28 candomble lendas dos orix s

7/17/2019 28 Candomble Lendas Dos Orix s

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LENDAS DOS ORIXÁS

Exú - Ogun - Odé/Oxosse - Ossain - Xangô

Oxun - Logun-Edé - Yansan - Yemanjá - Obaluayê/OmolúOxumaré - Nanan - Oxalá

O QUE SÃO ORIXÁS ?

Muia gene a!redia "ue os orixás s#o seres in$eriores% &er'ersos e de&ou!a lu() Ou% en#o% !*egam a de$ini-los !omo !riauras demon+a!as% !omgrande &oder de desrui,#o% usados somene &ara o mal) Mas% en#o% o "uerealmene s#o os orixás

.ara ns% os orixás s#o seres di'inos !riados &or Olorun% nosso 0eus úni!o%"ue o auxiliaram na !ria,#o do uni'erso e de odos os seus !om&onenes) 1&arir da+% eles gan*aram a $un,#o de inermediários enre o !riador e a!riaura) 2 ara'és deles "ue &odemos enar !*egar um &ou!o mais &ero de0eus% se isso n#o $or muia &reens#o &ara ns% meros morais)

3egundo os yorubás% os orixás s#o os donos da nossa !abe,a% ou 4ori4% enossos &roeores indi'iduais) Eles es#o sem&re enando nos ransmiirseus !on*e!imenos% "ue% muias 'e(es% &assam desa&er!ebidos &ela nossa

ra(#o% mas n#o &elos nossos senidos) 5n$eli(mene% n#o damos a de'idaim&or6n!ia a esse $ao% a!*ando "ue s#o 4!oisas da nossa imagina,#o4)3egundo a!rediamos% *ou'e uma grande ru&ura enre os seres *umanos eos orixás% "ue anes 'i'iam lado a lado% !ada um &odendo 'isiar o mundo umdo ouro7 ou seja% a 8erra 9aiye: e o !éu 9orun:% esa'am ligados enre si% n#oexisindo barreiras) 1lgumas lendas do ;andomblé !onam "ue udo !orriamuio bem% aé um ser *umano desres&eiar a ordem esabele!ida &orOlorun) 3eu erro $oi adenrar em um lo!al &roibido% ma!ulando-o !om asujeira da 8erra) 5sso n#o $oi &erdoado% e a se&ara,#o ornou-se ine'iá'el)

1ssim% Oxalá so&rou o seu *álio di'ino sobre a 8erra% !riando o aramos$éri!o% "ue seria% da+ em diane% a barreira enre esses dois mundos)0esde en#o% os seres *umanos 'i'em enando al!an,ar o !éu e seus seresen!anados% sem ober resulado)

Ns% ara'és do ;andomblé% !onseguimos resabele!er essa liga,#o !om oorun% e emos o &oder de &resen!iar !laramene a mani$esa,#o da !enel*adi'ina em nosso inerior% "ue é a ex&eriên!ia mais mara'il*osa "ue alguém&ode ex&erimenar) 1 esse !onjuno de me!anismos !riados &elos seres

*umanos &ara enar !*egar mais &ero do !riador e reaar% assim% a!omuni!a,#o inerrom&ida no &assado% é a mel*or de$ini,#o &ara a &ala'rareligi#o)

http://www.olorun-axe.com.br/exu.htm

http://www.olorun-axe.com.br/ogun.htm


http://www.olorun-axe.com.br/ode.htm

http://www.olorun-axe.com.br/ossain.htm

http://www.olorun-axe.com.br/xango.htm

http://www.olorun-axe.com.br/oxun.htm

http://www.olorun-axe.com.br/logun.htm

http://www.olorun-axe.com.br/oya.htm

http://www.olorun-axe.com.br/yemonja.htm

http://www.olorun-axe.com.br/obalue.htm

http://www.olorun-axe.com.br/oxunmare.htm

http://www.olorun-axe.com.br/nanan.htm

http://www.olorun-axe.com.br/oxalufan.htm

http://www.olorun-axe.com.br/exu.htm


http://www.olorun-axe.com.br/ode.htm

http://www.olorun-axe.com.br/ossain.htm

http://www.olorun-axe.com.br/xango.htm

http://www.olorun-axe.com.br/oxun.htm

http://www.olorun-axe.com.br/logun.htm

http://www.olorun-axe.com.br/oya.htm

http://www.olorun-axe.com.br/yemonja.htm

http://www.olorun-axe.com.br/obalue.htm

http://www.olorun-axe.com.br/oxunmare.htm

http://www.olorun-axe.com.br/nanan.htm

http://www.olorun-axe.com.br/oxalufan.htm



<á 'arias $ormas de um mesmo orixá% iso é% exisem 'ários i&os di$erenes&ro'enienes de uma mesma origem di'ina) 1 esse $enômeno damos o nomede "ualidades) 8omemos o exem&lo do orixá Oxun% "ue reina nas águas do!es)Ele irá subdi'idir-se em 'árias $ormas ou "ualidades% !omo= .ondá% O&ará%

>are% 8o&é% e!) 8odas essas "ualidades êm a mesma essên!ia% mas di$eremenre si em muias !oisas% in!lusi'e no "ue di( res&eio a seus $undamenos eriuais) Esse ema é muio !om&lexo% gerando dú'idas aé mesmo enre osbabalorixás)

.or isso% &ara &odermos dee!ar o orixá de uma &essoa% assim !omo sua$orma ou "ualidade% é &re!iso !onsular o orá!ulo de 5$á% ou jogo de bú(ios)N#o exise ouro meio mais seguro e e$i!a()

1ra'és dos bú(ios% um bom sa!erdoe será !a&a( de ideni$i!ar% o orixá ao

"ual a &essoa &eren!e% e ambém 'eri$i!ar se *á% realmene% a ne!essidadede se $a(er a ini!ia,#o) ;aso isso seja ine'iá'el% a &essoa em "ues#o de'erá&assar &or 'ários &re!eios de !on$irma,#o aé o dia da $eiura) 2$undamenal "ue n#o *aja erros de es&é!ie alguma% &ois é !om a 'ida de umser *umano "ue esamos lidando)

?uando o babalorixá ideni$i!a o orixá de alguém% erá% ne!essariamene dele'anar odos os deal*es "ue es#o ligados a ele% !omo a $am+lia ao "ual&eren!e% as o$erendas de "ue gosa% o i&o de !omida "ue mais l*e agrada%

seus lugares de ebs% re(as% !anigas% e!) 2% ambém% muio im&oranesaber sobre o elemeno da naure(a "ue ele *abia e domina% bem !omo a$un,#o "ue desem&en*a denro do uni'erso)

