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gramática tipos de orações 1 Capítulo 1Período composto por subordinação / Orações reduzidas Conexões 1. O adjetivo “compridos” refere-se ao longo tempo em que o narrador se deteve contemplando a fotografia na qual havia a própria imagem que muito lhe desagradava. 2. Dois exemplos seriam “desemburrar da tristeza em que ficara” e “Me lembro de uma fotografia minha desse tempo, que depois destruí”. O importante é perceber que todas as orações adjetivas se ligam às principais por meio de pronomes relativos, o que consiste em sua principal característica. 3. Em “Guardo esta fotografia porque, se ela não me perdoa do que tenho sido, (ela) aos menos me explica.”, a segunda oração é subordinada adverbial causal em relação à anterior, que é a oração principal. A construção de períodos compostos nos textos literários deve ser observada com cuidado. Classificar orações dentro do texto é um bom exercício de fixação para se compreenderem, de fato, as orações subordinadas. 4. Os períodos compostos por subordinação tornam o texto mais coeso, com uma leitura que, embora um pouco mais complexa do que aquela que se faz quando há somente períodos sim- ples, também se torna mais fluida. Os textos literários quase sempre apresentam períodos compostos, especialmente por subordinação. Isso ocorre porque, assim, é possível construir períodos mais longos, tornando o texto menos fragmentado. Exercícios complementares 6. c O problema em 1 é que “insalubre” significa não saudável, e não sem sal. Já em 3 o problema é que “falacioso” significa mentiroso, e não que fala muito. 7. d A única palavra que pode ser retomada por “onde” é “região”, que aparece na alternativa d e indica, de fato, lugar. 8. Na frase a, a oração adjetiva explicativa indica uma característica comum a todos os candidatos ao vestibular: só querem o diploma e não pensam na sociedade; na frase b, a oração adjetiva restringe a característica a alguns candidatos ao vestibular: somente os que apenas querem o diploma não pensam na sociedade. 14. a) Ele foi promovido: oração principal. sem fazer esforços: oração subordinada adverbial concessiva reduzida de infinitivo. b) Fizeram tanta algazarra: oração principal. que os pais precisaram tirá-los de perto um do outro: oração subordinada adverbial consecutiva. c) Ela era boa dançarina: oração principal. como sua avó: oração subordinada adverbial comparativa. Vale ressaltar que a forma desenvolvida da oração subordinada em a seria “sem que fizesse esforços” e que, na oração subordinada em c, não há a repetição da expressão “ser bailarina” e o verbo aparece oculto, para evitar que o texto fique repetitivo e cansativo. 15. Eu sou um cara que está cansado de correr na direção contrária, ainda que não haja pódio de chegada ou beijo de namorada. 16. d Nesse caso, a forma correta seria “antes da perda da oportunidade”.

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Page 1: 2º gramática

gramáticatipos de orações

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Capítulo 1Período composto por subordinação / Orações reduzidas

Conexões 1. O adjetivo “compridos” refere-se ao longo tempo em que o narrador se deteve contemplando a

fotografia na qual havia a própria imagem que muito lhe desagradava. 2. Dois exemplos seriam “desemburrar da tristeza em que ficara” e “Me lembro de uma fotografia minha

desse tempo, que depois destruí”. O importante é perceber que todas as orações adjetivas se ligam às principais por meio de pronomes relativos, o que consiste em sua principal característica.

3. Em “Guardo esta fotografia porque, se ela não me perdoa do que tenho sido, (ela) aos menos me explica.”, a segunda oração é subordinada adverbial causal em relação à anterior, que é a oração principal. A construção de períodos compostos nos textos literários deve ser observada com cuidado. Classificar orações dentro do texto é um bom exercício de fixação para se compreenderem, de fato, as orações subordinadas.

4. Os períodos compostos por subordinação tornam o texto mais coeso, com uma leitura que, embora um pouco mais complexa do que aquela que se faz quando há somente períodos simples, também se torna mais fluida. Os textos literários quase sempre apresentam períodos compostos, especialmente por subordinação. Isso ocorre porque, assim, é possível construir períodos mais longos, tornando o texto menos fragmentado.

Exercícios complementares 6. c O problema em 1 é que “insalubre” significa não saudável, e não sem sal. Já em 3 o problema é que

“falacioso” significa mentiroso, e não que fala muito. 7. d A única palavra que pode ser retomada por “onde” é “região”, que aparece na alternativa d e indica, de

fato, lugar. 8. Na frase a, a oração adjetiva explicativa indica uma característica comum a todos os candidatos ao

vestibular: só querem o diploma e não pensam na sociedade; na frase b, a oração adjetiva restringe a característica a alguns candidatos ao vestibular: somente os que apenas querem o diploma não pensam na sociedade.

