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1 Conferência de imprensa – 27/02/2018- Festa da Francofonia 2018 274 milhões de francófonos repartidos em 5 continentes Fonte: francophonie.org Língua oficial em quase 70 países língua mais estudada língua mais falada do planeta 750 000 estudantes de francês TV5, o canal de televisão multilateral francófono, é transmitido para 202 países. A Francofonia refere-se ao conjunto de pessoas e instituições que usam o francês como língua de socialização, língua administrativa, língua de ensino ou língua escolhida. Mas não se limita a um idioma em comum, dado que é também fundamentada no compartilhamento de aspetos culturais semelhantes e dos valores humanistas que foram veiculados pela língua francesa. A Organização Internacional da Francofonia (OIF), dirigida por Michaëlle Jean desde 2014, foi criada em 1970 e tem por missão alentar uma solidariedade ativa entre os seus 80 participantes (57 membros e 23 observadores). Na sua carta de 2005 redigida em Antananarivo (Madagáscar), a OIF reafirma a sua missão de defesa de certos valores partilhados pelos seus membros:

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Conferência de imprensa – 27/02/2018- Festa da Francofonia 2018

274 milhões de francófonos repartidos em 5 continentes

Fonte: francophonie.org

➢ Língua oficial em quase 70 países

➢ 2ª língua mais estudada

➢ 9ª língua mais falada do planeta

➢ 750 000 estudantes de francês

➢ TV5, o canal de televisão multilateral francófono, é transmitido para 202 países.

A Francofonia refere-se ao conjunto de pessoas e instituições que usam o francês como

língua de socialização, língua administrativa, língua de ensino ou língua escolhida. Mas não se

limita a um idioma em comum, dado que é também fundamentada no compartilhamento de

aspetos culturais semelhantes e dos valores humanistas que foram veiculados pela língua

francesa.

A Organização Internacional da Francofonia (OIF), dirigida por Michaëlle Jean desde 2014, foi

criada em 1970 e tem por missão alentar uma solidariedade ativa entre os seus 80 participantes

(57 membros e 23 observadores). Na sua carta de 2005 redigida em Antananarivo (Madagáscar),

a OIF reafirma a sua missão de defesa de certos valores partilhados pelos seus membros:

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« La Francophonie, consciente des liens que crée entre ses membres le partage de la langue

française et des valeurs universelles, et souhaitant les utiliser au service de la paix, de la

coopération, de la solidarité et du développement durable, a pour objectifs d’aider : à

l’instauration et au développement de la démocratie, à la prévention, à la gestion et au règlement

des conflits, et au soutien à l’État de droit et aux droits de l’Homme ; à l’intensification du

dialogue des cultures et des civilisations ; au rapprochement des peuples par leur

connaissance mutuelle ; au renforcement de leur solidarité par des actions de coopération

multilatérale en vue de favoriser l’essor de leurs économies ; à la promotion de l’éducation et

de la formation. »

Carta da Francofonia (23 de novembro de 2005), art.1

Língua francesa, diversidade cultural e linguística:

➢ valorizar o uso e a influência da língua francesa num contexto de diversidade linguística e

cultural

➢ reforçar a posição da cultura nas estratégias de desenvolvimento e aumentar o

envolvimento dos jovens e das mulheres na criação artística, cultural e digital

Paz, democracia e direitos humanos:

➢ Contribuir para o reforço da governação democrática, dos direitos humanos, do Estado de

direito e do papel da sociedade civil

➢ Contribuir para a prevenção e a gestão dos conflitos no acompanhamento das transições

e na consolidação da paz

Educação, formação e ensino superior:

➢ Reforçar o acesso dos jovens a uma educação e uma formação de qualidade, com vista

à inserção profissional e civil

➢ Facilitar a circulação do saber, a inovação e a mobilidade dos jovens estudantes, dos

investigadores, dos criadores e dos empresários

Desenvolvimento sustentável, economia e solidariedade:

➢ Contribuir para a elaboração e aplicação do Programa de desenvolvimento para o após-

2015 e dos objetivos do desenvolvimento sustentável

➢ Apoiar o crescimento sustentável sobretudo o que favoreça o bem-estar das populações,

a prosperidade e a criação de emprego em particular para as mulheres e para os jovens

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Conférence de presse – 27/02/2018 - Fête de la Francophonie 2018

274 millions de francophones répartis sur 5 continents

➢ Langue officielle dans près de 70 pays

➢ 2ème langue la plus étudiée

➢ 9ème langue la plus parlée

➢ 750 000 étudiants de français

➢ TV5 Monde, la chaîne de télévision multilatérale francophone, est transmise dans 202

pays

La Francophonie désigne l’ensemble des personnes et des institutions qui utilisent le français

comme langue de socialisation, langue d’administration, langue d’enseignement ou langue

choisie. Mais elle ne se limite pas à une langue commune, elle se base également sur le partage

d’aspects culturels et de valeurs véhiculés par la langue française.

L’Organisation Internationale de la Francophonie (OIF), dirigée par Michaëlle Jean depuis 2014,

a été créée en 1970 et a pour mission de soutenir une solidarité active entre ses 80 participants

(57 membres et 23 observateurs). Dans sa charte de 2005 rédigée à Antananarivo (Madagascar),

l’OIF insiste à nouveau sur sa mission de défense de certaines valeurs partagées par ses

membres :

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« La Francophonie, consciente des liens que crée entre ses membres le partage de la langue

française et des valeurs universelles, et souhaitant les utiliser au service de la paix, de la

coopération, de la solidarité et du développement durable, a pour objectifs d’aider : à

l’instauration et au développement de la démocratie, à la prévention, à la gestion et au

règlement des conflits, et au soutien à l’État de droit et aux droits de l’Homme ; à

l’intensification du dialogue des cultures et des civilisations ; au rapprochement des peuples

par leur connaissance mutuelle ; au renforcement de leur solidarité par des actions de

coopération multilatérale en vue de favoriser l’essor de leurs économies ; à la promotion de

l’éducation et de la formation. »

Charte de la Francophonie (23 Novembre 2005), art. 1.

