25_02 modulo seguranca e primeiros socorros i

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25_02 Modulo Seguranca e Primeiros Socorros i

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  • 5/26/2018 25_02 Modulo Seguranca e Primeiros Socorros i

    1/

    SEGURANA EPRIMEIROS SOCORROS

    CURSO DE CAPACITAOPARA O VOLUNTARIADO

    EM MEGAEVENTOS

    Ministrio do

    Esporte

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    Universidade de Braslia UnB

    Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal CBMDF

    Departamento de Enfermagem (ENF/FS)

    SEGURANA E

    PRIMEIROS SOCORROSCURSO DE CAPACITAOPARA O VOLUNTARIADOEM MEGAEVENTOS

    CARGA HORRIA: 20 horas/aula

    AUTORES:Cel. Muniz, Major Tarcsio, Major Clayson e Major Pedroso(Ociais do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal)

    REVISO:Moema Borges e Nayara Lisboa (UnB)

    Universidade de Braslia

    Maro, 2014

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    Ministrio do Esporte - Ministro do EsporteJos Aldo Rebelo Figueiredo

    Secretrio da Secretaria Nacional de Esporte, Educao, Lazer e Incluso SocialRicardo Capelli

    Gerente do Programa Brasil VoluntrioSarah Carvalho

    Universidade de Braslia - ReitorIvan Marques de Toledo Camargo

    Vice-reitoraSnia Nair Bo

    Coordenao Geral do Projeto Desenvolvimento de Processos Inovadores Para Formulao dePolticas Pblicas de Voluntariado em Megaeventos

    Thrse Hofmann Gatti Rodrigues da Costa (Decana de Extenso da Universidade de Braslia)Ceclia Leite (Instituto Brasileiro de Informao em Cincia e Tecnologia IBICT)

    RealizaoFaculdade de Cincia da Informao (FCI-UnB), Faculdade de Educao Fsica (FEF-UnB), Centro deExcelncia em Turismo (CET-UnB), Instituto de Psicologia (IP-UnB), Instituto de Cincias Biolgicas (ICB-UnB)Instituto de Letras (LET-UnB).

    Colaborao na PesquisaUniversidade Federal Rural do Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal de

    Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Cear (UFC), Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT),Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN),Universidade de So Paulo (USP), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), UniversidadeFederal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Paran (UFPR), Universidade Federaldo Amazonas (UFAM), Universidade Federal de So Paulo (UNIFESP), Corpo de Bombeiros do DistritoFederal (CBMDF), Centro de Produo Cultural e Educativa (UnBTV), Escola Nacional de AdministraoPblica (ENAP), Centro de Voluntariado de So Paulo (CVSP), Childhood Brasil.

    Customizao do Ambiente Virtual de Aprendizagem MoodleEquipe da Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    OrganizaoCentro de Educao a Distncia da Universidade de Braslia CEAD-UnB

    DiretoraWilsa Maria Ramos

    Coordenadora da Unidade de PedagogiaSimone Bordallo de Oliveira Escalante

    Gesto Pedaggica do cursoRute Nogueira de Morais Bicalho

    Professor ColaboradorJos Vieira de Sousa

    Gerente do Ncleo de TecnologiaEduardo Diniz

    Gesto Ambiente Virtual de AprendizagemDanilo Santana, Fabiano Rocha de Moraes

    Ncleo de TecnologiaJoo Paulo Andrade Lima, Wesley Gongora

    Help DeskKarla Almeida, Luana Messias

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    S456

    Segurana e Primeiros Socorros / Carlos Srgio Muniz de Souza... [et. al.].

    Braslia: Universidade de Braslia, Decanato de Extenso, CEAD, 2014.(Curso de Capacitao para o Voluntariado em Megaeventos)

    Disponvel em: Ttulo da pgina da WEB (acesso em 10 mar. 2014).

    ISSN

    I. Souza, Carlos Srgio Muniz de. II. Srie.

    CDU 338.48-61

    Gerente do Ncleo de Produo deMateriais DidticosJitone Lenidas Soares

    Reviso de textoLetcia Barcelos de OliveiraMarcela Margareth Passos da SilvaNatlia Tissiani Calderon RamosSlvia Urmila Almeida Santos

    IlustraoTiago Botelho

    Web DesignerMarcelo Horacio Fortino

    Designer InstrucionalAmaliair Cristine Atallah

    DiagramaoCarla Clen

    Apoio produo de vdeos e multimdiaJean Lima

    Desgner grco e anmador 2DCristiano Alves de Oliveira

    Relatrios EstatsticosDione Ramos Canuto Moura

    Todos direitos reservados. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e queno seja para venda ou qualquer m comercial.A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra da rea tcnica.

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    Sumrio

    Apresentao___________________________________________________ 5

    Unidade 1 Primeiros Socorros e atendimento pr-hospitalar _______________ 7

    1.1 Avaliao da cena e da vtima ____________________________ 8

    1.2 Parada cardiorrespiratria e reanimao cardiopulmonar ______ 13

    1.3 Obstruo das vias areas _____________________________ 21

    1.4 Desobstruo das vias areas ___________________________ 21

    Undade 2 Hemorragia e crise convulsiva: o que fazer para ajudar? ________ 25

    2.1 A vtima est sangrando? hemorragia! ___________________ 25 2.2 Convulses ________________________________________ 29

    Unidade 3 Situaes de catstrofe e pnico e o plano de evacuao _______ 32

    3.1 Tipos de eventos envolvendo multides ____________________ 33

    3.2 Plano de evacuao __________________________________ 35

    3.3 Aes em caso de distrbios ___________________________ 36 3.4 E em caso de produtos perigosos? _______________________ 36

    3.5 Em caso de exploses ________________________________ 37

    3.6 Preso em escombros _________________________________ 38

    Unidade 4 Preveno e combate a princpios de incndio________________ 40

    4.1 Elementos essenciais do fogo ___________________________ 41

    4.2 Aes preventivas ___________________________________ 41

    4.3 Aes gerais em incndios _____________________________ 42

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    Apresentao

    Seja bem-vindo(a) ao Mdulo de Segurana e Primeiros Socorros!

    Durante Megaeventos, como o caso da Copa do Mundo da FIFA 2014, os voluntriospodero vivenciar situaes que exigem conhecimentos e tcnicas necessrias prevenode riscos e outras que podem salvar vidas. importante estar claro que os voluntrios seroreferncias s pessoas presentes no local do Megaevento em que estaro atuando. Portanto,voc, caso seja selecionado para atuar como voluntrio durante um Megaevento, precisar

    desenvolver, neste curso, habilidades favorveis segurana e aos primeiros socorros.

    Em situaes emergenciais que envolvem vtimas, o primeiro atendimento essen-cialmente importante, por fazer toda a diferena no processo de recuperao do vitimado. Osprimeiros socorros, quando bem aplicados, evitam o agravamento do estado geral da vtima eauxiliam na sua recuperao.

    Consideramos o voluntrio uma pessoa fundamental dentro da cadeia de recursosque formaro o servio de emergncia mdica no Brasil durante o Megaevento e que ocupaposio privilegiada por estar prximo a grandes concentraes de pessoas.

    Convidamos voc, participante interessado no voluntariado, a estudar cuidadosamen-te este material, pois os contedos nele abordados so de extrema importncia para a quali-dade do exerccio das atividades de voluntrio durante um Megaevento.

    Este Mdulo dividido em duas partes. Veremos, ao longo das duas primeiras Unida-des, os primeiros socorros a situaes que, geralmente, envolvem apenas uma vtima, comoparada cardiorrespiratria, obstruo das vias areas, hemorragia e crise convulsiva. Na se-gunda parte, veremos como uma pessoa dever agir em situaes com mltiplas vtimas, porexemplo, em casos de incndio.

    Ao longo do texto, voc encontrar cones que sinalizam o destaque de informaescomplementares importantes. Recomendamos essa leitura, pois ser til e lhe ajudar muito.

    Ao nal de cada Unidade de estudo, voc poder xar o contedo e vericar suaaprendizagem, por meio de questes apresentadas no Teste seus Conhecimentos.

    Lembre-se: antes de qualquer tentativa de auxlio, ligue para oCorpo de Bombeiros Militar 193

    Ento, vamos comear nossos estudos!

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    Unidade 1Primeiros Socorros eatendimento pr-hospitalar

    Durante o Megaevento, muitas situaes podem ocorrer com aquelas pessoas presen-tes no local em que os voluntrios estaro atuando.

