(3) ciclos de vida

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Biologia e Geologia 11º Ano CICLOS DE VIDA UNIDADE E DIVERSIDADE

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Biologia e Geologia

11º Ano

CICLOS DE VIDA UNIDADE E DIVERSIDADE

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Ciclos de Vida

A sequência de etapas de desenvolvimento que ocorrem na vida de um organismo, desde que se forma até que produz a sua própria descendência, constitui o seu ciclo de vida.

Uma das fases corresponde ao desenvolvimento desde o ovo até à formação de um ser adulto.

A outra fase corresponde à reprodução, ou seja, a formação de novos indivíduos, os quais transportam a informação genética dos progenitores, transferida através dos gâmetas.

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Ciclos de Vida

A análise dos ciclos de vida permite compreender melhor as diferentes soluções reprodutivas no mundo vivo.

Distinguem-se três tipos de ciclos de vida:

Ciclo haplonte – em que o indivíduo adulto que produz gâmetas é haplonte.

Ciclo diplonte – em que o indivíduo adulto que produz gâmetas é diplonte.

Ciclo haplodiplonte – em que existe alternância de gerações, entre indivíduos diplóides, que produzem esporos haplóides (o esporófito), e o gametófito haplóide.

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Ciclo de Vida Haplonte

Um bom exemplo de um ciclo de vida haplonte é o caso da Espirogira.

É uma alga verde filamentosa, não ramificada, constituida por células cilíndricas organizadas topo a topo.

Em adulto, todas as células são haplontes.

Existem em água doce.

Cor verde-clara devido à presença de cloroplastos, sobre a forma de uma fita enrolada em hélice.

Agrupam-se em filamentos emaranhados.

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Ciclo de Vida Haplonte

Durante a reprodução, dois filamentos de espirogira, que se encontrem próximos alinham-se lado a lado célula por célula.

Formam-se então saliências em cada uma das células dos filamentos.

Eventualmente, duas a duas, as saliências entram em contacto e fundem-se formando um tubo de conjugação, que permite o contacto entre duas células de espirogiras diferentes.

Nesse momento, todo o conteúdo das células condensa, formando um gâmeta.

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Ciclo de Vida Haplonte

Apenas um dos gâmetas se vai

deslocar, passando pelo tubo

de conjugação.

Ao gâmeta que se movimenta

dá-se o nome de gâmeta

dador, já o gâmeta que

permanece imóvel denomina-se

de gâmeta receptor.

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Ciclo de Vida Haplontes

Os gâmetas fundem-se então e

formam-se, em um dos filamentos,

diversos zigotos diplontes (2n).

Após a fecundação os filamentos

desagregam-se ficando cada um

dos ovos rodeado por um espessa

parede celular, em estado latente,

geralmente durante o inverno.

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Ciclo de Vida Haplonte

Quando as condições ambientais são favoráveis, o ovo sofre um meiose, formando-se quatro células haplontes.

Estas células são diferentes, geneticamente, dos gâmetas iniciais e do ovo, devido aos fenómenos que ocorrem durante a meiose.

Três desses núcleos degeneram, ficando a célula apenas com uma célula que por mitoses sucessivas forma-se um novo filamento de espirogira.

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Ciclo de Vida Haplonte

No ciclo de vida das espirogira ocorre alternância de fases nucleares.

Uma fase haplóide que decorre entre a meiose e a fecundação, com células haplóides (n) e que corresponde à fase adulta.

Uma fase diplóide que ocorre entre a fecundação é a meiose, com células diplóides (2n) que corresponde ao zigoto.

A meiose é pós-gamética.

Embora a espirogira se possa reproduzir sexuadamente, na maior parte do casos reproduz-se assexuadamente por fragmentação.

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Ciclo de Vida Diplonte

Os mamíferos apresentam ciclos de vida diplontes.

Ocorre também alternância de fases nucleares.

Aqui a fase adulta e predominante é diplóide (2n).

A fase haplonte está reduzida ao gâmetas que são haplóides (n).

