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Segunda-feira C M Y K R$ 1,00 jornaldehoje.com.br Ano XVI NATAL-RN, 27 DE JANEIRO DE 2014 Nº 4.847 TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE O SITE: 16 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br E-MAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 2,42 Dólar turismo R$ 2,51 Dólar/Real R$ 2,42 Euro x real R$ 3,31 Poupança 0,50%/0,41% Taxa Selic 10,5% INDICADORES: Marcos A. de Sá Página 7 Ampliação da malha aérea de Natal será discutida no 5º. Fórum de Turismo do RN. Vicente Serejo Página 10 Valor gasto com estádios da Copa em todo o país triplica- ram de preço desde 2007. Danilo Página 11 Jahyr Navarro Ana Luiza Rabelo Spencer Ailton Salviano Lúcia A. de Medeiros Chacon Roberto Cardoso Anísio Marinho Neto ESCREVEM ARTIGOS NA EDIÇÃO DE HOJE OPINIÃO - Página 2 Contradições dos Alves empobrecem o discurso da verdadeira reconstrução. Vaias para a governadora Rosalba marcam jogos inau- gurais no Arena das Dunas. Daniela Freire Página 10 TACIANA CHIQUETTI - INTERINA É a memória honrada por gente nova, que sabe escrever oxigenando as redações. Rubens Lemos F. Página 15 > DEU NA FOLHA DE S.PAULO COLUNA ‘P AINEL DESTACA QUE O PRESIDENTE DA CÂMARA FEDERAL REPASSOU, SEM LICITAÇÃO, R$ 116.420 DE SUA COTA PARLAMENTARA UMA AGÊNCIA QUE GRAVOU DOIS PRONUNCIAMENTOS Henrique usa verba pública para pagar agência de sócio do sogro POLÍTICA 3 Fotos: José Aldenir >NEUROCIÊNCIA CIDADE 8 Pesquisas da UFRNavaliadas por cientistas internacionais > “MUITO RADICAL” POLÍTICA Wilma critica postura do PT com relação aos peessebistas Dentro do estádio, nenhum imprevisto foi registrado na rodada dupla deste domingo. Adalberto, do América, marca o gol que entra para a história. ABC quebra o jejum no Estadual. ESPORTE 14 > INSULINA... CIDADE 5 Diabéticos de Natal revoltados com as falhas na distribuição > MAIS DE 10 TIROS CIDADE 6 Dupla acusada de atirar contra torcedores do América é presa > COPA DO MUNDO ESPORTE 15 Segunda fase da venda de ingressos segue até quinta-feira > HISTÓRICO ECONOMIA 7 Justiça pede ‘cautela’ antes da demolição do Reis Magos Grupo é liderado por Torsten Wiesel, Prêmio Nobel de Fisiologia/Medicina Wellington Rocha

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Page 1: 27012014

Segunda-feira

C M Y K

R$ 1,00 w jornaldehoje.com.br

Ano XVI w NATAL-RN, 27 DE JANEIRO DE 2014 w Nº 4.847

TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO

SIGA-NOS NO TWITTER:ACESSE O SITE: [email protected] REDAÇÃO:[email protected]

Dólar comercial R$ 2,42Dólar turismo R$ 2,51Dólar/Real R$ 2,42

Euro x real R$ 3,31Poupança 0,50%/0,41%Taxa Selic 10,5%

INDICADORES:

Marcos A. de Sá

Página 7

w Ampliação da malha aéreade Natal será discutida no 5º.Fórum de Turismo do RN.

VicenteSerejo

Página 10

w Valor gasto com estádios daCopa em todo o país triplica-ram de preço desde 2007.

DaniloSá

Página 11

Jahyr Navarro

Ana Luiza Rabelo Spencer

Ailton Salviano

Lúcia A. de Medeiros Chacon

Roberto Cardoso

Anísio Marinho Neto

ESCREVEM ARTIGOS NA EDIÇÃO DE HOJE

OPINIÃO - Página 2

w Contradições dos Alvesempobrecem o discurso daverdadeira reconstrução.

w Vaias para a governadoraRosalba marcam jogos inau-gurais no Arena das Dunas.

DanielaFreire

Página 10

TACIANA CHIQUETTI

- INTERINA

w É a memória honrada porgente nova, que sabe escreveroxigenando as redações.

RubensLemos F.

Página 15

> DEU NA FOLHA DE S.PAULO

COLUNA ‘PAINEL’ DESTACA QUE O PRESIDENTE DA CÂMARA FEDERAL ‘REPASSOU, SEM LICITAÇÃO,R$ 116.420 DE SUA COTA PARLAMENTAR’ A UMA AGÊNCIA QUE GRAVOU DOIS PRONUNCIAMENTOS

Henrique usa verba pública parapagar agência de sócio do sogro

POLÍTICA 3

Fotos: José Aldenir

>NEUROCIÊNCIA

CIDADE 8

Pesquisas daUFRN avaliadaspor cientistasinternacionais

> “MUITO RADICAL”

POLÍTICA

Wilma criticapostura do PTcom relação aospeessebistas

Dentro do estádio, nenhum imprevisto foi registrado na rodada dupla deste domingo. Adalberto, do América, marca o gol que entra para a história. ABC quebra o jejum no Estadual. ESPORTE 14

> INSULINA...

CIDADE 5

Diabéticos deNatal revoltadoscom as falhasna distribuição

> MAIS DE 10 TIROS

CIDADE 6

Dupla acusadade atirar contratorcedores doAmérica é presa

> COPA DO MUNDO

ESPORTE 15

Segunda faseda venda deingressos segueaté quinta-feira

> HISTÓRICO

ECONOMIA 7

Justiça pede‘cautela’ antesda demolição do Reis Magos

Grupo é liderado por Torsten Wiesel,Prêmio Nobel de Fisiologia/Medicina

Wellington Rocha

Page 2: 27012014

Segunda-feira2 O Jornal de HOJE Natal, 27 de janeiro de 2014 Opinião

Artigo

Hipótesespenais

ANÍSIO MARINHO NETO, 1º procurador de Justiça, professor emembro da ALEJURN, IHGRN e UBE ([email protected]).

A influência do clima nas civilizações

Artigo AILTON SALVIANO, geólogo/jornalista([email protected])

Nos anos 1950, na condição de estu-dante de ginásio do Colégio Estadual doAtheneu Norte-rio-grandense éramos exi-gidos decorar certas definições em quasetodas as disciplinas. Lembro-me bem queem Geografia Geral, além de estudar as fei-ções geográficas, dados populacionais e as-pectos astronômicos, havia informaçõessobre a meteorologia, aí incluídos índicespluviométricos de vários municípios.

O inesquecível professor Vicente deAlmeida repetia didática e pacientemen-te, o conceito de clima contido no livrode Aroldo de Azevedo. Dizia o saudosomestre, "clima é o conjunto de fenôme-nos meteorológicos que caracteriza o es-tado médio da atmosfera em um determi-nado lugar". Naquela época, a atençãoque se despertava pela meteorologia aquino nordeste limitava-se a saber se o anoera chuvoso ou de seca.

As informações científicas sobre chu-vas eram escassas e imprecisas. Havia umcrédito maior nas adivinhações dos pro-fetas sertanejos, principalmente entre aspessoas mais velhas. Mas, na última me-tade de século XX, com o advento dasimagens obtidas por satélites artificiais, ameteorologia alicerçou-se cientificamen-te e hoje desempenha um papel importan-te e indispensável como fator de preven-ção no nosso quotidiano.

A antecipação de informações me-teorológicas porém, ainda não consegue

ser assimilada pelas autoridades com-petentes como fator preventivo. A provaestá nos últimos desastres na região ser-rana do Rio de Janeiro, do Espírito Santoe em Itaóca (SP). De antemão, as auto-ridades e muitas pessoas sabiam que in-tensas precipitações de duração impre-visível estavam na iminência de aconte-cer. Infelizmente não houve a mínima ini-ciativa para retirar a tempo, as pessoasdas áreas de risco.

As oscilações climáticas ao longoda história têm influenciado e muito asatividades humanas sejam sociais ou po-líticas. Desde a narrativa bíblica nos ca-pítulos 6 e 9 do livro Gênesis no VelhoTestamento até os dias atuais, fenôme-nos climáticos foram importantes no des-dobramento de alguns fatos. Pesquisa-dores da Universidade Harvard (Esta-dos Unidos) e algumas instituições depesquisa da Europa têm demonstradoque o clima exerceu papel preponderan-te na expansão do Império Romano.

Segundo esses estudiosos, durante osdois primeiros séculos da Era Cristã, oclima era quente e chuvoso. Este aspec-to climático, favoreceu o desenvolvimen-to da agricultura e assim, a alimentaçãode grandes exércitos e ainda o desenvol-vimento da economia que criava um am-biente de satisfação entre os romanos.Nesta época de pujança, o império ex-pandiu-se até a Inglaterra. Porém, na me-

tade do século III, houve uma drásticamudança climática. O clima passou a serfrio e mais seco. Foi o início de uma criseeconômica que ocasionou a decadência doimpério, graças também a outros fatores,como a políticas monetárias erradas e osurgimento da inflação.

Nos tempos modernos, mais precisa-mente em 1941, na maior campanha mi-litar da história - mobilização de 4 mi-lhões e soldados, 600 mil veículos e 750mil cavalos - conhecida por OperaçãoBarbarossa, as nações do Eixo pretendiaminvadir a parte oeste (europeia) da UniãoSoviética. Os objetivos nazistas não foramalcançados principalmente por uma gui-nada nas condições climáticas. Os solda-dos alemães não estavam preparados paraenfrentar temperaturas inferiores a 10graus Celsius negativos.

O rigoroso inverno russo afetou nãosomente os soldados alemães (250 milmorreram), mas também os soviéticos.Com o intenso frio, muitas viaturas nãofuncionaram. Tal como acontecera 130anos na tentativa de invasão do francês Na-poleão Bonaparte, o inverno impôs suasregras. Isto foi decisivo para a própriaguerra e o curso da História. As civiliza-ções por mais desenvolvidas que sejamnão estão imunes às variações climáticase ambientais. É uma lição que perdura atéos dias atuais. Infelizmente, não aceitapela ignorância de alguns céticos.

Aniversário da grande tragédia

Artigo LÚCIA ALMIRA DE MEDEIROS CHACON, - professora da UFRN aposentada([email protected])

Um ano do acidente que matou242 pessoas e feriu 116 outras emuma discoteca da cidade de SantaMaria, a boate Kiss, no estado brasi-leiro do Rio Grande do Sul. Em 04de fevereiro de 2013 este Jornal deHoje publicou um artigo meu intitu-lado "A grande tragédia", onde ten-tei relatar sucintamente a ocorrênciada madrugada do dia 27.01. O sinis-tro foi considerado a segunda maiortragédia no Brasil.

Na época, o que mais estarreceua todos, além do expressivo númerode perdas, foi a faixa etária dos viti-mados, na sua maioria, entre 18 e 24anos, jovens com projetos de futuro,iniciando a escalada para a vida adul-ta, ou seja, com perspectiva de, no mí-nimo, mais 50 anos de vida. Se ima-ginarmos que a dor dessa perda atin-ge aproximadamente 10 pessoas porvitimado, considerando os pais, avós,irmãos, parentes e amigos próximos,teremos 2.420 seres humanos de lutode um único sinistro: pessoas deso-ladas, desorientadas, revoltadas ouaté deprimidas com o que a saudadedos 242 falecidos lhes proporcionou.

O maior temor dos médicos erao desenvolvimento de câncer nas ví-timas sobreviventes, o que poderiaaumentar muito o número dos mor-tos com a passagem dos anos. Umapesquisa conduzida pela Universida-de de Cinccinatti mostrou que bom-beiros têm risco ampliado para tu-mores de testículo e próstata, alémde linfomas e mieloma múltiplo.

Além disso, as pneumopatias benig-nas, como fibrose pulmonar, fibroseintersticial e enfisema, que foram se-quelas pulmonares do incêndio, au-mentam a chance de câncer. Seriamnecessários vários anos, porém, paramelhor compreender os efeitos tardiosdo cianeto no organismo.

Durante o percurso de um ano,muitos foram os acusados pelos Ór-gãos Judiciários, sempre com direi-to a defesa. A mídia também promo-veu muita especulação levantandouma lista de crimes prováveis: ho-micídio e lesão corporal para os donosda boate e para a banda; improbida-de administrativa e prevaricação paraa prefeitura e os bombeiros; falsida-de ideológica, irregularidades traba-lhistas e lavagem de dinheiro para osdonos da boate, entre outros.

Em 27 de julho, aos seis meses dosinistro, o Papa Francisco homenageouas vítimas da tragédia na "Jornada Mun-dial da Juventude": "Com a cruz, Jesusse une às famílias que se encontram emdificuldades e que choram a trágicaperda de seus filhos, como no caso dos242 jovens vítimas do incêndio na ci-dade de Santa Maria. Rezemos por eles".

O município de Santa Mariaainda não voltou totalmente a nor-malidade. Nos primeiros dias houveum clima de luto na cidade; seismeses depois algumas pessoas sepronunciaram publicamente infor-mando que não queriam mais morarem Santa Maria; hoje a maior difi-culdade é superar o sentimento de in-

justiça que paira sobre a população.Especialistas comentaram que justi-ça seria não só buscar responsáveis,mas também implementar políticaspúblicas que prevenissem novoscasos como o da Kiss.

A Cruz Vermelha e os MédicosSem Fronteiras afirmaram, neste mêsde janeiro de 2014, que o povo deSanta Maria levaria cinco anos parase recuperar psicologicamente. Essador a que se referem, embora em me-nores proporções, também atingiu auma grande parte da população que,mesmo sem conhecer os vitimados,têm sensibilidade suficiente para so-frer com a situação, às vezes até seimaginando no lugar dos enlutados eo que aconteceria se a tragédia tives-se atingido um seu familiar próximo.

Os familiares dos vitimadosestão muito unidos e se organizaramem grupos filantrópicos, dedicadosa promover o bem, priorizando apreservação da vida entre a popu-lação mais carente.

Aconclusão do artigo "AGRAN-DE TRAGÉDIA", conclamava justi-ça através de ações que repudiassemtoda espécie de negligência, inclusi-ve do descaso dos Órgãos Públicos,no cumprimento de suas responsabi-lidades. O que vemos hoje é que, em-bora muitos tenham sido indiciados,ninguém se encontra preso, estando al-guns, os casos mais graves, livres,através de liminares ou outras medi-das judiciais em prol do direito de de-fesa. E UM ANO SE PASSOU...

Lembrando a praça PedroVelho do meu tempo (a pedidos)

Artigo JAHYR NAVARRO, médico ([email protected])

Logo após o falecimento deminha mãe, aos vinte e sete anos deidade, fui morar com o meu pai emeus irmãos na casa dos meus avóspaternos, situada na rua Camboim,727, hoje professor Fontes Galvão.Lá, já se encontravam outros pri-mos, outras tias em circunstânciasparecidas. Dessa residência, nadamais resta, apenas seu espaço físi-co que está sendo ocupado por umúnico edifício de apartamentos que,de alguma forma, oferece um certodestaque àquele trecho da rua. Todavez que me encontro diante do Co-légio Marista, ou em suas imedia-ções e avisto a ruazinha que foi umpedaço de minha vida, imediata-mente vem à mente todos os instan-tes mesclados de alegrias e triste-zas ali vivenciados.

Numa data já bem distante dosnossos dias, recordo que na casa demeus avós, as minhas tias eram ri-gorosíssimas com a disciplina e oexcesso de liberdade, mas costuma-vam premiar com um demorado pas-seio pela praça Pedro Velho - tam-bém conhecida como a "pracinha" -os sobrinhos que tivessem um bomcomportamento durante o transcur-so de cada semana. Era o melhorpresente que se podia receber e só empensar nas brincadeiras com os co-legas do Marista e os amigos de ummodo geral, a alma ficava plena decontentamento. Entretanto, quandopor qualquer motivo - incluindo arebeldia, que era o meu caso - issonão acontecia, sofria o bastante eainda tinha de assistir a ida dos pri-mos com seus sorrisos sarcásticos epior, ter de aturá-los na volta comtodo tipo de gozação, indispensáveisnaquelas ocasiões.

A pracinha do meu tempo eramuito bem cuidada e com muitosatrativos que prendiam a atenção detodos e diferia da atual, quando des-pertava a assustadora presença dopovo em todo final de semana. Oacesso à pracinha de quem partissedo centro da cidade, deparava-secom duas quadras esportivas queatendiam aos atletas do vôlei e dobasquete, separadas por um bar se-melhante a um "avião". No interiordeste, havia um pequeno espaço queservia de vestiário improvisado aosatletas em uso e no lado oposto, umacozinha rudimentar completava oambiente. Sob suas "asas", um pu-nhado de mesas com suas respecti-vas cadeiras, configuravam a defini-ção exata de um bar onde só se bebiaCoca-cola e Guaraná.

Logo adiante, via-se quatro tan-ques com suas tartarugas, dispostosparalelamente e circundados por umagrama impecavelmente bem trata-da, com arbustos e plantas podadasà semelhança de animais conheci-

dos. No centro da praça existia umapequena edificação conhecida comoo "corêto", com duas escadas, umapara cada lado que se comunicavamcom a parte superior, onde se ins-talavam as bandas musicais, respon-sáveis pelas "retrêtas" aos sábados edomingos. No final, um parque de di-versão pintado em cores vivas, comseus escorregos, balanços, carrossel,etc., fazia a alegria da meninada.

A pracinha ainda mantém asmesmas características físicas da-quele tempo e com o mesmo forma-to de um quadrilátero retangular, li-mitada de um lado, por sobrados quesimbolizavam à época o poder aqui-sitivo dos seus proprietários e dooutro, pelo Palácio do Governo, pro-visoriamente instalado entre a resi-dência do sr. Nival Câmara e a Es-cola Normal. Os extremos limita-vam-se como as avenidas FlorianoPeixoto e a Prudente de Morais. Esseformato de um quadrilátero retan-gular, era emoldurado em suas bor-das com pés de ficus que sombrea-vam o passeio por onde desfilavamas beldades, destruindo os nobres einocentes pensamentos da rapaziada.

