23 out 2009 - jornal nippak2018/02/23  · tomio kikuchi anuncia, agora, a micromacrobiótica...

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ANO 12 – Nº 2238 – SÃO PAULO, 23 A 29 DE OUTUBRO DE 2009 – R$ 2,50 www.jornalnippak.com.br Fórum Internacional do Ciate discute situação dos dekasseguis diante da crise NIKKEY SHIMBUN —––––––––––—–| pág 11 Campeonato Nikkey de Golfe deve reunir cerca de 240 jogadores Em novembro, mais exata- mente nos dias 7 e 8, aconte- ce uma das mais tradicionais competições de golfe do País. Trata-se do Campeonato Nikkey de Golfe, torneio or- ganizado pela Associação Nikkey de Golfe do Brasil com apoio do Arujá Golf Clu- be, PL Golf Clube e os jor- nais Nikkey Shimbun e Nippak e que este ano che- ga a sua 39ª edição. O even- to, que, obedecendo ao sis- tema de rodízio – em 2008, por ocasião do Centenário da Imigração no Brasil, foi orga- nizado um torneio alusivo à data – será realizado no PL Golf Clube, em Arujá (SP). A situação dos ex-dekasse- guis que perderam os empre- gos e voltaram para o Brasil por conta da crise econômi- ca que abalou o Japão será um dos temas em discussão no Fórum Internacional “De- kassegui diante da Crise Mun- dial”, que será promovido pelo Centro de Informação e Apoio do Trabalhador no Exterior (Ciate) neste domin- go (25), no Bunkyo (Socie- dade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social), com abertura no sá- bado (24). O evento conta com o apoio do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae), Grupo Nikkei, Ins- tituto de Solidariedade Edu- cacional e Cultural (ISEC) e Instituto de Direito Compara- do BR-JP. Durante o fórum advogados, educadores, ex- dekasseguis e autoridades dos governos japonês e brasileiro vão debater vários objetivos como fornecer informações detalhadas sobre medidas do Ministério do Trabalho e Em- prego do Brasil em relação à recolocação no mercado de trabalho para pessoas que retornaram do Japão, a situ- ação das crianças e escolas brasileiras no Japão, relatos de experiências de ex-dekas- seguis e outras informações. ––––––––––——–––––––––——–––––––––—–| pág 03 EM NOVO ENDEREÇO – O Parque Municipal Rober- to Mário Santini, no emissá- rio submarino (José Menino), foi o local escolhido para a instalação definitiva do monu- mento da imigração japone- sa. No último dia 18, repre- sentantes da prefeitura, Asso- ciação Japonesa de Santos e o Kenren participaram da ce- rimônia que oficializou a trans- ferência. Segundo o presiden- te da Associação Japonesa de Santos, Sergio Doi, a mudan- ça foi necessária para ofere- cer maior segurança e como- didade aos freqüentadores. “Foi construída uma ciclovia a menos de dois metros do monumento e os visitantes, em especial os idosos, não tinham como ter tranqüilidade”, ex- plicou Doi ao Jornal Nippak. —–––––––––——–––––––––––——––—––––––––——–––––––––—–––––––––——–––––––––––––—–| pág 05 Do extenso universo de livra- rias existentes e em atividade no Brasil, as poucas livrarias voltadas para o público nikkei instaladas em São Paulo so- brevivem graças a seus assi- nantes e clientes cativos man- —–––––––––——–––––––––––——––––––—–| pág 08 JORNAL NIPPAK Em SP, livrarias japonesas resistem ao tempo tidos desde a época de seus fundadores. A Livraria Sol S.A. Importação e Exporta- ção Indústria e Comércio (fundada em 1949 por Yoshiro Fujita), no bairro da Liberdade, é um exemplo. Introduzida no Brasil em 1950 pelo professor Tomio Kiku- chi, a microbiótica acabou e está sendo substituída grada- tivamente pela micromacrobi- ótica. A informação foi divul- gada pelo próprio mestre, —–––––––––——–––––––––––——––––––—–| pág 07 DIVULGAÇÃO Tomio Kikuchi anuncia, agora, a micromacrobiótica fundador do Centro Interna- cional de Auto-Educação Vi- talícia durante entrevista para a reportagem do Jornal Nippak. Na foto, Tomio Kikuchi com o deputado es- tadual Carlos Giannazi. O advogado do vereador Ushitaro Kamia (DEM), Ri- cardo Penteado, revelou nesta quinta-feira (22), em entre- vista ao Jornal Nippak, que entrou com recurso suspen- dendo a decisão a decisão do juiz Aloísio Sérgio Silveira, da 1ª Zona Eleitoral, que cassou —–––––––––——–––––––––––——––––––—–| pág 04 ARQUIVO Advogado de Ushitaro Kamia entra com recurso o mandato de 13 vereadores, além de torná-los inelegíveis, por terem recebido doação de campanha da Associação Imobiliária Brasileira (AIB). Segundo o parecer do juiz, doações de associações e sindicatos são proibidas por lei.

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Page 1: 23 OUT 2009 - Jornal Nippak2018/02/23  · Tomio Kikuchi anuncia, agora, a micromacrobiótica fundador do Centro Interna-cional de Auto-Educação Vi-talícia durante entrevista para

ANO 12 – Nº 2238 – SÃO PAULO, 23 A 29 DE OUTUBRO DE 2009 – R$ 2,50www.jornalnippak.com.br

Fórum Internacional do Ciate discutesituação dos dekasseguis diante da crise

NIKKEY SHIMBUN

—––––––––––—–| pág 11

CampeonatoNikkey de Golfedeve reunir cercade 240 jogadoresEm novembro, mais exata-mente nos dias 7 e 8, aconte-ce uma das mais tradicionaiscompetições de golfe do País.Trata-se do CampeonatoNikkey de Golfe, torneio or-ganizado pela AssociaçãoNikkey de Golfe do Brasilcom apoio do Arujá Golf Clu-be, PL Golf Clube e os jor-nais Nikkey Shimbun eNippak e que este ano che-ga a sua 39ª edição. O even-to, que, obedecendo ao sis-tema de rodízio – em 2008,por ocasião do Centenário daImigração no Brasil, foi orga-nizado um torneio alusivo àdata – será realizado no PLGolf Clube, em Arujá (SP).

A situação dos ex-dekasse-guis que perderam os empre-gos e voltaram para o Brasilpor conta da crise econômi-ca que abalou o Japão seráum dos temas em discussãono Fórum Internacional “De-kassegui diante da Crise Mun-dial”, que será promovidopelo Centro de Informação eApoio do Trabalhador noExterior (Ciate) neste domin-go (25), no Bunkyo (Socie-dade Brasileira de CulturaJaponesa e de AssistênciaSocial), com abertura no sá-bado (24). O evento contacom o apoio do Serviço deApoio às Micro e PequenasEmpresas de São Paulo

(Sebrae), Grupo Nikkei, Ins-tituto de Solidariedade Edu-cacional e Cultural (ISEC) eInstituto de Direito Compara-do BR-JP. Durante o fórumadvogados, educadores, ex-dekasseguis e autoridades dosgovernos japonês e brasileirovão debater vários objetivoscomo fornecer informaçõesdetalhadas sobre medidas doMinistério do Trabalho e Em-prego do Brasil em relação àrecolocação no mercado detrabalho para pessoas queretornaram do Japão, a situ-ação das crianças e escolasbrasileiras no Japão, relatosde experiências de ex-dekas-seguis e outras informações.

––––––––––——–––––––––——–––––––––—–| pág 03

EM NOVO ENDEREÇO– O Parque Municipal Rober-to Mário Santini, no emissá-rio submarino (José Menino),foi o local escolhido para ainstalação definitiva do monu-

mento da imigração japone-sa. No último dia 18, repre-sentantes da prefeitura, Asso-ciação Japonesa de Santos eo Kenren participaram da ce-rimônia que oficializou a trans-

ferência. Segundo o presiden-te da Associação Japonesa deSantos, Sergio Doi, a mudan-ça foi necessária para ofere-cer maior segurança e como-didade aos freqüentadores.

“Foi construída uma cicloviaa menos de dois metros domonumento e os visitantes, emespecial os idosos, não tinhamcomo ter tranqüilidade”, ex-plicou Doi ao Jornal Nippak.

