DE HISTOPATOLOGIA

Art.40. A Gerência de Histopatologia tem como missão a exe-cução das perícias de histopatologia, que decorrem de fatos de na-tureza criminal, aplicando conhecimentos técnico-científicos com ética e pleno respeito ao ser humano, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade do exame requisi-tado pelas autoridades competentes;

II - proceder à preparação, fixação e leitura das amostras cole-tadas e acondicionadas;

III - coletar material para análises vinculadas e / ou comple-mentares, bem como requerer exames periciais vinculados às uni-dades que compõem a POLITEC;

IV - cumprir as normas, procedimentos e protocolos institu-ídos;

V - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

VI - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo comple-mentar;

VII - realizar outras perícias correlatas à matéria.

SEÇÃO IVDA DIRETORIA METROPOLITANA DE LABORATÓRIO

FORENSE

Art.41. A Diretoria Metropolitana de Laboratório Forense tem como missão realizar os exames periciais de natureza química, biológica e toxicológica, decorrentes de fatos de natureza criminal, utilizando metodologia científica, buscando o aprimoramento tec-nológico e visando a qualidade e a confiabilidade dos resultados, competindo-lhe:

I - dirigir a realização de exames periciais em química foren-se, biologia forense e toxicologia forense;

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Didatismo e Conhecimento 82

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

II – proceder à coleta de material humano para análises vincu-ladas e / ou complementares, bem como requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

III - expedir laudos periciais, laudos periciais vinculados, lau-dos periciais complementares, justificativas técnicas, informações técnicas, ofícios e comunicações internas;

IV - proceder à verificação de conformidade dos materiais encaminhados a exame com o requisitado pelas autoridades com-petentes, a fim de constatar a viabilidade da realização da perícia;

V - supervisionar o desenvolvimento do trabalho das equipes diretamente subordinadas, inclusive os prazos decorrentes para a expedição dos laudos correspondentes aos exames realizados;

VI - acompanhar o ingresso de dados nos bancos informatiza-dos, visando corretas e completas informações registradas;

VII - proceder às diligências necessárias à complementação dos exames periciais na Capital e nos pólos Regionalizados;

VIII - fiscalizar o cumprimento das normas instituídas;IX - indicar membros para grupos ou comissões de trabalhos

especiais como padronização de exames, de procedimentos e de laudos periciais;

X - integrar ações e procedimentos com órgãos relacionados à prática pericial;

XI - dar apoio técnico e operacional às demais unidades da POLITEC;

XII - propor ao Conselho de Política Científica e Tecnológica novos métodos e técnicas de trabalho, por meio de pesquisas;

XIII - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, à elucidação de perícias;

XIV - assegurar sigilo do conteúdo dos laudos quando expres-samente solicitado;

XV - realizar outras perícias correlatas à matéria.§ 1º Os exames periciais de química, biologia e toxicologia

requisitados e não elencados neste regimento serão analisados por mesa técnica de especialistas frente a capacidade instalada na Di-retoria de Laboratório Forense quanto a possibilidade técnica no caso em concreto, sendo designados ou rejeitados pela diretoria.

§ 2º Nos casos em que se verificar a impossibilidade técnica de realização do exame pericial, todos os materiais recebidos de-verão ser devolvidos ao solicitante, justificando-se as razões da não realização da análise.

SUBSEÇÃO ICOORDENADORIA DE PERÍCIAS

EM BIOLOGIA MOLECULAR

Art.42. A Coordenadoria de Perícias em Biologia Molecular tem como missão coordenar a realização de exames biológicos em geral e de confrontos de material genético (DNA) para identifica-ção humana, decorrentes de fatos de natureza criminal, utilizando metodologia científica, buscando o aprimoramento tecnológico e visando a qualidade e a confiabilidade dos resultados, competindo--lhe:

I - proceder à verificação de conformidade dos materiais enca-minhados a exame com o requisitado pelas autoridades competen-tes, a fim de constatar a viabilidade da realização da perícia;

II – coordenar a realização dos exames periciais na área de biologia, por exemplo, as análises de manchas de sangue, de sê-men e pelo;

III - realizar os exames periciais na área de confrontos de ma-terial genético (DNA) para identificação humana, entre outras, nas seguintes hipóteses:

a) em casos de pessoas desaparecidas e nos casos em que a identificação da vítima não possa ser realizada por outro método;

b) em vestígios coletados em casos de estupro;c) a partir de material biológico questionado, coletado em lo-

cal de crime.IV - coletar material humano para análises vinculadas e / ou

complementares, bem como requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

V - cumprir as normas, procedimentos e protocolos instituí-dos;

VI - operar o sistema visando confrontar os perfis genéticos obtidos com os que constam do banco de dados do sistema;

VII - acompanhar o ingresso de dados nos bancos gerenciais informatizados, visando corretas e completas informações regis-tradas;

VIII - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

IX - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo comple-mentar;

X - orientar a priorização do atendimento de requisições peri-ciais em casos que envolvam morte violenta, criança, adolescente, idoso, flagrante delito ou réu preso;

XI - supervisionar o desenvolvimento do trabalho das equipes diretamente subordinadas, inclusive os prazos decorrentes para a expedição dos laudos correspondentes aos exames realizados;

XII - prestar informações acerca do andamento das perícias requisitadas;

XIII - receber e manter sob custódia os documentos e objetos relacionados com exames periciais até sua distribuição ao perito responsável;

XIV - realizar outras perícias correlatas à matéria.

SUBSEÇÃO IICOORDENADORIA DE LABORATÓRIO DE MATERIAIS

Art. 43. A Coordenadoria de Laboratório de Materiais tem como missão coordenar a realização dos exames periciais de na-tureza química e toxicológica, decorrentes de fatos de natureza criminal, utilizando metodologia científica, buscando o aprimora-mento tecnológico e visando a qualidade e a confiabilidade dos resultados, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade dos materiais enca-minhados a exame com o requisitado pelas autoridades competen-tes, a fim de constatar a viabilidade da realização da perícia;

II - realizar os exames periciais de química forense e de toxi-cologia forense;

III - coletar material humano para análises vinculadas e / ou complementares, bem como requerer exames periciais vinculados às unidades que compõem a POLITEC;

IV - cumprir as normas, procedimentos e protocolos institu-ídos;

V - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

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Didatismo e Conhecimento 83

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

VI - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo comple-mentar;

VII - orientar a priorização do atendimento de requisições pe-riciais em casos que envolvam morte violenta, criança, adolescen-te, idoso, flagrante delito ou réu preso;

VIII - supervisionar o desenvolvimento do trabalho das equi-pes diretamente subordinadas, inclusive os prazos decorrentes para a expedição dos laudos correspondentes aos exames realizados;

IX - cumprir e fazer cumprir as normas, procedimentos e pro-tocolos instituídos;

X - acompanhar o ingresso de dados nos bancos informatiza-dos, visando corretas e completas informações registradas;

XI - prestar informações acerca do andamento das perícias requisitadas;

XII - receber e manter sob custódia os documentos e objetos relacionados com exames periciais até sua distribuição ao perito responsável;

XIII - realizar outras perícias correlatas à matéria.