Tudo isso leva-me de volta aosdias de minha infância e juventudee com essa visão ampliada e encan-tadora, navego nesse rio chamadomemória que percorre em seu leitotodo o trajeto de um passado quenão posso, e nem devo esquecer.Assim, como as flores são irmãs peloperfume, os artistas pela arte, a pra-cinha nos transformou numa irman-dade unida, quando nos ofereceu osmeios para concretização dos nossossonhos de jovens aspirantes de umanova fase da vida.

Hoje, quase nada existe de tudoisso. Só sombras e esqueletos deum passado que se perdeu com adistância. O tempo e a mão dohomem se uniram na destruiçãodesse monumento de diversão demuitas gerações. Até seu nome se-guiu o mesmo destino e em seulugar puseram o triste e insosso"Praça Cívica", que só serve para asForças Armadas uma vez por anomostrarem suas armas, algumas jáobsoletas o que caracteriza o des-prezo do Governo Central com estaInstituição. O ginásio que absorveuas quadras esportivas, se exauriu,se acabou dentro de sua própria es-trutura e depois de muitos apelos,tenta renascer um tanto melhoradoe queira Deus que não vá servir sópara as "convenções partidárias".

O sol de alegria jamais ilumina ocoração do homem por inteiro. Nele,há sempre uma mancha escura emqualquer parte do seu interior que lem-bra ao homem que a felicidade com-pleta não existe em tudo que envolvao amor e a dedicação.

w w w . j o r n a l d e h o j e . c o m . b r

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O dolo eventual não é suficiente paraqualificar o roubo pelo fato de estar a ví-tima em serviço de transporte de valores.Em sua essência extorsão não é uma es-pécie de furto, já que reside em a vítimaser constrangida pela ameaça ou violên-cia do agente para praticar, tolerar que sepratique, ou deixar de praticar uma açãoda qual advirá vantagem econômica paraàquele ou para terceiro. Um poste podeser considerado marco indicativo de linhadivisória, pois marco ou termo é sinal ousímbolo de pedra, concreto, madeira delei, fixo, visível, e que servem para indi-car a linha de separação entre dois imó-veis. A distinção entre apropriação indé-bita e roubo não está no elemento subje-tivo, já que no roubo, o seu elemento sub-jetivo é o dolo específico, e na apropria-ção indébita, é o dolo genérico. Se o agen-te subtrai um animal e faz desaparecer osinal indicativo de propriedade, respon-de pelo crime de furto. O objeto materialdo crime de esbulho possessório é terre-no ou edifício alheio (a posse da proprie-dade imobiliária). Consuma-se o crimede extorsão mediante sequestro, com osequestro, conhecido o escopo do agen-te (obter qualquer vantagem). O crimeprevisto no parágrafo primeiro, do art.157, do CP, é denominado roubo impró-prio. No furto noturno nosso CP optoupelo critério psico sociológico (repousonoturno - espaço de tempo em que os ci-dadãos dormem), constituindo forma agra-vada do furto simples (parágrafo primei-ro, do art. 155). Divulgar conteúdo de do-cumento público não é crime de divulga-ção de segredo, pois este crime se confi-gura quando o documento é particular. Ocrime de correspondência comercial pre-visto no art. 152, do CP, é crime próprio.,porque é punido com sanção própria. Osujeito passivo do crime de violação decorrespondência não pode ser pessoa in-determinada, uma vez que o sujeito pas-sivo é o remetente ou destinatário, e por-tanto tem que ser identificado. O crime deviolação de domicílio não é punível a tí-tulo de culpa, pois trata-se de crime do-loso. No crime de perigo de contágio ve-néreo o dolo é equiparado a culpa, poiso sujeito ativo sabe ou deve saber. O CPnão prevê como crime a autolesão. Ocrime de aborto somente é punível naforma dolosa. O crime de calúnia nemsempre admite a prova da verdade. Se ocrime contra a honra for praticado contrafuncionário público a ação penal será con-signada mediante provas (exceção da ver-dade). O objeto da tutela jurídica no crimede constrangimento ilegal é a liberdadepessoal (jurídica).

O aborto impunível de que trata oart. 128, I, do CP é chamado de abortonecessário. Quem atira ácido sulfúricona direção do rosto de seu inimigo que,desviando-se, consegue escapar ileso,responde por tentativa de lesão corpo-ral gravíssima (art. 129, CP). A lesãocorporal seguida de morte é chamadapreter dolosa ou preter intencional. Nocrime de calúnia contra os mortos, o su-jeito passivo é o de cujus (representadopor sua família).

No crime de violação de domicílioo Direito Penal é sancionador do Direi-to Constitucional. O crime de omissãode socorro é também chamado de indo-lência culpável. Elemento subjetivo docrime de exposição ou abandono derecém-nascido é o dolo específico. Quempuxa uma corda para alguém se enforcarpratica o crime de homicídio simples. Osolteiro que casa com pessoa que sabe ca-sada responde pelo crime de bigamia.Dar parto alheio como próprio é crimeprevisto no art. 242, do CP. Não respon-de por crime de incêndio qualificadoquem põe fogo em estação rodoviária. Anavegação lacustre não está compreendi-da na definição legal do art. 261, do CP.

O sujeito ativo do crime de epidemiapode ser qualquer pessoa. A omissão denotificação de doença é norma penal embranco. Adicionar água ao leite destina-do ao consumo não constitui o crime pre-visto no art. 270, do CP. Um médico podepraticar o crime previsto no art. 282, doCP. Quem abandona emprego para frus-trar pagamento de pensão alimentícia res-ponde pelo crime previsto no art. 244, doCP. Danificar instalações de teleférico écrime tipificado no art. 266, do CP. Quematira sujeira em reservatório d'água respon-de pelo crime de corrupção ou poluiçãod'água potável.

O bem jurídico protegido no crime dedifusão de doença ou praga é a saúde pú-blica. Consuma-se o crime de curandei-rismo com a prática habitual de gestos, pa-lavras e qualquer outro meio.

Os maiores legados da Copa (parte 5)Artigo ROBERTO CARDOSO, cientista social e sócio efetivo do IHGRN ([email protected])

O conhecedor de línguas e pensadorVilém Flusser, segundo Erick Felinto eLucia Santaella (Vozes, 2012) foi um ex-plorador de abismos. Nascido em Praga em1920 viveu no Brasil, casou no Rio de Ja-neiro e morou em São Paulo, mais tardevoltou a Europa e faleceu na França em1972. No entendimento de Flusser o fu-tebol é uma instituição importada e finan-ciada pela burguesia com a finalidade dedirigir as energias para canais inofensivose sustentadores de uma situação.

O esporte tido como preferência ereferência nacional tem mudado suaperformance, reformando e transfor-mando estádios; buscando um melhordesempenho e qualidade no quesitoconforto dos jogadores e torcedores,imprensa e convidados especiais. Opaís não tem mais estádios de futebol,vem perdendo sua memória esportivaformada por estádios e campos, íconesdo futebol foram demolidos.

O brasileiro alienou-se de sua realida-de porque não conseguiu firmar-se emnada disse Flusser. O Brasil foi descober-to e colonizado por estrangeiros entre in-vasões e expulsões. Depois vieram novosestrangeiros como imigrantes e mão deobra após a abolição dos escravos. Já ti-vemos presença marcante de americanosdurante os períodos de guerras, não sócom ponto estratégico do Trampolim daVitória, mas com missões da ONU emoutros países e treinamentos militares dasFFAA (forças armadas).

Agora com Copa do Mundo e comnovos portos e aeroportos teremos pre-sença de turistas, torcedores, jogadores eprofissionais do futebol. O coaching pre-sença obrigatória nos times e jogos de fu-tebol, já se faz presente como treinador decarreiras e profissionais.

O Brasil possui agora Arenas, quea princípio são locais onde poderão edeverão ser realizadas partidas de fute-bol. Espaços construídos para abrigartorcedores e jogadores de um primeiromundo. Seleções de futebol que repre-sentam países em uma competição é umcritério de escolha dos melhores, a opor-tunidade de fazer um marketing pessoale coletivo. Um campo de batalhas semarmas, apenas jogadores como símbolosde ataque e defesa com chutes em umabola substituindo os tiros de canhão. Vo-lantes em campo lembram as volantes depoliciais que adentravam a caatinga e osertão na época do cangaço.

Com gestões e indigestões, organi-zadores do campeonato mundial, exigi-ram qualidade na construção e no aca-bamento dos espaços desocupados pelosestádios e transformados em arenas. Em-presas portadoras de qualidade ISO eNBR foram contratadas para construirarenas, e estas por sua vez, com regrasABNT e RH, exigiu qualidade e capaci-tação de seus funcionários e fornecedo-res, com adequação de normas e proce-dimentos. Por fim a FIFA tomará possedas arenas e administrará impondo regras

durante o primeiro tempo, segundotempo, intervalos e prorrogações. So-mente no terceiro tempo os brasileiros re-tomarão a posse do campo.

Enquanto brasileiros estão em ou-tras dependências da casa, um grupo nacozinha preparando uma gastronomia in-ternacional requintada e outro grupo noquintal jogando uma partidinha de fute-bol, aguardando novas ordens, um públi-co seleto estará na copa desfrutando deum aparelho público com mobiliárionovo e requintado. Um público recebi-do com honras nas salas de desembarquedos novos portos e aeroportos.

O governo junto com as FFAA jápreparou um documento regulamentan-do a segurança, viveremos estados desítio e estádios da FIFA. A segurançadentro das arenas e seu entorno estará ga-rantida. Na periferia outras forças podemdominar territórios.

Arenas foram inauguradas oficial-mente sem o habite-se e vistoria dos bom-beiros. Jogos estão sendo realizados sema total capacidade e com vistorias parciaisdos órgãos competentes, a ART do CREAe a arte dos governantes. Estratégias deavaliação das estruturas e facilidades deacesso e fuga, com jogos e públicos locais.

Depois da Copa deverão vir novas fi-nalidades, e novas responsabilidades sobreos espaços de arenas. Novas disputas nasarenas acontecerão. Esta e a expectativapara a Copa do Mundo 2014 a ser reali-zada em territorio brasileiro.

Artigo ANA LUÍZA RABELO SPENCER, advogada - ([email protected])

Certo é certo...Eventualmente é interessante

parar para pensar na Natureza e nassuas criações. Os animais, tão cha-mados irracionais, lutam pela sobre-vivência, têm uma vida dura, masnão trapaceiam, não mentem, tam-pouco escondem suas ações, sejamelas quais forem, de seu grupo. Oueles seguem a regra imposta pelosseus ou vão embora, criando umnovo grupo, com novas regras, noqual fica quem quiser se adaptar.

O homem, o "racional" da his-tória, é uma das mais sublimes cria-ções, possui capacidade ilimitada,constrói casas e coisas para o seuconforto, inventa remédios, cria edestrói. Vai além da imaginação damaioria e, dizem, já foi até a lua!Esse mesmo homem, tão inteligen-te, aprende rápido a "emburrecer".Acredita que pode burlar as regrasde convivência que ajudou a criar,mente, maltrata e faz, dissimulada-mente, coisas que seriam condena-das por seu meio, coisas que nãodeveria fazer.

O que é certo é certo. Lei é lei.Regras de convivência e conveniên-cia são claras e de fácil acesso atodos, então por qual razão o "es-perto" engana, rouba, mata e, deum modo geral, caminha contraesses princípios?

Será culpa de Adão e Eva?Aqueles que quebraram a primeiraregra e nos ensinaram o gostinho deerrar? Jogar lixo na rua é tão erradoquanto mentir ou roubar. Tomar oque não lhe pertence, enganar, ilu-

dir e torturar são formas de descum-prir o "contrato" que assinamos aoaceitar viver em sociedade. Quandoo regime militar de 1964 pregava"Brasil, ame-o ou deixe-o", estavaapenas usando a frase certa no con-texto errado. A grande questão é:"Sociedade, aceite-a ou mude-se".

Todos devemos entender que aconvivência requer cuidado, requerrespeito. Querer o certo para si, bus-car seus direitos, é dar ao próximoa chance de querê-los também. Nãoé preciso "pisar em ovos" ou trataro outro como se de porcelana elefosse, mas tratá-lo do modo comogostaríamos de sermos tratados. Res-peitar limites e regras. Dar o quegostaria de receber. Porque o que écerto, o que é justo e bom, nãomuda. O que muda são os interes-ses de cada um.

Desviamos as virtudes que nosforam dadas e as transformamos em"pecados". Somos preguiçosos, ar-rogantes, invejosos, sem parar parapensar que somos iguais em capa-cidade e, se deixarmos de lado osmaus hábitos, seremos senhores denós mesmos, seremos capazes deagir, de buscar, de conquistar o quedesejarmos, desde que não deixe-mos de lado a boa-fé, o bom humor,a boa vontade e a compreensão erespeito mútuos.

Começando dentro de casa,dando o exemplo e não "escorregan-do", construiremos um mundo doqual nos orgulharemos e no qual vi-veremos em paz.

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 3Natal, 27 de janeiro de 2014

Política

Túlio LemosCiro Marques - INTERINO - [email protected]

HENRIQUEA situação política de Henri-

que Eduardo Alves não é nada fácil.Basta ele se destacar um pouco queseja, aparecem denúncias de irre-gularidades contra. Até porque nabancada federal do RN na Câma-ra, há exemplo de deputado quegasta R$ 15 mil todos os meses(foram mais de R$ 150 mil gastosem 2013) com divulgação e nãoganha repercussão nacional queHenrique ganhou. Este parlamen-tar, inclusive, é aquele mesmo quetambém paga restaurantes caroscom verba indenizatória. Como seo que ele ganha (R$ 27 mil) não

fosse suficiente para custear as pró-prias refeições.

HENRIQUE IIContudo, Henrique deve se

preparar. Se for novamente can-didato a Presidência da Câmara,as notícias negativas vão seguir nonoticiário nacional, assim como oocorrido no início de 2013. Inclu-sive, serão mais regulares até doque ele enfrentaria se fosse can-didato ao Governo do Estado.

WILMAA resposta da ex-governadora

Wilma de Faria com relação às re-

centes declarações do PT é inte-ressante. Até porque, neste ano, oPT demonstra que, novamente, fazde tudo para atingir o poder, mesmoque isso queira dizer renegar aque-les que eles apoiaram outros anos.O PSB que hoje os petistas tentamexcluir é aquele mesmo que, em2012, preferiram apoiar do que lan-çar a potencial candidatura do ex-reitor da Ufersa, Josivan Barbosa,em Mossoró. E esse é só um dosvários exemplos que se pode citarnessa longa relação petistas/pees-sebistas.

NEY LOPES

Cotado para ser candidato aoSenado Federal neste ano, o ex-deputado Ney Lopes fez uma aná-lise interessante sobre a situaçãoda candidatura da ex-governadoraWilma de Faria (potencial adver-sária dele). Segundo ele, Wilmasempre 'guerreou' com o apoio doPartido de Governo, o que nãodeixa de ser uma verdade. A situa-ção, segundo Ney, não está nadafácil para ela.

FECAMA Federação das Câmaras do

RN (Fecam/RN) inicia o processode filiação nesta segunda-feira (27),

para garantir o acesso das Câma-ras Municipais às publicações gra-tuitas no Diário Oficial dos Muni-cípios executado pela Federaçãodos Municípios do RN (Femurn).A filiação estará disponível até odia 31/01, na sede do órgão quefica na avenida Prudente de Mo-raes, 949, Tirol, em Natal/RN. Apartir do dia 3 de fevereiro de 2014as Câmaras não filiadas àFECAM/RN terão serviços do Diá-rio Oficial suspensos.

NOMEAÇÃOO Promotor de Justiça Leonar-

do Dantas Nagashima (8º Promo-

tor de Justiça de Mossoró) será onovo Ouvidor-Geral do MinistérioPúblico do Rio Grande do Nortepara o biênio 2014-2016. Com 70votos, ele venceu o Promotor deJustiça Roger de Melo Rodrigues(1º Promotor de Justiça de JoãoCâmara), que obteve 30 votos.Brancos somaram quatro votos.

PARABÉNSNeste domingo, completou

ano o titular desta coluna, o jor-nalista Tulio Lemos. Muita saúdepara esse grande profissional, quemuito me ensina sobre política.Parabéns e volte logo!

Henrique Alves paga quase R$ 120 mil àagência de sócio do sogro, revela FolhaPRESIDENTE RECORRE A VERBA DA CÂMARA PARA PAGAR DESPESA COM PRODUÇÃO DE VÍDEOS EXIBIDOS EM CADEIA NACIONAL

CIRO MARQUES

REPÓRTER DE POLÍTICA

O presidente da Câmara Fede-ral, o deputado federal potiguar Hen-rique Eduardo Alves, voltou a ser no-tícia nacional. Desta vez, os motivosnão foram às especulações que ligamo nome dele a candidatura que oPMDB vai lançar ao Governo doEstado. A notícia envolveu, nova-mente, polêmicos gastos de recursospúblicos: o pagamento de R$ 116,4mil a uma agência de publicidadepara a gravação dos dois pronun-ciamentos em cadeia nacional feitospelo presidente em outubro e de-zembro do ano passado. O detalheé que essa verba pública foi para asmãos de um marketeiro, sócio doatual sogro deHenrique.

