24.5.2012

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Ano II Número 186 Data 24.05.2012

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AnoII

Número186

Data24.05.2012

Alexandre PadilhaMinistro da SaúdeO Congresso apro-

vou projeto da presi-dente Dilma Rousseff, que transforma em cri-me qualquer exigência de cheque caução, pro-missória ou preenchi-mento de formulário antes do atendimento de uma pessoa em situ-ação de urgência/emer-gência em um pronto-socorro. A pena é de pagamento de multa e prisão de três meses a um ano – prazo que pode triplicar caso a omissão de atendimen-to leve à morte.

Transformar essa prática em crime foi o primeiro passo, mas cabe a todos nós, ges-tores e profissionais de saúde, sociedade, Ministério Público, Ju-diciário e polícia, fisca-lizar, denunciar e punir as irregularidades.

O Ministério da Saúde tomou a inicia-tiva do projeto como mais uma medida para reestruturar os serviços de saúde de urgência e emergência no Brasil. Com a lei, fica claro que salvar a vida de uma pessoa deve sem-pre vir antes do que qualquer outro interes-se econômico, gerando um instrumento para a punição efetiva daque-

les que não seguirem a regra. Respeitamos a participação de institui-ções privadas no setor, mas a vida não pode ser vista como mercadoria. Ela tem que ser defen-dida e protegida.

Outra ação para aperfeiçoar o atendi-mento na rede particu-lar é que, desde janeiro de 2012, os planos de saúde têm de cumprir regras da Agência Na-cional de Saúde Suple-mentar (ANS) sobre prazo máximo para marcação de consul-tas, exames e cirurgias. Criamos, também, um programa que estipula metas de qualidade e ressarcimento ao Sis-tema Único de Saúde (SUS), que em 2011 foi recorde ao somar R$ 97 milhões.

Na rede pública, estamos trabalhando para aperfeiçoar o aten-dimento às urgências. Exemplo desse com-promisso é a expansão das unidades de pron-to atendimento (UPA 24h), que oferecem consultas e tratamentos intermediários, resol-vendo até 97% dos ca-sos que atendem.

Também estabe-lecemos novos incen-tivos para mutirões de cirurgias eletivas, que aumentaram em 96,4%

o número de cirurgias de catarata de 2010 para 2011. O Ministé-rio da Saúde também estabeleceu um novo instrumento que con-tribui para avaliar o atendimento na rede pública de saúde, que é a carta SUS. Desde janeiro, ela chega à casa de todo o paciente internado na rede pú-blica. O que queremos é ouvir o usuário para contribuir na fiscaliza-ção, punir irregulari-dades, identificar o que precisa ser melhorado e premiar quem atende bem à população.

Sabemos que no-vas unidades de saúde para cobrir o acesso tão desigual são fundamen-tais. Mas a alma de um bom serviço de saúde são seus profissionais. Projeto do Ministério da Saúde com hospitais brasileiros de excelên-cia para capacitação e reorganização do aten-dimento a infarto nas urgências e emergên-cias do SUS foi mun-dialmente reconhecido pela Sociedade Inter-nacional de Cardiolo-gia. Termos mais médi-cos, mais qualificados e mais perto de onde a população precisa é essencial para darmos mais um passo na pro-teção e defesa da vida.

estado de minas - opinião - p.7 - 24.5.12

Cheque caução na urgência é crime

metro - belo horizonte - p.2 - 24.5.12

metro - economia - p.6 - 24.5.12

hoje em dia - economia - p.13 - 24.5.12

o tempo - edição eletrônica - economia - 24.5.12

São PAULO e RIO. No momento em que o governo tenta conter de novo o desempenho fraco da economia pelo consumo, o peso das dívidas antigas alcança valores recordes no orçamento das famílias brasileiras. Em abril, só as dívidas financeiras representavam em média 45% da renda anual, segundo projeção do economista Simão Silber, da Universidade de São Paulo (USP), com base em dados do Banco Central (BC).

Esse percentual era de 24,94% em janeiro de 2007 e de 35,8% no come-ço de 2010. “O comprometimento das famílias com o endividamento aumen-tou bastante recentemente e dá sinais de saturação. A questão é que o maior acesso a crédito no Brasil é acompa-nhado por taxas de juros ainda eleva-

das, o que significa um perfil de endi-vidamento que não é saudável.

Isso gera a armadilha da dívi-da. As pessoas vão se estrangulando e ficam presas aos bancos”, afirma o professor de Economia da Uerj Luiz Fernando de Paula, admitindo risco de aumento de inadimplência por causa das medidas de estímulo ao consumo anunciadas pelo governo.

Além disso, atualmente, todo mês, mais de um quinto da renda das famílias já está comprometida com o pagamento de dívidas bancárias. Neste caso, essa fatia saltou de 18%, em ja-neiro de 2008, para 22% em fevereiro último. Um percentual muito elevado, segundo economistas, já que o consu-midor ainda tem despesas como edu-cação, habitação, transporte, saúde e

alimentação. O excesso de dívidas acaba se traduzindo em aumento de inadimplência.

Em março, a taxa, que considera atrasos acima de 90 dias, chegava a 7,4% dos financiamentos para pessoas físicas, ou R$ 38,85 bilhões.

O educador financeiro Mauro Ca-lil considera o grau de endividamento das famílias hoje elevado. Ele acredita que as novas medidas de incentivo ao consumo podem até ser favoráveis para a sociedade, por estimularem a econo-mia, mas alguns indivíduos pagarão a conta, com mais endividamento.

A situação no Brasil é mais delica-da que em outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, a fatia da renda mensal para quitar dívidas bancárias varia de 15% a 17%

risco

Brasileiro se entrega ao consumo e dívida cresce