    Nesta primeira Unidade, sero apresentados os conceitos de primeiros socorros,meios para avaliar a cena e a vtima e os primeiros procedimentos nos casos de parada car-diorrespiratria e obstruo das vias areas.

    Primeiros socorrosso aqueles cuidados prestados inicialmente auma pessoa, em qualquer situao, at a chegada de um servio m-dico de emergncia. Esses cuidados podem diminuir os danos s vti-mas e at salvar suas vidas.

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    1.1 Avaliao da cena e da vtima

    Antes de tudo, importante que voc entenda o que so os primeiros socorros e quala importncia do atendimento s vtimas.

    Conceituamos primeiros socorros como aes de ateno imediata dada a uma pes-soa, cujo estado fsico coloca em perigo sua vida.

    Devido proximidade das pessoas que estaro assistindo aosjogos no pas, o voluntrio ser a primeira pessoa treinada a chegarao local. Ento, caso voc seja convocado para atuar como voluntrionesses jogos, sua atuao ter por objetivo identicar o que est acon-tecendo, chamar por ajuda especializada e manter as funes vitais,evitando o agravamento das condies da vtima, at que o servio deatendimento de emergncia chegue ao local.

    Entende por que o voluntrio to importante e por que estecurso ser essencial na atuao dele?

    1.1.1 Avaliao da cena

    Qual a primeira coisa que acontece quando algum passa malou desmaia? JUNTA GENTE!

    Ento, quando o voluntrio chega cena em que aconteceualgo, provavelmente, muitas pessoas estaro ao redor da vtima, cada uma falando algumacoisa ou tentando fazer algo diferente.

    O que fazer nesse caso? Quando o voluntrio chegar ao local, muito importante queele:

    () denque-secomo membro da comisso de organizao do Megaevento e anun-cie que assumir a situao a partir daquele momento;

    (ii) em seguida, avalie a cena, para vericar o que realmente est acontecendo;

    (iii) identique pessoas prximas da vtima que possam relatar o que realmenteaconteceu.

    Sempre se denquee diga que est ali para ajudar!

    Funes vitais:

    para que os rgos fun-cionem adequadamente,o mnimo que eles preci-sam receber o sanguecom oxignio (retiradodo ar que entra nos pul-mes) bombeado pelocorao. O primeiro r-go a sofrer com a faltade circulao de sanguee de oxignio o crebro.

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    Segurana e Primeiros Socorros Curso de Capacitao para o voluntariado em Megaeventos

    A CENA

    Como voc j deve ter percebido, avaliar a cena muito importante, pois permiteidenticar os riscos para as pessoas envolvidas, para os curiosos e para quem avalia a cena.

    Sendo assim, ser til procurar responder s seguintes perguntas:y Qual a situao? O que aconteceu? Quem so as pessoas envolvidas? Quem a

    vtima? A vtima est inconsciente? Ela est sofrendo um infarto? Uma convulso? Elafoi atingida por algum objeto?

    y O que pode acontecer? (Provvel evoluo do incidente); Aconteceu s com umapessoa? Pode acontecer com outras pessoas? H fatores de risco no ambiente? Porexemplo: combustvel derramado que pode explodir, um o energizado que pode darchoques, fogo que pode alastrar-se, um veculo que pode rolar de um barranco, huma via por onde passam carros.

    y O que farei e como farei para poder controlar a situao? (Medidas empreendidas).Evitar ou eliminar os agentes causadores de leses ou agravos sade, como fogo,exploso, eletricidade, fumaa, gua, gs txico, trfego (coliso ou atropelamento),queda de estruturas, ferragens cortantes e materiais perigosos.

    y O que posso fazer para me proteger? Que medidas de proteo individual possotomar? Evitar contato direto com substncias que possam transmitir doenas infec-ciosas, como sangue, urina, fezes, vmito, saliva, muco, esgoto, gua, roupas ousuperfcies contaminadas. Para tanto, o voluntrio deve utilizar os Equipamentos deProteo Individual (EPI), como luvas descartveis, culos e mscara.

    sempre muito importante: chamar por ajuda! Logo que identicaruma situao em que haja vtimas ou tumulto, o voluntrio deve chamarpor ajuda. Contatar o servio de referncia, fornecer sua localizaoe repassar as informaes que j possui para que um servio deatendimento de emergncia se desloque para o local.

    1.1.2 Aalao da ma

    Pronto, agora que o voluntrio j avaliou a cena e chamou por ajuda, hora de avaliarcom mais detalhes a vtima!

    y Ela foi vtima de trauma? Alguma coisa externa a agrediu (tiro, facada, pancada, que-da etc.)?

    y Ela est apresentando algum quadro clnico? Infarto agudo do miocrdio? AcidenteVascular Cerebral (mais conhecido como derrame)? Crise convulsiva?

    y Lembre-se: sempre importante vericar com quem testemunhou o ocorrido ou comconhecidos da vtima o que realmente aconteceu.

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    Se a vtima tiver sofrido um trauma, s a movimente se ela estiverem um local inseguro! Caso contrrio, deixe-a no mesmo local at oservio de atendimento de emergncia chegar!

    1.1.2.1 Nel de conscnca da ma

    Depois de ter uma impresso geral da vtima, o voluntrio dever identicar o nvel deconscincia dela. Como fazer isso?

    Para no esquecer a sequncia, pode ser til lembrar a sigla:

    AVDI.

    ALERTA Primeiramente, vericamos se elaest ALERTA, se est acordada. Os olhos davtima esto abertos? Ela est falando? Elaest movimentando-se?

    Noresponde

    Responde

    VERBAL Vericar se a vtima respondea estmulo VERBAL. Chame a vtima: Sr.Fulano, o senhor consegue me ouvir?

    DOR Fazer um estmulo DOLOROSO.

    Caso a vtima no responda a nenhum dessesestmulos, pode-se armar que ela estINCONSCIENTE.

    Iniciar o ABC

    da vida!

    Dependendo

    da sua

    avaliao

    geral da

    vtima,

    iniciar

    os

    primeiros

    socorros

    ou

    aguardar

    o

    servio

    de

    atendimento

    de

    emergncia

    chegar.

    Noresponde

    Noresponde

    Responde

    Responde

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    Estmulo doloroso em adulto:

    Estmulo doloroso em lactente: d palmadas na sola dos ps.

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    Caso o voluntrio tenha vericado que a vtima est inconsciente, dever continuaravaliando a vtima para saber se alguma de suas funes vitais est prejudicada. Para isso,seguir o ABCda vida.

    A.Vias areas As vias areas so as vias por onde o ar passa.

    Caso algum que com essas vias obstrudas, poder morrer em poucos minutos porfalta de oxignio. Normalmente, quando a pessoa desmaia, a lngua cai para trs epode fechar a passagem do ar. Uma medida simples pode evitar que isto acontea:alinhe a cabea da vtima e levante o queixo da pessoa.

    Fonte: American Heart Association. SBV para prossionais de sade (2008).

    B.Respirao Est presente? Est adequada?

    Para vericar se a respirao est presente, basta observar se o peito est se enchendode ar. s vezes, a pessoa est respirando, mas de forma agnica, ou seja, sofrida. Estetipo de respirao inadequado.

    C.Circulao - Tem pulso? Existe hemorragia?

    O pulso a onda que percebemos quando o corao bate. Para vericar a presenade pulso, necessrio colocar os dois dedos (dedo indicador e mdio) em cima da

    cartilagem que temos no pescoo e deslizar para qualquer um dos lados. Aps isso,ser encontrada uma depresso. Neste local, deve-se sentir o pulso da vtima. svezes, ser preciso fazer um pouco mais de presso para sentir o pulso. Avaliar por at10 segundos.

    Partindo da parte anterior da cabea, vericar a presena de hemorragias, passando apalma da mo lentamente, observando a presena de sangue.

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    Vamos fazer um teste? Procure o seu pulso seguindo esta tcnica,depois pea para fazer isso nos seus amigos ou parentes. Apsalguns treinos, logo que voc chegar numa vtima que no tem

    pulso, rapidamente voc ir identificar.

    Depois de vericadas a circulao e a presena de hemorragias, estabilizar a colunacervical, usando as mos at a chegada do servio de atendimento de emergncia.

    Pronto! Agora voc j sabe avaliar a cena e a vtima, vamos s tcnicas de primeirossocorros, propriamente ditas.

    1.2 Parada cardorresprara e reanmao cardopulmonar

    O corao parou? Ento, a vtima est em parada cardiopulmonar!