A informa-ção está na edi-ção de hoje dacoluna Painel, daFolha de SãoPaulo. É logo aprimeira nota dacoluna, assinadapelo jornalistaBernardo MelloFranco. “O pre-sidente da Câ-mara, HenriqueEduardo Alves(PMDB-RN),repassou R$116.420 de suacota parlamentar a um sócio do sogroe do cunhado. A verba pública foipara a Assaf e Sousa Comunicação,que gravou seus dois pronunciamen-tos em cadeia nacional de TV em ou-tubro e dezembro de 2013. A pro-dutora pertence a Adriano de Sousae foi contratada sem licitação. Sousaé sócio em outra empresa de Cassia-no Arruda e Arturo Arruda - pai eirmão da mulher de Alves (a jorna-lista Laurita Arruda)”, revelou o co-

lunista. Os vídeos com duração de al-

guns minutos mostram o presidenteda Câmara Federal falando e, tam-bém, algumas imagens de trabalhoslegislativos acompanhados de narra-ção. “A assessoria de Alves diz queele usou sua cota individual, e nãoa verba da presidência da Câmara,para não ter que fazer licitação. Suaequipe afirma ainda que Sousa foi es-colhido porque o deputado já o co-nhecia e confiava em seu trabalho”,acrescentou o colunista.

Realmente, o valor foi pago coma cota indenizatória. Inclusive, emoutubro, O Jornal de Hoje já, inclu-sive, havia registrado essa “eleva-ção” nos baixos gastos de HenriqueAlves com essa verba pública - paga

ela Câmara, emcaráter indeniza-tório, para que odeputado desen-volva seu traba-lho parlamentar.A notícia foi pu-blicada em no-vembro, tão logoo valor foi divul-gado no site daCâmara Federal.

Para se teruma ideia do querepresenta o valorde R$ 116 mil,ele é maior doque tudo o que

Henrique Alves gastou durante oano da cota indenizatória - soman-do telefonia, despesas com deslo-camento, viagens aéreas e publici-dade. Todos esses gastos foram in-feriores aos R$ 85 mil em 2013.

OUTRAS POLÊMICASApesar de ser econômico nas

despesas da cota indenizatória, valelembrar que essa não é a primeiravez que a utilização de verba públi-ca por Henrique chamou a atenção.

Em junho de 2013 (quatro mesesdepois de assumir a presidência daCâmara), ganhou notoriedade naspáginas dos jornais os gastos delecom decoração da residência ofi-cial. A Casa reservou R$ 8,2 milpara o fornecimento e instalação de43 m² de cortinas e forros na casa.O tecido das cortinas era linho.

“Fora da residência oficial, aCâmara resolveu renovar as lou-ças e talheres. Serão adquiridas2.472 xícaras com pires em por-celana para café, por R$ 12,4 mile 912 para chá, por R$ 8,7 mil. Aslouças serão da marca Yazi. MaisR$ 10,6 mil foram reservados paraa compra de 200 colheres de pau,912 colheres para café, 1.128 co-lheres para chá, 3.762 copos devidro para água e 25 bandejas. Ascolheres de pau serão da marcaStolf e as demais da Tramontina.Os copos são da Cisper e as ban-dejas da Brinox”, narrou a matéria

do site Contas Abertas, repercuti-da e repetida em vários outros jor-nais e blogs do Rio Grande doNorte, de São Paulo e Brasília.

A família de Henrique EduardoAlves também foi destacada nomesmo período em 2013, com a di-vulgação do vôo do presidente daCâmara levando a noiva, o cunha-do e outros convidados de Natal parao Rio de Janeiro, para assistir a finalda Copa das Confederações. O de-putado disse, por meio da assesso-ria, que “solicitou” o avião porquetinha encontro com o prefeito Eduar-do Paes (PMDB) no sábado. “Comohavia disponibilidade de espaço naaeronave, familiares acompanharamo presidente em seu deslocamento”,informou.

Em julho, outra polêmica: o in-

teresse de Henrique de contratar car-ros utilitários esportivos exclusiva-mente a disposição dele em Natal -um deles até blindado. O custo anualseria de R$ 222 mil. Sete dias de-

pois do lançamento do edital, coma repercussão negativa, o presiden-te determinou ao diretor-geral daCâmara, Sérgio Sampaio, que can-celasse a licitação.

> RESPOSTA

Wilma de Faria analisa: “O PT está muito radical”Tibau parece ter se tornado o

epicentro das notícias políticas re-levantes nas últimas semanas. Afi-nal, depois que lá, em entrevista,o presidente do PMDB no RN, odeputado Henrique Eduardo Alvesadmitiu que poderia ser candidatoem uma coalizão de partidos, agora,foi lá que a ex-governadora e atualvice-prefeita de Natal, Wilma deFaria, do PSB, criticou a postura doPT com relação aos peessebistasno Estado.

"O PT está muito radical. Real-mente, o PT foi companheiro nossoem outras eleições, mas, atualmen-te, está muito radical, dizendo queo PSB não participa de alianças. Éo PT que está nos discriminando.Não somos nós que estamos discri-minando o PT", disse Wilma em en-trevista ao blogueiro Carlos Skar-lack, de Mossoró.

As declarações foram conse-quências das contínuas críticas queos petistas estão fazendo a possibi-

lidade de aliança entre PSB e PMDBno RN para as eleições de 2014. Issoporque, atendendo a recomendaçãoda Executiva Nacional do PT, a sigla

de Fátima Bezerra e Fernando Mi-neiro não poderia fortalecer palan-que de partidos que são adversáriosao projeto nacional de reeleição da

presidente Dilma Rousseff.No final de semana, a ex-gover-

nadora se encontrou com correli-gionários na casa de praia de Tibau

do ex-deputado estadual Laíre Ro-sado e da a esposa dele, a deputadafederal Sandra Rosado. De anfitriãtambém a filha, a deputada estadual

Larissa Rosado. A reunião-almoço agregou não

apenas lideranças políticas da re-gião, mas profissionais liberais, alémde representantes da sociedade civilorganizada. Apresidente do PSB noRN, Wilma de Faria, conversou comos vários grupos, dando prossegui-mento às consultas que vem fazen-do desde 2013, a respeito de querumos sua legenda deverá tomarpara as eleições.

À imprensa mossoroense, compresença expressiva no evento, a ex-governadora observou que poderátomar decisão sobre candidaturasaté o final de abril, ressaltando, con-tudo, que prazo para fechamento decoligações se encerra apenas emjunho. Portanto, até lá pretende am-pliar diálogos com demais partidosinteressados em apresentar um pro-jeto de resgate do estado, além de vi-sitar os 167 municípios do estado,ouvindo correligionários e simpati-zantes, além de população. (CM)

Nome da ex-governadora Wilma de Faria, do PSB, tem sido vetado pelo PT no RN Petista Fátima Bezerra, inclusive, é pré-candidata ao Senado, assim como Wilma

“Assessoria de Alves diz que ele usou sua cota individual

para não ter que fazer licitação. Sua equipe afirma ainda que Sousa foi escolhido porque o deputado já o conhecia e confiava em seu trabalho” -

nota da coluna Painel

Henrique Alves se envolveu em outraspolêmicas no último ano. Ao lado, o vídeoproduzido para exibição em rede nacional

José Aldenira

Heracles DantasArquivo

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A aliança entre PMDB e PSBque vai sendo costurada para aseleições de 2014 no RN pode nãoestar tão garantida assim. Pelomenos, é o que acredita o ex-depu-tado Ney Lopes, do DEM. Segun-do ele, na verdade, "está na 'cordabamba' a propalada força eleitoraldo PMDB, tida como imbatível,na montagem de uma aliança comFernando Bezerra, peemedebista,para governador e Wilma de Faria,peessebista, para o Senado.

O fato que desmontou a estra-tégia armada nos alpendres dapraia de Jacumã teria sido a visi-ta a Natal, no meio da semana pas-sada, de emissários do governa-dor Eduardo Campos, candidato apresidente da República, pelo PSB."O presidenciável mandou avisarque Vilma de Faria terá que sercandidata à governadora do esta-do em 2014 e o PSB não aceitaque ela suba no palanque doPMDB (e talvez o DEM), soman-do votos para Dilma Rousseff eAécio Neves, numa estranha e es-drúxula coligação, cujo principalprejudicado seria o próprio Eduar-

do Campos", contou Ney Lopes. Trata-se de um assunto já de-

cidido pelo PSB. Não haverá pos-sibilidade de recuo. O partido pre-cisa de apoios eleitorais paraEduardo Campos, "sem misturas",porque seria consenso nacionalque a eleição presidencial terá se-gundo turno. "A propósito, o Es-tadão de hoje, 27, dá essa informa-ção, em manchete (até o PT já ad-mite que a eleição de 2014 terásegundo turno). Assim sendo,como Eduardo Campos iria per-mitir que o seu partido - o PSB -ajudasse o PMDB de Dilma e oDEM de Aécio? Seria, realmente,uma insensatez política", analisouo ex-deputado do Democratas.

O ex-parlamentar, jornalista eanalista da situação política do RN,afirma que Wilma ouviu a orien-tação dos emissários do PSB edisse que iria percorrer o RN esaber qual a tendência, em tornodo seu nome para o governo doEstado. "Quem conhece Vilmasabe que ela não enfrentará cam-panha para governo do RN, semum arco sólido de aliança política,

e, sobretudo, econômica. Wilma -a chamada 'Guerreira' - construiua sua vida pública com o apoioaberto da estrutura dos Maias, dosAlves e depois dela própria no go-verno. Sempre 'guerreou', mas como apoio do P.G. (Partido de Go-verno)", contou Lopes.

O Democratas, então, faz umhistórico sobre as eleições deWilma e afirma: A única vez queela disputou sozinha o governo doRN foi em 1994 e ficou em quar-to lugar, no "fim da fila", ultra-passada pelo então vereador Fer-nando Mineiro, do PT. "Qual seráa decisão de Wilma em 2014, queela diz somente anunciará em abrilpróximo? Ela depende totalmentedo PSB do governador EduardoCampos. O seu filho, suplente dedeputado estadual Lauro Maia, tememprego em Pernambuco. Mesmo

que o PSB acene com 'ajudafinanceira' para disputar o gover-no, ela sabe que nunca será comono passado. 'Ajudas' oriundas dopróprio RN não existem. Tradicio-nalmente se esvoaçam com os ven-tos dos alpendres de praia."

Segundo Ney Lopes, irão de-saparecer os "amigos fiéis" deWilma, que lhe apoiam hoje parao Senado e a história se repetirá."A análise mais real é que tenhacaído no vazio a 'dobradinha'PMDB/PSB, com Fernando Be-zerra governador e Wilma Fariasenadora. Tornou-se inviável pelo'dedo' do governador EduardoCampos. Wilma vai terminar dis-putando a deputação federal em2014, pela certeza da sua eleiçãoe a contribuição que dará ao quo-ciente eleitoral do PSB", previu odemocrata.

Segunda-feira4 O Jornal de HOJE Natal, 27 de janeiro de 2014 Política

DE BRASÍLIA - [email protected]

Walter Gomes

JOAQUIM PINHEIRO - [email protected] - (INTERINO)

Líderes nacionais do PT estão subestimando a provávelcandidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Cam-pos à presidência da República, tendo Marina Silva, a ex-seringalista, como candidata a vice. Chegam a dizer que oneto de Miguel Arraes, o mito dos canaviais pernambucanos,é uma aventura. Em vez de omissão deliberada ou má von-tade, pode ser estratégia política, já que sabem do poten-cial eleitoral da chapa Eduardo/Marina, uma dupla que temtudo para crescer na disputa deste ano.

A dupla, que irá às ruas com a bandeira da ética na po-lítica e de oposição ao atual governo, particularmente a ex-senadora acriana, terá um discurso de defesa da moralida-de e da retomada do crescimento e desenvolvimento doPaís. Eduardo Campos levará ao eleitorado o exemplo exi-toso que está conseguindo à frente do governo de Pernam-buco e a ex-senadora acriana, que tem uma vida públicaexemplar, defenderá o meio ambiente e o desenvolvimentosustentável do País, ameaçado pela depredação inconse-quente e devastadora.

Os petistas, que eram detentores da bandeira da ética eda moralidade e perderam essa identidade com o episódiodo "mensalão" e outras práticas nada recomendáveis, ten-tarão reeleger Dilma Rousseff alegando que o País mudoue significativa parcela da população melhorou de vida cominclusão social. Leia-se Bolsa Família e Mais Médicos. O go-verno da presidenta Dilma Rousseff continua liderando pes-quisas de opinião pública no momento, entretanto, um fatordecisivo numa eleição majoritária - o item rejeição - não estásendo divulgado nas consultas populares.

Pós-escrito: todos sabem que índices altos de rejeiçãoé fator complicador para quaisquer candidatos, mesmo queestejam liderando as pesquisas de opinião pública. Por isso,os que hoje estão na liderança absoluta, podem ser sur-preendidos no dia da eleição.

Candidatura aventureira?

LEITURA DINÂMICAt governadora RosalbaCiarlini, mesmo diante dacrise financeira que vive oEstado, anunciou um rea-juste de 8,32 por cento paraos professores. Será pagoem fevereiro retroativo a ja-neiro. Faz justiça a uma ca-tegoria que ganha pouco,mas de fundamental impor-tância para o desenvolvi-mento do Estado.tAdeputada Sandra Rosa-do, do PSB, encaminhouproposta ao ministro daJustiça, José Eduardo Car-doso, objetivando conce-der aditivo financeiro paraprofissionais que atuam ematividades de inteligênciapolicial. O ministro enca-minhou para providências.t A vice-prefeita Wilma deFaria terá almoço de adesãono próximo dia 17 de feverei-ro no Versailles (Cidade Jar-dim). Contato pelos telefones87026786/99844040/99875990. R$ 50.00. t Luiz Eduardo Carnei-ro Costa, que até poucotempo comandou a Se-thas, teve seu trabalhoreconhecido pela minis-tra Tereza Campelo. Onovacruzense, nascido

nas margens do Rio Cu-rimataú em Nova Cruz,ficou satisfeito com adeferência.tPrefeito Maurício Marquesanuncia para março a inau-guração do Teatro de Parna-mirim e da revitalização doParque Aluízio Alves. Re-centemente, o prefeito ad-quiriu 5 novas ambulânciase 2 ônibus escolares paraconduzir alunos com neces-sidades especiais. t Jornalista Túlio Lemosaniversariou neste domin-go. Muita comemoraçãono "bunker" da Cidade Sa-télite ao lado de amigosverdadeiros e circunstan-ciais, também. Túlio, inte-gra a editoria de políticad´O JORNAL DE HOJE.t O palestrante Jussier Ra-malho será apresentador detelevisão. Terá um progra-ma na TV União todos ossábados de 11h30 às 12horas. tPara refletir: “Cultivar es-tados mentais positivoscomo a generosidade e acompaixão decididamenteconduz a melhor saúdemental e a felicidade”.(Dalai Lama)

Wilma senadoraAnotem aí. A vice-pre-

feita de Natal, Wilma deFaria, do PSB, será onome do PMDB para oSenado. Os próprios petis-tas sabem disso, e se de-sejarem participar dachapa majoritária cuidemde aceitar a indicação docandidato a vice-governa-dor na chapa peemede-bista antes que o PR dodeputado João Maia indi-que. Diante desse cenário,que pode mudar pela di-namicidade da política, mas é muito difícil, a deputada Fá-tima Bezerra deve cuidar da sua reeleição para repetir a boavotação que obteve no pleito anterior. No PMDB, a incógni-ta continua. Henrique Eduardo, Fernando Bezerra, Garibal-di Filho ou Walter Alves? O certo é que um dos quatro serácandidato a governador do Rio Grande do Norte.

Injustiça e mal educaçãoAlguns torcedores vaiaram quando o nome da governadora

Rosalba Ciarlini foi pronunciado pelo locutor durante inaugura-ção do Arena das Dunas neste último domingo. Injustiça, porquea governadora trabalhou e contribuiu muito para viabilização einauguração do empreendimento que vai gerar emprego e rendapara a população. Mal educação, porque o momento era defesta, comemoração, aplauso e reconhecimento, e não de vaia.

)( CURIOSIDADE APENASSerá que as outras cidades-sede da Copa do Mundo

vivem o caos verificado nas ruas de Natal?

PERGUNTAR NÃO PAGA IMPOSTO

"O PC do B decidiu que esta-rá no palanque da presidentaDilma Rousseff. Esta posição foidefinida durante encontro do par-tido em São Paulo no mês de no-vembro". Foi o que afirmou o ve-reador George Câmara, atual pre-sidente do Parlamento Comum daRegião Metropolitana de Natal,que recentemente participou deencontro em Porto Alegre comopalestrante.

"Falamos sobre questões pú-

blicas de interesse comum efetiva-das de maneira articulada entre Câ-maras Municipais e Prefeituras",ressalou George Câmara, critican-do em seguida o fato do Conselhode Desenvolvimento Metropolita-no de Natal não ter se reunido umavez sequer nos últimos 4 anos."Quem tem se articulado são osvereadores do Grande Natal e aideia foi levada para Porto Alegreno congresso realizado de 21 a 25deste mês", afirma o vereador.

Ao ser questionado sobre qualserá a participação do PC do B nacampanha eleitoral deste ano, GergeCâmara disse que o partido busca-rá a mobilização popular comoforma de pressão para resolver osproblemas da população. Para o ve-reador do PC do B, o movimentode inclusão social precisa ter con-tinuidade com as pessoas na ruareivindicando pacificamente.

Instado a falar sobre o 2º anoda administração municipal de

Natal, George Câmara entende quepelos menos, a cidade está tendoum rumo e que a perspectiva é me-lhorar a partir de agora, principal-mente pelo início das obras de mo-bilidade urbana. Sobre a convoca-ção extraordinária da Câmara Mu-nicipal de Natal, o vereador Geor-ge Câmara, diz ser necessária por-que existem matérias importantesa ser discutidas e votadas. Citacomo exemplo, a reforma admi-nistrativa

Escritor e jornalista contesta declarações sobre “acordão”JOÃO BATISTA MACHADO AFIRMA QUE ACORDOS SEMPRE EXISTIRAM NO RN

JOAQUIM PINHEIRO

REPÓRTER DE POLÍTICA

O vereador George Câmara, doPC do B, entende que a sucessãoestadual está "indefinida", mas se-gundo o presidente do ParlamentoComum da Região Metropolitanade Natal, está tendo conhecimentoatravés da imprensa que existe umaarticulação entre os principais líde-res partidários visando reeditar noRio Grande do Norte o chamado pe-jorativamente na atualidade como"acordão", que tem sido objeto dediscussão e polêmica no Estado hámuito tempo. George Câmara, queé um dos vereadores mais atuantesna Câmara Municipal de Natal, temse mostrado critico aos chamados"acordos de gabinete", segundo ele,longe da população. O vereador doPC do B tem sido ao longo da suavida pública um defensor da demo-cracia, dos direitos humanos, dosdebates e das alianças programáti-cas para propiciar a eleição de ges-tores competentes e comprometidoscom as políticas públicas que pro-porcione a melhoria da qualidadede vida da população.

