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1 EVANGELHO SEGUNDO MARCOS Estudo 3 ESCOLA BÍBLICA VIRTUAL CLASSE: A BÍBLIA EM UM ANO PROFº: FRANCISCO TUDELA PIBPENHA -SP TODA A BÍBLIA EM UM ANO Volume 3

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  • 1. 1Estudo 3EVANGELHOSEGUNDOMARCOSESCOLA BBLICA VIRTUALCLASSE: A BBLIA EM UM ANOPROF: FRANCISCO TUDELAPIBPENHA -SPTODA A BBLIA EM UM ANOVolume 3

2. 2O QUE O EVANGELHO?Evangelho, do grego euanglion,quer dizer "boa-notcia".O sentido mais antigo estrelacionado com a gorjeta que sedava aos que traziam "boas-notcias".Nos tempos de Marcos, e nascidades gregas, chamava-se deEvangelho a toda publicao vindado imperador romano com notcias deuma conquista ou do nascimento deum filho seu, ... .Evangelho uma mensagem quetem o carater de uma notcia alegre. 3. 3Outra idia de Evangelho Os judeus tinham outro conceito deEvangelho. Isaas havia anunciado que Deusreinaria (52.7) A este anuncio chamavamevangelizar: anunciar uma notciaalegre. 4. 44Cronologia: composio dos Livros BblicosOs textos bblicos tiveram um longo perodo de composio,Inicialmente uma tradio oral que posteriormente foiescrita.No foram escritos de uma s vez e so obra de vriosautores humanos, todos inspirados por Deus, que o AutorDivino.O Novo Testamento (segunda aliana), compreende o perododavida e pregao de Jesus at a morte do ltimo apstolo(Joo,por volta do ano 100).Os 27 livros foram escritos do ano 51 d.C. at 100 d.C.Cartas de Paulo: do ano 51 d.C. at o ano 63 d.C.Evangelhos Sinticos: Marcos ano 65 d.C.; Mateus e Lucas entre anos 70-80 d.C.Cartas: 1, 2 e 3 Joo, Tiago, Judas e a 1 e 2 Pedro entreos anos 80-90 d.C. 5. 5 6. 66A fonte Q uma fontehipottica usada naredao do EvangelhodeMateus e no EvangelhodeLucas.Q (abreviatura alem dapalavra Quelle ou fonte)definido como o material"comum" encontrado emMateus e Lucas, mas 7. 7 8. 8EVANGELHO SEGUNDO MARCOSData: entre 64 e 70 d.C.Autor: um livro annimo, cuja autoria, pela tradio, atribuda a MarcosLocal: Irineu (um dos pais da igreja) nos diz que oEvangelho foi escrito em Roma, seguindo a pregaode Pedro, aps a morte do mesmo (64 d.C.), e queeste Marcos o Joo Marcos, citado em At 12.12,primo de Barnab (Col 4.10) Pais da Igreja foram telogos influentes (at duasgeraes aps os apstolos), alguns deles: Incio deAntioquia e Policarpo de Esmirna (alunos de Joo),Irineu de Lyon (discpulo de Policarpo). O estudo dos seus escritos chamado Patrstica. 9. 9MARCOS (JOO MARCOS)Filho de Maria (caso raro de algum que no identificado pelarelao com seus pais mas com seu filho que era maisconhecido) ,amiga dos apstolos, citada em Atos, vivia em Jerusalm.A orao pela libertao de Pedro foi em sua casa (At 12.12).Sua casa era o quartel general dos lderes cristos emJerusalm, jque Pedro saiu da priso e foi diretamente para l (At 12.12).Sua me era uma mulher de posses, pois tinha uma casa grande(muita gente estava reunida) e possua servos (At 12.12,13).Seu primo Barnab tambm era de posses (At 4.37).Talvez Marcos seja de Chipre pois seu primo Barnab, um levita,era 10. Marcos acompanhou Paulo na 1 viagem missionria(At 13.5), deixou-o e voltou para Jerusalm.Quando Barnab e Paulo voltaram para Antioquia, apsoConclio de Jerusalm, Barnab quis levar Marcos nanova viagem, Paulo no aceitou pois Marc os j oshaviaabandonado anteriormente. (At 15.37-39).Aps essa separao, +/- 50 dC, Marcos sai de cena es citado 10 anos depois, em Roma, com Paulo (Col4.10),como sendo til para mim no ministrio (2 Tm 4.11).Nessa poca, talvez, tivesse ligaes com Pedro (I Pe10 11. Mc 10.17,21 registra que "correu um homem aoencontro" de Jesus, para quem Jesus depois olha comamor; pensa-se que este moo abastado bem poderiater sido o prprio Marcos, s ele poderia ter sabidodeste olhar de JesusO jovem mencionado em Mc 14.51,52, talvez JooMarcos (com aprox. 