Os orixás &odem ser e'o!ados ara'és de re(as 9aduras:% !anigas es&e!iais9ori@is:% ou &elo seu nome denro do &lanel dos orixás 9morun@o:) ;ada umdeles em suas !ores &redominanes% "ue deri'am das rês !ores bási!as douni'erso% "ue% segundo os yorubas% s#o o 'ermel*o% o &reo e o bran!o) 1srou&as riuais de !ada orixá% além de odos os adere,os e $erramenas "uel*e s#o &e!uliares% ambém exibir#o essas !ores) 1s !omidas ambém s#oindis&ensá'eis nas o$erendas% 'ariando muio de orixá &ara orixá)

Exisem in$inias lendas a res&eio dos orixás% "ue $oram ransmiidas degera,#o em gera,#o% seguindo a radi,#o oral) Nelas en!onramos !asos de!asamenos enre orixás !omo% &or exem&lo% o de Xangô !om 5ansan) Narealidade% o "ue essas lendas "uerem mosrar% ara'és de uma linguagemsim&les e inelig+'el% é "ue esses !asamenos re&resenam uniAes enre doisou mais elemenos da naure(a) N#o &odemos aribuir aos orixás!ara!er+si!as e senimenos *umanos)



LENDA DE EXÚ

Exú sem&re $oi o mais alegre e !omuni!ai'o de odos os orixás) Olorun%"uando o !riou% deu-l*e% enre ouras $un,Aes% a de !omuni!ador e elemenode liga,#o enre udo o "ue exise) .or isso% nas $esas "ue se reali(a'am noorun 9!éu:% ele o!a'a ambores e !ana'a% &ara ra(er alegria e anima,#o aodos)

3em&re $oi assim% aé "ue um dia os orixás a!*aram "ue o som dos amborese dos !6ni!os esa'am muio alos% e "ue n#o $i!a'a bem ana agia,#o)

En#o% eles &ediram a Exú% "ue &arasse !om a"uela ai'idade barul*ena%&ara "ue a &a( 'olasse a reinar)

1ssim $oi $eio% e Exú nun!a mais o!ou seus ambores% res&eiando a

'onade de odos)

Bm belo dia% numa dessas $esas% os orixás !ome,aram a senir $ala daalegria "ue a músi!a ra(ia) 1s !erimônias $i!a'am muio mais bonias aosom dos ambores)

No'amene% eles se reuniram e resol'eram &edir a Exú "ue 'olasse a animaras $esas% &ois elas esa'am muio sem 'ida)

Exú negou-se a $a(ê-lo% &ois *a'ia $i!ado muio o$endido "uando sua

anima,#o $ora !ensurada% mas &romeeu "ue daria essa $un,#o &ara a&rimeira &essoa "ue en!onrasse)

Logo a&are!eu um *omem% de nome Ogan) Exú !on$iou-l*e a miss#o de o!arambores e enoar !6ni!os &ara animar odas as $esi'idades dos orixás) E%da"uele dia em diane% os *omens "ue exer!essem esse !argo seriamres&eiados !omo 'erdadeiros &ais e denominados Ogans)



LENDA DE OGUN

Ogun 'i'ia em sua aldeia% "uando $oi re"uisiado &ara uma guerra% "ue n#oin*a daa &ara a!abar) 1nes de &arir% ele exigiu "ue seus *abianesdedi!assem um dia em sua *omenagem% $a(endo o sa!ri$+!io de jejuar e$a(er silên!io absoluo% além de ouras o$erendas)

.ariu% em sua longa jornada% &ara os !am&os de baal*a% onde &ermane!eusee anos) No regresso C sua aldeia% !amin*ou durane muios dias% senindomuio !ansa,o) 1 $ome e a sede ambém o aormena'am) Na &rimeira !asa"ue en!onrou &ediu água e !omida% mas ninguém o aendeu% &ermane!endo!alados e de ol*os $ixos no !*#o)

Desol'eu% en#o% $a(er oura enai'a na &rxima !asa% mas a !ena $oi a

mesma% o "ue des&erou sua ira) Ele esbra'ejou !om os moradores% exigindo"ue $alassem !om ele% mas ninguém o $e()

N#o se !on$orma'a !om aman*a $ala de res&eio% de&ois de er luadoano

Ogun es&era'a uma re!e&,#o !alorosa em sua &r&ria aldeia% mas% ao!onrário% s en!onrou silên!io)

F medida "ue a'an,a'a &elo inerior da !idade% a mesma !oisa se re&eia%

!asa a&s !asa) Ogun nem imagina'a o "ue esa'a a!one!endo) .erguna'a en#o re!ebia res&osa)

3ua ira já esa'a in!onrolá'el% "uando !*egou ao !enro do &o'oado% onde*a'iam muias &essoas) Esran*ou o $ao de ninguém esar !on'ersando).ergunou a eles onde esa'am suas $am+lias% mas n#o obe'e res&osa) Erauma a$rona

Goi assim "ue% e'o!ando odos os seus &oderes% Ogun di(imou sua &r&riaaldeia)

;a,adores "ue &assa'am &ela !idade% enre eles seu $il*o% o re!on*e!eram eenaram a&roximar-se) Hendo "ue sua !lera era imensa% resol'eram e'o!arExú &ara a!almá-lo)

1 ira desse orixá $inalmene $oi a&la!ada) 3eu $il*o% indignado ao 'er anadesrui,#o% indagou o moi'o "ue le'ou seu &ai a !omeer al aro!idade)Ogun res&ondeu "ue a"uelas &essoas l*e $alaram !om res&eio "uando n#o ore!on*e!eram) .re!isa'am de um !asigo)

Goi% en#o% "ue seu $il*o $e(-l*e lembrar da exigên!ia "ue $i(era anes de&arir &ara a guerra)



Ogun% omado &elo remorso% de'ido C sua !rueldade !om &essoas "ue sesa'am obede!endo ordens% abriu o !*#o !om sua es&ada enerrando-se de&é)



LENDA DE ODÉ

Na !idade de 5$é% reali(a'am-se $esi'idades e riuais &or o!asi#o das!ol*eias) Os sa!erdoes da aldeia% $ugindo aos seus !osumes% n#oreali(a'am as o$erendas obrigarias &ara rês das maiores bruxas!on*e!idas= as 5ya-mi Oxorongás) Esse ao im&erdoá'el &re!isa'a de umaboa &uni,#o) Goi assim "ue elas en'iaram um enorme &ássaro &ara assombrara"uela aldeia)

1 a'e $i!ou &ousada no el*ado do &alá!io% de onde &odia a'isar oda a!idade)

Bm !lima de medo e mau agouro es&al*ou-se enre os moradores% "ue n#osabiam o "ue $a(er &ara a!abar !om a"uele err+'el monsro)