O historiador e jornalista, JoãoBatista Machado, informa que osacordos e entendimentos entre li-deranças políticas são normais e

fazem parte do processo democrá-tico brasileiro e em particular doRio Grande do Norte. Machadoafirma que uma das alianças polí-ticas mais polêmicas do Estado re-sultou na união de Aluízio Alves,do então MDB com o governadorTarcísio Maia, da Arena, para ele-

ger Jessé Freire, senador. "O enten-dimento ficou conhecido como PazPública", lembra. Aluízio Alves,que tinha na oratória a sua princi-pal marca como político,é conside-rado a maior liderança do Estadoem todos os tempos. Tarcísio Maia,pai do atual senador José Agripi-

no, assumiu o chamado governobiônico (não foi eleito pelo povo),e implantou no Estado um ambien-te de paz. Uma frase sua ficou co-nhecida: "não convivo com a im-probidade".

ACORDOS SEMPRE EXISTIRAM

O escritor João Batista Macha-do ressalta também o acordo feitopelos adversários, Café Filho, doPSP e Juvenal Lamartine da UDNem 1945 e Dinarte Mariz, da UDNe Georgino Avelino, do PSD e 1954."Historicamente, acordo têm sidofeitos, sem nenhum problema. Fazparte da dinâmica da política e nãoexiste nenhum prejuízo para a po-pulação", esclarece o jornalista, queé autor de vários livros sobre a po-lítica e personalidades que fazemparte dessa atividade. João BatistaMachado lembra também, que Aluí-zio Alves só se elegeu governadorem 1960 porque fez um acordo comTheodorico Bezerra, líder do PSD noEstado. Portanto, entende não exis-tir nada de pejorativo no termo acor-do quando feito objetivando unirforças políticas na defesa dos inte-resses da população. "Essa históriade acordão é invenção de quem nãotem o que fazer", concluiu João Ba-tista Machado.

Machado: Críticas com relação ao acordão é coisa de quem não tem o que fazer

George: “Posição foi definida durante encontro nacional”

> ALIANÇA COMPLICADA

Ney Lopes: “Eduardo Campos ‘desmontou’ a dobradinha Fernando e Wilma no RN”

Heracles Dantas

José Aldenir

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 5Natal, 27 de janeiro de 2014

Cidade

ANA PAULA CRUZ

[email protected]

O natalense iniciou a semanacom mais uma interdição em umadas vias mais movimentadas da ci-dade. Desta vez, a avenida Romual-do Galvão, no trecho compreendi-do entre a avenida Miguel Castro ea avenida Lima e Silva, foi interdi-tada para a realização das obras deconstrução do Complexo Viário deNatal. De acordo com a SecretariaMunicipal de Mobilidade Urbana(Semob), ainda não há previsão dequando esse trecho da RomualdoGalvão estará liberado. Porém, aconclusão total da obra está previs-ta para o mês de maio.

De acordo com o chefe do Setorde Intervenção Viária da Semob, Car-los Eugênio, a interdição é para aconstrução das trincheiras, que são ostúneis do Complexo Viário. "A obravai avançar agora numa etapa queprecisa fechar essa parte da via paraeles trabalharem. Esse trabalho fazparte da obra de mobilidade do en-torno da Arena das Dunas, que con-templa seis túneis e dois viadutos".

O inspetor informou ainda queos moradores e comerciantes dolocal podem ficar tranqüilos, poiseles terão acesso normal à área, semnenhuma interferência ou prejuízo.

Para muitos condutores, a Pre-feitura deixou a desejar não divul-gando de forma ampla a interdição

da via. É o caso da professora Jura-ni Maria, que mora em Parnamirime veio resolver algumas coisas emNatal. "Eu não sabia da interdiçãodeste trecho. Acho que a Prefeituradeveria ter feito uma melhor divul-gação desta interdição para nós nosprogramarmos".

Os moradores da vizinhança in-formaram que pela manhã o trânsi-to no trecho é mais tranqüilo, masque em horários de pico como, aomeio dia e às sete da noite, o trechofica intransitável. Com a interdição,a tendência é piorar.

Para o motorista Edivaldo Félix

de Souza, a interdição não está atra-palhando o acesso. "Até que nãoatrapalhou muito. Cheguei até aquina padaria tranquilamente, os guar-das estão informando tudo direitinhoe está bem sinalizado".

Ao contrário do que EdivaldoFélix disse, o que se viu no localpela manhã foi alguns tumultos.Muitos motoristas chateados, recla-mando da interdição e outros deso-rientados, sem saber para onde ir.

A funcionária pública, LuízaMedeiros, disse que a interdiçãoatrapalhou bastante sua rotina. "Tododia venho por essa via e como não

sabia que este trecho estava interdi-tado, vim por aqui como de costu-me. Estou atrasada, tinha que estarno trabalho às oito horas e vou terque fazer o retorno agora. Está meatrapalhando bastante".

Carlos Eugênio pediu a com-preensão e a colaboração da popu-lação nesta fase da obra. "Hoje otrânsito, no geral, requer paciência.Muitas vias da cidade hoje estão emobras e a população precisa ter umpouco de paciência e respeitar o pró-ximo. Pedimos a compreensão doscondutores e muita cautela também".

A Semob informa que os moto-

ristas devem evitar esta rota, mas seestiverem na Romualdo Galvão equiserem ter acesso à BR-101, vãoter que pegar à direita pela avenidaMiguel Castro, fazendo o laço naavenida Amintas Barros para em se-guida pegar a avenida Salgado Filho.Aoutra opção é sair na avenida Pru-dente de Morais, pegar a avenida daIntegração e sair na BR-101.

A obra do Complexo Viário deNatal conta com a construção de doisviadutos, sendo um estaiado, seis tú-neis e duas passarelas. O investi-mento é da ordem de R$ 222 mi-lhões. As obras foram divididas em

quatro fases. A primeira compreen-de a instalação dos túneis na aveni-da Prudente de Morais e do Viadu-to. Asegunda fase contará com a ins-talação dos túneis nas avenidas Ro-mualdo Galvão, Lima e Silva, Jerô-nimo Câmara e Capitão Mor Gou-veia. Na terceira fase será instaladoo túnel da rua Raimundo Chaves ena quarta, a construção do viaduto li-gando a marginal da BR-101.

Os trabalhos do Complexo co-meçaram a ser feitos no último mêsde outubro e, de acordo com aSemob, o prazo para conclusão é omês de maio.

FERNANDA SOUZA

[email protected]

Os pacientes que procuram in-sulina na Unidade Especial de Dis-pensação de Medicamentos do PRO-SUS, da Secretaria Municipal deSaúde (SMS), cuja estrutura funcio-na no Centro Clínico José CarlosPassos, na Ribeira, estão novamen-te voltando para casa de mão va-zias. Na semana passada, a SMS in-formou que até a quinta-feira (23),o problema iria ser solucionado, masna manhã desta segunda-feira (27),a falta do medicamento causou climade revolta entre os cadastrados noprograma.

Cleilton Chagas, que estava nafila em busca das insulinas Lantuse Humalog, para sua filha de qua-tro anos, contou que desde 2012 en-frenta problemas com a falta de me-dicamentos e insumos ou a com dis-tribuição irregular. "Desde 2012 quevenho para cá e nunca consegui umkit completo. Vim na quinta-feirapassada, na sexta e prometeram parahoje, mas já soube que não tem. Istoé uma situação precária e muito com-plicada de se enfrentar. Pagamosnossos impostos para quê? Para seter uma ideia, um gasto mensal paraminha filha gira em torno de R$ 300e 200 agulhas custam R$ 99 e só dápara um mês. Já fui atrás até da pro-motoria de Saúde para ver no quepodem me ajudar".

Já a dona de casa Marluce Dan-tas, usuária da insulina Lantus - amais procurada na unidade - expli-cou que desde dezembro último nãorecebe o medicamento. "A verdadeé que desde junho do ano passadosó recebi uma vez. Estive aqui na se-mana passada e disseram que hojeia ter. Até o aparelho que me entre-garam para a medição da glicoseveio faltando peças, sem a pistola ea lanceta era de outra marca. Tentofazer um sacrifício e comprar, masquem não pode?", indagou.

Ellen Rissa, que por causa dadoença hoje sofre com o glaucoma,demonstrou muita indignação pelodescaso com que são tratados os de-pendentes do Sistema Único deSaúde (SUS). "Há mais de um anoenfrento essa dificuldade aqui. Pre-

ciso do Lantus e do Humalog, e sem-pre está faltando o Humalog. Hojevim pegar a insulina e estou voltan-do com um colírio. Disseram paraeu tomar outra insulina, a NPH, queera melhor do que ficar sem tomarnada, mas isso vai desorganizar omeu tratamento. Não estão se impor-tando com a nossa saúde. Me sintoao Deus dará, mas enquanto pudervou lutar pela minha saúde. Às vezesme tratam como se eu tivesse culpapor ter diabetes e nos atendem comose fosse um favor. Estou tendo atéque diminuir a quantidade de insu-lina que tomo para durar um mês.

Estou viva só Deus sabe". Já a técnica em enfermagem Isa-

dora Medeiros, que depende desdeos 15 anos da insulina disponibili-zada pelo sistema público de saúde,chegou a quase entrar em coma porfalta do medicamento e por não tercomo comprá-lo. "Preciso da insu-lina quatro vezes ao dia e estou atéusando uma só agulha para aplicarporque tenho que economizar. Paraquem paga seus impostos em dia,passar por uma situação dessa émuito triste. Estou vindo todos diasver se tem, mas enquanto isso vive-mos no desespero".

De acordo com o farmacêuticoresponsável pela dispensação demedicamentos especiais, AntônioMarcos, as insulinas em falta jáforam pagas, as notas já geradas,mas ainda não chegou a carga vindado Rio de Janeiro, prevista para serentregue desde a semana passada."Esta foi a informação que recebe-mos do Serviço de Assistência Far-macêutica, que o problema é sócom a entrega mesmo. Mas o novoprazo que nos passaram é que tudoestará sendo regularizado até a quar-ta-feira (29). Temos outras opçõesde insulina, como a NPH e a Re-

gular, mas a grande maioria quer aLantus. A NPH e a Regular é comose fosse o feijão com o arroz e aLantus é como se fosse um filé. Oproblema é que a NPH pode cau-sar hipoglicemia e a Lantus con-trola a glicose 24 horas e não temo risco de hipoglicemia, nem de hi-perglicemia. Só que estamos orien-tando aos pacientes que procuremseus médicos e vejam a possibili-dade de usar outra opção de insu-lina, como as que temos, ao invésda Lantus. Acredito que é melhorusar a NPH do que ficar sem nenhu-ma. Hoje temos a NPH e Regular

em refil, para usar com a caneta".O farmacêutico também disse

que está cada vez mais complicadotrabalhar no setor, devido ao com-portamento agressivo de alguns pa-cientes. "Quase todos os dias temoscasos de agressões verbais, emborafaçamos um atendimento diferen-ciado, com atenção farmacêutica.Os pacientes chegam aqui e sentamna minha frente, o atendimento épersonalizado".

Atualmente são 836 pacientesde diabetes em Natal catalogadosno sistema da Unidade Especial deDispensação de Medicamentos doPROSUS, da SMS. A insulina Lan-tus está faltando desde o dia 27 dedezembro. O consumo médio men-sal da Lantus é de 1.775 refis e doHumalog é de 581. Já a média deconsumo do Novorapid é de 150refis e do Levemir, voltado para pa-cientes com diabetes descompensa-da, é de 96 refis. Esta última insu-lina custa cerca de R$ 450. Fita e lan-cetas tem um consumo médio de100 mil por mês.

Pacientes diabéticos voltam asofrer com a falta de insulina

Fotos: Heracles Dantas

Fotos: Heracles Dantas

> PARA OBRAS DE MOBILIDADE

Semob interdita mais um trecho da Romualdo Galvão

“Às vezes me tratam comose eu tivesse culpa por ter

diabetes e nos atendemcomo se fosse um favor”

ELLEN RISSA, QUE POR CAUSA DO DIABETES HOJE

SOFRE COM O GLAUCOMA

Trecho interditado para a construção das trincheiras vai da avenida Miguel Castro até a Lima e Silva. Moradores e comerciantes terão acesso normal

> EROSÃO COSTEIRA

Prefeitura já tem nomes de especialistas cotados paraanalisar documento sobre obra definitiva em Ponta Negra

ASecretaria Municipal de Obrase Infraestrutura (Semopi) elaborouuma lista com cinco opções de es-pecialistas de renome nacional, paraque seja escolhido o responsávelpela análise de um termo de refe-rência para o estudo técnico e cien-tífico da solução viável para o pro-blema da erosão costeira nas praiasdo litoral potiguar, em especial, a de

Ponta Negra. O termo de referência, que é o

documento que dirá como será feitoo estudo técnico-científico da obra,deve ser apresentado até o dia 27de fevereiro aos órgãos que acom-panham de perto. Também deveser entregue até este prazo, o flu-xograma das etapas necessárias atéque possa ser iniciada a obra ade-

quada e definitiva.A maior parte dos estudos

aponta como solução o engorda-mento artificial da praia e tambémé cogitada a construção de espi-gões. O oceanógrafo e doutor emCiências do Mar, Eugênio Cunha,foi contratado pela Prefeitura paraassessoramento na fase de elabo-ração do termo de referência.

Acompanham de perto a buscada solução definitiva para a erosãocosteira, os Ministérios PúblicosEstadual e Federal, ProcuradoriaGeral do Estado, além de repre-sentantes da Secretaria de MeioAmbiente e Urbanismo (Semurb),Ministério da Integração Nacio-nal, Secretaria do Patrimônio daUnião, Ibama, Idema, Procurado-

ria Geral do Município e Associa-ção dos Barraqueiros de PontaNegra. Já foram realizadas duasreuniões entre os órgãos envolvi-dos e a próxima será realizada nodia 14 de março.

De acordo com o titular da Se-mopi, Tomaz Neto, a lista com ascinco opções de especialistas na-cionais para a análise de um termo

de referência será discutida emconjunto com os órgãos envolvi-dos, que serão responsáveis tam-bém pelo nome escolhido. "É im-portante que todo mundo partici-pe para que sejam tomadas as de-cisões acertadas e em conjunto, epara que não haja tentativas dequestionamentos futuros", disse osecretário.

PREVISÃO ERA QUE PROBLEMA FOSSE SOLUCIONADO NA SEMANA PASSADA

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> EXECUÇÕES CONTINUAM

Segunda-feira6 O Jornal de HOJE Natal, 27 de janeiro de 2014 Cidade

Dois jovens foram presos portentativa de homicídio na tarde deontem, pouco antes dos primeirosjogos na Arena das Dunas. Vesti-dos com roupas do ABC, a dupla ésuspeita de atirar contra torcedoresdo América. Os detidos foram en-contrados com uma arma. A tenta-tiva de homicídio ocorreu próximoa praça do bairro de Potilândia.

Um grupo de torcedores doAmérica estava caminhando a pépor volta das 14 horas em direçãoao estádio quando dois jovens emum veículo Gol branco, placaOGR-7983, efetuaram cerca de dezdisparos contra os torcedores. Apósidentificarem a presença de umaguarnição da Ronda Ostensiva comApoio de Motocicleta (Rocam),que estava fazendo a escolta dogrupo, eles tentaram fugir. Houveperseguição e a dupla foi detidanas proximidades da Igreja Uni-

versal, na Avenida Salgado Filho. Antônio Martins de Souza e

João Batista Moura Filho foram en-caminhados à Delegacia de Plan-tão da Zona. Foram encontradasduas armas de fogo, uma pistola380 e um revólver calibre 38, comos acusados.

Segundo as investigações daPolícia Civil, eles não fazem partede torcida organizada, no entanto,foi encontrado uma camisa do ABCFutebol Clube dentro do carro deles.Os dois confessaram ter atirado con-tra os torcedores, mas não reve-laram a origem das armas. Em de-poimento, a dupla alegou que haviasido provocada pelas vítimas, queteriam jogado uma pedra contra oveículo deles. Um dos acusados játem passagem pela polícia por crimede lesão corporal. A dupla per-manece presa aguardando decisãoda Justiça.

De acordo com o ComandanteGeral da Polícia Militar, CoronelFrancisco Araújo, o evento de es-treia com jogos oficiais na Arenafoi considerado tranquilo. A PMdisponibilizou para fazer a segu-rança dos jogos 400 policiais. "Tin-ham 140 PMs fazendo a proteçãono interior do estádio e 260 naronda nas avenidas que dão aces-so. O evento foi calmo, sem ocor-rências no interior do estádio e ape-nas uma registrada nas proximi-dades, sem vítimas ou feridos",afirmou Coronel Araújo.

Antes, no sábado, outras 19 pes-soas foram presas por atos de van-dalismo, em mais um protesto con-tra os gastos com a Copa do Mundoem Natal. O movimento reuniucerca de 100 pessoas na BR-101,que chegou a ser interditada, de-pois a manifestação seguiu em di-reção ao estádio Arena das Dunas,

onde uma tenda foi incendiada ecercas de proteção danificadas.

Os jovens que participaram doato, em sua maioria, estavam vesti-dos de preto e com os rostos cober-tos com camisas ou máscaras, práti-ca conhecida pelos "black block".Entre os jovens também estavamrepresentantes do Movimento PasseLivre (MPL) e da Assembleia Na-cional dos Estudantes (Anel).