Langue française, diversité culturelle et linguistique :

➢ Valoriser l’usage et l’influence de la langue française dans un contexte de diversité

linguistique et culturelle

➢ Renforcer l’ancrage de la culture dans les stratégies de développement et accroître

l’engagement des jeunes et des femmes dans la création artistique, culturelle et

numérique

Paix, démocratie et droits de l’homme :

➢ Contribuer au renforcement de la gouvernance démocratique, des droits de l’Homme,

de l’Etat de droit et du rôle de la société civile

➢ Contribuer à la prévention et à la gestion des conflits, à l’accompagnement des

transitions et à la consolidation de la paix

Education, formation et enseignement supérieur :

➢ Renforcer l’accès des filles et des garçons à une Education et à une formation de qualité

en vue de l’insertion professionnelle et citoyenne

➢ Faciliter la circulation des savoirs, l’innovation, l’innovation et la mobilité des jeunes

étudiants, chercheurs, créateurs et entrepreneurs

Développement durable, économie et solidarité :

➢ Contribuer à l’élaboration et à la mise en œuvre du Programme de développement pour

l’après-2015 et des objectifs du développement durable

➢ Soutenir une croissance durable et inclusive qui favorise le bien-être des populations, la

prospérité et la création d’emplois en particulier pour les femmes et les jeunes

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Conférence de presse │ 27 février 2018

Fête de la Francophonie

AMBASSADEUR DE BELGIQUE, M. BOUDEWIJN DEREYMAEKER

Bonjour à toutes et à tous,

Je souhaiterais, avant tout, saluer mes collègues ici présents et remercier la présence de Messieurs

les journalistes.

Chaque année, c’est avec beaucoup de fierté que tous les pays partageant la langue française se

réunissent pour célébrer l’existence de cet espace linguistique, propice aux échanges et à

l’enrichissement mutuel. Au Portugal, cette date n’est pas oubliée. De nos jours, la Fête de la

Francophonie a pris une très grande ampleur dans l’ensemble du territoire portugais grâce à la

présence de l’Institut français, de l’Alliance française et d’autres établissements scolaires comme le

Lycée français. Les pays partenaires, comme la Belgique, y contribuent aussi énormément.

En termes historiques, le terme « francophonie » est apparu pour la première fois vers la fin du XIXe

siècle, pour décrire l’ensemble des personnes et des pays utilisant le français. Cela a amené à la

création de plusieurs associations, notamment, dès 1926, l’Association des écrivains de langue

française et, en 1950, l’Union internationale des journalistes et de la presse de langue française.

Permettez-moi de profiter de ce moment pour mettre en évidence que la Francophonie n’est pas

uniquement le fait de promouvoir la langue française. Elle s’attèle également à encourager la diversité

culturelle et linguistique, promouvoir la paix, appuyer l’éducation, développer la coopération et

l’engagement des jeunes. La Francophonie va donc bien au-delà de la défense d’une langue. Elle

représente une zone d’action commune, un espace de solidarité, ayant comme valeur essentielle le

multilatéralisme. La Francophonie représente aussi d’un espace d’opportunités économiques et

commerciales.

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Quant à la Belgique, je voudrais souligner qu’elle est fortement engagée dans la Francophonie, dans

toutes ses dimensions, à savoir linguistique, politique et économique. Elle reste donc une participante

assidue de cette célébration de la Francophonie. L’Etat belge, ainsi comme la Communauté française

de Belgique, aussi appelée Fédération Wallonie-Bruxelles, sont membres de plein droit de

l’Organisation internationale de la Francophonie. Ils le sont respectivement depuis 1970 pour le

premier et 1980 pour le second. La Fédération Wallonie-Bruxelles occupe une place primordiale dans

l’organisation de la fête de la Francophonie, sachant que chaque année elle offre une contribution

relative à un film ou à un artiste.

La Belgique est un pays où cohabitent plusieurs communautés et régions qui ne parlent pas la même

langue. En Wallonie, au sud du pays, la langue officielle est le français. En Flandre, au nord, le

néerlandais. La région de Bruxelles-capitale est officiellement bilingue. Dans les Cantons dans l’Est du

pays, près de l’Allemagne, la langue officielle est l’allemand. Ce multilinguisme fait de la Belgique un

pays très riche culturellement. Nous avons une gastronomie connue. La BD de Tintin connaît un impact

international. N’oublions pas les Schtroumpfs qui fêtent cette année leurs 60 ans. Le cinéma des frères

Dardenne est admiré à travers le monde. La musique – pensez par exemple à Jacques Brel – ainsi que

la littérature – je ne citerai que Georges Simenon et ses romans sur le Commissaire Maigret – sont

aussi bien représentées. Le français occupe dans cette Belgique pluriculturelle une place très

importante.

Je profite également de ce moment pour vous rappeler que la Belgique est candidate à un siège non-

permanent au Conseil de Sécurité de l’Organisation des Nations Unies pour la période 2019-2020. Elle

a déjà siégé cinq fois précédemment au Conseil de Sécurité. La Belgique est un partenaire dans le

monde avec la longue tradition d’obtenir le consensus et des solutions pacifiques aux conflits. En

outre, nous nous engageons à privilégier l’expression en langue française dans cette organisation

internationale, puisque le français est parmi les six langues officielles de l’ONU. Cette mesure montre

notre attachement aux directives de l’Organisation internationale de la Francophonie.

Je remercie tous les partenaires et personnes qui contribuent à l’organisation de la fête de la

Francophonie.

L’attachée de coopération éducative du service culturel de l’ambassade de France, Anne Ricordel, fera

un exposé sur toute la programmation.

Je laisse maintenant la parole à mon collègue du Canada.

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Conferência de imprensa │ 27 de Fevereiro de 2018

Festa da Francofonia

EMBAIXADOR DA BÉLGICA, O SR. BOUDEWIJN DEREYMAEKER

Bom dia Senhores e Senhoras,

Queria, antes de mais, cumprimentar os meus colegas aqui presentes e agradecer a presença dos

Senhores jornalistas.

Todos os anos é com muito orgulho que todos os países que compartilham o uso a língua francesa se

reúnem para celebrar a existência deste espaço linguístico, propício aos intercâmbios e ao

enriquecimento mútuo. Em Portugal, esta data não é esquecida. Actualmente, a Festa da Francofonia

ganhou uma amplitude jamais observada em todo o território português graças à presença do

Instituto francês, da Aliança francesa e de outros estabelecimentos escolares, como é o caso do Liceu

francês. Os países parceiros, como a Bélgica, também contribuem imenso para este acontecimento.

Em termos históricos, o termo “francofonia” surgiu pela primeira vez no final do século XIX (dezanove),

com objectivo de descrever o conjunto de pessoas e de países que utilizam o francês. Tudo isto levou

à criação de diversas associações, nomeadamente, em 1926 (mil novecentos e vinte seis), a Associação

de escritores de língua francesa e, em 1950 (mil novecentos e cinquenta), a União internacional dos

jornalistas e da imprensa de língua francesa.

Permitam-me aproveitar esta ocasião para realçar que a Francofonia não trata unicamente de

promover a língua francesa. Esta pretende, igualmente, encorajar a diversidade cultural e linguística,

promover a paz, apoiar a educação, desenvolver a cooperação e a participação da juventude. A

Francofonia significa, portanto, muito mais do que a simples glorificação de um idioma, pretendendo

representar uma zona de acção comum, um espaço de solidariedade, e tendo como valor primordial

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o multilateralismo. A Francofonia representa também como um espaço de oportunidades económicas

e comerciais.