GERÊNCIA DE PERÍCIAS EM QUÍMICA FORENSE

Art. 44. A Gerência de Perícias em Química Forense tem como missão a execução das perícias que visam identificar substâncias ou elementos químicos em amostras químicas, decorrentes de fa-tos de natureza criminal, aplicando conhecimentos técnico-cientí-ficos com ética e pleno respeito ao ser humano, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade dos materiais enca-minhados a exame com o requisitado pelas autoridades competen-tes, a fim de constatar a viabilidade da realização da perícia;

II - realizar os exames periciais na área de química forense para identificar substâncias ou elementos químicos, entre outras, nas seguintes matrizes químicas:

a) em drogas proscritas in natura;b) em fármacos in natura;c) em resíduos metálicos;d) em venenos e congêneres;e) outras perícias correlatas à matéria.III - coletar material para análises vinculadas e / ou comple-

mentares, bem como requerer exames periciais vinculados às uni-dades que compõem a POLITEC;

IV - estabelecer escala mensal de plantão visando garantir o atendimento ininterrupto dos exames em drogas in natura;

V - cumprir as normas, procedimentos e protocolos instituí-dos;

VI - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

VII - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo comple-mentar.

GERÊNCIA DE PERÍCIAS EM TOXICOLOGIA FORENSE

Art. 45. A Gerência de Perícias em Toxicologia Forense tem como missão a execução das perícias que visam identificar substâncias ou elementos químicos em amostras biológicas, de-correntes de fatos de natureza criminal, aplicando conhecimen-tos técnico-científicos com ética e pleno respeito ao ser humano, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade dos materiais enca-minhados a exame com o requisitado pelas autoridades competen-tes, a fim de constatar a viabilidade da realização da perícia;

II - realizar os exames periciais na área de toxicologia forense para identificar substâncias ou elementos químicos, entre outras, nas seguintes matrizes biológicas, de acordo com

a técnica padronizada:a) em sangue total;b) em soro;c) em urina;d) em lavado estomacal;e) outras perícias correlatas à matéria.III - coletar material para análises vinculadas e / ou comple-

mentares, bem como requerer exames periciais vinculados às uni-dades que compõem a POLITEC;

IV - cumprir as normas, procedimentos e protocolos institu-ídos;

V - proceder à requisição de objetos ou documentos, bem como à inquirição de pessoas nos casos em que houver necessida-de para realização da perícia;

VI - proceder às diligências necessárias à complementação dos respectivos exames periciais e expedição de laudo comple-mentar.

SUBSEÇÃO IIICOORDENADORIA DE NORMALIZAÇÃO, PESQUISA E

DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL

Art. 46. A Coordenadoria de Normalização, Pesquisa e Desen-volvimento Experimental tem como missão coordenar o desenvol-vimento do sistema de gestão para qualidade, operações técnicas e administrativas, do Laboratório Forense visando o aprimoramento tecnológico, a qualidade e a confiabilidade dos resultados, com-petindo-lhe:

I - promover a edição de normas para proceder à verificação de conformidade dos materiais encaminhados a exame com o re-quisitado pelas autoridades competentes;

II - promover projetos de normalização, de pesquisas e de desenvolvimento experimental na área de atuação do Laboratório Forense;

III - identificar normas técnicas, nacional e internacional, para adesão do Laboratório Forense;

IV - liderar a escrita do manual da qualidade do Laboratório Forense e fiscalizar a prática dos procedimentos conforme estabe-lecidos no manual;

V - acompanhar o processo de geração e de transferência de tecnologia para o Laboratório Forense;

VI - opinar sobre opção tecnológica pela qual se processa a evidência no Laboratório Forense;

VII - auxiliar a desenvolver as normas, procedimentos e pro-tocolos instituídos internamente;

VIII - cumprir e fazer cumprir as normas, procedimentos e protocolos instituídos;

IX - prestar informações acerca do andamento dos trabalhos desenvolvidos.

Parágrafo único. O cargo de Coordenador de Normalização, Pesquisa e Desenvolvimento Experimental é de provimento exclu-sivo de Perito Oficial Criminal lotado no laboratório, portador de diploma de mestre ou doutor.

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Didatismo e Conhecimento 84

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

SEÇÃO VDA DIRETORIA METROPOLITANA

DE IDENTIFICAÇÃO TÉCNICA

Art. 47. A Diretoria Metropolitana de Identificação Técnica tem como missão garantir a execução de alguns dos documentos de identificação da população matogrossense, buscando contribuir à justiça social e ao pleno exercício da cidadania, competindo-lhe:

I – dirigir a expedição de documento de identificação civil denominado carteira de identidade (Registro Geral Numérico) à população matogrossense;

II – dirigir a expedição da carteira funcional para os servidores da SEJUSP;

III – dirigir a expedição de documentos contendo informações constantes em seu banco de dados;

IV – dirigir a expedição de certidão de identificação;V – dirigir a realização da identificação criminal sistemática

de indiciados, denunciados ou réus pelo processo datiloscópico conforme especifica a legislação;

VI – dirigir a expedição da folha de antecedentes criminais;VII – dirigir a expedição de atestado de antecedentes crimi-

nais;VIII – dirigir a expedição de ofícios e comunicações internas;IX - manter os arquivos de prontuários da identificação civil e

da identificação criminal organizados e em segurança;X - expedir cópia de prontuário civil ou prontuário criminal

quando requisitado na forma da lei;XI - receber e manter em arquivo documentos e requisições, e

seus anexos, que geram os documentos expedidos;XII - supervisionar o desenvolvimento do trabalho das equi-

pes diretamente subordinadas, inclusive os prazos decorrentes para a expedição dos documentos;

XIII - acompanhar o ingresso de dados nos bancos informati-zados, visando corretas e completas informações registradas.

XIV - fiscalizar o cumprimento das normas instituídas;XV - indicar membros para grupos ou comissões de trabalhos

especiais;XVI - integrar ações e procedimentos com órgãos relaciona-

dos à promoção da cidadania;XVII - dar apoio técnico e operacional às demais unidades da

POLITEC;XVIII - propor ao Conselho de Política Científica e Tecnoló-

gica novos métodos e técnicas de trabalho, por meio de pesquisas;XIX - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado;XX - assegurar a manutenção das informações sigilosas.Parágrafo único. A expedição da certidão de identificação será

normatizada pelo Conselho de Política Científica e Tecnológica.

SUBSEÇÃO ICOORDENADORIA DE IDENTIFICAÇÃO CRIMINAL

Art. 48. A Coordenadoria de Identificação Criminal tem como missão a consulta dos dados relativos à infração penal do indicia-do, denunciado ou réu em banco de dados para prestar as infor-mações que de forma direta ou indireta possa ter repercussões no âmbito criminal, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade do documento re-quisitado pelas autoridades competentes;

II - realizar a identificação criminal do indiciado, denunciado ou réu pelo processo datiloscópico quando não for possível ou su-ficiente sua identificação civil;

III - expedir folha de antecedentes criminais;IV - expedir certidão de antecedentes criminais;V - expedir atestado de antecedentes criminais;VI - expedir certidão de identificação;VII - orientar a priorização do atendimento de requisições em

casos que envolvam morte violenta, criança, adolescente, idoso, flagrante delito ou réu preso;

VIII - supervisionar o desenvolvimento do trabalho das equi-pes diretamente subordinadas, inclusive os prazos decorrentes para a expedição dos documentos;

IX - coletar impressões digitais roladas diretamente de pes-soas, réus, vítimas ou população em geral, em formulário próprio;

X - dar apoio técnico e operacional às demais unidades da POLITEC, quando solicitado;

XI - disponibilizar informações solicitadas por autoridades competentes no âmbito administrativo e judicial;

XII - disponibilizar informações solicitadas pela população dentro de padrões procedimentais e legais;

XIII - prestar informações acerca do andamento da expedição de documentos;

XIV - promover a automação da consulta de informações para utilização do acervo por todo o Sistema de Justiça e Segurança Pública Estadual;

XV - cumprir e fazer cumprir as normas, procedimentos e pro-tocolos instituídos;

XVI - enviar à Diretoria Metropolitana de Identificação Téc-nica os prontuários de identificação criminal para arquivamento.