O movimento tinha como ob-jetivo protestar contra a Copa emNatal, mas os jovens depredaramos arredores da Arena, atearam fogoem uma tenda, danificaram veícu-los que estavam estacionados nasproximidades, além de atingiremum policial com uma pedra. Os de-tidos foram levados para a delega-cia de plantão na zona sul. A BR-101 ficou bloqueada nos dois sen-tidos por algumas horas gerandotranstorno no trânsito da capital.

Um homem foi morto a tiros namanhã de hoje no bairro de Rosados Ventos, em Parnamirim, regiãometropolitana de Natal. De acordocom a Polícia Militar, Cleiton BrunoSilva do Nascimento tinha ido aoencontro de um homem, com quemele teria uma desavença. Ao ser abor-dado por Cleiton, o homem reagiue efetuou vários disparos.

Segundo o tenente JohnatanCampos, do 3º Batalhão de PolíciaMilitar o crime aconteceu por voltadas 9h30 desta segunda, na rua Fran-cisco Ferreira da Silva, próximo agaragem da empresa de ônibusTrampolim da Vitória. "Cleiton nãoestava armado, mas suspeitamos queele teria ido de encontro ao sujeitopara discutir", disse.

Ainda de acordo com o policialmilitar, após efetuar vários disparos,o homem fugiu do local. "A vítimafoi discutir com o homem, mas nãoesperava que o sujeito estivesse ar-mado. Após os disparos a vítima seevadiu. Estamos aguardando quepopulação faça alguma denúncia

para que sejam tomadas as devidasprovidências", afirmou.

Na noite de ontem, um homemnão identificado foi executado nacomunidade Santa Helena, no bair-ro das Quintas, zona oeste de Natal.De acordo com a Polícia Militar, de-talhes e o motivo do crime aindanão foram encontrados, porque pop-ulares que presenciaram, não quis-eram dar informações sobre o ocor-rido.

Em Assu, na região Oeste do es-tado, um jovem foi morto a tiros natarde de ontem. A vítima foi identifi-cada como Eric Martins de OliveiraJúnior, de 21 anos. Segundo infor-mações de populares, o jovem esta-va em um ponto de mototáxi quan-do dois elementos chegaram em umamotocicleta efetuando vários disparos.

Erick não resistiu aos ferimen-tos e morreu no local com quatrotiros. Os criminosos fugiram do localapós a execução. A Polícia aindanão sabe o que teria motivado ocrime, pois o jovem não tinha pas-sagens pela polícia nem envolvi-

mento com a criminalidade.

AFOGAMENTO EM JUCURUTUUm homem foi encontrado

morto, na madrugada de hoje, nabarragem de Oiticica, em Jucurutu,região Seridó do RN. De acordocom informações do Instituto Téc-nico Científico (Itep), o homem foiidentificado como Leonardo Hen-rique Araújo, 43 anos, natural domunicípio de Caicó.

De acordo com o laudo do Itep,o homem foi vítima de um afoga-mento por volta das 15 horas datarde de ontem. Ele teria ido passearcom alguns amigos na barragemquando sofreu o afogamento. Ocorpo foi encontrado na madrugadade hoje por populares que acionarama Polícia Militar.

De acordo com o policial mili-tar Marcos Dantas, o corpo tavaboiando às margens da barragem."Ele estava em bom estado de con-servação. Nas mãos ele segurava umpar de sandálias, que ficaram presasmesmo após ele morrer", explicou.

Na manhã de hoje, aproximadamente 40 pessoas bloquearam a BR-226, sentido Natal - Mangabeira,distrito de Macaíba, região metropolitana. O protesto foi composto por moradores da ComunidadeBarro Branco que pediam a instalação de radares de velocidade no trecho da BR próximo à comu-

nidade, devido ao número de acidentes que acontecem na região. Funcionários do Departamento Na-cional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) negociaram com o grupo e se comprometeram a insta-lar os equipamentos em até 28 dias.

PROTESTO BLOQUEIA BR-226

Homem é assassinado em Parnamirim em plena manhã

Homem ainda não identificado foi executado no bairro das Quintas. Polícia Militar ainda não tem pistas dos assassinos

Dupla é presa após atirar contra torcedores doAmérica; vândalos depredam Arena das DunasSEGUNDO A POLÍCIA, CERCA DE DEZ TIROS FORAM DISPARADOS CONTRA OS AMERICANOS, MAS NINGUÉM SE FERIU

Manifestantes incendiaram uma das tendas armadas em frente ao novo estádio

Torcedores do América foram atacados pouco antes do início da partida. Nosábado, novo protesto contra gastos da Copa levou manifestantes a Arena

Fotos: José Aldenir

Portal BO

Fotos: José Aldenir

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 7Natal, 27 de janeiro de 2014Economia

MARCOS AURÉLIO DE SÁ [email protected]

HOJE na Economia

Produtores visitam estação de pesquisa e conhecem tecnologias da Emparnn Um grupo de 26 pequenosprodutores rurais da região doMato Grande visitou semanapassada a Estação Experimen-tal de Terras Secas da Emparn(Empresa de Pesquisa Agrope-cuária do Rio Grande do Norte),no município de Pedro Avelino,para conhecer os resultados depesquisas nas áreas animal e ve-getal, desenvolvidas pelos técni-cos do órgão.nDo grupo constavam represen-tantes de assentamentos de refor-ma agrária nos municípios de Tou-ros, São Miguel do Gostoso ePedra Grande, convidados pelostécnicos do Instituto Potiguar deDesenvolvimento de Comunida-des (Idec), entidade que mantémcontrato com o Incra (InstitutoNacional de Colonização e Re-forma Agrária) para prestação deassistência e fazer extensão ruralno "Território da Cidadania" doMato Grande.nOs visitantes conheceram os ex-perimentos da Emparn com palmaforrageira adensada e irrigada, per-correram as instalações de caprinos

e ovinos (nas quais foram discuti-dos aspectos do sistema de cria-ção desses animais no semiárido),e no final tiveram uma exposiçãosobre bovinos da raça Sindi, de ori-gem indiana, criados na própriaEstação Experimental de PedroAvelino, animais de pequeno portee característica leiteira, totalmenteadaptados às regiões semiáridas.

Senac/RN treinouprofissionais paraa Arena das Dunas n Cerca de 500 trabalhadoresem fase de contratação peloGrupo Pepper's Hall para atuarna área de vendas de alimentose de bebidas no estádio Arenadas Dunas passaram, semanapassada, por workshops de trei-namento oferecidos peloSenac/RN (Serviço Nacional deAprendizagem Comercial).n Nos cursos foram abordadostópicos como "comunicação coma clientela", "comprometimentocom o trabalho", "agilidade no de-sempenho de tarefas" e "impor-tância do trabalho em equipe".n O Grupo Pepper's Hall, atra-vés da empresa 4FOOD, foi ven-cedor da concorrência para a ex-ploração dos serviços de restau-rante, bares e lanchonetes daArena das Dunas. Coube aogrupo a iniciativa de recorrer aoSenac para melhor preparar amão de obra a ser empregada.n O pessoal treinado começará aser convocado para assumir os em-pregos (nas funções de atendentesde quiosques, operadores de caixa,auxiliares de estoque e auxiliaresde logística) tão logo comece a au-mentar a demanda pelos serviços.

Natal sediará evento"Startup Weekend"n Natal receberá pela primeiravez uma edição do evento "Star-tup Weekend", voltado para aeducação empreendedora. Istoacontecerá entre os dias 21 e 23de fevereiro, no Instituto Metró-pole Digital, localizado no cam-pus central da Universidade Fe-deral do Rio Grande do Norte.n Interessados em participar jápodem se inscrever através do sitehttp://natal.startupweekend.org/.n O "Startup Weekend" é umevento mundial, que já vemsendo realizado em mais de 20países e que já ultrapassou o nú-mero de mil edições. O eventochega a Natal para proporcionara potenciais empreendedores eaos estudantes universitários aoportunidade aprender maissobre o empreendedorismo, ino-vação tecnológica e os modelosde negócios com maior possibi-lidade de êxito na atualidade.n A edição natalense contarácom convidados renomados domercado de "startups" do país.Como palestrante, o evento traráEdson Mackeenzy, fundador ediretor executivo do portal Vi-deolog.tv, a maior comunidadede produtores de vídeos do Bra-sil, coautor do livro "Internet -O Encontro de 2 Mundos". nOrganizado por seis jovens em-preendedores de Natal (RayannyNunes, Eduardo Agostinho, LeoUchôa, Arnóbio Medeiros, PhelipeCoutinho e Preta Emmeline) o even-to conta com apoio do Sebrae/RN,UFRN, Coca-Cola e Google for En-trepreneurs, .CO e Amazon WebServices.

Banco do Nordeste dá apoio financeiroa projetos de convivência com a seca n Começaram hoje as inscrições para o edital doBanco do Nordeste do Brasil destinado oferecerapoio financeiro a projetos de pesquisa e difusãode tecnologias voltadas para o combate à deserti-ficação ou para a convivência com as condições cli-máticas do semiárido nordestino.n O Banco estatal regional disponibilizará em 2014a soma de R$ 3 milhões (não reembolsáveis) para ocusteio dos projetos que vierem ser selecionados, uti-lizando para isso recursos oriundos do Fundo de De-senvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci).n O edital estará disponível para consulta no sitedo BNB até o dia 25 de abril. As propostas deve-rão ser apresentadas exclusivamente através da In-ternet. Para isso, os interessados (pessoas físicasou jurídicas) devem se utilizar do Sistema de Ge-renciamento de Convênios, no endereçowww.bnb.gov.br/fundeci. A divulgação do resulta-do da pré-seleção está prevista para 30 de junho.n Os temas e linhas de pesquisa, devidamenteenunciadas no edital, são propostos com o objeti-vo de atrair contribuições para o desenvolvimen-to socioeconômico do semiárido brasileiro e paraa mitigação dos riscos das operações de créditorealizadas nessa região, considerada prioritária paraas aplicações do Banco.n Gerenciado pelo Escritório Técnico de EstudosEconômicos do Nordeste (Etene), órgão vincula-do ao BNB, o Fundeci é pioneiro no fomento à pes-quisa e à difusão de tecnologias direcionadas às ati-vidades produtivas na área de atuação do Banco.

Ampliação da malha aérea de Natalserá discutida no 5o Fórum de Turismon A tendência de ampliação do número de voos

nacionais e internacionais que atenderão ao des-tino Natal no decorrer de 2014 será um dosprincipais temas a serem tratados no 5º. Fórumde Turismo do Rio Grande do Norte, agenda-do para os dias 19 e 20 de fevereiro no Centrode Convenções e promovido pela Argus Even-tos, empresa que tem à frente o economistaGustavo Porpino e o jornalista Antônio Rober-to Rocha.n Como uma das cidades-sedes da Copa doMundo, Natal viverá - especialmente no próximomês de junho - um período de intensa demandaturística. Assim, foram convidados para o Forumrepresentantes das maiores companhias aéreasque atuam no Brasil (Gol, TAM, Avianca e Azul)para que eles não apenas mostrem as soluções aque recorrerão para multiplicar a oferta de voosno período dos jogos, mas para que anunciem oque virá de benefícios para a nossa malha aéreaapós a entrada em operação do Aeroporto de SãoGonçalo do Amarante e a desativação do Aero-porto Augusto Severo.n Também está confirmada a presença no Forum,como palestrante, do presidente do Consórcio In-framérica, Alysson Paolinelli. O Consórcio, for-mado por grupos empresariais argentinos e bra-sileiros, ganhou o leilão para administrar o Ae-roporto de São Gonçalo pelos próximos 30 anose é o responsável pela execução final das obraspara que o equipamento entre em operação emabril próximo.n O 5º. Forum de Turismo contará com apoios daPrefeitura de Natal, Sistema Fecomércio/RN, Se-brae-RN, Banco do Nordeste, Natal Convention& Visitors Bureau, Abih-RN, Coohotur, TAM, Sin-dicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares,e do Praia Shopping.

Justiça define destino doantigo Hotel Reis Magos

MARCELO HOLLANDA

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Nas próximas 48 horas, nãomais do que isso, se saberá o rumodo pedido de liminar do promotordo Meio Ambiente João BatistaMachado, determinando à Prefei-tura de Natal que não forneça licen-ça para a demolição do hotel dosReis Magos enquanto não se tivercerteza sobre a relevância históri-ca do prédio abandonado há quaseduas décadas.

A informação é do gabinete dojuiz Airton Pinheiro, da 1ª Vara daFazenda Pública, onde está a ação.Hoje, o secretário de Turismo deNatal, Fernando Bezerril, que háanos têm procurado uma soluçãopara os escombros do hotel da Praiado Meio, lamentou que a soluçãodo problema continue esbarrandoem discussões bizantinas. Mas nãoquis polemizar.

"Longe querermos impor algu-ma coisa, mas o hotel é uma proprie-dade privada e sua restauração tor-nou-se inviável para os donos, quetêm uma proposta para livrar o localda deprimente visão do abandonoem que se transformou o ReisMagos", acrescentou.

Recentemente, o prédio protago-nizou um episódio bizarro, quandoum turista entrou para namorar equase foi devorado pelos cachorrosdos caseiros contratados para cui-dar do local. Há quem diga que senão fossem os cães, os ratos teriamdado conta do pobre coitado. Maisseguro era antes, quando carneiroseram soltos para comer o mato.

A ação do promotor João Batis-ta quer saber, de fato, se o hotel dosReis Magos tem ou não importân-cia cultural para a cidade. E ques-tiona se o prédio não poderia sermais útil a serviço de um órgão pú-blico, o que implicaria na sua desa-propriação - este sim um caminhoque promete ser longo e tortuoso.

Tudo isso começou com pedi-

do de tombamento feito à promo-toria pelo Instituto dos Amigos doPatrimônio Histórico e ArtísticoCultural e da Cidadania (IA-PHACC), uma sociedade civil quetrabalha com direitos humanos,civis, políticos, econômicos, sociais,culturais e ambientais.

No final do ano passado, a Ociplevantou a necessidade de resgatar -com 20 anos de atraso, é certo - maisesse patrimônio histórico da cidade.Com página no Facebook, o IA-PHACC vem se dedicando sistema-ticamente à revalorização de algumastradições com a ferroviária.

Hoje, o procurador geral do mu-nicípio, Carlos Castim, comentou o"imbróglio" em que vem se transfor-mando uma destinação para o hoteldos Reis Magos. Para ele, a questãodeve ser tratada com cautela, pois en-volve uma série de fatores a serempesados.

"Trata-se de uma propriedadeprivada e qualquer ação que envol-va uma desapropriação da área de-mandaria no mínimo cinco anos eisso passa por uma decisão políticado prefeito", afirmou.

HAJA PACIÊNCIAO problema, a esta altura, é saber

como andam os nervos dos donos do

hotel para enfrentar todo esse deba-te tardio. José Pedroza Filho, caçu-la de José Pedroza de Oliveira, fun-dador do Grupo de Hotéis Pernam-buco, é o herdeiro do imóvel porherança pelo valor inscrito de R$12 milhões. É cirurgião plástico bemsucedido e só assumiu essa parte doespólio por ser o mais jovem da fa-mília e teoricamente ter ao menosmais duas décadas para se envolvernesse problema.

O pai dele, José Pedroza, fun-dador do grupo, arrendou o hotel por10 anos, levou calote e ainda teve quepagar indenização para retirar os ar-rendatários do local. Aos 88 anos,sua paciência está esgotada.

Recentemente, ele foi convenci-do pelo secretário Fernando Bezer-ril de que deveria manter o projetoproposta pelo filho de demolir oimóvel e construir ali uma grandepraça com um centro comercial e,com o tempo, pensar em futuras ex-pansões de acordo com a evoluçãodo Plano Diretor da cidade.

"Interessa-nos o desenvolvimen-to da cidade, o enobrecimento daPraia do Meio, o crescimento do tu-rismo e da renda", afirma FernandoBezerril para justificar a ação delepara tentar uma solução negociadacom o clã Pedroza.

Abandonado há anos, prédio localizado em uma das áreas turísticas mais importantes do RN deve enfrentar nova polêmica

Promotor João Batista Machado quer saber relevância histórica do hotel para Natal

> ARTESANATO

Fiart: Média é de 6 mil visitantespor dia apenas no final de semana

Aberto para o público desde aúltima sexta-feira, só encerrando nopróximo dia 2 de fevereiro, a edição2014 da Feira Internacional de Ar-tesanato do RN (Fiart), em seu 19ºano, começou bem, registrando umamédia superior a seis mil pessoaspor dia no Centro de Convenções.

O evento, que este ano trouxeartesãos de 15 países, conta com 385estandes e deve superar a previsãoinicial de visitação em torno de 68mil pessoas. Apoiam o evento a Pre-feitura de Natal, Sebrae/RN, Minis-tério do Desenvolvimento da Indús-tria e do Comércio Exterior e do Go-verno do Estado, através da Secre-taria de Estado do Trabalho, da Ha-bitação e da Assistência Social.

Nesta segunda, dia da solenida-de de abertura oficial do evento, seapresentam no espaço cultural doevento o trio de forró Santa Maria,grupo juvenil do EDTAM, Trupi As-haki Cia de Dança, grupo culturaldo IFRN e da SEMTAS, banda demúsica de São Gonçalo do Amaran-te e show com Andrei e Andrezinhoe banda Café.

Na terça, dia 28, a programaçãocultural da Fiart apresenta os gruposculturais da FJA, IFRN-PELC, Alta

Tensão e Evidance, além da quadri-lha matuta Arraiá do Candieiro,banda de música da PM e show comWendel Martins e Lavour, fechandocom o forrozão de Messias Paraguai.

Aprogramação cultural da Fiartna quarta-feira começa com dançase rituais indígenas, show com o can-tor Sérgio Luiz (Canta Natal) e rea-lização do 12º Festival de Danças

Folclóricas e Contemporâneas comos grupos culturais de Monte Alegre,Filhos da Arte, Samba de Roda, NewDance, Côco de Calemba SGA, Sole Love de Serra Caiada, Reis Estre-la Dalva de São José de Mipibu, Artee Dança Enigma, Capoeira Celeirode Bamba, Xaxado de Ângela e Arez.O show de encerramento é com abanda Forró Rodado.

