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28- Quais os salmos que o senhor Jesus cantou na Santa Ceia? R- O hino, que Mateus e Marcos dizem que Jesus e os discípulos cantaram no final da ceia são os chamados “Salmos do Hallel” (hallel significa “Louvor”), ou seja, os Salmos 113-118, cuja recitação encerrava a ceia pascal. 29- Quem inventou a música e qual época? R- Somente através do estudo de sítios arqueológicos podemos ter uma idéia do desenvolvimento da música nos primeiros grupos humanos. A arte rupestre encontrada em cavernas dá uma vaga idéia desse desenvolvimento ao apresentar figuras que parecem cantar, dançar ou tocar instrumentos. Fragmentos do que parecem ser instrumentos musicais oferecem novas pistas para completar esse cenário. No entanto, toda a cronologia do desenvolvimento musical não pode ser definida com precisão. É impossível, por exemplo, precisar se a música vocal surgiu antes ou depois das batidas com bastões ou percussões corporais. Mas podemos especular, a partir dos desenvolvimentos cognitivos ou da habilidade de manipular materiais, sobre algumas das possíveis evoluções na música. Na sua "História Universal da música", Roland de Candé nos propõe a seguinte seqüência aproximada de eventos: 1. Antropóides do terciário - Batidas com bastões, percussão corporal e objetos entrechocados. 2. hominídeos do paleolítico inferior - Gritos e imitação de sons da natureza. 3. Paleolítico Médio - Desenvolvimento do controle da altura , intensidade e timbre da voz à medida que as demais funções cognitivas se desenvolviam, culminando com o surgimento do Homo sapiens por volta de 70.000 a 50.000 anos atrás. 4. Cerca de 40.000 anos atrás - Criação dos primeiros instrumentos musicais para imitar os sons da natureza. Desenvolvimento da linguagem falada e do canto. 5. Entre 40.000 anos a aproximadamente 9.000 a.C - Criação de instrumentos mais controláveis, feitos de pedra, madeira e ossos: xilofones , litofones , tambores de tronco e flautas . Um dos primeiros testemunhos da arte musical foi encontrado na gruta de Trois Frères, em Ariège , França . Ela mostra um tocador de flauta ou

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28- Quais os salmos que o senhor Jesus cantou na Santa Ceia?

R- O hino, que Mateus e Marcos dizem que Jesus e os discípulos cantaram no final da ceia são os chamados “Salmos do Hallel” (hallel significa “Louvor”), ou seja, os Salmos 113-118, cuja recitação encerrava a ceia pascal.

29- Quem inventou a música e qual época?

R- Somente através do estudo de sítios arqueológicos podemos ter uma idéia do desenvolvimento da música nos primeiros grupos humanos. A arte rupestre encontrada em cavernas dá uma vaga idéia desse desenvolvimento ao apresentar figuras que parecem cantar, dançar ou tocar instrumentos. Fragmentos do que parecem ser instrumentos musicais oferecem novas pistas para completar esse cenário. No entanto, toda a cronologia do desenvolvimento musical não pode ser definida com precisão. É impossível, por exemplo, precisar se a música vocal surgiu antes ou depois das batidas com bastões ou percussões corporais. Mas podemos especular, a partir dos desenvolvimentos cognitivos ou da habilidade de manipular materiais, sobre algumas das possíveis evoluções na música.

Na sua "História Universal da música", Roland de Candé nos propõe a seguinte seqüência aproximada de eventos:

1. Antropóides  do terciário - Batidas com bastões, percussão corporal e objetos entrechocados.

2. hominídeos  do paleolítico inferior - Gritos e imitação de sons da natureza.

3. Paleolítico Médio  - Desenvolvimento do controle da altura, intensidade e timbre da voz à medida que as demais funções cognitivas se desenvolviam, culminando com o surgimento do Homo sapiens por volta de 70.000 a 50.000 anos atrás.

4. Cerca de 40.000 anos atrás - Criação dos primeiros instrumentos musicais para imitar os sons da natureza. Desenvolvimento da linguagem falada e do canto.

5. Entre 40.000 anos a aproximadamente 9.000 a.C - Criação de instrumentos mais controláveis, feitos de pedra, madeira e ossos: xilofones, litofones, tambores de tronco e flautas. Um dos primeiros testemunhos da arte musical foi encontrado na gruta de Trois Frères, em Ariège, França. Ela mostra um tocador de flauta ou arco musical. A pintura foi datada como tendo sido produzida em cerca de 10.000 a.C.

6. Neolítico  (a partir de cerca de 9.000 a.C) - Criação de membranofones e cordofones, após o desenvolvimento de ferramentas. Primeiros instrumentos afináveis.

7. Cerca de 5.000 a.C - Desenvolvimento da metalurgia. Criação de instrumentos de cobre e bronze permitem a execução mais sofisticada. O estabelecimento de aldeias e o desenvolvimento de técnicas agrícolas mais produtivas e de uma economia baseada na divisão do trabalho permitem que uma parcela da população possa se desligar da atividade de produzir alimentos. Isso leva ao surgimento das primeiras civilizações musicais com sistemas próprios (escalas e harmonia).

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30- Quais os 15 instrumentos encontrados na Bíblia?

R- Os instrumentos musicais da Bíblia podem ser classificados do seguinte modo:

De cordas: alaúde, cítara, harpa.

De sopro: buzina, flauta, gaita de foles, pífaro, trombeta, (possivelmente) neilote.

De percussão: címbalos, pandeiro, sistro.

31- - O que são músicas e letras com mensagens sobliminares e psicografadas?

R- Mensagens subliminares são técnicas para apresentar uma sugestão diretamente ao subconsciente das pessoas. São feitas de forma que o cérebro não registra conscientemente, mas percebe a mensagem e pode ser induzido a atendê-la.

Psicografia é uma das muitas formas de mediunidade. É o sistema pelo qual duas consciências entram em contato. Uma habita temporariamente um corpo físico e outra está no intervalo entre uma e outra encarnação.

32- Como a Bíblia condena o uso de derivado de álcool e os beberrões?

A sociedade é bombardeada diariamente por intensas campanhas publicitárias, visando aumentar o número dos consumidores de bebidas alcoólicas. Os comerciais veiculados na TV, transmitem uma idéia de sucesso, pregam que serão felizes nos relacionamentos amorosos, interpessoais (muitos amigos) e vitoriosos nas práticas esportivas, entre outras inverdades. É notório o êxito das campanhas promovidas pelos produtores de bebidas; o crescimento dos consumidores é vertiginoso, inclusive, entre os adolescentes e jovens. O álcool é uma droga lícita (tal qual o cigarro) dotada de grande poder destrutivo, os males produzidos pelo seu consumo englobam, desde a deterioração da saúde à destruição da personalidade e dignidade do homem.

Pela constatação dos resultados negativos da ingestão de bebida alcoólica, conclui-se que é uma idéia concebida pelo diabo, a fim de aprisionar o homem ao pecado, destruindo-lhe a dignidade e o amor próprio.

“... Só vem para roubar, matar e destruir...” Jo 10.10a

A mensagem principal do Senhor Jesus é a vida e a sua preservação em santidade e pureza.

”... Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.” Jo 10.10b

É comum encontrarmos dentro das igrejas, vidas que anseiam por uma latinha de cerveja ou uma dose de whisky, estas, não vigiaram devidamente e foram influenciadas pela astuta mensagem do inimigo; preferem satisfazerem à carne e sua “sede” a ouvir a voz do Espírito

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Santo, que misericordiosamente se materializa na instrumentalidade dos irmãos. A palavra dita por Deus a Ezequiel se aplicam muito bem a eles, veja:

“Os filhos são de duro semblante e obstinados de coração; eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o SENHOR Deus. Eles, quer ouçam quer deixem de ouvir, porque são casa rebelde, hão de saber que esteve no meio deles um profeta.”  Ez 2:4,5

O Senhor Deus também fala com profundidade em Sua Palavra sobre a ingestão de bebidas alcoólicas, desaconselhando o seu consumo.

a) Proibida 

Ef 5.18  "Não se embriaguem, pois a bebida levará vocês à desgraça; mas encham-se do Espírito de Deus." Lc 21.34 "E Jesus terminou, dizendo: —Fiquem alertas! Não deixem que as festas, ou as bebedeiras..."

b) Obra da Carne.

Gl 5.21  "invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam."

c) Uma Vergonha, humilhação ao servo.

Is 28.7,7 “ Mas há outros que também andam tontos por terem bebido muito vinho, que não podem ficar de pé por causa das bebidas: são os sacerdotes e os profetas, que vivem embriagados e tontos. Os profetas, quando recebem visões de Deus, estão bêbados, e os sacerdotes também, quando julgam os casos no tribunal. As suas mesas estão cobertas de vômito, não há um só lugar que esteja limpo.Pv 20.1 "Quem bebe demais fica barulhento e caçoa dos outros; o escravo da bebida nunca será sábio."

d) É indecente ao servo

Rm 13.13  "Vivamos decentemente, como pessoas que vivem na luz do dia. Nada de farras ou bebedeiras..."

e) Destituídos do Reino de Deus

1Co 6.10  "os ladrões, os avarentos, os bêbados...  não terão parte no Reino de Deus."

f) Os beberrões não são companhias dignas

Pv 23.20  "Não ande com gente que bebe demais, nem com quem come demais."

g) Serão castigados.

Is 5.11  "Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice e continuam até alta noite, até que o vinho os esquenta!" 

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Que me resta dizer?A Palavra do Senhor é clara e não deixa margem para as dúvidas. 

É pecado!

O consumo esporádico de vinho é correto?

O vinho era uma bebida tradicional na cultura dos judeus. Sua primeira menção faz referência a Noé (Gn 9.20-21). O próprio Jesus iniciou seus milagres, transformando água em vinho (Jo 2.1-11). Na primeira Ceia, representava o sangue de Cristo (Mt 26.27,29) e assim deve ser hoje em nossos dias, infelizmente, muitos usam o suco de uva para tão magnífica celebração.

O uso tão freqüente do vinho pelos judeus antigos, não nos habilita a imitá-los, hoje vivemos numa cultura na qual o consumo de bebida alcoólica não é vista como edificante.

Eu acredito que a ingestão de vinho esporadicamente não seja pecado; mas, alguns aspectos precisam ser analisados, por exemplo: a conveniência; saúde; passado ligado ao alcoolismo, etc.

Quando somos sensíveis ao Espírito Santo, Ele nos direciona, testificando em nosso coração a necessidade de tomarmos ou não vinho.

33- Como deve discipular um novo convertido que aprecia uma música secular e uma bebida social?

R- Ouvir música secular não edifica a vida? Na verdade, as letras de tais músicas geralmente exploram temas como: erotismo, sexualidade, ilusões, espiritualidade, mentira, etc. mensagens que destoam dos princípios de Deus. Muitos artistas, falam abertamente de pactos celebrados com entidades, visando o sucesso. O servo de Deus não pode compactuar-se de forma alguma com o mundo. Há também a questão do testemunho. Será lícita esta prática? Jesus teria prazer em nelas?

34- Como era o voto dos Narizeus e dos Recabitas?

R- O voto de nazireado (ou nazireato), foi institucionalizado e regulamentado na Torá no Livro de Números 6:1-21. Em virtude desta consagração, o nazireu devia abster-se de tomar certos alimentos e bebidas fermentadas, de cortar o cabelo e tocar em cadáveres, além de nao comer carne em muitas circunstancias, romanos 14.21 mostra uma carta de Paulo, em seu tempo nazireato. Estas exigências particulares parecem traduzir os seguintes princípios: manter-se mentalmente são ("abster-se de vinho e de bebida fermentada") e em sujeição a Deus (simbolizado pelo não cortar o cabelo) e manter-se cerimonialmente puro (não tocar em cadáveres).

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Havendo contacto com cadáveres, os dias de voto tomados seriam considerados inválidos e o voto teria que ser retomado. Porém, antes de retomar o voto, o nazireu passava por uma semana completa de purificação, no termo da qual rapava o cabelo (Números 6:9).

Sansão (Juízes 13:4-7, 16, 17) e Samuel (I Samuel 1:11) eram nazireus desde o nascimento. Em virtude desta consagração, tanto a mãe, durante a gravidez, como o futuro nazireu deviam abster-se de certos alimentos como carnes e bebidas fermentadas, de cortar o cabelo e tocar em cadáveres. O não tocar em cadaveres, leva a alguns filosofos a crer que eles nao comiam carne, e outros, dizem que nao comiam apenas as ditas como impuras, vistos no livro de leviticos, de Moisés.

Após a conclusão do seu voto, o nazireu realizava o ritual de purificação e fazia três oferendas no Santuário. Um voto dito "à semelhança de Sansão" era um voto para toda a vida.

Os registros judaicos dizem que essas pessoas eram, freqüentemente, as que não bebiam vinho ou qualquer bebida feita de uvas, ou que não cortavam o cabelo, ou que não tocavam nos mortos. Os mesmos registros nos dizem que a história ou origem da seita nazarita na antiga Israel é obscura.

Afirmam também que Sansão era nazireu, como o fora sua mãe, e que a mãe de Samuel prometera dedicá-lo à seita dos nazireus. Os registros judaicos também dizem que era comum os pais dedicarem seus filhos menores à seita nazireu.

Esses registros judaicos dizem que Lucas I: 15 é uma referência a esta dedicação. A rainha Helena, e Míriam de Palmira são mencionadas como nazireus nos registros judaicos, e muitas outras pessoas famosas na literatura sacra são apresentadas como nazireus. Está claramente indicado em muitos registros históricos que os termos Nizereu e Nazareno nada tinham a ver com uma cidade ou vila chamada Nazaré. O último nazireu que se tem registro é exatamente Joao Baptista, primo de Jesus.

João Baptista teria sido também um nazireu, embora o Novo Testamento nunca se refira a ele usando diretamente este termo. O seu estatuto de nazireu deduz-se devido ao seu estilo de vidaascético; em Lucas 1:15 o anjo informa a Zacarias, pai de João, que a sua mulher dará à luz um filho que "não beberá vinho nem bebida alcoólica".

O apóstolo Paulo, junto com outros cristãos, fizeram também um voto temporário de nazireato. (Atos 18:18; 21:23-26).

Este tipo de consagração é considerado pelos teólogos católicos como modelo precursor do monasticismo cristão. Já outras denominações cristãs, encaram-no como precursor do ministério religioso por tempo integral. Embora depois da destruição do segundo templo de Jerusalém o voto Nazireu oficialmente foi extinto pois ele era possível somente com o templo em funcionamento, O Segundo Templo foi o templo que o povo judeu construiu após o regresso a Jerusalém, finda a Captividade Babilónica, no mesmo local onde o Templo de Salomão existira antes de ser destruído. Manteve-se erigido entre 515 a.C. e 70 DC quando foi destruído pelos Romanos, tendo sido, durante este período, o centro de culto e adoração do Judaísmo.

Os Recabitas fizeram um voto a um homem e cumpriram:  Vai à casa dos recabitas, e fala com eles, introduzindo-os na casa do Senhor, em uma das câmaras, e lhes oferece vinho a beber. E pus diante dos filhos da casa dos recabitas taças cheias de vinho, e copos, e disse-lhes: Bebei vinho.

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Eles, porém, disseram: Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos ordenou, dizendo: Nunca jamais bebereis vinho, nem vós nem vossos filhos; não edificareis casa, nem semeareis semente, nem plantareis vinha, nem a possuireis; mas habitareis em tendas todos os vossos dias; para que vivais muitos dias na terra em que andais peregrinando.

35- Quais as quatro frases rápidas que resume o VT e o NT?

R-

V.T.

1) Deus disse: "Faça-se a luz!" E a luz foi feita.

2) E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem.

3) Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas.

4) Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom.

N.T.

1)  Ele dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos pecados deles. (Mateus 1:21)

2) Não sabeis que sois o templo de Deus e o espírito de Deus habita em vós?

3) Pois Cristo não me enviou para batizar, mas para evangelizar, e não em sabedoria de palavras, para que não se desvirtue a cruz de Cristo.

4) Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, nós vos mandamos que vos afasteis de todo irmão que se entrega à ociosidade e não segue a tradição que de nós recebestes. Pois bem sabeis como deveis imitarnos. Não vivemos entre vós ociosos em preguiça, nem comemos de graça o pão de ninguém. Trabalhamos com afã e fadiga dia e noite para não vos sermos pesados a nenhum de vós. E não porque não tivéssemos direito, mas porque queríamos dar-vos um exemplo para imitar.

36) Onde e como foi fundada a Igreja?

R- Para identificar a igreja de Cristo, devemos saber quando e onde foi fundada ou criada. Cristo disse que edificaria Sua Igreja (Mateus 16.18). Onde e quando foi aquela igreja edificada? A história nos dá a data, lugar e circunstâncias da fundação de muitas igrejas. Quando e onde foi fundada a igreja de Cristo?

Felizmente, o Novo Testamento nos dá uma boa história da fundação e dos primeiros anos da igreja de Cristo. Em Atos 2, encontra-se a história da fundação de Sua Igreja, de acordo com a promessa pelos apóstolos comissionados por Ele. Aqui, segundo suas instruções, as condições de entrada foram reveladas, e os primeiros convertidos admitidos. A Igreja de

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Cristo foi fundada em Jerusalém no primeiro dia de Pentecostes após a ressurreição de Jesus (Atos 2).

37) Com quantos dias e meses a criancinha Jesus foi visitada pelos pastores e pelos Reis Magos?

R) a Bíblia não informa a quantidade de reis (ou magos, ou astrólogos) que vieram ver Jesus.

Era, e ainda é, costume dos reis, na chegada a outro país, em honra, presentearem o rei anfitrião.Os presentes não deveriam ser entregues no dia do aniversário do rei anfitrião, mas no dia da chegado do rei visitante.Foi isto que os magos (reis) fizerem com Jesus. Já reconheciam o Senhor Jesus como REI vaticinado pelas Escrituras. Assim, os reis que foram adorar a Jesus levaram OURO, INCENSO e MIRRA.

Os magos chegaram em Belém quando Jesus já tinha cerca de DOIS ANOS DE IDADE e NÃO O ENCONTRARAM EM UMA MANJEDOURA; mas EM CASA com Maria.

38) Qual a razão convincente de que José poderia ser vipuvo e já ter filhos?

R- Alguns consideram este o ensino do Novo Testamento. Jesus é chamado o  primogênito   de  Maria   (Luc. 2:7); se foi o primogênito é porque teve mais irmãos, porque senão seria o  unigênito   de Maria. E somos informados de que José conheceu Maria, isto é, teve relação sexual com ela, após o nascimento de Jesus (Mat. 1:25). Portanto, a conclusão mais  lógica   seria de que a expressão “irmãos de Jesus” se refere aos filhos de José e Maria. Além disso, não existe uma menção  clara nos Evangelhos de que José  era   viúvo antes de se casar com Maria, ou de que tivesse filhos de um casamento anterior.

39) Quais os nomes doss doze discípulos, apelidos, profissão e cidade que estavam quando foram chamados?

R- 1º) ANDRÉ, O PRIMEIRO ESCOLHIDO

André, líder do corpo apostólico do Reino, nascera em Cafarnaum. Era o mais velho, em uma família de cinco filhos – ele próprio, o seu irmão Simão, e três irmãs. O seu pai, agora falecido, tinha sido sócio de Zebedeu no negócio de secagem de peixes em Betsaida, o porto de pesca de Cafarnaum. Quando se tornou um apóstolo, André estava solteiro, mas vivia com o seu irmão casado, Simão Pedro. Ambos eram pescadores e sócios de Tiago e de João, os filhos de Zebedeu.

Quando foi escolhido como apóstolo, André tinha 33 anos, um ano completo a mais do que Jesus, e era o mais velho dos apóstolos. Ele vinha de uma linhagem excelente de ancestrais e era o mais capaz dos doze homens. Excetuando a oratória, ele era um igual aos seus companheiros em quase todas as aptidões imagináveis. Jesus nunca deu a André um apelido, uma designação fraternal. Contudo, tão logo os apóstolos começaram a chamar a

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Jesus de Mestre, eles também designaram André com um termo equivalente a chefe.

André era um bom organizador e um administrador ainda melhor. Era um dos quatro apóstolos que formavam o círculo interno, mas ao ser designado por Jesus como dirigente do grupo apostólico, André teria de se manter junto aos seus irmãos, ao passo que os outros três usufruíam de uma comunhão mais estreita com o Mestre. Até o fim, André permaneceu como o deão do corpo de apóstolos.

2º) SIMÃO PEDRO

Quando Simão juntou-se aos apóstolos, ele tinha trinta anos. Era casado, possuía três filhos, e vivia em Betsaida, perto de Cafarnaum. O seu irmão, André, e a mãe da sua mulher viviam com ele. Ambos, Pedro e André, eram sócios de pescaria dos filhos de Zebedeu.

O Mestre tinha conhecido Simão havia já algum tempo, quando André o apresentou como o segundo dos apóstolos. Naquele momento Jesus deu a Simão o nome de Pedro, e o fez com um sorriso, para ser uma espécie de apelido. Simão era muito conhecido por todos os seus amigos como sendo um companheiro impulsivo e errante. É bem verdade que, mais tarde, Jesus deu importância nova e de maior significado a esse apelido conferido de uma maneira tão imediata.

Simão Pedro era um homem impulsivo, um otimista. Ele havia crescido permitindo a si próprio a indulgência de ter sentimentos fortes; estava constantemente em dificuldades, porque persistia em falar sem pensar. Essa espécie de descuido também trazia complicações umas após outras a todos os seus amigos e condiscípulos tendo sido o motivo para o Mestre ter chamado suavemente a sua atenção muitas vezes. A única razão pela qual Pedro não entrava em maiores complicações, por causa de falar sem pensar, era que, desde muito cedo, ele aprendera a conversar sobre muitos dos seus planos e esquemas com o seu irmão, André, antes de aventurar-se a fazer propostas em público.

Pedro era um orador fluente, eloqüente e dramático. Era também um líder de homens, por natureza e por inspiração, um pensador rápido, mas não tinha um raciocínio profundo. Fazia muitas perguntas, mais do que todos os apóstolos juntos, e, se bem que a maioria fosse de boa qualidade e pertinente, muitas delas eram impensadas e tolas. Pedro não tinha uma mente profunda, mas conhecia muito bem a própria mente. Era, por conseguinte, um homem de decisão súbita e de ação rápida.

3º) TIAGO ZEBEDEU

Tiago, o mais velho dos dois apóstolos filhos de Zebedeu, aos quais Jesus deu o nome de “filhos do trovão”, estava com trinta anos quando se tornou apóstolo. Era casado, tinha quatro filhos, e vivia próximo dos seus pais, nos arredores de Cafarnaum, em Betsaida. Era um pescador, e exercia a sua profissão na companhia de João, o seu irmão mais jovem, e associado a André e Simão. Tiago e o seu irmão João desfrutavam da vantagem de ter conhecido Jesus antes de qualquer dos outros apóstolos.

Esse competente apóstolo possuía um temperamento contraditório; ele parecia realmente possuir duas naturezas, ambas de fato movidas por fortes sentimentos. Ele era veemente

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em especial, quando a sua indignação chegava plenamente ao auge. Tinha uma disposição feroz, quando provocado adequadamente e, quando a tempestade chegava ao fim, ele estava sempre habituado a justificar-se e a desculpar a sua raiva sob o pretexto de que era uma manifestação de justa indignação. Excetuando-se essas perturbações periódicas de ira, a personalidade de Tiago era muito semelhante à de André. Ele não tinha a circunspecção de André, nem o discernimento dele sobre a natureza humana, mas era um orador público muito melhor. Depois de Pedro, e talvez de Mateus, Tiago era o melhor orador público entre os doze.

Embora Tiago não fosse melancólico, ele podia estar quieto e taciturno em um dia e muito falante e contador de histórias no outro. Em geral ele falava livremente com Jesus, mas, entre os doze, durante muitos dias seguidos, ele permanecia silencioso. A sua grande fraqueza estava nesses intervalos de um silêncio inexplicável.

4º) JOÃO ZEBEDEU

Quando se tornou apóstolo, João estava com vinte e quatro anos e era o mais jovem dos doze. Sendo solteiro vivia com os seus pais em Betsaida; era pescador e trabalhava com o seu irmão Tiago, em sociedade com André e Pedro. Tanto antes, quanto depois de tornar-se apóstolo, João funcionou como o agente pessoal de Jesus para cuidar da família do Mestre, e continuou com essa responsabilidade enquanto Maria, a mãe de Jesus, viveu.

Já que era o mais jovem dos doze e mantinha um contato tão estreito com Jesus e com os assuntos da família dele, João era muito querido pelo Mestre.