GERÊNCIA DE PLANTÃO INTEGRADO

Art. 49. A Gerência de Plantão Integrado tem como missão a elaboração do Boletim de Identificação Criminal objetivando a identificação datiloscópica de indiciados, denunciados e réus no Estado de Mato Grosso, atendendo, ininterruptamente, as autori-dades administrativas do Sistema de Justiça e Segurança Pública, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade do documento re-quisitado pelas autoridades competentes;

II - dar apoio técnico e operacional às demais unidades da POLITEC, quando solicitado;

III – cumprir as normas, procedimentos e protocolos institu-ídos;

IV - confeccionar os prontuários de identificação criminal de indiciados, denunciados ou réus pelo processo datiloscópico quan-do não for possível ou suficiente sua identificação civil;

Parágrafo único. O civilmente identificado não será sub-metido à identificação criminal, salvo nos casos previstos na lei 12037/2009:

a) o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsifi-cação;

b) o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado;

c) o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si;

d) a identificação criminal for essencial às investigações poli-ciais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante representação da autoridade poli-cial, do Ministério Público ou da defesa;

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Didatismo e Conhecimento 85

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

e) constar de registros policiais o uso de outros nomes ou di-ferentes qualificações;

f) o estado de conservação ou a distância temporal ou da lo-calidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais.

V – enviar à diretoria metropolitana de identificação técnica os prontuários de identificação criminal para arquivamento;

VI – coletar impressões digitais roladas diretamente de pes-soas, réus, vítimas ou população em geral, em formulário próprio.

GERÊNCIA DE INFORMAÇÃO

Art. 50. A Gerência de Informação tem como missão a ali-mentação do banco de dados relativos à infração penal do indicia-do, denunciado ou réu visando à disponibilidade das informações, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade do documento en-viado pelos usuários do serviço;

II - registrar em banco de dados:a) os dados relativos à infração penal e à pessoa do indiciado,

conforme oficiado pela autoridade policial quando da remessa dos autos do inquérito ao juízo a que tiverem sido distribuídos;

b) a sentença condenatória, mediante comunicação do juiz ou do tribunal;

c) as penas, conforme oficiado pela autoridade competente;d) a extinção da pena, mediante comunicação do juiz ou do

tribunal;e) a reabilitação depois de sentença irrecorrível, conforme ofi-

ciado pela autoridade competente;f) as informações inseridas nas certidões fornecidas por outras

gerências da Diretoria Metropolitana de Identificação;g) outras informações remetidas ao órgão por autoridade com-

petente.III - coletar impressões digitais roladas diretamente de pesso-

as, réus, vítimas ou população em geral, em formulário próprio;IV - cumprir as normas, procedimentos e protocolos institu-

ídos;V – receber e manter em arquivo documentos que geram do-

cumentos expedidos.Parágrafo único. É vedado mencionar a identificação criminal

do indiciado em atestado de antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em julgado da sen-tença condenatória.

GERÊNCIA DE BANCO DE DADOS DE PADRÕES

Art. 51. A Gerência de Banco de Dados de Padrões tem como missão promover a automação dos processos de inserção e consul-ta de dados, visando a integração sistêmica da utilização do acer-vo por todo o Sistema de Justiça e Segurança Pública Estadual, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade quanto à qualidade das coletas de padrão de impressão digital antes do ingresso no banco de dados informatizado;

II - digitalizar o acervo civil e criminal mantendo o seu con-teúdo;

III - inserir impressões papilares padrões no sistema automa-tizado;

IV - promover a automação da consulta de individuais datilos-cópicas para utilização do acervo por todo o Sistema de Justiça e Segurança Pública Estadual;

V - cumprir as normas, procedimentos e protocolos instituí-dos.

SUBSEÇÃO IICOORDENADORIA DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL

Art. 52. A Coordenadoria de Identificação Civil tem como missão expedir documentos de identificação civil , contribuindo para a justiça social e o pleno exercício da cidadania, competindo--lhe:

I – expedir a carteira de identidade (Registro Geral Numérico) à população matogrossense;

II - expedir a carteira funcional para os servidores da SEJUSP;III – atuar como posto de coleta de requerimentos de todos os

documentos expedidos pela Diretoria Metropolitana de Identifica-ção, coletando impressões digitais roladas diretamente das pessoas requerentes em formulário próprio;

IV - cumprir as normas, procedimentos e protocolos institu-ídos;

V - supervisionar o desenvolvimento do trabalho das equipes diretamente subordinadas, inclusive os prazos decorrentes para a expedição dos documentos;

VI - acompanhar o ingresso de dados nos bancos informati-zados, visando corretas e completas informações gerenciais regis-tradas;

VII - dar apoio técnico e operacional às demais unidades da POLITEC, quando solicitado;

VIII - cumprir e fazer cumprir as normas, procedimentos e protocolos instituídos;

IX - prestar informações acerca do andamento da expedição de documentos;

X - enviar à Diretoria Metropolitana de Identificação Técnica os prontuários de identificação civil para arquivamento.

GERÊNCIA DE PROCESSAMENTO DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL

Art. 53. A Gerência de Processamento de Identificação Civil tem como missão o processamento da documentação de identifi-cação civil até a expedição, contribuindo para a justiça social e o pleno exercício da cidadania, competindo-lhe:

I - proceder à verificação de conformidade da documentação recebida;

II - receber, registrar, processar, classificar as impressões di-gitais padrão, controlar, fiscalizar e expedir os processos de iden-tificação civil;

III - conferir e documentar as remessas dos malotes da iden-tificação civil;

IV – resguardar os equipamentos necessários para a expedição dos documentos de identificação civil;

V - analisar as situações e aplicar as leis no que se referir à execução do processamento de documentos de identificação civil;

VI - emitir relatórios estatísticos acerca da identificação civil do Estado de Mato Grosso enviando-os a Coordenadoria de Infor-mações Institucionais da Diretoria de Suporte Institucional.

GERÊNCIA DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL

Art. 54. A Gerência de Identificação Civil tem como missão gerenciar a atividade dos postos de identificação civil do Estado de Mato Grosso, contribuindo para a justiça social e o pleno exercício da cidadania, competindo-lhe:

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Didatismo e Conhecimento 86

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

I - orientar e supervisionar a execução de atividades de iden-tificação dos postos de Identificação do Estado de Mato Grosso;

II - controlar o registro da distribuição de cédulas de identi-dade e materiais correlatos ao processo de identificação civil dos postos de identificação do Estado de Mato Grosso;

III - orientar quanto à verificação de conformidade da docu-mentação do requerente no ato do protocolo do documento;

IV - confeccionar os prontuários de identificação civil;V - acompanhar as equipes de trabalho, tanto da capital quanto

do interior, na confecção dos prontuários de identificação civil;VI - fornecer apoio técnico às unidades regionais;VII - fiscalizar e manter atualizado banco de informações a

respeito dos postos de identificação conveniados ou próprios;VIII - cumprir as normas, procedimentos e protocolos insti-

tuídos;IX – atuar como posto de coleta de requerimentos de todos os

documentos expedidos pela Diretoria Metropolitana de Identifica-ção, coletando impressões digitais roladas diretamente das pessoas requerentes em formulário próprio.