Fiart 2014 trouxe artesão de 15 países e conta com 385 estandes com produtos

Heracles Dantas

Heracles Dantas

EM ESCOMBROS, HÁ QUEM DEFENDA REFORMA DO PRÉDIO

Canindé Soares

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 9Natal, 27 de janeiro de 2014

Cultura

FIARTA 19ª Fiart prossegue no Pavilhão das Dunas do Centro de Con-

venções com a abertura oficial, nesta segunda-feira (27). Com a pre-sença das autoridades, o evento começa a partir das 18 horas, segui-do de visitação aos 385 espaços de venda. Para o público, a feira foiaberta na sexta passada e prossegue até o dia 2 de fevereiro, todos osdias, das 15 às 22h, com sua programação cultural a partir das 18h.Hoje tem trio de forró Santa Maria, grupo juvenil do EDTAM, TrupiAshaki Cia de Dança, grupo cultural do IFRN e da SEMTAS, bandade música de São Gonçalo do Amarante e show com Andrei e Andre-zinho e banda Café. Amanha (28), é a vez dos grupos culturais da FJA,IFRN-PELC, Alta Tensão e Evidance, além da quadrilha matuta Ar-raiá do Candieiro, banda de música da PM e show com Wendel Mar-tins e Lavour, fechando com o forrozão de Messias Paraguai.

MOSKA NO RIACHUELONo retorno do projeto MPB Petrobras, o cantor e compositor ca-

rioca Paulinho Moska é atração no dia 10 de fevereiro, no Teatro Ria-chuelo, às 20 horas. Com ingressos a preços populares: R$ 30,00 (in-teira) e R$ 15,00 (meia), à venda na bilheteria do próprio teatro, a noi-tada ainda terá a cantora Clara Menezes. O MPB Petrobras retorna aNatal para promover a democratizar o acesso a espetáculos de quali-dade. O projeto conta com o patrocínio exclusivo da Petrobras e é umarealização da Caderno 2 Produções Artísticas, com produção local deAgenda Propaganda.

PEÇAUma mistura de filmes franceses dos anos 1970, dança contem-

porânea, dramas familiares e fábulas infantis. Assim é a peça teatral“Ninguém Falou que Seria Fácil”, que chega a Natal em duas sessõesnos dias 31/01, às 20h, e 01/02, às 18h e 20h no Teatro Alberto Ma-ranhão (TAM). O espetáculo é apresentado pelo grupo Foguetes Ma-ravilha (RJ) e tem direção de Alex Cassal. A peça representa um jogode troca de papéis, após a conversa de um casal. Os três atores mudamde personagem e funcionalidade. O espetáculo dura 90 min. e a en-trada é franca.

JAZZ EM NATALA Green Point Produções foi buscar em Nova Orleans, berço do

Jazz, a cantora Eileina Dennis, eleita Female Vocalist Of The Year em2002 pela imprensa especializada, e o músico Leon Brown “Kid Cho-colate” para apresentarem juntos, em Natal, um tributo aos grandesnomes do Jazz Ella Fitzgerald e Louis Armstrong intitulado “The Ella& Louis Tribute Band”. A dupla será atração da primeira noite do 3ºMPB JAZZ, que acontece nos dias 30 e 31 de janeiro, no Teatro Ria-chuelo, às 20h (abertura das portas 1h antes). A classificação é 16anos.

FANTASTIC COMPANYSexta-feira (31), às 21h, o Peppers Hall será palco do lançamen-

to oficial da Fantastic Company, empresa com sede em Natal e atuan-te em quatro estados nordestinos. O evento terá como tema “A Fan-tástica Fábrica de Cupons” e deverá reunir cerca de 400 pessoas. AFantastic Company é uma empresa de Marketing Promocional que co-mercializa pacotes de cupons de desconto, em que o usuário adquireo cupom de forma gratuita. É só escolher a promoção e compartilharnas redes sociais. O valor com o desconto é pago ao próprio lojistaquando for utilizar o serviço.

TIRO PELA CULATRAA ideia do PT e do ex-presidente Lula de usar uma das maiores

paixões nacionais, o futebol, para implantar a tática socialista grams-ciana (aquela que sugere comer pelas beiradas, fingindo ser democrá-tico e bem intencionado, mas reescrever livros didáticos para a histó-ria se adequar a deles e criar novos mitos nacionais, como tem sidofeito) pode ter saído errado. Os protestos que estouram em várias ca-pitais, com Black Blocs, Rolezinhos e o djabo a quatro, foram impul-sionados pela gastança indiscriminada de milhões de reais com are-nas modernosas. Positivo ou negativo, é o maior legado da Copa, atéagora. Independente de terem a participação de partidos de esquerda,marginais ou do próprio governo, tem tudo para fugir do controle du-rante o torneio da FIFA. De alguma forma, pôs na mesa uma série demazelas que estava embaixo do tapete. Se algo vai mudar pra valernão sei. E o pior: cheio de petista impregnado com a balela de direi-tos humanos para baderneiros, ficará difícil reagir à altura.

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Canindé Santos

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CONRADO CARLOS

EDITOR DE CULTURA

A virulência é o grande baratoda literatura russa. Dizem que elafoi um fenômeno criado por inte-lectuais franceses na década de 1880,boquiabertos com a lista interminá-vel de autores que praticavam umaescrita e arriscavam temas incomunsno Ocidente. Existia uma sombriacuriosidade por aquele país imensoe quase primitivo. A descoberta deTolstoi e Dostoievski transformouo mercado das letras naquele fim deséculo. Mas cerca de trinta anosantes, um filho de um coronel doExército e de uma megera que açoi-tava a criadagem em seu castelocom mais de 40 cômodos, impactoua cena literária parisiense, após es-tremecer conterrâneos ao jogar luzno arranjo social semifeudal: o aris-tocrata Ivan Serguêievitch Turguê-niev.

A obra que serviu de estopimpara seu sucesso foi “Memórias deum Caçador” (Editora 34), reuniãode contos publicados em diversasrevistas e agrupados em livro em1852. São relatos simples, a priori,com descrições da natureza e con-tatos entre nobres e mujiques suge-rindo um ‘nada demais’ a cada nar-rativa encerrada. Só que o choque dabrutalidade e soberba dos senhores

com a degradação física e reservamoral do homem do campo com-põem relatos impressionantes sobreuma Rússia que a Europa tentou do-minar de todo jeito. Mesmo avessoà política, a coletânea de Turguê-niev supostamente teria influencia-do o czar Alexandre II a liberar osservos em 1861, fato histórico maisimportante do país, à época, esface-lado pela tirania de Nicolau I – emotivo de um orgulho desmedido doautor.

O mito Turguêniev (1818-1883)chegou a tal ponto que ele teve seuretrato queimado em praça públicapelos ‘black blocs’ russos de então,em eventos de forte agitação políti-ca. Daí sua fuga para Paris, ondeencontrou ambiente fértil para sua fi-dalguia pouco afetada – era cortêse falava todas as línguas indo-euro-peias. Logo virou uma das peçascentrais nos jantares dos irmãos Gon-court, admirado por Carlyle, EmileZola, Gustave Flaubert e HenryJames, que o teria comparado a umdono de fazenda de algodão no Mis-sissipi simpático às ideias do Norteamericano (industrializado). Foinesse caldeirão cultural que ele es-creveu seu livro mais importante,“Pais e Filhos”, de 1862, para setornar o primeiro escritor russo denome, no exterior.

Seu forte eram experiências vi-

vidas. Sem elas, dizia que não sabe-ria o que escrever. Em meio à tetra-zes, codornizes e galinholas, Tur-guêniev, em “Memórias de um Ca-çador”, fala da vida distante dosgrandes centros (Moscou e São Pe-tersburgo). Em “O gerente”, um ca-pataz corrupto e violento assola umacomunidade, sob as barbas de um se-nhor que endossa o comportamen-to do funcionário em troca do im-posto pago em dia pelos mujiques.O autor sempre é um caçador quetrava contato com os cenários emquestão. Já em “O Prado de Biéjin”,conto adaptado por Sergei Eisensteinpara o cinema, o misticismo da flo-resta assombra cinco meninos queconversam em um acampamento,vigiados por um nobre de bom co-ração, perdido após uma caçada queadentrou a noite.

Todas as histórias são ambien-tadas na província de Oriol, terranatal de Turguêniev – com a mortedos pais, herdou uma propriedade,centenas de servos e virou rico. Seuspersonagens não tinham a força psi-cológica dos de Dostoievski, nem apregação social de Tolstói. Mas sãodotados por uma sutileza ímpar nahora de expor a divisão de classesque gerou uma série de manifesta-ções, que culminariam na Revolu-ção de 1917. A publicação dos 25contos de “Memórias de um Caça-

dor” foi autorizada por um censoramigo da capital, pois São Petersbur-go era mais exigente com os contrá-rios. “O médico do distrito”, “Bi-riuk” e “O fim de Tchertopkhánov”se destacam, na vasta possibilidadeque mais um lançamento da obradeste autor que, tanto tempo depois,permanece fundamental – sobretu-do para nordestinos, cuja estruturasocial interiorana é semelhante a daRússia feudal do passado.

REUNIÃO DE CONTOS DE IVAN TURGUÊNIEV, EM 1852, FOI MARCO NA LITERATURA

OCIDENTAL; LIVRO COM CONFLITOS ENTRE NOBRES E CAMPONESES É REEDITADO

Memórias de um caçadorAutor: Ivan TurguênievEditora 34Preço médio: R$ 59

POÉTICA DASERVIDÃOPOÉTICA DASERVIDÃO

Ilustração do quadro Family Quarrel (1890), de Konstantin Savitsky

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Ese amanhã, porartes de Deus ouartimanhas do de-

mônio, fosse preciso respon-der onde mora a dúvida, qualseria a resposta certa: emFernando Bezerra ou Henri-que Alves? Há resposta paratodo gosto. E se a indefini-ção não aflige aos artífices,revela a insegurança de umpartido que ao longo das úl-timas décadas, a não quandodas candidaturas de Garibal-di Filho - uma a prefeito eduas a governador - desa-prendeu a boa arte de lutarcom destemor.

Essa fragilidade de qua-dros nas oligarquias disfarça-das pelo voto mostra um par-tido no qual só crescem osnomes da família detentorade sua máquina. Não é quetodos eles não sejam capazes.São. Estranho é não existirmais ninguém, a não ser quando a conveniência e a precaução con-fabulam em sentido contrário. Como agora, quando a usinagemaquece as cremalheiras em favor de Fernando Bezerra. O risco nãointeressaria a ninguém da família?

Quem afastar os tons da paixão que sempre tingem a visão po-lítica nos processos de definição ou disputa logo vai constatar quenada é mais improvisado do que a escolha do ex-senador Fernan-do Bezerra. Tão improvisado que o noticiário em torno do fato so-freu as mais diversas intempéries e contradições, e acabou assu-mido pelo deputado Henrique na hora de desmentir sua própria can-didatura como se esta decisão não tivesse uma magnitude política.

A escolha sequer teve mé-todo para fazê-la cumprir umordenado processo político,claro e consistente, dentro efora do partido, aglutinandoraras forças nas esferas públi-ca e privada. A experiência queBezerra detém, como líder em-presarial de expressão nacio-nal e senador por de 12 anos- ao longo dos quais foi mi-nistro de estado e líder de go-verno - é indispensável ao go-vernante da reconstrução quenão seja somente um apelo demarketing.

A flagrante falta de mo-dernidade política na hora emque o povo retoma o caminhodas ruas, revela o estilo oligár-quico de um grupo familiarque teima em impor seusnomes a partir de reuniões nocafé da manhã ou na sala dejantar. Ninguém negaria queos Alves são excelentes admi-

nistradores do espólio político de Aluizio Alves, seu gran-de construtor, mas com os Alves ninguém se consagra, anão ser os próprios Alves, como em toda oligarquia.

Quem ouvir com isenção o concerto das vozes familia-res ouvirá contradições que parecem desordenadas, mas cum-prem um estilo que é seu próprio método. Aquela loucura es-tudada, de Polônio, em Hamlet, de Shakespeare. Há os quevotam Fernando. Outros apontam a derrota. Há os que que-rem Henrique e Wilma para o Senado. E os que vetam Wilmae preferem Fátima. Tudo nascido da mesma voz, com seusmais diversos timbres...

Segunda-feira10 O Jornal de HOJE Natal, 27 de janeiro de 2014 Cidade

Cena UrbanaVICENTE SEREJO - [email protected]

Daniela Freire II

POLÍTICA E SOCIAL - TACIANA CHIQUETTI (Interina) - [email protected]

I

wVAIA INAUGURALNos jogos inaugurais do estádio Arenadas Dunas, neste domingo (26), alémde sonora torcida para os times locaise aplausos ao hino nacional na voz deRoberta Sá, também houve vaias nascadeiras.

>>> O motivo foi a citação do nome da go-vernadora Rosalba Ciarlini (DEM) na lo-cução da cerimonial.

>>> Bastou tocar no nome da Rosa para azuada tomar conta do estádio.

>>> Mas não foi somente a chefe do Execu-tivo estadual a “contemplada”. O nomedo secretário de Estado Demétrio Tor-res também gerou reação do públicopresente.

>>> Fonte antenada contou que Rosalba as-sistiu à programação de um camarote.

>>> “Por motivos óbvios, preferiu não seexpor ao público”, disse.

w EM OUTRO PONTO DA CIDADENa agenda do fim de semana, o prefei-to Carlos Eduardo (PDT), por sua vez,trocou o Arena das Dunas pela procis-são de Nossa Senhora dos Navegantes,na Redinha.

>>> Manteve a tradição de marcar presença,no evento religioso, todos os anos.

wNOS ALPENDRESNa casa de praia da deputada SandraRosado, em Tibau, neste final de sema-na, uma reunião-almoço reuniu correli-gionários do PSB, lideranças políticas daregião e jornalistas.

>>> A presidente do PSB/RN, Wilma deFaria conversou com os vários grupos,dando prosseguimento às consultas quevem fazendo desde 2013, sobre os rumosque sua legenda deverá tomar para aseleições.

>>> Ela disse que poderá tomar decisão sobrecandidaturas até o final de abril. Até lá,pretende ampliar diálogos com os demaispartidos.

Márlio Forte

Trio PSB Wilma de Faria, Sandra e Larissa Rosado na casa de praia da deputada federal, em Tibau

Divulgação

Divulgação

“Jornalista do bem” Flávio Rezende e meninos da escolinha da futebol da Casa do Bem em dia

inesquecível nos primeiros jogos do Arena das Dunas

Vereadores Hugo Manso (PT), Julia Arruda (PSB) eEleika Bezerra (PSDC) em evento da OAB-RN contra

a extinção da Secretaria da Mulher em Natal

Márlio Forte

Deputado Kelps Lima entrega livro de Canindé Soaresa Aécio Neves, em São Paulo

Marco Pólo

Prefeito Carlos Eduardo prestigia procissão de Nossa Senhora dos Navegantes, neste domingo, na Redinha

w ANOTE - INinguém se iluda pensando que a depu-tada Fátima Bezerra ensarilhou as armassó porque as especulações apontam aex-governadora Wilma de Faria comonome do PMDB ao Senado.

w BEM - IIColocada nas pesquisas a senadora, nadaimpede que a deputada petista venha aser o nome do Senado ao lado de Wilmade Faria e se esta for candidata ao go-verno. Impossível não é.

w ALIÁS - IIISe o PMDB pode ser aliado do DEMtendo um ministro no Governo DilmaRousseff, em razão das circunstâncias lo-cais, nada pode impedir que Fátima eWilma lutem como aliadas.

w FEIO - ICada dia mais fica patética postura darepresentação do Patrimônio Históricono Estado com o embargo na substitui-ção do piso do auditório do InstitutoHistórico que sequer é original.

w MEMÓRIA - IIColocado nos anos cinquenta e depoisrecoberto com carpete durante as últimasdécadas, o embargo não passa de umcapricho legalista típico das mentalida-des da burocracia pública.

w ABUSO - IIIO abuso desconhece o grande esforço doescritor Valério Mesquita, presidente doInstituto, para salvar o grande acervohistórico, este sim, com fontes indis-pensáveis à história do RN.

w SOBRAPara estrategistas da oposição 'no acor-dão de forças liderado pelo deputadoHenrique Alves, por mais amplo queseja, vai sobrar gente. Não haverá espa-ço pra tantos sonhos e ambições'.

w PREÁVem ai mais uma edição da revista Preá,sob a direção editorial de Adriano deSouza. E na pauta, entre outros temas,uma pequena antologia poética de poe-mas indicados por leitores.

w MÉRITOO Conselho Federal de Farmácia outor-gou sua Medalha do Mérito Farmacêu-tico a Sylvia Fonseca pelos excelentesserviços prestados ao Rio Grande doNorte como microbiologista.

w BOATOFicou feia na fala do vigário da Redi-nha antes da celebração da missa deNossa Senhora dos Navegantes ao tra-tar de um boato envolvendo liberação deuma ajuda oficial de R$ 100 mil.

w MENTIRANunca houve a ajuda da Prefeitura ouqualquer instituição pública, é verdade.Mas tratar a questão ao lado do altaracabou valorizando questiúnculas pa-roquiais durante a celebração.

w PRELOEm fase de planejamento uma nova re-vista literária, iniciativa de um grupo deescritores na luta pela divulgação domovimento literário estadual. Sem otempero oficialesco de sempre.

w HUMORNuma faixa de uma casa da Redinhabem de frente à igreja de pedras pretastem um aviso assim: 'Mijão: 1,00'. Se ummijão paga um real, quando se pagariapor um mijinho básico?

w RISCOAs motos continuam livres de fiscaliza-ção no litoral entre a Redinha Velha eSanta Rita. Os bombeiros salva-vidasnão são responsáveis pelo patrulhamen-to. Falta a ação dos policiais.