    Essa uma situao de extrema emergncia, pois sem que o corao funcione, todosos outros rgos iro sofrer pela falta de oxignio. Nesse caso, apenas poucos minutossero sucientes para que a vtima que com sequelas neurolgicas para sempre ou paraque ela morra.

    Voc perceber que esta seo a mais longa e provavelmenteser a que mais ir demandar sua ateno e estudo, pois algunsdetalhes podem fazer toda a diferena.

    Recapitulando:Voc j viu como identicar uma parada cardiorrespiratria! Lembra-se do ABC da vida?

    Agora, voc aprender quais so os motivos que mais frequentemente levam a umaparada cardiorrespiratria, quais as manobras de reanimao cardiopulmonar e como seutiliza um desbrilador externo automtico.

    Respire fundo e vamos nessa!

    1.2.1 Parada cardopulmonar

    A Parada Cardiopulmonar (PCR) ocorre quando o corao para de exercer sua funo,ou seja, bombear sangue para os pulmes e para todo o restante do organismo.

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    Uma pessoa pode apresentar uma parada cardiopulmonar por diversos motivos, masaqueles mais comuns e que tm mais chances de acontecer no ambiente em que o voluntrioatuar so:

    y

    Infarto Agudo do Miocrdio (IAM):quando um dos vasos do corao obstrudo,impedindo que o rgo funcione adequadamente. Geralmente, quando a pessoa so-fre um IAM, antes de apresentar a PCR,ela ir referir intensa dor no peito.

    y Acidente Vascular Cerebral (AVC): tambm conhecido como derrame cerebral,ocorre quando um vaso do crebro obstrudo ou quando ele sangra. Geralmente,quando a pessoa sofre um AVC, antes de apresentar PCR, ela refere dor de cabeamuito forte e pode apresentar sangramento pelo ouvido e pelo nariz.

    y Obstruo das vias areas: quando a passagem do ar para os pulmes obstrudapor um pedao de comida ou por gua, ou quando a pessoa se afoga. Na prxima

    seo, veremos como ajudar a desobstruir as vias areas antes que a pessoa apre-sente PCR.

    y Trauma: quando a pessoa sofre uma queda ou um acidente automobilstico, porexemplo.

    1.2.2 Reanimao cardiopulmonar

    Voc se lembra de que a funo do corao bombear sangue para todo o organis-mo? Ento! A Reanimao Cardiopulmonar (RCP) um conjunto de tcnicas que visam rees-

    tabelecer parcialmente a circulao sangunea da vtima at que o corao volte a funcionarnormalmente. Vamos ensinar como fazer compresso torcica e a utilizar o DesbriladorExterno Automtico.

    Mas, e a respirao boca a boca? Voc j deve ter visto na televiso oumesmo na rua pessoas fazendo respirao boca a boca. Voc precisafaz-la? No. Esta uma tcnica que exige treino e mesmo pessoastreinadas podem no desenvolv-la adequadamente. Pesquisas

    recentes demostraram que mais eciente para pessoas que noso da rea da sade realizarem apenas as compresses torcicas,pois esta tcnica, isoladamente, j permite que certa quantidade de arentre e saia dos pulmes e a sua continuidade e qualidade so maisimportantes para aumentar a chance de sobrevivncia da vtima.

    1.2.3 Compresses orccas

    A compresso torcica parte fundamental da reanimao cardiopulmonar. Esta tc-nica ir manter o uxo de sangue para o corao, para os pulmes e para o crebro, rgosvitais para o funcionamento do organismo.

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    1.2.3.1 Onde e como comprmr?

    Localizar o ponto de compresses para realizar a RCP: para adultos e crianas, acompresso deve ser feita no centro do trax, na linha dos mamilos.

    Fonte: American Heart Association. SBV para prossionais de sade (2008).

    Adulto: posicionar a base de uma das mos no ponto de compresso. A outra modeve ser sobreposta primeira, de modo que as bases das duas mosquem alinhadas uma sobre a outra. Os dedos no devem tocar o t-rax do paciente, podendo car estendidos ou entrelaados.

    Crianas: realizar as compresses posicionando a base de umadas mos sobre o local de compresso. Observe as fotos a seguir.

    Observe que, em Supor-

    te Bsico de Vida (SBV)

    ou primeiros socorros,

    devemos considerar as

    seguintes faixas etrias:

    Lactente - 28 dias a

    01 ano de idade.

    Criana - 01 a 08anos.

    Adulto - a partir de

    08 anos.

    Esta diviso foi feita,

    principalmente, para

    adequar as tcnicas ao

    tamanho da vtima. No

    se pode fazer a mesma

    fora de compresso to-

    rcica em um beb e emum adulto.

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    No caso delactantes, posicionar dois dedos, logo abaixo da linha imaginria entre os

    mamilos (ver fotos). Fazer as compresses com a ponta de dois dedos, posicionados sobreo ponto de compresso. Pode-se realizar a compresso com os dois polegares.

    Fontes:Manual de Atendimento Pr-hospitalar do CBMDF (2007)e American Heart Association. SBV para prossionais de sade (2008).

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    A profundidade das compresses deve ser, aproximadamente, meta-de da profundidade do trax, em crianas e lactentes. Em adultos,o trax deve ser comprimido a uma profundidade de, aproximada-

    mente, 05 cm. Na hora de colocar a tcnica em prtica, estas medi-das podem ser impraticveis. O importante perceber que o trax comprimido, numa fora intermediria, sem que lesione a vtima.

    Realizar as compresses torcicas em uma frequncia de, no mnimo, 100 compres-ses por minuto, para pacientes adultos, crianase lactentes. Lembrar-se de reavaliar o pa-ciente aps 02 minutos de RCP.

    importante que a cada dois minutos troquem as pessoas que es-to realizando compresso torcica, pois este um procedimento quegera desgaste fsico. Se quem vai prestar o socorro estiver muito can-sado, no vai realizar as compresses torcicas adequadamente.

    1.2.3.2 Poso na hora da compresso orcca:

    muito importante observar que:

    y Deve-se car ao lado da vtima.

    y A vtima deve estar reta e deitada com a regio dorsal no cho.

    y O que ir fazer fora no o brao: a fora ser exercida pelo seu corpo.

    y No se dobra o brao para fazer fora. Ele permanece estendido e realiza-se o movi-mento com todo o corpo.

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    1.2.3.3 Compresses orccas de qualdade:

    Para que a compresso torcica seja de qualidade e realmente gere um uxo sangu-neo, importante que, entre uma compresso e outra, permita-se que o trax retorne ao pon-

    to inicial. Caso sejam feitas compresses muito curtinhas, no vai dar tempo de o coraoencher de sangue novamente e sua compresso no ser muito efetiva.

    1.2.4 Desbrlao

    Enquanto a compresso torcica o que mantm o uxo de sangue para os rgosvitais, a desbrilao uma das medidas que pode fazer com que o corao volte a funcionar.

    A desbrilao uma descarga eltrica aplicada com um aparelho especco que, aopassar pelo corao, pode fazer com que ele volte a bater sozinho.

    Mas, nem toda vez que uma pessoa apresenta PCR indicado o uso do desbrilador.Assim, como saber se possvel ou no utilizar o desbrilador na pessoa que est sendoatendida?

    Existe um Desbrlador Exerno Auomco, conhecido como DEA(que deve estardisponvel prximo ao local em que o voluntrio atuar), que, ao ser colocado sobre o peitoda vtima, identica se preciso ou no dar descarga eltrica. Se for necessria, o aparelhoavisa, pede para que todos se afastem e que se aperte o boto choque para disparar adescarga eltrica. Depois do choque, fazer mais 02 minutos de compresso torcica antesde vericar o pulso novamente. Se no for necessria, ele informa que a descarga eltrica

    no indicada e solicita que as compresses torcicas sejam retomadas.

    Sempre que se identicar uma pessoa em PCR, preciso solicitarajuda e pedir que traga (ou pegue, se estiver bem prximo) o DEA.Mas nunca se deve atrasar o incio das compresses torcicas porisso: deve-se comear as compresses torcicas e, assim que o DEAchegar, utiliz-lo.