14. a) Ele foi promovido: oração principal. sem fazer esforços: oração subordinada adverbial concessiva reduzida de infinitivo.

b) Fizeram tanta algazarra: oração principal. que os pais precisaram tirá-los de perto um do outro: oração subordinada adverbial consecutiva. c) Ela era boa dançarina: oração principal. como sua avó: oração subordinada adverbial comparativa. Vale ressaltar que a forma desenvolvida da oração subordinada em a seria “sem que fizesse esforços” e que, na oração subordinada em c, não há a repetição da expressão “ser bailarina” e o verbo aparece oculto, para evitar que o texto fique repetitivo e cansativo.

15. Eu sou um cara que está cansado de correr na direção contrária, ainda que não haja pódio de chegada ou beijo de namorada. 16. d Nesse caso, a forma correta seria “antes da perda da oportunidade”.

Tarefa proposta 1. F – F – F

I. O “que” é um pronome relativo. II. As palavras não indicam intencionalidade. III. O problema é que se trata de um período composto por duas orações, e não por três.

2. Doralice, irmã de Caetano, é voluntária em um asilo para idosos: oração principal. que obteve aprovação no último vestibular: oração subordinada adjetiva explicativa. 3. A palavra que provoca a ambiguidade é o pronome relativo “que”. 4. Ambiguidade presente: quem obteve aprovação no último vestibular: Doralice ou Caetano?

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Possíveis versões: Doralice, que obteve aprovação no último vestibular e é irmã de Caetano, é voluntária em um asilo para idosos. Doralice, irmã de Caetano, o qual obteve aprovação no último vestibular, é voluntária em um asilo para idosos. Na primeira opção, foi Doralice quem obteve aprovação no vestibular. Na segunda, quem obteve tal aprovação foi Caetano. Há outras formas de se desfazer a ambiguidade, além dessas duas possibilidades. 5. c Em ambos os casos, o pronome relativo exerce função sintática de sujeito. 6. b Deve-se substituir “curado” por uma oração subordinada adjetiva, o que se encontra na alternativa b.

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27. Enquanto em I se tem o sentido de que há políticos corruptos e políticos honestos e que somente os

corruptos prejudicam a nação, em II o que se diz é que todos os políticos são corruptos e todos prejudicam a nação. Vale lembrar que, em I, tem-se oração subordinada adjetiva restritiva, que restringe os políticos que prejudicam a nação àqueles que são corruptos. Já em II, tem-se oração subordinada adjetiva explicativa, o que permite compreender que todos os políticos são corruptos, sem exceção.

8. a Trata-se da única alternativa em que há um termo retomado pelo pronome. O termo em questão é “tudo”

e o pronome relativo é o “que”. 9. b “Onde” é um pronome relativo e refere-se aos termos “fora de mim”. “Fora de mim” vivem os assuntos

que merecem uma crônica. 10. O moço desceu à rua, olhou para os lados e, verificando que ninguém o via, apanhou a bola, voltou

para casa e leu sofregamente que naquele dia, à meia-noite, alguém o esperava em casa. A porta estaria apenas encostada. Pedia, ainda, que tivesse a maior cautela para que ninguém o visse entrar. Há outras possibilidades semelhantes. O mais importante é perceber como as orações subordinadas se formam na construção do discurso indireto.

11. d Temos: a) objeto direto; b) predicativo; c) adjunto adnominal; e) objeto indireto. 12. e Não se trata de oração subordinada adverbial, mas, sim, de oração subordinada substantiva objetiva

direta. 13. O professor, que também aprende com seus alunos, não é a árvore da sabedoria, embora possua

grandes conhecimentos. Há outras opções para a organização do período, respeitando-se as orientações dadas. 14. Quando “oiei” a terra ardendo: oração subordinada adverbial temporal. Qual fogueira de São João: oração subordinada adverbial comparativa. Na segunda oração (segundo verso), está omitido o verbo “arder”. Sem a omissão, teríamos: quando olhei

a terra ardendo / como arde a fogueira de São João… É muito comum as orações subordinadas adverbiais comparativas aparecerem dessa forma, com termos