5º) FILIPE, O CURIOSO

Filipe foi o quinto apóstolo escolhido, tendo sido chamado quando Jesus e os seus quatro primeiros apóstolos estavam no caminho de volta, vindos do local em que João batizava no Jordão, para Caná da Galiléia. Já que vivia em Betsaida, Filipe conhecia Jesus há algum tempo, mas não lhe tinha ocorrido que Jesus era realmente um grande homem, até aquele dia no Vale do Jordão em que ele disse: “Siga-me”. Filipe foi também, de um certo modo, influenciado pelo fato de André, Pedro, Tiago e João haverem aceitado Jesus como o Libertador.

Filipe estava com vinte e sete anos quando se juntou aos apóstolos; ele havia se casado recentemente, mas não tinha filhos até então. O apelido que os apóstolos deram a ele significava “curiosidade”. Filipe estava sempre querendo que tudo se lhe fosse mostrado. Ele nunca parecia ver longe, diante de qualquer questão. Ele não era necessariamente obtuso, mas faltava-lhe imaginação. Essa falta de imaginação era a grande fraqueza do seu caráter. Ele era um indivíduo comum e terra a terra.

Quando os apóstolos estavam organizados para o serviço, Filipe foi feito intendente; o seu dever era zelar para que nunca lhes faltassem suprimentos. E ele cuidou bem do almoxarifado. A sua característica mais forte era a minuciosidade metódica; era tanto matemático quanto sistemático.

Filipe vinha de uma família de sete filhos, três meninos e quatro meninas. Ele era o segundo,

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e depois da ressurreição ele batizou a sua família inteira no Reino. Toda a família de Filipe era de pescadores. O seu pai era um homem muito capaz, um pensador profundo, mas a sua mãe era de uma família bastante medíocre. Filipe não era um homem de quem se podia esperar que fizesse grandes coisas, mas ele era um homem que podia fazer coisas pequenas de um modo grande, fazia-as bem e aceitavelmente. Apenas umas poucas vezes, em quatro anos, ele deixou de ter comida à mão para satisfazer as necessidades de todos. Mesmo as muitas demandas de emergência que resultavam da vida que viviam, raramente o pegaram desprevenido. O serviço de intendência da família dos apóstolos foi administrado inteligente e eficientemente.

6º) O HONESTO NATANAEL

Natanael, o sexto e último dos apóstolos escolhido pelo próprio Mestre, foi trazido a Jesus pelo seu amigo Filipe. Ele tinha sido associado de Filipe, em vários empreendimentos de negócios, e estava indo ver João Batista com Filipe, quando se encontraram com Jesus.

Quando Natanael juntou-se aos apóstolos, ele tinha vinte e cinco anos e era o segundo mais jovem do grupo. Era o mais jovem de uma família de sete irmãos, sendo solteiro e o único esteio de pais idosos e enfermos, vivia com eles em Caná; os seus irmãos e a irmã eram pessoas casadas ou falecidas, e nenhum deles vivia lá. Natanael e Judas Iscariotes eram os dois homens mais bem instruídos entre os doze. Natanael tinha chegado a pensar em estabelecer-se como mercador.

Jesus não deu, ele próprio, nenhum apelido a Natanael, mas os doze logo começaram a referir-se a ele em termos que significavam honestidade e sinceridade. Ele era “sem artifícios”. E essa era a sua grande virtude; ele era tanto honesto, quanto sincero. A fraqueza do seu caráter era o seu orgulho; ele era muito orgulhoso da família, da cidade, da própria reputação e da nação; e tudo isso seria louvável, não fosse levado tão longe. Natanael, contudo, era inclinado a ir aos extremos nos seus preconceitos pessoais. Ele estava disposto a prejulgar os indivíduos de acordo com as suas opiniões pessoais. Ele não demorou a fazer a pergunta, mesmo pouco antes de conhecer Jesus: “Pode alguma coisa boa vir de Nazaré?” Entretanto, Natanael não era obstinado, mesmo no seu orgulho. Ele era rápido em reverter os próprios pensamentos, uma vez que olhasse no rosto de Jesus.

Sob muitos pontos de vista, Natanael era o gênio ímpar dos doze. Ele era o filósofo apostólico e o sonhador, mas era o tipo do sonhador prático. Alternava estações de profunda filosofia com períodos de um raro humor bufão; quando estava com o humor certo, Natanael era provavelmente o melhor contador de histórias entre os doze. Jesus gostava muito de escutar Natanael discorrer sobre as coisas, tanto as sérias quanto as frívolas. Natanael, aos poucos, foi levando Jesus e o Reino mais a sério, mas nunca encarou a si próprio com seriedade excessiva.

7º) MATEUS LEVI

Mateus, o sétimo apóstolo, foi escolhido por André. Mateus pertencia a uma família de coletores de impostos, ou publicanos, mas era, ele próprio, coletor alfandegário em Cafarnaum, onde vivia. Estava com trinta e um anos e era casado, possuía quatro filhos. Era um homem de alguma posse, o único que tinha um certo recurso entre os do corpo

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apostólico. Era um bom homem de negócios, adaptando-se bem a qualquer meio social, e havia sido dotado com a capacidade de fazer amigos e de se dar muito bem com uma grande variedade de pessoas.

André apontou-o como o representante financeiro dos apóstolos. De um certo modo Mateus era o agente fiscal e o porta-voz de publicidade da organização apostólica. Era um bom julgador da natureza humana e um eficaz homem de propaganda. É difícil de visualizar a sua personalidade, mas foi um discípulo sincero e cada vez mais um crente na missão de Jesus e na certeza do Reino. Jesus nunca deu a Levi um apelido, mas os seus companheiros apóstolos comumente referiam-se a ele como o “angariador de dinheiro”.

O ponto forte de Levi era a sua devoção, de pleno coração, à causa. Que ele, um publicano, tivesse sido adotado por Jesus e pelos seus apóstolos era a causa de uma gratidão imensa da parte do antigo coletor de impostos. Contudo, levou algum tempo para que os apóstolos, especialmente Simão zelote e Judas Iscariotes, se reconciliassem de um modo despreocupado com a presença do publicano no meio deles. A fraqueza de Mateus era o seu ponto de vista estreito e materialista da vida. Em todos esses pontos, contudo, ele fez muitos progressos, com o passar dos meses. Está claro que ele tinha de estar ausente em muitas das mais preciosas sessões de instrução, pois o seu dever era manter o tesouro suprido.

O que Mateus mais apreciava era a disposição que o Mestre tinha de perdoar.

8º) TOMÉ, O DÍDIMO

Tomé era o oitavo apóstolo, e foi escolhido por Filipe. Mais tarde ele tornou-se conhecido como “o incrédulo Tomé”, mas os seus companheiros apóstolos não o consideravam um incrédulo crônico. É bem verdade que a sua mente era do tipo lógico, cético, mas ele tinha uma forma de lealdade corajosa que proibia aos seus conhecidos mais próximos considerá-lo como um cético por leviandade.

Quando se juntou aos apóstolos Tomé estava com vinte e nove anos, era casado, e possuía quatro filhos. Anteriormente ele havia sido carpinteiro e pedreiro, mas ultimamente sendo pescador residia na Tariquéia, situada na margem oeste do Jordão, onde o rio flui do mar da Galiléia; e era considerado como o cidadão líder dessa pequena aldeia. Apesar da pouca instrução, possuía uma mente perspicaz e de bom raciocínio; era filho de pais excelentes, que viviam em Tiberíades. Possuidor da única mente de fato analítica dos doze, Tomé era realmente o cientista do grupo apostólico.

A vivência inicial de Tomé no lar havia sido pouco ditosa; os seus pais não eram de todo felizes na vida de casados, e isso teve reflexo na experiência adulta de Tomé. Ele cresceu com uma disposição, bastante desagradável, para a discussão. Até mesmo a sua esposa ficou contente quando o viu juntar-se aos apóstolos; ela sentiu-se aliviada com o pensamento de que o seu marido pessimista estaria longe de casa a maior parte do tempo. Tomé também nutria um vestígio de suspeita, que tornava muito difícil relacionar-se pacificamente com ele. Pedro havia ficado bastante perturbado por causa de Tomé, a princípio, queixando-se a André, seu irmão, do fato de que Tomé era “mesquinho, desagradável e sempre suspeitando de tudo”. 

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Entretanto, quanto mais os seus companheiros conheciam Tomé, mais gostavam dele. Descobriram que ele era estupendamente honesto e inflexivelmente leal. Era perfeitamente sincero e inquestionavelmente verdadeiro, mas tinha um pendor natural para encontrar erros em tudo e havia crescido como um pessimista de verdade. A sua mente analítica padecia de uma suspeita aflitiva. Ele estava rapidamente perdendo a fé no seu semelhante quando ele ligou-se aos doze e, assim, entrou em contato com o caráter nobre de Jesus. Essa associação com o Mestre começou imediatamente a transformar toda a disposição de Tomé, causando grandes mudanças nas suas reações mentais para com os seus semelhantes.

A grande força de Tomé era a sua excelente mente analítica, acompanhada por uma coragem inflexível – depois de ter tomado a sua decisão. A sua grande fraqueza era o seu duvidar suspeitoso, coisa que ele nunca venceu totalmente em toda a sua vida na carne.

Na organização dos doze, Tomé ficou encarregado de estabelecer e ordenar o itinerário; e ele foi um dirigente à altura do trabalho e dos movimentos do corpo apostólico. Era um bom executivo, um excelente homem de negócios, mas limitado pelos seus múltiplos humores; era um homem em um dia e no próximo já se tornava outro. Quando se uniu ao grupo. tinha inclinação para a melancolia meditativa, mas o contato com Jesus e os apóstolos curaram-no amplamente dessa introspecção mórbida.

Jesus experimentava bastante satisfação com a companhia de Tomé e mantinha muitas e longas conversas pessoais com ele. A presença de Tomé, entre os apóstolos, foi um grande conforto para todos os céticos honestos e encorajou muitas mentes perturbadas a virem para o Reino, mesmo que não pudessem compreender completamente tudo sobre os aspectos espirituais e filosóficos dos ensinamentos de Jesus. A admissão de Tomé no grupo dos doze era uma proclamação permanente de que Jesus ama até mesmo àqueles que duvidam sinceramente.

9º e 10º) TIAGO E JUDAS ALFEU

Tiago e Judas, os filhos de Alfeu, os pescadores gêmeos que viviam perto de Queresa, foram o nono e o décimo apóstolos, tendo sido escolhidos por Tiago e João Zebedeu. Eles estavam com vinte e seis anos e eram casados; Tiago possuía três filhos e Judas dois.

Não há muito a ser dito sobre esses dois pescadores comuns. Eles amavam o seu Mestre e Jesus os amava, mas eles nunca interromperam os seus discursos com perguntas. Eles entendiam pouquíssimo sobre as discussões filosóficas e sobre os debates teológicos dos seus companheiros apóstolos, mas rejubilavam-se por se verem incluídos naquele grupo de homens poderosos. Esses dois homens eram quase idênticos na aparência pessoal, nas características mentais e no alcance da sua percepção espiritual. O que pode ser dito de um deve ser registrado sobre o outro.

André os designou para o trabalho de manter a ordem nas multidões. Eles eram os principais porteiros nas horas de pregação e, de fato, eram os servidores gerais e os mensageiros dos doze. Eles ajudavam a Filipe com os suprimentos, levavam o dinheiro às famílias cuidadas por Natanael, e estavam sempre prontos para dar uma mão e ajudar a qualquer dos apóstolos.

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As multidões de gente comum ficavam muito encorajadas de ver dois homens exatamente como eles serem honrados com um lugar entre os apóstolos. Pela aceitação mesma deles como apóstolos, esses medíocres gêmeos representaram, eles próprios, o meio de trazer uma hoste de crentes medrosos para o Reino. E, também, o povo comum aceitava melhor a idéia de ser dirigido e conduzido por porteiros oficiais que eram bastante semelhantes a eles.

Tiago e Judas, que eram também chamados de Tadeu e Lebeu, não tinham nem pontos fortes nem pontos fracos. Os apelidos dados a eles pelos discípulos eram designações benevolentes para a mediocridade. Eles eram “os menores entre os apóstolos”; eles sabiam disso e sentiam-se bem com isso.

Tiago Alfeu amava especialmente a Jesus por causa da simplicidade do Mestre. Esses gêmeos não conseguiam compreender a mente de Jesus, mas eles captavam o laço de compaixão entre eles próprios e o coração do seu Mestre. As suas mentes não eram de uma qualidade elevada; eles poderiam até mesmo, com um certo respeito, ser chamados de estúpidos, mas tiveram, nas suas naturezas espirituais, uma experiência real. Eles acreditavam em Jesus; eram filhos de Deus e eram pessoas do Reino.

11º) SIMÃO, O ZELOTE

Simão zelote, o décimo primeiro apóstolo, foi escolhido por Simão Pedro. Era um homem capaz, de bons ancestrais, e vivia com a sua família em Cafarnaum. Contava vinte e oito anos quando se uniu aos apóstolos. Ele era um agitador feérico e também um homem que falava muito sem pensar. Tinha sido mercador em Cafarnaum antes de voltar toda a sua atenção para a organização patriótica dos zelotes.

A Simão zelote, foi dado o encargo das diversões e do descanso do grupo apostólico, e ele era um organizador muito eficiente das diversões e das atividades de recreação dos doze.

A força de Simão estava na sua inspirada lealdade. Quando os apóstolos encontravam um homem ou mulher debatendo-se de indecisão quanto à própria entrada no Reino, eles o mandavam para Simão. 

12º) JUDAS ISCARIOTES

Judas Iscariotes, o décimo segundo apóstolo, foi escolhido por Natanael. Ele nasceu em Queriot, uma pequena aldeia no sul da Judéia. Quando era pequeno, os seus pais mudaram-se para Jericó, onde ele vivia e tinha sido empregado nos vários negócios das empresas do seu pai, até que se tornou interessado na pregação e na obra de João Batista. Os pais de Judas eram saduceus e, quando o filho deles juntou-se aos discípulos de João, eles o repudiaram.

Quando Natanael conheceu Judas na Tariquéia, este se encontrava à procura de um trabalho junto a uma empresa de secagem de peixe, na extremidade baixa do mar da Galiléia. Ele tinha trinta anos e não era casado quando se juntou aos apóstolos. Ele era provavelmente o mais instruído entre os doze e o único judeu na família apostólica do

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Mestre. Judas não tinha nenhum traço notável de força pessoal, embora tivesse muitos traços externos aparentes de cultura e de hábitos de educação.

Ele era um bom pensador, mas nem sempre um pensador verdadeiramente honesto. Judas realmente não entendia a si próprio; ele não era realmente sincero ao lidar consigo mesmo.

40) Qual o resumo em 5 linhas das obras do Senhor Jesus?

R-  A transformação de água em vinho, a multiplicação dos pães, a caminhada de Jesus sobre as águas. E eis que um leproso, tendo-se aproximado, adorou-o, dizendo: Senhor, se quiseres, podes purificar-me. E Jesus, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra; Eis que um chefe, aproximando-se, o adorou e disse: Minha filha faleceu agora mesmo; mas vem, impõe a mão sobre ela, e viverá. Mas, afastado o povo, entrou Jesus, tomou a menina pela mão, e ela se levantou.

41) Quem era José de Arimatéia e Nicodemos?

R- José, homem rico e membro proeminente do mesmo conselho que tinha condenado Jesus. José tinha muitas qualidades admiráveis. Ele era um homem justo e bom que esperava o reino de Deus. Ele se destacou entre os seus companheiros para crer em Jesus. Ele não permitiu que nomes como "blasfemo", "samaritano", "enganador" e "poder de Belzebu" o dispusessem contra Jesus. Quando o conselho havia condenado a Jesus, entregando-o a Pilatos para a sentença de morte, José "não tinha concordado com o desígnio e ação" (Lucas 23:51). Havia algo em José, entretanto, que não era bom. Até a época da morte de Jesus, ele tinha sido um discípulo de Jesus, "ocultamente pelo receio que tinha dos judeus" (João 19:38). Ninguém jamais deve se envergonhar de Jesus, independente das circunstâncias. Mas a morte de Jesus e a necessidade de ter um enterro decente trouxeram à tona o melhor de José. "Dirigiu-se resolutamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus", diz Marcos (15:43). McGarvey fala acerca do ato de coragem de José: "É estranho que aqueles que não tinham medo de ser discípulos tiveram medo de pedir o corpo do Senhor, mas aquele que teve medo de ser discípulo não temeu fazê-lo" (The Fourfold Gospel, p. 735). É bem possível que José, como Ester, tinha sido elevado ao cargo "para conjuntura como esta" (Ester 4:14).

Nicodemos,  chefe dos judeus, fariseu, também membro do conselho. João, em seu relato, teve o cuidado de identificar o Nicodemos que ajudou no enterro de Jesus com o mesmo Nicodemos que antes veio a Jesus "de noite". Nicodemos, como José, tinha muitas qualidades excelentes. Ele tinha estado disposto a ouvir pessoalmente sem depender do que os outros diziam a seu respeito. Ele tinha reconhecido a legitimidade do ensino e do poder de Jesus: "Sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus" (João 3:2). Certa vez ele tinha questionado o conselho sobre a indisposição de ouvir Jesus com justiça (João 7:45-52). Nicodemos, porém, como José, não havia confessado abertamente a fé em Cristo. Na morte de Cristo, entretanto, corajosamente uniu-se a José no enterro, Nicodemos fornecendo o ungüento, e José, o túmulo.

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42) Quantas horas Jesus ficou no túmulo?

R- Foi sepultado na sexta-feira (jamais o seria no sábado) - 1º dia

- Ficou lá todo o sábado - 2º dia

- Levantou no amanhecer do Domingo - 3º dia

Então ele realmente "levantou no terceiro dia". Mas deve ter permanecido na tumba de 36 a 40 horas apenas (o que não chega a dois dias).

43) Quantos dias Jesus ficou em aparições na Terra e quantos dias ficou conversando com o Pai e com o Espírito Santo, para depois esse descer no Pentecoste?

R- Jesus apareceu 12 vezes depois que ressuscitou. O número 12 é significativo na Bíblia – indica universalidade. 

Foram 12 os filhos de Jacó, 12 as Tribos de Israel, 12 Discípulos, 12 eram as portas de Jerusalém (a terrena e a celestial) – tudo indicando a universalidade destes elementos aos crentes de todas as épocas.

Cada aparição de Jesus atende a uma classe de crentes; fala a um grupo de crentes em especial.

1. Aparição a Maria Madalena – João 20:15 e 16: Só Jesus fez discípulas. Nem mesmo os mestres gregos ousaram tanto. O mestre judaico foi inovador, revolucionário e incorporou as mulheres em seu ministério. Ele apareceu primeiro a uma mulher, porque queria elevá-las, honrá-las e torná-las distintas. Jesus a chamou pelo nome – “Maria!” – o grande mestre judeu não só concedeu identidade às mulheres, mas as fez discípulas.

2. Aparição às mulheres – Mateus 28:9: As mulheres tinham estado presentes junto à cruz; tinham estado presentes quando o puseram no sepulcro, e agora recebem a recompensa do amor: são as primeiras a inteirar-se da alegria da ressurreição. Jesus aparecerá a Segunda vez “a todos os que amarem a sua vinda” 2 Tm 4:8. Vemos nessas mulheres um amor não dividido, um amor exclusivo a Jesus. Onde estavam suas famílias? Seus filhos? Sua rotina de trabalho? Jesus é o primeiro para elas.

3. Aparição a Pedro – I Coríntios 15:3-5: Pedro representa todos aqueles que traíram, negaram e abandonaram Jesus em algum momento. Jesus aparece pessoalmente a estes porque está interessado em restaurá-los. Jesus não quer saber dos nossos erros, mas se queremos recomeçar.

4. Aos discípulos – João 20:19 e 26: Eles estavam escondidos e com medo. Eram covardes mas Jesus não se importou com isto. Jesus queria apenas revê-los e animá-los. Não é diferente conosco em nossos fracassos. Paulo aprendeu isso quando

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disse: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte”. 2 Co 12:10 

5. Aparição a 2 discípulos Emaús – Lucas 24:13-15: Quem eram eles? Por que Jesus apareceu a dois anônimos e lhes revelou tanto? Porque não a outros? Jesus pareceu a eles, porque falavam e almejavam pelo seu amado Mestre. Jesus vem àqueles que o almejam e desejam entender a Verdade sobre Ele. 

6. Aparição a Tomé e aos discípulos – João 19:26: Jesus apareceu a esse discípulo para lhe dar evidências – Deus não censura nossas dúvidas. 

7. Aparição 7 discípulos – João 21:1: Os discípulos estavam voltando a sua antiga profissão – e até os que não eram pescadores, estavam sendo convencidos a pescar. As pressões deste mundo as vezes nos arrastam – a fome, o dinheiro, o status social – Jesus fez o milagre para mostrar que eles eram pescadores de homens (Mt 4:19) e não de peixes... 

8. Aos 11 discípulos – Mateus 28:16: Jesus apareceu para seus discípulos para lhes mostrar o horizonte a conquistar. A Grande Comissão oferecida nesta aparição ofereceu um destino a eles. 

9. A Tiago – I Coríntios 15:7: Jesus também tinha familiares que precisavam se converter; e Tiago foi um dos convertidos. Se tornou uma coluna da igreja. Seus familiares estão contidos nesta aparição de Jesus a eles. Ore por isto. 

10. A mais de 500 – I Corintios 15:6: Aqui estavam os 12 discípulos, os 70 enviados, as suas famílias e seguidores. Jesus apareceu à sua igreja, e há de aparecer uma segunda vez para levá-la ao céu. 

11. A última aparição aos discípulos – Lucas 24:50 e 51: Aqui receberam a promessa do Pentecostes – “ E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder” v.49. A última aparição aos discípulos foi repleta de promessas de Poder. Essa promessa é nossa também 

12. A Paulo – Atos 9:3-6: A última aparição de Jesus ressuscitado foi para nomear o seu 12º discípulo – Saulo. Paulo representa a todos nós, discípulos tardios.

Depois da sua ressurreição, Jesus subiu ao céu e assentou-se à destra do Pai como seu co-regente (24.51; Mc 16.19; Ef 1.20-22; 4.8-10; 1Pe 3.21,22). Nessa posição exaltada, Ele, da parte do Pai, derramou o Espírito Santo sobre o seu povo no Pentecoste (At 2.33; cf. Jo 16.7-14), proclamando, assim, o seu senhorio como rei, sacerdote e profeta. Esse derramamento do Espírito Santo no Pentecoste e no decurso desta era presente dá testemunho da contínua presença e autoridade do Salvador exaltado.

44) Qual o destino final de cada apóstolo?

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R-

Apóstolo PEDRO: Era pescador, nascido em Betsaida, filho de Jonas. Esperto, vivo, enérgico e temperamental. De nome Simão, Jesus o chamou de PEDRO, nomeado cabeça da Igreja e eleito o 1º papa. Fazia a conversão de milhares de pessoas. Vivia em Cafarnaum com o irmão André, sua mulher e sua sogra. Jesus morou com Pedro por muito tempo. Foi preso, morto crucificado numa cruz de cabeça para baixo a seu pedido, pois não queria morrer do mesmo modo que Jesus.

Apóstolo TIAGO, maior: Irmão de São João Evangelista, filho de Zebedeu, pescador, foi chamado quando consertava as redes. Seu apostolado na Espanha foi rejeitado, era peregrino e lutador pelas causas de Cristo. Ele e João foram chamados Boanerges, que quer dizer "filhos do trovão". Assim como os outros apóstolos, Thiago também foi vítima de perseguição movida pelas autoridades judaicas. Foi morto à espada.

Apóstolo JOÃO: Pescador. Teria 20 anos de idade quando foi chamado. Era o mais jovem e o discípulo que Jesus mais amava. Era moço equilibrado e sereno. Foi a ele que Cristo confiou sua própria mãe, do alto da cruz. Conforme uma tradição unânime, ele viveu em Éfeso em companhia de Nossa Senhora e sob o Imperador Domiciano, foi colocado dentro de uma caldeira de óleo fervendo, daí saindo ileso. Morreu devido a idade avançada em Éfeso, durante o império de Trajano, e aí foi sepultado.

Apóstolo ANDRÉ: Foi o 1º a ser chamado para seguir Jesus. Depois apresentou seu irmão Simão Pedro. Era da Aldeia de Betsaida e pescador. Era animado, ativo e prático. Participou no milagre da multiplicação dos pães e sempre fiel na caminhada de Jesus. A respeito de seu martírio, não há informação certa. Há informações que foi crucificado em uma cruz de braços iguais.