—–––––––––——–––––––––––——––—––––––––——–––––––––—–––––––––——–––––––––––––—–| pág 05

Do extenso universo de livra-rias existentes e em atividadeno Brasil, as poucas livrariasvoltadas para o público nikkeiinstaladas em São Paulo so-brevivem graças a seus assi-nantes e clientes cativos man-—–––––––––——–––––––––––——––––––—–| pág 08

JORNAL NIPPAK

Em SP, livrarias japonesasresistem ao tempo

tidos desde a época de seusfundadores. A Livraria SolS.A. Importação e Exporta-ção Indústria e Comércio(fundada em 1949 porYoshiro Fujita), no bairro daLiberdade, é um exemplo.

Introduzida no Brasil em 1950pelo professor Tomio Kiku-chi, a microbiótica acabou eestá sendo substituída grada-tivamente pela micromacrobi-ótica. A informação foi divul-gada pelo próprio mestre,—–––––––––——–––––––––––——––––––—–| pág 07

DIVULGAÇÃO

Tomio Kikuchi anuncia,agora, a micromacrobiótica

fundador do Centro Interna-cional de Auto-Educação Vi-talícia durante entrevista paraa reportagem do JornalNippak. Na foto, TomioKikuchi com o deputado es-tadual Carlos Giannazi.

O advogado do vereadorUshitaro Kamia (DEM), Ri-cardo Penteado, revelou nestaquinta-feira (22), em entre-vista ao Jornal Nippak, queentrou com recurso suspen-dendo a decisão a decisão dojuiz Aloísio Sérgio Silveira, da1ª Zona Eleitoral, que cassou—–––––––––——–––––––––––——––––––—–| pág 04

ARQUIVO

Advogado de UshitaroKamia entra com recurso

o mandato de 13 vereadores,além de torná-los inelegíveis,por terem recebido doação decampanha da AssociaçãoImobiliária Brasileira (AIB).Segundo o parecer do juiz,doações de associações esindicatos são proibidas porlei.

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2 JORNAL NIPPAK São Paulo, 23 a 29 de outubro de 2009

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 3208-5521

E-mail:[email protected]

Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Afonso José de Sousa

Publicidade:Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

Periodicidade: semanalAssinatura semestral: R$ 60,00

[email protected]

RELAÇÕES BILATERAIS – O deputadofederal Walter Ihoshi (DEM-SP) esteve emmissão oficial ao Japão de 13 a 16 deste mês.Em sua estada, o parlamentar discursou na 50ªConvenção Internacional de Nikkeis, em Tó-quio, e se reuniu com diversas lideranças em-presariais e políticas daquele país, entre elas oex-primeiro-ministro, Yasuhiro Nakasone; o de-putado Keiro Kitagami (PDJ); o diretor daCâmara do Comércio Japão-Brasil, TakakazuIto, da InterAsia Corporation; e o ministro deNegócios Estrangeiros, Katsuya Okada, entreoutras. (Leia mais na pág 4 )

Deputado Walter Ihoshi e o ministro de NegóciosEstrangeiros Katsuya Okada

Deputado Walter Ihoshi e o ex-primeiro-ministroYasuhiro Nakasone

RCSP JABAQUARA – OColégio Marques de MonteAlegre do Jabaquara realizouuma Feira Cultural de Ciên-cias e Tecnologia. Na oca-sião, o presidente do RotaryClube São Paulo Jabaquara(Distrito 4610), Issao Mina-mi, ministrou palestra paracerca de 150 atentos alunosdo ensino médio acerca dasprofissões e suas vocações.Minami falou sobre o traba-lho rotário do RCSP Jabaqua-ra e sobre os intercâmbio dejovens, que despertou muitointeresse aos jovens.

Colaboradoras

Departamento dos jovens Dirigentes de entidades amigas

Toshiaki Tamae (1º da dir.) e amigos

Geral da ala masculina

Seiko Tamashiro, pres. da ACEOSM e ToyohiroShimura da União Cult. e Esp. SP Norte

OKINAWA SANTA MA-RIA – As diretorias de Espor-te e Social da ACEOSM (As-sociação Cultural e EsportivaOkinawa Santa Maria) reali-zaram no último dia 17, um

coquetel de reinauguração danova quadra de esportes, quefica na parte superior da sedesocial da entidade, na aveni-da João dos Santos Abreu,755, na Vila Espanhola. O

novo espaço da ACEOSMconta com uma quadra de es-portes e um american bar, queocupa partes do fundo e umalateral da quadra (leia maisna pág 6)

NOVO CÔNSUL NO RJ –Foi realizada no dia 6 de outu-bro evento de apresentação donovo cônsul geral do Japão noRio de Janeiro, YoshihikoArakawa, e de sua esposa, aa consulesa Emiko Arakawa.

Estiveram presentes o embai-xador do Japão Ken Shimanou-chi; o presidente da AcademiaBrasileira de Letras CíceroSandroni; a atriz Regina Casee membros do Corpo Consu-lar do Rio de Janeiro além de

lideranças locais. O cônsulgeral Arakawa, que chegou aoRio em agosto, desejou o es-treitamento de laços Brasil-Japão, e parabenizou o Rio deJaneiro pela realização dosJogos Olímpicos de 2016.

Direita, Akiyoshi Shikada (presidente da Renmei)conclama brinde ao cônsul Yoshihiko Arakawa.

Atriz e produtora Regina Casé dialoga com cônsulgeral Yoshihiko Arakawa.

Presidente da Academia Brasileira de Letras Cí-cero Sandroni e o embaixador Ken Shimanouchi;ao fundo, a escritora Laura Sandroni.

Esq.: Embaixador Ken Shimanouchi, cônsul geralYoshihiko Arakawa e consulesa Emiko Arakawa.

MEIO AMBIENTE – Realizado no dia 17 deoutubro, no Centro de Esportes, Cultura e Lazerda Seads, no Parque Estadual das Fontes doIpiranga, o projeto de plantio de árvores deno-minado Preserve o Planeta Terra, contou comuma programação repleta de atividades e reuniumuitos voluntários, incluindo-se os do Centro deApoio CAAP Ipiranga. Na cerimônia de aber-

tura foi realizada a palestra “Educação Ambien-tal”, de Eduardo Catharino, pesquisador do Ins-tituto de Botânica e um dos autores do Projetode Recuperação Florestal do PEFI. Logo apósa palestra inicial, os voluntários (rotarianos,rotaractianos, interractianos, rotakidianos, pro-fessores e alunos do CAAPI, etc) efetuaram oplantio de cerca de 150 mudas de arvores

COPA TAIYO DE TÊNISDE MESA – O Taiyo Ther-mas Hotel realizou de 15 a 18de outubro, em Caldas Novas

(GO), a 10ª Copa Taiyo de Tê-nis de Mesa. A competição reu-niu atletas de Brasília e SãoPaulo. Em disputa, as categori-

as infantil, adulto, veterano,feminino e especial. O encer-ramento e a premiação ocor-reram no dia 18, no Taiyohall.

BODAS DE OURO – No dia11 de outubro, foi comemora-do as Bodas de Ouro deMamoru e Mieco Ozaki, coma presença de cerca de 100pessoas, entre amigos, paren-tes e familiares. A festa foirealizada na Chácara Recan-to Karina, no Distrito de Mor-ro do Alto, distante 18 km dacidade de Itapetininga. A fotofoi tirada no dia seguinte, nomesmo local da festa, comMamoru Ozaki ao centro, e asua esquerda a esposa MiecoOzaki (com as duas mãos noombro do neto), entre filhos enetos.

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São Paulo, 23 a 29 de outubro de 2009 JORNAL NIPPAK 3

CRISE

Fórum Internacional do Ciatediscute situação dos dekasseguis

O nome civil é um dos ele-mentos mais personalíssimoque uma pessoa possa terpela função de identificá-la,individualizá-la em suas rela-ções sociais e jurídicas. Istopelo menos até que não nosidentifiquem apenas por nú-meros.

Os pais são obrigados aregistrarem seus filhos, logoapós o nascimento, devendoesse registro conter dados re-ais e verdadeiros.

Considerando a importân-cia do nome civil para a iden-tificação na sociedade, e prin-cipalmente para o Estado, onome civil é definitivo.