Quanto à Bélgica, gostaria de sublinhar que esta está muito empenhada na Francofonia, nas suas

dimensões linguística, política e económica. O país belga é, desta forma, um participante assíduo nesta

celebração da Francofonia. O Estado belga, assim como a Comunidade francesa da Bélgica, também

conhecida por Federação Valónia-Bruxelas são membros de pleno direito da Organização

internacional da Francofonia, desde 1970 (mil novecentos e setenta) e 1980 (mil novecentos e

oitenta), respectivamente. O papel da Federação Valónia-Bruxelas merece ser evidenciado, visto que,

todos os anos, ela contribui para a Festa da Francofonia com o financiamento de um filme ou de um

artista.

A Bélgica é um país onde coabitam várias comunidades e regiões que não falam a mesma língua. Na

Valónia, no sul do país, a língua oficial é o francês. Na Flandres, no norte, o flamengo. A região de

Bruxelas-capital é oficialmente bilíngue. Nos cantões de Este do país, perto da Alemanha, a língua

oficial é o alemão. Este multilinguismo torna o país extremamente rico em termos culturais. Nós

possuímos uma gastronomia reconhecida. A banda-desenhada do Tintim tem muito impacto a nível

internacional. Não esqueçamos os bonecos Estrunfes que celebram este ano o seu 60º (sexagésimo)

aniversário. O cinema dos irmãos Dardenne é admirado pelo mundo inteiro. A música – pensem, por

exemplo, em Jacques Brel – tal como a literatura – vou apenas citar Georges Simenon e os seus

romances sobre o Comissário Maigret – estão também bem representadas. O francês ocupa um lugar

muito importante nesta Bélgica pluricultural.

Usufruo também desta oportunidade para vos relembrar de que a Bélgica é candidata a membro não-

permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas para 2019-2020 (dois mil

e dezanove – dois mil e vinte). A Bélgica já ocupou este lugar cinco vezes no passado. O país é um

parceiro no mundo, reconhecido pela sua tradição de obtenção do consenso e pelas soluções pacíficas

nos conflitos. Ademais, a Bélgica compromete-se a privilegiar o francês nesta organização

internacional, visto que este idioma está entre as seis línguas oficiais da ONU. Esta medida demonstra

o nosso respeito pelas directivas da Organização internacional da Francofonia.

Por último, quero agradecer a todos parceiros e pessoas que contribuem para que a festa da

Francofonia seja possível.

A adida de cooperação educativa do serviço cultural da embaixada de França, Anne Ricordel, fará uma

exposição de todo programa.

Passo, agora, a palavra ao meu colega do Canadá.

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Conférence de presse │ 27 février 2018

Fête de la Francophonie

AMBASSADEUR DU CANADA, M. JEFFREY MARDER

Comme le portugais, le français est une langue qui rayonne sur plusieurs continents. Sa présence dans

les Amériques est surout concentrée dans deux pays qui ont le français comme langue officielle : Haïti

et le Canada.

Le français est la langue maternelle de plus de 7 millions de Canadiens, qui se trouvent

majoritairement au Québec. La langue française est aussi bien présente au sein d’autres provinces qui

comptent d’importants groupes francophones – notamment l’Ontario et le Nouveau Brunswick. Le

français est également parlé comme langue seconde, quelquefois comme troisième langue, par près

de trois millions de Canadiens francophiles.

Il existe des liens très forts entre le Portugal et les régions francophones du Canada. Une grande partie

des Portugais qui ont émigré vers l’Amérique du nord à partir des années 1950 avaient le français

comme langue seconde. Il était donc tout naturel que plusieurs d’entre eux s’installent au Québec,

notamment à Montréal ou encore à Gatineau, dans la région de la capitale nationale. Encore

aujourd’hui la présence de communautés portugaises est très visible dans ces deux villes.

Pour mesurer le niveau d’intégration de la communauté portugaise au Québec, il suffit de penser que

le ministre des Finances de cette province est un économiste qui est né à Peniche, Monsieur Carlos

Leitao. Il est aussi notable que l’un des districts électoraux comptant la plus grande diversité culturelle

au Québec, le comté de Brossard-Saint-Lambert, est représenté au Parlement canadien par la députée

Alexandra Mendès, qui est native de Lisbonne.

Dans les Amériques, 12 États font partie de la Francophonie, que ce soit en tant que membre (le

Canada, la Dominique, Haïti, Sainte-Lucie de même que les provinces canadiennes du Nouveau-

Brunswick et du Québec,) ou encore comme observateurs (l’Argentine, le Costa Rica, la République

Dominicaine, le Mexique et l’Uruguay). La province canadienne de l’Ontario a également le statut

d’observateur.

La popularité du français se maintient dans ces pays et ailleurs dans les Amériques, comme le

démontrent le dynamisme des Alliances françaises sur notre continent.

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Je me permets par ailleurs de souligner que c’est une Canadienne d’origine haïtienne, Michaëlle Jean,

qui occupe le poste de secrétaire générale de la Francophonie depuis janvier 2015. Auparavant, Mme

Jean a été gouverneure générale du Canada de 2005 à 2010.

Dans quelques minutes, Anne Ricordel vous donnera davantage d’information sur la programmation

de la Fête de la Francophonie de cette année, mais vous me permettrez de dire quelques mots dès

maintenant sur l’importance du thème de l’exposition de photo qui sera dévoilée lors de la réception

du 23 mars.

Nous avons eu la chance de collaborer avec le Musée Canadien des Droits de la Personne et avec le

musée da Agua, pour présenter une exposition de photos qui porte sur la liberté d’expression et qui

sera accessible au public à partir du 24 mars.

L’exposition est le résultat d’un grand concours réalisé l’année dernière pour célébré le 150e

anniversaire du Canada. À travers ces photos vous pourrez voir la diversité du Canada : sa diversité

linguistique, sa diversité culturelle, mais aussi, pour reprendre le titre de l’exposition, la diversité de

points de vue.

La liberté d’expression est une des valeurs fondamentales que partagent les pays de la Francophonie

et elle est enchâssée dans ses textes fondamentaux, notamment la Déclaration de Bamako, dans

laquelle les États membres s’engageaient à renforcer ce droit fondamental afin d’assurer une vie

politique apaisée.

Certaines des photographies exposées reflètent des thèmes ou des réalités typiquement canadiennes,

comme l’expression unique de nos Première nations, mais d’autres sont tout à fait universelles,

comme la lutte contre la censure, le besoin d’exprimer son identité et le respect pour la diversité.

Cela m’amène à parler du film canadien qui sera présenté dans le cadre du volet scolaire de la

francophonie. 1 :54 (une minute, cinquante-quatre), raconte l'histoire d'un jeune garçon de 16 ans

victime d'intimidation à l'école en raison de son orientation sexuelle. Il s’agit d’un thème qui est lui

aussi universel et renvoie également au respect de la diversité.