CAPÍTULO VIDO NÍVEL DE EXECUÇÃO

PROGRAMÁTICA REGIONALIZADA

SEÇÃO IDA DIRETORIA DE INTERIORIZAÇÃO DA POLITEC

Art. 55. A Diretoria de Interiorização da POLITEC têm por missão coordenar e supervisionar a execução das atividades de Pe-rícia Oficial e Identificação Técnica e promover o alinhamento e padronização dos procedimentos nas unidades regionais da POLI-TEC, competindo-lhe:

I - supervisionar o desenvolvimento dos trabalhos das unida-des regionais;

II - fiscalizar o cumprimento das normas, procedimentos e protocolos instituídos;

III - apresentar à Diretoria Geral as demandas das unidades regionais, propondo projetos e ações que visem ao atendimento e melhoria das atividades de perícia oficial e de identificação téc-nica;

IV - emitir para a Coordenadoria de Informações Institucio-nais relatórios estatísticos relativos à expedição de documentos, à requisição e realização de exames periciais e à expedição de lau-dos periciais.

SUBSEÇÃO IDAS COORDENADORIAS REGIONAIS DA POLITEC

Art. 56. As Coordenadorias Regionais da POLITEC têm por missão coordenar e supervisionar a execução e manter o alinha-mento da padronização dos serviços de Perícia Oficial e Identifi-cação Técnica na circunscrição correspondente, competindo-lhes:

I - supervisionar os serviços de Criminalística, Medicina Le-gal, Identificação e coletas destinadas ao Laboratório Forense, no âmbito de sua circunscrição.

Parágrafo único. As perícias a serem executadas em cada re-gional bem como o detalhamento das circunscrições serão estabe-lecidas por ato do Conselho de Política Científica e Tecnológica da POLITEC.

DAS GERÊNCIAS DE CRIMINALÍSTICA

Art.57. As Gerências de Criminalística têm por missão dis-tribuir e supervisionar a realização das perícias de criminalística de forma a contribuir para a efetivação da justiça em benefício da sociedade na circunscrição correspondente, competindo-lhes:

I - promover a distribuição e a execução dos exames periciais de criminalística conforme normatizado pelo Conselho de Política Científica e Tecnológica da POLITEC;

II - solicitar, justificadamente e quando necessário apoio téc-nico-científico às unidades especializadas;

III - coletar material, biológico ou não, bem como requerer exames complementares às unidades que compõem a POLITEC;

IV - orientar pela priorização do atendimento de requisições periciais em casos que envolvam morte violenta, criança, adoles-cente, idoso, flagrante delito ou réu preso;

V - supervisionar o desenvolvimento do trabalho das equipes diretamente subordinadas, inclusive os prazos decorrentes para a expedição dos laudos correspondentes aos exames realizados;

VI - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, à elucidação de perícias;

VII - acompanhar o ingresso de dados nos bancos informati-zados, visando corretas e completas informações registradas;

VIII - receber e encaminhar as solicitações de exames com-plementares às outras Coordenadorias da POLITEC;

IX - manter atualizados os dados estatísticos sobre o atendi-mento realizado;

X - prestar informações acerca do andamento dos serviços;XI - prestar informações acerca do andamento dos serviços;XII - integrar ações e procedimentos com órgãos relacionados

à prática pericial;XIII - estabelecer escala mensal de plantão visando garantir o

atendimento ininterrupto do serviço.

DAS GERÊNCIAS DE MEDICINA LEGAL

Art. 58. As Gerências de Medicina Legal têm por missão dis-tribuir e supervisionar a realização das perícias de medicina legal e odontologia legal com elevado conhecimento técnico científico, senso ético e pleno respeito ao ser humano na circunscrição corres-pondente, competindo-lhes:

I - promover a distribuição e a execução dos exames periciais de medicina legal conforme normatizado pelo Conselho de Políti-ca Científica e Tecnológica da POLITEC;

II - solicitar, justificadamente e quando necessário apoio téc-nico-científico às unidades especializadas;

III - coletar material, biológico ou não, bem como requerer exames complementares às unidades que compõem a POLITEC;

IV - orientar pela priorização do atendimento de requisições periciais em casos que envolvam morte violenta, criança, adoles-cente, idoso, flagrante delito ou réu preso;

V - supervisionar o desenvolvimento do trabalho das equipes diretamente subordinadas, inclusive os prazos decorrentes para a expedição dos laudos correspondentes aos exames realizados;

VI - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado, à elucidação de perícias;

VII - acompanhar o ingresso de dados nos bancos informati-zados, visando corretas e completas informações registradas;

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Didatismo e Conhecimento 87

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

VIII - receber e encaminhar as solicitações de exames com-plementares às outras Coordenadorias da POLITEC;

IX - manter atualizados os dados estatísticos sobre o atendi-mento realizado;

X - prestar informações acerca do andamento dos serviços;XI - prestar informações acerca do andamento dos serviços;XII - integrar ações e procedimentos com órgãos relacionados

à prática pericial;XIII - estabelecer escala mensal de plantão visando garantir o

atendimento ininterrupto do serviço.

DAS GERÊNCIAS DE IDENTIFICAÇÃO

Art. 59. As Gerências de Identificação têm por missão a coleta de dados para a expedição de documentos de competência da Dire-toria de Identificação visando contribuir ao exercício da Segurança Pública e da Cidadania, competindo-lhes:

I - coletar dados pré-selecionados em formulários próprios à expedição dos documentos de alçada da Diretoria de Identificação, coletando impressões digitais roladas diretamente das pessoas, réus, vítimas ou população em geral;

II - manter atualizados os dados estatísticos sobre o atendi-mento realizado;

III - prestar informações acerca do andamento dos serviços;IV - prestar informações acerca do andamento dos serviços;V - prestar auxílio de sua especialidade, quando solicitado;VI - integrar ações e procedimentos com órgãos relacionados

à disseminação de cidadania;VII - alimentar os sistemas gerenciais de informação civil e

criminal visando corretas e completas informações registradas.

DAS GERÊNCIAS REGIONAIS DA POLITEC

Art. 60. As Gerências Regionais da POLITEC no Interior têm por missão distribuir e supervisionar a realização dos serviços de Perícia Oficial e Identificação Técnica disponíveis na circunscri-ção correspondente com elevado conhecimento técnico científico, senso ético e pleno respeito ao ser humano, competindo-lhes:

I – cumprir e fazer cumprir, no âmbito de sua circunscrição, a manutenção da padronização do atendimento e dos procedimen-tos administrativos entre os serviços de Criminalística, Medicina legal, Identificação e de coleta de amostras para o Laboratório Fo-rense, disseminados pela Diretoria de Interiorização.

TÍTULO IVDAS ATRIBUIÇÕES

CAPÍTULO IDAS ATRIBUIÇÕES DOS CARGOS DE DIREÇÃO SUPE-

RIOR

SEÇÃO IDO DIRETOR GERAL

Art. 61. Constituem atribuições básicas do Diretor Geral da POLITEC:

I - planejar, padronizar, sistematizar, coordenar, controlar, fis-calizar, representar, supervisionar e dirigir as funções e competên-cias institucionais da Perícia Oficial e Identificação Técnica;

II - dirigir a implantação das políticas científica e tecnológica em Ciência Forense e Identificação Técnica;

III - operar todas as competências da Diretoria Geral da PO-LITEC;

IV - propor a realização de contratos, convênios, termos de cooperação ou instrumentos jurídicos similares com entidades de ensino e de pesquisa, nacionais ou internacionais necessários ao aprimoramento dos serviços e recursos humanos;

V - pronunciar-se sobre o relatório anual de atividades, bem como avaliar resultados dos programas, projetos e atividades do órgão;

VI - promover a lotação e remoção dos servidores subordina-dos a POLITEC, observadas as disposições legais;