ocultos. 15. Alguns exemplos são “oiei” no lugar de “olhei”, “espaiá” no lugar de “espalhar” e “prantação” no lugar

de “plantação”. Caso a letra da canção fosse totalmente adaptada à norma-padrão, haveria perda de ritmo, de sonoridade e de naturalidade, ou seja, haveria prejuízo para a musicalidade e para a beleza da letra de “Asa branca”. É importante ressaltar que a norma-padrão deve ser aprendida e empregada, mas que ela não é a mais adequada a todas as circunstâncias. Há muitos outros exemplos de linguagem popular na música, além dos citados. 16. Porque faltou água, perdi meu gado Morreu de sede meu alazão A oração formada no primeiro dos dois versos é subordinada adverbial causal. É interessante notar que um adjunto adverbial de causa foi transformado em uma oração que representa a mesma circunstância. A diferença é que antes não havia verbo no início do verso e, depois de criada a oração, o verbo aparece e o período passa a ser composto. 17. c As afirmações II e III estão erradas. O problema em II é que não se trata de uma oração subordinada condicional. O “se” que abre o verso nem mesmo é uma conjunção, mas um pronome. O problema em III é que não se trata de um pronome relativo, mas de uma conjunção. 18. Soma = 23 (01 + 02 + 04 + 16) A afirmação em 08 está errada porque não se trata de uma forma verbal, mas, sim, de uma palavra usada para confirmar a atenção do interlocutor, sem o sentido de ver. 19. d A relação de concessão é marcada pela presença da conjunção subordinativa adverbial concessiva “embora”. 20. a A linguagem dos chats não é tão absurda: oração principal. quanto parece: oração subordinada adverbial comparativa. desde que seja usada na hora e no lugar certo: oração subordinada adverbial condicional. 21. a Nas demais alternativas, ocorre mudança de sentido, falta de clareza ou inadequação em relação à norma-padrão. 22. Soma = 42 (02 + 08 + 32) O problema em 01 é que não há ideia de concessão. A expressão “mesmo que” pode, de fato, introduzir orações subordinadas adverbiais concessivas. No verso 08 do trecho, no entanto, equivale

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semanticamente a “realmente”. A afirmação contida em 04 está errada porque a palavra “que” retoma seu antecedente e não introduz sentido de proporção. Já em 16 o erro é que há outras referências temporais, como em “há pouco”, por exemplo. 23. a São trechos que indicam causa: 1) Em vista desses benefícios; 2) com a globalização; 4) devido à absorção de mão de obra; 5) uma vez que seu setor… O problema em “3” é que não aparece nenhuma ideia de causa, como pede o comando da questão. O “que”, nesse caso, é conjunção integrante e

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3introduz uma oração que exerce função de objeto direto da oração principal. 24. b Assim como no enunciado, a ideia do conectivo “pois” que aparece na alternativa b é de causa.

Capítulo 2Período composto por coordenação / Período misto / Pontuação II

Conexões 1. As palavras são “porém” e “portanto”, duas conjunções coordenativas, uma adversativa e outra

conclusiva. A brincadeira se constrói porque, caso no lugar da adversativa, que tem o papel de “mudar o rumo” do que se diz, aparecesse uma conclusiva, que indica que uma ideia leva a outra, muitas coisas seriam diferentes ou teriam seu sentido subvertido. A letra da canção ajuda a perceber a força que as conjunções coordenativas têm na construção do sentido.

2. As orações que mais aparecem são subordinadas adverbiais condicionais. Elas se repetem muitas vezes ao longo da letra. Alguns exemplos são: “Se trezentos fosse trinta”, “Se almoço fosse janta”, “Se a dezena fosse um cento”. Há muitos outros exemplos, já que a letra da canção é composta em grande parte por orações condicionais.

3. O tempo verbal adequado seria o futuro do pretérito do indicativo. Um exemplo da mudança seria “Se cuíca fosse banjo / Água fresca seria absinto”. É importante notar que a alteração levaria à adequação à norma culta, mas seria impossível em termos de harmonia de sons, pois prejudicaria a leveza da música quando em conjunto com a letra de Francis Hime.

4. A palavra “portento” deve opor-se a “fracasso”, uma vez que toda a letra joga com esse paralelismo de aproximar imagens e conceitos opostos ou diferentes, na tentativa de construir um mundo conceitual no qual a adversativa “porém” seria transformada na conclusiva “portanto”. Dessa forma, “portento” deve ser o oposto de fracasso, ou seja, um feito de grande valor ou extraordinário, um prodígio, uma maravilha, um milagre. É preciso compreender que toda a letra da canção se baseia em oposições ou diferenças que se aproximam e que, no caso de “fracasso”, não se trata de uma diferenciação quantitativa (como em trezentos/trinta) ou de uma aproximação fônica, como em Benta/bento. Só resta, então, a possibilidade de se tratar de ideias opostas.