17 anos), que teria fugido n nahora difcil da crucificao de Cristo (a roupa ntima eral, linho s rico usaria).Marcos retrata com exclusividade o medo manifestadopelos discpulos (4.40-41; 10.32).Em Marcos predomina a atmosfera de pavor, porexemplo quando as mulheres aterrorizadas se calaram,demonstrando que o medo paralisa a ao (16.8).11 12. Marcos termina seu evangelho retratando a fraquezados discpulos, cujo medo os incapacitava para arealizao da misso.Ao mesmo tempo, o evangelista ressalta a disposiode Cristo em confiar em homens inseguros na sua f(8.17,18; 9.38,39; 10.13,14 e 26,27; 14.37-42, 50,71).Ao retratar tal postura, quer incentivar aqueles queenfrentavam srias dificuldades em seguir a Cristo.12 13. 13A tradio, confirmada pelo escritor cristo Eusbio,dizque Marcos fundou a igreja de AlexandriaSegundo a tradio, depois das misses em ChipreeRoma, foi para Alexandria onde foi arrastado porpagos pelas ruas, com cordas amarradas nopescoo em 74 d.C..Morreu no crcere em Alexandria.Em 829 seus restos mortais foram levados paraVeneza, e construida uma baslica em suamemria; 14. 14 15. 15TEMAS CENTRAISAs dificuldades do discipulado:O preo do discipulado (8.34 cristocntrico; 12.44entregatotal; 14.3 devoo),As recompensas (10.29,30 perseguio e vida eterna),As perseguies (13.9 a13 perseverar nelas),A compreenso do ensino (6.52;8.17,33;10.38) e asfalhas (4.40;10.13;14.37,43,50,71). 16. 16TEMAS CENTRAISJesus Cristo o Filho de DeusIsso afirmado no prlogo 1.1Proclamado:por seu Pai 1.11; 9.7Pelo demnio 3.11;5.7,8Por si mesmo 12.6; 14.61,62Por um romano - 15.39 (com a inteno de que suaaofosse imitada pelos romanos ao lerem seu evangelho) 17. Painel GeogrficoProvncias Judia principalconcentrao de judeusSamaria Povo mistoseparado dos judeus napoca do cativeiro Galilia regio dosgentios, mas com muitaconcentrao de judeus 18. 18CONTEXTO HISTRICOEm 64 dC, Nero acusa a comunidade crist de colocarfogo na cidade de Roma, e inicia-se uma perseguiona qual Paulo e Pedro morreram.Em meio a uma igreja perseguida, vivendoconstantementesob ameaa de morte, o evangelista Marcos escreveuo evangelho das boas novas. 19. 19PROBLEMASDA IGREJAROMANAReconhecem o senhorio de Jesus:JesusCristo Senhor!Mas se o Senhor, como se fazpresente?Por que sua comunidade sofre?Por que as perseguies?H contradio nesta f e a realidade?Que mostra que quem tem o poder esalva o imperador e a sua fora.Quem traz a Noticia Alegre?Jesus ou o Imperador? 20. 20Escrito Para Quem?Escreveu visando leitores gentios:D explicaes de expresses aramaicas (5.41;7.34; 14.36;15.34;7.11),Explicou que os fariseus praticavam o jejum e que os saduceusnegavam a ressurreio. (2.18; 12.18), e outras tradies (7.3 e4),No inclui a genealogia, a descrio do nascimento e o ministriodeJesus na Judia.H apenas 63 citaes do AT (128 em Mt e 90 em Lc), e procuraamenizar a relao com os judeus;Tais comentrios seriam desnecessrios para leitores judeus. 21. 21PropsitoPreservar a histria da vida de Jesusaps a morte da 1 gerao decristos1. Encorajar os cristos a permanecerem fiis(mesmo na crise devido perseguio)2. Incentivar a testemunhar de forma corajosa(face a oposio judaica).3. Despertar a f nas promessas de Jesus. 22. 22CRISTOLOGIAMarcos escreve para ajudar seusleitores cristos a conhecerem oautntico Jesus: No um tapa buracos, quesoluciona os problemas destemundo. No um poltico revolucionario.No veio para ser um mestre dasabedoria. No um militar triunfador. 