VII - autorizar o afastamento de servidor, quando a serviço da POLITEC, dentro do país, concedendo diárias ou não;

VIII - avocar, excepcionalmente, as competências das unida-des administrativas e atribuições de servidores subordinados;

IX - delegar, excepcionalmente, competências e atribuições com finalidade específica;

X - cometer, justificadamente e mediante provocação, traba-lhos a outra circunscrição que não a natural;

XI - apreciar em grau de recurso quaisquer decisões proferi-das no âmbito das unidades administrativas subordinadas;

XII - revisar todos e quaisquer atos administrativos emanados de servidores subordinados, podendo revogá-los, ou declarar a nu-lidade sempre que oportuno e conveniente ao interesse público ou quando de vícios formais ou materiais;

XIII - apreciar sobre matérias de interesse da POLITEC que lhe forem submetidas referentes aos assuntos afetos à sua área de competência;

XIV - assessorar os Secretários de Estado e o Governador em assuntos de competência da POLITEC;

XV - propor leis, decretos e suas alterações;XVI - avaliar o comportamento administrativo dos órgãos e

das chefias supervisionadas;XVII - fortalecer o sistema de mérito;XVIII - despachar processos contendo solicitações, reclama-

ções ou sugestões;XIX - atender pessoalmente o público, sempre que possível;XX - fazer indicação ao Secretário de Segurança Pública para

o provimento de cargos de Direção e Assessoramento, na forma prevista em lei;

XXI - expedir portarias e atos normativos que tratem do fun-cionamento e da organização administrativa interna, ou que ver-sem sobre a execução de leis, decretos, resoluções ou portarias ministeriais;

XXII - marcar e presidir as reuniões com órgãos e servidores, sempre que necessárias;

XXIII - convocar servidor para tarefas específicas que depen-dam de alteração de horário e dia de descanso, sem prejuízo de compensação;

XXIV - desempenhar tarefas determinadas pelo Secretário de Segurança Pública e / ou pelo Governador do Estado nos limites da competência constitucional e legal;

XXV - propor a lotação ideal das unidades administrativas;XXVI - designar servidores para compor comissão temporária

ou permanente de instrução sumária, sindicância e processo admi-nistrativo disciplinar;

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Didatismo e Conhecimento 88

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

XXVII - intervir, administrativamente, de ofício, quando hou-ver indícios de infração penal, improbidade administrativa e / ou infração administrativa no âmbito da POLITEC;

XXVIII - comunicar indícios de ilícitos ocorridos no âmbito da POLITEC, às autoridades competentes para sua apuração;

XXIX - promover o arquivamento de Instrução Sumária, Sin-dicância Administrativa e Processo Administrativo Disciplinar, nos termos da legislação vigente;

XXX - executar missões especiais ou complementares às suas atribuições, a serem definidas pelo Secretário de Segurança Pú-blica.

SEÇÃO IIDO DIRETOR GERAL ADJUNTO

Art. 62. Constituem atribuições básicas do Diretor Geral Ad-junto:

I - auxiliar o Diretor Geral na organização, orientação, coorde-nação, controle e avaliação das atividades da POLITEC;

II - representar o Diretor Geral, automaticamente, em suas ausências;

III - substituir, automaticamente, o Diretor Geral de POLITEC em caso de impedimento legal ou eventual, sem retribuição adicio-nal, salvo se por prazo superior a 30 (trinta) dias;

IV - convocar e presidir as reuniões;V - desempenhar tarefas delegadas e determinadas pelo Di-

retor Geral;VI - propor atos normativos ao Conselho de Política Científica

e Tecnológica.

SEÇÃO IIIDOS DIRETORES

Art. 63. Constituem atribuições básicas dos Diretores:I - auxiliar o Diretor Geral na tomada de decisões, em matéria

de competência de sua área;II - planejar, programar, organizar, dirigir, coordenar, super-

visionar e controlar as atividades das áreas que lhes são subordi-nadas;

III - apresentar, anualmente e quando solicitado, relatório de suas atividades;

IV - promover reuniões periódicas com os servidores que lhe são subordinados;

V - primar pelo desempenho do trabalho gerencial de planeja-mento, liderança, organização, controle e avaliação;

VI - aprovar a escala de férias para o pessoal em exercício, na sua área de atuação;

VII - garantir a Gestão Pública no planejamento, execução e avaliação das ações;

VIII - propor ao Gabinete do Diretor Geral as políticas públi-cas inerentes a sua área de atuação;

IX - emitir parecer, proferir despachos interlocutórios e, quan-do for o caso, despachos decisórios nos processos sobre assuntos operacionais e técnicos submetidos a sua apreciação;

X - propor ao Conselho de Política Científica e Tecnológica normas sobre os serviços no âmbito de sua unidade;

XI - disseminar e fiscalizar o cumprimento das normas organi-zacionais e regimentais pertinentes à sua área de atuação;

XII - avocar, excepcionalmente, competências das unidades subordinadas e as atribuições de servidores;

XIII - delegar, excepcionalmente, suas atribuições e compe-tências para servidores subordinados;

XIV - promover e implementar ações que possibilitem a mini-mização dos custos e aumento do controle para melhoria das ges-tões administrativas;

XV - submeter à Direção Geral os assuntos que excedem à sua competência;

XVI - promover os trabalhos em equipe e o desenvolvimento continuado de seus membros;

XVII - editar atos (portarias, editais), exclusivamente para pu-blicidade interna;

XVIII - despachar diretamente com o Diretor Geral da PO-LITEC.

CAPÍTULO IIDAS ATRIBUIÇÕES DOS CARGOS DE APOIO ESTRATÉGI-

CO E ESPECIALIZADO

SEÇÃO IDO CORREGEDOR GERAL

Art. 64. São atribuições do Corregedor Geral:I - proceder às inspeções unidades administrativas da POLI-

TEC, visando orientar os procedimentos administrativos;II - adotar providências para sanar omissões ou para corrigir

ilegalidades ou abuso de poder;III - elaborar minuta do regimento interno da Corregedoria,

submetendo-o ao Conselho para apreciação e homologação;IV - designar membros, dentre os que compõem as Comissões

Processantes Permanentes, para atuar em procedimento de Instru-ção Sumária, após a determinação de instauração pelo Diretor Ge-ral da POLITEC;

V - propor ao Diretor Geral a aplicação de penalidade, nos casos de Sindicância Administrativa e Processo Administrativo Disciplinar;

VI - propor ao Diretor Geral o arquivamento dos autos, nos casos de Instrução Sumária, Sindicância Administrativa e Proces-so Administrativo Disciplinar;

VII - atuar como presidente nos Processos Administrativos Disciplinares e, na sua falta ou impedimento, indicar ao Diretor Geral substituto dentre os membros das Comissões Permanentes;

VIII - indicar ao Diretor Geral os membros das Comissões para atuar nos procedimentos de Sindicância Administrativa e Pro-cesso Administrativo Disciplinar;

IX - requisitar processos administrativos, documentos ofi-ciais, informações, traslados, certidões, pareceres, laudos e dili-gências que se fizerem necessários ao pleno desempenho de suas funções, definindo prazos;

X - acompanhar procedimento investigatório instaurado para apurar infração penal atribuída a servidor integrante do quadro da POLITEC, quando possa repercutir na vida funcional;

XI - exercer outras atribuições que lhe sejam conferidas pelo Diretor Geral.