Il y a quelques mois, nous avons pu projeter le film à Porto, devant un public scolaire et en présence

du réalisateur du film, Yan England. Nous avons tous été surpris par la réaction des élèves. Pendant

plus de trois heures, ils ont échangé de façon animée avec le réalisateur. Nous espérons que ce type

de discussion prendra place dans les établissements scolaires où le film sera présenté au cours des

prochaines semaines.

En terminant, j’espère que vous participerez en grand nombre aux activités organisées cette année

autour de la journée internationale de la Francophonie. Le français est bien évidemment une langue

de culture, mais c’est également une langue qui transporte des valeurs fondamentales qui sont

partagées entre les pays membres de la Francophonie et le Portugal.

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Conferência de imprensa │ 27 de Fevereiro de 2018

Festa da Francofonia

EMBAIXADOR DO CANADÁ, O SR. JEFFREY MARDER

Tal como o português, o francês é uma língua que se estende por vários continentes. A sua presença nas

Américas está concentrada em dois países que a têm como língua oficial: o Haiti e o Canadá.

O francês é a língua materna de mais de 7 milhões de canadianos, na sua maioria residentes no Quebeque.

A língua francesa está também presente no seio de outras províncias com importantes grupos francófonos

– nomeadamente no Ontário e Nouveau Brunswick . O francês é também a segunda e, em alguns casos,

a terceira, língua falada por quase três milhões de canadianos amantes da língua francesa.

Existem laços muito fortes entre Portugal e as regiões francófonas do Canadá. Uma grande parte dos

portugueses que emigraram para a América do Norte nos anos 50 tinham o francês como segunda língua.

Era pois natural que muitos deles se tenham instalado no Quebeque, nomeadamente em Montreal ou em

Gatineau, na região da capital nacional. Ainda hoje a presença das comunidades portuguesas é muito

visível nas duas cidades.

Para medir o nível de integração da comunidade portuguesa no Quebeque, basta pensar que o Ministro

das Finanças desta província, Carlos Leitão, é um economista nascido em Peniche. É igualmente notável

que um dos distritos eleitorais com maior diversidade cultural, o condado de Brossard-Saint-Lambert, está

representado no Parlamento do Canadá pela deputada Alexandra Mendès, natural de Lisboa.

São 12 os estados do continente americano que fazem parte da Organização Internacional da Francofonia,

quer seja na qualidade de membro (Canadá, Nouveau Brunswick, Québec, Dominica, Haiti, Sainte-Lucie)

ou na de observador (Argentina, Costa Rica, República Dominicana, México e Uruguai). A província

canadiana do Ontário obteve também o estatuto de observador.

A popularidade do francês mantém-se nestes países e no resto das Américas, como o demonstram o

dinamismo das alianças francesas no nosso continente.

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Permitam-me que sublinhe que é uma canadiana de origem haitiana, Michaëlle Jean, que ocupa o cargo

de secretária geral da francofonia desde Janeiro de 2015. Anteriormente, a senhora Jean tinha sido

Governadora Geral do Canadá de 2005 a 2010.

De seguida, a Anne Ricordel dar-vos-á mais informações sobre a programação da Festa da Francofonia

deste ano, no entanto gostaria ainda de vos falar sobre a importância do tema da exposição de fotos que

será inaugurada aquando da receção do dia 23 de março.

Tivemos a sorte de colaborar com o Museu Canadiano dos Direitos Humanos e com o Museu da Água,

para apresentar uma exposição de fotos sobre a liberdade de expressão que estará disponível ao público

a partir de 24 de março.

A exposição resulta de um grande concurso realizado no ano passado para comemorar os 150 anos do

Canadá. Através dessas fotografias poderão constatar a diversidade do Canadá: diversidade linguística,

cultural, mas também, tal como indica o título da exposição, diversidade de pontos de vista.

A liberdade de expressão é um dos valores fundamentais partilhados pelos países da francofonia, ela está

consagrada nos textos fundamentais, nomeadamente na Declaração de Bamako, em que os estados

membros se comprometem a reforçar este direito fundamental a fim de assegurar uma vida política

pacífica.

Algumas das fotografias expostas reflectem temas ou realidades tipicamente canadianas, como a

expressão única dos Aborígenes, mas há outras que são completamente universais, como a luta contra a

censura, a necessidade de expressar a sua identidade e o respeito pela diversidade.

O que me leva a falar do filme canadiano que será apresentado no âmbito da componente escolar da

francofonia. 1:54 conta a história dum jovem de 16 anos vítima de assédio na escola devido à sua

orientação sexual. Trata-se de um tema também ele universal e que remete igualmente para o respeito

da diversidade.

Há alguns meses atrás, tivemos a oportunidade de projectar o filme no Porto, perante um público escolar

e na presença do realizador do filme, Yan England. Ficámos todos surpreendidos com a reação dos alunos.

Durante mais de três horas, trocaram animadamente pontos de vista com o realizador. Esperamos que

este tipo de discussão se verifique também nos estabelecimentos escolares onde o filme será apresentado

durante as próximas semanas.

Para concluir, espero que participem num grande número de actividades que este anos foram organizadas

para celebrar o dia internacional da francofonia. O francês é evidentemente uma língua de cultura, mas

é igualmente uma língua que transporta os valores fundamentais que são partilhados entre os países

membros da francofonia e Portugal.

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Langue française et cinéma

Etablissements scolaires

1. Canada/Luxembourg: 1:54 + The Night Light Monster

2. Roumanie/Luxembourg : Mama + Emilie

3. Suisse : Bouboule

4. France/Luxembourg : Les Héritiers + Mr. Hublot

Universités

5. Andorre/Belgique/Maroc : Wolves + Baden Baden + Adios Carmen

1:54 - Yan England - Canada - 2017 - 1h46

SYNOPSIS À 16 ans, Tim est un jeune homme timide, brillant, et doté d’un talent sportif naturel. Mais la

pression qu’il subit le poussera jusque dans ses derniers retranchements, là où les limites

humaines atteignent le point de non-retour.

The Night Light Monster - Nicola Coppack - Luxembourg - 2013 - 9min

SYNOPSIS Une petite fille, hantée par l'obscurité dans sa chambre, est projetée dans un monde imaginaire.

Elle y rencontre un monstre qui va l'aider à surmonter ses craintes.