23. 23FORMA DA NARRATIVAMarcos relata mais o que Jesus fez do que o que Eledisse.Escrito no grego popular, que no era a sua lnguamaterna, com um vocabulrio pobre (1330 palavras),estilo rude e pesado.H um mnimo de discursos e o mximo de obras.Destaca as aes mediante o uso da palavra gregaeuteos que costuma ser traduzida por imediatamente(ocorre 42 vezes, mais do que em todo o resto do NT).Dedica mais captulos para o tema da paixo, morte eressurreio (de 11.1 a 16.8) que os outros evangelhos(3 cap. em Mt, 2 em Lc, 4 em Jo). 24. 24CONTEDO DO EVANGELHO DE MARCOSApresenta Cristo sob dois aspectos - Mc 10.45:(1) A disposio de Cristo em servir no veio para ser servido, mas para servir.(2) Sua disposio de sofrer para salvar dar a sua vida em resgate de muitos. 25. 25Mostra como Cristo prepara oestabelecimento de seu Reino:Preparando-se para a morte (14.1-72);Entregando-se morte (15.1-47). 26. 26Viso geral O Evangelho Segundo Marcos composto por 16caps.: Cap. 1. 1-15: parte introdutria, onde apresentaJesus como o Filho de Deus; Cap. 1.16 at 8.26: primeira parte apresenta o que o Reino de Deus e o que se deve fazer para participardele. Cap. 8.27 at 13.37: segunda parte onde seencontram os anncios da paixo; Cap. 14 at 16: parte final onde relata a paixo,morte e ressurreio de Jesus. Duas partes unidas pela confisso de Pedro de queJesus o Messias (8.29,30) e pelo primeiro annciode Jesus da sua crucificao (8.31). 27. 27ESQUEMA DO EVANGELHO1. Introduo 1.1-132. A autoridade de Jesus revelada 1.14 3.6 Como mestre na cura de pessoas e como exorcista. Quatro histrias de conflito (2.7,16,18,24) e questes dosbado (3.4) que provocam uma coaliso de irreconciliveis, osHerodianos com os Fariseus, contra Jesus3. As autoridades rejeitam Jesus, atribuem seu poder a satans(3.22)4. Formao de uma nova comunidade 6.6 ao 8.21 Comissiona 12 para em duplas evangelizar (6.7). So narrados sete milagres claros eeducativos(6.41,49;7.29,35;8.6,23;10.52). O reino de Deus se faz presente na histria do homem. 28. 22885. Julgamento de Jesus em Jerusalm - 11.1 ao 13.37 A maldio sobre a figueira (11.11-14) umaevidncia do fim do judasmo pelo fato de no tercumprido a misso e propsito de Deus. A purificao do Templo (11.15-19) simboliza oresgate da relao do homem com Deus.6. Julgamento de Jesus: paixo, ressurreio eascenso 14.1 ao 16.8 (Concluso do Evangelhoacrescentada posteriormente 16.9-20) 29. 29Particularidades1) o evangelho que salienta a natureza humana deJesus:- Mc 6,34: ...viu uma grande multido, tevecompaixodeles, pois eram como ovelhas sem pastor.- Mc 7,34: ... com um profundo suspiro, disse-lhe:....;- Mc 10,21: Jesus olhou para ele e o amou. ;- Mc 14,33: ... e comeou a ficar aflito, eangustiado..2) Narra 18 milagres, entre 35; 30. 30O segredo messinicoAps cada milagre Jesus diz s pessoas que se apresentemaos sacerdotes, pois eram quem atestaria a cura, mas que norevelassem que fora Ele o autor.- 1.34 ... expulsou muitos demnios; no permitia,porm,que estes falassem, porque sabiam quem eleera.- 1.44 Olhe, no conte isso a ningum....- 3.11 Sempre que os espritos imundos o viam, ... lhesdava ordens severas para no dizerem quem eleera.- 5.43 ...ordens para que no dizerem nada aningum ...- 7.36 E ordenou-lhes que no o contassem aningum. 