SEÇÃO IIDO OUVIDOR

Art.65. São atribuições do Ouvidor:

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Didatismo e Conhecimento 89

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

I - analisar as reclamações ou denúncias recebidas pela ou-vidoria encaminhando-as aos órgãos competentes para tomar as providências cabíveis, buscando a solução que o caso requer;

II - sugerir medidas de aprimoramento da prestação de servi-ços administrativos com base nas reclamações, denúncias e suges-tões recebidas, visando garantir que os problemas detectados não se tornem objetos de repetições contínuas;

III - divulgar, permanentemente, os serviços da Ouvidoria da POLITEC junto ao público, para conhecimento, utilização conti-nuada e ciência dos resultados alcançados;

IV - participar e promover a realização de pesquisas, seminá-rios e cursos sobre assuntos relativos ao exercício dos direitos e deveres do cidadão perante a administração pública;

V - planejar, programar, organizar, controlar e coordenar as atividades que lhes são subordinadas;

VI - executar todas as atividades de gestão que lhes forem designadas.

CAPÍTULO IIIDAS ATRIBUIÇÕES DOS CARGOS DE ASSESSORAMENTO

SUPERIOR

SEÇÃO IDO CHEFE DE GABINETE

Art. 66. Constituem as atribuições básicas do Chefe de Ga-binete:

I - distribuir, orientar, dirigir e controlar os trabalhos do ga-binete;

II - receber, redigir, expedir e controlar a correspondência ofi-cial do Secretário;

III - despachar com o Diretor Geral em assuntos que depen-dem de decisão superior;

IV - atender as partes interessadas que procuram o Gabinete;V - redigir, expedir e divulgar documentos oficiais.

SEÇÃO IIDOS ASSESSORES

Art.67. Os Assessores, de acordo com a área de formação e experiência profissional, têm como atribuições básicas:

§ 1º Quando nomeado no cargo de Assessor Especial:I - prestar informações e orientações aos demais órgãos e às

entidades componentes da Administração Pública Estadual, no que diz respeito a assuntos de competência da POLITEC;

II - elaborar relatórios, a partir das informações produzidas pelas unidades administrativas da POLITEC;

III - coletar informações, analisar e estruturá-las em documen-tos – Relatórios e Informações para outros entes, poderes, órgãos, entidades e sociedade em geral, visando atender solicitação da alta administração;

IV - participar de grupos de trabalho e/ou comissões mediante designação superior;

V - desempenhar outras funções compatíveis com suas atri-buições face à determinação superior.

§ 2º Quando nomeado no cargo de Assessor Técnico, forma-ção em Direito - Advogado:

I - prestar assessoria e consultoria ao Diretor Geral em as-suntos de natureza jurídica, bem como supervisionar as atividades relacionadas com o assessoramento jurídico em geral;

II - preparar minutas e anteprojetos de Leis e Decretos, elabo-rar portarias, entre outros atos normativos;

III - assistir o Diretor Geral no controle da legalidade dos atos por ele praticados e sugerir alterações visando o devido cumpri-mento das normas constitucionais;

IV - examinar o aspecto jurídico dos documentos que lhes são submetidos, emitindo parecer jurídico sugerindo as providências cabíveis;

V - orientar as lideranças e os servidores, sobre questões rela-tivas às legislações pertinentes;

VI - identificar e propor a racionalização e o aperfeiçoamento de atos normativos de interesse da POLITEC;

VII - interpretar a Constituição, as leis, os tratados e os demais atos normativos, para que sejam uniformemente seguidos pelas unidades administrativas, quando não houver orientação normati-va do Poder Executivo Estadual;

VIII - propor, acompanhar e avaliar a modernização da legis-lação administrativa estadual;

IX – examinar, prévia e conclusivamente, no âmbito da POLI-TEC, os textos de editais de licitação e dos respectivos contratos ou acordos congêneres, a ser celebrados e publicados, bem como os atos pelos quais se vá reconhecer a inexigibilidade ou decidir a dispensa de licitação;

X - examinar decisões judiciais e fazer a orientação na dimen-são jurídico administrativa;

XI - desenvolver metodologias mediante estudos científicos, levantamentos e tabulação de dados, criando mecanismo que pos-sam melhorar o gerenciamento operacional da POLITEC;

XII - prestar apoio jurídico em matéria de processos adminis-trativos disciplinares, de inquérito e de averiguações, bem como analisar as decisões pertinentes;

XII - desempenhar outras funções compatíveis com suas atri-buições face à determinação superior.

§ 3º Quando nomeado no cargo de Assessor Técnico, forma-ção em Comunicação Social, Jornalismo ou Publicidade e Propa-ganda:

I - formular, implantar, acompanhar e avaliar a política de co-municação e publicidade institucional da POLITEC para o público interno e externo;

II – elaborar relatórios técnicos, a partir das informações pro-duzidas pelas unidades administrativas;

III – coletar informações, produzindo dados de forma cientí-fica, para estruturação de documentos, visando atender solicitação da alta administração;

IV – prestar assessoria ao Diretor Geral e demais autoridades dos órgãos no relacionamento com os veículos de comunicação social;

V – receber, analisar e processar as solicitações de entrevistas e informações encaminhadas pelos veículos de comunicação;

VI – monitorar e selecionar as notícias publicadas na impren-sa, que sejam de interesse da POLITEC;

VII – acompanhar a gestão de conteúdo relacionada aos sítios institucionais da POLITEC na rede mundial de computadores - in-ternet e na rede interna de computadores - intranet;

VIII – promover a disseminação das informações relativas aos produtos e procedimentos da POLITEC, contribuindo para aprimorar serviços e fortalecer a credibilidade do governo junto à sociedade.

§ 4º Quando nomeado no cargo de Assistente Técnico:

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Didatismo e Conhecimento 90

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

I - prestar auxílio necessário às atividades de comunicação administrativa e de atendimento ao público desenvolvido na Di-retoria Geral;

II - desenvolver e executar tarefas que possam melhorar o ge-renciamento operacional das atividades desenvolvidas na Direto-ria Geral;

III - auxiliar no controle e acompanhamento da tramitação dos processos;

IV - desempenhar outras funções compatíveis com suas atri-buições face à determinação superior.

CAPÍTULO IVDAS ATRIBUIÇÕES DOS CARGOS DE CHEFIA

SEÇÃO IDOS COORDENADORES

Art. 68. Constituem atribuições básicas dos Coordenadores:I - coordenar o planejamento, execução e avaliação das ações

das gerencias subordinadas;II - fornecer ao Diretor, relatório de atividades e informações

gerenciais relativas ao planejamento e execução das ações da co-ordenadoria;

III - estabelecer escala mensal de plantão visando garantir o atendimento ininterrupto, quando cabível;

IV - primar pelo desempenho gerencial em sua área de com-petência, promovendo a definição de responsabilidade por metas e resultados;

V - assessorar o superior imediato nos assuntos relacionados com suas atribuições;

VI - propor ao superior hierárquico, anualmente, projetos e programas de trabalho de acordo com as diretrizes estabelecidas;

VII - acompanhar o desenvolvimento da execução de projetos aprovados;

VIII - emitir parecer e proferir despachos nos processos sub-metidos a sua apreciação;

IX - expedir comunicações internas e ofícios;X - responsabilizar-se pelos bens patrimoniais da unidade e

do serviço.

SEÇÃO IDOS GERENTES

Art. 69. Constituem atribuições básicas dos Gerentes:I - promover os trabalhos em equipe e o desenvolvimento con-

tinuado de seus membros;II - estabelecer em conjunto e buscar alcançar as metas a se-

rem atingidas pelas áreas com sua Coordenadoria e/ou Diretoria;III - promover a elaboração de proposta técnica e execução de

projetos em sua área de competência;IV - garantir a eficiência, eficácia e efetividade na execução

das ações da gerência;V - solicitar o material necessário à execução das atividades

desenvolvidas pelas unidades que lhes são subordinadas;VI - emitir relatórios de frequência dos servidores imediata-

mente subordinados;VII - expedir comunicações internas e ofícios;VIII - autenticar cópias de documentos expedidos pela gerên-

cia;

IX – estabelecer escala mensal de plantão visando garantir o atendimento ininterrupto, quando cabível.