    1.2.4.1 Suaes especas:

    y A vtima est na gua ou prxima dela: antes de colocar o DEA, retire a pessoa dagua e seque-a.

    y A vtima tem um marca-passo implantado: possvel senti-lo como uma massa pal-pvel no peito da pessoa. No colocar a p do DEA sobre o marca-passo. Deixar,aproximadamente, 05 cm de distncia para colocao das ps.

    y H um adesivo de medicao transcutnea (abaixo da pele) ou outro objeto sobre apele da vtima (como umpiercing), no local em que se colocam as ps autoadesivasdo DEA: retirar o objeto ou o adesivo.

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    Segurana e Primeiros Socorros Curso de Capacitao para o voluntariado em Megaeventos

    y Paciente com pelo abundante no trax. As ps podem no grudar, pode ser necess-rio cortar ou raspar os pelos antes de colocar a p.

    1.2.4.2 Colocao das ps e ulzao do DEA:y Lactente: o DEA no indicado para lactentes.

    y Criana: se disponvel, utilizar as ps prprias para criana de 01 a 08 anos. Casocontrrio, use o DEA e as ps para adulto.

    y Adulto:Usar ps para adultos. No utilizar ps infantis.

    Fonte:American Heart Association. SBV para profissionais de sade (2008).

    Ento, recapitulando o que vimos at agora!

    O voluntrio chegou no local, avaliou a cena e a vtima, e vericou que ela est sempulso (treinou a tcnica de vericar o pulso?). Ele j chamou ajuda e, at que este servio deemergncia chegue, deve iniciar as manobras de reanimao cardiopulmonar.

    Por onde comear? Pedir a algum para buscar o desbrilador externo automtico ecomear as compresses torcicas. Fazer as compresses por 02 minutos, sem parar. En-to, parar e avaliar novamente o pulso. Se o pulso no tiver voltado, continuar com as com-presses torcicas, reavaliando a cada 02 minutos. Quando o DEA chegar, colocar as pssobre o peito da vtima e aguardar a avaliao. Se for indicado o choque, afastar-se da vtimae apertar o boto choque. Depois, fazer mais 02 minutos de compresso torcica e vericaro pulso novamente. Se o choque no for indicado, continuar com as compresses torcicas.

    At quando fazer compresses torcicas?

    y Se o pulso tiver voltado, car do lado da vtima e continuar avaliando a presena depulso a cada 02 minutos at o servio de atendimento de emergncia chegar.

    y Se o pulso no aparecer, continuar as compresses torcicas at o atendimento de

    emergncia chegar.

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    y Se o desbrilador chegar, no momento de reavaliar o pulso, na ausncia de sinais queo corao voltou a funcionar, colocar as ps do desbrilador na vtima e aguardar asinstrues do aparelho.

    Ficou confuso? Esta parte muito importante e a gura apresentada a seguir vai aju-dar voc a entender como a sequncia.

    1.2.5 Sequnca da Reanmao Cardopulmonar

    Fonte:America Heart Association. SBV para prossionais de sade (2008).

    Agora, voc j sabe identicar uma parada cardiorrespiratria, iniciar uma reanimao

    cardiopulmonar e como utilizar um desbrilador externo automtico. Mas, ainda existem ou-tras situaes que colocam em risco a vida das pessoas. Vamos conhec-las e aprender oque fazer nestas situaes!

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    1.3 Obstruo das vias areas

    A obstruo das vias areas pode impedir a entrada de ar para os pulmes, parando arespirao, Caso isso ocorra, a vitima pode at morrer. As vias areas podem ser obstrudas

    por pedaos de comida, pequenos objetos ou por gua (no caso de afogamento).

    Essa obstruo pode ser leve ou grave, conforme caracterizado no quadro a seguir.Examine-o com ateno.

    Obstruo leve da via area O ar aindaconsegue entrar e sair.

    Obstruo grave da via area O ar noconsegue entrar nem sair da vtima.

    Sinais

    A pessoa pode apresentar um chiado no

    peito, ainda consegue tossir e falar algumacoisa.

    Sinais

    A pessoa pode apresentar um rudo bem

    agudo (no) ou nenhum rudo, no conse-gue falar ou tossir e pode comear a apre-sentar cianose (lbios ou extremidades decor azulada).

    Aes

    Encorajar a pessoa a tossir e manter osmovimentos respiratrios. Caso ela noconsiga expelir o que est obstruindo apassagem do ar, chame o servio de emer-gncia.

    Aes

    Chamar por ajuda e iniciar a manobra dedesobstruo das vias areas.

    Nunca se deve bater nas costas da vtima, pois isso pode fazer oobjeto entrar mais ainda!

    Primeiros socorros so aqueles cuidados prestados inicialmente auma pessoa, em qualquer situao, at a chegada de um servio

    mdico de emergncia. Esses cuidados podem diminuir os danos svitimas e at salvar suas vidas.

    1.4 Desobstruo das vias areas

    Para ajudar a vtima, preciso proceder da seguinte forma:

    y Primeiramente, falar para ela que quem est socorrendo treinado e vai ajud-la.

    y Pedir a algum para chamar ajuda enquanto se iniciam as manobras para desobstru-o da via area.

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    Unidade 1 Primeiros Socorros e atendimento pr-hospitalar

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    EM CASO DE LACTENTES

    Ajoelhar-se ou sentar-se com o lactente em seu colo.

    Deitar o lactente nos seus joelhos com a barriga voltada para baixo (inclinada parabaixo), apoiada em seu antebrao.

    Apoiar a cabea e a mandbula do lactente com a mo.

    Aplicar at 05 golpes no centro das costas, 03 ou 04 vezes. preciso ter cuidadocom a fora! Ela deve ser apenas o suciente para deslocar o corpo estranho.

    Virar a vtima (cabea voltada para cima) e aplicar 05 compresses na altura dosmamilos com os dedos, da mesma forma que se faz na RCP.

    Fonte: American Heart Association. SBV para prossionais de sade (2008).

    Em caso de crianas e adultos

    Abraar a vtima por trs e colocar as mos na altura do estmago. Golpear a regiopara cima.

    Se a vtima perder a conscincia ou desmaiar, iniciar as manobras de RCP.

    Fonte:American Heart Association. SBV para prossionais de sade (2008).

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    y Repetir o procedimento at que o corpo estranho seja removido ou at que a vtimase torne no responsiva.

    No se deve tentar retirar o objeto da garganta da vtima se no puderv-lo, pois isso poder empurr-lo mais para dentro. Se depois dasmanobras o objeto car visvel na boca, retir-lo com cuidado paraque no entre novamente.

    y Se a vtima perder a conscincia ou desmaiar, iniciar as manobras de RCP.

    Voc nalizou a primeira Unidade do Mdulo de Segurana e Primeiros Socorros! Viu

    quantas coisas voc aprendeu?Agora, voc j sabe:

    y avaliar a cena e a vtima quando algo acontecer;

    y identicar uma parada cardiorrespiratria, e como agir nesta situao;

    y o que fazer quando encontrar algum com a via area obstruda.

    Ento, vamos testar os seus conhecimentos!

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    Unidade 1 Primeiros Socorros e atendimento pr-hospitalar

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    Teste seus conhecimentos

    ATIVIDADE 1

    Imagine que uma pessoa adulta esteja com as vias areas obstrudas. Nestecaso, a ao que NOse deve fazer :

    a) Chamar ajuda, enquanto inicia as manobras visando desobstruodas vias areas.

    b) Abraar a vtima por trs, golpeando a regio para cima, na altura doestmago.

    c) Fazer tentativas de retirar o corpo estranho dando tapas nas costasda vtima.

    d) Iniciar as manobras de reanimao cardiopulmonar, se a vtimaperder a conscincia.

    AtiviDADE 2

    A compresso torcica parte fundamental da reanimao cardiopulmonar.Partindo desta ideia e, supondo que uma pessoa esteja em uma situao deprimeiros socorros, quando ela ir parar de fazer as compresses torcicas?

    a) A cada trs minutos, visando vericar o pulso da vtima.

    b) Depois de choque com o Desbrilador Externo Automtico.

    c) Aps 10 minutos de Reanimao Cardiopulmonar (RCP).

    d) Quando for possvel sentir novamente o pulso da vtima.

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    Undade 2Hemorragia e criseconvulsiva: o que fazerpara ajudar?

    Quanta coisa importante voc aprendeu na Unidade anterior! Agora, voc ir aprendera identicar uma pessoa que est tendo uma hemorragia ou sofrendo crises convulsivas e oque se pode fazer para ajud-la.

    2.1 A ma es sangrando? hemorraga!

    A hemorragia o extravasamento de sangue para fora dos vasos sanguneos e, doponto de vista clnico, pode ser classicada em externa ou interna.

    a) Sinais e sintomas das hemorragias externas:

    y Agitao, a pessoa pode car confusa ou agressiva.

    y Palidez.