O$erendas $oram reali(adas &ara as Oxorongás% mas sem resulado) Eraarde demais &ara isso)

Goi en#o "ue alguns !a,adores se a&resenaram &ara maar o &ássaro dasbruxas% mas $oram odos derroados) O úlimo !a,ador &ossu+a a&enas uma$le!*a% e era a úlima es&eran,a de li'rar a aldeia da more) Esse !a,adorera Odé)

3ua m#e% "ue esa'a longe da"uele lugar% e'e um mau &resságio !om rela,#o

a ele) ;onsulando um babalaIô% e'e a !on$irma,#o do "ue já sabia= seu$il*o !orria grande &erigo)

Goram ne!essárias muias o$erendas &ara "ue a miss#o de Odé $osseexe!uada !om &er$ei,#o e% gra,as a isso% Odé &ôde maar o &ássaro !omsua úni!a $le!*a% li'rando sua aldeia da ani"uila,#o) 0esde en#o% 'em sendo'enerado &or esse &o'o)



LENDA DE OSSAIN

Ossain era o úni!o orixá "ue sabia re!on*e!er e des&erar os &oderesmági!os das &lanas e usá-los &ara !urar as en$ermidades% ou nos riuaisliúrgi!os) Ele sabia% !omo ninguém% $a(er misuras mági!as !om os 'egeais%ra+(es e $ol*as)

Os ouros orixás ambém in*am o desejo de &ossuir suas &r&rias $ol*as%bem !omo o !on*e!imeno ne!essário &ara re!eber o axé &ro'eniene delas%mas Ossain n#o re'ela'a seus segredos e n#o deixa'a ninguém a&an*ar$ol*as em suas $loresas)

Oyá 9Yassan: n#o a!eia'a essa siua,#o% &ois sua aldeia esa'a sendoassolada &or doen,as% e nada &odia ser $eio) Goi% en#o% "ue ela &ediu a

Ossain "ue l*e desse algumas $ol*as e seus res&e!i'os en!anamenos% masese negou-se a $a(ê-lo) Oyá $i!ou muio !onrariada% n#o se !on$ormando!om uma aiude #o insens+'el) 3ua $úria in!onrolá'el $e( le'anar o 'eno)E o 'eno $oi #o $ore% "ue as $ol*as se des&renderam das ár'ores% 'oando&ara odos os !anos da $loresa) Ossain gria'a= 4Min*as $ol*as% min*as$ol*as4) 1 !aba,a !om os segredos $i!ou ex&osa &or algum em&o%&ossibiliando aos orixás a o&orunidade de absor'er uma &e"uena &aredesse !on*e!imeno) 1ssim% os orixás !aaram suas $ol*as% "ue seriamuili(adas em seus riuais sagrados7 &orém% n#o &odiam dis&ensar a ajuda de

Ossain% &ois ele sem&re será o grande sábio da $loresa)Oura lenda nos !ona "ue Ossain rabal*a'a na ro,a de Orunmilá% "ue é umorixá $un-$un 9da !or bran!a: e deenor do !on*e!imeno do orá!ulodi'inario) Ossain in*a a are$a de !uli'ar os !am&os% mas re!usa'a-se alim&ar o erreno &ara $a(er a semeadura) Ele n#o !onseguia &odar as&lanas% &ois a!*a'a uilidade em odas elas) Essas $ol*as &odiam !urar odoi&o de doen,a exisene)

Orunmilá% 'endo "ue o ser'i,o n#o sa+a% $oi 'er o "ue esa'a a!one!endo)

Ossain ex&li!ou seus moi'os% $a(endo !om "ue o grande orixá $un-$un&er!ebesse esar diane de um ser en!anado e de grande !on*e!imeno) 1oin'és de !asigá-lo% deu-l*e uma &osi,#o de desa"ue denro do orá!ulo de5$á) 0essa $orma% Orunmilá eria% &ero de si% alguém &ara l*e re'elar ossegredos das $ol*as)



LEN01 0E X1NJK

Xangô% "uando 'i'eu a"ui na 8erra% era um grande Obá 9rei:% muio emido eres&eiado) Josa'a de exibir sua bela $igura% &ois era um *omem muio'aidoso) ;on"uisou% ao longo de sua 'ida% muias es&osas% "ue dis&ua'am umlugar em seu !ora,#o)

1lém disso% adora'a mosrar seus &oderes de $eii!eiro% sem&reex&erimenando sua $or,a)

Em !era o!asi#o% Xangô esa'a no alo de uma monan*a% esando seus&oderes) Em alos brados% e'o!a'a os raios% desa$iando essas $or,as&oderosas) 3ua 'o( era o &r&rio ro'#o% &ro'o!ando um barul*oensurde!edor) Ninguém !onseguia enender o "ue Xangô &reendia !om essa

aiude% $i!ando ali &or muio em&o% im&a!iene &or n#o ober res&osa) 0ere&ene% o !éu se iluminou e os raios !ome,aram a a&are!er) 1s &essoas$i!aram im&ressionadas !om a bele(a da"uele $enômeno% mas% ao mesmoem&o% esa'am a&a'oradas% &ois nun!a in*am 'iso nada &are!ido)

Xangô% orgul*oso de seu exremo &oder% $i!ou exasiado !om oa!one!imeno) N#o &ara'a de &ro$erir &ala'ras de ordem% "uerendo "ue oes&eá!ulo !oninuasse) Era realmene algo im&ressionane

Goi% en#o% "ue% do alo de sua 'aidade% 'iu a siua,#o $ugir ao seu !onrole)

8enou 'olar arás% im&lorando aos !éus "ue os raios% "ue !ora'am a 8erra!omo &oderosas lan,as% desa&are!essem) Mas era im&oss+'el - a naure(a*a'ia sido desa$iada% desen!adeando $or,as in!onrolá'eis

Xangô !orreu &ara sua aldeia% assusado !om a desrui,#o "ue &ro'o!ara)

?uando !*egou &ero do &alá!io% 'iu o erro "ue !omeera) 1 desrui,#o eraoal e% &ara &iorar a siua,#o% odos os seus des!endenes *a'iam morrido)1o 'er "ue o rei esa'a muio &erurbado% seu &r&rio &o'o enou !onsolá-lo !om a &romessa de re!onsruir a !idade% $a(endo udo 'olar ao "ue eraanes) Xangô% sem dar ou'idos a ninguém% $oi embora da !idade)

Ele n#o su&orou ana dor e injusi,a% reirando-se &ara um lugar a$asado%&ara a!abar !om sua 'ida) O rei en$or!ou-se numa gameleira)