A regra geral, conformedisposto na Lei de RegistrosPúblicos (Lei 6.015/73) é a daimutabilidade do nome civil,admitindo-se, porém, exce-ções em casos excepcionais.

Essa imutabilidade encon-tra sua justificativa na neces-sária segurança jurídica quedeve nortear a sociedade, evi-tando, assim, possíveis frau-des que objetivem fuga deresponsabilidades civis ou cri-minais.

Com o advento da leinº 9.708/98, a regra daimutabilidade foi flexibilizadaabrindo-se possibilidade dealteração de prenome agre-gando-se a ele os apelidos pú-blicos e notórios. Tal altera-ção, entretanto, só pode seefetivar após sentença judi-cial transitada em julgado eaverbada no assento de nas-cimento.

Outra possibilidade de al-teração do nome é quandoexiste erro gráfico. Pode sefeito por requerimento da par-te ao oficial de registro. O pró-prio serviço de registro civilo autuará, ouvirá o Ministé-rio Público e o encaminharáao juiz competente, e, apóssentença se averbará a pre-tendida retificação.

Ainda, é possível alteraçãoquando o prenome é vexató-rio e expõe o seu portador aoridículo. Aliás, determina a leipertinente, que o oficial de re-gistro civil não registraránome exótico ou ridículo. Po-rém, por tratar-se de uma ava-liação subjetiva, uma vez re-gistrado o nome exótico ou ri-dículo abre-se a possibilidadede alteração com posterioraverbação da sentença tran-sitada em julgado.

Por derradeiro, permite aLei dos Registros Públicosque o menor ao atingir a mai-oridade, durante o período doprimeiro ano de sua maiori-dade, requeira, judiciámente,a alteração do nome, desdeque não prejudique os apeli-dos da família. Igualmente, asentença transitada em julga-do deverá ser devidamenteaverbada.

Existem outras possibili-dades de alteração do nomecivil que não estão previstasna Lei dos Registros Públi-cos.

O Código Civil, em sedede adoção, em seu art. 1627determina que “A decisãoconfere ao adotado o sobre-nome do adotante, podendodeterminar a modificação deseu prenome, se menor, apedido do adotante ou do ado-tado”.

Após o processo de ado-ção, o registro civil será can-celado e o novo registro con-terá o sobrenome dos adotan-tes, pais, bem como o nomedos novos avós maternos epaternos, podendo ser altera-do o prenome do adotado.

O reconhecimento de fi-lho (Lei 8.560/92) através deinvestigação de paternidadeabre, também, a possibilida-de de alteração do nome. Opai que reconhece o filhopode incluir o seu sobrenomeno registro do filho. O filhoreconhecido poderá requerer,em caso de omissão ou ne-gação, que o sobrenome dopai reconhecido conste emsua certidão de nascimento.

O nome também pode seralterado em virtude de casa-mento, separação, divórcio ouunião estável. Com o adven-to do Novo Código Civil,qualquer dos nubentes podeincluir o sobrenome do outroem seu nome por declaraçãopessoal quando da habitaçãono casamento. Geralmente,os separandos ou divorcian-dos acordam o uso do nomeque vigorará após a separa-ção ou divórcio consensuais.

Na separação ou divórciolitigioso, o cônjuge vencedorterá opção para conservar ounão o sobrenome do outro, po-dendo, a qualquer momento,renunciar a tal uso. O cônju-ge inocente na demanda po-derá exigir que o outro cul-pado se abstenha de usar seusobrenome, desde que, nãohaja evidente prejuízo naidentificação; manifesta dis-tinção entre seu nome de fa-mília e o dos filhos havidos daunião dissolvida ou houverdano grave reconhecido nadecisão judicial (Art. 1578,caput do Código Civil).

Haverá, ainda, possibilida-de de alteração de nome vi-sando proteger testemunhas,vítimas e seus familiares quecolaborem nas investigaçõescriminais. (Lei nº 9.807/99)

A lei nº 6.815/80 permiteao estrangeiro que altere oseu nome se estiver com-provadamente errado, se con-tiver sentido pejorativo ou ex-puser o titular ao ridículo ouse for impronunciável e puderser traduzido ou adaptado àlíngua portuguesa. O registrode estrangeiro e todas as alte-rações, se processarão peran-te o Ministério da Justiça.

Finalmente, a alteração donome civil é possível, nos ca-sos de mudança de sexo, des-de que, o titular seja interse-xual. O intersexual é o cha-mado de hermafrodita. Eletraz consigo anatomia femi-nina ou masculina com mis-tura de ambos os sexos. Nes-tes casos, os médicos atribu-em através de cirurgia um ououtro sexo à pessoa, e, veri-ficada tal mudança de sexo,abre-se a possibilidade de al-teração do nome.

Diferente é a situação dotransexual, onde a pessoasente sexo oposto ao seuanatômico. É como se hou-vesse sexo psicológico diver-so do anatômico. Nestes ca-sos, não há possibilidade dealteração de nome, por nãoocorrer, de fato, mudança desexo, como nos casos, do in-tersexual. Porém, a jurispru-dência já tem admitido a mu-dança de sexo em alguns des-ses casos, muitos deles obti-da através de cirurgias, quealguns consideram mutilado-ras. Não há previsão legalpara tanto.

Dada a importância que onome de uma pessoa encer-ra, sempre é bom lembrar orespeito que todos devem tercom o nome das pessoas que,como vimos, é um direito per-sonalíssimo, que a individua ea identifica.

Felicia Ayako HaradaAdvogada em São Paulo

Integrante do Harada Advogados [email protected]

DIREITO

Alteração do nome civilAsituação dos ex-dekas-seguis que perderamos empregos e volta-

ram para o Brasil por conta dacrise econômica que abalou oJapão será um dos temas queserão discutidos no Fórum In-ternacional “Dekassegui dian-te da Crise Mundial”, que serápromovido pelo Centro de In-formação e Apoio do Trabalha-dor no Exterior (Ciate) neste do-mingo (25), no Bunkyo (Socie-dade Brasileira de Cultura Ja-ponesa e de Assistência Soci-al), com abertura no sábado(24). O evento conta com oapoio do Serviço de Apoio àsMicro e Pequenas Empresasde São Paulo (Sebrae), GrupoNikkei, Instituto de Solidarieda-de Educacional e Cultural(ISEC) e Instituto de DireitoComparado BR-JP.

Durante o fórum advoga-dos, educadores, ex-dekasse-guis e autoridades dos gover-nos japonês e brasileiro vãodebater vários objetivos comofornecer informações detalha-das sobre medidas do Ministé-rio do Trabalho e Emprego doBrasil em relação à recoloca-ção no mercado de trabalhopara pessoas que retornaramdo Japão, a situação das crian-ças e escolas brasileiras no Ja-pão, relatos de experiências deex-dekasseguis e outras infor-mações de grande importânciapara a comunidade brasileira enipo-brasileira. As palestras te-rão tradução simultânea.

Organizado em 1992 paraorientar os brasileiros descen-dentes de japoneses interessa-dos em trabalhar no Japão etambém aqueles que retorna-ram ao Brasil, o evento é umainiciativa do Ciate entidade semfins lucrativos.

De acordo com o presiden-te do Ciate, Massato Ninomi-ya um dos temas diferenciaisdas outras edições anterioresque será abordado no fórumdeste ano é a crise no Japão.“Por conta da crise no Japãoestamos trazendo o diretor daDivisão de Política de Recru-tamento de Estrangeiros doMinistério da Saúde, do Tra-balho e Bem-Estar Social doJapão, Masahiko Yamada, parafalar sobre a ajuda em dinhei-ro fornecida pelo governo ja-ponês dentro do tema ‘O Mer-cado de Trabalho no Japãopara os Nikkeis e a Política deEmprego no Governo Japo-nês’”, destaca.

Segundo o dirigente doCiate até o momento “US$ 30

milhões já foram gastos pelogoverno japonês, sete mil che-fes de família e quatro mil de-pendentes foram beneficiadoscom os 300 mil ienes e 200 milienes, respectivamente”, ava-lia. Outros convidados japone-ses como o Secretário de Edu-cação da Prefeitura de Suzuka(Mie), Kenji Mizui, e a profes-sora associada da Universida-de Aichi Shukukoku, YoshimiKojima, vão abordar a educa-ção voltada para os filhos dosdekasseguis no pais.