A produção de gâmetas ocorre ao nível das gónadas por um processo de meiose.

Como a meiose ocorre antes da formação dos gâmetas diz-se que é pré-gamética.

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Ciclo de Vida Haplodiplonte

Os polipódios são fetos bastante comuns.

Cada planta está presa ao solo por raízes provenientes de um caule subterrâneo, o rizoma.

Do rizoma formam-se folhas (limbo) muito recortadas.

Estas plantas, bastante simples e primordiais evolutivamente, reproduzem assexuadamente por multiplicação vegetativa e sexuadamente.

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Ciclo de Vida Haplodiplonte

Na época da reprodução, surgem na página inferior do limbo das folhas, formações amarelas os soros.

Estas formações são grupos de estruturas pluricelulares, os esporângios, que, quando jovens contêm células-mãe de esporos.

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Ciclo de Vida Haplodiplonte

As células-mães dos esporos contidos nos esporângios dividem-se por meiose, formando esporos que são libertados quando maduros.

Os esporos, quando em situações favoráveis, germinam formando uma estrutura verde laminar de pequenas dimensões, o protalo.

Na parte inferior do protalo existem rizóides que o prendem ao solo.

Formam-se também gametângios masculinos e femininos que produzem gâmetas: anterozóides e oosfera respectivamente.

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Ciclo de Vida Haplodiplonte

Os protalos encontram-se em zonas muito húmidas de forma a que a sua estrutura esteja envolvida em água.

Os anterozóides, produzidos no gametângio masculinos, movimentam-se na água deslocam-se até ao gametângio feminino onde fecundam as oosferas.

O zigoto resultante desenvolve-se sobre protalo originando uma planta adulta.

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Ciclo de Vida Haplodiplonte

Tal como nos ciclos de vida anteriores há

alternância de fases nucleares, dado que ocorre

meiose e fecundação.

Quando a reprodução é assexuada não ocorre

alternância de fases nucleares, pois não ocorre

meiose nem fecundação.

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Ciclo de Vida Haplodiplonte

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Relação entre o ciclo de vida e as condições ambientais

De uma forma geral o ambiente interfere com o modo de reprodução de um organismo.

No caso da espirogira e polipódio, quando as condições ambientais são favoráveis, ocorre reprodução assexuada o que permite um rápido crescimento da população.

Já em condições adversas estes organismos optam pela reprodução sexuada que além de gerar variabilidade genética permite também gerar estruturas resistentes.

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Relação entre o ciclo de vida e as condições ambientais

Esta influência das condições ambientais também interfere a reprodução dos animais.

É o caso dos pulgões e afídios, que durante a Primavera e Verão, quando as condições são favoráveis, dão origem a fêmeas partenogénicas que como o próprio nome indica se reproduzem por partenogénese.

No fim do Verão, as fêmeas partenogénicas dão origem a machos e fêmeas, que após acasalamento dão origem a ovos resistentes que ficam em estado latente durante o Outono e o Inverno.

No início da próxima Primavera os ovos dão origem a apenas fêmeas partenogénicas, diferentes das da geração anterior pois têm origem em reprodução sexuada, mas que também se vão reproduzir por partenogénese.

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Intervenção humana no ciclo de vida dos seres vivos

Sendo os seres humanos um dos principais agentes de modificação do ambiente, é também responsável pela alteração do comportamento reprodutivos dos seres vivos.

Actividades industriais ou agro-pecuárias provocam poluição química colocando em risco o desenvolvimento dos ovos de muitas espécies, impedindo mesmo a formação de gâmetas.

A eliminação dos habitats é uma das principais preocupações de momento pois levam ao desaparecimento de muitos locais de reprodução.

A um nível mais global, o efeito de estufa tem levado a alteração dos hábitos de muitos seres vivos devido ao aumento da temperatura.

Algumas espécies conseguem adaptar-se às variações, outras migram para locais mais favoráveis, mas muitos acabarão por se extinguir.

Vocês serão, provavelmente, a ultima

geração a ver ursos polares vivos!