Oyá% "uando soube da more de seu marido% !*orou !o&iosamene% $ormandoo rio Niger) Ela% "ue in*a !on*e!imeno do reino dos eguns% $oi aé lá &arara(er seu !om&an*eiro da more% "ue 'eio en'olo em &anos bran!os e !omo roso !obero &or uma más!ara de madeira% &ois n#o &odia ser

re!on*e!ido &or 5@ú% o 3en*or da More) Xangô ressurge dos moros%ornando-se um ser en!anado) E $oi assim "ue surgiu uma no'a $orma% ou"ualidade% desse orixá% a "ual !*amamos 1irá) Essa 'aria,#o da essên!ia deXangô adoou% além do 'ermel*o% a !or bran!a)



Oura lenda nos dá !ona "ue Xangô% !om sua irresis+'el a&arên!ia% ara+amuias mul*eres) Era muio 'isoso% !om seus !abelos ran,ados e osen$eies de !obre em seu !or&o) .ossu+a muias es&osas% !omo Obá e Oxun)

Oxun era a mais bela es&osa de Xangô% muio mais 'aidosa do "ue ele%

dis&ensando grande &are de seu em&o &ara en$eiar-se e% assim% &oderagradar seu amado)

Xangô a&re!ia'a muio sua !om&an*ia e o es$or,o "ue $a(ia &ara $a(ê-lo$eli()

Obá n#o in*a o mesmo raameno% &or isso% senia-se rejeiada) Ela eramuio &ossessi'a em seus rela!ionamenos e n#o su&ora'a mais essasiua,#o)

Oxun *a'ia &er!ebido "ue Obá a in'eja'a e "ueria roubar-l*e o !om&an*eiro)Muio $a!eira e !om ares de su&erioridade% !ome,ou a !onar 'anagens&ara a ri'al% "ue $ingia n#o se im&orar) 0i(ia "ue Xangô adora'a um !ero"uiue &re&arado !om um ingrediene muio es&e!ial= um &eda,o de orel*a)

Obá a!rediou nela% &ois% na"uele momeno% Oxun esa'a !om um or,oamarrado na !abe,a) Embora &are!esse esran*o% de'ia ser udo 'erdade%&ois Xangô esa'a en$eii,ado &or Oxun)

unando muia !oragem e deermina,#o% Obá !orou $ora sua orel*a &ara

&re&arar o al &rao)

Xangô !*egou bem na *ora e 'iu o sangue "ue es!orria da !abe,a de Obá).reo!u&ado% "uis saber o "ue *a'ia a!one!ido !om ela) ?uando soube doa!one!ido% $i!ou en$ure!ido !om Obá% &or &ensar em o$ere!er-l*e uma!omida #o es"uisia

.er!ebendo a menira de Oxun% saiu $uriosa C sua &ro!ura &ara ajusarem!onas)

Xangô se&arou as duas ri'ais% "ue se rans$ormaram em rios) Obá $oiembora desse reinado e nun!a mais 'olou)



LENDA DE OXUN

;ona a lenda "ue Oxalá% numa de suas !amin*adas &elo mundo% iria &assar&ela aldeia de Oxun% onde &reendia &arar e des!ansar)

Exú% mensageiro dos orixás% !orreu &ara a'isar Oxun "ue o grande orixá$un-$un esa'a a !amin*o de sua !idade) Era &re!iso organi(ar uma grandere!e&,#o% &ois a 'isia era muio im&orane &ara odos) Ela% en#o%a&ressou-se !om os &re&arai'os da $esa% ordenando a lim&e(a de odas as!asas e lugares &úbli!os da aldeia% bem !omo "ue os en$eies uili(ados$ossem da !or bran!a) Oxun !uidou &essoalmene da ornamena,#o elim&e(a de seu &alá!io% &ois udo in*a "ue esar &er$eio% C alura de Oxalá)

;om anos a$a(eres im&oranes% em #o !uro es&a,o de em&o% Oxun n#o

se lembrou de !on'idar as 5ya-mi &ara a grande $esa)1s $eii!eiras n#o &erdoaram essa des$eia) 3enindo-se muiodes&resigiadas% resol'eram desmorali(ar Oxun &erane os !on'idados)

No dia da !*egada de Oxalá C !idade% Oxorongá enrou dis$ar,ada no&alá!io &ara !olo!ar% no asseno do rono da Oxun% um &re&arado mági!o%"ue n#o $ora noado &or ninguém)

8oda a !idade esa'a im&e!a'elmene lim&a e ornamenada) O &alá!io de

Oxun% "ue $ora !a&ri!*osamene &re&arado% in*a seus m'eis e uens+lios!oberos &or e!idos de uma al'ura ima!ulada) ran!a ambém seria a !ordas rou&as uili(adas na !erimônia)

Oxalá $inalmene !*egou% sendo res&eiosamene re'eren!iado numa grandedemonsra,#o de $é e admira,#o ao grande mensageiro da &a()

Oxun% senada em seu rono% es&era'a !om im&a!iên!ia a enrada de Oxaláem seu &alá!io% "uando iria o$ere!er-l*e seu &r&rio asseno) Mas% ao enarle'anar-se% &er!ebeu "ue esa'a &resa em sua !adeira e% &or mais $or,a "ue

$i(esse% n#o !onseguia solar-se) O es$or,o "ue em&reendeu $oi #o grande%"ue% mesmo $erida% !onseguiu $i!ar em &é% mas uma &o,a de sangue *a'iaman!*ado suas rou&as e ambém sua !adeira)

?uando Oxalá 'iu a"uele sangue 'ermel*o no rono em "ue se senaria% $i!ou#o !onrariado% "ue saiu imediaamene do re!ino% senindo-se muioo$endido)

Oxun% en'ergon*ada !om o a!one!ido% n#o !onseguia enender &or"ue *a'ia$i!ado &resa em sua &r&ria !adeira% uma 'e( "ue ela mesma in*a !uidado

de odos os &re&arai'os)



Es!ondendo-se de odos% $oi !onsular o orá!ulo de 5$á &ara ober um!onsel*o) O jogo% en#o% l*e re'elou "ue Oxorongá *a'ia !olo!ado $eii,o emseu asseno% &or n#o er sido !on'idada)

Exú% a &edido de Oxun% $oi em bus!a do grande &ai% &ara relaar-l*e o

o!orrido)Oxalá reornou ao &alá!io% onde a grande m#e das águas esa'a senada de!abe,a baixa% muio !onsrangida) ?uando ela o 'iu% !ome,ou a abanar seuabebe% rans$ormando o sangue de suas rou&as em &enas 'ermel*as% "ue% ao'oar% !a+ram sobre a !abe,a de odos os "ue ali esa'am% in!lusi'e a deOxalá) Em re!on*e!imeno ao es$or,o "ue ela em&reendeu &ara *omenageá-lo% ele a!eiou a"uela &ena 'ermel*a 9e@odide:% &rosrando-se C sua $rene%em sinal de agrade!imeno)