Apóstolo FILIPE: Pescador. Deixou casa, mulher e três filhas ao ser chamado. Homem simples e bondoso. Pregava que Cristo era a "porta" para chegar ao Pai. A tradição afirma que Filipe morreu crucificado em Gerápolis, aos 87 anos.

Apóstolo BARTOLOMEU: Pescador, amigo de Felipe, era incrédulo, mais lido e culto que Felipe. Para convencer-se que Jesus era o Salvador, foi preciso estar com ele. Depois disso gostava de ler e meditar as Sagradas Escrituras. Na Armênia converteu muitos a Cristo. Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja nos sacerdotes locais, até que conseguiram a ordem de tirar a pele de Bartolomeu e decapitá-lo.

Apóstolo MATEUS: O único que não foi pescador. Era cobrador de impostos. Homem decidido, fervoroso e generoso. Foi evangelista, pregador da Boa Nova e selou com seu sangue por pregar a verdade. Aceitou o chamado de imediato, testemunhou e escreveu o que presenciou na vida pública de Jesus. Morreu apedrejado, queimado e decapitado na Etiópia.

Apóstolo TOMÉ: Pescador, tinha o apelido de dídimo, em aramaico. Logo em seguida, traduzido para o grego "Thomé", que significava "gêmeo". Segundo a

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tradição, seu nome verdadeiro era Judas. Galileu, honrado, nobre, sincero, de caráter forte e impulsivo. Se destacou como incrédulo, por não ter acreditado na ressurreição do Cristo, somente após ter colocado os dedos nas chagas do corpo de Jesus.

Apóstolo Judas TADEU: Pescador. Homem de juízo, prudente, irmão de Tiago Menor. Era de Nazaré, filho de Cleopas e de Maria. Há poucas informações sobre esse apóstolo e há quem diga ser proposital esse desconhecimento, para dar exemplo da necessidade de ficarmos, também nós, no oculto.

Apóstolo TIAGO menor , filho de Alfeu: Pescador. Chamado assim pela sua estatura e idade. Nasceu em Caná, tinha graça sobrenatural e dom perfeito vindo do Pai. Fez varias profecias. Nas suas pregações, anunciava os castigos que haviam de vir se não se convertessem. Estava no cenáculo com Nossa Senhora e os outros apóstolos, aguardando a vinda do Espírito Santo. Sobre a morte de Tiago, possuímos informações o qual o apóstolo teria sido condenado ao apedrejamento, no ano 61 ou 62 do sumo pontífice Anás II.

Apóstolo SIMÃO: Pescador, com o cognome Cananeu, que significa "Zeloso", pregou na África e Grã-Bretanha. Igual Tadeu, se tem pouco sobre sua vida. Seguiu Jesus com muito carinho e dedicação. Segundo uma notícia, o apóstolo teria sofrido o martírio durante o império de Trajano, em 107, com respeitável idade de 120 anos.

JUDAS ISCARIOTES: Seu nome verdadeiro era Judas de Simão. Era originário da cidade de Kerioth. Todos os chamavam de "Ish-Keriot", que significava, "da cidade de Keriot". O que se deu o nome de Judas Iscariotes. Foi quem traiu Jesus .

O 13º APÓSTOLO - MATIAS - É um nome frequente entre os hebreus e quer dizer "dom de Deus". É o apóstolo que recebeu como dom, o ser agregado aos Doze, tomando o lugar vago deixado pela deserção de Judas Iscariotes. A sua eleição foi mediante sorteio, após a Ascensão do Senhor, pela proposta de Simão Pedro. Matias esteve portanto, constantemente próximo a Jesus desde o início até o fim de sua vida pública. Nada se sabe de suas atividades apostólicas, nem se morreu como mártir ou de morte natural. A tradição da morte por decapitação com um machado se liga o seu patrocínio especial aos açougueiros e carpinteiros.

45) Quantas pessoas ouviram o barulho, viram as visões e falaram os idiomas no dia de Pentecoste?

R- A multidão era de quase 120 varões Galileus.

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46) Quantos Judeus de todos os países ouviram os Apóstolos Galileus falarem das grandezas de Deus em outras línguas no dia do Pentecoste?

R- A Bíblia não relata a quantidade  de pessoas, e sim de nações, que são quinze conforme  Atos 2:9

47) Por que existem Bíblias com 66 livros e com 70, 72, 80 ou mais livros?

R- A Bíblia católica tem 73 livros e a Bíbliaprotestante tem 66 livros e alguns capítulos a menos de Ester e Daniel. Veremos abaixo, a Bíblia ortodoxa tem 80 livros.Os livros presentes na Bíblia católica que não aparecem naquela protestante são:

Tobias Judite Sabedoria Eclesiástico Baruc 1 Macabeus 2 Macabeus.

Além desses 7 livros temos ainda a ausênciadesses textos nas Bíblias Protestantes:

Ester 10,4-16,24 Daniel 3,24-90; 13-14.

A diferença se encontra no Antigo Testamento, enquanto que para o Novo Testamento, todas as duas bíblias têm osmesmos livros, 27!

Em poucas palavras, na Bíblia protestante faltam 7 livros por que foram escritos em grego e, por isso, não considerados inspirados pelos judeus, que têm a escritura formada unicamente por livros escritos em hebraico. Lutero, para o Antigo Testamento, adotou a escritura hebraica, excluindo, portanto, os textos originariamente escritos na língua helênica. Quanto à Bíblia dos Testemunhas de Jeová, creio que, no século 19, quando Charles Taze Russell e alguns amigos formaram um pequeno grupo de estudo da Bíblia, tenha-se usado a Bíblia Protestante. Daquilo que se pode ver através da NET, eles usam frequentemente a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pela Sociedade Torre de Vigia. Essa tradução tem os mesmos 66 livros das Bíblias protestantes. Portanto, quanto aonúmero de livros, não há diferença.Entre os cristãos, além das bíblias católica e protestante, há uma terceira bíblia pouco conhecida, aquela comum entre as igrejas ortodoxas grega e russa. Essa bíblia contém até 53 livros para o Antigo Testamento, isto é, 7 a mais do que a bíblia católica:

1 Esdras Salmo 151 Oração de Manassés Salmos de Salomão Carta de Jeremias (Texto presente em Baruc, na Bíblia católica) Susana (Capítulo 13 de Daniel católico)

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Bel e o Dragão (Capítulo 14 de Daniel católico)Somando esses 53 livros aos 27 do Novo Testamento, a soma total é de 80 livros.

Propomos esse quadro para sermos mais claros. A ordem dos livros, todavia, não é como nas edições das respectivas bíblicas

48) O que é Septuaginta, Torá e Pentateuco Samaritano?

R- A Septuaginta, desde o século I, é a versão clássica da Bíblia hebraica para os cristãos de língua grega  e foi usada como base para diversas traduções da Bíblia.

Torá (do hebraico ה Jתור, significando instrução, apontamento, lei) é o nome dado aos cinco primeiros livros do Tanakh(também chamados de Hamisha Humshei Torah, חמשה חומשי תורה - as cinco partes da Torá) e que constituem o texto central do judaísmo. Contém os relatos sobre a criação do mundo, da origem da humanidade, do pacto de Deus comAbraão e seus filhos, e a libertação dos filhos de Israel do Egito e sua peregrinação de quarenta anos até a terra prometida. Inclui também os mandamentos e leis que teriam sido dadas a Moisés para que entregasse e ensinasse ao povo de Israel.

Pentateuco Samaritano ou Torá Samaritana é o nome que se dá à Torá usada pelos judeus samaritanos. Os samaritanos recusam o restante dos livros do Tanakh, aceitando apenas sua Torá como livro inspirado. Os samaritanos os rejeitam por não aceitá-lo como vindo de Deus.

49) O que são livros apócrifos?

R- Os Livros apócrifos (grego: απόκρυφος; latim: apócryphus; português: oculto[1]), também conhecidos como Livros Pseudo-canônicos, são os livros escritos por comunidades cristãs e pré-cristãs (ou seja, há livros apócrifos do Antigo Testamento) nos quais os pastores e a primeira comunidade cristã não reconheceram a Pessoa e os ensinamentos de Jesus Cristo e, portanto, não foram incluídos no cânon bíblico.

50) Qual a diferença entre literatura jurídica e histórica?

R- Literatura jurídica são livros que tratam de leis, voltados para o ensino do Direito.

Literatura histórica são livros que buscam conhecer os diversos aspectos do passado da humanidade e examinar as realizações do homem através dos tempos, para que através da reflexão histórica, aumentar nossa capacidade de entender o presente e criar bases para ampliarmos nossa visão sobre o futuro.

51) Qual o objetivo dos quatro evangelhos?

R- ASPECTOS GERAIS DOS QUATRO EVANGELHOS 

Pluralidade – Poderíamos ter 1 evangelho nas Escrituras e isso poderia ser satisfatório. Contudo, Deus quis que fossem quatro. Esta pluralidade tem sua razão

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de ser e seu objetivo. Um dos motivos nos parece ser o valor do número de testemunhas. A lei mosaica determinava que o testemunho contra alguém deveria ser dado por duas ou três pessoas e nunca por uma só (Dt.17.6). O mesmo princípio é utilizado por Cristo em Mt.18.16. O número de testemunhas é importante na determinação da veracidade de um fato. Assim, era importante que duas ou três testemunhas dessem testemunho sobre a vida, a morte e a ressurreição de Jesus. Nos processos jurídicos as testemunhas continuam sendo muito importantes até hoje. Em muitos casos não é possível a prova científica. Cabe então a prova testemunhal. Todo testemunho deve ser registrado por escrito. Assim também aconteceu com os relatos sobre Cristo. Alguns escritores dos evangelhos podem não ter sido testemunhas oculares dos fatos ali narrados. Entretanto, escreveram o que as testemunhas disseram. A pluralidade dos evangelhos é também valiosa por nos apresentar a mesma história vista sob ângulos diferentes. 

Objetividade – Os evangelhos foram escritos tendo-se em vista um objetivo definido: anunciar as boas novas de salvação. Por esta causa, os escritores não se dedicaram a registrar pormenores da vida de Cristo, sua infância, seus hábitos diários, seu trabalho na carpintaria, etc. Eles se limitaram a mencionar a origem de Cristo (humana e divina), seu ministério (ensinamentos, milagres), sua morte, ressurreição e ascensão. Uma grande parte de cada evangelho se dedica a narrar os fatos da última semana do ministério de Cristo. (Veja João 21.25). 

Unidade - Apesar de serem quatro os evangelhos, eles são harmônicos entre si. É possível se construir um relato coerente reunindo os 4 evangelhos. Eles se completam. 

Diversidade – Apesar da unidade entre os evangelhos, eles não são iguais. Se assim fosse, não faria sentido a existência de quatro. Bastaria um. Existem diversas diferenças entre eles. Contudo, diferença não significa contradição. São quatro relatos distintos sobre os mesmos fatos. Algumas narrativas ou ensinamentos são apresentados exclusivamente por um escritor ou apenas por dois ou por três ou pelos quatro E mesmo entre narrativas do mesmo fato, existem diferenças entre os detalhes. Por exemplo, autor diz que Jesus curou um cego em Jericó. O outro diz que foram dois cegos. Um não contradiz o outro. Se Jesus curou um cego, ele pode muito bem ter curado outro. A contradição haveria se um autor negasse a afirmação do outro. As diferenças podem advir de várias causas. Duas narrativas normalmente relacionadas podem, na verdade, ser referência a dois episódios distintos. Uma outra possibilidade é a omissão de algum detalhe, já que tais relatos foram, no princípio, transmitidos oralmente. Assim, algum ponto poderia ser esquecido por um narrador, mas lembrado por outro. Nesse processo, o que prevalece é a nossa fé no cuidado divino para que a essência do evangelho chegasse a nós de forma íntegra. Entre os evangelhos, observa-se maior semelhança entre Mateus, Marcos e Lucas. Por isso, são chamados sinóticos, ou seja, possuidores da mesma ótica. Esse termo foi usado pela primeira vez por J.J. Griesbach, em 1774. O evangelho de João, por sua vez, apresenta um estilo todo particular. 

Ordem - Os livros não se encontram dispostos em nossas Bíblias na mesma ordem em que foram escritos. Além disso, os próprios fatos narrados não seguem ordem cronológica, principalmente no livro de Mateus. 

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Motivos – Os evangelhos foram escritos para responder aos questionamentos da comunidade do primeiro século e também para combater as mentiras dos inimigos a respeito de Jesus. Os apóstolos começavam a morrer e tornava-se então imperioso que se registrassem suas memórias sobre o Salvador. Além disso, existiram também os motivos particulares de cada escritor, conforme veremos no estudo de cada livro.

52 – Qual o objetivo das Epístolas e das Cartas?

R- Para alguns estudiosos, entre eles Adolf Deissmann (Light from the Anciente East),[1] a "carta" tem um cunho mais pessoal sendo dirigida a uma pessoa e abordando uma situação especifica, não tendo como objetivo primário o ser lido pela comunidade. A "epístola", por sua vez, é um dispositivo literário que tinha como propósito um público maior e mais diversificado.Pode se dizer que a "epístola" era uma "carta" que tinha a finalidade principal de ser amplamente divulgada. O escritor esta visando alcançar além de um público primário (comunidade local ou individuo) alcançar também um número muito maior de leitores.

53- Por que os Judeus não se converteram e não permitiram a criação de Igrajas Cristãs nas terras de Israel até o dia de hoje?

R- Por que para os Judeus:

1) Jesus não cumpriu as principais tarefas do Messias;2) Ele não possuía as qualidades requeridas para aspirar ao título de Messias;3) As profecias que os cristãos lhe aplicam são mal traduzidas.

54) Como as primeiras Igrejas estudavam a Bíblia?

R- Elas estudaram a Bíblia até os seus mínimos detalhes, conferiram pelos textos hebreus, mas com isto perderam a correlação entre os valores do Velho e do Novo Testamento. Eles acharam, que estas são as duas fontes da mesma fé, onde uma fonte completa a outra, como dois lados iguais. Alguns dos protestantes até acharam, que uma vez que existem mais livros do Velho Testamento do que do Novo, este é predominante. Assim apareceram seitas com tendência para judaísmo. Eles começaram colocar a fé em Deus Único do Velho Testamento acima do monoteísmo do Novo Testamento com o seu ensinamento sobre o Único Deus na Sua Santíssima Trindade; eles acham os mandamentos do monte Sinai mais importantes, que os ensinamentos do Evangelho; o sábado acima do domingo (ressurreição).

55) Como que era o convíviodos apóstolos e cristãos coms os judeus e com as igrejas heréticas nos três primeiros séculos?

R- Os estudos atuais sobre as ori gens cristãs chamam o período que vai do I ao III século depois de Cristo com o nome de “Judaism-Christianity” (Judaísmo-Cristianismo). De acordo com alguns estudiosos, precisaria

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abandonar a visão tradicional da Igreja antiga, como aquela que se encontra, por exemplo, em Eusébio, ou também a idéia de comunidades ou igrejas eréticas. Sobretudo depois da descoberta dos textos de Qumran e de Nag-hammadi, alguns expertos dizem que hoje é preciso falar não de História do Cristianismo, mas em História de Cristianismos. Do mesmo modo é necessária outra atitude em relação ao judaísmo, entendido não apenas como a história do movimento rabínico, mas também como história de diversas formas de judaísmo.

Os primiero 3 séculos, portanto, constituem um período que precede a separação completa entre judaísmo e cristianismo. Os cristãos que vinham do judaísmo continuavam, por exemplo, indo às sinagogas, como se vê em Atos dos Apóstolos, praticavam a circuncisão e a observavam as normas alimentares. Contudo, no próprio livro de Atos dos Apóstolos aparecem tensões que sublinham já uma distinção e, às vezes, também uma oposição. Mais tarde, com os concílios e a definição das heresias cristológicas, cria-se uma separação definitiva e estabelecem-se as duas religiões, como realidades distintas.

56) Quais as 5 cartas que foram escritas primeiro?

R Romanos: Carta que São Paulo escreveu a uma Comunidade Cristã de Roma, no ano de 57 d.C. Fala das conseqüências do pecado e que o homem é salvo pela fé em Jesus Cristo, por pura misericórdia de Deus.

- I Coríntios: São Paulo escreveu de Éfeso aos cristãos da cidade de Corinto, no ano 55 d.C, para repreende-los quanto aos abusos e disputas que surgiram na comunidade. Prega a humildade, inspirada na cruz de Jesus. Recomenda a caridade

- II Coríntios: Seis meses depois São Paulo escreve a segunda carta. Manifesta suas tribulações e esperanças.

- Gálatas: Escreveu nos anos 48 ou 56 d.C a uma comunidade da Galácia, para resolver problemas surgidos por causa dos judeus convertidos, que quiseram impor sua lei judaica aos cristãos vindos do paganismo.

- Efésios: Escreveu quando estava preso em Roma, nos anos 61 a 63 d.C. Recomenda unidade dos cristãos.

57) Quais as Igrejas que possuíam mais cartas nos dois primeiros séculos?

R- Os mais antigos documentos do Novo Testamento são ao que parece as cartas de Paulo, aos gálatas e a primeira aos tessalonicenses (embora a epístola de Tiago possa disputar essa primazia), as quais são datadas antes do ano 50. Antes de sofrer o martírio em 67, Paulo continuou a escrever cartas: a segunda aos tessalonicenses, as cartas aos coríntios, romanos,

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filipenses, efésios, colossenses; e quatro cartas chamadas Pastorais, a cristãos individuais, a saber, duas a Timóteo, uma a Tito e outra a Filemom.

58) Como eram os cultos nas Igrejas Cristãs durante o segundo século?

R- História da Igreja após as narrativas do livro de Atos dos Apóstolos.

A IGREJA NO IMPÉRIOSegundo Curtis:“Talvés o cristianismo não se expandisse de maneira tão bem sucedida caso o Império Romano não tivesse existido. Podemos dizer que o Império Romano era um tambor de gasolina à espera da faísca da fé cristã.”Algumas das Características do Império Romano que contribuíram para a difusão da fé cristã:Certa abertura religiosa inicial, gerada pelo grande politeísmo;Busca da população romana pelas crenças orientais em alta naquele momento;Um gigantesco império reforçado pelo comércio e envio de tropas às colônias;Grande difusão do latim e do grego como que linguagens universais naquele período.

64 – O INCÊNDIO DE ROMAOs romanos demoraram três décadas para compreender que os cristianismo era diferente do judaísmo, que naqueles dias era uma religião legalizada;O Historiador tácito antes do incêndio já relata conversas em cortiços sobre um certo “Chrestos”, certamente Cristo;Em 19 de julho de 64 inicia-se o incêndio em Roma. Dentre os 14 quarteirões que tinham cortiços populares 10 foram queimados em um incêndio que perdurou por 7 dias;Cristãos foram o bode expiatório encontrado por Nero, que jurou persegui-los até a morte de todos.Segundo Kenneth:“Quando o cristianismo desafiou o politeísmo tão profundamente arraigado de Roma, o Império contra-atacou.”Ocorre então um primeira onda de perseguições de 64 até 68, quando Nero morre após assassinar a própria mãe.Tácito, um escritor daquela época diz em um de seus relatos:“Alguns foram vestidos com peles de animais ferozes e perseguidos pelos cães até serem mortos, outros foram cru¬cificados; outros envolvidos em panos alcatroados, e de¬pois incendiados ao por do sol, para que pudessem servir de luzes para iluminar a cidade durante a noite. Nero ce¬dia os seus próprios jardins para essas execuções e apresen¬tava, ao mesmo tempo, alguns jogos de circo, presenciando toda a cena vestido de carreiro, indo às vezes a pé no meio da multidão, outras vendo o espetáculo do seu carro.”

70 – TITO DESTRÓI JERUSALÉMSegundo Curtis:“Em um de seus primeiros atos impe¬riais, Vespasiano nomeou seu filho, Tito, para conduzir a guerra contra os judeus.A situação se voltou contra Jeru¬salém, agora cercada e isolada do res¬tante do

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país. Facções internas da cidade se desentendiam com relação às estratégias de defesa. Conforme o cerco se prolongava, as pessoas mor¬riam de fome e de doen<;as. A esposa do sumo sacerdote, outrora cercada de luxo, revirava as lixeiras da cidade em busca de alimento. Enquanto isso, os romanos empre¬gavam novas maquinas de guerra para arremessar pedras contra os muros da cidade. Arietes forçavam as muralhas das fortificações. Os defensores judeus lutavam durante todo o dia e tenta¬yam reconstruir as muralhas durante a noite. Por fim, os romanos irrom¬peram pelo muro exterior, depois pelo segundo muro, chegando final mente ao terceiro muro. Os judeus, no entanto, continuaram lutando, pois cor¬reram para o Templo - sua ultima linha de defesa. Esse foi o fim para os bravos guer¬reiros judeus - e tambem para o Templo. Josefo, historiador judeu, dis¬se que Tito queria preservar Tem¬plo, mas os soldados estavam tão ira¬dos com a resistencia dos oponentes que terminaram por queima-Io. A queda de Jerusalem, essenciaI¬mente, pôs fim a revolta. Os judeus foram dizimados ou capturados e vendidos como escravos. O grupo dos zelotes que havia tomado Massada permaneceu na fortaleza por três anos. Quando os romanos finalmente construíram a rampa para cercar e invadir local, encontraram todos os rebeldes mortos. Eles cometeram suicídio para que não fossem captu¬rados pelos invasores. A revolta dos judeus marcou o fim do Estado judeu, pelo menos ate os tempos modernos. - A destruição do Templo de Herodes significou mudança no culto judaico. Quando os babilônios des¬truíram o Templo de Salomão, em 586 a.c., os judeus estabeleceram as sinagogas, onde podiam estudar a Lei de Deus. A destruição do Templo de Herodes pôs fim ao sistema sacrifical judeu e os forçou a contar apenas com as sinagogas, que cresceram muito em importância.” MARTÍRIO DE TIAGO Segundo Anglin: “Hegésipo, um escritor do II século, faz algumas referências interessantes sobre o apóstolo Tiago, que acabou a sua carreira durante esse período, e fornece um detalhado relatório do seu martírio, que podemos inserir aqui. ‘Consta que o apóstolo tinha o nome de Oblias, que significava justiça e proteção, devido a sua grande piedade e dedicação pelo povo. Também se refere aos seus costu¬mes austeros, que sem duvida contribuíram para aumen¬tar a sua fama entre o povo. Ele não bebia bebidas alcoóli¬cas de qualidade alguma, nem tampouco comia carne.’” 97 – MARTÍRIO DE TIMÓTEO Pregação à Idólatras; Atacado à pedras e paus; Morte alguns dias depois; A Igreja do Século I: Segundo de Durant: “REUNIAM-SE em recintos privados ou pequenas capelas e organizavam-se segundo o modelo da sinagoga. A congregação recebia o nome de ekklesia - ¬palavra grega para significar as reuniões do governo municipal. Os escravos eram bem-vindos, como nos cultos de Isis e de Mitras; nenhuma tentativa se fazia para libertá-los, mas reconfortavam-nos com a promessa de um Reino em que seriam li¬vres. Entre os primeiros convertidos predominavam os proletários, com alguns ele¬mentos das classes medias e um ou outro da classe alta. Não obstante, longe esta¬vam de ser a "escória da sociedade" como disse Celso; em sua maioria viviam indus¬triosamente, financiavam as missões, levantavam fundos para as comunidades mais pobres. Pouco esforço se fazia para conquistar a gente dos campos; a população rural veio por ultimo, e dai o nome de pagani (aldeões, camponeses) que começou a ser aplicado aos habitantes dos Estados mediterrâneos anteriores aos cristãos. As congregações admitiam as mulheres, que eram encarregadas de pequenos pa¬peis; mas a Igreja exigia que elas envergonhassem os pagãos com 0 exemplo de suas vidas de modesta submissão e recolhimento.” SÉCULO II

MARTÍRIO DE INÁCIOBispo de Antioquia;

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Discípulo de João e Pedro;

150 – JUSTINO MÁRTIR ESCREVE ‘APOLOGIA’Era filósofo (Pitágoras, Aristóteles);Ao encontrar-se com um velho cristão em uma praia, converte-se;“Toda a verdade é verdade de Deus”, dizia em um de seus discursos no qual apresentava relações entre a filosofia e a fé.Teve sua vida como que um paralelo coma vida de Paulo: Conversão, Grego, gentios, martírio em Roma;Segundo Curtis:“A vida de Justino apresenta mui¬tos paralelos com a vida de Paulo. O apóstolo era um judeu nascido em área gentia (Tarso); Justino era um gentio nascido em aráa judaica (a an¬tiga Siquém). Eles tinham boa for¬mação e usavam o dom da argumen¬tação para convencer judeus e gentios da verdade de Cristo. Os dois foram martirizados em Roma em razão de sua fé.A maior obra de Justino, a Apologia foi endereçada ao imperador Antonino Pio (a palavra grega apologia refere-se à lógica na qual as crenças de uma pessoa são baseadas). En¬quanto Justino explicava e defendia sua fé, ele discutia com as autorida¬des romanas por que considerava er¬rado perseguir os cristaos. De acordo com seu pensamento, as autoridades deveriam unir forças com os cristãos na exposição da falsidade dos siste¬mas pagãos”Foi decapitado em Roma em 165. “Vocês podem nos matar, mas não podem nos causar dano verdadeiro.”