Importância – Para MasatoNinomiya o fórum servirá paradiscutir e fazer com que os co-laboradores e o público em ge-ral se atualizem com relaçãoàs novidades que acontece-ram no Japão nos últimos tem-pos. Ele garantiu que a impor-tância da realização do fórumé essencial para as pessoasque tem interesse no fenôme-no dekassegui e em trabalhar

no arquipélago. “Convidamoso superintendente do Ministé-rio do Trabalho e Emprego emSão Paulo, José Roberto deMelo, que vai comentar as‘Medidas da SuperintendênciaRegional do Trabalho e Empre-go em Relação à Recolocaçãodas Pessoas Retornadas doJapão’”, adiantou.

O presidente do Ciate res-salta o apoio de entidades noevento o que comprova a im-portância do fórum, como acontribuição do Sebrae quetem um objetivo público e in-teresse no assunto dekassegui,além do ISEC que atua no sen-tido de propiciar desenvolvi-mento através do acesso àeducação e cultura aos filhosdos ex-dekasseguis.

Masato Ninomiya salientaque a crise econômica no Japãorealmente pegou todos de sur-presa, cerca de 70 mil nipo-bra-sileiros já voltaram para o Bra-sil. “Em 20 anos de fenômeno

nunca aconteceu uma coisa des-sas, todos esses cidadãos quevão precisar de apoio aqui noBrasil”, alerta. Os interessadosem participar do fórum abertoao público em geral no dia 25devem fazer suas inscrições oquanto antes uma vez que asvagas são limitadas.

(Afonso Jose de Sousa)

FÓRUM INTERNACIONAL DO CIATE -“DECASSÉGUI DIANTE DACRISE MUNDIAL”QUANDO: ABERTURA NO DIA 24 DE

OUTUBRO (SÁBADO) DAS 18H ÀS 21H30 EFÓRUM NO DIA 25 (DOMINGO)HORÁRIO: DAS 9H30 ÀS 19H

ONDE: PEQUENO AUDITÓRIO DO BUNKYO

- RUA SÃO JOAQUIM, 381 - 3º ANDAR

(PRÉDIO ANEXO) - LIBERDADE - SÃO

PAULO

ENTRADA: GRATUITA

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:(11) 3207-9014PROGRAMAÇÃO: HTTP://WWW.BUNKYO.ORG.BR/CONTENT/VIEW/692/66/LANG,BR/

Segundo o presidente do Ciate, cerca de 70 mil nipo-brasileiros já voltaram para o Brasil

ARQUIVO

Durante o mês de setembroo Presidente do Centro de In-formação e Apoio ao Trabalha-dor no Exterior (Ciate), Masa-to Ninomiya foi convidado paraministrar uma série de palestrasde orientação em várias cida-des do Japão. O objetivo foiorientar dekasseguis que pre-tendem retornar para o Brasile esclarecer dúvidas práticassobre as circunstâncias econô-micas e sociais que cercam oBrasil e o mundo.

Além de aconselhá-los a

PREPARANDO O TERRENO

Presidente do Ciate orienta dekasseguis no Japão“para não passar apuros na volta ao Brasil”

planejarem bem à volta, poisapós vários anos no país seacostumaram com o arquipé-lago, e terão dificuldades deadaptação no Brasil, principal-mente no que diz respeito aemprego e a educação dos fi-lhos. A psicóloga KyokoYanagida Nakagawa tambémparticipou das conferências aofalar sobre o Projeto Kaeru. Aspalestras foram realizadas emprovíncias japonesas comgrande concentração de de-kasseguis como Tóquio, Guma,

Shizuoka, Aichi e Gifu.Masato Ninomiya destaca

que verificou junto a comuni-dade dekassegui que existemuita insegurança dos nipo-brasileiros quanto a volta, poisos nipo-brasileiros no Japãoconhecem muito pouco sobre arealidade que os aguarda noBrasil. A experiência foi muitoútil para o presidente do Ciatetanto que vai aproveitá-la naentidade. “Foi uma oportunida-de impar para conhecer de per-to um grande número de nipo-

brasileiros e japoneses que osapóiam, inclusive órgãos gover-namentais e ONGs”, destaca.

O convite para as palestrasno Japão e a organização, jun-tamente com ONGs e prefei-turas locais foi da Mitsui &Co., que tem auxiliado o Pro-jeto Kaeru. Também constituiua Catedra Mitsui Bussan deEstudos Japoneses na Facul-dade de Direito da Universi-dade de São Paulo.

O presidente do Ciate in-formou que esteve no arquipé-lago mais como um pesquisa-dor e disse que não viu muitosdekasseguis retornando. Se-gundo ele conforme informa-ções do Palácio Itamaraty 400mil nipo-brasileiros já voltarampara o Brasil, sendo que dosseis mil que pediram a ajudade 300 mil ienes e 200 ienespara cada trabalhador e seusdependentes, respectivamente,ao governo japonês, quatro milretornados ao país receberamo auxílio até o início de agosto.

(Afonso José de Sousa)

9h30 - “Questões que Envolvema Organização de EntidadesNikkeis no Japão e a Solidarieda-de Internacional” - MasatoshiOzaki, Professor Titular de DireitoInternacional do Trabalho da Uni-versidade Aomori Chuo Gakuin10h30 - “O Ambiente Educaci-onal em que se encontram as Cri-anças Brasileiras no Japão” - Yo-shimi Kojima, Professora Asso-ciada da Universidade AichiShukukoku11h30 - “O Mercado de Traba-lho no Japão para os Nikkeis e aPolítica de Emprego no GovernoJaponês” - Masahiko Yamada, Di-retor da Divisão de Política de Re-crutamento de Estrangeiros do

Ministério da Saúde, do Trabalhoe Bem-Estar Social do Japão12h30 - Intervalo para almoço13h30 - “Situação Atual da Edu-cação das Crianças Estrangeirasna Cidade de Suzuka” - KenjiMizui, Secretário de Educação daPrefeitura de Suzuka (Mie)14h30 - “Medidas da Superinten-dência Regional do Trabalho eEmprego em Relação à Recoloca-ção das Pessoas Retornadas doJapão” - Dr. José Roberto de Melo,Superintendente do Ministério doTrabalho e Emprego em São Paulo15h30 - “Empregabilidade e Em-preendedorismo” - RenatoBotuem, Presidente da ReduplanAlianças Estratégicas

P R O G R A M A Ç Ã O – D I A 2 5

16h45 - “Dekassegui: a verda-deira escola da vida” - EdwinHasegawa, Coordenador deMarketing e Eventos da Socie-dade Brasileira de Cultura Japo-nesa e de Assistência Social(Bunkyo)17h15 - “As lições de umadecasségui” - Soraya Cazella,estudante de Educação Física daFaculdade São Judas Tadeu17h30 - Palestra especial - “Pla-nejamento Financeiro e Pesso-al” - Tom Coelho, economistaformado pela Universidade deSão Paulo, com especializaçãoem marketing e qualidade de vidano trabalho.19h – Encerramento

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4 JORNAL NIPPAK São Paulo, 23 a 29 de outubro de 2009

Advogado entra com recurso evereadores continuam no cargo

POLÍTICA

MAKIKO MATSUDA

“As matérias do exame daEscola de Treinamento Voca-cional são: língua japonesa,conhecimentos gerais, mate-mática, prova de aptidão e en-trevista. Eu só consegui fazermatemática e enfrentar a en-trevista”. Assim disse Rober-to Nakamura (pseudônimo, 23anos) que, em dezembro doano passado, foi demitido deuma fábrica montadora de pe-ças da cidade de Nagaoka, emNiigata.. A onda da crise caiusem qualquer compaixão sobreele, que trabalhou durante 4anos e não apresentava dificul-dade de comunicação na lín-gua japonesa. Ele prestou umaEscola de Treinamento Voca-cional para aprender compu-tação, mas não foi aprovado.

Eu faço trabalho voluntáriohá 5 anos em uma escola deintercâmbio voltada aos estran-geiros locais chamada “Praçade Nihongo de Nagaoka”.Roberto foi aprender japonêsnaquela escola na mesma épo-ca em que comecei a traba-lhar como voluntária. Os es-trangeiros mais comuns de lásão estagiários chineses, de-kasseguis brasileiros e as cri-anças deles.