1 &arir de en#o% essa &ena $oi inrodu(ida nos riuais de $eiura do;andomblé)



LENDA DE LOGUN

No in+!io dos em&os% !ada orixá domina'a um elemeno da naure(a% n#o&ermiindo "ue nada% nem ninguém% o in'adisse) Juarda'am sua sabedoria!omo a um esouro)

2 nesse !onexo "ue 'i'ia a m#e das água do!es% Oxun% e o grande !a,adorOdé) Esses dois orixás !onsanemene dis!uiam sobre os limies de seusres&e!i'os reinados% "ue eram muio &rximos)

Odé $i!a'a exremamene irriado "uando o 'olume das águas aumena'am eransborda'am de seus re!i&ienes naurais% $a(endo alagar oda a $loresa)Oxun argumena'a% juno a ele% "ue sua água era ne!essária C irriga,#o e$erili(a,#o da erra% miss#o "ue re!ebera de Olorun) Odé n#o l*e da'a

ou'idos% di(endo "ue sua !a,a iria desa&are!er !om a inunda,#o)Olorun resol'eu iner'ir nessa guerra% se&arando brus!amene essesreinados% &ara enar a&a(iguá-los)

1 $loresa de Odé logo !ome,ou a senir os e$eios da ausên!ia das águas) 1'egea,#o% "ue era exuberane% !ome,ou a se!ar% &ois a erra n#o era mais$éril) Os animais n#o !onseguiam en!onrar !omida e $ala'a água &arabeber) 1 maa esa'a morrendo e as !a,as orna'am-se !ada 'e( mais raras)Odé n#o se deses&erou% a!*ando "ue &oderia en!onrar alimeno em ouro

lugar)Oxun% &or sua 'e(% senia-se muio s% sem a !om&an*ia das &lanas e dosanimais da $loresa% mas ambém n#o se abala'a% &ois ainda &odia !onar !oma !om&an*ia de seus $il*os &eixes &ara !on$orá-la)

Odé andou &elas maas e $loresas da 8erra% mas n#o !onseguia en!onrar!a,a em lugar algum) Em odos os lugares en!onra'a o mesmo !enáriodesolador) 1 $loresa esa'a morrendo e ele n#o &odia $a(er nada)

0eses&erado% $oi aé Olorun &edir ajuda &ara sal'ar seu reinado% "ue esa'ade$in*ando) O maior sábio de odos ex&li!ou-l*e "ue a $ala dágua esa'amaando a $loresa% mas n#o &oderia ajudá-lo% &ois o "ue $e( $oi ne!essário&ara a!abar !om a guerra) 1 úni!a sal'a,#o era a re!on!ilia,#o)

Odé% en#o% !olo!ou seu orgul*o de lado e $oi &ro!urar Oxun% &ro&ondo a elauma régua) ;omo era de !osume% ela n#o a!eiou a &ro&osa na &rimeiraenai'a) Oxun "ueria "ue Odé se des!ul&asse% re!on*e!endo suas"ualidades) Ele% en#o% !om&reendeu "ue seus reinos n#o &oderiam

sobre'i'er se&arados% unindo-se no'amene% !om a ben,#o de Olorun)0essa uni#o nas!eu um no'o orixá% um orixá &r+n!i&e% Logun-Edé% "ue iria!onsolidar esse 4!asameno4% bem !omo abrandar os +m&eos de seus &ais)



Logun sem&re $i!ou enre os dois% $ixando-se nas margens das águas% onde*a'ia uma 'egea,#o abundane) 3ua iner'en,#o era im&orane &ara e'iaras !*eias% bem !omo a esiagem &rolongada) Ele &ro!ura'a maner oe"uil+brio da naure(a% agindo sem&re da mel*or maneira &ara esabele!er a&a( e a $erilidade)

;ona uma oura lenda "ue as erras e as águas esa'am no mesmo n+'el% n#o*a'endo limies de$inidos)

Logun% "ue ransia'a li'remene &or esses dois dom+nios% sem&re ro&e,a'a"uando &assa'a de um reinado &ara o ouro) Esses a!idenes deixa'am Logunmuio irriado)

Bm dia% a&s er $i!ado seis meses 'i'endo na água% enou $a(er aransi,#o &ara o reinado de seu &ai% mas n#o !onseguiu% &ois a erra esa'amuio es!orregadia) Holou% en#o% &ara o $undo do rio% onde !ome,ou a!a'ar $renei!amene% !om a inen,#o de sua'i(ar a &assagem da água &ara aerra)

;om essa es!a'a,#o% ma!*u!ou suas m#os% &és e !abe,a% mas !onseguiu$a(er uma &assagem% "ue ornou mais $á!il sua ransi,#o) Logun !riou% assim%as margens dos rios e !rregos% onde &assou a dominar) .or esse moi'o%suas o$erendas s#o bem a!eias nesse lo!al)



LENDA DE OYÁ - YANSAN

3egundo a lenda% Oyá 'i'ia $eli( !om Ogun% &ois os dois in*am muias !oisasem !omum% !omo o goso &ela guerra e o desejo de desbra'ar no'os lugares)Josa'am da !om&an*ia um do ouro% senindo-se em *armonia) ;om ele% "ueé !on*e!edor de odos os !amin*os% Oyá a&rendeu a andar &ela 8erra)

Josa'a muio de 'ê-lo rabal*ar% em seu o$i!io de $erreiro% enandoa&render !omo ele !on$e!!iona'a suas armas e $erramenas) Oyá &ediainsisenemene "ue l*e $i(esse uma arma &ara guerrear)

Bm dia% Ogun a sur&reendeu% o$ere!endo-l*e uma es&ada !ur'a% "ue eraideal &ara seu uso) 5sso a agradou muio% ano "ue% mais arde% odo seuexér!io esa'a usando esse mesmo i&o de arma)

Mas Ogun n#o a le'a'a em suas baal*as% deixando-a so(in*a e enediada)3em $alar no em&o "ue gasa'a em seus a$a(eres de $erreiro) Oyá adora'aa liberdade% mas% ao mesmo em&o% n#o dis&ensa'a uma boa !om&an*ia);ome,ou a senir-se rejeiada &or ele)

Goi nesse momeno "ue Xangô% o grande rei% $oi &ro!urar Ogun% &ois&re!isa'a de armas &ara seu exér!io) Ele era muio araene e !uidadoso!om sua a&arên!ia) Era im&oss+'el n#o noar sua &resen,a)