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Mama - Elisabeta Bostan - Roumanie - 1976 - 1h23

SYNOPSIS Une chèvre, maman de cinq chevreaux, se prépare à aller chercher de quoi manger dans la forêt

et, avant de partir, elle réunit ses petits et les met en garde contre le loup : celui-ci sait se

déguiser, mais ils pourront le reconnaître à sa grosse voix et à ses pattes noires. Les petits

promettent de se méfier et la mère s'en va, rassurée. Mais le Grand Méchant Loup, Kostika Suru,

son neveu, le Petit Méchant Loup, et ses amis, Rassul le lynx et Petrika l’ânesse, ont élaboré un

plan pour kidnapper les chevreaux pendant l’absence de leur mère…

Emilie - Olivier Pesch - Luxembourg - 2012 - 15min

SYNOPSIS Emilie, petite fille curieuse de 7 ans, et son père Marcel, scientifique très occupé par sa dernière

invention, habitent une maisonnette située à l’entrée d’une décharge. Un jour, alors qu’elle

recherche sa peluche égarée dans un espace condamné du dépotoir, Emilie fait une rencontre

plutôt inattendue : des singes très originaux ! Très vite, une amitié s’installe entre la petite fille

et les primates.

Bouboule - Bruno Deville - Suisse - 2014 - 1h23

SYNOPSIS Bouboule, c’est ainsi qu’on appelle Kevin, 12 ans, 100 kilos et pas vraiment un avenir.

S’empiffrant de frites, de viennoiseries et de petits pots de crème, il n’attend que sa crise

cardiaque. A moins qu’il ne change. Et Kevin changera...

Les Héritiers - Marie Castille Mention-Schaar - France - 2014 - 1h45

SYNOPSIS Au Lycée Léon Blum de Créteil, la classe de seconde 1 est réputée pour être catastrophique tant

le niveau général est faible. Face à cette classe qui n'accepte pas les règles, son professeure

d'histoire, madame Gueguen, propose aux lycéens un projet commun : participer au concours

national de la résistance et de la déportation. D'abord réticents, les élèves relèvent le défi et

vont peu à peu être transformés grâce au travail collectif et à leurs recherches historiques.

Bientôt, l'enseignante parvient à tirer les lycéens vers le haut malgré le scepticisme de ses

collègues quant à cette étonnante initiative...

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Mr. Hublot - Laurent Witz, Alexandre Espigares - Luxembourg - 2014 - 11min48

SYNOPSIS Monsieur Hublot vit dans un monde où se côtoient des personnages rapiécés au volant de

véhicules démesurés, un monde où le gigantisme de la mécanique et l'acharnement à la

récupération règnent en maître. Mr Hublot est un vieux garçon célibataire qui mène une petite

vie bien réglée. Il est bourré de toc, de manies, effrayé par le monde extérieur, reclus sur lui-

même. Il déteste le changement et les imprévus. Il a d'ailleurs trouvé une parade très efficace à

cela : ne jamais sortir de chez lui ! L'arrivée du chien Robot Pet va chambouler les habitudes de

Mr Hublot, contraint et forcé de faire vie commune avec ce nouveau compagnon très

envahissant...

Wolves - Alvaro Rodriguez Areny - Andorre - 2016 - 103 min

SYNOPSIS

Seconde Guerre Mondiale. Arthur, pilote de la Royal British Air Force, est en fuite à travers la

campagne après avoir survécu au crash de son avion. Commence alors une lutte pour la survie

durant laquelle Arthur va devoir affronter des périls bien plus dangereux que les simples

ennemis allemands.

Baden Baden - Rachel Lang - Belgique - 2015 - 95 min

SYNOPSIS

Après une expérience ratée sur le tournage d’un film à l’étranger, Ana, 26 ans, retourne à

Strasbourg, sa ville natale. Le temps d’un été caniculaire, elle se met en tête de remplacer la

baignoire de sa grand-mère par une douche de plain pied, mange des petits pois carotte au

ketchup, roule en Porsche, cueille des mirabelles, perd son permis, couche avec son meilleur

ami et retombe dans les bras de son ex. Bref, cet été là, Ana tente de se débrouiller avec la vie.

Adios Carmen - Mohamed Amin Benamraoui - Maroc - 2012 - 88 min

SYNOPSIS

Amar, 10 ans, vit seul avec son oncle depuis que sa mère s’est remariée. Un mariage de

contrainte pour cette femme dont la condition de veuve fait jaser le voisinage. Celle-ci se voit,

donc, forcée de suivre son nouvel époux en Belgique et d’abandonner son seul enfant. C’est

dans ce climat de solitude, que Amar fait une rencontre salvatrice : Carmen, une Espagnole

exilée au Maroc. Celle-ci lui fait découvrir un monde d’aventures et de chansons en l’invitant à

chaque projection dans son cinéma. Une grande complicité et une vraie tendresse s’instaurent

entre la femme et l’enfant. Au-delà de cette rencontre, Benamraoui nous fait revivre le Maroc

de la Marche verte et des tensions politiques avec l’Espagne, notamment après la mort de

Franco.

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FESTA DA FRANCOFONIA 2018 | 1 a 31 de MARÇO | Todo o país

DIAS DA FRANCOFONIA | 23 e 24 de Março Lisboa | Reservatório da Mãe d'Água | Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva |

Jardim das Amoreiras | Entrada livre

Todos os anos, um colectivo de países membros da Organização Internacional da Francofonia (OIF) com representação diplomática em Portugal, reúne-se para celebrar, em conjunto, os valores da Francofonia e mostrar a sua diversidade cultural.

A Festa da Francofonia que se festeja em todo o mundo, é, em Portugal, organizada por: Andorra, Bélgica, Canadá, Costa do Marfim, Egipto, França, Geórgia, Luxemburgo, Marrocos, Moldávia, Qatar, Roménia, Senegal, Suíça, Tunísia, com o Institut français du Portugal, o Instituto Cultural Romeno, a Alliance française, o Reservatório da Mãe d’Água e a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva (FASVS) com o apoio da Junta de Freguesia de Santo António e de muitos outros parceiros que de uma ou outra forma se juntam à celebração.

Com iniciativas em todo o país envolvendo universidades, escolas, associações e municípios, é em Lisboa que os eventos colaborativos, do teatro à música, passando pela dança, exposição, livros, encontros, gastronomia e mesmo uma aldeia francófona, têm lugar.

Durante dois dias, 23 e 24 de março, os DIAS DA FRANCOFONIA instalam-se nas Amoreiras e invadem o Reservatório da Mãe d’Água, a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva e o Jardim das Amoreiras.

Na sexta-feira, dia 23 de Março, no Reservatório da Mãe d’Água, tem lugar, às 18h15, a abertura oficial, com a presença dos Srs. Embaixadores. Segue-se a inauguração de uma exposição de fotografias, vinda do Canadá, em torno da liberdade de expressão, um momento de dança contemporânea oferecido por Andorra, o teatro vindo da Bélgica, um encontro musical entre o raríssimo instrumento Cristal Baschet e o canto sufi, numa proposta conjunta da França e de Marrocos, uma viagem gastronómica, cortesia de vários países, que nos leva a outros lugares e sabores, terminando a noite com um concerto rock que nos chega da Roménia.