CAPÍTULO VDAS ATRIBUIÇÕES DOS SERVIDORES DE CARREIRA

SEÇÃO IDOS PROFISSIONAIS DA CARREIRA DA PERÍCIA OFI-

CIAL E IDENTIFICAÇÃO TÉCNICA

Art.70. A carreira dos Profissionais da Perícia Oficial e Iden-tificação Técnica é composta por Peritos Oficiais, cargo de nível superior, e por Técnicos em Necropsia, Papiloscopistas e Peritos Criminais II, cargos de nível médio.

Parágrafo único. As atribuições dos Profissionais da Carreira da Perícia Oficial e Identificação Técnica estão dispostas nos ter-mos previstos na Lei de Carreira vigente da categoria.

SEÇÃO IIDOS PROFISSIONAIS DA CARREIRA DE DESENVOLVI-

MENTO ECONÔMICO E SOCIAL

Art. 71. A carreira dos Profissionais de Desenvolvimento Eco-nômico e Social é composta por Técnicos, Agentes e Auxiliares.

Parágrafo único. As atribuições dos Profissionais de Desen-volvimento Econômico e Social estão dispostas nos termos previs-tos na Lei de Carreira vigente da categoria.

CAPÍTULO VIDAS ATRIBUIÇÕES COMUNS

Art. 72. Constituem atribuições básicas dos servidores da PO-LITEC;

I – zelar pela manutenção, uso e guarda do material de expe-diente e dos bens patrimoniais, eliminando os desperdícios;

II – conhecer e obedecer aos regulamentos institucionais;III – promover a melhoria dos processos, primando pela efici-

ência, eficácia e efetividade nos serviços prestados pela POLITEC;IV – primar pela observância dos princípios do Modelo de

Gestão voltado para Resultados do Governo do Estado de Mato Grosso: Satisfação do Cliente – cidadão; Envolvimento de Todos; Gestão Participativa; Gerência de Processos; Valorização das Pes-soas; Constância de Propósitos; Melhoria Contínua; Prevenção de Erros; Garantia da Qualidade e Transparência.

TÍTULO VDAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 73. O horário de trabalho da POLITEC obedecerá à le-gislação vigente.

Art. 74. Os Assessores, Diretores, Coordenadores e Gerentes deverão, preferencialmente, serem portadores de diploma de nível superior correspondente às competências exigidas para direção, chefia ou assessoramento da unidade.

Art. 75. O Diretor Geral regulamentará, por meio de norma in-terna, as demais atribuições específicas de cada Assessor, Diretor, Coordenador e Gerente.

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Didatismo e Conhecimento 91

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

Art. 76. Os casos omissos neste Regimento Interno serão re-solvidos pelo Diretor Geral, a quem compete decidir quanto às modificações julgadas necessárias.

Art. 77. O Diretor Geral da POLITEC baixará outros atos su-plementares que julgar necessários ao fiel cumprimento e aplica-ção deste Regimento Interno.

EXERCÍCIOS

01. Tão grande é a importância das organizações formais na sociedade moderna que inúmeros cientistas se dedicaram a estudá--las. Um desses cientistas foi Max Weber. A respeito da obra desse autor, marque a afirmativa INCORRETA.

A) Burocracias são sistemas de cargos limitados que colocam pessoas em situações alienantes.

B) As organizações formais modernas baseiam-se em leis que as pessoas aceitam por acreditarem que são racionais.

C) A obediência é devida às leis, formalmente definidas, e às pessoas que as representam, que agem dentro de uma jurisdição.

D) Qualquer sociedade, organização ou grupo que se baseie em leis racionais é uma burocracia.

02. São características da estrutura Burocracia Mecanizada, EXCETO

A) A parte mais importante é a tecnoestrutura, que compreen-de os especialistas e dirigentes de áreas como planejamento, finan-ças, pesquisa operacional ou programação da produção.

B) Os técnicos buscam a padronização, que rotiniza as tarefas e possibilita o controle por meio de regulamentos.

C) Pode apresentar certa tendência ao feudalismo, quando as unidades de negócio têm autossuficiência, com suas divisões de marketing, compras, produção e finanças.

D) O poder está dividido entre a cúpula estratégica e a tecno-estrutura.

03. A discussão sobre ética abrange e questiona inúmeros as-pectos da administração das organizações e de suas relações com a sociedade. Marque a alternativa CORRETA a respeito da ética nas organizações.

A) O comportamento ideal não pode ser definido por meio de um código de conduta explícito.

B) O Darwinismo social é a base do código de conduta ética das organizações.

C) O código de ética ideal pressupõe que as formas de vida evoluem e se aprimoram por meio de um processo natural que permite a sobrevivência apenas das espécies mais fortes, ou mais aptas.

D) A ética compreende uma teoria ou reflexão crítica sobre os fundamentos de um sistema moral, ou de um sistema de costumes de uma pessoa, grupo ou sociedade.

04. A respeito da Teoria Geral da administração, é CORRE-TO afirmar que

A) doutrina é um princípio de conduta, que contém valores, implícitos ou explícitos.

B) as técnicas são aspectos particulares selecionadas para es-tudo e produção de conhecimento.

C) modelo de gestão é uma forma de interpretar as organiza-ções e o processo administrativo.

D) escola é uma interpretação ou proposição sobre a realidade.

05. O desempenho de qualquer atividade gerencial depende de competências que determinam o grau de sucesso do gerente no cargo. Assinale as habilidades essenciais para o gestor.

ANOTAÇÕES

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Didatismo e Conhecimento 92

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

A) Habilidades de decisão, humana e de criação.B) Habilidades financeira, humana e técnica.C) Habilidades de decisão, humana e técnica.D) Habilidades técnica, humana e conceitual.

06. A respeito da liderança, é CORRETO afirmar que A) é o direito de dar ordens e de exigir obediência.B) é o instrumento para resolver problemas da comunidade.C) é temporária para a pessoa que desempenha o papel de fi-

gura de autoridade.D) a autoridade formal é atributo singular.

07. O debate em torno do modelo gerencial apresenta as prin-cipais tendências de modificação do antigo padrão burocrático we-beriano. São tendências do modelo gerencial, EXCETO

A) incentivo à adoção de parcerias com o setor privado e com as organizações não governamentais.

B) maior autonomia às agências governamentais.C) separação entre a política e a administração.D) descentralização política.

08. A abordagem contingencial da motivação leva ao conceito de homem complexo. São características dessa abordagem, EX-CETO

A) o desenvolvimento de valores e motivos é inerente a cada pessoa e independe de qual informação o sistema recolhe do am-biente.

B) motivos, valores e percepções são altamente inter-relacio-nados.

C) as pessoas são motivadas por um desejo de utilizar suas habilidades de solucionar problemas ou de dominar os problemas com os quais se defrontam.

D) cada pessoa é concebida como um sistema individual com necessidades biológicas, psicológicas, de valores e de percepções.

09. As rápidas mudanças que vêm sendo observadas na socie-dade atual colocam a exigência de se repensar o papel do Estado, especialmente a partir de um contexto fortemente marcado pelos avanços da tecnologia da informação. São características da mo-derna administração pública:

A) Administração pública baseada na gestão empresarial, diri-gida pelo lema da competência e racionalidades técnicas.