Ogun% a!eiando o &edido% !ome,ou a &rodu(ir armas &ara Xangô% "ue in*amuia urgên!ia) Gi!aria na aldeia o em&o ne!essário &ara o érmino doser'i,o)

Xangô ambém noou a &resen,a de Oyá% senindo uma grande ara,#o &orela) ;om seu jeio de ser% a&roximou-se dela &ara ro!ar !on*e!imenos ares&eio de suas *abilidades) 0es!obriram% nessas !on'ersas% "ue &ossu+ammuias a$inidades% in!lusi'e "ue n#o gosa'am de 'i'er isolados% assim !omoOgun)

Oyá esa'a muio ineressada em Xangô e em udo o "ue esa'a a&rendendo!om ele% mas n#o "ueria magoar Ogun% a "uem res&eia'a muio)

Xangô &ro&ôs-l*e uma uni#o eerna% sem monoonia% sem solid#o% 'iajandosem&re junos &or oda a 8erra) 3eria uma uni#o &er$eia)

?uando Ogun erminou seu rabal*o% os dois já *a'iam &arido) Ele $i!ouen$ure!ido !om a rai,#o de ambos% mesmo sabendo "ue sua !om&an*eiran#o &odia $i!ar !ai'a &ara sem&re)

.ariu arás deles &ara 'ingar sua desonra



Oyá esa'a 'indo ao seu en!onro% &ara ex&li!ar-l*e "ue n#o &oderia mais$i!ar !om ele% &ois Xangô a !om&lea'a% mas "ue iria res&eiá-lo sem&re!omo grande orixá da guerra)

Ogun esa'a #o en$ure!ido% "ue n#o ou'iu o "ue ela di(ia% e $oi !om grande

$úria "ue in'esiu !onra ela% erguendo sua es&ada) Oyá% em de$esa &r&ria%ambém o aa!ou) Ela $oi gol&eada em no'e &ares do seu !or&o% e Ogun emsee% $ormando !uras) Esses números $i!aram muio ligados a esses orixás%assim !omo as !uras% "ue $oram inrodu(idas nos riuais a$ri!anos)



LENDA DE YEMONJÁ

Yemonjá% grande orixá das águas% era $il*a de Olo@un% o sen*or dos o!eanos)Era &ossuidora de um grande insino maernal% "ue $e( dela m#e de de($il*os) Embora !asada% n#o in*a grande a&ego &or seu marido) Fs 'e(es%&ensa'a em deixá-lo% mas ele era um *omem muio im&orane e &oderoso% en#o &ermiiria al desonra) Yemonjá ambém &ensa'a no bem-esar de seus$il*os% n#o &odendo deixá-los desam&arados)

3eu marido usa'a o &oder !om irania% in!lusi'e !om sua $am+lia% ornando a'ida dela insu&orá'el) Ela n#o agena'a mais se submeer aos !a&ri!*os deum *omem "ue ela des&re(a'a)

Ela &ro!urou seu &ai &ara a!onsel*ar-se sobre a aiude "ue de'eria omar)

No $undo% ela já esa'a de!idida a $ugir% mas &re!isa'a de seu a&oio) Olo@unn#o a re!riminou% &ois ela era uma soberana e% !omo al% n#o &oderia a!eiaro jugo de ninguém) Ele% en#o% deu C sua $il*a uma !aba,a !omen!anamenos% &ara "ue ela usasse "uando esi'esse em &erigo)

Yemonjá !olo!ou seu &lano em &rái!a% $ugindo !om odos os seus $il*os)

?uando ela já esa'a bem longe de sua aldeia% 'iu "ue esa'a sendo&erseguida &elo exér!io de seu marido) .ensou em en$rená-los% mas eleseram muios e seria uma lua desleal) Yemonjá odeia os !on$ronos% &ela

desrui,#o "ue !ausam% já "ue é um orixá &ro&agador de 'ida)?uando se seniu a!uada% resol'eu abrir a !aba,a e &edir so!orro ao seu &ai)0o seu inerior es!oou um l+"uido es!uro% "ue% ao o!ar o !*#o%imediaamene $ormou um rio% "ue !orria em dire,#o ao o!eano)

Goi nessas águas "ue Yemonjá e seu &o'o en!onraram um !amin*o &ara aliberdade)



LENDA DE OBALUAYE – OMULU

Nanan% es&osa de Orixalá% gerou e deu C lu( a um $il*o) 3ua !ria,#o n#o $oi&er$eia% nas!endo uma !rian,a doene% !om muias !*agas re!obrindo seu&e"ueno !or&o) Ela n#o !onseguia imaginar "ue maldi,#o era a"uela% "uerouxe de suas enran*as uma !riaura #o in$eli(

3enindo-se im&ossibiliada de !uidar da"uela !rian,a% &ois mal !onseguiaol*ar &ara ela% resol'eu deixá-la &ero do mar) 3e a more a le'asse seriamel*or &ara odos)

Yemonjá% "ue esa'a saindo do mar% 'iu a"uele &e"ueno ser deiado nasareias da &raia) Gi!ou ol*ando &or algum em&o% &ara 'er se *a'ia alguémomando !ona dele% mas ninguém a&are!ia) En#o% a grande di'indade das

água $oi 'er o "ue esa'a a!one!endo) ?uando !*egou mais &ero% &ôde!om&reender "ue a"uela !rian,a in*a sido abandonada &or esargra'emene en$erma) 3enindo uma imensa !om&aix#o &or a"uela &obre!riaura% n#o &ensou em mais nada% a n#o ser em adoá-lo !omo a um $il*o)

;om seu grande insino maernal% Yemonjá dis&ensou a ele odo o !arin*o eos !uidados ne!essários &ara li'rá-lo da doen,a) Ela en'ol'eu odo o !or&odo menino !om &al*as% &ara "ue sua &ele &udesse res&irar e% assim% $e!*aras !*agas)

Obaluayê !res!eu e !oninuou usando a"uele i&o de rou&a% e ninguém% a n#oser sua "uerida m#e% in*a 'iso seu roso) Era um ser ausero e miserioso%&ro'o!ando ol*ares !uriosos e assusados de odos) Ninguém !onseguiaimaginar o "ue se es!ondia sob a"uelas &al*as)

Oyá% !era 'e(% o en!arou% &edindo "ue des!obrisse seu roso% &ois "ueriades'endar% de uma 'e( &or odas% a"uele misério) Obaluayê% sem l*e dar amenor aen,#o% negou-se a $a(ê-lo) Ela% "ue nun!a se deu &or 'en!ida%resol'eu en$rená-lo) Bsando oda sua $or,a% e'o!ou o 'eno% $a(endo 'oar

as &al*as "ue o &roegiam)?uando a &oeira assenou% Oyá &ode 'er um ser de uma bele(a #o radiane%"ue s &oderia ser !om&arado ao sol) Nem mesmo ela% !omo orixá% !onseguiaerguer os ol*os &ara ele) 1ssim% odos enenderam "ue a"uele misériode'eria !oninuar es!ondido)