No sábado, dia 24 de Março, na Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, é tempo de ouvir

David Ferreira falar de Jacques Brel – 40 anos depois,com encontro marcado para as

12h00. Às 17h00, Cathy Douzil orienta uma oficina de desenho nas escadarias do Museu.

Às 14h00, a Aldeia francófona instala-se no Jardim das Amoreiras. Naquele que é um dos mais

bonitos e acolhedores jardins da cidade de Lisboa, os países e instituições organizadores da Festa

da Francofonia, mostrarão um pouco da sua cultura. Ao longo da tarde haverá jogos,

passatempos, tômbolas com prémios aliciantes, degustação e animações. Os Schtroumpfs, em

ano de aniversário, não vão faltar ao encontro.

Toda a programação ficará disponível, a partir de hoje, dia 27 de Fevereiro,

em www.fetedelafrancophonie.com

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DIAS DA FRANCOFONIA

23 de MARÇO 18h15 – 23h30 | Reservatório da Mãe d’Água

18h15 – ABERTURA OFICIAL

18h30 | EXPOSIÇÃO | Canadá

– INAUGURAÇÃO pelo Sr. Embaixador do Canadá da EXPOSIÇÃO de FOTOGRAFIAS em

torno da LIBERDADE DE EXPRESSÂO.

18h45|DANÇA |Andorra

EOLO, Solo baseado na Odisseia de Homero | Duração 15 min. Bailarino: Borja Fernández Com base no poema épico de Homero, reflectimos sobre o que está a acontecer nos últimos anos na nossa sociedade: guerras modernas e suas consequências migratórias, o mundo virtual e a essência da vida que nos escapa. Uma viagem através das diferentes culturas que mal subsistem num mundo global, lutando para não perder a autenticidade, para não se separar das raízes, do que define a diferença. O mar desempenha um papel importante: como liberdade, expansão, horizontes, experiências; mas hoje, como na ilha de Eolo de Homero, o mar é um meio que nos ajuda a viver tudo o que suas águas escondem: a fuga, as migrações, a tirania, a aventura, o amor, a procura de um sítio estável ... e às vezes também a morte. BORJA FERNANDEZ começou a estudar dança aos 14 anos na Escola Líquid Dansa de Andorra e depois em Barcelona na escola Eulàlia Blasi. Ingressou na Company & Company, onde continuou a sua formação e trabalhou durante 3 anos, ao mesmo tempo, que trabalhava também com importantes coreógrafos europeus e não só. Ao terminar a sua formação ingressou na companhia Prince Totilau, especializada em espectáculos de teatro e dança para as famílias. Em 2014, dançou Carmen no Palau de la Música Catalana, sob a direção de Sergi Carreras. Em 2015, entrou para a companhia de Roberto G. Alonso. No mesmo ano, fez parte do elenco do Quebra-Nozes da companhia Ballet Russo, em Barcelona, sob a direção de Boris Chelev e Sergey Basalaev. Em 2017, integrou a produção de Maria Rovira no Festival Grec (Barcelona), para dançar com a Companhia Acosta Danza (Cuba) e fazer parte da peça Babel 2.0. Actualmente, continua a trabalhar com Maria Rovira e está a preparar a produção de uma versão de Carmina Burana para o próximo mês de setembro.

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19h15 TEATRO |Bélgica

L’APPEL DU LARGE, de e por ETIENNE VAN DER BELEN |Encenação de Claudine Aerts Uma história de amor e um percurso pioneiro e libertador, a história de um relacionamento íntimo entre um jovem rapaz e a sua avó, exuberante e lunática, que ele muito admira. Juntos partilham a peixão pelo teatro e a poesia. Através de Fernando Pessoa e, em particular, da sua Ode Narítima, Etienne Van Der Belen conta-nos a sua história.

20H30 | MÚSICA | França e Marrocos

– DOUNIA (A Vida) | CONCERTO CRISTAL BASCHET E CANTO SUFI | Karinn

Helbert e Ahmed Abdelhak El Kaâbe.

Dounia é fruto do encontro artístico entre a cristalista francesa Karinn Helbert e o cantor e compositor

sufi marroquino, Ahmed Abdelhak EL KAÂBE, num diálogo que entrecruza Christian Belhomme, Satie,

Bach e EL Kaâbe, entre outros.

Autora, compositora, actriz e música, KARINN HELBERT gosta de se exprimir através de diferentes géneros

artísticos. Com o Cristal Baschet, instrumento raro com apenas 10 exemplares em todo o mundo, mistura

todas estas influências. Pianista de formação, adoptou o Cristal graças à escola aberta por Michel

Deneuve. O som produzido pelo instrumento lembra-lhe ao mesmo tempo, um órgão, um violoncelo e

uma viola de gamba.

Cantor, músico, autor e compositor AHMED ABDELHAK EL KA ABE nasceu em Marrocos. Cresceu mergulhado na cultura tradicional do seu país e no canto sufi. Fez os seus estudos no Conservatório de Essaouira, especializando -se na música arabo-andaluz. 21H30- – RECEPÇÃO GASTRONOMICA. Participação de : Andorra, Bélgica, Canadá, Costa do Marfim,

Egipto, França, Geórgia, Luxemburgo, Marrocos, Moldávia, Qatar, Roménia, Senegal, Suíça e Tunísia.

22h30 | MÚSICA | Roménia

| CONCERTO ROCK | FLUTURI PE ASFALT Borboletas no Asfalto (Fluturi Pe Asfalt) é uma banda de rock da cidade de Cluj-Napoca (Roménia), que se

tornou conhecida junto dos jovens graças ao grande sucesso do seu último álbum, Montanhas debaixo

dos Mares (2016), no meio dos jovens.

Os quatro músicos começaram a actuar juntos em 2009 ganhando o estatuto de grupo culto no meio

underground romeno, após o lançamento, em 2012, do seu primeiro álbum, Reconstituição. Desde então,

tocaram em concertos e festivais, individualmente ou ao lado de bandas romenas já conhecidas, como a

Lua Amarga ou Alternative Quartet, mas também de bandas estrangeiras de renome internacional: Gifts

From Enola, Mental Architects ou Tides From the Nebula.

Membros: Eugeniu Maleş, Alexandru Prigoană, Andrei Ionescu, Andrei Gheorghiu

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24 de MARÇO | 12H00-19H00

Jardim das Amoreiras | Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva (FASVS)

12h00 | ENCONTRO - MÚSICA | FASVS

JACQUES BREL 40 ANOS DEPOIS

Para celebrar a francofonia, o Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva convida a assistir a uma

sessão especial sobre Jacques Brel, com DAVID FERREIRA a escolher as canções e a contar a vida

e obra do grande escritor e intérprete. Este ano de 2018 assinalam-se os 40 anos da morte de

Jacques Brel.