156 – POLICARPO É MARTIRIZADOFoi discípulo de João, o último elo com o primeiro apostolado;Negava-se a PRESTAR CULTO AO GÊNIO DE CESAR;Segundo Curtis:“Então, Policarpo entrou em uma arena cheia de pessoas enfurecidas, o proconsul romano parecia respei¬tar a idade do bispo. Como Pilatos, queria evitar uma cena horrível, se fosse possível. Se Policarpo apenas oferecesse um sacrifício, todos pode¬riam ir para casa ..- Respeito sua idade, velho ho¬mem - implorou o proconsul. ¬Jure pela felicidade de César. Mude de idéia. Diga "Fora com os ateus!".O proconsul obviarnente queria que Policarpo salvasse a vida ao se¬parar-se daqueles "ateus", os cristãos. Ele, porém, simplesmente olhou para a multidão zombadora, levantou a mão na direção deles e disse:- Fora com os ateus!O proconsul tentou outra vez:- Faça o juramento e eu o liber¬tarei. Amaldiçõe Cristo!O bispo se manteve firme.- Por 86 anos servi a Cristo, e ele nunca me fez qualquer mal. Como poderia blasfemar contra meu Rei, que me salvou?”Antes de ser levado para ser queimado disse: “Seu fogo poderá queimar por uma hora, mas depois se extinguirá, mas o fogo do julgamento por vir é eterno.”Algumas testemunhas afirmaram que o fogo não o queima, que estava como um pão no forno ou como ouro sendo refinado.

A LUTA CONTRA O GNOSTICISMO NA IGREJASegundo Anglin:

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“O gnosticismo era um desses males, e foi talvez a primeira heresia que depois dos tempos dos apóstolos se de¬senvolveu mais. Era um amontoado de erros que tinham a sua origem na cabala dos judeus, uma ciência misteriosa dos rabinos, baseada na filosofia de Platão, e no misticis¬mo dos orientais. Um judeu chamado Cerinto, mestre de filosofia em Alexandria, introduziu parte do Evangelho nesta nessa heterogênea da ciência (falsamente assim chamada) e sob esta nova forma foram enganados muitos crentes verdadeiros, e se originou muita amargura e dis¬sensão,”Gnosticismo é a crença de que existem uma série de conhecimentos secretos, que podem permitir que o homem salve a si mesmo;Os Gnósticos daqueles dias usavam roupagem (aparência, terminologias) cristã;Apóstolo João já combatia estas idéias na sua primeira epístola;“Amados, não creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo. Nisto conheceis o Espírito de Deus: todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus.” I João 4.1-2

177 – IRINEU TORNA-SE BISBO DE LIÃO E COMBATE O GNOSTICISMOEstudou por anos todas as formas de gnosticismos existentes;Segundo Curtis:“Quando o bispo de Lião final¬mente tomou conhecimento dessa heresia, escreveu a obra denominada Contra as heresias, um enorme tra¬balho no qual buscava revelar a tolice do "falso conhecimento". Va¬lendo-se tanto do Antigo Testamen¬to quanto do Novo, Ireneu mostrou que o Deus amoroso criou o mun¬do, que se corrompeu por causa do pecado humano. (...) Ireneu compreendia que o gnosticismo se valia do desejo humano de conhecer algo que os outros nao co¬nheciam. Com relação aos gnosticos, escreveu: "Tao logo um homem é convencido a aceitar a forma da sal¬vação deles [dos gnósticos], se torna tao orgulhoso com o conceito e a im¬portância de si mesmo, que passa a andar como se Fosse um pavao". Po¬rem, os cristãos deveriam humilde¬mente aceitar a graça de Deus, e não se envolver em exercícios intelectuais que levavam a vaidade.”Foi degolado no alto de um monte por recusar-se a oferecer sacrifícios aos deuses romanos (202 d.C.);

59) Quais eram as doutrinas heréticas que mais perturbavam as igrejas cristãs durante os primeiros três séculos?

R- Os estudos atuais sobre as ori gens cristãs chamam o período que vai do I ao III século depois de Cristo com o nome de “Judaism-Christianity” (Judaísmo-Cristianismo). De acordo com alguns estudiosos, precisaria abandonar a visão tradicional da Igreja antiga, como aquela que se encontra, por exemplo, em Eusébio, ou também a idéia de comunidades ou igrejas eréticas. Sobretudo depois da descoberta dos textos de Qumran e de Nag-hammadi, alguns expertos dizem que hoje é preciso falar não de História do Cristianismo, mas em História de Cristianismos. Do mesmo modo é necessária outra atitude em relação ao judaísmo, entendido não apenas como a história do movimento rabínico, mas também como história de diversas formas de judaísmo.

Os primiero 3 séculos, portanto, constituem um período que precede a

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separação completa entre judaísmo e cristianismo. Os cristãos que vinham do judaísmo continuavam, por exemplo, indo às sinagogas, como se vê em Atos dos Apóstolos, praticavam a circuncisão e a observavam as normas alimentares. Contudo, no próprio livro de Atos dos Apóstolos aparecem tensões que sublinham já uma distinção e, às vezes, também uma oposição. Mais tarde, com os concílios e a definição das heresias cristológicas, cria-se uma separação definitiva e estabelecem-se as duas religiões, como realidades distintas.

60) Quais eram os livros duvidosos que circulavam nas igrejas junto com a Bíblia durantes os 3 primeiros séculos?

R- Eles são sete (ou oito) livros: Tobias, Judite, 1 e 2 Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico (não confundir com Eclesiástes), Baruque e Epístola de Jeremias (esta, ora é contada como um livro separado, ora adicionada a Baruque). Entre os apócrifos, ficam também as adições aos livros bíblicos de Ester e Daniel.

61) Quais eram as divergências quanto à doutrina e aceitação de livros suspeitos entre os líderes religiosos do começo da Igreja: Euzébio, Atanásio, Montano Marciano, Tertuliano e Clemente?

O curso diverso que tomou a literatura cristã em Roma foi condicionado pela sua situação lingüística. Inicialmente a comunidade de Roma era composta somente de pessoas que falavam o grego; era esta a língua que se falava nas pregações, na liturgia. Somente quando a maioria grega foi tornando-se cada vez menor, é que sentiu-se a necessidade de traduzir em latim as Sagradas Escrituras, de pregar em latim e adota-lo como língua litúrgica.

Na segunda metade do século existia, porém, a tradução em latim da carta de Clemente Romano, Tertuliano faz também referências para uma bíblia em latim; os mártires de Scili, na África conheciam as cartas de São Paulo em latim.

A tradução, porém, sempre foi difícil porque trata-se de explicar aos pagãos certos conceitos que lhes eram desconhecidos e de difícil compreensão. De outra forma alguns conceitos importantes da revelação que eram explicados em grego, agora teriam que ser feitos em latim, por isso o vocabulário latino é enriquecido com muitos termos gregos. Trata-se, todavia, de um processo muito lento. Mesmo no terceiro século as discussões eram feitas em grego.

HIPÓLITO

Foi o elo de união entre o oriente e o ocidente. Talvez seja originário do Egito e veio a Roma nos tempos do papa Zeferino, como presbítero. Sua erudição e inteligência o tornaram um grande confutador de heresias.

A história deste grande personagem foi no passado complicada com diversos outros personagens que tiveram o mesmo nome. É preciso distinguí-lo de um bispo oriental citado por Eusébio que não indica, porém, sua diocese; depois, de um oficial, testemunha do martírio de

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São Lourenço e martirizado com ele, ou então de um padre romano exilado com o papa Ponciano para a Sardenha em 253.

O personagem culto e erudito, autor de numerosas obras parece ser o mesmo Hipólito que veio a Roma no conflito com Calisto. Hipólito lutou contra o modelismo. Com a morte de Zeferino, talvez quisesse ele concorrer para ser seu sucessor, mas a comunidade preferiu Calisto, e isto o levou a uma revolta contra o papa e à separação da comunidade romana e da comunidade dos fiéis.

Hipólito não cessou jamais de atacar com extrema injustiça os atos do papa e o seu rancor aparece na obra “Filosofumena”, na qual Calisto é acusado de heresia. Todavia, esta obra não é seguro que seja dele.

O elenco dos escritos de Hipólito é longo e vários são os argumentos estudados. Teriam sido escritos entre os anos de 210 a 224. A obra que contém a constituição eclesiástica da antiguidade, a práxi litúrgica e a doutrina dos apóstolos é a “Tradictio Apostólica”, que junto com a Didaqué é a mais antiga obra de regras eclesiásticas.

A Tradictio era conhecida desde 1891 com o nome de “disciplina eclesiástica egipciana” porque nos permanece em versão copta, etiópica e arábica; essa é o mais antigo ritual de ordenações que se conhece. As orações de Clemente, da Didaqué, de Policarpo não são fórmulas litúrgicas impostas por autoridade da Igreja, são orações de livros inspirados porém, com temas tradicionais; junto a Hipólito, todavia, encontra-se em uso litúrgico já codificado.

As primeiras funções litúrgicas por ele descritas referem-se à consagração do bispo e depois da eucaristia, fortemente radicada no passado, exerceu forte influência sobre a tradição litúrgica posterior no ocidente.

Hipólito descreveu de modo bastante detalhado a liturgia batismal, juntamente com seus símbolos. Além da ordenação do bispo, descreve também a ordenação do presbítero, do diácono e cita longos trechos da liturgia. Fala de confessores, de viúvas, de leitores, de virgens, de subdiáconos e dos catecúmenos, do tempo das orações nos ofícios, das orações, do jejum pascal, dos ágapes.

Além da “Traditio apostólica” e da “Filosofumena” escreveu outros livros contra as heresias modalistas e adocionista. O “Syntagma” ou “Summa Adversus” é um livro em que confuta nada mais do que 32 heresias. Uma outra obra “Confutação de todas as heresias”, destinada a expor em 10 livros os sistemas dos antigos filósofos pagãos, depois de apresentar os sistemas hereges, continuadores dos filósofos e demonstrar o que é uma heresia, foi outra obra de destaque; diz que as heresias baseiam-se sobre religiões pagãs e não sobre erradas interpretações do evangelho.

NOVACIANO

Aparece pela primeira vez na história da igreja na longa vacância da cátedra romana, que se seguiu à morte do papa Fabiano. Morto o papa, coube a Novaciano manter o contacto com as outras igrejas, como nos é demonstrado pelas cartas conservadas no epistolário de Cipriano.

Foi o primeiro grande teólogo romano; tinha recebido somente o batismo dos enfermos sem a confirmação episcopal, o que o tornava irregular. Não obstante isso e a oposição do clero, foi eleito sacerdote. Apresenta-se como um escritor valente. Já em 250 tinha composto o livro “De Trinitate” que é a primeira obra escrita em Roma, em latim sobre um assunto teológico. O texto foi redigido com elegância e explica a regra da verdade, isto é, a fé da igreja romana formulada no símbolo batismal e colocada explicitamente em relação ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

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O conjunto do livro divide-se em quatro partes dedicadas ao Pai e à criação, ao Filho e à encarnação ao Espírito Santo e à relação entre Pai, Filho. Ele distingue os três estados do Verbo: a geração “ab aeterno”, o nascimento, e a encarnação no tempo. O Filho é eterno mas hierarquicamente inferior ao Pai. Novaciano procurou salvar a divindade de Cristo, porém, acabou com isso, sustentado o subordinacionismo. O Espírito Santo é subordinado ao Filho, mas é ele quem conserva a igreja na santidade.

As quatro cartas escritas a Cipriano referem-se ao problema dos lapsos, que tinham apostatado sob Décio. Cipriano é mais severo, ainda que admita a necessidade da reconciliação. Novaciano está de acordo com ele. Parece que com a falta de uma eleição no lugar de Fabiano, tenha-se separado da comunidade de Roma, pregando um cristianismo rígido que nega o perdão dos pecados depois do batismo, inclusive dos lapsos, a quem antes tinham concedido a reconciliação.

Não obstante o seu rigorismo, uniu-se a Novato, grupo cismático dos laxistas africanos, excomungados por Cipriano. Juntos conseguiram provocar o primeiro grave cisma da igreja e que durou dos séculos. Parece que morreu como mártir sob Valeriano. Uma inscrição no túmulo de São Lourenço parece referir-se a ele.

TERTULIANO

Nasceu por volta dos anos de 150/160 em Cartago, de uma família pagã. Fez sólidos estudos literários, filosóficos e jurídicos. Talvez tenha exercido a carreira de jurisconsulto ou mesmo de advogado, pois, suas obras tem um acento bastante jurídico. Sua conversão aconteceu por volta do ano de 195, por razões desconhecidas. Não fez jamais qualquer citação de que tenha sido ordenado e isso faz-nos pensar que fosse ele um leigo. Permanece, porém, a frase de São Jerônimo “Tertulianus presbyter” ainda por explicar.

Por quase dez anos sua ortodoxia não apresenta nenhum problema e dedicou todo este tempo em favor da defesa da fé. Por volta dos anos 206/207, o seu rigor moral, seu zelo o levaram para o montanismo.

Todavia, não rompeu definitivamente com a igreja, em 213, por exemplo colocou-se em defesa da fé contra uma seita que negava os dons do Espírito Santo. Para o fim de sua vida criou um partido chamado “tertulianista”, cujos membros foram reconduzidos à comunidade com a igreja através de Santo Agostinho.

A vida religiosa de Tertuliano pode-se dividir em três períodos:1. 195-207 – período católico2. 207-212 – período semi-montanista3. 213 até o fim de sua vida – montanista

Este último assinala uma diminuição de sua atividade escriturística. Enquanto no primeiro período escreveu 20 obras, no segundo, 13, no terceiro tem apenas 6. Depois do ano de 222 perdeu-se de vista e não se tem mais notícias suas seguras. Segundo São Jerônimo teria morrido em idade avançada por volta de 240/250, mas não temos nenhum elemento informativo seguro e nem mesmo que tenha se reconciliado com a igreja.

A característica fundamental é sua vontade, que por ser forte e firme, transforma-se em áspera e rude. O seu temperamento é aquele de lutar, de fato, muitos dos seus livros são escritos num espírito de batalha: dialética cerrada, vivacidade, ironia mordaz e agressiva em defesa da verdade, do bem, do direito. Foi definido como o verdadeiro criador da língua teológica latina.

Os escritos referem-se a quatro assuntos principais:1. A defesa do cristianismo (escritos apologéticos)2. Tratados contra as heresias (oito)3. Tratados sobre moral e virtude cristã (doze)4. Seis livros sobre disciplina sacramental

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Escritos apologéticos

Os escritos apologéticos são: Apologeticum, Ad Nationes, De testimonio animar, Adversus judeos, Ad Scapulam (governador romano).

Apologeticum é uma defesa cerrada que foi dirigida aos governadores das províncias romanas, especialmente aquelas da África e a todos os pagãos. A medida tomada contra os cristãos é ilegítima e injusta, devido ao fato de que julgam o cristianismo sem conhece-lo. Esta tese demonstra-se com a ausência de um procedimento regular e viola o direito comum da liberdade religiosa. Em seu livro “Ad Nationes”, pede justiça e liberdade religiosa para os cristãos, argumentando suas teses sob fundamentos filosóficos.

Escritos doutrinais e contra os hereges

Os escritos doutrinais são quase todos de controvérsia, diretamente destinados a confutar os heréticos. O mais antigo e importante tratado é o “De prescriptione haereticorum”, composto por volta do ano de 200. Nele Tertuliano retoma o argumento de Irineu sobre a regra de fé, interpretada mediante a tradição de origem apostólica, mas confere-lhe apresentar sob forma jurídica, uma extraordinária força demonstrativa. Os hereges pretendem corrigir a regra de fé com as escrituras, mas Tertuliano não permite a eles nada disso porque não pertence a eles: a regra de fé pertence somente às igrejas fundadas pelos apóstolos ou deles derivadas.

Somente tais igrejas, em virtude deste longo processo ininterrupto ou como diz o temo jurídico, prescrição tem o direito exclusivo de fazer a si esta atribuição. Os heréticos são refutados por meio de duas prescrições:

a. O evangelho confiado somente aos apóstolos e não aos fundadores de seitas.b. O encargo de sua pregação foi dado aos apóstolos e por eles foi dado às igrejas

que fundaram ou às igrejas deles derivadas.Os hereges devem aceitar o fato de que a igreja deu a verdade somente àquelas igrejas fundadas pelos apóstolos. Depois desta confutação Tertuliano ocupou-se de Marcião e Prassea. Contra Marcião escreveu cinco livros nos quais demonstra a unidade do Deus bom, justo, a identidade do Deus criador; a unidade de Cristo é evidenciada nos dois últimos escritos. Contra Prassea atacou o monarquianismo modalístico. O tom usado é áspero e violento. Apesar da incerteza da terminologia e alguns erros, o trabalho é notável, pois põe em particular relevo a personalidade do Espírito Santo: Ele é mesmo Deus com o Pai e com o Filho; em tudo e por tudo é a da mesma substância do Pai, é numa palavra, Deus. Tertuliano foi o primeiro entre os padres até S. Atanásio a afirmar com tanta segurança e resolutamente a divindade do Espírito Santo.Seu pensamento trinitário é baseado sobre duas obras contra os gnósticos: “De carne Christi” e “De ressurrectione carnis”. Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, nega-lo significa destruir a própria redenção.

Escritos morais e disciplinares

Os problemas morais e disciplinares são contidos em 12 tratados que revelas as tendências de Tertuliano. Como montanista contestou à igreja, o direito de perdoar os pecados. Religando a igreja à esfera do Paráclito (espera de uma terceira revelação que reforma as duas precedentes) Tertuliano perde de vista toda ligação de comunhão entre os membros dela. Tais oposições tiveram por conseqüência o agravar-se da oposição entre igreja e mundo e a substituição de uma igreja sem sacerdócio e sem outras investiduras de poderes espirituais.

CIPRIANO

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Eleito bispo de Cartago em 249, exerceu tal cargo até o ano de 258. Nestes anos conseguiu reunir em torno de si todos os presbíteros que guiavam a África naquele período. A maior parte dos seus escritos é de índole pastoral. Inspirou-se em Tertuliano, seu autor preferido que lia todos os dias juntamente com a Sagrada Escritura; dela tirava os trechos mais importantes para a defesa da fé e dos deveres dos cristãos.

Sobre o problema dos lapsos, escreveu o livro “De lapsis”, para provar a necessidade da penitência , mas segundo regras precisas: nada de reconciliação em massa, somente os liberados são admitidos à comunhão imediatamente, os outros devem fazer penitência por toda vida, mas a reconciliação pode ser dada num momento de perseguição ou em período de morte evidente. Os membros lapsos do clero devem ser depostos e aqueles que recusam a penitência estão excluídos do perdão, também em casos extremos.

Sua maior obra é “De unitate catholica ecclesiae” em 27 capítulos. Cipriano afirma a universalidade da igreja e a sua unicidade. Suas idéias giram em torno de dois pontos: o ofício do sucessor de Pedro e o colégio episcopal. O IV capítulo é o testemunho mais categorizado escrito por Cipriano sobre o primado papal. A igreja fundamenta-se sobre Pedro e por Pedro é um, a igreja também é uma e também se o Senhor estendeu este poder aos apóstolos, a igreja fundamenta-se sobre Pedro para realizar a unidade desejada por Jesus e isto é um atributo essencial.

O primado de Pedro não é algo simplesmente honorífico, mas é um fator de unidade eclesiástica. Para Cipriano, Roma, possui a cátedra de Pedro e a igreja romana é a “principalis”. Mas além de exaltar o primado de Pedro, Cipriano reivindica a autoridade do colégio episcopal.

O bispo permanece sempre na dependência do colégio episcopal do qual deve acolheras decisões. Sob pena de excomunhão, ou seja, ele próprio se excomunga. O bispo é o mediador entre os fiéis e a igreja; através da pregação une-se a Cristo e portanto com a salvação. Fora da igreja, segundo Cipriano, não há salvação, porque não há batismo, por isso Cipriano insiste sobre o batismo dos neo-natos, a fim de que possam entrar o mais depressa possível na igreja.

CLEMENTE ALEXANDRINO

O fim do segundo século viu a difusão do cristianismo helênico em Alexandria; esta cidade tornou-se centro principal da cultura helênica.

A indústria do papiro, a existência de uma célebre biblioteca,conferiam à cidade uma vida cultural sólida bem como um patrimônio intelectual incomparável.

A posição geográfica fazia da cidade um ponto de encontro da civilização dando vida a um liberalismo religioso que favorecia a propaganda e o proselitismo.

Alexandria já no fim do século segundo estava destinada a assumir uma parte importante na história da igreja. Alexandria se tornará o centro da cultura cristã como Roma era o dentro doutrinal. É em Alexandria que o cristianismo recebe a herança da retórica e da filosofia antiga, elaborando o helenismo cristão do qual um exemplo típico é Clemente. Característica dominante da corrente Alexandrina é a aliança entre o evangelho e cultura grega. Esta aliança já tinha sido feita no passado por Filon para o Antigo Testamento. Todavia, Clemente usa de modo discreto o método. Apela a Filon como a uma das riquezas da cultura Alexandrina, mas a sua exegese mantém-se na linha tipológica agnóstica, isto é, sobre a linha da tradição catequética.

Clemente – vida e obras

Clemente nasceu por volta do ano de 150 talvez em Atenas, porém a família é ambientada com Alexandria o que torna possível o seu nascimento em Alexandria.

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A família era pagã. Clemente converte-se na escola de Panteno. Naquele tempo já tinha viajado muito à procura de ensinamentos juntos aos mestres do tempo. Logo tornou-se colaborador de Panteno e foi nomeado presbítero. Com a morte de Panteno tomou a guia da escola catequética (Didascália) que dirigiu até o ano de 203 quando foi fechada por causa da perseguição de Setímio. Retirou-se para a Ásia junto ao bispo Alexandre da Capadócia, onde morreu em 215.

A Didascália foi uma escola de teologia especulativa e dependia sempre do bispo do lugar que nomeava os reitores. Era uma escola de caráter oficial e não privada como em Roma. Participavam os cristãos e também os não cristãos.

Com Orígenes, o movimento intelectual ganhará uma importância cada vez maior.As obras de Clemente são : “Proptreptico”, que é uma exortação bastante quente para

ouvir o Verbo de Deus e abraçar o cristianismo, contrapondo uma crítica do paganismo, de seu culto, dos seus poetas e filósofos. Todavia, nos filósofos, especialmente em Platão reconhece alguma verdade cuja proveniência é divina.

Outra obra sua é “O pedagogo”, que é uma introdução à vida prática cristã. Divide-se em três livros: o primeiro apresenta o Logos, que se faz educador de almas, e os outros dois enumeram os vícios mais horríveis que o cristão deve evitar. Isto acontece de dois modos:

a. Através da observância dos 10mandamentos do Antigo Testamentob. Através de uma vida vivida de modo razoável.

O modelo deste tipo de vida é o Verbo feito carne, que pode curar de todo mal, e ao qual devemos nos esforçar para imita-lo. O ensinamento do Logos é original para um fim mais elevado: a doutrina teológica. Os “stromata” tentam elevar o cristianismo até aquela altura. É esta a obra mais importante de Clemente. A intenção de fundo é a defesa da fé contra as gnoses. O único verdadeiro gnóstico é o cristão fiel que no batismo recebeu o Espírito Santo e por isso é capaz de elevar-se ao conhecimento perfeito conduzindo uma vida moral perfeita. Verdadeiro gnóstico transforma-se somente na igreja na qual supera o ensinamento ético da filosofia pagão que permanecerá sempre num estado preliminar, no caminho da perfeição.

O verdadeiro gnóstico deve assemelhar-se sempre mais a Cristo, modelo perfeito, seguindo o seu exemplo de oração que termina na contemplação de Deus e no empenho para com os irmãos. A sua vida deve ser por sua vez modelo para os irmãos menos perfeitos, promovendo seu aperfeiçoamento e seu progresso espiritual.