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    Unidade 2 Hemorragia e crise convulsiva: o que fazer para ajudar?

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    y Sudorese intensa.

    y Pele fria.

    y Hipotenso.

    y Sede.

    y Fraqueza.

    y Frequncia cardaca acelerada (acima de 100 bpm).

    Veja no quadro a seguir uma explicao sobre o que vem a ser bpm.

    A frequncia cardaca a quantidade de vezes que o corao batedurante um minuto. Para saber qual a frequncia cardaca de umapessoa, preciso seguir os passos abaixo:

    Encontrar o pulso (lembra-se da tcnica que vimos no incio daUnidade?).

    Acompanhar, com a ajuda de um relgio, quantas vezes possvel senti-lo em 15 segundos.

    Multiplicar este valor por 04.

    Exemplo: em 15 segundos, foi possvel sentir o pulso 20 vezes. Ento,a frequncia cardaca da pessoa de 80 bpm (batimentos por minuto).

    b) Sinais e sintomas das hemorragias internas:

    Idnticos (iguais) aos da hemorragia externa, acrescidos dos seguintes:

    y Sada de sangue ou uidos pelo nariz e/ou pavilho auditivo externo.

    y Vmito ou tosse com presena de sangue.

    y Contuses e hematomas.

    y Rigidez ou espasmos dos msculos abdominais.

    y Dor abdominal.

    y Sangramento pelas genitlias.

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    2.1.1 Classcao anamca

    y Arterial: hemorragia que faz jorrar sangue pulstil e de corvermelho vivo; a mais perigosa porque a vtima pode perder

    grande quantidade de sangue em poucos minutos.

    y Venosa: hemorragia na qual o sangue sai lento e contnuo,com cor vermelho escuro.

    y Capilar: o sangue sai lentamente dos vasos menores, na corsimilar ao do sangue venoso.

    Fonte:Manual de Atendimento Pr-hospitalar do CBMDF (2007).

    2.1.2 tcncas de coneno de hemorragas

    a) Presso direta sobre o ferimento: SEMPRE SE PROTEGER, USANDO LUVAS.Caso no haja ataduras disponveis, pode-se comprimir com qualquer pano secolimpo. No trocar o pano usado inicialmente, se necessrio, colocar outro por cima.

    Fonte:Manual de Atendimento Pr-hospitalar do CBMDF (2007)

    Sangue arterial o san-gue que est vindo docorao, por isso ele mais forte.

    Sangue venoso aque-le que est voltandopara o corao, por issoele sangra mais deva-gar.

    O capilar so microva-sos.

    Quanto mais vermelhovivo for o sangue, maiora quantidade de oxig-nio. Por este motivo, osangue arterial, que saido corao e leva oxi-gnio para os tecidos,tem uma colorao mais

    viva.

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    b) Elevao do membro: se o sangramento no parar s com a compresso, conti-nuar comprimindo o local do sangramento e elevar o membro acima da altura docorao da vtima.

    Fonte:Manual de Atendimento Pr-hospitalar do CBMDF (2007).

    c) Compresso dos pontos arteriais: se o sangramento continuar, mesmo com acompresso do local e com a elevao do membro, comprimir o ponto arterial maisprximo antes da leso.

    Fonte: Manual de Atendimento Pr-hospitalar do CBMDF (2007).

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    Pontos arteriais so todos os locais em que voc pode sentir o pulsoda vtima. Por exemplo, se ela est com um sangramento no dedo damo, o ponto arterial mais prximo o que se consegue sentir no pu-

    nho. Observar os pontos arteriais a seguir e procure em voc mesmopara ir treinando.

    Em casos de amputao traumtica, esmagamento de membro e hemorragia em vasoarterial de grande calibre, devemos empregar a combinao das tcnicas de conteno an-teriormente mencionadas.

    2.2 Conulses

    Crise convulsiva um tipo de ataque que ocorre por um distrbio no crebro (como sefosse um curto circuito). A vtima perde o contato com o meio ambiente (ela pode at estarcom os olhos abertos, mas no responde se algo lhe perguntado) e comea a apresentarmovimentos involuntrios e desordenados de esticar e contrair os braos e as pernas. Ge-ralmente, a vtima contrai fortemente a mandbula, podendo at machucar a lngua. Quandoa crise est acabando, todos os msculos relaxam. A vtima pode babar, urinar ou evacuar.Ao passar a crise convulsiva, a vtima pode car confusa, com dor de cabea e sonolncia,por vrias horas.

    2.2.1 Como ajudar uma pessoa em crse conulsa

    y Ao identicar uma pessoa em crise convulsiva, chamar por ajuda, pois ela precisarser removida o quanto antes para um servio mdico.

    y Afastar os objetos que possam causar leses na vtima.

    y Proteger a cabea da vtima com a mo, roupa ou travesseiro.

    y Afastar os curiosos, dando espao para a vtima respirar.

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    Unidade 2 Hemorragia e crise convulsiva: o que fazer para ajudar?

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    y Lembrar que a vtima pode morder a lngua. Nunca tentar abrir a boca da vtima coma mo ou com algum objeto para impedir que ela morda a lngua. melhor que elamorda a lngua do que quebre um dente com o objeto que venha a ser colocado nointerior da boca, ou mesmo corte o seu dedo.

    y Durante a crise convulsiva, a pessoa pode comear a se debater. No tente segur-laprendendo seus braos ou suas pernas. Voc deve apenas afastar objetos que pos-sam machuc-la e segurar sua cabea.

    O quadro de crise convulsiva descrito pode durar at 03 minutos,por isso, necessrio permanecer ao lado da vtima.

    2.2.2 O que precso fazer aps a crse conulsa?

    y Lateralizar a cabea da vtima para que a saliva escorra, evitando engasgos.

    y Observar se a respirao est adequada.

    y Limpar as secrees salivares, com um pano ou papel, para facilitar a respirao.

    y Se a vtima quiser dormir, deix-la descansar de lado, enquanto aguarda o socorro.

    y No medicar a vtima, mesmo que ela tenha os medicamentos, nem oferecer nadapara beber ou comer, pois os reexos no esto totalmente recuperados, e ela podese afogar ao engolir o comprimido e a gua.

    y No deixar a vtima sozinha nesta fase.

    y Esperar a chegada do servio de atendimento de emergncia.

    Viu como simples ajudar algum que est tendo uma crise convulsiva? Todo o seu

    estudo at agora j lhe mostrou como lidar com diversas situaes que podem colocar emrisco a vida de algum. A seguir, veremos situaes que podem colocar em risco a vida devrias pessoas, quando elas esto em uma multido. Preparado? Vamos nessa!

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    Teste seus conhecimentos

    ATIVIDADE 1

    Suponha que, em uma situao de emergncia, uma pessoa seja encontradaapresentando uma crise convulsiva. Considerando o atendimento adequado aser dado a essa pessoa, avalie as aes listadas a seguir:

    I. Colocar um pano na boca da vtima para ela no morder a lngua.

    II. Afastar objetos prximos vtima para que ela no se machuque.

    III. Segurar os braos e as pernas da vtima para eles no carembatendo.

    IV. Oferecer gua para a vtima tomar, aps acabar a crise convulsiva.

    V. Proteger a cabea da vtima com a mo ou com uma roupa limpa.

    Das aes apresentadas, quais delas NO PODEM ser realizadas, no caso deuma crise convulsiva?

    a) I, II e IV.

    b) I, III e IV.

    c) II, III e V.

    d) III, IV e V.

    AtiviDADE 2

    Imagine que, durante um dos jogos da Copa do Mundo da FIFA 2014, umvisitante corte o p com um caco de vidro. O que deve ser feito neste caso?

    a) Colocar a pessoa sentada, com o p para baixo, para aguardar oatendimento.

    b) No comprimir, caso o sangue saia em jatos e com coloraovermelho vivo.

    c) Lavar com gua limpa o ferimento da vitima at que ele pare desangrar.

    d) Comprimir o local do ferimento e, se no parar de sangrar, elevar op da vtima.

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    Unidade 3Situaes de catstrofee pnico e o plano deevacuao

    Multides fazem parte do cotidiano das grandes cidades e, normalmente, interagemsem maiores problemas. Provavelmente, os lugares em que o voluntrio ir atuar durante osjogos da Copa do Mundo da FIFA 2014 vo aglomerar grande quantidade de pessoas.