5. Na letra, a palavra aparece na forma que se aproxima da fala, da linguagem oral, em que, normalmente, ocorre a substituição do som de “o” pelo som de “u”, principalmente na fala dos paulistas, habitantes do lugar onde provavelmente mais se come polenta no Brasil, além de Minas Gerais. O uso está adequado ao contexto, já que se trata de variante popular, que se adapta bem ao tom bem-humorado da canção. É preciso notar como, muitas vezes, a variante popular cabe mais perfeitamente em alguns contextos do que a norma-padrão, que não será sempre a melhor escolha.

Exercícios complementares 6. d Nas demais alternativas aparecem palavras com outras funções que não a de conectar ideias, como as de retomar ou evitar repetições. 7. b Pode-se notar claramente que, depois da expressão “além de”, aparecem informações novas. 8. Assim que terminou o jantar: oração subordinada adverbial temporal. ela foi para a sala: oração principal. (para) descansar um pouco: oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo. e ler sua revista preferida: oração coordenada sindética aditiva. apesar de ter muitos afazeres ainda: oração subordinada adverbial concessiva reduzida de infinitivo. até que os filhos fossem, finalmente, dormir: oração subordinada adverbial temporal. Trata-se de um período misto, composto por seis orações.14. Soma = 7 (01 + 02 + 04)

Os problemas nas demais afirmações são: (08) As ideias isoladas pelos travessões são opostas àquelas que aparecem anteriormente a elas, nos mesmos versos. (16) De fato, deveria ser empregada uma vírgula, mas a ideia é de adversidade, apesar de o conectivo “e” ser usado com mais frequência em orações coordenadas sindéticas aditivas. (32) Não há uma atmosfera luminosa e de otimismo. Pelo contrário, percebe-se um eu lírico perdido e confuso.

15. d De fato, todas as informações contidas nos itens são verdadeiras. Além do tom cinematográfico, os períodos curtos são imprescindíveis para concentrar muitas ações em um espaço curto, o que é necessário para condensar o conto, também curto.

16. d

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Na alternativa a, a vírgula seria aceitável do ponto de vista gramatical, porém haveria mudança de sentido, pois o “que” deixaria de ser conjunção integrante e passaria a ser um conectivo com ideia de causa. Em b, c e e, as vírgulas foram incorretamente empregadas.

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Tarefa proposta 1. d No primeiro trecho, a visão de um futuro de Capitu

ao lado de outro homem leva à conclusão de que haveria um afastamento total entre ela e Bentinho (caberiam “logo” ou “portanto”). No segundo trecho, apesar de as janelas estarem fechadas, era possível sentir o sol faiscar, daí a adversidade. Já no terceiro trecho, Iracema não pode ser comparada a nenhuma das duas imagens (favo da Jati, cheiro da baunilha), que devem, portanto, somar-se uma à outra.

2. b A ideia que se apresenta na alternativa b é de

adversidade, não de adição. 3. O conector é empregado para estabelecer uma

relação de oposição entre as informações que aparecem antes dele e aquelas que aparecem posteriormente. Além disso, há a ideia de que “ordenar os sentimentos” é o ápice da dificuldade vivida pela personagem, estando acima de “reconstruir acontecimentos” e “distribuir fatos pelos meses”. É importante notar que, apesar de a ideia mais comum de “mas” ser a de adversidade, ele também pode atuar com outras funções, como essa, a de “coroar” uma ideia crescente de dificuldade.

4. O ponto de exclamação serve para exaltar a dificuldade que a personagem tem para reconstruir acontecimentos. O ponto de exclamação, finalizando o primeiro período, tem, sim, a função de resumir a ideia central do texto. Todas as informações que aparecem posteriormente são desdobramentos daquilo que se afirma inicialmente, ou seja, que é difícil reconstruir os acontecimentos, ao menos para a personagem em questão. A exclamação faz com que o primeiro período se destaque em relação aos demais, concentrando em si o sentido de todos os outros períodos posteriores.