Bma oura lenda nos mosra "ue esse &oderoso orixá% em suas andan,as &elomundo% &ode &resen!iar o desenrolar de muias guerras) Os &o'os "ueOlorun !riou e deu 'ida briga'am &or um &eda,o de erra) Muias &essoas

morriam% &ara "ue seus l+deres &udessem !on"uisar exensAes maiores &araseu reinado) Os limies% &ara esses guerreiros% eram insu&erá'eis% e as



guerras n#o in*am mais $im) Obaluayê n#o enendia o moi'o desasguerras% já "ue Olorun *a'ia !riado a erra &ara odos)

1s luas ra(iam muia dor e desrui,#o% e ninguém mais sabia dar o de'ido'alor C 'ida *umana) Os *omens s &ensa'am em seus ineresses maeriais)

Obaluayê% indignado !om essa siua,#o% resol'eu mosrar a eles "ue a 'ida éo maior esouro "ue alguém &ode er)

O &oderoso orixá ra,ou% en#o% !om seu !ajado% um grande !+r!ulo no !*#o%no !enro dos !on$lios) ;olo!ou denro dele odo i&o de doen,a exisene)8odo guerreiro% "ue &or ali &assasse% iria !onrair algum i&o de doen,a)

0e $ao% $oi o "ue a!one!eu) Muias &essoas adoe!eram% in!lusi'e os l+deresdos exér!ios) 3 isso !onseguiu &or $im Cs guerras)

1s doen,as se rans$ormaram em e&idemias% deixando &o&ula,Aes ineiras Cbeira da more)

Bm babalaIô re'elou o mau &resságio% &edindo a odos "ue re$leissemsobre o "ue esa'a a!one!endo% &or !ul&a deles &r&rios) Obaluayê *a'iamandado essas ma(elas &ara a erra% a $im de mosrar "ue% en"uano emossaúde e uma 'ida &lena% n#o de'emos nos &reo!u&ar ex!essi'amene !om!oisas maeriais) 0esa 'ida nada se le'a% a n#o ser o !on*e!imeno e aex&eriên!ia "ue a!umulamos)

1ssim% os "ue a!eiaram esses des+gnios e $i(eram o$erendas% !on$ormeex&li!ou o babalaIô% !onseguiram li'rar-se de suas en$ermidades eresabele!er sua dignidade) Mas% in$eli(mene% nem odos agiram assim)

8al'e(% &or isso% exisam anos &o'os a$ri!anos 'i'endo do mesmo jeio *ámil*ares de anos% enando n#o se desligar da naure(a)



LENDAS DE OXUNMARE

Oxunmare% $il*o de Nanan e Orixalá% re!ebeu de Olorun uma miss#o muioes&e!ial e im&orane &ara dar !oninuidade ao &ro!esso de !ria,#o ereno'a,#o da naure(a) 3ua are$a !onsisia em !arregar% denro de suas!aba,as% oda água da 8erra de 'ola &ara o !éu) Era uma are$a árdua einerminá'el% &ois% nem bem ele en!*ia as nu'ens% a água já !ome,a'a aes!orrer% mol*ando udo no'amene)

Ele n#o in*a em&o a &erder% mas% numa dessas 'iagens% &arou &ara ol*ar a8erra e 'iu um imenso lugar% onde udo era exra+do da lama) Esa'a$alando alguma !oisa &ara dar mais alegria ao lugar)

O &r&rio Oxunmare já in*a !olo!ado em mo'imeno odos os seres

!riados% !omo Olorun *a'ia ordenado% mas ainda n#o basa'a% udo &are!iamuio igual e sem 'ibra,#o)

Ele resol'eu% en#o% &edir a 0eus "ue o ajudasse a en!onrar uma maneira dera(er mais $eli!idade &ara a 8erra% e Olorun !on!edeu a ele a reali(a,#odesse desejo)

?uando esa'a !arregando água% sem "uerer% deixou !air algumas goas &elo!amin*o) 0e re&ene% $ormou-se um ar!o !olorido% de uma bele(a in!r+'el)

1"uele ar!o mosra'a as !ores do uni'erso% e% ara'és dele e de suasin$inias !ombina,Aes% Oxunmare &oderia !olorir oda a 8erra !om di'ersosmai(es% ornando-a mais alegre e 'ibrane)

1 &arir de en#o% $ormou-se uma alian,a enre 0eus 9Olorun: e os seres!riados% "ue sem&re &oderia ser 'isa "uando as águas do !éu en!onrassema lu( do sol)

O ar!o-+ris ornou-se% ambém% s+mbolo desse Orixá% "ue gosa demo'imeno e *armonia em odas as !oisas)



LENDA DE NANAN

Olorun en'iou Nanan e Oxalá &ara 'i'erem na 8erra e !riarem a *umanidade)Os dois $oram doados de grandes &oderes &ara desem&en*arem essaare$a% mas somene Nanan in*a o dom+nio do reinado dos eguns% eguarda'a esses segredos% bem !omo o da gera,#o da 'ida% em sua!aba,a)

Oxalá n#o se !on$orma'a !om esa siua,#o% "ueria &oder !om&aril*ardesses segredos) 8ena'a agradar sua !om&an*eira !om o$erendas &ara!on'en!ê-la a re'elar seu !on*e!imeno)

Nanan% senindo-se $eli( !om as aiudes de Oxalá% de!ide mosrar-l*eegun% mas a&enas ela era re!on*e!ida nesse reinado)

;era 'e(% en"uano Nanan rabal*a'a !om a lama% Oxalá% dis$ar,ando-se!om as rou&as dela% $oi 'isiar egun% sem l*e &edir auori(a,#o)

?uando Nanan% seniu a $ala de Oxalá e de sua &r&ria 'esimena% e'e!ere(a de "ue ele *a'ia in'adido o seu reinado% arai,oando-a gra'emene)En$ure!ida !om a des!obera% resol'eu $e!*ar a &assagem do mundo&roibido% deixando Oxalá &reso)

En"uano isso% Oxalá !amin*a'a no reinado de Nanan% enando des!obrir

seus misérios% mas a&enas ela !onseguia !omuni!ar-se !om os eguns)Egun% sem&re en'olo em seus &anos !oloridos% n#o in*a roso% nem 'o()Oxalá% usando um &eda,o de !ar'#o% !riou um roso &ara ele% !omo já *a'ia$eio !om os seres *umanos% e% !om seu so&ro di'ino% abriu-l*e a $ala)1ssim% ele !onseguiu des'endar os segredos "ue ano "ueria% mas% "uandose deu !ona% 'iu "ue n#o !onseguia a!*ar a sa+da)