    Explorao sexual no turismo, crime. Entre em campo pelosdireitos de crianas e adolescentes! Se voc presenciar qualquerviolao de direitos, denuncie, ligue 100. Para mais informaes,estude o Mdulo Hospitalidade e Turismo ou acesse:www.childhood.org.br

    Tudo est sendo organizado para que situaes que ponham as multides em perigono ocorram, mas mesmo assim elas ainda podem acontecer. Por isso, o voluntrio, como

    ponto de referncia para aquelas pessoas, tem papel importantssimo na preveno de maio-res danos e em eventuais retiradas delas do local.

    Ento, nesta Unidade, voc vai aprender como agir em situaes envolvendo multi-des e que podem gerar pnico nas pessoas.

    Lembre-se: uma multido em fuga no , necessariamente, umamultido em pnico.

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    3.1 Tipos de eventos envolvendo multides

    Dois tipos de eventos podem ocorrer quando uma grande quantidade de pessoas di-vide o mesmo espao:

    y Desastres incndios, exploses, colapsos de edifcios, atentados terroristas, cats-trofes naturais, mau tempo.

    y Distrbios da ordem tumultos, desobedincia civil, manifestaes no paccas,disputas, brigas.

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    Unidade 3 Situaes de catstrofe e pnico e o plano de evacuao

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    FATOS COMPROVADOS EM DESASTRES

    Pessoas morrem mais por compaixo do que por competio. Elas, frequentemente,

    demoram a sair do ambiente porque esto ajudando amigos ou familiares. Quando h uma crise em um lugar cheio, as pessoas se identicam com algum que

    julgam que esteja mais preparada para lidar com esta situao uma pessoa queesteja com um uniforme ou com um sinalizador (elas vo se identicar e obedeceraos seus comandos).

    Equipes de resgate podem preparar as pessoas presentes como primeira resposta.

    Quanto maior a multido, mais perigosa ela se torna.

    No possvel perceber o tumulto at que seja tarde demais para tentar escapar.

    Existe uma tendncia de as pessoas se abrigarem em um mesmo lugar.

    H uma diminuio do senso de responsabilizao. Isso signica que as pessoasem pnico costumam fazer coisas que elas no fariam normalmente, como pular ummuro ou seguir por uma rota insegura.

    O comportamento das pessoas, nestas situaes, est relacionado sua vontade, eno ao medo.

    3.1.1 O que fazer nesta situao?

    Ento, o que se pode fazer em uma situao que gere pnico em uma grande multido?

    y Ter calma! O voluntrio a pessoa capacitada mais prxima da multido, desta for-ma, as pessoas vo t-lo como referncia.

    y Chamar por ajuda! No se deve pensar que, s porque algo muito grave est ocor-rendo, algum j deve ter comunicado o servio de emergncia. Pode ser que todostenham este mesmo pensamento. importante comunicar o servio de emergncia e

    ver o que j est sendo feito para controlar a situao,y Assumir a liderana sobre as vtimas. Demonstrar segurana e objetividade para

    dar ordens. Explicar o problema e o que necessrio ser feito de forma simples eclara,

    y Retirar as pessoas do local! Lembrar que as pessoas podem demorar a perceber otumulto! Pois , isto pode ocorrer. As pessoas podem demorar a ver o perigo da situa-o e car no local por curiosidade ou esperando algum conhecido.

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    Veja, abaixo, exemplos de sinalizao de sadas!

    importante que esta sinalizao tenha luzes de emergncia, de

    forma que, mesmo faltando energia, elas possam ser localizadas,inclusive no cho.

    3.2 Plano de eacuao

    Antes mesmo de um evento iniciar, j comeam as aes para prevenir o pnico. Deste

    modo, deve-se conhecer bem:y O local;

    y A localizao dos equipamentos de primeira resposta, como extintores e alarmes deincndio;

    y O ponto de encontro que ser denido previamente junto equipe de atendimento aemergncias;

    y Os caminhos denidos no plano de evacuao, e que geralmente estaro sinalizados;

    y O programa de evacuao do local.

    Alm dos pontos elencados acima, so fundamentais dois outros aspectos em umasituao como a que estamos discutindo:

    y Identicao dos pontos crticos, como uma porta muito estreita e local com risco dequeda;

    y Seleo dos locais de concentrao, que tambm sero denidos previamente junto equipe de atendimento a emergncias.

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    Unidade 3 Situaes de catstrofe e pnico e o plano de evacuao

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    3.2.1 Aes de eacuao

    y Usar os sistemas de alarme e de comunicao para ordenar a evacuao.

    y Identicar as rotas de sada mais prximas.

    y Mover os ocupantes para rea segura.

    y Usar as sadas de emergncia.

    y Identicar as escadas para evacuao do local.

    y Orientar as vtimas quanto maneira correta de descer as escadas.

    y Em caso de rota insegura, avaliar e, se possvel, aguardar o controle da situao emum local seguro.

    y Identicar os ambientes que foram evacuados, marcando a porta.

    y Prevenir a reentrada das pessoas em locais que j foram evacuados.

    y Nunca deixar uma pessoa sem acompanhamento se ela estiver machucada e noser possvel acompanh-la, pedir que outra pessoa a acompanhe at a sada.

    3.3 Aes em caso de distrbios

    y No lutar contra o uxo, acompanhe a massa na diagonal at atingir a borda.

    y Manter os cotovelos afastados e as mos nos quadris.

    y Caso sinta que vai desmaiar, agarrar outra pessoa.

    y Se sentir que vai cair, tentar proteger a cabea.

    As mortes relacionadas a multides se reportam asfixia, e no afraturas ou leses internas.

    3.4 E em caso de produtos perigosos?

    Fonte:Manual de Combate a Incndio do CBMDF (2009).

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    Voc consegue imaginar quais produtos perigosos poderiam aparecer nos locais emque o voluntrio possa vir a atuar? Basicamente, pode ser um gs inamvel, um produtoradioativo ou um produto qumico. Em caso de vazamento de produtos perigosos, devem-seadotar os seguintes procedimentos:

    y Deslocar a multido em direo contrria de onde se encontram os produtos qumi-cos. Neste caso, orientar as pessoas a carem com a cabea erguida e contra o vento.

    y Orientar as pessoas para que quem longe de locais baixos, valas, pores e esgotosem que os vapores se acumulam.

    y Orientar que as pessoas se desloquem em la indiana a distncia de um metro (modireita sobre o ombro do parceiro frente).

    y Fracionar os grupos com menos de cinquenta pessoas.

    y Orientar as pessoas para espaos amplos.

    y Ajudar as pessoas que estiverem com diculdade de se deslocar (no retornar ouentrar em uma rea contaminada para salvar algum isso ca a cargo das pessoashabilitadas e com treinamento, caso contrrio, quem tenta fazer isso se transformarna prxima vtima).

    y Nunca usar ou deixar as pessoas usarem elevadores.

    y Em alguns casos, a evacuao se faz para outra parte de determinado prdio.

    y Caso o voluntrio tenha sido exposto ao produto qumico,avisar a algum, ainda quese sinta bem.

    y Marcar um ponto de concentrao.

    3.5 Em caso de exploses

    y Caso haja comunicao de presena de bomba, sair e retirar as pessoas o mais rpi-do possvel do local, sem pnico, seguindo as orientaes j apresentadas.

    y Orientar e car longe de janelas que podem se estilhaar ou estruturas que possamcair e machucar as pessoas.

    y No caso de queda de escombros, procurar abrigo embaixo de uma mesa slida, oucolocar um casaco, uma gaveta ou almofada de cadeira protegendo a cabea na di-reo do evento.

    y Nunca usar ou deixar as pessoas usarem elevadores.

    y Deslocar-se em la indiana a distncia de um metro (mo direita sobre o ombro doparceiro frente).

    y Fracionar os grupos em nmero menor que cinquenta pessoas.

    y Orientar as pessoas para espaos amplos.

    y Marcar um ponto de concentrao.

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    Unidade 3 Situaes de catstrofe e pnico e o plano de evacuao

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    3.6 Preso em escombros

    Se voc encontrar algum preso nos escombros ou se voc mesmo estiver preso, oque fazer?

    y Preso em escombros car calmo, tentar evitar levantar poeira, tampar o nariz e aboca com um pano e bater em alguma coisa para fazer barulho (cano ou parede) paraque a equipe de resgate oua. Gritar somente como ltimo recurso, pois, desta forma,evita-se a inalao de poeira.

    y No resgatar ningum em situaes de incndio, substncias qumicas, agentes bio-lgicos, agentes radioativos e em estrutura colapsada deixar por conta de equipesespecializadas neste tipo de resgate.