B) Administração pública, dando menos ênfase à eficiência que à equidade e à adequação social.

C) Administração pública baseada na superação das dicoto-mias política-administração; público-privado; concepção e execu-ção.

D) Administração pública marcada pela ideia de racionaliza-ção e treinamento técnico.

10. São princípios constitucionais da Administração pública:A) legalidade, moralidade, racionalidade, informação.B) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade.C) moralidade, legalidade, autonomia, conectividade.D) publicidade, moralidade, constitucionalidade, privacidade.

11. (Analista Judiciário – Exec. Mandatos – TRT 11ª AM/RR -2012 – FCC) Marcelo, servidor público federal, ocupante de cargo efetivo, pretende solicitar licença para tratar de interesses particulares. Referida licença, nos termos da Lei nº 8.112/1990, será concedida:

(A) por prazo indeterminado.(B) a critério da Administração Pública.(C) com remuneração.(D) pela Administração Pública, podendo ser interrompida, a

qualquer tempo, exclusivamente no interesse do serviço.(E) mesmo que Marcelo esteja em estágio probatório.

12. (TRT/MS - Téc. Judiciário Adm. – FCC-2011) No que diz respeito às licenças, previstas na Lei nº 8.112/1990, é correto afirmar:

(A) Na licença para o serviço militar, concluído tal serviço, o servidor terá até quarenta dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo.

(B) É possível o exercício de atividade remunerada durante o período da licença por motivo de doença em pessoa da família.

(C) A licença ao servidor para acompanhar cônjuge que foi deslocado para o exterior será pelo prazo máximo de dois anos.

(D) A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação.

(E) A partir do registro da candidatura e até o décimo dia se-guinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença para atividade política, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de dois meses.

13. (Analista Judiciário – Área Judiciária– TER SC -2011 – PONTUA) De acordo com a Lei 8.112/90, por morte do servi-dor, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal, a partir da data do óbito:

I. É o beneficiário da pensão vitalícia o cônjuge.II. São beneficiários da pensão vitalícia os filhos.III. É o beneficiário da pensão vitalícia o companheiro ou

companheira designado que comprove união estável como enti-dade familiar.

IV. É o beneficiário da pensão vitalícia menor sob guarda ou tutela.

Está(ão) CORRETO(S):a) Apenas o item I.b) Apenas o item III.c) Apenas os itens I e III.d) Apenas os itens II e IV.

14. (Analista Judiciário – Área Judiciária– TER SC -2011 – PONTUA) Será concedida ao servidor licença para tratamen-to de saúde, a pedido ou de ofício, com base em perícia médica, sem prejuízo da remuneração a que faz jus. Nos termos da Lei 8.112/90, o atestado e o laudo de junta médica não se referirão ao nome ou natureza da doença, salvo quando se tratar de lesões pro-duzidas por acidente em serviço, doença profissional ou qualquer das doenças especificadas como graves, contagiosas ou incuráveis:

I. Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a tuberculose ativa, a alienação mental, a esclerose múltipla, a ne-oplasia maligna, a cegueira

posterior ao ingresso no serviço público, a hanseníase, a H1N1, a dengue hemorrágica, a cardiopatia grave, a doença de Pa-rkinson, a paralisia irreversível e incapacitante, a espondiloartrose anquilosante, a nefropatia grave, os estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), a Síndrome de Imunodeficiência Ad-quirida – AIDS e outras que a lei indicar.

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Didatismo e Conhecimento 93

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

II. Embora considerada grave e incurável, a Síndrome de Imu-nodeficiência Adquirida – AIDS não poderá constar no atestado ou laudo da junta médica responsável para a concessão da licença para tratamento de saúde.

III. Consideram-se doenças graves, contagiosas ou incuráveis, a tuberculose ativa, a alienação mental, a esclerose múltipla, a neo-plasia maligna, a cegueira posterior ao ingresso no serviço público, a hanseníase, a cardiopatia grave, a doença de Parkinson, a para-lisia irreversível e incapacitante, a espondiloartrose anquilosante, a nefropatia grave, os estados avançados do mal de Paget (osteíte deformante), a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida – AIDS e outras que a lei indicar. Serão indicadas no laudo elaborado pela junta médica para fins de concessão da licença para tratamento de saúde, sem prejuízo da remuneração.

IV. A concessão de licença remunerada para tratamento de saúde, quando a pedido, impossibilita que o laudo da junta médica mencione ou indique a moléstia do servidor, mesmo tratando-se de doenças graves, contagiosas ou incuráveis, conforme definido em lei.

Está(ão) CORRETO(S):a) Apenas o item I.b) Apenas o item III.c) Apenas os itens I e III.d) Apenas os itens II e IV.

15. (Analista Judiciário – Exec. Mandatos– TRT 23ª MT -2011 – FCC) Considere as seguintes assertivas sobre as licen-ças dos servidores públicos civis federais, nos termos da Lei nº 8.112/1990:

I. A partir do registro da candidatura e até o décimo dia se-guinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença para atividade política, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de dois meses.

II. A licença poderá ser concedida ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro por até trinta dias, consecuti-vos ou não, mantida a remuneração do servidor, e por até sessenta dias, consecutivos ou não, sem remuneração.

III. A critério da Administração poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em está-gio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração.

Está correto o que se afirma APENAS em:(A) I e III.(B) II e III.(C) I e II.(D) II.(E) III.

16. (Perito Oficial Criminal - Polícia Civil/MT – UNEMAT - 2010) Com base na Lei nº 8.321/2005, assinale a alternativa in-correta:

a) para fins de controle, acompanhamento avaliação e trans-parência, trimestralmente, a Superintendência de Perícia Oficial e Identificação Técnica deverá baixar portaria contendo a relação nominal dos servidores escalados para plantão.

b) a possibilidade financeira, devendo-se atender o disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal.

c) a função pericial sujeita-se à prestação de serviços em condições adversas de segurança, escalas de plantões e chamadas extraordinárias qualquer dia e hora, desde que justificada a neces-sidade, inclusive com a realização de perícias em todo o Estado de Mato Grosso.

d) As escalas de plantão serão elaboradas pelos órgãos de exe-cução programáticas, segundo os parâmetros previstos em regu-lamento.

e) A superintendência de Perícia Oficial e identificação Téc-nica fornecerá ao servidor, a cada seis horas de efetivo plantão 1(uma refeição).

17. (Perito Oficial Criminal - Polícia Civil/MT – UNEMAT - 2010) São atribuições do Perito Oficial Criminal nos estritos termos do art. 3º da Lei 8.321/2005, exceto:

a) exercer a função pericial técnico-científica específica, emi-tindo o respectivo laudo pericial, nos termos da legislação proces-sual penal.

b) comparecer, perante o juízo competente, para prestar es-clarecimentos, respondendo os quesitos previamente elaborados, quando requisitado pela respectiva autoridade.

c) tomar as providências que forem mais urgentes, nos casos que se apresentarem quando em plantão.

d) efetuar os exames, análises ou pesquisas que lhe forem dis-tribuídos ou solicitados.

e) elaborar e assinar os laudos periciais dos exames procedi-dos de acordo com a padronização estabelecida em regulamento.

GABARITO:

1 A

2 C

3 D

4 A

5 D

6 B

7 C

8 A

9 C

10 B

11 B

12 D

13 C

14 B

15 E

16 E

17 A

Page 96: 3 - No Oes de Administra Ao Publica e Legisla Ao Basica

Didatismo e Conhecimento 94

NOÇOES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E LEGISLAÇÃO BÁSICA

ANOTAÇÕES

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