Orígenes

Outro grande representante da escola Alexandrina foi Orígenes. Nasceu na mesma cidade no ano de 185 de família cristã. Seu pai, Leônidas, morreu mártir no ano de 202. no tempo da perseguição de Setímio Severo assumiu a direção da Didascália. O edito de Severo golpeou também a escola onde muitos foram presos. Orígenes conduziu, ele mesmo diversos discípulos ao martírio. Terminada a perseguição continuou seu trabalho. Dedicou-se a pesquisas críticas sobre a Bíblia. Esteve em Roma por volta de 212, onde encontrou-se com Hipólito, prosseguindo a viagem para a Grécia, Antioquia, Épiro, Nocomédia, Palestina. Destas viagens pode trazer muitos conhecimentos. Falava não somente aos catecúmenos, mas também aos fiéis. Foi um dos grandes pensadores cristãos do terceiro século.

A SITUAÇÃO DA IGREJA NO INÍCIO DO SÉCULO

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Esta situação corresponde ao período de pouco antes da perseguição de Diocleciano; apresentaremos apenas dados aproximados, já que uma colocação mais detalhada exigiria mais pesquisas. Todavia, são suficientes para se ter uma idéia de como vivia a igreja então.

Na segunda metade do século III a igreja viu os seus membros serem duplicados em número. Por volta do ano de 250 era mais ou menos três milhões, o número de cristãos e no início da perseguição ultima, este número dobrou. A maior parte dos cristãos estava no Oriente.

Entre as várias sedes episcopais, havia certamente uma diferença entre elas no que se refere ao número: algumas sedes como Roma, Alexandria, Cartago, Antioquia contam com grande número de cristãos.

Geograficamente os cristãos poderiam ser vistos assim: algumas regiões apresentavam os cristãos como a metade da população e entre essas regiões estavam as da Ásia Menor, Armênia, Edessa, a ilha de Chipre; havia províncias onde o número de cristãos e sua influência eram grandes, como é o caso de Alexandria, Roma, Itália Meridional, a África Proconsular; outras províncias tinham grande número de cristãos como a Macedônia, Açaís, parte da Itália Central, Mauritânia, Palestina, parte da Espanha; outras ainda, tinham um pequeno número de cristãos como a Gália Central, a Britânia.

Muitas sedes episcopais eram bastante ricas, como pode-se ver pelas construções de basílicas, feitas já antes da paz constantiniana. Todas as igrejas tinham um atendimento pelos pobres, viúvas, órfãos, peregrinos.

A igreja já se fazia presente no campo cultural com Lactâncio, Arnóbio, Eusébio de Cesaréia. A perseguição de Diocleciano trouxe grandes perdas para a vida da igreja, especialmente para a parte oriental.

A ÚLTIMA PERSEGUIÇÃO

A ultima grande provação pela qual passou a igreja foi feita através do imperador Diocleciano. A igreja era já um corpo constituído, organizado. Num período de menos de um ano os cristãos puderam sofrer através de quatro editos emanados (de 23 de fevereiro de 303 a fevereiro de 304). Todos eles tiveram como característica uma severidade acentuada.

O primeiro edito emanado falava sobre a confiscação dos livros usados na liturgia, os vasos sagrados, a destruição das igrejas. Todos deviam entregar à autoridade competente o material destinado à liturgia e ao culto. Além disso, os cristãos foram discriminados com a perda de alguns direitos.

Um segundo edito promulgado fez com que os chefes das igrejas fossem presos. Tal medida veio incrementada pelo terceiro edito através do qual estes mesmos chefes seriam livres se voltassem a sacrificar. Seria uma espécie de teste. Finalmente, o quarto edito dizia que todos os habitantes do império deveriam sacrificar aos deuses, sob penas de torturas e trabalhos forçados.

Qual teria sido o motivo pelo qual Diocleciano agiu desta forma? É difícil identificar a causa; talvez tenha sido por causa das pressões dos pagãos de modo geral. Qualquer que seja a causa, a perseguição afetou profundamente a igreja em sua organização

Algumas províncias sofreram bastante ao passo que em outras a perseguição foi moderada. Na Gália e Bretânia, por exemplo, que dependiam de Constâncio Cloro, pai de Constantino, somente o primeiro edito é que foi aplicado sem rigorismos. Em Roma, os acontecimentos já transcorreram de outra forma, durante aproximadamente 4 anos não se pode encontrar um papa para substituir a Marcelino.No Oriente, a perseguição prolongou-se mais do que no Ocidente. Um período de paz em todo o império só veio a acontecer na vigília da paz constantiniana, em 311 com um outro edito, agora de tolerância, emanado por Galério, que desde 305 estava com Diocleciano.

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A PASSAGEM DA PERSEGUIÇÃO À LIBERDADE

Todo processo que trouxe a paz para a igreja pode-se ser colocado em dois momentos: o edito de Galério e o acorde de Milão, com o qual não somente se pôs fim à perseguição, mas a religião cristã foi reconhecida pelo estado romano, e então passa a existir de fato e de direito.

O edito de Galério, também chamado de indulgência, foi emanado no dia 30 de abril de 311, em nome também de Constantino, Licínio e provavelmente Maximino Daia. Este edito é composto de duas partes:

a. Os imperadores desaprovavam severamente os cristãos porque tinham abandonado a religião dos pais, dos antepassados. Quando perseguiram os cristãos, os imperadores, procuraram reconduzir os cristãos para “melhor conselho”, mas tal intento não foi conseguido, visto que a grande maioria dos cristãos perseveraram nos seus propósitos, diz o texto.

b. Vendo a persistência dos cristãos, os imperadores fizeram então duas concessões, não somente o cessar das perseguições, mas uma verdadeira existência de direito, e esta foi a primeira lei emanada neste sentido em favor dos cristãos; a segunda concessão é de construir sedes para o culto e exercita-lo.Este edito de Galério foi o primeiro a conceder certa liberdade à igreja, que todavia, foi

aprimorado dois anos depois com o acordo de Milão.Em fevereiro de 313 Constantino e Licínio encontraram-se em Milão, onde Licínio

devia casar-se com a irmã de Constantino, Constância. Nesta ocasião tiveram um colóquio sobre os principais problemas do império. Examinaram também a situação dos cristãos e entraram em acordo sobre a emanação de novos procedimentos em favor deles. Aquilo que eles trataram e que depois foi posto em prática nos foi transmitido com o Edito de Milão. Dois são os autores que nos trazem o texto: Lactâncio e Eusébio. Contém também duas partes:

a. Na primeira parte vem proclamado o princípio da liberdade religiosa, que deve ser aplicado a todos os súditos do império, cristãos e não cristãos. Não há uma referência específica aos cristãos.

b. A segunda parte refere-se exclusivamente aos cristãos; são restituídos a eles os lugares de culto e os bens imóveis que foram confiscados durante a última perseguição, seja aqueles que ainda se encontram na mão do fisco, seja também aqueles que já tinham sido transferidos a terceiros.Das duas partes, sem dúvida a primeira é a mais importante porque vem proclamado o

princípio da liberdade religiosa que não se encontra do edito de 311. Muito se falou, se escreveu sobre este documento. Há autores que contestam mesmo sua existência. Todavia, faz-se necessário ter presente algumas considerações.

O documento que nos vem através de Eusébio e Lactâncio, do ponto de vista formal e jurídico não é um edito, mas uma carta ou rescrito de Licínio ao governador da Bitínia.

No início de 313, em fevereiro, Licínio foi a Milão para casar-se com a irmã de Constantino e para tratar dos principais problemas do Estado e entre estes assuntos estava o relacionado aos cristãos. Os dois imperadores trataram de fazer uma política religiosa através de um certo programa religioso, com o qual os cristãos e qualquer súdito do império poderiam seguir a religião que quisessem.

É mais provável que em Milão não foi promulgado nenhum edito, pois o próprio Constantino já havia feito várias concessões aos cristãos nas regiões que estavam submetidas a ele. Licínio publicou em Nicomédia e depois provavelmente também na Palestina, o programa religioso concordado em Milão com Constantino.

Porém, o autor da nova política religiosa filo-cristã é de Constantino e não de Licínio. Isto emerge da política seguida por Constantino. Por isso fala-se de acordo de Milão e não de edito.

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RECONSTRUÇÃO PROVÁVEL DO PROCESSO RELIGIOSO DE CONSTANTINO

Qual teria sido a evolução religiosa de Constantino? Uma provável reconstrução pode ser feita assim. Por tradição familiar, Constantino não era mal disposto para com a religião cristã, que talvez não era de todo desconhecida em sua família; uma das filhas de Constancio Cloro chamava-se Anastácia, nome que era dado quase que exclusivamente aos cristãos.

Em sua juventude deve ter seguido a religião ao pai: culto ao sol e culto à suprema divindade abstrata, seria o monoteísmo vagos dos filósofos.

Quando tornou-se imperador, continuou talvez num primeiro momento o culto do sol “invictus”, depois uma vez entrado na família hercúlea venerou os deuses da tetrarquia, especialmente Hércules.

No ano de 310, depois da ruptura com Maximino, retomou o culto de Apolo, sinônimo então do Deus Sol Invictus, para passar logo depois a venerar o “sumus deus”.

Os anos que passou no oriente exercitaram nele uma grande influência religiosa. Por aversão a Diocleciano e Galério, que o excluíram da sucessão, seguiu uma política religiosa diferente deles. Naqueles anos, inclusive pode admirar um fato que humanamente era difícil de explicar: a perseverança dos mártires nos tormentos e em geral dos cristãos durante os longos anos da perseguição.

A igreja que sob o aspecto material e político tinha pouco peso no ocidente, por motivo do número relativamente pouco baixo de cristãos, no oriente a situação invertia-se: como sociedade religiosa superava pela coesão dos seus seguidores todos os outros cultos, era pois admiravelmente organizada, a perseguição tinha talvez enriquecido ainda mais a igreja.

Constantino sabia pouco ou nada a respeito da doutrina dogmática e dos preceitos morais cristãos. Todavia, concebia um outro conceito da potência de Cristo.

Na ocasião da guerra contra Maxêncio esperada a dificuldade da tarefa, pediu ajuda de Cristo e o quis como aliado. Então pode ter um sonho ou uma advertência, como fala Lactâncio, ou mesmo uma visão referida por Eusébio. Marcou com o símbolo de Cristo os escudos dos soldados antes da batalha decisiva.

Conseguida a vitória contra Maxêncio, porque o Deus dos cristãos tinha mostrado sua potência e mantido a promessa, Constantino aderiu ao cristianismo. Tal adesão ou conversão não procede por motivos perfeitos ou sobrenaturais mas tem também certas doses de superstição. Sua fé ao cristianismo foi imperfeita no início , todavia, não se pode por em duvida sua sinceridade à conversão ou seja sua adesão ao cristianismo ou à sua intenção ou vontade de ser cristão.

Todavia,, antes mesmo de sua adesão ao cristianismo já havia alguns indícios de uma vontade de não seguir mais a religião tradicional dos romanos. Por exemplo, no dia 29 de outubro de 312, Constantino entrou em Roma, mas não quis oferecer o sacrifício tradicional aos deuses.

Os acontecimentos posteriores de sua vida, especialmente os documentos relativos ao cisma donatista e á controvérsia ariana, farão ver que realmente sua conversão foi sincera, apesar de que quis ser batizado somente no final de sua vida.

62- Quando foi impressa a primeira Bíblia para o Latim e como era a forma da mesma?

R- A mais antiga Bíblia é a Versão do Latim, Antigo de Utala, (cerca de 200 DC), que era a tradução da Septuaginta. A Vulgata de Jerônimo (390-405

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DC) uma tradução primeiramente da Septuaginta e finalmente do hebraico. Existem também outras versões como a Siríaca do século 2° ou 3°.

63- Quando ocorreram as traduções da Bíblia paera o Grego, Alemão, Inglês e Português?

R-

Tradução Grega

A lenda dos 70 tradutores contém um elemento de verdade, pois a Torá (os cinco livros de Moisés, Gênesis a Deuteronômio) provavelmente havia sido traduzido para o grego por 3 º século aC para servir as necessidades dos judeus de língua grega fora da Palestina que estavam já não é capaz de ler as Sagradas Escrituras no original hebraico. A tradução dos livros remanescentes do Antigo Testamento hebraico, o que além de livros e partes de livros (os apócrifos), ea produção final do Antigo Testamento grego como a Bíblia da forma primitiva igreja cristã uma história muito complicada. Porque a Septuaginta, ao invés do texto hebraico, se tornou a Bíblia da igreja primitiva, outras traduções judaicas da Bíblia hebraica para o grego foi feita por volta do século 3, estes são só existem em fragmentos, e sua história é ainda mais obscura do que da Septuaginta.

Tradução Alemá

A tradução da Bíblia para o dialeto alemão falado pelos judeus da Europa central foi iniciada no século XV. Um manuscrito na coleção de De Rossi, de Mântua, 1421, contém uma tradução judaico-alemã de Josué, Juízes, Jonas, e quatro do Megillot. De Rossi suposto que sejam escritos em polaco, porque eles foram levados à Itália por judeus poloneses (Neubauer, em "judeu Quart.. Rev." iv. 703). Essas traduções foram tecnicamente conhecido como "Teutsch-Ḥummash".

Tradução Inglesa.

Não foi antes dos anos quarenta do século XIX que o desejo fez-se realmente sentir entre os judeus Inglês para uma tradução da Bíblia de sua própria no vernáculo, embora David Levi tinha em 1787 (Londres) produziu uma versão em Inglês do Pentateuco (Steinschneider , "Gato. Bodl." Não. 926). Onde quer que uma Bíblia em Inglês foi necessária por eles, eles haviam utilizado livremente a versão do Rei James, como é visto no Pentateuco (incluindo Hafṭarot e Scrolls), que foi publicado em Londres, 1824, sob o título. Mas a impropriedade do uso desta versão, com as suas posições cristãs e as suas interpretações messiânicas, que, no final, impressionar-se sobre os judeus Inglês (ver, por exemplo, S. Bennett, "Observações críticas sobre a Versão Autorizada", Londres, 1834; Seelig Newman, "emendas da Versão Autorizada da OT" Londres, 1839; Benjamin Marcus, "(Fonte da Vida): erros de tradução e passagens difíceis da OT Corrigida e explicou," Dublin, 1854).

A veneração por esta obra-prima da literatura Inglês tinha impressionado-se sobre os judeus também. Quando a versão revista foi publicada (17 de maio de 1881) foi avidamente

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aproveitado como sendo o mais adequado para leitores judeus, pois nela os títulos haviam sido removidas e da cristologia de muitas passagens atenuada. A Versão Revisada é usado como base para livros como CG Montefiore "Bíblia para Designação de Leitura", Londres, 1896, 1901. Que a revisão não é completa do ponto de vista judeu pode ser visto a partir do folheto emitido pelo Conselho de Educação Religiosa Judaica, "Apêndice com a versão revista" (Londres, 1896), que estabelece as alterações "consideradas necessárias com vista de colocar a Versão Revisada nas mãos de membros da fé judaica. " Essas alterações foram limitadas aos seguintes conjuntos de casos:. Viz ", onde a RV afasta o texto Massorético", e "onde a RV se opõe à interpretação tradicional judaica ou doutrina dogmática". Isa. lii. 13-liii. 12 Existe reproduzida na íntegra. O primeiro a tentar produzir uma tradução independente judaica era DA de Sola de Londres, que em 1840 emitiu um "Prospecto de uma nova edição das Sagradas Escrituras, com notas críticas e motivos." Morris J. Raphall e JL Lindenthal foram associados com ele no trabalho. Apenas um volume, Genesis, apareceu (Londres, 1841;. 2 ª ed, 1843). De uma tentativa semelhante por S. Bennett, "A Hebraica e Inglês Bíblia Sagrada", apenas o general i.-xli. apareceu (1841), embora, no mesmo ano Francis Barham publicou "A Hebraica e Inglês Bíblia Sagrada", que continha revisão Bennett do Inglês e de uma revisão do hebraico por HA Henry. Outra tradução foi publicada por A. Benisch, "Escola e Família Bíblia Judaica" (1851-1856), e ainda um outro por M. Friedlander, ", A Bíblia Judaica Família" (1884). Este último teve a sanção do rabino-chefe dos judeus britânicos. A. Elzas publicou traduções de Provérbios (Leeds e Londres, 1871), Job (1872), Oséias e Joel (1873), em uma tentativa de "colocar o leitor Inglês, pelo menos em algum grau, na posição de um poder para ler o texto hebraico ". Nenhuma destas versões, no entanto, pode ser dito que quer substituir o Autorizado ou a versão revista na estima do público a leitura da Bíblia judaica.

Os Estados Unidos.

Nos Estados Unidos o mesmo sentimento que na Inglaterra havia sido engendrada contra as posições da Versão Autorizada. Isaac Leeser tentou rectificar esta situação e ao mesmo tempo de modo a traduzir a Bíblia como para torná-lo representar os melhores resultados do estudo moderno. Os Profetas, Salmos, Job e estão praticamente novas versões. Nas outras partes, a Versão Autorizada é seguido de muito perto e, embora na maioria dos casos, o Leeser alterações feitas trazer a tradução mais perto do texto Massorético, a beleza do Inglês foi muitas vezes sacrificado. Uma edição in-quarto foi publicado em 1854, e uma edição duodécimo em 1856. Apesar das suas insuficiências, o menor teve uma edição de grande circulação, principalmente devido ao desenvolvimento de instrução escola religiosa judaica nos Estados Unidos. A inadequação da tradução Leeser tem, no entanto, sentiu, e da Sociedade de Publicação Judaica da América, em 1898, tomou em mãos a preparação de uma revisão completa. Este é agora (1902) está sendo feita por uma série de estudiosos, com M. Jastrow, Sr., como editor-chefe, e K. Kohler e F. de Sola Mendes como editores associados (ver Relatórios da Sociedade de Publicação Judaica of America, 1898 et seq.).

Tradução Portuguesa

A primeira tradução que se tem notícia é a do rei Dinis de Portugal, conhecida como Bíblia de D. Dinis, que teve grande tiragem durante o seu reinado. É uma tradução dos 20 primeiros capítulos de Gênesis, a partir da Vulgata. Houve também traduções realizadas pelos monges do Mosteiro de Alcobaça, mais especificamente o livro de Atos dos Apóstolos.

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Durante o reinado de D. João I de Portugal, este ordenou que fosse traduzida novamente a Bíblia no vernáculo. Foi publicada grande parte do Novo Testamento e os Salmos, traduzidos pelo próprio rei. A sua neta, D. Filipa, traduziu os evangelhos do francês. Bernardo de Alcobaça traduziu Mateus eGonçalo Garcia de Santa Maria traduziu partes do Novo Testamento.

Em 1491 é imprimido o Comentários sobre o Pentateuco que, além do Pentateuco, tinha os Targumim sírios e o grego de Onquelos. O tipógrafo Valentim Fernandes imprime De Vita Christi, uma harmonia dos Evangelhos. Os "Evangelhos e Epístolas", compilados por Guilherme de Paris e dirigidos ao clero, são imprimidos pelo tipógrafo Rodrigo Álvares. Numa pintura de Nuno Gonçalves, aparece um rabino segurando uma Torá aberta.

Em 1505, a rainha Leonor ordena a tradução de Atos dos Apóstolos e as Epístolas de Tiago, Pedro, João e Judas. O padre Antonio Ribeiro dos Santos é responsável por traduções dos Evangelhos de Mateus e Marcos. Em 1529, é publicada em Lisboa uma tradução dos Salmos feita por Gómez de Santofímia, que teve uma 2ª edição em 1535. É bem possível, devido à proximidade com a Espanha, traduções em espanhol fossem conhecidas, como as de João Pérez de Piñeda, João de Valdés e Francisco de Enzinas. O padre jesuíta Luiz Brandão traduziu os quatro Evangelhos.

Durante a Inquisição houve uma grande diminuição das traduções da Bíblia para o português. A Inquisição, desde 1547 proibia a posse de Bíblias em línguas vernaculares, permitindo apenas a Vulgata latina, e com sérias restrições.

Por volta de 1530, António Pereira Marramaque, de uma família ilustre de Cabeceiras de Basto, escreve sobre a utilidade de verter a Bíblia em vernáculo. Poucos anos depois, é denunciado à Inquisição por possuir uma Bíblia na lingua vulgar.

Uma tradução do Pentateuco é publicada em Constantinopla em 1547, feita por judeus expulsos de Portugal e Castela. Abraão Usque, judeu português, traduziu e publicou uma tradução conhecida como a Bíblia de Ferrara, em espanhol. Teve que publicar em Ferrara, por causa de perseguição.

64- Quais os apócrifos mais aceitos antes da reforma?

R- No Tempo de Jesus, havia um cânon mais amplo e aceito por todos que ultrapassava os 39 veterotestamentários. Eram pelo menos 3 cânones: Cânone dos Judeus Palestino de tendências farisaicas com 39 livros apócrifos; A Septuaginta ou Cânon alexandrino que incluía os livros apócrifos aceitos pelos judeus da dispersão que falavam grego; e o Cânon Abreviado dos saduceus cujo partido pertenciam muitas autoridades judaicas que dominavam a política da nação que incluía apenas o Pentateuco, excluindo todos os outros do AT. Como porém aceitar o ensino de que o NT não cita o AT apócrifo, se existem muitas citações septuagintas que indicam o respeito por essas obras; da mesma forma os pais da Igreja fazem menção a esses livros tendo é claro alguns discordantes como Jerônimo. Os concílios tiveram grande influência na formação no Cânon do NT, Em Laodicéia (363) os não canônicos foram proibidos sendo aceitos os 27 livros com exceção do Apocalipse. Em Hipona (393) foram aceitos os 27 livros que temos hoje; em Cartago (397) foram os 27 aprovados em 419 houve a separação da Epistola aos hebreus e escritos de Paulo por aceitar que não fora este que os escrevera. Em Nicéia (393) d. C. o Cânon de Atanásio foi aceito com os atuais 27 livros, sendo aceitos por

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Eusébio bispo de Cesáreia, mas não sem restrições; Crisóstomo patriarca de Constantinopla aceitou essa decisão aceitava os 4 Evangelhos, Atos, Epístolas de Paulo, Pedro, João, Tiago e Judas sendo chamado Cânon Peshitto (síriaco). Basicamente o9s princípios de formação do Cânon foram: Conhecimento Universal e circulação, Autoria dos Apóstolos e de seus discípulos, Segundo a tradição e doutrina dos Apóstolos (Lucas, Atos, Hebreus, Apocalipse e II Pedro), Houve rejeição dos livros escritos mais tarde no período pósapostólico (epístolas de Clemente), Rejeição dos livros apócrifos como o de Tomé, Evangelhos de André, Atos dePaulo e Apocalipse de Pedro, Rejeição de Literaturas escritas propagadoras de heresias como o Evangelho de Tomé.

65) Quem foi João Ferreira de Almeida?

R- Em 1642, um adolescente de 14 anos, chamado João Ferreira de Almeida, nascido em Lisboa e residente na ilha de Java (Indonésia), leu um folheto em espanhol intitulado "A Diferença da Cristandade da Igreja Reformada e Romana" e se tornou calvinista. O rapazinho era um gênio em lingüística e, aos 17 anos, já havia traduzido para o português o Novo Testamento, servindo-se da versão latina de Beza, da espanhola, da francesa e da italiana. Casou-se com a filha de um pastor holandês, que muito o ajudou no estudo do holandês e do grego. Com a idade de 28 anos ordenou-se pastor da Igreja Reformada e foi enviado como missionário ao Ceilão e à Índia. Mais tarde voltou para Java e pastoreou a comunidade portuguesa de Batávia, hoje Jacarta, capital da Indonésia. Dos originais grego e hebraico, traduziu todo o Novo Testamento (1670) e quase todo o Velho Testamento (de Gênesis a Ezequiel, 48.21). A impressão foi custeada pela Companhia Holandesa das Índias Orientais. Um volume, na 3ª edição, impresso em Amsterdam, em 1712, pode ser visto na Seção de Livros Raros da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. João Ferreira de Almeida é o primeiro tradutor da Bíblia em língua portuguesa e o autor da 32ª versão integral da Bíblia nas línguas modernas, depois da Reforma. A obra tem sido revisada várias vezes. A Sociedade Bíblica do Brasil gastou dez anos para apresentar uma edição revista e atualizada no Brasil da tradução de Almeida. É a versão mais usada pelos evangélicos brasileiros. O extraordinário lisboeta traduziu também a liturgia das Igrejas Reformadas, o Catecismo de Heidelberg e as fábulas de Esopo (aos 44 anos). A morte o levou no dia 6 de agosto de 1691, com a idade de 63 anos.