Setecentos brasileirosnikkeis moravam na cidade deNagaoka até a ocorrência doterremoto de Niigata Chûetsude 2004. Esse número caiupara 500 depois do terremotoe diminuiu ainda mais para 300depois da crise econômica. Noúltimo ano, eu tive de me des-pedir de muitos brasileiros comquem convivia como se fossemda família. Em grande contras-te com a exuberância que aárvore da amizade nipo-brasi-leira, cultivada com a colabo-ração dos moradores dekasse-guis, apresentou na época dascomemorações do Centenárioda Imigração, ela agora pare-ce estar triste e seca. Para queessa árvore cresça ainda maisforte mesmo neste momentode adversidade, eu gostaria deapresentar minha opinião so-bre os pontos que sinto neces-sidade de mudança para a edu-cação das crianças.

Os brasileiros com quem

mantenho maior contato aolongo de meu trabalho volun-tário são jovens entre 15 a 20anos.

Como eles não possuemalternativas adequadas nasescolas japonesas, vêm estu-dar japonês na nossa escolaenquanto aguardam uma vagade trabalho conveniente, oupara ter contato com outrosbrasileiros da mesma idade.

Até onde eu vi, há muitosdesses jovens brasileiros quesão aficionados por algumacoisa. Quando se trata de vio-lão, futsal e moda, sinto quepossuem maior habilidade eperseverança que os japone-ses. Quando imagino que, nofuturo, poderão acabar viven-do na ociosidade e na base dotrabalho braçal, não consigodeixar de encarar isso comosendo um grande problema.Vale ressaltar que grande nú-mero de jovens que caem nacriminalidade também perten-ce a esta faixa etária.

A maioria dos colégios deEnsino Médio do Japão tendea querer formar “generalistas”(pessoas com conhecimentosabrangentes e não especializa-dos) Isso é verdade, não só oscolégios normais, mas tambémnos colégios técnico e comer-cial (colégio especializado noaprendizado de conhecimentosrelacionados a comércio e ne-gócios) que querem, em 3 anos,ensinar as disciplinas geraismais as específicas (de tecno-logia ou de comércio e negóci-os), portanto quem quiser sematricular precisa ter tempo edinheiro. Claro que tambémexiste a barreira da língua.

*Makiko Matsuda é professora As-

sociada do Departamento de Educa-

ção Geral da Universidade Tecnoló-

gica de Nagaoka (responsável pelos

estudantes estrangeiros) Voluntária da

Praça de Nihongo de Nagaoka. É au-

tora de “O Jeitinho no Japão para Os

Brasileiros (Burajirujin No Tameno

Nippon No Urawaza)”, da Editora

Shumpusha

DEBATES

Obstáculo para os jovensbrasileiros

Oadvogado do vereadorU s h i t a r o K a m i a(DEM), Ricardo Pen-

teado, revelou, em entrevistaao Jornal Nippak, que entra-ria com recurso nesta quinta-feira (22) suspendendo a de-cisão do juiz Aloísio SérgioSilveira, da 1ª Zona Eleitoral,que cassou o mandato de 13vereadores, além de torná-losinelegíveis, por terem recebi-do doação de campanha daAssociação Imobiliária Brasi-leira (AIB). Segundo o pare-cer do juiz, doações de associ-ações e sindicatos são proibi-das por lei.

Dos 13 vereadores, AbouAnni (PV), Adilson Amadeu(PTB), Wadih Mutran (PP) eo suplente Quito Formiga (PR)já haviam impetrado recursona terça-feira (20), um dia de-pois da sentença. Além dos jámencionados, também foramafastados dos cargos os vere-adores Adolfo Quintas Neto(PSDB), Carlos AlbertoApolinário (DEM), Carlos Al-berto Bezerra Júnior (PSDB),Cláudio Roberto Barbosa deSouza (PSDB), Dalton Silvanodo Amaral (PSDB), DomingosOdone Dissei (DEM), GilsonAlmeida Barreto (PSDB),Marta Freire da Costa (DEM)e Ricardo Teixeira (PSDB).

Decisão pessoal – Penteadodisse que representa quatrovereadores do DEM e seis doPSDB, ou seja, todos os queainda não haviam entrado com

Em missão oficial no Japão,o deputado federal WalterIhoshi (DEM/SP) foi um dosdestaques da 50ª ConvençãoInternacional de Nikkeis reali-zada em Tóquio. Seus pronun-ciamentos foram alvos de elo-gios de líderes políticos e co-munitários de diversos países.Ihoshi fez dois discursos no dia15: um ressaltando a importân-cia da comunidade japonesa nomundo globalizado, e outro so-bre o futuro dos dekasseguis ea eminência da assinatura doacordo de cooperação previ-denciário entre Brasil e Japão,no próximo semestre.

Após o evento, Ihoshi foirecebido em audiência pelo ex-primeiro-ministro, YasuhiroNakasone, e visitou o deputa-do Keiro Kitagami, do PartidoDemocrático do Japão (PDJ),com quem tratou a respeito doseguro saúde e renovação devisto dos brasileiros.

Em seguida, o parlamentarse reuniu com o diretor da Câ-mara do Comércio Japão-Bra-sil, Takakazu Ito, da InterAsiaCorporation. Eles conversaramsobre as perspectivas das rela-ções comerciais entre os doispaíses, tendo em vista a Copado Mundo de 2014 e as Olim-píadas de 2016.

Ihoshi também foi recepci-onado pelo ministro de Negó-cios Estrangeiros, KatsuyaOkada. Depois, jantou comempresários brasileiros radica-dos em Tóquio.

Em seu último dia de ativi-dades no Japão, Walter Ihoshiesteve com a secretária daEmbaixada do Brasil, PatríciaCortes, responsável pelos as-suntos da comunidade brasilei-ra naquele país, de quem re-cebeu um breve relatório e opanorama geral da situaçãodos brasileiros no Japão.

“Falamos sobre os dekasse-guis, o acordo bilateral previ-denciário, a visita da delegaçãodo MEC nas próximas sema-nas, as perspectivas com rela-ção às escolas brasileiras noJapão, as exigências do gover-

Walter Ihoshi com membros do Grupo Parlamentar Japão-Brasil

DIVULGAÇÃO!

BRASIL-JAPÃO

Walter Ihoshi fala sobre importância da comunidade japonesano mundo globalizado e destaca acordo previdenciário

o efeito suspensivo. Agora, to-dos os vereadores vão aguar-dar o julgamento da apelaçãopermanecendo no exercício domandato. O prazo para recur-so era até às 18h desta quinta-feira.

Segundo Penteado, a de-cisão do juiz Silveira “é pes-soal e altera o entendimentopois os vereadores tiveramsuas contas aprovadas pelaJustiça”. “Esperamos queesse entendimento seja man-tido”, disse o advogado,acrescentando que “tudo ficacomo antes”.

Em entrevista ao JornalNippak, Ushitaro Kamia dis-se que “quase todos os vere-adores receberam recursos daAIB e não é de hoje que a en-tidade faz esses tipo de doa-ção”. “Inclusive o presidenteLula e o [senador José]Sarney já receberam. Além

disso, todas as minhas contasforam aprovadas, incluindo adoação da AIB. Não entendoo questionamento nesse mo-mento”, justificou Kamia, lem-brando que todas as doaçõessão feitas mediante recibos.

Para Kamia, o episódio dáainda mais motivação paracontinuar trabalhando. “Só otrabalho pode recuperar essetempo perdido”, conta.

Mais 17 – O Jornal Nippakteve acesso à prestação decontas da campanha eleitoraldo então candidato UshitaroKamia às eleições municipaisde 2008. Nela, o juiz eleitoralMarco Antonio Martin Vargasaprova as contas prestadaspor Kamia – registradas sobnº 25.699 – declarando que:“(...) observei que se encon-tram em ordem, verificando-se a consistência dos dados e

dos cálculos apresentados nasdeclarações trazidas a juízo”.

E destaca que: “o candida-to declarou ter recebido R$130 mil da AIB – AssociaçãoImobiliária Brasileira – (fls 17),doação esta que correspondea 49% do total dos recursosarrecadados. (...) Sem ilaçõesdistanciadas do contexto legal,sabe-se que diversas empre-sas desse porte possuem ínti-ma relação negocial com opoder público, mas não estãoincluídas no rol de fontes ve-dadas previsto no art. 24 daLei nº 9504/97”.