Nanan n#o sabia o "ue $a(er% &or isso $e!*ou a &assagem &ara manê-lo&reso aé en!onrar uma $orma de !asigá-lo) ;onou a Olorun sobre a

rai,#o de Oxalá% "ue n#o a&ro'ou a aiude de ambos) Nanan errou aore'elar a Oxalá os segredos "ue o &r&rio Olorun l*e !on$iara) .ara!asigá-la% omou o seu reinado e o enregou a Oxalá% &ois ele desem&en*aramel*or a are$a de (elar &elo eguns) Oxalá ambém $oi !asigado% &oisin'adiu o dom+nio de um ouro orixá) 0a"uele dia em diane% Oxalá seriaobrigado a usar as rou&as bran!as de Nanan% !obrindo o seu roso !om um!*or#o% "ue somene as iyabás usam)



LENDA DE OXALUFAN - OXALÁ (A CRIAÇÃO DA TERRA)

Olorun% 0eus su&remo% !riou um ser% a &arir do ar 9"ue *a'ia no in+!io dosem&os: e das &rimeiras águas) Esse ser en!anado% "ue era odo bran!o emuio &oderoso% $oi !*amado Oxalá) Logo em seguida% !riou um ouro orixá"ue &ossu+a o mesmo &oder do &rimeiro% dando-l*e o nome de Nanan) Os doisnas!eram da 'onade de Olorun de !riar o uni'erso)

Oxalá &assou a re&resenar a essên!ia mas!ulina de odos os seres%ornando-se o lado direio de Olorun) Nanan% &or sua 'e(% eria a essên!ia$eminina% e re&resenaria o lado es"uerdo) Ouros orixás ambém $oram!riados% $ormando-se um 'erdadeiro exér!io a ser'i,o de Olorun% !ada um!om uma $un,#o deerminada &ara exe!uar os &lanos di'inos)

Exú $oi o er!eiro elemeno !riado% &ara ser o elo de liga,#o enre odos osorixás% e deles !om Olorun) 8ornou-se !osume &resar-l*e *omenagensanes de "ual"uer ouro% &ois é ele "uem le'a as mensagens e !arrega osebs)

Olorun !on$iou C Oxalá a miss#o de !riar a 8erra% in'esindo-o de oda asabedoria e &oderes ne!essários &ara o su!esso dessa im&orane are$a)0eu a ele uma !aba,a !onendo odo axé "ue seria uili(ado)

Oxalá% orgul*oso &or er re!ebido aman*a *onraria% a!*ou desne!essário

$a(er as o$erendas a Exú)Exú% 'endo "ue Oxalá &arira sem l*e $a(er as o$erendas% &re'iu "ue amiss#o n#o seria !um&rida% &ois% mesmo !om a !aba,a e oda a $or,a domundo% sem a sua ajuda n#o !onseguiria !*egar ao lo!al indi!ado &or Olorun)

1 !amin*ada era longa e di$+!il% e Oxalá !ome,ou a senir sede% mas% de'idoC im&or6n!ia de sua miss#o% n#o &odia se dar ao luxo de &arar &ara beberágua) N#o a!eiou nada do "ue l*e $oi o$ere!ido% nem mesmo "uando &assou&ero de um rio inerrom&eu a sua jornada) Mais C $rene% en!onrou umaaldeia% onde l*e o$ere!eram leie de !abra &ara sa!iar sua sede% "ueambém $oi re!usado)

8odos os !amin*os &are!iam iguais e% de&ois de andar &or muio em&o%seniu-se &erdido) 0e re&ene% ele a'isou uma &almeira muio $rondosa%logo C sua $rene% Oxalá% já delirando de ana sede% aingiu o ron!o da&almeira !om seu !ajado% sor'endo odo o l+"uido "ue sa+a de suas enran*as9era 'in*o de &alma:) Embriagado &ela bebida% desmaiou ali mesmo% $i!andodesa!ordado &or muio em&o)

Exú a'isou Nanan "ue Oxalá n#o *a'ia $eio as o$erendas &ro&i!iarias% &orisso n#o erminaria sua are$a) Ela% agindo &or !onra &r&ria% resol'eu!onsular um babalaIô &ara reali(ar de'idamene as o$erendas) O



sa!erdoe enumerou uma série de !oisas "ue ela de'eria o$ere!er% enreelas um !amale#o% uma &omba% uma galin*a !om !in!o dedos e uma !orrene!om no'e elos) Exú a!eiou udo% mas s $i!ou !om a !orrene% de'ol'endo oresane C Nanan% &ois ela iria &re!isar mais arde) Ouros sa!ri$+!ios $oramreali(ados% aé "ue Olorun a !*amou &ara &ro!urar Oxalá% "ue *a'iaes"ue!ido o sa!o da !ria,#o !om o "ual !riaria a 8erra) Nanan% a&s erminarsuas o$erendas% $oi arás de Oxalá% en!onrando-o desa!ordado &rximo aolo!al onde de'eria !*egar)

1o saber "ue Oxalá *a'ia $al*ado em sua miss#o% Olorun ordenou "ue a&r&ria Nanan &rosseguisse na"uela are$a !om a ajuda de odos os orixás)E assim $oi $eio) Nanan &egou o sa!o da !ria,#o e o enregou C &omba% &ara"ue 'oasse em !+r!ulo) 1 galin*a !om !in!o dedos $oi sola% &ara es&al*ara"uela imensa "uanidade de erra% e% $inalmene% o !amale#o arrasou-se

'agarosamene% &ara !om&a!á-la e orná-la $irme)?uando Oxalá a!ordou% 'iu "ue a 8erra já *a'ia sido !riada% e n#o o $ora &orele) 0eses&erado% !orreu aé Olorun% "ue o ad'eriu duramene &or n#o erre'eren!iado Exú anes de &arir% julgando-se su&erior a ele) Oxalá%arre&endido% im&lorou &erd#o) Olorun% sem&re magn6nimo% deu-l*e uma no'ae im&oran+ssima are$a% "ue seria a de !riar odos os seres "ue *abiariama 8erra) 0esa 'e( ele n#o &oderia $al*ar

Bsando a mesma lama "ue !riou a 8erra% Oxalá modelou odos os seres% e%insu$lando-l*es seu *álio sagrado% deu-l*es a 'ida)

0esa $orma% Nanan e Oxalá desem&en*aram are$as igualmeneim&oranes% junamene !om a 'aliosa ajuda de odos os orixás% "ue&ossibiliaram o surgimeno dese no'o e mara'il*oso mundo em "ue'i'emos)

28 candomble lendas dos orix s

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