66) Como e quando que o Brasil traduziu e publicou as primeiras Bíblias?

R- A primeira tradução realizada no Brasil foi feita pelo bispo Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré. Era um Novo Testamento traduzido a partir da Vulgata. No prefácio, havia acusações contra os protestantes, chamando suas versões da Bíblia de falsificadas. Foi publicada em São Luís, no Maranhão, em 1847, sendo impressa em Portugal em 1875.Em 1879, a Sociedade de Literatura Religiosa e Moral publica uma revisão do Novo Testamento de Almeida. Foi revisada por José Manoel Garcia, pelo pastor M. P. B. de Carvalhosa e pelo pastor Alexandre Latimer Blackford.O imperador D. Pedro II era um profundo admirador da cultura judaica. Após aprender o hebraico, que era a sua língua favorita, traduziu partes da Bíblia, como o livro de Neemias, além de partes do Velho Testamento para

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o latim.F. R. dos Santos Saraiva, autor de um dicionário latino-português, traduz os Salmos, com o título de Harpa de Israel, em 1898.Duarte Leopoldo e Silva traduz e publica os Evangelhos em forma de harmonia. O Colégio da Imaculada Conceição, Botafogo, Rio de Janeiro, publica uma tradução dos Evangelhos e Atos, do francês, preparada por um padre, em 1904. Padres franciscanos iniciam um trabalho de tradução a partir da Vulgata, sendo concluído em 1909. No mesmo ano, o padre Santana traduz o Evangelho de Mateus diretamente do grego. É a primeira tradução parcial da Bíblia, em português, dos idiomas originais feita por um padre católico, embora tenha sido apoiado pelo latim.J. L. Assunção traduz o Novo Testamento a partir da Vulgata em 1917. Surge, no mesmo ano, o livro de Amós, traduzido por Esteves Pereira. Foi traduzido do etíope. Em 1923, J. Basílio Pereira traduz o Novo Testamento e os Salmos a partir da Vulgata.O então padre Huberto Rohden foi o autor de uma tradução do Novo Testamento. Começou a traduzir enquanto estudava na Leopold-Franzens-Universität Innsbruck, Áustria, completando em 1930. Foi publicado pela Cruzada da Boa Imprensa (atualmente é pela editora Martin Claret). Utilizou como base o Textus Receptus.O rabino Meir Matzliah Melamed traduz a Torá, numa edição sem data, com o nome de A Lei de Moisés e as Haftarot. Foi publicada em 1962. A tradução foi revisada e lançada, em 2001, com o nome de A Lei de Moisés. Está disponível pela Editora Sêfer.Em 1993 é publicado o Novo Testamento da Nova Versão Internacional. Em 2005, o pastor batista Fridolin Janzen traduz o Novo Testamento em português, baseado no Textus Receptus. O texto está disponível no seu website, e está para ser imprimida.editarTraduções completasA primeira tradução completa foi a Tradução Brasileira. Foi uma tradução da Bíblia que não contava somente com teólogos, como H. C. Tucker, William Cabell Brown, Eduardo Carlos Pereira, mas também com eruditos como Ruy Barbosa, José Veríssimo e Virgílio Várzea.A tradução se principiou em 1902. Os dois primeiros evangelhos foram editados em 1904, e depois de alguma crítica e revisão, o Evangelho de Mateus saiu novamente em 1905. Os Evangelhos e o livro dos Atos dos Apóstolos foram publicados em 1906, e o Novo Testamento completo em 1910. Publicada em sua inteireza em 1917, apresenta características eruditas, sendo bastante literal em relação aos textos originais.Não obteve o agrado dos leitores, por traduzir nomes hebraicos de uma maneira próxima à daquela língua, falta de literalidade e falta de revisões. Ver artigo principal: Tradução Brasileira.A Almeida Revista e Corrigida foi a primeira Bíblia a ser impressa no Brasil, em 1948. Está em circulação a revisão de 1995. Ver artigo principal: Almeida Revista e Corrigida.A Editora Paulinas publicou desde a década de 1950 até 1990, a Bíblia traduzida da Vulgata Latina pelo padre português Mattos Soares na década de 1930.Publicada em 1959, a Almeida Revista e Atualizada utiliza o Texto Crítico, ao invés do Textus Receptus. Ganhou aprovação da CNBB. Ver artigo

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principal: Almeida Revista e Atualizada.Em 1959 é publicada a tradução dos monges Meredsous em português. O trabalho de tradução foi coordenado pelo franciscano João José Pedreira de Castro, do Centro Bíblico de São Paulo. Foi traduzida a partir da versão francesa publicada na Bélgica.A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas é uma tradução da Bíblia feita pelas Testemunhas de Jeová. Foi publicada em 1963, sendo traduzida da versão inglesa. Recebeu uma revisão em 1984 (em português em 1986), com a inclusão de notas marginais. Ver artigo principal: Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas.A Versão Revisada foi publicada em 1967, pela Imprensa Bíblica Brasileira e pela Juerp. É de orientação batista. Ver artigo principal: Versão revisada segundo os melhores textos.Em 1976 é publicada a Bíblia de Jerusalém, pelas Edições Paulinas. É baseada na versão francesa, sendo que as notas e comentários são traduzidos. Em 2002 é publicada a revisão, chamada de Nova Bíblia de Jerusalém.Em 1981 é publicada a Bíblia Viva, uma paráfrase da Bíblia. A versão original foi elaborada por Kenneth Taylor e foi traduzida na base da equivalência dinâmica (idéia por idéia). Já está na 2ª edição.Em 1982 é publicada a Bíblia Vozes, pela editora Vozes, traduzida por uma comissão, presidida pelo franciscano Ludovico Garmus. No mesmo ano é publicada uma versão pela editora Santuário. No ano seguinte é publicada a Bíblia Mensagem de Deus pelas edições Loyola.Em 1988 é publicada A Bíblia na Linguagem de Hoje, caracterizada por ter uma linguagem popular e tradução flexível. Um exemplo é a tradução de Juízes 3:24: Aí os empregados chegaram e viram que as portas estavam trancadas. Então pensaram que o rei tinha ido ao banheiro. Muitos eruditos vêem uma excessiva utilização de linguagem popular, que pode comprometer a fidelidade com o texto original. Devido a esses problemas, essa tradução passou por um grande processo de revisão, que resultou na Nova Tradução na Linguagem de Hoje, em 2000.Em 1990 é publicada a Edição Pastoral. Coordenada pelo teólogo Ivo Storniolo, é uma tradução afinada com a teologia da libertação, sendo voltada para uso dos leigos. Ver artigo principal: Edição Pastoral.Ainda em 1990, a Editora Vida publicou a sua Edição contemporânea da Bíblia de Almeida (EAC). Essa edição eliminou arcaísmos e ambiguidades do texto original de Almeida, mas com a promessa de preservar as excelências do texto que lhe serviu de base.Em 1997 é publicada a Tradução Ecumênica da Bíblia (sendo baseada na versão francesa), sendo parte de sua comissão católicos, protestantes e judeus. O Antigo Testamento foi mantido do modo como se utiliza nas Bíblias judaicas.Em 2001, a CNBB produziu uma tradução comemorativa dos 50 anos da CNBB, e já está na 3ª edição e envolveu cooperação entre sete editoras católicas. No mesmo ano é publicada a Torah Viva, traduzida por Adolfo Wasserman, baseada na versão inglesa. É publicada também a versão completa da Nova Versão Internacional.,Em 2002 é publicada a Bíblia do Peregrino, traduzida por Luís Alonso Schökel. É uma tradução da versão espanhola.

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Em 2006 é publicada Bíblia Hebraica. É o primeiro Tanakh completo publicado em português, desde 1553. Os tradutores foram David Gorodovits e Jairo Fridlin e foi revisada por rabinos e professores.Em 2007 é publicada a Bíblia Almeida Século 21, uma atualização da Versão Revisada do texto de Almeida (também conhecida como Versão revisada segundo os melhores textos) por uma parceria entre a Imprensa Bíblica Brasileira/Juerp, a Editora Hagnos e a Editora Atos.

67) Quais foram os principais manuscritos a serem descobertos e qual a sua interferência para a Bíblia Moderna?

R- O governo do Irã anunciou que um suposto manuscrito da Bíblia, com mais de 1500 anos, tem informações que podem abalar com as estruturas do cristianismo, abalando o entendimento sobre alguns dos seus maiores ensinamentos.

De acordo com o jornal Daily Mail, “o livro foi confiscado na Turquia em 2000, durante a investigação e prisão de uma quadrilha de contrabandistas de antiguidades”.

Autoridades religiosas de Teerã insistem que o texto prova que Jesus nunca foi crucificado, e que não era o Filho de Deus, mas um profeta. O livro, inclusive, chega a chamar Paulo de “Enganador.” O manuscrito diz também que Jesus ascendeu vivo ao céu, sem ter sido crucificado, e que Judas Iscariotes teria sido crucificado em seu lugar. Falaria ainda sobre o anúncio feito por Jesus da vinda do profeta Maomé, que fundaria o Islamismo 700 anos depois de Cristo. O texto prevê ainda a vinda do último messias islâmico, que ainda não aconteceu.

Segundo as autoridades turcas, o texto é uma versão autêntica do Evangelho de Barnabé, um discípulo de Jesus que ficou conhecido por suas viagens com o apóstolo Paulo descritas no Livro de Atos. O livro afirma que Jesus não foi crucificado e também diz que Jesus ascendeu vivo ao céu, sem ter sido crucificado, e que Judas Iscariotes teria sido crucificado em seu lugar.

68) Qual a diferença entre Livro Apócrifo e Livro Inspirado?

R- Os livros inspirados ensinam a verdade. Desde que tudo o que os autores

inspirados afirmam deve ser considerado como afirmado pelo Espírito Santo, temos

de reconhecer que os livros da Escritura firmemente, fielmente e sem erro de ensinar

a verdade que Deus, por causa da nossa salvação, quis ver confidenciou a Sagrada

Escritura.

Para alguns teólogos, e para a maioria dos historiadores, os livros do novo testamento, assim como os textos apócrifos, datam de muito tempo após a vida de Jesus, sendo alguns deles escritos mais de 200 anos após a morte e ressurreição, não podendo ser considerados fidedignos, ou seja, nem tudo o que neles fora escrito narra com precisão a verdade.

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69) Quais os livros apócrifos mais usados pelos católicos romanos e quais as suas heresias mais aberrantes?

R-

AS HERESIAS DOS LIVROS APÓCRIFOS

U m a   d a s   g r a n d e s   r a z õ e s ,   t a l v e z   a   p r i n c i p a l   d e l a s ,  p e l a s   q u a i s   o s e v a n g é l i c o s   r e j e i t a m   o s   A p ó c r i f o s ,   é   d e v i d o  a   g r a n d e   q u a n t i d a d e   d e heresias que tais livros apresentam. Fora isso, existem também lendasabsurdas e fictícias e graves erros históricos e geográficos, o que fazem osApócrifos serem desqualificados como palavra inspirada de Deus. A seguird a r e m o s u m r e s u m o d e c a d a l i v r o e l o g o a s e g u i r m o s t r a r e m o s s e u s graves erros.RESUMO DOS LIVROS

TOBIAS - (200 a.C.)É uma h is tó r ia nove l í s t i ca sobre a bondade de Tob ie l (pa i de Tob ias ) e alguns milagres preparados pelo anjo Rafael.Apresenta:· justificação pelas obras - 4:7-11; 12:8· mediação dos Santos - 12:12· superstições - 6:5, 7-9, 19· um anjo engana Tobias e o ensina a mentir 5:16 a 19 JUDITE - (150 a.C.) É a História de uma heroína viúva e formosa que salvas u a   c i d a d e   e n g a n a n d o   u m   g e n e r a l   i n i m i g o   e   d e c a p i t a n d o -o .   G r a n d e heresia é a própria história onde os fins justificam os meios.BARUQUE - (100 d.C.) - Apresenta-se como sendo escrito por Baruque, oc r o n i s t a   d o   p r o f e t a   J e r e m i a s ,   n u m a   e x o r t a ç ã o   a o s   j u d e u s   q ua n d o   d a des t ru ição de Jerusa lém. Porém, é de da ta mu i to pos te r io r , quando dasegunda destruição de Jerusalém, no pós-Cristo. Traz entre outras coisas, a intercessão pelos mortos - 3:4.ECLESIÁSTICO - (180 a .C. ) - É mu i to semelhan te ao l i v ro de Provérb ios , não fosse as tantas heresias:· justificação pelas obras - 3:33,34· trato cruel aos escravos - 33:26 e 30; 42:1 e 5· incentiva o ódio aos Samaritanos - 50:27 e 28

S A B E D O R I A   D E   S A L O M A O   -   ( 4 0   d . C . )   -   L i v r o   e s c r i t o   c om   f i n a l i d a d e e x c l u s i v a   d e   l u t a r   c o n t r a   a   i n c r e d u l i d a d e   e  i d o l a t r i a   d o   e p i c u r i s m o (filosofia grega na era Cristã).Apresenta:· o corpo como prisão da alma - 9:15· doutrina estranha sobre a origem e o destino da alma 8:19 e 20· salvação pela sabedoria - 9:19

MACABEUS - (100 a.C.) - Descreve a história de 3 irmãos da família dos"Macabeus", que no chamado período ínterbíblico (400 a.C. 3 a.D) lutaramcontra inimigos dos judeus visando a preservação do seu povo e terra.II MACABEUS - (100 a.C.) - Não é a continuação do 1 Macabeus, mas umrelato paralelo, cheio de lendas e prodígios de Judas Macabeu.Apresenta:· a oração pelos mortos - 12:44 - 46· culto e missa pelos mortos - 12:43· o próprio autor não se julga inspirado -15:38-40; 2:25-27· intercessão pelos Santos - 7:28 e 15:14ADIÇÕES A DANIEL:c a p í t u l o 1 3 - A h i s t ó r i a d e S u z a n a - s e g u n d o e s t a l e n d a D a n i e l s a l v a Suzana num julgamento fictício baseado em falsos testemunhos.cap í tu lo 14 - Be l e o

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Dragão - Con tém h is tó r ias sobre a necess idade da idolatria.capítulo 3:24-90 - o cântico dos 3 jovens na fornalha.

LENDAS, ERROS E HERESIAS1. Histórias fictícias, lendárias e absurdas Tobias 6.1-4 - "Partiu, pois, Tobias, e o cão o seguiu, e parou na primeirapousada junto ao rio Tigre. E saiu a lavar os pés, e eis que saiu da águaum pe ixe mons t ruoso para o devorar . À sua v is ta , Tob ias , espavor ido , clamou em alta voz, dizendo: Senhor, ele lançou-se a mim. E o anjo dissed isse- lhe : Pega- lhe pe las guer ras , e puxa-o para t i . Tendo ass im fe i to , puxou-o para terra, e o começou a palpitar a seus pés2. Erros Históricos e GeográficosOs Apócrifos solapam a doutrina da inerrância porque esses livros inclueme r r o s   h i s t ó r i c o s   e   d e   o u t r a   n a t u r e z a .   A s s i m,   s e   o s   A p ó c r i f o s   s ã o considerados parte das Escrituras, isso identifica erros na Palavra de Deus.Esses livros contêm erros históricos, geográficos e cronológicos, além dedoutrinas obviamente heréticas; eles até aconselham atos imorais (Judite9.10,13). Os erros dos Apócrifos são freqüentemente apontados em obrasde autoridade reconhecida. Por exemplo:O   e r u d i t o   b í b l i c o   D L   R e n é   P a e h e   c o m e nt a :   " E x c e t o   n o   c a s o   d e de te rminada   in fo rmação  h is tó r i ca  in te ressan te   (espec ia lmente  em 1 .Macabeus) e alguns belos pensamentos morais (por exemplo Sabedoriade Salomão),  T o b i a s . . .   c o n t é m   c e r t o s   e r r o s   h i s t ó r i c o s   e   g e o g rá f i c o s ,   t a i s   c o m o   a suposição de que Senaqueribe era filho de Salmaneser (1 .15) em vez deS a r g ã o I I , e q u e N í n i v e f o i t o m a d o p o r N a b u c o d o n o s o r e p o r A s s u e r o (14 .15) em vez de Nabopo lassar e por C iáxares . . . Jud i te não pode ser histórico porque contém erros evidentes... [Em 2 Macabeus] há também

n u m e r o s a s   d e s o r d e n s   e   d i s c r e p â n c i a s   e m   a s s u n t o s  c r o n o l ó g i c o s , históricos e numéricos, os quais refletem ignorância ou confusão..3. Ensinam Artes Mágicas ou de Feitiçaria como método de exorcismoa) Tob ias 6 .5 -9 - "En tão d isse o an jo : T i ra as en t ranhas a esse pe ixe , e guarda, porque estas coisas te serão úteis. Feito isto, assou Tobias partede sua carne , e levaram-na cons igo para o caminho ; sa lgaram o res to , p a r a q u e l h e s b a s t a s s e m a t é c h e g a s s e m a R a g é s , c i d a d e d o s M e d o s . Então Tobias perguntou ao anjo e disse-lhe: Irmão Azarias, suplico-lhe quem e d i g a s d e q u e r e m é d i o s e r v i r ã o e s t a s p a r t e s d o p e i x e , q u e t u m e mandas te guardar : E o an jo , respondendo, d isse- lhe : Se tu puseres umpedacinho do seu coração sobre brasas acesas, o seu fumo afugenta todaa casta de demônios, tanto do homem como da mulher, de sorte que nãotornam mais a chegar a eles. E o fel é bom para untar os olhos que têmalgumas névoas, e sararão"b) Este ensino que o coração de um peixe tem o poder para expulsar todae s p é c i e   d e   d e m ô n i o s   c o n t r a d i z   t u d o   o   q u e   a   B í b l i a   d iz   s o b r e   c o m o enfrentar o demônio.c ) Deus jama is i r i a mandar um an jo seu , ens inar a um servo seu , como usar os métodos da macumba e da bruxaria para expulsar demônios.

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d) Satanás não pode ser expelido pelos métodos enganosos da feitiçaria ebruxaria, e de fato ele não tem interesse nenhum em expelir demônios (Mt12.26).e) Um dos sinais apostólicos era a expulsão de demônios, e a única coisasque tiveram de usar foi o nome de Jesus (Mc 16.17; At 16.18)4. Ensinam que Esmolas e Boas Obras - Limpam os Pecados e Salvam a Almaa) Tobias 12.8, 9 - "É boa a oração acompanhada do jejum, dar esmola valem a i s   d o   q u e   j u n t a r   t e s o u r o s   d e   o u r o ;   p o r q u e   a   e s m o la   l i v r a   d a   m o r t e (eterna), e é a que apaga os pecados, e faz encontrar a misericórdia e a vidaeterna".Ec les iás t i co 3 .33 - "A água apaga o fogo a rden te , e a esmola res is te aos pecados"b ) E s t e é o p r i m e i r o e n s i n o d e S a t a n á s , o m a i s t e r r í v e l , e s e e n c o n t r a r basicamente em todas a seitas heréticas.c ) A Sa lvação por obras , des t ró i todo o va lo r da obra v icá r ia de Cr is to em favor do pecador. Se caridade e boas obras limpam nossos pecados, nós nãoprecisamos do sangue de Cristo. Porém, a Bíblia não deixa dúvidas quanto ova lo r exc lus ivo do sangue como um ún ico me io de remissão e perdão de pecados:- Hb 9:11, 12, 22 - "Mas Cristo... por seu próprio sangue, entrou uma vez port o d a s   n o   s a n t o   l u g a r ,   h a v e n d o   o b t i d o   u m a   e t e r n a  r e d e n ç ã o   . . . s e m derramamento de sangue não há remissão."- I Pe 1:18, 19 - "sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ououro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, que por tradiçãorecebestes dos vossos pais, mas com precioso sangue, como de um cordeirosem defeito e sem mancha, o sangue de Cristo,"

d ) Con t rad iz B íb l ia toda . E la dec la ra que somente pe la g raça de Deus e osangue de Cristo o homem pode alcançar justificação e completa redenção:- Romanos 3.20, 24, 24 e 29 - "Ninguém será justificado diante dele pelasobras da le i . . sendo jus t i f i cados g ra tu i tamente por sua g raça , med ian te a redenção que há em Cr is to Jesus . A quem Deus p ropôs no seu sangue. . . . Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentementedas obras da lei".5. Ensinam o Perdão dos pecados através das oraçõesa )   E c l e s i á s t i c o   3 . 4   -   " O   q u e   a m a   a   D e u s   i m p l o r a r á  o   p e r d ã o   d o s   s e u s pecados, e se absterá de tornar a cair neles, e será ouvido na sua oração detodos os dias".b) O perdão dos pecados não está baseado na oração que se faz pedindo operdão, não é fé na oração, e sim fé naquele que perdoa o pecado, a oraçãopor si só, é uma boa obra que a ninguém pode salvar. Somente a oração deconfissão e arrependimento baseadas na fé no sacrifício vicário de Cristo trazo perdão (Pv. 28.13; I Jo 1.9; I Jo 2.1,2)6. Ensinam a Oração Pelos Mortosa) 2 Macabeus 12:43-46 - "e tendo feito uma coleta, mandou 12 mil dracmasde prata a Jerusalém, para serem oferecidas em sacrifícios pelos pecados dosmortos, sentindo bem e religiosamente a ressurreição, (porque, se ele nãoesperasse que os que t inham s ido mor tos , hav iam um d ia de ressusc i ta r , t e r i a   p o r   u m a   c o i s a   s u p é r f l u a   e   v ã   o r a r   p e l o s  d e f u n t o s ) ;   e   p o r q u e   e l e considerava que aos que tinham falecido na piedade estava reservada umagrandíssima misericórdia. É, pois, um santo e salutar pensamento orar pelosmortos, para que sejam livres dos seus pecados".b) É neste texto falso, de um livro não canônico, que contradiz toda a Bíblia,q u e   a   I g r e j a   C a t ó l i c a   R o m a n a   b a s e i a   s u a   f a l t a  e   h e r e g e   d o u t r i n a   d o purgatório.c) Este é novamente um ensino

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Satânico para desviar o homem da redençãoexclusiva pelo sangue de Cristo, e não por orações que livram as almas dofogo de um lugar inven tado pe la mente doen t ia e apos ta ta dos teó logos católicos romanos.d) Após a morte o destino de todos os homens é selado, uns para perdiçãoe t e r n a e o u t r o s p a r a a S a l v a ç ã o e t e r n a - n ã o e x i s t e m e i o d e m u d a r o destinos de alguém após a sua morte. Veja Mt. 7:13,13; Lc 16.267. Ensinam a Existência de um Lugar Chamado PURGATÓRIOa) Este é o ensino herético e satânico inventado pela Igreja Católica Romana,de que o homem, mesmo morrendo perdido, pode ter uma Segunda chancede Salvação.b) Sabedoria 3.1-4 - "As almas dos justos estão na mão de Deus, e não ostocará o tormento da morte. Pareceu aos olhos dos insensatos que morriam;e a s u a s a í d a d e s t e m u n d o f o i c o n s i d e r a d a c o m o u m a a f l i ç ã o , e a s u a separação de nós como um extermínio; mas eles estão em paz (no céu). E,se eles sofreram tormentos diante dos homens, a sua esperança está cheiade imortalidade".

c ) A Ig re ja Ca tó l i ca base ia a dou t r ina do purga tó r io na u l t ima par te des te texto, onde diz: " E, se eles sofreram tormentos diante dos homens, a suaesperança está cheia de imortalidade".- E les ens inam que o to rmento em que o jus to es tá , é o purga tó r io que o purifica para entrar na imortalidade.- Isto é uma deturpação do próprio texto do livro apócrifo. De modo, que aigreja Católica é capaz de qualquer desonestidade textual, para manter suasheresias.- Até porque, ganha muito dinheiro com as indulgências e missas rezadaspelos mortos.d )   L e i a   a t e n t a m e n t e   a s   s e g u i n t e   t e x t o s   d a s   E s c r i t u r a s ,  q u e   m o s t r a m   a impossibilidade do purgatório : I Jo 1.7; Hb 9.22; Lc 23.40-43; I6: 19-31; I Co15:55-58; I Ts 4:12-17; Ap 14:13; Ec 12:7; Fp 1:23; Sl 49:7-8; II Tm 2:11-13;At 10:43)8. Nos Livros Apócrifos Os Anjos Mentema) Tob ias 5 .15-19 - "E o an jo d isse- lhe : Eu o conduz i re i e to reconduz i re i .  Tobias respondeu: Peço-te que me digas de que família e de tribo és tu? Oanjo Rafael disse-lhe: Procuras saber a família do mercenário, ou o mesmomercenário que vá com teu filho? Mas para que te não ponhas em cuidados,,eu sou Azarias, filho do grande Ananias. E Tobias respondeu-lhe: Tu és deuma ilustre família. Mas peço-te que te não ofendas por eu desejar conhecera tua geração.b) Um anjo de Deus não poderia mentir sobre a sua identidade, sem violar aprópria lei santa de Deus. Todos os anjos de Deus, foram verdadeiros quandolhes foi perguntado a sua identidade. Veja Lc 1.199. Mulher que Jejuava Todos os Dias de Sua Vidaa ) J u d i t e 8 : 5 , 6 - " e n o a n d a r s u p e r i o r d e s u a c a s a t i n h a f e i t o p a r a s i u m quar to re t i rado , no qua l se conservava reco lh ida com as suas c r iadas , e , t razendo um c i l í c io sobre os seus r ins , je juava todos os d ias de sua v ida , exceto nos sábados, e nas neomênias, e nas festas da casa de Israel"b ) E s t e t e x t o l e g e n d á r i o t e m s i d o u s a d o p o r r o m a n a r e l a c i o n a d o c o m a canonização dos "santos" de idolatria. Em nenhuma parte da Bíblia jejuartodos os dias da vida é sinal de santidade. Cristo jejuou 40 dias e 40 noites edepois não jejuou mais.c) O livro de Judite é claramente um produção humana, uma lenda inspiradap e l o   D i a b o ,   p a r a   e s c r a v i z a r   o s   h o m e n s   a o s   e n s i n o s   d a  i g r e j a   C a t ó l i c a Romana.10. Ensinam Atitudes Anticristãs, como: Vingança, Crueldade e Egoísmoa) VINGANÇA - Judite 9:2b) CRUELDADE e EGOÍSMO - Eclesiástico 12:6c) Contraria o que a Bíblia diz sobre:- Vingança (Rm 12.19, 17)- Crueldade e Egoísmo ( Pv. 25:21,22; Rm 12:20; Jo 6:5; Mt 6:44-48)A ig re ja Ca tó l i ca

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t en ta de fender a IMACULADA CONCEIÇÃO baseando em uma deturpação dos apócrifos (Sabedoria 8:9,20) - Contradizendo: Lc. 1.30-35; Sl 51:5; Rm 3:23)

Diante de tudo isso perguntamos: Merecem confiança os livros Apócrifos ? Aresposta obvia é, NÃO

70) Qual a diferença entre livro apócrifo, obra literária, pseudo-epígrafo e genuzim?