O promotor eleitoral Mau-rício Antônio Ribeiro Lopes,que entrou com a representa-ção contra os vereadores, re-afirmou na quarta-feira (21)que aguarda o julgamento deoutros 17 vereadores e setesuplentes.

(Aldo Shiguti)

Ushitaro Kamia entre o narrador Walter Abrahão (esquerda) e o também vereador Marco Aurélio Cunha

DIVULGAÇÃO

do pelo embaixador Figueira,Ihoshi se encontrou com o pre-sidente da entidade, TetsuyoshiKodama, e mais três diretores.Eles conversaram sobre ajudado governo japonês para situa-ções de sobrevivência (seikatsuhogo), bolsa auxílio para estu-do do idioma japonês, entre ou-tros assuntos. Finalizado estecompromisso, Ihoshi voltou aTóquio, encerrando sua missãooficial.

no japonês para a emissão devistos, vistos para yonseis (des-cendentes de quarta geração),avaliação do pacote auxílio dogoverno japonês aos nikkeis eo cronograma da agenda bila-teral”, destacou o deputado.

Grupo Parlamentar – Commembros da Liga ParlamentarJapão-Brasil – dentre eles, osdeputados Osamu Fujimura,Shinji Inoue, Hideo Hiraoka eShingo Nishimura, também in-tegrantes do Ministério deNegócios Estrangeiros – foramdiscutidos apoio do governojaponês para o fortalecimentodos programas de intercâmbio,principalmente, no que diz res-peito aos jovens e ao ensino dalíngua japonesa. Ainda foramabordadas questões como re-forço político, educação paraos filhos dos dekasseguis e in-vestimentos no Brasil.

.Também participaram dareunião o presidente do Bun-kyo (Sociedade Brasileira deCultura Japonesa e de Assis-tência Social), Kihatiro Kita; opresidente Executivo da Asso-ciação para Comemoração doCentenário da Imigração Japo-nesa no Brasil, OsamuMatsuo; o presidente doKenren (Federação dasAsociações de Província doJapão no Brasil), Akeo Yogui;os vices Akinori Sonoda (As-sociação Cultural Kagoshima

do Brasil) e Noritaka Yano(Associação Cultural e Recre-ativa Oita Kenjin do Brasil) eo presidente do Conselho De-liberativo do Bunkyo,Tsuyoshio Ohara.

Outros compromissos –Walter Ihoshi conheceu tam-bém o novo Consulado Brasi-leiro em Shizuoka, na Provín-cia de Hamamatsu, onde foirecebido pelo embaixador LuizSergio Gama Figueira, que re-latou o início dos trabalhos e aestruturação dos serviços con-sulares. “Há alta demanda e acomunidade local está feliz, sesentindo valorizada, ou melhor,prestigiada. Fiquei muito con-tente ao saber disso”, afirmouIhoshi.

Para o deputado Ihoshi oConsulado é uma imensa con-quista, pois é fruto de uma via-gem oficial feita em janeiro de2008. Na ocasião, a comunida-de brasileira salientou a Ihoshia necessidade de um órgão nacidade, devido ao grande núme-ro de dekasseguis residentes naregião. Preocupado com o ce-nário descrito pelos moradores,Ihoshi solicitou a criação doConsulado por meio da indica-ção 1921/08 assim que retor-nou ao Brasil. “Foi uma luta quevaleu a pena”, alegra-se.

O deputado também se reu-niu com a Aliança de Intercâm-bio Brasil-Japão. Acompanha-

BRASIL-CHINA

Comitiva da 5ª Missão Econômica visitaAssociação Comercial e Industrial de Pequim

A comitiva da 5ª MissãoEconômica do Estado do Pa-raná, chefiada pelo deputadoestadual Luiz Nishimori e opresidente da Associação Co-mercial e Industrial de Marin-gá (Acim), Adilson dos Santos,visitou, no último dia 12, NiYuegang, vice chairman da“China Council for thePromotion of InternationalTrade Beijing Sub-Council”.

Segundo a assessoria o de-putado, o principal motivo davisita foi “fortalecer a relaçãocomercial entre os dois países”.“Para isso, é necessário conhe-cer melhor o funcionamento domercado chinês e estreitar cadavez mais o intercâmbio comer-cial e industrial com o nossoEstado”, relatou Nishimori.

Yuegang disse, na ocasião,que o Brasil e a China têmpontos em comum. “Primeiro,ambos despontam no parâme-tro mundial como países emfranco desenvolvimento, sen-do considerados países do fu-turo. E, em segundo lugar, aChina sediou as Olimpíadasem 2008 e o Brasil sediará em2016. Por isso, sentir a aproxi-mação fraternal pelo Brasil ébastante compreensível”.

O presidente da Acim,

Comitiva do Paraná na Associação Comercial e Industrial de Pequim

DIVULGAÇÃO

Adilson dos Santos, entregouum vídeo de Maringá, convi-dando Yuegang para visitar acidade canção. Também esti-veram presentes os prefeitosde diversos municípios do Pa-raná: Moacyr Fadel, prefeitode Castro e presidente daAMP; Antonio Asckar, prefei-to de Pirai do Sul; Fabio D’Alécio, prefeito de Ubiratã;Elias de Lima, prefeito de Fran-cisco Beltrão; e Cylleneo Pes-soa Pereira, prefeito de Man-daguari. O presidente da câ-mara de Ubiratã, Haroldo Fer-nandes; Antonio Rodrigues,coronel chefe da segurançapública de Maringá; além devários empresários do Estadotambém participaram do en-contro.

Futebol – A comitiva parana-

ense também foi recepcionadapela diretora-geral do Departa-mento de Relações Internacio-nais da Asociação Chinesa deFutebol, Becky Wang Bin. Naoportunidade, Nishimori convi-dou a seleção chinesa para fi-car na cidade de Maringá, casoa equipe conquiste uma vagapara Copa de 2014.

A diretora mostrou-se bas-tante satisfeita e contou queMaringá é a primeira cidade avisitar a associação e a primei-ra a oferecer o convite paraser subsede da seleção chine-sa durante a Copa.

O presidente da Acim en-tregou o vídeo da apresenta-ção da cidade de Maringá, di-zendo que era bastante impor-tante a visita dos chineses an-tes de 2014, destacando a se-gurança da cidade.

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São Paulo, 23 a 29 de outubro de 2009 JORNAL NIPPAK 5

CIDADES/SANTOS 1

Emissário submarino recebemonumento da imigração

OParque Municipal Ro-berto Mário Santini, noemissário submarino

(José Menino), foi o local es-colhido para a instalação defi-nitiva do monumento da imi-gração japonesa. Na manhã dedomingo (18), representantesda prefeitura, Associação Ja-ponesa de Santos e da Fede-ração das Províncias do Japãono Brasil (Kenren) participa-ram da cerimônia que oficiali-zou a transferência.

Segundo o presidente daAssociação Japonesa de San-tos, Sergio Doi, a mudança foinecessária para oferecer maiorsegurança e comodidade aosfreqüentadores. “Foi construí-da uma ciclovia a menos de doismetros do monumento e os vi-sitantes, em especial os idosos,não tinham como ter tranqüili-dade. Foi aí que o próprio pre-feito [João Paulo Tavares Papa,do PMDB] sugeriu a mudan-ça”, explicou Doi.

Em entrevista ao JornalNippak, Sergio Doi lembrouque a mudança foi um consen-so “das três partes interessa-das”. “Tomamos a decisão de-pois de consultar o Kenren, adiretoria da própria associaçãoe o comendador Arata Kami,que dedicou 25 dos seus 87 anosà presidência da nossa entida-de”, declarou Doi, admitindoque, inicialmente, o comendadorresistiu à ideia. “Mas depois vi-mos que não havia outra solu-

forma do emissário pelos pro-fissionais do Devip (Departa-mento de Vias Públicas), daSeosp (Secretaria de Obras eServiços Públicos). Agora, estásendo finalizado o paisagismodo entorno.