O estilo é o método?

w PETIÇÃO ELETRÔNICADepois de se reunirem, na última semana,para falar sobre a possibilidade de extinçãoda Secretaria Municipal da Mulher (Semul),na sede da OAB-RN, o Conselho Munici-pal da Mulher, entidades ligadas à defesa dosdireitos humanos e da mulher, o grupo Ar-ticulação de Mulheres Brasileiras (AMB) evereadores de Natal pretendem criar peti-ção eletrônica sobre o assunto.

>>> O objetivo é ampliar o debate e mobilizara sociedade sobre a importância da pasta.

wOPERAÇÃO BALADAAação de fiscalização "Operação Balada", rea-lizada pelo Procon Municipal, em parceriacom a Delegacia do Consumidor e GuardaMunicipal, resultou na autuação de cinco es-tabelecimentos da capital.

>>> A operação teve por objetivo verificar ocumprimento da legislação de defesa doconsumidor nos bares e boates de Natal.

>>> Entre as principais irregularidades, estavama cobrança de couvert artístico sem o pré-vio conhecimento do consumidor e ausên-cia da informação sobre o pagamento facul-tativo da taxa de serviço (10%).

wMALHA AÉREAAs tendências para a malha aérea de Natalserá um dos temas abordados no 5º Fórumde Turismo do RN, nos próximos dias 19 e20 de fevereiro, no Centro de Convenções.

>>> Neste ano de intensa demanda, por causa daCopa do Mundo, o encontro dos represen-tantes de todas as companhias aéreas (Gol,Tam, Avianca e Azul) é um dos mais aguar-dados pelo público, já que eles falarão sobreo potencial e as soluções do transporte aéreono RN.

wMPB E JAZZMúsica Potiguar Brasileira e Jazz, em versãogenuína, é a proposta do 3º MPB JAZZ, queacontece nos dias 30 e 31 de janeiro, a partirdas 20h, no Teatro Riachuelo.

>>>O evento apresenta Simona Talma (Natal),um tributo a Ella Fitzgerald e Louis Arms-trong intitulado “The Ella & Louis TributeBand”, por Eileina Dennis e Leon Brown(Nova Orleans), Duo Taufic (Natal), Auro-ra Neadland (Nova Orleans) e traz de voltaà Natal, a nova diva do jazz de Nova Or-leans, Germaine Bazzlle.

...do vereador Hugo Manso:“Quando perguntei a Cafu suaopinião sobre o Gramado dasDunas ele: ‘tô com vontade decolocar chuteiras’”.

...do médico Mádson Vidal:“E o poder público não estánem ai para as crianças car-diopatas pobres do nossoestado. Continuam semassistência. Risco de morte”.

...do cientista políticoGaudêncio Torquato: “Muitotrabalho. Tentando fechar meu

12º livro. Um Manual do NovoMarketing Político. Uma visãocrítica das velhas receitas”.

...do palestrante JussierRamalho: “A vida é umaeterna mudança, no passadovocê daria a vida por alguémque hoje não faz a menordiferença pra você, pensenisso”.

...do jornalista Alex Medeiros:“Não me fale em ‘black bloc’que eu sou do tempo do BlackSabbath”

GIRO PELO TWITTER

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Segunda-feira O Jornal de HOJE 11Natal, 27 de janeiro de 2014CidadeCidade

Alex [email protected]

POR JOÃO DOMINGOS

O cenário econômico ruim e a expectativa doretorno dos protestos populares durante a Copa doMundo fazem com que o governo federal, o PT epartidos aliados deem como certo que a eleição pre-sidencial deste ano só será decidida no 2.º turno.

Somam-se a esses fatores o desgaste da máqui-na do governo, que vai completar 12 anos sob ocomando petista, além do surgimento de novascandidaturas nunca antes testadas pelo eleitor emnível federal, como as do senador Aécio Neves(PSDB-MG) e a do governador de Pernambuco,Eduardo Campos (PSB).

"A disputa será muito difícil. Não temos ex-pectativa de vencer no primeiro turno. Por isso, opatamar dessa campanha é vencer a eleição", afir-mou o ministro da Secretaria-Geral da Presidên-cia, Gilberto Carvalho, em recente reunião para tra-tar da campanha petista.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, porintermédio de sua assessoria, foi na mesma linhade Gilberto Carvalho: disse que não trabalha coma possibilidade de vitória no primeiro turno. O ce-nário também tem sido traçado pelo ex-presiden-te Luiz Inácio Lula da Silva nas conversas quevem mantendo com a direção do PT e aliados.

O mesmo declarou o vice-presidente da Câma-ra, deputado André Vargas (PT-PR). "O PT traba-lha com o 2.º turno. Mesmo quando o governoLula deslanchou, em 2006, houve 2.º turno, o quese repetiu na eleição da presidente Dilma Rousseff.O natural é que haja 2.º turno".

Muito diferente, portanto, do levantado pelomarqueteiro João Santana, em outubro, em entre-vista à revista Época. Na ocasião, ele previu umavitória fácil da presidente porque, segundo ele,"ocorrerá uma antropofagia de anões".

Procurado pelo Estado para falar sobre a pos-

sibilidade de vitória de Dilma no primeiro turno,por telefone e por e-mail, Santana não respondeuse suas previsões ainda se confirmavam.

É justamente esse cenário indefinido que fazcom que Lula tenha orientado Dilma a, desde já,amarrar as alianças políticas, por meio da reformaministerial e da concessão de espaço nos Estados,para que nenhum dos atuais aliados possa trocaro PT pelas candidaturas adversárias.

Nos últimos dias, Rui Falcão pegou a estradapara resolver pendências em Brasília, Recife, Natal,João Pessoa e Vitória. Os aliados também já pre-veem a disputa em dois turnos. "Não acredito emvitória no primeiro turno. O exemplo está aí nastrês últimas eleições", disse o líder do PMDB naCâmara, Eduardo Cunha (RJ). "Acho que vai ter2.º turno", declarou o presidente do PP, senador CiroNogueira (PI).

Oposição. Principais candidatos da oposição,Aécio e Campos fizeram pacto de não agressãocomo estratégia para levar a disputa ao 2.º turno.O alvo de ambos será único: Dilma. "Vamos con-versar sempre. Não existe entre nós a possibilida-de de uma briga. Ninguém vai ousar mais do querecomenda a disputa saudável", disse Campos aoEstado.

Ele disse ainda ter feito acordo com a ex-mi-nistra Marina Silva para enquadrar todas as alasda Rede, que se abriga no PSB, e que, vez poroutra, ameaçam uma crise na coligação. Na quin-ta-feira. Marina desautorizou a ala mineira da Redeque atacou a aliança com o PSDB.

Para Aécio, o 2.º turno é certo. "Quando nãohá uma convicção clara a favor da manutenção dogoverno, a população aposta no segundo turno. Éo que vai ocorrer. O índice de aprovação do atualgoverno e aquele que aponta os que querem mu-dança indicam isso", afirmou ao Estado. (JD no Es-tadão)

AÇÕES ELEITORAISA governadora Rosalba Ciar-

lini (DEM) ainda poderá enfrentarnovas sentenças de afastamentopela Justiça Eleitoral. Há quatroações para serem julgadas pelopleno do Tribunal Regional Elei-toral, que deverá novamente deci-dir pela cassação do mandato.

TENTAÇÃOOs wilmistas andam empolga-

dos com a receptividade da sua lídernas ruas do interior, tratada comopré-candidata a governadora,mesmo com Wilma demonstrandoapetite para o Senado. O PSB na-cional sonha com um palanque noRN para Eduardo Campos.

É OU NÃO É?Não está fácil para o deputado

Henrique Alves convencer as basesdo PMDB e também a imprensa deque o candidato do partido ao go-verno é Fernando Bezerra e nãoele ou Garibaldi Filho. Quanto maishá dúvidas, mais Wilma desconfiade uma aliança.

O VICE QUERA visita do presidente nacio-

nal do PT, Rui Falcão, vitaminou

o desejo da deputada Fátima Be-zerra em disputar o Senado, mesmosem aliança com o PMDB. E abriuperspectivas de uma chapa comRobinson Faria ao governo, comoele disse querer.

19 MILNão fosse a novidade de um es-

tádio novo, emulado num amploapelo midiático, e as duas partidasda Arena das Dunas não teria atraí-do mais do que os gatos pingadosde sempre. O público foi ver a obrade engenharia e não a falta de obrade arte no gramado.

BILHÕESO custo das arenas da Copa do

Mundo no primeiro levantamentotécnico da CBF em 2007 era deR$ 2,6 bilhões. Na última estima-tiva oficial, a coisa explodiu paraR$ 8,9 bilhões, como mostra hojereportagem especial do diário OEstado de S. Paulo.

ECONOMIAPoucos dias depois da militân-

cia virtual eleger Luiza Trajano anova Rosa Luxemburgo da esquer-dopatia jeca, as previsões oficiaissobre os índices econômicos no

Brasil apontam queda de cresci-mento, mais inflação e permanên-cia da paralisia do PIB.

REPERCUSSÃOO jornal britânico The Guar-

dian, um dos mais importantes daEuropa, publicou ontem reporta-gem especial sobre o Brasil, mos-trando o quadro real que o gover-no Dilma Rousseff não exibe aomundo, como fez em Davos. Textopara salvar e arquivar.

REPERCUSSÃO IIAs manifestações contra os

gastos e a corrupção na Copa foramestampadas ontem nos sites inter-nacionais e estão destacadas hojeem jornais da Itália, Inglaterra, Es-panha, Alemanha, Portugal, Fran-ça, Suíça, Rússia, Bélgica, Holan-da e Croácia.

LIVRO-BOMBAHá 33 dias que o livro de

Romeu Tuma Jr., "Assassinato deReputações - Um Crime de Esta-do", escrito pelo jornalista Clau-dio Tognolli, está na liderança dosmais vendidos da Livraria Cultu-ra, da Amazon e entre os três maisvendidos da lista de Veja.

Eleição vai ao segundo turno, já admite PT

ANDAR DE NOVODepois do exoesqueleto japonês (o Hybrid Assistive Limb) que desde março do ano passado faz andar pessoascom deficiência física, agora é a empresa americana Ekso Bionics que anuncia a aposentadoria das cadeiras de

rodas com o seu exoesqueleto que fará andar pessoas paraplégicas com até 100 quilos. O equipamento já é utilizado em 13 centros de reabilitação dos EUA e um da Itália.

Danilo Sá[email protected] / [email protected] / Twitter: @DaniloSa

“”

Gira MundoO custo dos estádios

para a Copa do Mundo jásupera em mais de trêsvezes o valor informadopela CBF à Fifa quando oBrasil apresentou seu pro-jeto para sediar o Mundial.Cópia do primeiro levanta-mento técnico da Fifa sobreo País, fechado em 30 deoutubro de 2007 e obtido pelo jornal "O Estado de S. Paulo", infor-mava que as arenas custariam US$ 1,1 bilhão, cerca de R$ 2,6 bilhões.A última estimativa oficial, porém, dá conta de que o valor chegará aR$ 8,9 bilhões. AArena das Dunas (foto) custou R$ 400 milhões.

“Passado um ano datragédia em Santa Maria,a tristeza ainda está viva

em nossos corações”

DILMA ROUSSEFF

RELEMBRANDO O TRÁGICO DIA EM QUE 242 JOVENS

MORRERAM NA BOATE KISS, EM SANTA MARIA (RS)

Divulgação

RUY CASTRO

COLUNISTA DA FOLHA DE S. PAULO

Na próxima vez que você es-quecer o nome do seu neto, nãotiver certeza se já tomou banho ounão se lembrar por que saiu de casacom um envelope endereçado efechado contendo uma carta, nãose desespere. Pode não ser --ainda-- a chegada do velho Al (AlZheimer, conhece?) ou de algumaoutra forma de demência senil. Es-tudos recentes de cientistas alemãesindicam o contrário: quem maisesquece é o homem que sabe de-mais.

Segundo eles, o cérebro doidoso, se não reage de pronto a cer-tas solicitações, não é porque es-teja com as porcas e arruelas en-ferrujadas ou sendo apagado aospoucos como um quadro-negro. Éporque levou décadas armazenan-do informações. E, por ele contergigantescos blocos de informações,mais complexa e lenta será a buscaentre elas de informações novas. Écomo o disco rígido do computa-dor que, por estar "cheio", demo-ra mais para processar os dados.

Essa não é uma imagem, masum diagnóstico. Os alemães sim-ularam em computador o desem-penho de bancos de dados maiorese menores --esses últimos, equiv-alentes ao cérebro de um jovemadulto-- e constataram que a difer-ença não estava no desgaste do ma-terial, aliás inexistente, e sim nacarga de dados.

Gostei dessa descoberta, maseu próprio já havia chegado a elasem precisar de simulações. Hátempos venho percebendo queminha lentidão para gravar certasinformações se dá porque o espaçona cabeça está ocupado com de-talhes da trama de romances como"Scaramouche", "O Pimpinela Es-carlate" e "Elzira, a Morta-Virgem",gibis de Mandrake, Dick Tracy eBrucutu, cenas de beijo de filmesde Marisa Allasio, frases do Mil-lôr, tratados de fenomenologia deHusserl e letras de marchinhas deCarnaval como "Aurora", "Saçar-icando" e "Tem Nego Bebo Aí".

Não que as ditas informaçõesnovas merecessem ocupar o lugardessas maravilhas. (Artigo publi-cado pela Folha em 27/01/2014)

ESTÁ VALENDOFinalmente a bola rolou no gra-

mado do Arena das Dunas. Paraquem teve a oportunidade de assis-tir as primeiras partidas do novo es-tádio, a impressão, certamente, foidas melhores possíveis. A obra temnível de primeiro mundo e, é sim, umdos mais belos construídos pelo paíspara a Copa do Mundo de 2014.Mas, há algumas observações a sefazer. Vamos a elas.

ERRO BÁSICOO primeiro ponto foi a falta de

orientadores para colocar todas aspessoas nas suas devidas cadeiras,já que os torcedores compraram seuslugares numerados. Se não for assim,melhor extinguir o quanto antes estacondição. O que não dá, é vender aotorcedor algo e, na hora, ter outrapessoa sentada onde deveria ser seuespaço. Pior foi a falta de preparo deseguranças para conseguir organi-zar esta situação.

VERDÃO PREJUDICADOTambém é importante ressaltar

que, além dos gols, a Arena já teveseu primeiro grande erro de arbi-tragem. O juiz Lenílson de Lima fezque não viu o pênalti cometido peloABC em cima do atacante ale-crinense. Aliás, viu, mas marcoufalta fora da área. O bandeirinha,que assistiu a tudo de camarote,preferiu se omitir ao “equívoco” dojuizão. E, com essa, tiraram a chancedo empate do Alecrim.

VERMELHOU?A imprensa nacional deu

destaque neste final de semana apostura adotada pela cúpula da can-didatura de Eduardo Campos a pres-idente da República. O pernambu-cano já não esconde que prefere terWilma de Faria candidata mais umavez ao governo do Estado em 2014.Mas, por enquanto, o discurso in-terno é que a vice-prefeita aindaprefere o Senado. Será?

SOBRE POÇOS ILeitor assíduo da coluna e fiel

torcedor alecrinense, como este quevos escreve, manda e-mail para co-mentar artigo principal deste es-paço publicado no último sábado(25). “Com relação a sua crônicasobre poços, discordo de você. Opoço foi perfurado em plena cam-panha política no local em que amaioria dava a entender que votariacontra a candidata de Rosalba. Pla-giando o Jornal de Hoje 'Perguntarnão paga imposto’, quantos poçosforam perfurados em Mossoró apósas eleições Municipais?”

SOBRE POÇOS IIA pergunta do leitor, que pref-

ere não se identificar por temer re-taliações, tem sentido e sua respostamerece sim atenção por parte dopoder judiciário. Em tempo, apesarde defender a perfuração de poços,este colunista defende sim o com-bate ao uso político destas obras.

MEDO ELEITORALA presidente Dilma Rousseff

não gostou das notícias sobre osprimeiros protestos do ano. Arepetição das cenas de destruição edas críticas ao poder público pelosgastos com a Copa do Mundo jáligou o sinal vermelho no Planal-to. A petista ainda lembra da quedaassustadora de sua aprovação em2013 e, teme a repetição desse fatonos próximos meses, que serão de-cisivos para a campanha eleitoral.É a luta.

VANDALISMOEm tempo: mais uma vez a

Polícia Militar demorou para en-trar em ação na manifestação real-izada em Natal. Ora, em que lugardo mundo 70 pessoas têm direito afechar uma rodovia? Pior, onde jáse viu permitir a tentativa de de-struição de uma obra por uma mi-noria dessa forma? É preciso com-bater e punir os vândalos.

José Aldenir

Disco ocupado Megafone

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Segunda-feira12 O Jornal de HOJE Natal, 27 de janeiro de 2014

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O Jornal de HOJE 13Natal, 27 de janeiro de 2014

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Segunda-feira14 O Jornal de HOJE Natal, 27 de janeiro de 2014 Esporte

Fábio [email protected]

EM GRANDE ESTILONa estreia da Arena, Roberto Fernandes surpreendeu a imprensa

e os torcedores ao trocar o habitual uniforme de jogo por um blacktie de grife italiana. De acordo com o elegante treinador, a ocasião exi-gia uma roupa especial.

Equipes empolgaram

EVASÃOA Arena das Dunas já começou mostrando o problema que

atinge quase todos os estádios brasileiros. A renda bruta foi deR$ 469.230,00 para 16.552 pagantes. Público não pagante somou2.692 torcedores e o público total foi de 19.244 presentes. Se acarga total de 27 mil ingressos esgotou, aonde foram parar os out-ros 7.756 bilhetes?