R-

1- Livros aApócrifos - A palavra Apócrifo, do grego apokrypha, escondido,  nome usado pelos escritores eclesiásticos para determinar, 1) Assuntos secretos, ou misteriosos; 2) de origem ignorada, falsa ou espúria; 3) documentos não canônicos.

2- Genuzim - Os apócrifos não tem nenhuma relação com os genuzim (livros reservados) dos

Judeus que não eram inspirados e eram guardados apenas, por razões de piedade na

gehizah das sinagogas.

3- 1.2. Significado da palavra  PSEUDOEPÍGRAFO - Literalmente significa "escritos falsos" -

Os apócrifos não são necessariamente escritos falsos, mas, sim não canônicos, embora,

também contenham ensinos errados ou hereges.

4- Ao ler uma obra literária, é importante pensar em quem foi a pessoa que a escreveu,

quando e onde viveu. Saber quem foi o autor da obra ajuda bastante na sua compreensão.

Às vezes a obra pode ser anônima (quando não sabemos quem é o autor) ou até

mesmo apócrifa (quando sua autenticidade não está provada). Mas estes casos são menos

comuns. Geralmente os autores dos livros são conhecidos.

71) Quais os Livros Bíblicos ou Literários ou Não-Apócrifos citados na Bíblia que foram extraviados e não localizados?

R-

1. “No Livro de Guerras do Senhor” Num. 21:18

2. “O Livro do justos” Js. 10:13 / 2 Sam. 1:18

3. “As Crônicas do Profeta Nata” 1 Crôn. 29:29

4. “As Crônicas fé Gade, o Vidente” Crôn. 29:29

5. “As profecias de Aias, o Silonita” 2 Crôn. 9:29

6. “As visões de Ido, o Vidente” 2 Crôn. 9:29

72) Qual a idade da população da Terra, período por período e total?

R-

Page 49: 240 Perguntas

Ano População mundial

100000 0,5 milhões

10000 1-10000000

6500 5-10000000

5000 5-20000000

400 190-206000000

1000 254-345000000

1250 400-416000000

1500 425-540000000

1700 600-679000000

1750 629-691000000

1800 0,813-1,125 um bilião

1850 1,128-1,402 um bilião

1900 1,550-1,762 um bilião

Ano População mundial

1910 1,750 um bilião

Page 50: 240 Perguntas

1920 1,860 um bilião

1930 2070000000

1940 2300000000

1950 2519000000

1955 2757000000

1960 3023000000

1965 3337000000

1970 3696000000

1975 4073000000

1980 4442000000

1985 4843000000

1990 5279000000

1995 5692000000

2000 6085000000

2005 6500000000

Page 51: 240 Perguntas

2010 6842000000

2011 7000000000

2012 7058000000

73) Como que Moisés conseguiu saber de fatos de antes de seu nascimento até a criação da terra e de

todas as coisas?

R- Segundo a Ciência, a terra tem de 4 a 5 bilhões de anos. Essa poderia ser a data da criação ou data do inicio da criação, se você considerar que os 7 dias da criação foram 7 períodos de tempo indeterminado, e não 7 períodos de 24 horas.

A escrita ainda não existia na época em que os fatos narrados aconteceram - provavelmente até Gênesis 3. As narrativas da criação do homem, as histórias sobre antepassados, os grandes feitos dos heróis e fatos interessantes na vida das pessoas, eram passados de geração em geração, contados entre famílias e na roda de bate-papo. Assim também foram transmitidos a fé na divindade e seus atos através dos povos e nações. Dessa forma, se preservaram os fatos narrados na Bíblia até o surgimento da escrita. A formação de um povo do interesse de Deus, desenvolvido em torno dos ensinamentos e direção do próprio Deus, foi fator primordial para a preservação das tradições que o povo judeu conservava cuidadosamente em seus cantos, poemas, salmos e narrativas que compõe o que chamamos de “tradição oral”.

Quando o homem começou a registrar os fatos a fim de preservá-los, “a escrita era feita através de desenhos: uma imagem estilizada de um objeto significava o próprio objeto. O resultado era uma escrita complexa (havia pelo menos 2000 sinais) e seu uso era bastante complicado. Assim, os sinais tornaram-se gradativamente mais abstratos, tornando o processo de escrever mais objetivo. Finalmente, o sistema pictográfico evoluiu para uma forma escrita totalmente abstrata, composta de uma série de marcas na forma de cunhas e com um número muito menor de caracteres. Esta forma de escrita ficou conhecida como cuneiforme (do grego, em forma de cunha) e era escrita em tabletes de argila molhada”[4]. Este tipo de escrita foi criada há cerca de 6 mil anos na Mesopotâmia (atual Iraque).

A Arqueologia (ciência que estuda as antigas civilizações através de seus objetos e construções), nos informa que já existiam alguns escritos bíblicos provavelmente até 2 mil anos antes de Cristo. Os textos primitivos eram somente fragmentos. Serviam como um auxílio para a memória, e não eram propriamente livros completos. Mas a arte da escrita já era praticada no mundo antigo em torno do ano 3300 a.C., passando por aperfeiçoamentos até surgir um alfabeto escrito. Na antiguidade os livros eram coleções de placas de metal, de madeira, de argila cozida, pedra, linho, de cascas de árvore ou de folhas. Com o tempo, passaram a ser feitos com o papiro (espécie de papel rudimentar, elaborado a partir da haste da planta papiro) ou o pergaminho (feito com pele de animais, principalmente carneiros e cabras) cujas “folhas” eram emendadas, formando tiras de até 50 metros ou costuradas formando um caderno. Os livros, então, eram copiados à mão, um por um, por isso o acesso a eles era dado a somente algumas pessoas. Assim, a cultura dos povos antigos não estava, baseada na palavra escrita. Os conhecimentos, as tradições, os costumes eram transmitidos oralmente através dos mestres, dos poetas e dos cantores, que recitavam de aldeia em aldeia os antigos poemas sobre os heróis e sobre os deuses. Tenha isso em mente quando você lê a sua Bíblia, especialmente o Antigo Testamento (escritos anteriores ao nascimento de Jesus,

Page 52: 240 Perguntas

abrangendo um período de cerca de 4000 anos) considerando que os prováveis primeiros 300 anos iniciais ainda não havia escrita.

74-Como pode ser o tempo de dias e horas de criação inicial?

R- A Cronologia (o estudo do tempo) é uma das invenções fundamentais da espécie humana! É com base neste conjunto de conhecimentos que a civilização consegue, até os dias de hoje, controlar e organizar sua vida e suas atividades.

Para compreendermos este costume tão cotidiano (às vezes nem nos damos conta de como a influência do relógio é importante em nossas vidas) é preciso recuar à aurora da humanidade.

Para os caçadores do Período Paleolítico, a posição dos astros e suas periodicidades eram usadas para saber quando a Lua mudaria, em que períodos as diversas estações da natureza aconteciam e qual sua influência no comportamento e migração dos animais para que a caça e a pesca pudessem ser bem sucedidas. Como viviam em bandos, uma caçada mal sucedida poderia comprometer sua alimentação e, consequentemente, sua espécie.  Já no Período Neolítico, arar a terra, semeá-la e o período de colheita precisavam de medidas de tempo precisas para que os períodos mais favoráveis fossem observados para que cada fase da agricultura fosse completada com sucesso garantindo, assim, o prosseguimento da espécie em um dado local.

E estas medidas de tempo tinham por base fenômenos naturais repetitivos. Ora, antigamente, antecedendo à invenção da escrita, a humanidade não detinha conhecimentos acerca da construção de artefatos que os auxiliassem na medição do intervalo de tempo. Desta forma, recorrer aos fenômenos naturais que fossem periódicos tornava-se a ferramenta mais favorável naquele momento onde despontava a aurora da nossa civilização. Os fenômenos periódicos mais utilizados foram os movimentos dos corpos celestes e, a partir daí, estes fenômenos passaram a determinar as estações do ano, os meses e os anos.

Exemplificando,  há cerca de 20.000 anos, os caçadores faziam medição de tempo contando os dias entre as fases da Lua, por meio de marcações em gravetos e ossos.

As descobertas arqueológicas indicam que em todas as civilizações antigas, desde os primeiros hominídeos, algumas pessoas estavam preocupadas com a medição do tempo, seja por motivos religiosos, agrícolas ou de estudo dos fenômenos celestes (uma forma antiga de astronomia).

Os Sumérios (povo residente na mesopotâmia) chegaram a elaborar um calendário, que dividia o ano em 12 meses de 30 dias, sendo que os dias eram divididos em 12 períodos (que equivalem a duas horas), e dividiam cada um destes períodos em 30 partes (aproximadamente 4 minutos). Pelo período ocupado por essa civilização (entre 5.300 e 2.000 anos antes de Cristo), a precisão de seu calendário é fantástica!

Além dos sumérios, os Egípcios também tinham um calendário que utilizava os ciclos das fases da Lua, mas que passou a utilizar o movimento da estrela Sirius, que passa próxima ao Sol a cada 365 dias, na mesma época em que a inundação anual do Nilo tem início. Isto foi muito importante para o crescimento da civilização Egípcia. Heródoto(historiador grego) afirmou que “O Egito é um presente do Nilo.”, já que a região seria apenas deserto se não houvesse este rio.

Podemos então sintetizar, afirmando que os fenômenos celestes é que determinavam o período de fertilidade da terra e o comportamento dos animais, grande preocupação de todos os povos.

Com o passar dos anos, muitos instrumentos para contar o tempo surgiram: relógios de areia, de sol, de água, … Até chegar aos modernos relógios atômicos.

Page 53: 240 Perguntas

75) Qual o país onde se situa o monte Aratat e que ano pousou a Arca?

R- A data em que a arca repousou: O 17º dia do 7º mês, que é reconhecido na vida judaica até hoje, e é ainda

mais proeminente no cristianismo. Eis o porquê. Em Exo 12.1 o Senhor ordenou que os israelitas trocassem seu

calendário. O que havia sido o 7º mês desde a criação deveria se tornar o 1º. Sabemos disso porque eles

mantiveram o calendário original e sobrepuseram o novo sobre ele. No calendário religioso (o novo), a Páscoa,

que cai na primavera, é sempre o 14º dia do 1º mês como ordenado em Exo 12, e no calendário civil (o antigo), o

Ano Novo cai no outono, seis meses depois. Então, com essa compensação de 6 meses, o que fora o 7º mês nos

dias de Noé se tornou o 1º mês do novo calendário religioso.

76) Qual o tamanho em metros da arca, comprimento, largura e altura?

R- Comprimento: 300 x 45,72 = 137,16 metros

Largura: 50 x 45,72 = 22,86 metros

Altura: 30 x 45,72 = 13,76 metros

77) Existem vidas humanas em outros planetas?

R- Há civilizações inteligentes fora da Terra e elas poderiam estar presentes em até quase 40 mil

planetas, segundo novos cálculos feitos por Duncan Forgan, um astrofísico da Universidade de

Edimburgo, na Escócia.

A descoberta de mais de 330 planetas fora de nosso sistema solar nos últimos anos, ajudou a redefinir

o provável número de planetas habitados por alguma forma de vida, segundo um artigo de Forgan

publicado na revista especializada International Journal of Astrobiology.

As atuais pesquisas estimam que haja pelo menos 361 civilizações inteligentes em nossa

galáxia, e possivelmente 38 mil fora dela.

78) Quais os nomes dos países que se localizam hoje na região em que Abraão viveu, peregrin ou e

morreu?

R- Abraão é citado no livro de Gênesis como a nona geração de Sem, o qual foi um dos filhos do

patriarca Noé que tinha sobrevivido às águas do dilúvio.

Segundo a Bíblia, a mais provável procedência de Abraão seria a cidade de Ur dos caldeus,[6] situada

no sul da Mesopotâmia, onde seus irmãos também teriam nascido. O final do capítulo 11 do primeiro

livro da Torah, ao descrever a genealogia do patriarca hebreu, assim informa, mencionando o nome

anterior de Abraão:

E estas são as gerações de Tera: Terá gerou a Abraão, a Naor e a Harã; e Harã gerou a Ló. E morreu

Harã, estando seu pai Terá ainda vivo, na terra de seu nascimento, em Ur dos caldeus.(Gênesis 11:

27-28)[7]

O Livro dos Jubileus, considerado como uma obra apócrifa entre os judeus e cristãos, diz que Abraão,

já aos catorze anos de idade, quando ainda residia em Ur dos caldeus com sua família, teria começado

a compreender que os homens da terra haviam se corrompido com a idolatria adorando as imagens de

escultura. Então Abraão não aceitou mais adorar ídolos com o seu pai Tera e começou a orar a Deus,

Page 54: 240 Perguntas

pedindo-lhe que conservasse a sua alma pura do erro dos filhos dos homens e também a de seus

descendentes.

Diz também o livro de Jubileus, no seu capítulo 12:10, que Abraão casou-se com Sara, no ano 49 de

sua vida. E, quando o patriarca estava com 60 anos, ocorreu a morte trágica de seu irmão Harã, o pai

de Ló.

Prossegue o texto bíblico informando que Terá, o pai de Abraão, após a morte de Harã, teria tomado

sua família e organizado uma expedição para fixar-se em Canaã. Contudo, ao chegar numa localidade

que veio a receber o mesmo nome do filho falecido, Terá permaneceu ali onde morreu com a idade de

duzentos e cinco anos:

E tomou Terá a Abrão, seu filho, e a Ló, filho de Harã, filho de seu filho, e a Sarai, sua nora, mulher de

seu filho Abrão, e saiu com eles de Ur dos caldeus, para ir à terra de Canaã; e vieram até Harã e

habitaram ali. E foram os dias de Terá duzentos e cinco anos; e morreu Terá em Harã (Gênesis 11:31-

32)

Segundo a Bíblia, no capítulo 12 do livro de Gênesis, Abrão recebeu uma promessa divina para deixar

a sua terra e a de sua família. Tal chamado de Deus pode ter ocorrido quando Abraão já se encontrava

com sua família em Harã.

Estêvão, em seu discurso registrado no livro bíblico de Atos, informa que Deus apareceu a Abraão

ainda na Mesopotâmia e Terá já havia falecido;

O Deus da glória apareceu a Abraão, nosso pai, estando na Mesopotâmia, antes de habitar em Harã, e

disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela e dirige-te à terra que eu te mostrar. Então, saiu da

terra dos caldeus e habitou em Harã. E dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra

em que habitais agora. (Atos 7:2-4)[9]

Viagem para Harã

Há suposições de que Abraão anuiu nesta jornada em direção a Salém, mas teria sido o seu irmão

Naor, o qual não tinha conhecimento dos ensinamentos de Melquisedeque, que os persuadiu a ficar

em Haran.

No entanto, sabe-se que Harã, na Antiguidade, foi um importante ponto de passagem para as

caravanas do Oriente Próximo. E talvez a prosperidade do local tenha motivado a fixação da família de

Abrão neste local em que acredita-se que o clã deveria abastecer o povoado com seus rebanhos.

É provável que, em Harã, Abrão tenha recebido talvez um segundo chamado divino para deixar a terra

de sua família e se estabelecer na terra que Deus lhe indicasse. Nesta passagem, logo no começo do

capítulo 12 de Gênesis, Deus anuncia diretamente ao patriarca bíblico que ele se tornaria uma grande

nação e não há nenhuma menção expressa de que a terra prometida seria Canaã, muito embora esta

teria sido o destino que o seu pai teria buscado e veio a ser confirmado posteriormente.

Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra

que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu

serás uma bênção. (Gênesis 12:1-2)

Todavia, é provável que devido à profecia proferida por Noé, quando castigou a Cam dizendo que

Canaã seria escravo de Sem, existisse a ideia de que Abraão deveria seguir em direção à Canaã (Gn

9:25-27). Até mesmo porque no verso 31 do capítulo 11 de Gênesis diz que Terá e sua família

deixaram Ur destinados a chegar em Canaã.

Page 55: 240 Perguntas

A partida para Canaã

A Bíblia diz que Abrão, obedecendo as ordens de Deus, saiu com Ló de Harã, juntamente com sua

esposa e seus bens, indo em direção a Canaã. O texto informa que Abrão já teria setenta e cinco anos

de idade e dá a entender que já tivesse pessoas a seu serviço, embora nenhum filho.

Depois dessa longa jornada de Harã até Canaã, o primeiro local onde Abraão esteve teria sido

em Siquém, no carvalho de Moré, onde habitavam os cananeus. Ali Deus apareceu a Abraão e lhe

confirmou a promessa de dar aquela terra à sua descendência.

Tendo edificado um altar para Deus em Siquém, Abraão parte para o Sul, fixando-se num lugar entre

as cidades de Betel e Ai onde se estabelece com as suas tendas e constrói um novo altar.

Depois, prossegue Abraão para o sul, não havendo informações na Bíblia onde seria esse terceiro local

de sua passagem, mas apenas diz que havia fome naquela terra.

Alguns, no entanto, interpretam que Abraão teria chegado a Salém, lugar que corresponderia hoje

a Jerusalém. Porém, a Bíblia não diz claramente onde teria sido.

Informações não bíblicas relatam que, após a morte de Terá (Taré), o rei de Salém teria enviado um

mensageiro a Abraão com o fim de lhe convidar a fazer parte do núcleo de estudantes/sacerdotes no

seu reino. O mensageiro que encarregado da mensagem chamava-se Jaram e o convite era extensivo

a Naor também, mas que teria optado por ficar, construindo naquele lugar uma poderosa fortificação.

Abraão, contudo, partiu com o seu sobrinho de nome Ló. Assim, ao chegarem a Salém, resolveram

estabelecer o seu acampamento próximo da cidade e edificar guarnições nas colinas adjacentes, de

forma a protegerem-se contra os furtivos ataques dos hititas, dos filisteuse dos assírios que

privilegiavam estas zonas da Palestina nos seus ataques e saques.

No entanto, deve-se considerar que se Terá gerou Abrão e seus irmãos aos setenta anos [13] e faleceu

aos duzentos e cinco anos[14], quando Abraão deixou Harã o seu pai certamente estava vivo com a

idade de cento e quarenta e cinco anos já que o início da viagem do patriarca para Canaã ele tinha

uma idade de setenta e cinco, ainda que naquela época a contagem de anos pudesse ser diferente.

A seca e a viagem para o Egito

Conselho de Abraão a Sara (aquarela cerca de 1896–1902 by James Tissot)

A Bíblia diz que houve fome na terra prometida que Abraão havia se estabelecido em Canaã e que, por

causa disso, o patriarca e todo o seu acampamento retirou-se para o Egito.

Ao chegar no país, Abraão temeu que viesse a ser morto por causa da beleza de sua mulher e por isso

combinou com ela que dissesse aos egípcios que seria sua irmã, não esposa.

Assim, o faraó veio a apaixonar-se por Sara e a levou para o seu palácio, passando a favorecer

Abraão. Porém, Deus castigou o rei egípcio e este mandou chamar Abraão e lhe devolveu Sara,

ordenando também que deixassem o país com os seus bens.

Tal parentesco de Abraão com o faraó egípcio não teria fundamentos na Bíblia porque Abraão

era semita enquanto os egípcios teriam descendido de Cam, não de Sem, assim como os cananeus, os

filisteus, os hititas e os amorreus.

De acordo com o livro apócrifo dos Jubileus, Deus quis provar o coração de Abraão, e permitiu que

Sara fosse tirada dele e levada ao palácio do faraó. Porém, a Bíblia nada diz a esse respeito.

Page 56: 240 Perguntas

Regresso à Canaã

A Bíblia narra que Abraão, juntamente com sua esposa e com seu sobrinho Ló, retornou do Egito para

a terra de Canaã, para o mesmo local onde havia se fixado ao Sul de Betel (provavelmente Salém).

Tornou-se muito rico, possuindo rebanhos de gado, prata e ouro.

Prossegue o texto de Gênesis dizendo que Abraão retornou para Betel onde procurou o altar que havia

feito para Deus e o invocou. Ali, no entanto, Abraão e Ló resolvem separar-se devido às contendas que

havia entre os seus pastores por causa do numeroso rebanho que possuíam.

Estudos não bíblicos explicam que Abraão, provavelmente, tinha interesse em se tornar um grande

líder na Palestina - almejava até ser um poderoso rei naquelas terras. O seu retorno a Salém só

poderia ter este objetivo. Melquisedeque teria recebido muito bem Abraão de volta a Salém. Assim,

Abraão teria tornado-se carismático entre esse povo e um líder conquistador.

A separação de Abraão e Ló

A Bíblia relata que Abrão resolveu evitar desavenças com o sobrinho por causa do rebanho e lhe deu a

opção de escolher planície que desejasse. Ló preferiu fixar-se na planície do rio Jordão, na região

de Sodoma e Gomorra, que antes de ser destruída era comparada com o Jardim do Éden e com o

Egito. Porém, Abraão preferiu permanecer em Canaã.

Habitou Abraão na terra de Canaã, e Ló habitou nas cidades da campina e armou as suas tendas até

Sodoma. (Gênesis 13:12)

Acredita-se que Ló tinha uma personalidade diferente e se inclinava mais para assuntos materiais

ligados a negócios diversos, sendo esse o motivo pelo qual ambos se separaram, indo Ló para a rica

cidade de Sodoma e se dedicando ao comércio e à criação de animais.

Após a separação de Ló, Deus apareceu novamente a Abraão confirmando dar aquela terra à sua

descendência, ordenando-lhe que percorresse a região.

Dali, Abraão levanta novamente as suas tendas e se fixa junto aos carvalhais de manre, em Hebrom,

onde edificou um novo altar a Deus.

Relação com os povos vizinhos

A Bíblia narra que houve uma guerra ocorrida envolvendo nove reinos. Os reinos de Sodoma, de

Gomorra, de Admá, de Zeboim e de Zoar pagaram tributos a Quedorlaomer, rei do Elão, durante doze

anos e haviam se rebelado. Assim, houve então uma guerra em que Quedorlaomer e mais três reis

aliados atacaram a Palestina, ferindo a vários povos e confrontando-se finalmente com os reis de

Sodoma e Gomorra que foram vencidos numa batalha em Sidim.