Inaugurado em 18 de junhode 1998, quando foram celebra-dos 90 anos da imigração, omonumento retrata uma famí-lia japonesa vestindo roupas doinício do século passado e fazparte dos pontos de interesseturístico da cidade. Tem 4,45metros de altura, sendo que aestátua é feita de bronze e pesa9.700 quilos; já a base é de gra-nito e pesa cerca de 14 mil qui-los. Uma rocha tem a inscrição“A esta terra” nos dois idiomas.

Cerejeira – “A comunidadejaponesa do Brasil fará visitasa esse monumento, tão impor-tante que acaba de ganharmais destaque com essa belapaisagem”, ressaltou o presi-dente da Federação das Pro-víncias do Japão no Brasil,Augusto Sakamoto. Duranteos festejos, uma muda de ce-rejeira foi plantada ao lado daestátua de bronze, simbolizan-do a amizade entre o povosantista e a comunidade japo-nesa. Apresentações de gru-po de dança típica da provín-cia de Tottori e outra de taikofinalizaram o evento.(Aldo Shiguti, com Prefei-

tura de Santos)

ção”, afirmou, acrescentandoque “não há lugar mais apro-priado que esse: nobre, seguroe simbólico representando aunião dos santistas com a cul-tura japonesa”. “Além disso, noemissário submarino o monu-mento terá muito mais visibili-dade”, destacou.

O parque já abriga, desde

junho do ano passado, a escul-tura da artista plástica TomieOhtake, entregue dentro dascomemorações do centenárioda imigração japonesa no Bra-sil, em cerimônia que contoucom a presença do príncipeherdeiro do Japão, Naruhito. Omonumento da Imigração Ja-ponesa foi transferido à plata-

Monumento da imigração retrata uma família típica japonesa

DIVULGAÇÃO

CIDADES/SANTOS 2

Escultura de Tomie Ohtakeganha iluminação própria

A escultura da artista plás-tica Tomie Ohtake, inaugura-da em junho do ano passadono Parque Municipal RobertoMário Santini (Emissário Sub-marino), dentro das comemo-rações do Centenário da Imi-gração Japonesa, vai contarcom iluminação específica. Aprefeitura vai instalar no entor-no do monumento 32 refleto-res de 150 watts de potênciacada, totalizando 4.800 watts.A nova iluminação de vapormetálico (branco) e segue opadrão adotado em toda a orla.A iluminação irá permitir umamelhor visualização para quemestá distante da escultura,como na Ponta da Praia.

A escultura, que tem for-ma abstrata e vermelha, foi

instalada na extremidade daplataforma do emissário, con-forme escolha da própria ar-tista. Tomie Ohtake idealizoue doou a obra à prefeitura paraa celebração do centenário daimigração japonesa no Brasil.A inauguração do monumentoocorreu em 21 de junho do anopassado e contou com a pre-sença do príncipe herdeiro doJapão, Naruhito. No total, aescultura tem cerca de 20metros de comprimento, 15 dealtura e dois de largura. Cercade 80 toneladas de aço COSAR COR 500 – mais resisten-te à ação do tempo – foramfabricadas e doadas pelaCosipa/Usiminas. E a confec-ção teve o patrocínio da em-presa Gafisa.

Monumento foi inaugurado com a presença do príncipe herdeiro

DIVULGAÇÃO

Pela primeira vez na histó-ria de Andradina, uma admi-nistração municipal entra nabusca pelos royalties da usinahidrelétrica Três Irmãos, queapesar de estar na divisa terri-torial do município, no rio Tietê,não recebe nenhum repasse.O montante pode gerar a ci-dade cerca de R$ 35 milhõespor ano, que representa 50%do atual orçamento da Prefei-tura, estimado em R$ 70 mi-lhões para 2010.

O prefeito Jamil Ono (PT),acompanhado do vice-prefei-to Pedro Ayres, e da coorde-nadoria jurídica e equipe degoverno, divulgou à imprensa,em entrevista coletiva na salade reuniões do gabinete, no úl-timo dia 16, que oficializou opedido de divisão justa dos im-postos. Além dos royalties, aPrefeitura quer direito tambémao repasse do ICMS e ISSQN(Imposto Sobre Serviços deQualquer Natureza), geradospela usina.

Documentado com plantabaixa, manifestação da Cesp(Companhia Energética deSão Paulo), e com certidão doIGC (Instituto Geográfico eCartográfico), ligado à Secre-taria de Estado de Economiae Planejamento, que compro-vam que mais da metade dasunidades geradoras da usinaTrês Irmãos ficam no territó-rio de Andradina, o prefeitoesteve em São Paulo, na quin-ta-feira, e protocolou o pedi-do de repartição tributária naSecretaria da Fazenda do Es-tado.

Impasse – A planta baixa ofe-recida pela Cesp e assinadapelo IGC e a certidão da Se-cretaria de Economia e Plane-jamento do Estado, consegui-da pelo Governo de Andradi-na, atestam que Andradina temdireito a grande parte dos tri-butos gerados pela usina.

“Considerando o registro dovertedouro e de dez saídas deunidades geradoras na Planta

CIDADES/ANDRADINA

Prefeitura quer royalties da usina Três IrmãosMOISES EUSTÁQUIO/JORNAL IMPACTO

Vista aérea da usina Três Irmãos, repasses podem gerar R$ 35 milhões para Andradina

A Associação dos AntigosEscoteiros e Escotistas Cara-muru realiza neste domingo(dia 25) em sua sede na Acli-mação o seu tradicional Bazar2009. Durante o evento serãosorteados prêmios entre osparticipantes como um GPS,uma jóia produzida peladesigner Rebeca Arakaki e umrelógio de pulso Nike. Na oca-sião a culinária japonesa esta-rá presente para a comerciali-zação de pratos como sushi,yakissoba, yakissakana, haru-maki, churrasco, sonho, doces,bebidas, artesanato, diversões

e bingo. Haverá transporte gra-tuito do Metrô Ana Rosa.

BAZAR DO GRUPOESCOTEIRO CARAMURUQUANDO: DIA 25 DE OUTUBRO

(DOMINGO)HORÁRIO: DAS 10H ÀS 17HONDE: RUA JOSÉ DO PATROCÍNIO, 550- ACLIMAÇÃO – SÃO PAULO

INFORMAÇÕES: 5549-5812.

COMUNIDADE

Grupo Escoteiro Caramururealiza seu bazar anual

Prefeito Jamil Ono na companhia do coordenador jurídico, Cristiano,e do assessor jurídico, João Henrique, assinando protocolo da do-cumentação na Secretaria de Economia e Planejamento do Estado

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA PREFEITURA

menos socioeconomicamentepela construção das três usi-nas hidrelétricas, não receberepasses de nenhuma”, disseo prefeito. “Além do mais IlhaSolteira e Pereira Barreto ain-da são estâncias turísticas quepossibilitam receber repassesdos governos do Estado e Fe-deral que as demais cidades,como a nossa, não tem direito,a divisão dos royalties pelomenos de Três Irmãos estáprovado documentalmente queseria justo com Andradina”,destacou.

Justiça – A administração

Geral da Obra, três saídas e overtedouro pertencem ao Mu-nicípio de Pereira Barreto esete saídas pertencem ao Mu-nicípio de Andradina”, menci-ona a certidão assinada em ju-lho deste ano, pelo diretor téc-nico da Gerência de ApoioTécnico à Divisão Administra-tiva e Territorial, Antônio Jar-dim, e pelo responsável pelaDiretoria do Instituto Geográ-fico e Cartográfico da Coor-denadoria de Planejamento eAvaliação da Secretaria deEconomia e Planejamento,Alexendre Iamamoto Ciuffa.

O prefeito protocolou o do-

cumento na companhia do co-ordenador jurídico do municí-pio, Cristiano de Giovani Ro-drigues, e do assessor jurídico,João Henrique Prado Garcia.

Durante a coletiva, a ad-ministração municipal desta-cou que o pedido dos royaltiesnão tem intenção de gerar ne-nhum impasse com o municí-pio de Pereira Barreto, quehoje fica com a totalidade dosrepasses, e que esperar rece-ber apenas o que é de direito.

“Andradina tem uma eco-nomia diferenciada dos muni-cípios da nossa microrregião,apesar de ser impactada pelo

municipal anunciou que a ex-pectativa é resolver a situa-ção através dessa fase admi-nistrativa para que não hajamaiores prejuízos ao municí-pio de Andradina.