NONONONONONONONONONONONON

Se das arquibancadas a inauguração da Arena das Dunas foi umesplendor, dentro de campo as equipes não decepcionaram. Depois decinco rodadas, Roberto Fernandes parece ter encontrado a espinhadorsal da equipe. Bruno Fuso, Patrick, Samuel, Daniel Paulista, Somália,Beto, Gilmar e Lúcio Flávio foram muito bem na vitória sobre o Ale-crim. Maicon Talhetti fez uma estreia um tanto tímida e não empol-gou o torcedor. Talvez um outro camisa 10 seja anunciado ainda nestasemana. Um vitória convincente que trouxe alívio ao torcedor e deixouo ABC na vice-liderança do grupo da capital. Já o América sentiu umpouco as fracas apresentações de Rafinha e Alfredo, mas mostrou aoseu torcedor que tem elenco. Rubinho e Isac entraram muito bem nosegundo tempo e colocaram o time no ataque. Ainda quis o destinoque o primeiro gol da arena fosse marcado por um zagueiro. Adalbertogravou o seu nome na história do futebol potiguar, juntando-se aWilliam.

ERROUNo lance do pênalti a favor do Alecrim, o árbitro Lenilson de

Lima estava a dois metros da jogada e mesmo assim preferiu darfalta fora da área. Não marcou penalidade porque não quis. WassilMendes reclamou com razão.

ACESSIBILIDADEAs obras de entorno da Arena das Dunas ainda não estão con-

cluídas. Mas o trânsito teve boa fluidez ontem por conta do esque-ma montado pela Semob. Um detalhe interessante, três dos 19portões contam com rampas para deficientes físicos.

BRONCAA crônica esportiva aprovou quase tudo na Arena das Dunas,

exceto dois detalhes: as bancadas de trabalho junto ao torcedor e afalta de um banheiro exclusivo. O perigo de agressão é iminente,principalmente para os comentaristas de rádio e televisão.

CAMALEÃO DO VALECom apenas um ponto conquistado em cinco jogos, o Assu não

possui mais chances de disputar a segunda fase do Campeonato Po-tiguar. O clube aguarda agora somente pela definição do Grupo Apara conhecer o adversário do mata-mata na luta contra o rebaixa-mento.

MARINHO CHAGASA Federação Norte-rio-grandense de Futebol prestou uma justa

homenagem a Marinho Chagas que completou 40 anos da eleiçãoque o colocou como o melhor lateral-esquerdo da Copa do Mundode 1974.

LÍDERO Globo venceu mais uma e segue na liderança do grupo da

capital, com nove pontos. Os gols da vitória sobre o Palmeira forammarcados pelo veterano zagueiro Robson, Roberto Lopes e Delani.

ARENA É APROVADA EM SEU PRIMEIRO GRANDE TESTEORGANIZAÇÃO E CONFORTO MARCARAM A RODADA DUPLA DE INAUGURAÇÃO

AArena das Dunas foi aprovadaem seu primeiro grande testepara a Copa do Mundo, que

receberá quatro partidas do Mundialem junho. O estádio viu a bola rolarpela primeira vez neste ontem na ro-dada dupla com jogos dos dois maioresclubes da capital potiguar: América eABC. O aparato de segurança pelaspolicias civil, militar e rodoviária pro-porcionou um convívio de paz entre asduas maiores torcidas do Rio Grandedo Norte.

É verdade que haviam alguns op-erários dando os retoques finais den-tro e fora estádio, mas tudo transcor-reu sem incidentes. A chegada dostorcedores e veículos ocorreu com tran-quilidade graças ao esquema de trân-sito montado pela Semob e PRE. Ostorcedores de América e ABC foramchegando aos poucos, e as bilheteriastiveram poucas filas para a troca devouchers por ingressos. As filasmaiores ocorreram antes dos jogos.Até o sábado, ainda havia muito genteprocurando por ingresso.Sem atrope-los, sem aglomerações, dificuldades,tudo funcionou de forma perfeita.

O acesso ao estacionamento esta-va organizado e em todos os cantosdo estádio haviam orientadores.Ninguém ficou perdido. Os portõesdemoraram um pouco para abrir, masem seguida tudo normalizou de formamuito rápida. Os ingressos mostravamos locais das cadeiras e a cada meiadúzia de passos havia um funcionáriopara passar novas informações. O quea torcida mais elogiou foi os espaçosentre as poltronas, oferecendo maisconforto. O som e a iluminação tam-bém renderam elogios.

As únicas reclamações foram como setor destinado às polícias Militar eCivil, faltou climatização no local umpouco quente, mas administração daArena prometeu instalar um aparelhode ar condicionado. Para o diretor su-perintendente da OAS/Arenas, CarlosEduardo Paes Barreto, disse que a es-treia foi um sucesso que a arena po-tiguar não será um elefante branco. "Oprimeiro dia de testes mostrou que éum estádio fácil de operar e que seráum equipamento para ajudar a desen-volver o futebol no Rio Grande doNorte", comentou.

ADALBERTO ENTRA PARAA HISTÓRIA DO ESTÁDIO

ABC ACABA COM JEJUM DE VITÓRIAS

A expectativa para o primeirogol da Arena das Dunas só acabouaos 36 minutos do segundo tempo,quando Rubinho foi a linha de fundoe cruzou para Adalberto subir maisalto que a defesa do Confiança emarcar de cabeça o gol de inaugu-ração do estádio. Apesar de oprimeiro gol ter saído de cabeça, aschuteiras do zagueiro foram requi-sitadas pela administração da Arenadas Dunas para ser o primeiro item

do memorial do novo estádio. Momentos depois, após o jogo,

Adalberto conheceu a importânciado feito. Cercado por toda a im-prensa, o zagueiro se emocionou."Somente agora é que a ficha caiu,é muito gratificante saber que o seunome será lembrado por muitos anosaqui neste estádio, agradeço a todospelo apoio, mas também é precisodizer que a vitória do América foimuito importante, seguimos com

100% de aproveitamento e pratica-mente classificados para a segundafase da Copa do Nordeste", disse ozagueiro.

Adalberto Hilário Ferreira Neto,nasceu em Juiz de Fora, interior deMinas Gerais. Tem 26 anos,começou a jogar profissionalmenteem 2006 no América Mineiro. Antesde se transferir para o América deNatal, estava no Betim de MinasGerais, onde disputou a Série C.

A Arena das Dunas trouxesorte para o ABC. Depois de trêsempates e uma derrota, a equipeconseguiu a primeira peloCampeonato Estadual. Foi di-ante do Alecrim pelo placar de2 a 0, gols de Beto e LúcioFlávio. Com o resultado, oalvinegro chegou aos seis pon-tos conquistados e assumiu avice-liderança do grupo A.Agora, o time comandado porRoberto Fernandes se preparapara o último compromisso daprimeira fase, contra o Palmeirade Goianinha, confronto marca-do para a quinta-feira (30), às19h15, novamente na Arena dasDunas. O atacante Beto teve afelicidade de marcar o primeiro

gol abecedista no novo estádioe gravar seu nome na história. Olíder do grupo A é o Globo quevenceu o Palmeira e passou asomar nove pontos na classifi-cação.

SANTA CRUZ LIDERAGRUPO DO INTERIOR

O Santa Cruz venceu o Assupor 2 a 0 e reassumiu a liderançado Grupo B. Os gols da vitóriaforam marcados por Fábio

Faquinha e Thomas Anderson.Com esse resultado, a parte decima da tabela continua indefini-da, já que o Baraúnas completahoje a rodada contra o Coríntians.O Tricolor e Inharé lidera com 9

pontos, seguido do Baraúnas, com8, mas joga em casa com o Galo,terceiro colocado, com 7. OASSU é o último colocado e forada segunda fase do Estadual, comapenas 1 ponto.

Gilmar quase marca um gol no seu retorno ao time

Zagueiro do América marcou o primeiro gol e chuteiras foram doadas para memorial da Arena

Arena das Dunas recebeu 19.244 torcedores

José Aldenir

Wellington Rocha

Wellington Rocha

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Falta menos de uma semanapara o fim da segunda fase devenda de ingressos para a Copa doMundo, que terminará às 9h deBrasília de quinta-feira, 30 dejaneiro. Até o momento, quase 3milhões de solicitações foram re-

cebidas neste período de venda,aproximadamente 700 mil de forado Brasil. As chances de ter a com-pra efetivada de quem solicitar in-gressos até quinta-feira serão iguaisàs de quem já solicitou, pois todasas encomendas feitas desde o iní-

cio do período de venda são re-unidas e participam de uma loteriaquando o número de solicitaçõessupera o de ingressos disponíveis.É possível encomendar ingressospara 62 dos 64 jogos, excluindo-sea partida de abertura em São Paulo

e a final no Rio de Janeiro.O sorteio eletrônico será real-

izado no mês de fevereiro de 2014com a participação de represen-tantes da Caixa Econômica Feder-al e do Ministério do Esporte, alémde um tabelião público. O crono-grama geral de sorteio foi deter-minado de modo que ingressos de-volvidos por outros grupos, comoseleções participantes, detentoresde direitos de hospitalidade, de-tentores de direitos de mídia e par-ceiros de marketing, sejam soma-dos ao sorteio para que mais solic-itações de ingressos ao público emgeral possam ser atendidas.

Todos os solicitantes serão in-formados por e-mail ou SMS quan-to ao êxito (total ou parcial) ou nãodo seu pedido até 11 de março de2014. A fim de assegurar que oprocesso de sorteio como um todopossa ser concluído antes do iníciodo próximo período de venda, de-cidiu-se adiar o começo desse próx-imo período em duas semanas.Com vendas por ordem de en-comenda, ele terá início em 12 demarço de 2014, às 12h CET, 8hhorário de Brasília.

BRUXA E BOM JORNALISMOParticipei em dias recentes de

uma banca avaliadora de um tra-balho conclusivo do curso de Co-municação Social. Fiquei felizcomo o repórter renascendo emmim e recebendo uma pauta deaparência banal e transformadanuma legível verdade a ser con-tada.

O convite partiu do jovem jor-nalista Luan Xavier. Ele está seformando agora, receberá seu diplo-ma, mas é um jornalista. Dos bons.Reencontrei na avaliação, um es-tilista da palavra, o orientador deLuan, Emanoel Barreto, compan-heiro e exemplo durante anos navelha, enfumaçada e charmosaredação da Tribuna do Norte dosanos 1980, safra de talentos liderada por Adriano de Sousa.

Conheci o professor Ruy Rocha, de quem só sabia o nome usadoem rede social, Ruy Comunica, que acompanhava em seus divertidos du-elos mais irreverentes do que ideológicos com o amigo Gustavo Negreiros,a inquietude passeando num dia de 72 horas. Articulado e ponderadotal o típico mineiro, Ruy é cirúrgico em suas observações. Não espera-va que entendesse tanto de futebol e pelo carrossel prazeroso da arte.

>>> Minha timidez é asfixiante, mas a turma me recebeu com extremo

afeto. Luan reuniu diversos nomes de sua geração, alguns familiares eo que seria uma apresentação formal se transformou em um debatesaboroso como o texto produzido pelo rapaz já em atividade na imprensa.

O tema escolhido por Luan Xavier resultará num belo e emocio-nante livro, que ele pretende lançar em abril do próximo ano. Pesquisabem feita, depoimentos pontuais, a visão periférica sobre o personagemde aparente exaustão: Marinho Chagas, a Bruxa, o potiguar universalpelo quadrilátero gramado. O mito feito humano.

A Bruxa, Os Dois Lados de Marinho Chagas, é para ser lido seminterrupções, com celular desligado, chatos mantidos à distância peloBatalhão de Operações Policiais Especiais(BOPE). É para o deleite de-pois de um almoço de sábado, um cozido sertanejo, uma cerveja gela-da e uma rede para a gente balançar com o dedão do pé batendopreguiçoso na parede.

>>> A leitura de um bom livro é comparável ao desfrute de uma

bela paisagem. É um exercício de contemplação e descoberta. O tempotodo, sem fôlego para intervalos. Luan Xavier consegue demonstrar omais importante e que parecia perdido na era da informação opositoraà gramática e em tempo real: a condição indispensável do saber escr-ever bem.

E ele sabe. Seu relato, como o de todo repórter, é de distância equi-librada da figura principal, contando a história com registros cronológi-cos em primorosa técnica no dedilhar. As palavras saem elegantes comoa gazela loira das Sete Bocas, no Alecrim, partindo feito raio ao ataque,exibindo a dualidade do craque revolucionando conceitos e da criançairresponsável brincando perigosamente de viver.

Luan Xavier reconstrói a Natal na simbologia do Hotel dos ReisMagos, bem anos 1970,extravagante geração paz e amor, bicho, porra-louca, aldeia espelhando restos e rastros da influência norte-americanadurante a Segunda Guerra Mundial perdendo espaço para a sisudezconcreta e vertical.

>>> É o Marinho de roupas coloridas, transadas, amante de chacretes e

vedetes, anjo louro solitário de um Botafogo decadente ao fim da ger-ação 1967/68 de Gerson, Afonsinho, Jairzinho e Paulo César Caju e mar-avilhando o planeta com a ousadia imprudente dos seus avanços naconservadora seleção brasileira de Zagallo, quarto lugar na Copa doMundo da Alemanha em 1974.

Há também o Marinho perdido para si mesmo, num paralelo coma derrocada pessoal de Garrincha. Os olhos de Luan Xavier e a sua per-cepção irão colocar nas estantes da cidade sem livrarias e cheia de con-cessionárias de automóveis. É aquecer o coração. Você vai rir, chorare, se quiser, refletir.

O jogador de futebol do passado, de brilho certificado, sucumbindoà fama tão cedo elevado à celebridade. Um menino feito o passarinhoda canção triste de Luiz Vieira. Mais não será dito porque o privilégiode ler primeiro foi meu, não sei o que motivou o sensato repórter. Umacerteza o leitor terá: A pieguice passa longe e a exploração desumana esensacionalista é jogada para as profundezas dos escanteios.

Luan Xavier é parte de uma geração nova e promissora, preocupa-da com a construção bem feita de uma reportagem de profundidade. Égente que lê. Quem não lê, não sabe escrever.

É um time que conta, por exemplo, com Paulo Nascimento, umex-zagueiro espigado de futebol de salão e Rafael Barbosa, autores deum documento investigativo e instigante sobre o assaltante ValdetárioCarneiro.

O Valdetário, fruto da lei catingueira da justiça pelo sangue derra-mado, mitificado como o Lampião das cabines-duplas, chacinas e fuzis,assassinado após longa perseguição policial. Outro trabalho acadêmicoque virou livro obrigatório.

É a memória honrada por gente nova, que sabe escrever oxigenandoas redações. Para quem gosta de ler, nada melhor do que a palavra el-egante, o ambiente em papel de protagonista. A leitura é respeitada edribla, caprichosa, os pontapés ortográficos e cacoetes dos cabeças-de-bagre do teclado.

BADERNEIROS NA ARENAMenos, muito menos impor-

tante do que o resulto da rodadadupla inaugural da Arena dasDunas: a ferocidade dos vagabun-dos que tentaram destruir o está-dio na madrugada da inauguraçãofutebolística.

DEMOCRACIAOs contrários à construção da

Arena das Dunas deveriam ter ficadoem casa. Manifestante mascarado émiliciano, covarde e paramilitar.

MINHA POSIÇÃOPoderia ter ido ao novo está-

dio(sou contra ele) desde quarta-feira, quando foi aberto a convi-dados. Não fui. Não quis. Nemquero. Fiquei em casa do jeito quepermaneci ontem , Democraciapressupõe o contraditório na paz.

FAMÍLIASA inauguração oficial com

jogo de futebol atraiu famílias.Inteiras. Pais com filhos, namora-dos, excursões de bairro. Terror-istas encapuzados pela frustraçãodo despeito nato tentaram im-pedir o direito constitucional deir e vir.

ADALBERTODono do primeiro gol do

América, Adalberto está incluídona história do futebol de Natal.Junta-se a William, do ABC, quefez o 1x0 de ABC x América noCastelão a 4 de junho de 1972, aDa Cunha, do Alecrim, na estreiado Frasqueirão no empate com oABC em 1x1. E ao alvinegroDeão em 1928, autor do primeirogol do Estádio Juvenal Lamar-tine, o indestrutível.

LIÇÃO Se não pode somar, você não

deveria atrapalhar. É muito feioimpedir o direito alheio.

Segunda-feira O Jornal de HOJE 15Natal, 27 de janeiro de 2014Esporte

Passe LivreRUBENS LEMOS FILHO - [email protected]

SEGUNDA FASE DA VENDA DEINGRESSOS ENCERRA NO DIA 30

SORTEIO ELETRÔNICO SERÁ REALIZADO NO INÍCIO DE FEVEREIRO

Agora são apenas dois clubescom 100% de aproveitamento emtrês rodadas dentro do Campeona-to Paulista – o Paulistão Chevrolet.Além do São Bernardo, que fez 1a 0, no Corinthians, no Pacaembu,e lidera o Grupo C, o Palmeirasgoleou o Atlético Sorocaba, por 4a 1, e lidera o forte Grupo D, comnove pontos, três na frente do Bra-gantino que não é mais 100% apósperder em casa para o Comercial,por 3 a 1. Pelo Grupo A, o SãoPaulo venceu o Oeste, por 2 a 1, noMorumbi, enquanto o Comercialfez 3 a 1 sobre o Bragantino.

> PAULISTÃO

Só dois timesseguem com100%

Com grande atuação de Conca,o Fluminense conseguiu a primeiravitória no Campeonato Carioca,ontem, contra o Nova Iguaçu, noestádio Raulino de Oliveira, emVolta Redonda (RJ). O time dotreinador Renato Gaúcho venceupor 3 a 1 e demonstrou evoluçãofísica e técnica em relação aosdois últimos jogos. Nos outrosjogos, o Flamengo empatou em 2a 2 com o Duque de Caxias, oBotafogo perdeu por 2 a 1 para aCabofriense.

> CARIOCA

Concamarca e Fluvence aprimeira

Divulgação

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Segunda-feiraNatal, 27 de janeiro de 201416 O Jornal de HOJE

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