    Nesta Unidade, voc aprendeu que vrias situaes podem gerar pnico em umamultido e como se deve agir nessas situaes. Aprendeu, tambm, a importncia de semanter atento s rotas e ao plano de evacuao do local em que o voluntrio possa vir aatuar e que este deve tomar a liderana para auxiliar as pessoas a sarem de perto dassituaes de risco.

    Imaginar algumas dessas situaes pode despertar ansiedade e medo, mesmo antesde a situao acontecer. Deve-se manter a calma! Tudo est sendo organizado para quenada disso acontea. E, se acontecer, esta capacitao j o deixa mais preparado para taissituaes, caso voc seja selecionado para atuar como voluntrio durante um Megaevento!

    Agora, chegou a hora de testar seus conhecimentos! Vamos l!

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    Segurana e Primeiros Socorros Curso de Capacitao para o voluntariado em Megaeventos

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    Teste seus conhecimentos

    ATIVIDADE 1

    Quando ocorre uma situao de grande perigo, isso pode gerar pnico naspessoas. Em situaes assim, fundamental levar as pessoas para um localseguro.

    A partir dessa ideia e dos estudos realizados, avalie as alternativas a seguir,considerando medidas a serem tomadas visando a um plano de evacuaomais seguro.

    I. Orientar que as pessoas sigam, com calma, para a sada maisprxima.

    II. Dizer para as pessoas usarem os elevadores, visto que eles so

    mais rpidos.III. Deixar s uma pessoa machucada para aguardar atendimento de

    emergncia.

    IV. Assumir a liderana do grupo, aps identicar-se como pessoatreinada.

    V. Utilizar a rota de sada mais prxima, mesmo que ela no se mostresegura.

    correto APENASo que se arma em:

    a) I e II.

    b) I e III.

    c) I e IV.

    d) I, III e V.

    e) I, II, III, IV e V.

    AtiviDADE 2

    Em situaes de grande perigo, necessrio evacuar o local, alm de conduziras pessoas para outro seguro. Para isso, importante conhecer o plano deevacuao do local denido para o lugar em que determinado Megaevento estsendo realizado.

    Assim, INCORRETOarmar que faz parte desse plano de evacuao:

    a) Saber a localizao dos equipamentos de primeira resposta, comoextintores.

    b) Apagar incndios de grande proporo e resgatar vtimas deescombros.

    c) Conhecer bem o local e de maneira adequada possveis rotas deevacuao.

    d) Identicar pontos crticos como, por exemplo, uma porta bastanteestreita.

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    Unidade 4Preveno e combate aprincpios de incndio

    Vimos, na Unidade anterior, vrias situaes que podem gerar pnico em umamultido. Uma das situaes citadas, e que iremos ver com mais detalhes nesta Unidade, o incndio, que pode ser desde um pequeno foco de fogo, rapidamente controlado, a umincndio de grandes propores, que ir exigir a evacuao rpida das pessoas que estono local.

    Estudaremos, aqui, os fatores de risco para o aparecimento de incndios, como com-bater pequenos focos de fogo e como retirar as pessoas do local.

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    4.1 Elementos essenciais do fogo

    Para voc entender como o fogo pode se espalhar to facilmente, importante queconhea os elementos essenciais do fogo: combustvel, comburente e energia.

    Mas, para que se tenha o fogo, h, ainda, necessidade da reao em cadeia, fatorfundamental para dar continuidade s chamas. Quando a energia (fonte de calor) chegaprximo ao material combustvel, tem-se a quebra das molculas e a liberao dos radicaislivres que iro reagir com o oxignio e assim iniciar a combusto.

    A gura apresentada, a seguir, contribui para tornar mais clara a relao entre esseselementos bsicos que acabamos de comentar. Examine-a com ateno.

    (fasca de fogo, cigarro aceso, descarga eltrica)

    (Oxignio do ar)COMBURENTE

    ENERGIAREAO EM

    CADEIA

    COMBUSTVEL

    (lcool, gasolina,madeira, papel)

    Fonte: Manual de Combate a Incndio do CBMDF (2009).

    Atendimento hospitalar do CBMDF

    4.2 Aes preenas

    Prevenir sempre melhor que remediar ou, neste caso, apagar o fogo!

    Medidas simples podem impedir ou reduzir signicativamente a gravidade do incndio,

    como, por exemplo:

    y Ter cuidado com fogos de artifcio ou sinalizadores.

    y Fazer o descarte adequado do cigarro.

    y Estar atento a fontes de energia desprotegidas (como uma tomada ou um o solto)e a canos de gs vazando. Nesses casos, CHAMAR imediatamente um servio demanuteno.

    Se, mesmo assim, algum detectar um foco de incndio, importante que somente

    tente apag-lo se ele for pequeno e tiver instrumento apropriado para faz-lo. preciso notentar apagar um fogo de grande proporo. Retirar as pessoas do local em segurana edeixar que a equipe especializada faa o trabalho dela.

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    Unidade 4 Preveno e combate a princpios de incndio

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    4.3 Aes gerais em incndios

    4.3.1 Aes iniciais

    y Manter a calma.

    y Ligue ou pea para algum ligar para o Corpo de Bombeiros 193.

    y Acionar o alarme de incndio.

    y Buscar controlar o pnico.

    y Iniciar a evacuao do local, deslocando as pessoas com calma.

    y Se possvel, buscar meios de apagar o fogo.

    S tentar apagar o fogo se ele estiver no incio!

    4.3.2 Aes que dculam a propagao do fogo

    y Fechar o registro de gs.y Retirar ou afastar os objetos que ainda no foram atingidos pelo

    fogo.

    y Afastar ou retirar o que est queimando.

    y Fechar a porta do cmodo incendiado.

    y Tapar frestas com panos midos.

    y Molhar portas e paredes.

    y Afastar objetos de paredes aquecidas.

    y Se a situao se agravar, fugir do local.

    4.3.3 Aes durante a fuga

    y O mais importante conhecer bem o local, pois, dependendo da quantidade de fuma-a no ambiente, a sinalizao car prejudicada e at mesmo sem visualizao.

    y Deslocar-se abaixado.

    y

    Respirar mais prximo dos cantos de parede.y Utilizar um pano mido como ltro.

    gua apaga fogo? Nemsempre!

    Se o fogo tiver como cau-sa uma fonte de ener-gia eltrica, jamais jogargua para combater ofogo, pois ela conduz ele-tricidade!

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    y Antes de abrir uma porta, vericar se ela e a maaneta esto quentes.

    y Utilizar a sada de emergncia, e no o elevador.

    y Sempre seguir em direo sada.

    y Em local seguro, aguardar os bombeiros para prestar informaes necessrias.

    Voc se lembra da tragdia que ocorreu na boate Kiss, no dia 27 dejaneiro de 2013, que matou 242 pessoas e feriu outras 116, na cidadede Santa Maria, no Rio Grande do Sul? Foi um grande incndio e,dentre as vrias falhas apontadas na segurana do local, uma dasprincipais foi a falta de uma sinalizao da sada. Como as pessoasestavam em pnico, muitas delas correram para o banheiro, nico

    local com a luz acesa, e acabaram morrendo ali. Caso as pessoasconhecessem as rotas de sada e estas estivessem bem sinalizadas,muitas mortes poderiam ter sido evitadas.

    4.3.4 Aes de sobrevivncia

    y Caso se tenha um telefone, informar aos bombeiros a localizao.

    y

    Procurar uma janela e pedir por socorro, mas nunca pular.y Buscar um local isolado do fogo e da fumaa.

    y Ficar atento ao que est acontecendo no ambiente.

    y No caso de comear a entrar fumaa pelas frestas, tentar vedar.

    y Caso a porta ou a parede comecem a aquecer, molhe-as.

    y Afastar objetos de paredes aquecidas.

    y Se entrar fumaa, deitar prximo parede e respirar somente pelo nariz.

    y Utilizar um pano mido como ltro improvisado para respirar melhor.

    y Nunca se posicionar em janelas ou portas por onde a fumaa est saindo.

    4.3.5 Aparelhos extintores

    Voc se lembra de que s se deve apagar incndios se eles estiverem no incio? En-to, para ajudar a combater princpios de incndio, so utilizados extintores de incndios.