Com a derrota de Sodoma, Ló foi levado cativo com toda as suas riquezas. Sabendo disso, Abraão,

com apenas trezentos e dezoito homens, lutou contra os inimigos e os perseguiu até as proximidades

de Damasco, libertando Ló, sua família e o povo de Sodoma.

Provavelmente os povos vizinhos de Salém reverenciavam e respeitavam o Rei sábio Melquisedeque,

mas de certa forma temiam o grande líder militar Abraão. As suas batalhas e conquistas tornaram-se

conhecidas em toda aquela região, fazendo de Abraão um líder muito respeitado.

O rei de Sodoma, Bera, como recompensa pela libertação, chegou a oferecer os bens que foram

saqueados por Quedorlaomer, mas Abraão recusou-se.

Melquisedeque partiu ao encontro de Abraão após a vitória em Sidim, já no seu triunfante regresso. A

Bíblia diz que o rei de Salém trouxe pão e vinho para Abraão e lhe abençoou. Abraão, por sua vez lhe

Page 57: 240 Perguntas

deu o dízimo de tudo que havia recobrado a Melquisedeque. Esta é a única parte no livro de Gênesis

em que o personagem Melquisedeque é citado:

E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus Altíssimo. E

abençoou-o e disse: Bendito seja Abrão do Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito

seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dízimo de

tudo. Gênesis 14:18-20

Informações não bíblicas dizem que, após a batalha de Sidim, Abraão manteve-se fiel ao seu monarca

e se tornou o dirigente militar de mais onze tribos vizinhas de onde todos pagavam tributos – o

chamado dízimo. Abraão fracassou algumas tentativas de estabelecer alianças diplomáticas com o

soberano de Sodoma. Porém, ao conseguir o resultado, houve uma aliança militar estratégica entre o

Rei de Sodoma e outros povos de Hebrom. Abraão tinha mesmo intenção de formar um estado

poderoso em toda a Canaã, o sábio rei de Salém convenceu Abraão a abandonar a sua tentativa de

formar um reino material e se tornar aquilo que hoje o seu nome é significado – o Pai da Fé. Para

persuadi-lo, utilizou a sua aliança, a promessa do seu reino, e tornou-o como sua própria

descendência.

A Aliança de Abraão com Deus

No capítulo 15 de Gênesis, Deus aparece a Abraão. Tendo este oferecido um sacrifício a Deus, foi-lhe

revelado sobre o futuro de sua descendência que suportaria a escravidão por quatrocentos anos e que

depois retornaria para a terra prometida.

Então disse a Abrão: saibas, decerto, que peregrina será a tua semente em terra que não é sua; e

servi-los-á e afligi-la-ão quatrocentos anos. Mas também eu julgarei a gente à qual servirão, e depois

sairão com grande fazenda. E tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado. E a quarta

geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia. (Gênesis

15:13-16)

Informações não bíblicas falam de uma aliança entre Melquisedeque e Abraão. Tal aliança seria um

reconhecimento de Melquisedeque da soberania de Abraão e a cedência do seu trono a este líder e à

sua descendência, uma vez que este rei não tinha descendentes para o substituir. Esta referência

também é mencionada na Bíblia no capítulo 7 da epístola aos Hebreus, onde se refere à falta de

descendência deste personagem sábio de Salém.

Todavia, o texto bíblico em Gênesis é claro em demonstrar que o diálogo de Abraão e a sua

experiência foi diretamente com Deus.

Nascimento de Ismael

Sendo Sara estéril e pretendendo dar um filho a seu marido, ofereceu sua serva egípcia Hagar para

que gerasse o primeiro filho a Abraão. Hagar então gerou a Ismael, considerado

pelosmuçulmanos como o ancestral dos povos árabes.

O texto bíblico informa que Abraão teria sido pai pela primeira vez aos oitenta e seis anos. E, antes

mesmo do nascimento de Ismael, surgiram conflitos entre Hagar e Sara, culminando na sua fuga do

acampamento de Abraão.

Tendo Hagar fugido da presença de Sara, o Anjo do Senhor apareceu-lhe quando se encontrava junto

a uma fonte de água, convencendo-a a retornar, sujeitar-se à sua senhora e lhe prometendo um futuro

grandioso para seu filho.

Page 58: 240 Perguntas

A mudança no nome de Abraão e a instituição da circuncisão

Aos noventa e nove anos, novamente Deus aparece a Abraão, confirmando-lhe a sua promessa. Deus

ordena que Abraão e todos os homens de sua casa fossem circuncidados. E que toda criança do sexo

masculino que nascesse receberia esse sinal ao oitavo dia.

O filho de oito dias, pois, será circuncidado; todo macho nas vossas gerações, o nascido na casa e o

comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que não for da tua semente. (Gênesis 17:12)

É nesta ocasião que Deus muda também os nomes de Abraão ("pai de muitas nações") e de Sara, os

quais até então chamavam-se Abrão e Sarai. A mudança do nome de Sarai para Sara é explicada na

Bíblia com a promessa do nascimento de um filho, pondo fim à sua esterilidade.

A visita dos três anjos e a confirmação sobre o nascimento de Isaque

Abraão foi circuncidado com noventa e nove anos após Deus ter anunciado que Sara daria à luz um

filho - Isaque, que seria o herdeiro da promessa. Isaque nasceu no ano seguinte a esse anúncio.

O capítulo 18 de Gênesis diz que mais uma vez Deus apareceu a Abraão quando este se encontrava

nos carvalhais de manre, à porta da tenda, e viu três varões celestiais (anjos). Estes confirmaram o

nascimento de um filho a Sara e estavam se dirigindo para Sodoma a fim de cumprirem a ordem divina

de destruição da cidade.

A destruição de Sodoma e Gomorra

Temendo pela vida de seu sobrinho Ló e de sua família, Abraão intercede a Deus para que não

destruisse Sodoma. Deus então promete que se achasse pelo menos dez justos ali, pouparia a cidade.

Os anjos vão até Sodoma, entram na casa de Ló e o retiram da cidade junto com sua família antes que

começasse a destruição do lugar, permitindo que o sobrinho de Abraão se refugiasse nas montanhas.

E aconteceu que, destruindo Deus as cidades da Campina, Deus se lembrou de Abraão e tirou Ló do

meio da destruição, derribando aquelas cidades em que Ló habitara. (Gênesis 19:29)

Abraão peregrina em Gerar

No capítulo 20 de Gênesis, Abraão parte de Hebrom para Gerar, que estaria situada

entre Cades e Sur, região que corresponde à terra dos filisteus.

Temendo a Abimeleque, rei de Gerar, Abraão novamente comete o mesmo erro praticado quando

esteve no Egito e diz que Sara seria sua irmã. Abimeleque apaixona-se por Sara e a toma de Abraão.

Deus então aparece em sonhos a Abimeleque e lhe adverte para que restituísse Sara a seu esposo.

Obedecendo a Deus, Abimeleque trás Sara de volta a Abraão, entregando-lhe também bens e

riquezas. Abraão então ora por Abimeleque que é perdoado.

Fontes não bíblicas afirmam que, com o desaparecimento de Melquisedeque, Abraão modificou muito a

sua forma de agir. Mesmo alguns historiadores defendem a ideia que era um outro Abraão que ocupou

o seu lugar. Mas poderá ter sido apenas a tristeza pelo desaparecimento de Melquisedeque. Não há

registro da morte de Melquisedeque e mesmo o apóstolo Paulo faz menção a esse facto na Bíblia na

carta aos Hebreus (cap.7). Abraão tornou-se mais inactivo e temeroso. Tanto que ao chegar a Gerar,

Abimeleque tomou-lhe a sua esposa Sara. Mas este período de aparente covardia foi curto. E logo

Abraão compreendeu a herança proposta pelo seu antecessor no trono e começou a proclamar uma

mensagem de um Deus único entre os povos filisteus e mesmo entre os súditos de Abimeleque.

Segundo uma tradição judaica, Abraão chegou a crença em um só Deus ao refletir sobre a natureza do

universo e ao rejeitar a idolatria. Assim, quebrou a cabeça de todos os ídolos que seu pai tinha em sua

loja deixando somente um, o maior deles, deixando para este uma oferenda

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Depois do nascimento de Isaque, Abraão e Abimeleque fizeram um pacto em Berseba, isto é,

realizaram um juramento de confiança.

O nascimento de Isaque

O capítulo 21 de Gênesis diz que Abraão com a idade de cem anos quando tornou-se pai de Isaque.

Informações não bíblicas dizem que foi numa cerimónia pública e solene que Abraão teria apresentado

em Salém Isaque como o seu primogênito.

No entanto, a Bíblia relata que, quando Isaque deixou de mamar, Abraão teria promovido um grande

banquete em comemoração.

Abraão despede-se de Hagar e de Ismael

Mesmo com o nascimento de Isaque, os conflitos entre Hagar e Sara continuaram, ameaçando a paz

de sua família. Abraão então resolve despedir sua serva junto com o seu filho Ismael. A Bíblia diz que

Deus amparou Hagar e seu filho durante a peregrinação no deserto de Parã.

Deus prova a fé de Abraão

Mais uma vez Deus falou com Abraão e lhe pediu uma verdadeira prova de fé, determinando que

levasse o seu filho para oferecê-lo em holocausto no Monte Moriá que fica próximo a Salém.

Após ter viajado por três dias a partir de Berseba, Abraão avistou o local e subiu ao monte apenas na

companhia de Isaque. Porém, quando levantou a mão para sacrificar seu filho, foi impedido pelo Anjo

do Senhor e encontrou no mato um carneiro para ser oferecido em lugar de seu filho.

O Livro dos Jubileus, no verso 16 do seu capítulo 17, explica o sacrifício de Isaque dizendo que o diabo

teria pedido a Deus que provasse Abraão em relação a seu filho, o que se assemelha um pouco à

história de Jó. Porém, a Bíblia nada diz a esse respeito, mencionando o fato como uma prova de

obediência a Deus.

A morte de Sara

Segundo a Bíblia, Sara morreu em Hebrom com cento e vinte e sete anos. Abraão então adquire

de Efrom, em Canaã, a Cova de Macpela por quatrocentos siclos de prata, que é considerada a

primeira aquisição de uma propriedade do patriarca que sempre viveu como um peregrino em busca de

melhores pastagens para o seu rebanho. A sepultura adquirida é posteriormente utilizada pelo patriarca

e por seus descendentes.

Abraão manda buscar uma noiva para Isaque

Narra o capítulo 24 de Gênesis que Abraão enviou o seu servo Eliezer para que fosse

à Mesopotâmia e trouxesse uma esposa para seu filho Isaque entre os seus parentes.

Ocorreu que Milca e Naor tiveram oito filhos e netos. Eliezer então, ao chegar na cidade de Naor,

encontra a Rebeca, filha de Betuel e irmã de Labão. Rebeca consente em ir com Eliezer e este a leva

para Isaque.

A união de Abraão com Quetura

A Bíblia registra uma segunda núpcia de Abraão após a morte de Sara. Com a união de Abraão

e Quetura, foram gerados mais seis filhos, dando origem a outros povos, inclusive osmidianitas.

E Abraão tomou outra mulher; o seu nome era Quetura. E gerou-lhe Zinrã, e Jocsã, e Medã, e Midiã,

e Isbaque e Suá. (Gênesis 25:1 e 2)

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Indaga-se se Abraão teria mesmo se casado com Quetura ou se ela foi apenas uma

segunda concubina depois de Hagar. A Bíblia pouco fala a seu respeito, sendo possível apenas fazer a

suposição de que ela teria vivido com o patriarca as últimas décadas de sua vida.

De acordo com o livro apócrifo de Jubileus, em 19:11, Abraão teria escolhido a Quetura entre os servos

de sua casa porque Hagar falecera antes de Sara.

A morte de Abraão

A morte de Abraão é comentada no capítulo 25 de Gênesis, o qual teria vivido cento e setenta e cinco

anos e foi sepultado na Cova de Macpela por Isaque e Ismael.

Tudo o que tinha deixou de herança para Isaque, guardando apenas presentes para os filhos de Hagar

e de Quetura. Os registros referem que todas as propriedades de Abraão foram para o seu filho Isaac,

o filho de Sara que tinha o status de esposa. Agar não foi esposa de Abraão, mas sim uma concubina.

Quetura foi esposa de Abraão após a morte de Sara.

Considerando que Isaque tornou-se o pai de Jacó e de Esaú aos sessenta anos, Abraão deve ter

convivido com os netos durante quinze anos, muito embora o livro de Gênesis não mencione sobre

esses contatos.

Explicação contextual

Alguns acreditam que os ensinamentos de Melquisedeque teriam sido de grande importância para

aquilo que a religião tem transmitido hoje sobre Abraão. Porém, Melquisedeque é citado

naTorah apenas uma vez e depois em Hebreus. O que o Antigo Testamento registra são diálogos entre

Abraão e Deus, mas há quem defenda a tese de que Melquisedeque teria tido uma presença maior na

vida de Abraão como um verdadeiro mensageiro de Deus na terra.

O apócrifo Evangelho Armênio da Infância de Jesus traz uma passagem na qual relata que o Senhor

entregou a Set uma carta que foi retransmitida a Abraão. Este por sua vez a deu a Melquisedeque, rei

de Salém. (Evangelho Armênio da Infância de Jesus, cap. X, 11) 

Posteriormente, os escribas encararam o termo Melquisedeque como sinónimo de Deus. Os registros

de tantos contatos de Abraão e Sara com o anjo do Senhor podem referir-se às suas numerosas

entrevistas com Melquisedeque.

Supõe-se que muita informação teria sido perdido pelo menos até a época em que os registros

do Antigo Testamento foram revisados em massa na Babilónia. Todavia, as narrativas dos escritos

religiosos hebraicos sobre Isaque, Jacó e José são fontes mais confiáveis do que aquelas sobre

Abraão, embora elas contenham muitos pontos divergentes do que é factual, nomeadamente com

outras referências históricas.

Rembrandt, Sacrifício de Isaac, 1635

Acredita-se que Abraão teria vivido mais provavelmente entre os séculos XXI e XVIII antes de Cristo.

Uma vez que não existe atualmente nenhum relato da sua vida independente das escrituras -

especificamente, do Livro do Génesis -, é preciso ter fé para acreditar que ele tenha sido uma figura

histórica ou um personagem exaltado por Moisés a fim de explicar a origem dos hebreus e motivar o

êxodo de seu povo do Egito em direção à terra de Canaã para concretizar as promessas de Deus.

Segundo o livro Génesis, que compõe o Pentateuco do Antigo Testamento, Deus disse a Abraão para

deixar Ur com a sua família em direcção à "terra que eu te indicar". Nesta terra, os seus descendentes

formariam uma grande nação e herdariam uma terra "onde corre leite e mel". Sendo o povo escolhido

de Deus, os hebreus conquistariam a terra prometida de Canaã, uma terra de fartura, em comparação

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com as que Abraão deixara para trás. Foi assim que Abraão deixou a sua vida sedentária para viajar

para Canaã. Esta migração é de significado histórico comparável à epopéia de Moisés, mais tarde,

trazendo os hebreus de regresso do Egipto, através do Mar Vermelho.

O Judaísmo considera a existência e a importância de Abraão. Abraão é considerado o fundador da

nação hebraica.Maimônides, em seu livro "os 613 mandamentos" ensina com relação ao 3º

mandamento, "Amar a Deus", que se deve fazer com que o Eterno seja amado pelos homens como foi

feito pelo pai Abraão. Segundo uma tradição judaica, Abraão era o guardião da Torá inteira, incluindo

até mesmo os acréscimos rabínicos, antes mesmo de ser revelada por Deus.

O Islão também considera a existência e a relevância de Abraão (com o nome de Ibrahim) como sendo

o ancestral dos Árabes, através de Ishmael. A data de 1812 é por vezes apontada. A

tradição judaica também aponta que o patriarca teria vivido entre 1812 a.C e 1637 a.C (175 anos).

O Judaísmo, oCristianismo e o Islão são por vezes agrupados sob a designação de "religiões

abraâmicas", numa referência à sua suposta descendência comum de Abraão. Há registros que

apontam para o seu nascimento em 2116 a.C. [carece de fontes].

Abraão era filho de Terah, 20 gerações depois de Adão e 10 depois de Noé. E, considerando que Noé

ainda teria vivido 350 anos após o dilúvio, Abraão poderia ter conhecido o seu ancestral e também

a Sem.

O nome original de Abraão era Abram, uma brincadeira judaica com Ibrim, que significa "Hebreus",

para soar como "Excelso Pai". Abraão era o primeiro dos patriarcas bíblicos. Mais tarde, respondeu

pelo nome de Abraham (Ibrahim), (يمWاه Zابر em árabe, אברהם em hebraico), o que significa "pai de

muitos" (ver Génesis 17:5). O nome Abraham era um nome comum de pessoas entre os amorreus (na

forma Abamram).

A história de Abraão começa quando o patriarca deixa a terra de sua família na cidade de Ur

dos Caldeus e segue em direção a Canaã. A partir daí, a Bíblia relata diversas aventuras mais ou

menos desconexas envolvendo Abraão, sua esposa Sara, seu sobrinho Ló, sempre realçando a

nobreza do personagem e a sua obediência a Deus.

Os episódios mais emblemáticos da narrativa são aqueles que contam de como Abraão se sujeitou ao

rei do Egipto, que tomou sua mulher como esposa, para salvá-la de qualquer punição. O segundo

episódio marcante da vida de Abraão ocorreu em sua velhice. Sara, sua esposa, já idosa ainda não

havia lhe dado um filho (seu primeiro filho Ismael, ou Ishmael, era filho de uma concubina - Agar),

quando Deus teria lhe concedido esta graça, e assim nasceu Isaque, ou Isaac, a quem Abraão mais

amou. Porém, quando Isaque era ainda criança, Deus chamou Abraão e pediu que ele trouxesse seu

filho ao alto de um monte chamado de Moriá ou Moriah, informando a ele, no meio do caminho, que

gostaria que o velho patriarca o sacrificasse, para mostrar seu amor por Ele. Mesmo sendo Isaque o

filho amado que tanto desejara por toda a vida, Abraão não relutou em sacar uma adaga e posicioná-la

sobre o pescoço de seu filho. Deus então mandou um anjo para segurar o punho de Abraão, dizendo

estar satisfeito com a obediência de Abraão. Em recompensa, Deus poupou seu filho, e prometeu que

sua linhagem produziria uma nação numerosa que governaria toda a terra por onde Abraão havia

caminhado em vida (Canaã, propriamente dita).

79) Quando Israel chegou em Canaã, quando saiu para o Egito e quando retornou?

R- A história de Israel começa com a aliança de Deus com Abraão em aproximadamente 2000 AC: "de ti farei uma grande nação" (Gênesis 12:2). O nome "Israel" (o qual significa "um que luta vitoriosamente com Deus" ou "um príncipe que prevalece com Deus") vem do novo nome que Deus deu a Jacó, o neto de Abraão, quando ele prevaleceu em uma luta espiritual em Jacó Peniel (Gênesis 32:28). É neste

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ponto que os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó são muitas vezes mencionados como os "filhos de Israel". Israel começa como uma promessa unilateral a um homem, Abraão. Por mais de 400 anos, Abraão e seus descendentes dependem dessa promessa, mesmo durante um período significativo de escravidão no Egito. Em seguida, por meio de uma série de acontecimentos milagrosos incríveis, Deus liberta os israelitas do Egito no Êxodo (em hebraico: "saída"). O Êxodo é a ocasião que a maioria dos judeus enxergam como a fundação da nação de Israel. O Êxodo é o ato de libertação que habita no coração dos israelitas como uma demonstração do amor de Deus e da proteção de Israel. Uma vez que o Êxodo foi completado, Deus estabeleceu uma aliança condicional com os israelitas no monte Sinai. Foi lá que Deus proclamou a Sua Lei (os Dez Mandamentos). Foi lá que Deus prometeu bênçãos para os que obedecem a Sua Lei e maldições para os que a desobedecem. O resto da história de Israel como registrada na Bíblia é um ciclo contínuo de bênção (pela obediência de Israel) e castigo (pela desobediência à Lei de Deus). 

80) Quais foram as dez pragas?

R-

1. Águas em sangue  ם wד (Dam)

2. Rãs   yע ד} ר{ yפ (Tsifardeah) צ{

3. Piolhos  ים נ� (Kinim) כ�

4. Moscas  רוב wע (Arov)

5. Doenças  nos animais ר �ב �(Dever) ד

6. Sarna  que rebentava em úlceras ין ח� (Shkhin) ש{

7. Saraiva  com fogo ד wר wב (Barad)

8. Gafanhotos  ה �ב (Arbeh) אר{

9. Trevas  ך �(Choshech) חוש

10. Morte dos primogênitos כורות ת ב{ yכ yמ (Makat b'chorot)

81) Quantas vezes Moisés subiu ao Sinai e no Horebe?

R- A Bíblia registra que nesta jornada esse homem de 80 anos de idade sobre onze vezes; e em cada

uma destas subidasi, há algo revelado.

82) O que era e para que servia o tabernaculo?

R- O tabernáculo era um aparato muito funcional. O tabernáculo servia como lugar de encontro

entre Deus e os homens, e desta forma ficou conhecido como a "tenda da congregação"

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83 ) Quais são os dez mandamentos?

R-

1°) AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS 2°) NÃO TOMAR SEU SANTO NOME EM VÃO3°) GUARDAR DOMINGOS E FESTAS DE GUARDA4°) HONRAR PAI E MÃE5°) NÃO MATAR6°) NÃO PECAR CONTRA A CASTIDADE 7°) NÃO ROUBAR8°) NÃO LEVANTAR FALSO TESTEMUNHO9°) NÃO DESEJAR A MULHER DO PRÓXIMO10°) NÃO COBIÇAR AS COISAS ALHEIAS

84) Quais eram as peças do Tabernáculo e a sua serventia?

R- Ao todo eram seis peças muito valiosas e belas. Tudo foi feito em detalhes, conforme Deus havia determinado. No átrio existiam duas peças: o altar de holocausto e a pia (lavatório). Lá dentro da tenda, no "santo", podia se ver o candelabro, a mesa dos pães e o altar de incenso. No "santíssimo" existia um único móvel: a Arca da Aliança com seu propiciatório (tampa). 

O tabernáculo era um aparato muito funcional. O tabernáculo servia como lugar de encontro entre Deus e os homens, e desta forma ficou conhecido como a "tenda da congregação

85) Como era o peitoral e o que significava os símbolos?

R- O peitoral tinha aproximadamente 23 centímetros quadrados e era incrustado com doze pedras preciosas gravadas com os nomes das tribos de Israel. Ele era fixado ao éfode e o cinto especial, através de cadeiazinhas de ouro e do cordão azul.

Assim como os nomes gravados nas pedras de ônix revelavam a força do nosso Salvador, estas outras revelam o Seu amor. Nós estamos sempre no coração do nosso grande Sumo Sacerdote (versículo 29) do mesmo modo que as tribos de Israel estavam sobre o coração de Arão

86) Quais as principais leis para os levitas?

R-  Em resumo, as leis para os levitas e sacerdotes ficaram assim:

- Arão, seus filhos e todos os levitas seriam responsáveis pelo trabalho no Tabernáculo, mas só os sacerdotes

pagariam o pato por qualquer cagada feita. Javé fez isso para evitar matar levitas toda vez que algo saísse errado

na Tenda Sagrada. Porque se continuasse assim, logo logo ele ia ter que importar levitas

- Os levitas não deveriam chegar perto do Lugar Santíssimo do Tabernáculo (atrás da cortina) nem do altar

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- Toda oferta que fosse trazida ao Tabernáculo e não fosse queimada seria dada aos sacerdotes. Isso incluía

animais, cereais, azeite e vinho. Tudo do bom e do melhor.

- Os levitas (incluindo-se aí Arão e seus filhos, os sacerdotes) não podiam ter propriedades

- Os dízimos trazidos pelo povo pertenciam aos levitas. Só que tinha uma maracutaia aí: do que os levitas

recebessem, deveriam dar dez por cento a Arão, um dízimo do dízimo. Então se um israelita tinha cem ovelhas e

dava dez de dízimo, uma delas seria dada a Arão automaticamente e as restantes seriam dos levitas. Cheio de

privilégios, esse Arão.

- Os outros israelitas não deveriam se aproximar do Tabernáculo. Isso foi determinado para evitar levantes e

tentativas de tomada do poder no acampamento.

87) Como era a divisão das ofertas de sacrifício?

R-