25 de abril de 1974
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A Ditadura Salazarista Em 1928, o General Óscar Carmona, nomeou António de Oliveira Salazar para Ministro das Finanças, acreditando que ele seria capaz de resolver a crise económica que Portugal enfrentava. Como foi bem sucedido, Salazar ganhou prestígio, sendo nomeado, em 1932, Chefe do Governo. Em 1933, Salazar, apresentou e fez aprovar uma Nova Constituição. Esta limitou os direitos e liberdades individuais, como a liberdade de expressão e à greve. O aumento do poder de Salazar, favoreceu a instauração da Ditadura Salazarista, iniciando-se o Estado Novo.
Cartaz apelando ao voto dos cidadãos para a nova Constituição
Descontentamento da população portuguesa face ao Estado Novo
A edificação do Estado Novo, levou ao descontentamento da população portuguesa. Este descontentamento ficou a dever-se:
1 – À falta de liberdade de expressão. O Estado criou instituições de carácter repressivo, como a polícia política (PIDE – Polícia Internacional de Defesa do Estado) e a Censura. Estas perseguiam, reprimiam e condenavam todos aqueles que se opusessem ao regime;
Caricatura censurada Representação da PIDE
Colónia Penal do Tarrafal Forte de Caxias
Forte de Peniche
Estas prisões eram os locais onde o estado reprimia os opositores aplicando as mais variadas torturas.
2- A imposição, pelo Estado, do modo de vida dos indivíduos. A existência de duas organizações paramilitares, às quais todos os jovens deviam pertencer, “Legião Portuguesa” e “Mocidade Portuguesa”. O Estado controlava a formação ideológica da população e a educação da juventude, impondo a trilogia: “Deus”, “Pátria” e “Família”;
Cartaz ilustrativo da Lição de Salazar
Bandeira da Legião Portuguesa Bandeira da Mocidade Portuguesa
3 – A Guerra Colonial. O Estado considerava que as colónias tinham grande importância, quer política, quer económica. Mesmo depois, de ter sido pressionado pela ONU, Salazar recusou-se a dar independência às colónias, mudando-lhes o estatuto para Províncias ultramarinas. Devido a este facto, travou-se uma longa Guerra Colonial.
Cartaz de propaganda da política colonial
A Guerra Colonial
Angola Guiné
Angola
25 de Abril de 1974
Na madruga do dia 25 de Abril de 1974, um grupo de oficiais (Capitães de Abril) deram início a grandes movimentações militares para tomar vários pontos estratégicos do país. Era o início de uma tentativa de derrubar o regime, à muito planeada. Passadas algumas horas, com vários locais estratégicos do país tomados, Marcelo Caetano rendeu-se, tendo partido para o exílio. A revolução saiu, então, vitoriosa, podo fim a mais de 40 anos de ditadura!
Militares no Largo do Carmo População junta-se às Forças Armadas apoiando a Revolução
Capitão Salgueiro Maia no Largo do Carmo em Lisboa
O Movimento das Forças Armadas (MFA) derrubou, assim, o Governo sem luta. Esta revolução ficou conhecida por Revolução dos cravos, uma vez que a população ofereceu cravos vermelhos aos militares, que estes colocaram nas espingardas. O poder foi entregue a uma Junta de Salvação, presidida pelo General António Spínola, antigo governador da Guiné. Foi, então, instaurado e Portugal um regime Democrático, que permitiu a existência de vários partidos políticos, a realização de eleições livres, o fim da guerra Colonial e a elaboração de uma Nova Constituição.
General António Spínola
Grândola vila morenaTerra da fraternidadeO povo é quem mais ordenaDentro de ti ó cidade(...)Em cada esquina um amigoEm cada rosto igualdadeGrândola vila morenaTerra da fraternidade(...)À sombra duma azinheiraQue já não sabia a idadeJurei ter por companheiraGrândola a tua vontade
Músicas que serviram como sinais para a revolução
José Afonso
Quis saber quem souO que faço aquiQuem me abandonouDe quem me esqueciPerguntei por mimQuis saber de nósMas o marNão me trazTua voz.
Em silêncio, amorEm tristeza e fimEu te sinto, em florEu te sofro, em mimEu te lembro, assimPartir é morrerComo amarÉ ganharE perder
Tu vieste em florEu te desfolheiTu te deste em amorEu nada te deiEm teu corpo, amorEu adormeciMorri neleE ao morrerRenasci E depois do amor
E depois de nósO dizer adeusO ficarmos sósTeu lugar a maisTua ausência em mimTua pazQue perdiMinha dor que aprendiDe novo vieste em florTe desfolhei...
E depois do amorE depois de nósO adeusO ficarmos sós.
Paulo de Carvalho
Manuel Sampaio Sérgio Guimarães
Algumas produções artísticas da época
Vieira da Silva
FimAndré Conchinha