    Existem alguns tipos de extintores e bom que os conhea para, caso necessite uti-

    liz-los, faa-o de forma correta. So exemplos de agentes extintores: gua; espuma; CO2;p para extino.

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    Unidade 4 Preveno e combate a princpios de incndio

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    A ecincia na utilizao desses agentes depende de trs fatores:

    y manuteno correta;

    y sinalizao e acesso;

    y habilidade do operador.

    4.3.6 Classes de incndio

    Para que voc saiba qual tipo de extintor utilizar, necessrio, primeiramente, com-preender que o fogo classicado de acordo com o elemento que lhe deu origem. Observeo quadro a seguir:

    CLASSIFICAO DO FOGO MATERIAIS

    Classe A

    Materiais slidos que queimam em superfcie eprofundidade. Exemplos: madeira, papel e tecido.

    Classe B

    Lquidos inamveis, graxa e gases inamveisque queimam somente em superfcie. Exemplos:gasolina e lcool.

    Classe C

    Equipamentos eltricos energizados. Exemplos:

    TV e computador ligados rede eltrica.

    Classe D

    Ligas metlicas e materiais pirofricos, Exemplos:magnsio e titnio.

    Fonte:Manual de Combate a Incndio do CBMDF (2009).

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    Apresentamos, a seguir, outro quadro que contm os tipos de extintores e as classesde fogo que eles podem apagar. Observe:

    CLASSE GUA CO2 PQS1 PQS2 ESPUMA

    A SIM NO NO SIM SIM

    B NO SIM SIM SIM SIM

    C NO SIM SIM SIM NO

    Fonte:Manual de Combate a Incndio do CBMDF (2009).

    No se preocupe em decorar essas classes de fogo. Voc deve apenas saber que elasexistem e que nem todo extintor pode ser utilizado em qualquer princpio de incndio. Vaidepender da origem do fogo. Os extintores so devidamente identicados com o tipo de fogoque eles podem apagar. s car atento!

    Agora, terminamos a ltima Unidade do Mdulo de Segurana e Primeiros Socorros.Nesta Unidade, voc viu que o fogo necessita de trs elementos para existir: comburente,energia e combustvel. Aprendeu, ainda, que s deve tentar apagar o fogo se ele estiver noincio, bem como as medidas de segurana para escapar de um incndio. Estudou, tambm,-que existem diferententes tipos de extintores, um para cada tipo de fogo.

    Para certicar-se de que compreendeu esta Unidade, teste seus conhecimentos!

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    Unidade 4 Preveno e combate a princpios de incndio

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    Teste seus conhecimentos

    ATIVIDADE 1

    Imagine que, durante um dos jogos da Copa do Mundo da FIFA 2014, umapessoa se depare com um incndio de grande proporo. Diante disso, eladever:

    I. Chamar por ajuda e, ao mesmo tempo, disparar o alarme de incndio,caso exista.

    II. Combater o fogo, rpida e organizadamente, at que o Corpo deBombeiros chegue.

    III. Retirar as pessoas do local seguindo a sinalizao de emergnciaexistente.

    IV. Orientar que as pessoas quem com as cabeas erguidas, mesmo

    com fumaa no lugar.So corretos os itens:

    a) II.

    b) I e II.

    c) I e III.

    d) I, III e IV.

    e) I, II, III, IV e V.

    AtiviDADE 2

    Os extintores de incndio podem ser teis para incndios que esto comeando,mas importante utilizar o extintor certo para cada classe de fogo.Considerando essa ideia e os estudos realizados, observe os seguintessmbolos e coloque, entre parnteses, a classe a qual cada um deles pertence.

    Classe A: Materiais slidos que quei-mam em superfcie e profundidade.Exemplos: madeira, papel e tecido.

    ( )

    Classe B: Lquidos inamveis, graxa

    e gases inamveis. Queimam somenteem superfcie. Exemplos: gasolina elcool. ( )

    Classe C: Equipamentos eltricosenergizados. Exemplos: TV e computa-dor ligado rede eltrica.

    ( )

    Classe D: Ligas metlicas e materiaispirofricos. Exemplos: magnsio e titnio.

    ( )

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    Referncias

    AMERICAN HEART ASSOCIATION. Fundao Interamericana do Corao. SBV para profis-sionais de sade. So Paulo: Prous Science, 2008.

    ______. Suporte avanado de vida em cardiologia:livro do prossional de sade. Barueri:Margraf, 2007.

    BON, E. Prtica de enfermagem. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1988.

    CALIL, A. M. O enfermeiro e as situaes de emergncia. So Paulo, Atheneu, 2007.

    CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. Manual de atendimentopr-hospitalar do CBMDF.Braslia: CBMDF, 2007.

    ______.Manual bsico de combate a incndio. 2. ed. Mdulo 1. Comportamento do fogo.Braslia: CBMDF, 2009. Aprovado pela portaria n. 30, de 10 de novembro de 2006, e publica-do no Boletim Geral n. 216, de 16 de novembro de 2006.

    GUYTON & HALL. Tratado de fisiologia humana e mecanismos das doenas.6.ed. Rio deJaneiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 1996.

    ______. Tratado de fisiologia mdica. 10. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara KooganS.A., 2002.

    MARTINS, H. S. et al. Emergncias clnicas:abordagem prtica. 5. ed. So Paulo: Manole,

    2010.

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    AUTORES DO MDULO

    Carlos Srgio Muniz

    Coronel do quadro de ociais Mdicos do Corpo de Bombeiros Militar do

    Distrito Federal CBMDF.

    Clayson Augusto Marques Fernandes

    Major do quadro de ociais Combatentes do Corpo de Bombeiros

    Militar do Distrito Federal CBMDF. Graduao em Engenharia do

    Incndio e Pnico e Ps-graduao em Gesto Corporativa.Cursos

    de Especializao na atividade de Bombeiro: Tcnico em Emergncia,

    Atendimento pr-hospitalar em nvel internacional, Preparatrio de

    Instrutores; Resposta a Emergncias com Produtos Perigosos e Buscae Resgate em Estruturas Colapsadas. Comandante do 1 Grupamento

    do Bombeiro Militar.

    Giancarlo Borges Pedroso

    Major do quadro de ociais Combatente do Corpo de Bombeiros Militar

    do Distrito Federal - CBMDF. Graduado em Engenharia de Incndio e

    Pnico; e Bacharel em Direito. Ps Graduado em Treinamento Fsico

    Militar (UNB); Ps Graduado em Direito Penal; Ps Graduado emAdministrao Pblica - CIPAD (Fundao Getlio Vargas). Cursos de

    Especializao na atividade de Bombeiro: Curso de Combate a Incndio

    e Salvamento Aeronutico - CECISA; Curso de Socorros de Urgncia

    CSU; Curso de Atendimento Pr-hospitalar - APH-B; Curso de Busca

    e Resgate em Estruturas Colapsadas - BREC; Curso de Sistema de

    Comando de Incidentes - SCI; Curso de instrutor de APH; Curso de

    Instrutor de BREC; Curso de Instrutor de SCI. Comandante do 15

    Grupamento de Bombeiro Militar - Asa Sul.

    Tarcsio de Souza Vasconcelos

    Major do quadro de ociais Combatente do Corpo de Bombeiros Militar

    do Distrito Federal CBMDF, Ps-Graduao em Planejamento e Gesto

    em Defesa Civil, especializado nas reas de Defesa Civil, Produtos

    Perigosos, Planejamento Operacional/ Estratgico, Gerenciamento de

    Crises, Mediao de conitos e Sistema de Comando de Incidentes.

    Chefe da Subseo de Emprego Operacional e Servio de Atendimento

    s Emergncias com Produtos Perigosos do COMOP.

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    Moema Borges

    Professora Doutora em Cincias da Sade do Departamento de Enfer-

    magem da Faculdade de Cincias da Sade e do Programa de Ps- Graduao em Enfermagem da Universidade de Braslia-UnB.

    Nayara da Silva Lisboa

    Enfermeira formada pela Universidade de Braslia (UnB). Especialista

    em Enfermagem em Urgncia e Emergncia pelo Centro de Estudos

    de Enfermagem e Nutrio (PUC/GO). Aluna do Programa de Ps-

    Graduao do departamento de Enfermagem da UnB (mestrado). Atua

    como enfermeira na Secretaria de Estado de Sade do Distrito Federal

    e docente na Escola Superior de Cincias da Sade.

    REVISO DO MDULO

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