David Ferreira nasceu em Lisboa em 1954 e descobriu Jacques Brel no princípio da adolescência

entre os discos da mãe; pouco depois encontraria em casa do pai um livro com as letras do

cantor. Durante perto de quatro décadas, David Ferreira trabalhou na indústria discográfica,

tendo dirigido durante 24 anos a EMI-Valentim de Carvalho, então a maior editora de música

portuguesa. Desde 2011, dedica-se à realização de vários programas de rádio na Antena 1.

14h00-19h00 ALDEIA FRANCÓFONA | Jardim das Amoreiras

10 países participantes: Andorra, Bélgica, Costa do Marfim, Egipto, França,

Geórgia, Roménia, Senegal, Suíça e Tunísia.

17H00 | OFICINA DE DESENHO |FASVS

DESENHAR À FLOR DA PELE. Sessão especial da oficina Desenhar à Flor da Pele. Vai desenhar-se um modelo dançante nas escadarias do Museu, com a orientação de Cathy Douzil. A entrada é livre, basta trazer caderno e lápis e começar a desenhar

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O CRISTAL BASCHET OU ÓRGÃO DE VIDRO

Um instrumento criado em 1952 pelos irmãos Bernard e François Baschet.

Os irmãos Baschet são conhecidos no mundo inteiro como criadores de Esculturas Sonoras;

estes irmãos utilizavam extraordinárias formas de metal dobrado em que faziam coabitar a

arte visual com a música. Entre muitos outros instrumentos, criaram uma guitarra insuflável,

capaz de reproduzir o som de uma guitarra sem os inconvenientes que esta tem, ligados ao

seu transporte.

O Cristal é o resultado de um trabalho de experimentação de tecnologias eletroacústicas.

O Cristal Baschet é uma estrutura impressionante que faz vibrar uma estrutura acústica. Faz

parte de uma família de instrumentos ditos « vergeophone » (que engloba o acordeão e a

harpa de boca entre muitos outros).

É um instrumento extremamente complexo composto por hastes de cristal que o músico

toca superficialmente com os dedos húmidos. As vibrações são transmitidas a outras

hastes, metálicas desta vez, e propagam-se sobre uma placa central. O som é ampliado por

dois cones dirigidos para o exterior. As hastes activadas pelo artista equivalem ao teclado

de um piano de cinco oitavas.

Os dedos húmidos deslizam sobre os arcos de cristal fazendo vibrar os eixos metálicos, a partir

destes surge o som, que é depois ampliado acusticamente pelos cones em fibra de vidro e por

uma grande placa em metal cuja forma pode lembrar uma chama.

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O fabrico de um Cristal Baschet necessita de cerca de 350 horas de trabalho, trata-se de um

instrumento muito caro e muito raro: existem apenas algumas dezenas de exemplares

espalhados pelo mundo.

O órgão de vidro foi de resto o tema de uma exposição no Museu de Arte Moderna em Nova

Iorque entre Outubro de 1965 a Janeiro de 1966 pelas suas qualidades estéticas e sonoras.

Fonte : MoMA

Trata-se do músico Michel Deneuve que participará no sucesso do Cristal Baschet que a ele se

dedicou desde 1977. Demonstrou assim a polivalência do instrumento e alargou o seu uso a

outros géneros musicais bem diferentes.

Mais ainda, o Cristal Baschet pôde ser utilizado e valorizado em inúmeros géneros artísticos,

no cinema no filme La marche de l’empereur, filme de 2005 realizado por Luc Jacquet entre

outros.

O interesse não cessou de aumentar e o Cristal levou Michel Deneuve a abrir em 1998 uma

escola em Paris no atelier dos irmãos Baschet, com a finalidade de aí transmitir as suas

experiências de mais de 30 anos de investigação e as muitas aplicações.

Começou a ensinar em 2002 no conservatório de Brive La Gaillarde.

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Une part importante des opinions publiques pense que l’anglais est en passe de devenir ou est devenu une lingua franca universelle. La mondialisation a, en effet, produit une situation d’hégémonie linguistique sans

précédent. Mais celle-ci pourrait avoir atteint ses limites.

La perte d’influence des Etats-Unis d’Amérique dans le monde, la recherche de contre-pouvoirs, la revendication de la diversité et les technologies de l’information et de la communication ont ouvert des brèches.

Plusieurs grands pays n’ont d’ailleurs pas renoncé à promouvoir leur langue hors de leurs frontières et mènent des actions ambitieuses.

La France a longtemps fait figure de pionnière en la matière. Mais aujourd’hui elle semble hésiter à poursuivre dans cette voie. Le doute, voire le défaitisme s’installent : certains n’hésitent pas à affirmer que la langue française est un frein à l’attractivité de la France.

Le livre … et le monde parlera français arrive à point nommé pour nous rappeler les

enjeux liés à la diffusion de la langue française dans le monde, enjeux économiques, politiques, culturels. Il nous rappelle, si besoin était, que la langue française reste un vecteur d’influence majeur pour la France, que le français est parlé bien au-delà de nos frontières, qu’il reste, en ce début du XXIème siècle, une des grandes langues de communication

internationale et qu’il peut même être appelé à se développer sensiblement dans les trente ans qui viennent sur le continent africain.

La langue française est un vecteur naturel des échanges économiques au sein de l’espace francophone et un des atouts majeurs de la France sur le plan diplomatique puisque pas moins de 84 pays et gouvernements sont désormais membres de l’Organisation internationale de la Francophonie, plus de la moitié de ces pays sans être le moins du monde francophones, au nom des valeurs portées par le français, du message universel des Lumières et de la Déclaration des droits de l’homme.

La démarche des auteurs, Marie-Laure Poletti et Roger Pilhion, tous deux très investis professionnellement dans ces questions et spécialistes de l’enseignement du français langue étrangère et de la politique linguistique et éducative, s’appuie sur une analyse rigoureuse.

Leur livre dresse un état des lieux des francophones dans le monde, de l’enseignement en français et du français langue étrangère, de l’emploi du français dans les organisations internationales et à l’Union européenne.

Il présente les atouts du français dans la mondialisation et esquisse des stratégies de remobilisation pragmatiques et concrètes à partir d’exemples de bonnes pratiques.

Il s’attache à définir les priorités géographiques et sectorielles d’une action publique qui est à reconstruire largement.

Il insiste enfin sur la nécessité de redonner à la promotion de la langue française dans le monde et à la francophonie une véritable priorité politique grâce à différentes mesures :

… ET LE MONDEPARLERA FRANÇAIS

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renforcement du pilotage politique et de la coordination interministérielle en France ; soutien accru à la Francophonie institutionnelle et à la création d’un dispositif culturel francophone ; redynamisation du dispositif de coopération linguistique et politique d’aide au développement davantage centrée sur l’éducation ; politique d’enseignement des langues dans le système français plus audacieuse et volontariste. La réaffirmation de ces priorités politiques, assortie de moyens adaptés, conditionne les perspectives de développement de la diffusion du français, en particulier sur le continent africain. Celles-ci sont, en effet, potentiellement importantes, compte tenu de la croissance démographique attendue dans cette région du monde, mais elles dépendent largement des politiques d’accompagnement qui seront mises en place pour le développement de ces pays. En d’autres termes, soulignent les auteurs, les discours incantatoires des hommes politiques ne suffisent pas.