31. A explicao para esta recomendao se deve aoconceito na poca da palavra messias, que tinha aconotao de um ungido de Deus para efetuar alibertao do jugo romano, dando-lhe um carterpoltico-social, e Jesus no tem este carter.Os contemporneos de Jesus, incluindo seusseguidores, no entendiam porque Jesus deveria sofrera morte na cruz.Ora, que messias este que sofrer e morrer na cruz?A compreenso s seria elaborada e compreendida apsa experincia da ressurreio de Jesus.31 32. O templo era pequeno,pois nenhuma pessoa dopovo podia entrar.Dividido em trs partes:no trioentravam sacerdotes elevitas, no santo entravaum sacerdote duas vezespor dia para oferecer oincenso sobre o altar, noSanto dos Santos, spodia entrar o sumosacerdote por ocasio dafesta da Expiao.O ptio dos " gentios", o maior que circundava todo o templo, nele podiam entrartambm os no hebreus, desse ptio Jesus expulsou os vendilhes.O edifcio do tribunal que condenou Jesus Cristo, "Grande Sindrio", tinha formaquase retangular, com 450 m de comprimento e uma largura de 300, era mantido porministros (levitas), sacerdotes e Sumo Sacerdotes, que eram divididos em 24 classesou famlias.Acima de tudo estava o Pontfice, cargo hereditrio e vitalcio, que no tempo doimperador Tibrio Csar, foram depostos e eleitos arbitrariamente pelos procuradoresromanos.Acabara a festa para os pontfices.Alm do tribunal e o sindrio, havia 480 sinagogas, que eram o complemento dotemplo.32 33. 33Aparies de Jesus RessuscitadoO trecho final de Mc 16.9-20 foi composto por voltado ano 150 d.C., um eplogo que apresenta um resumosobre as aparies de Jesus ressuscitado que est nosoutros evangelhos.Desta forma temos as seguintes relaes:- Mc 16.9-11 // Jo 20.11-18: a Maria Madalena;-- Mc 16.12,13 // Lc 24.13-35: aos Discpulos deEmas;-- Mc 16.14 // Jo 20.19: aos Onze e demaisDiscpulos;-- Mc 16.15 // Mt 28.18-20: aos Onze na Galilia;-- Mc 16.19 // Lc 24.50-53: ascenso de Jesus. 34. 3344MENSAGEM PARA HOJEJesus ter se encarnado e assumido plenamentea humanidade quer dizer que no h nada deerrado com a nossa natureza humana.Somos criao de Deus. 35. 3355Mc 14.51,52O que estaria fazendo um rapaz seguindo Jesus em tal situaoquela hora da noite?Trata-se provavelmente do prprio evangelista (com 17 anos),como a casa de sua me (Maria) estava prxima do localonde Jesus fora preso, no de admirar que na confusotenha sado de casa enrolado em um lenol, talvez jestivesse dormindo.A palavra "nu", na poca, tambm descrevia a pessoa em trajesmenores, ou seja, o que chamamos de semi-nu.Quando seguimos ao Senhor de maneira despreparada,podemos ser pegos de surpresa com as situaes ruins navida.Seguir a Jesus bem mais do que ser mais um na multido.Se fizermos a obra de Deus desleixadamente, passaremos porconstrangimentos.No seja surpreendido no meio da noite, siga e sirva ao Senhordesde cedo . 36. 36 Toda a Bblia em um ano: Mateus a Filipenses; Dusilek,Darci; 8 Ed. Rio de Janeiro; Ed. Horizonal, 2009 Manual Bblico SBB; trad. Noronha, Lailah; So Paulo; Ed.Sociedade Bblica do Brasil; 2008 Textos Bblicos extrados: Bblia Sagrada Nova VersoInternacional; So Paulo; Ed. Vida; 2001 MacDonald, Willian, Comentrio Bblico Popular, So Paulo,Ed. Mundo Cristo, 1 edio, 2008 BRUCCE, F. F. Comentrio Bblico NVI. So Paulo, Ed.Vida, 1 edio, 2008 http://solascripturatt.cjb.net/ EclesiologiaEBatistas Igreja Batista do Morumbi: Viso Panormica dosEvangelhos 2003 Reflexes extradas da World Wide Web Igreja Batista Cidade Universitria www.ibcu.org.br 36 37. 37MARCOS 16.15FIM 38. MC 1.10 E MC 15.38O verbo (rasgar), presente em 1,10 e15,38 uma das chaves de leitura desteEvangelho.No batismo, quando se rasgam os cus,manifesta-se que Deus est entre ns napessoa de Jesus. Deus se faz humano,humilde e servidor.Na morte de Jesus, quando se rasga o vu doTemplo no h mais a separao entre Deuse o homem, por meio de Jesus. 38