5. a A presença da conjunção coordenativa adversativa

“mas” mostra a noção de adversidade. 6. V – F – V II. A afirmação está errada porque há, também, no

poema, orações subordinadas. É o caso de “que tens saudades”, por exemplo.

7. b O problema em III é que, em textos jornalísticos e

literários, há mais períodos compostos do que simples, de forma geral. Já em IV, o problema é que em peças publicitárias predominam os períodos curtos, de fácil e rápida compreensão por parte do leitor.

8. b O conectivo de adição em questão é o “e”, e os

adjetivos conectados por ele são “formosa” e “nua”.

9. d Apesar de a conjunção “e” ser caracteristicamente

aditiva, estabelece, no texto, ideia de adversidade.

10. O verso em que ocorre ideia de alternância é “Quer mesquinho e sem cor, quer amplo e terso”. Apesar de não haver verbos expressos no verso, pode-se notar que eles foram omitidos. Explicitando-os, teríamos: “Quer (seja) mesquinho e sem cor, quer (seja) amplo e terso”. 11. d Basta saber que a palavra “étnicos” tem exatamente a concepção descrita na alternativa correta, a letra d. 12. e Trata-se da única alternativa em que se mantém o sentido de condição. 13. O tipo de relação que se estabelece entre as frases é de conclusão, por isso as conjunções que poderiam ser usadas para marcar essa relação são “portanto”, “logo”, “então”. 14. A alteração de sentido só ocorre na substituição de “porém” por “portanto”, já que “porém” expressa oposição e “portanto”, conclusão. Não ocorre alteração de sentido na substituição por “todavia”, porque, assim como “mas”, “todavia” tem sentido de adversidade. 15. c A oração adverbial (“Quando se trata de trabalho científico”), que inicia o período, deve ser separada da principal por uma vírgula. Os dois-pontos precedem um esclarecimento (“uma é a contribuição que o trabalho oferece; a outra é o valor prático que possa ter”). O ponto e vírgula separa duas orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardam relação entre si. 16. b A ideia é de que, ainda que morando há 18 anos em um mesmo local, não se estabeleceu relação além da de cordialidade com os vizinhos. 17. Assim eu quereria o meu último poema: que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais, que fosse ardente como um soluço sem lágrimas… A ausência de pontuação não impede a compreensão do poema, em sua versão original, porque há divisão em versos, o que determina o ritmo de leitura e esclarece as pausas.

18. a) Os versos dizem, metaforicamente, que ao homem cabe dirigir sua própria vida, fazendo uso de seu livre-arbítrio. Pontuar a própria vida seria, então, dar à vida as pausas e os seguimentos que o uso de pontuação permite que se dê ao texto. b) “Frase” é a vida, e o “inevitável ponto final” é a morte. Pode-se perceber que “frase” é, metaforicamente, a vida, pela leitura dos dois últimos versos, especialmente o penúltimo (“na frase que ele vive”). Perceber a metáfora do ponto final é bastante simples, uma vez que, assim como ele termina frases e períodos, a morte é aquela que encerra a vida.

4

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19. a) Os dois-pontos, nessa passagem, introduzem a fala do sujeito indeterminado. Há presença de discurso direto, marcado pela pontuação.

b) “que use, na frase que ele vive, o inevitável ponto final.” A supressão da vírgula na versão original ocorre por causa da divisão em versos, o que já dá ao poema o andamento desejado.

20. d De fato, o filme não se atém à necessidade de explicar os porquês das decisões de Hermila.

Além disso, fica claro que se trata de uma forma, segundo o autor do texto, de mostrar nas telas de cinema as dificuldades por que todos passamos na vida.

21. d Hermila vê-se dividida entre sentir prazer por seu lado sedutor, já que os compradores da rifa

passaram a desejá-la, e o asco que sentia ao se perceber objeto de uma rifa. 22. c Hermila não era inocente e sabia muito bem o que estava prestes a fazer quando decidiu rifar-se. Entretanto existe, nela, um lado recatado, que mal aceita o fato de a moça se vender. 23. a A vírgula, na alternativa a, isola o advérbio que está deslocado de sua posição original e, por isso, está correta. 24. b Nas demais alternativas, ocorrem modificações. Em a e e, a ideia de restrição passa a ser de explicação. Em c, o modelo revela uma referência às mães de maneira geral, e a modificação, uma evocação de alguma mãe específica, por meio de vocativo. Em d, na primeira frase, o sentido é o de que ela não quer almoçar, apenas. Já na segunda frase, a ideia é a de que ela não quer almoçar sozinha.

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