Ce livre est donc un appel aux pouvoirs publics pour une relance effective d’une politique de promotion de la langue française à l’étranger, au nom des intérêts de la France mais aussi au nom du pluralisme linguistique et de la diversité culturelle qui constituent le fondement de la politique de soutien à la langue française dans le monde.

Il est un appel à la réaffirmation d’une identité française et francophone dans un monde multipolaire, résolument ouverte sur l’Europe, le monde et les échanges interculturels, à l’opposé des replis identitaires et des discours populistes. Mais il est aussi un appel au sursaut face à des élites qui semblent confondre américanisation et mondialisation.

La préface de l’ouvrage, sous la plume de Jean-David Levitte, ambassadeur de France, membre de l’Académie des sciences morales et politiques et conseiller diplomatique de deux présidents de la République, souligne cette dimension politique.

… et le monde parlera français s’accompagne d’infographies et se termine par des annexes qui sont autant de fiches descriptives pour mieux connaître la Francophonie institutionnelle, de l’Organisation internationale de la Francophonie (OIF) à l’Agence universitaire de la Francophonie (AUF), en passant par TV5 Monde, et découvrir les acteurs publics français de la politique du français, de l’Académie française à la Délégation générale à la langue française et aux langues

de France (DGLFLF) en passant par les services du ministère des affaires étrangères, le Centre international d’études pédagogiques (CIEP) ou France Médias Monde.

Ces fiches donnent à connaître les acteurs publics québécois, belges et suisses de la politique du français et se terminent par une présentation des nombreux organismes associatifs et privés, comme les alliances françaises, la Mission laïque française (Mlf), la Fédération internationale des professeurs de français (FIPF) ou les associations de défense de la langue française, comme l’Association francophone d’amitié et de liaison (AFAL) ou Avenir de la langue française (ALF).

L E S A U T E U R S

Marie-Laure Poletti, a enseigné le français en France et au Québec. Responsable du Bureau pour l’enseignement des langues et des cultures (BELC) puis du département langue française du Centre international d’études pédagogiques (CIEP), opérateur public pour l’international du ministère de l’éducation nationale, elle a effectué de très nombreuses missions de formation et d’expertise à l’étranger. Elle est auteur de manuels de français langue étrangère pour des publics d’enfants et d’adolescents, parmi lesquels Grenadine et Adosphère.

Roger Pilhion a consacré la majeure partie de sa vie professionnelle au français et à la politique linguistique. Il a travaillé 18 ans à l’étranger, dans la coopération linguistique et éducative, puis 22 ans dans l’administration, au ministère des affaires étrangères en tant que sous-directeur chargé de la politique linguistique et éducative, et au CIEP, comme directeur adjoint. Il est actuellement administrateur de la Mission laïque française et de l’Alliance française Paris Ile-de-France.

Livre en version papier : ISBN 9782363156365 – 18 € TTCLivre en version numérique : ISBN 9782363156358 – 4,99 € TTC

Pour en savoir plus : https://etlemondeparlerafrancais.iggybook.com/fr/

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LAURENT BINET NA FESTA DA FRANCOFONIA 2018

O escritor Laurent Binet encontrar-se-á com os seus leitores, em Lisboa, por ocasião da Festa

da Francofonia que decorre de 1 a 31 de Março em todo o país. O autor vai estar também em

Portugal com vista à preparação e escrita do seu próximo romance.

ENCONTRO

28 de Março às 19h00, na Mediateca do Instituto Francês de Portugal, entrada livre

Estarão em destaque dois dos seus livros, “HHhH – Operação Antropóide” (Sextante editora) -

o seu primeiro romance e Prémio Goncourt para Primeiro Romance 2010 - e “A Sétima função

da Linguagem” (Quetzal, 2015-reedição 2017l).

Lançado em Portugal, em 2011, HHhH conta a história, situada em 1942, de

dois paraquedistas, o checo Jan Kubis e o eslovaco Jozef Gabcik, encarregados de assassinar

Reimhardt Heydrich, dito Carniceiro de Praga, chefe dos Serviços Secretos nazis que ajudou a

planear o Holocausto.

HHhH-Operação Andróide, foi um longo trabalho de pesquisa, leitura e escrita. que Laurent

Binet quis que fosse um relato da verdade. Anunciado pelo próprio como “um grande

momento da II Guerra Mundial”, como disse em entrevista à Lusa, em 2011, Laurent Binet foi

atrasando, por receio e devido à carga, o final do livro e o momento do atentado (27 Maio

1942) que ele considerava ser “a grande cena da obra”. Um trabalho recompensado.

Himmlers Hirn heißt Heydrich, o cérebro de Himmler chama-se Heydrich.

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“A Sétima função da Linguagem”, Quem Matou Roland Barthes? é um

romance em torno da morte de Roland Barthes, claro, no qual o escritor transforma em

personagens, grandes nomes do pensamento, como Michel Foucault, Jacques Derrida, Philippe

Sollers, Julia Kristeva, Bernard-Henri Levy ou Humberto Eco. Considerado como um romance

de “ideias” ou igualmente um romance histórico, Binet parte da distorção de uma realidade -

Roland Barthes morreu na sequência de um atropelamento, a 26 de Março de 1980, quando

saía de um almoço com François Mitterrand -, misturando claramente realidade e ficção, num

romance de cariz policial com uma boa dose de sátira. O facto de Barthes ser semiólogo era

um bom ponto de partida para construir um enigma e perguntar-se “e se há algo mais por

detrás deste atropelamento”? A Paris do final dos anos 70 e início dos anos 80, o seu

quotidiano e vida artística, são também figuras centrais deste romance de Laurent Binet.

FILME

20 de Março às 19h00 na Mediateca do IFP- Instituto Francês de Portugal , entrada livre

HHhH foi adaptado para o grande ecrã por Cédric Jimenez, em 2016, numa produção

internacional. Realizador de La French, Cédric Jimenez assinou com HHhH a sua primeira longa-

metragem em língua inglesa, na qual mantem a sua marca quanto à representação estética do

poder. O Institut français du Portugal que em 2011 acolheu o lançamento do livro, exibe agora,

antecipando a vinda de Laurent Binet a Lisboa, na sua nova Mediateca, a adaptação

cinematográfica um dos momentos pouco conhecidos da II Guerra Mundial.

Laurent Binet estará disponível também para encontros com a Comunicação Social.

Para marcação: Margarida Antunes da Silva [email protected] Tel. 21 393 92 81