Porém, não descarta a pos-sibilidade de entrar com açãojudicial caso a Secretaria deEconomia e Planejamento doEstado não reconheça queAndradina tenha direito aos

repasses.Com relação aos anos an-

teriores, a coordenadoria ju-rídica do município disse queprefere esperar o posiciona-mento do Estado, porém res-saltou que Andradina teria di-reito de receber os repassesno máximo dos últimos cincoanos, e não desde quando ausina entrou começou a ge-ração de energia, em 1993.

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6 JORNAL NIPPAK São Paulo, 23 a 29 de outubro de 2009

COMUNIDADE 1

Okinawa Santa Maria ganha novoespaço para esporte e lazer

ÁSIA

Um Breve Olhar sobre aRepública da China (Taiwan)

– PARTE VII –

Ciência e Tecnologia – Amoderna Taiwan fez o seu pri-meiro impacto no mundo comoator global no setor de tecno-logia da informação (TI). Oseu impressionante desenvol-vimento de empresas de tec-nologia de ponta deve-se aoapoio encorajador do governono desenvolvimento científicoaplicado.

Com o passar dos anos, ogoverno tem dado generososincentivos de investimento eassistência, incluindo capitalpara a criação de cerca de 100centros de incubadoras de ne-gócios, em sua maior parte di-rigidos por universidades. Como seu apoio, o Instituto de Pes-quisa de Tecnologia Industrial(ITRI), os Laboratórios Naci-onais de Pesquisa Aplicada eo Instituto para Indústria da In-formação desempenharam umpapel importante no início daascensão da nação como casade força tecnológica ao con-duzir pesquisa básica, apoiar acriação de parques de ciênci-as, auxiliar o setor privado comP&D e explorar novas tecno-logias.

O ITRI tem sido fundamen-tal na criação de várias empre-sas que prosseguiram para co-mandar posições de destaqueno mercado global, incluindo aSemiconductor ManufacturingCompany e a United Micro-electronics, as duas maiores fa-bricantes de chips de CI nomundo. Na vanguarda da ino-vação e pesquisa tecnológica,o ITRI ganhou o Prêmio 100de P&D, em 2008, pelas 100melhores inovações do ano con-cedido pela R&D Magazinepela sua tecnologia de ilumina-ção com chip AC LED.

Os parques de ciências deTaiwan são lares para empre-

Av. Nações Unidas, 21.621São Paulo - SP - Tel.: (11) 3585-9393Av. Eng. Luis Carlos Berrini, 1919São Paulo - SP - Tel.: (11) 2112-2555

sas que buscam inovações emcampos como tecnologia da in-formação e comunicações(ICT), biotecnologia, máquinasde precisão e nanotecnologia.O seu excepcional desempe-nho é indicador da proeza depesquisa da nação. Taiwan fi-cou em 5º lugar no mundo em2008 no número de patentesamericanas concedidas aosseus cidadãos – 6.339 paten-tes de utilidades e 1.423 paten-tes de design – depois dos Es-tados Unidos, Alemanha, Japãoe Coréia do Sul.

Espera-se que, nos próximosanos, a indústria de biotecnolo-gia em particular tenha grandesavanços, graças em parte a cri-ação de mais de 12 parques debiotecnologia em torno de Tai-wan. A R&D relacionada temcomo alvo a biotecnologia am-biental, remédios de ervas, pro-dutos farmacêuticos e vacinas,entre outros. No fim de 2007,uma medicação feita de ervaspara tratar feridas em diabéti-cos, desenvolvida por pesquisa-dores de remédios chineses noCentro para o Desenvolvimen-

to da Biotecnologia, tornou-sea primeira droga de ervas de-senvolvida em Taiwan a seraprovada pela U.S. Food andDrug Administration para tes-tes de segundo estágio em hu-manos.

A cooperação indústria-uni-versidade-governo tambémtem desempenhado um papelsignificativo no desenvolvimen-to da nanotecnologia voltadapara promoção de indústrias dealto valor agregado e transfor-mação das indústrias tradicio-nais. Equipes de pesquisa temtrabalhado no desenvolvimen-to de tecnologias de ponta quevão de nanodiamantes fluores-centes para imagens médicasa nanofios de ouro para impul-sionar a eficiência de emissãode luz em LEDs orgânicos.Estes esforços salientam ocompromisso de Taiwan como aprimoramento científicopara o bem-estar social e de-senvolvimento sustentável.

Fonte: Divisão de Informações –Escritório Econômico e Culturalde Taipei

Cooperação tem sido fundamental para o desenvolvimento do país

DIVULGAÇÃO

Pessoas interessadas emaprender a língua japonesapara estudo ou trabalho agoracontam com uma opção a maisde curso de nível elementar eavançado, que está sendo ofe-recido pela Associação Kuma-moto Kenjin-kai, localizada naVila Mariana (Zona Sul da ca-pital paulista). O curso reali-zado pela primeira vez pelaentidade não tem restrições deidade ou de escolaridade e seráministrado às quartas-feiraspor uma professora nikkei, for-mada pela Universidade deSão Paulo (USP) e veteranana área.

De acordo com o presiden-te da entidade, Satio Oyamada,caso a quantidade de alunosaumente novas turmas serão

divididas e formadas. Segun-do ele a diretoria cogitou narealização das aulas há trêsanos com o intuito de dar opor-tunidade para as pessoasaprenderem o japonês. “O as-sunto foi discutido em uma reu-nião da diretoria realizada nodia 26 de setembro e definiu oinício das aulas no dia 10 deoutubro passado”, afirmou.

Sócios da associação de-vem pagar R$ 30,00 por mêse não-sócios R$ 50,00.

CURSO DE JAPONÊSHORÁRIO: QUARTAS-FEIRAS DAS 16H ÀS

18H E DAS 19H ÀS 21H

ONDE: ASSOCIAÇÃO KUMAMOTO KENJIN

DO BRASIL - RUA GUIMARÃES PASSOS,142 - VILA MARIANA - SÃO PAULO

INFORMAÇÕES: (11) 5084-1338

COMUNIDADE 2

Associação Kumamoto Kenjininicia curso de japonês

Um grupo de 30 professo-res japoneses que atuam noEnsino Fundamental daquelepaís, visitaram no último dia 19,as escolas estaduais Professo-ra Júlia Macedo Pantoja e Ale-xandre de Gusmão, localizadasna capital paulista. Promovidopela Agência de CooperaçãoInternacional do Japão (Jica),o intercâmbio tem por objetivooferecer aos docentes japone-ses a oportunidade de conhe-cer a metodologia de escolaspúblicas de ensino fundamen-tal. Os visitantes esperam le-var ao Japão a experiência desucesso na rede estadual pau-lista de ensino para ser aplica-da nas escolas que atendem cri-anças brasileiras e encontramdificuldade no ensino em virtu-de da diferença de costumes.

A Escola Estadual Macedo

Pantoja é uma das unidades darede que atendem filhos de de-kasseguis. Nesta unidade, quefica na Vila Prudente, funcio-na o Projeto Kaeru, criadopela Secretaria da Educaçãoem parceria com o Instituto deSolidariedade Educacional eCultural (Isec), para auxiliar ascrianças japonesas durante asua inclusão nas escolas públi-cas do Estado.

Já a Escola Estadual Ale-xandre Gusmão, no Ipiranga,é uma das 12 unidades de todoo Estado que oferecem o cur-so de japonês no Centro de Es-tudo de Línguas (CEL).

INTERCÂMBIO

Delegação de escola japonesavisita unidades da Capital

As diretorias de Esportee Social da ACEOSM(Associação Cultural e

Esportiva Okinawa Santa Ma-ria) realizaram no último dia 17,um coquetel de reinauguraçãoda nova quadra de esportes,que fica na parte superior dasede social da entidade, na ave-nida João dos Santos Abreu,755, na Vila Espanhola.

O novo espaço daACEOSM conta com umaquadra de esportes e umamerican bar, que ocupa par-tes do fundo e uma lateral daquadra.

“O objetivo é fazer desselocal um ponto de encontro deamigos, incluindo os nossos jo-vens”, conta o diretor Toshi-aki Tamae, o Toshi, um dosprincipais idealizadores e exe-cutores do projeto.

No seu discurso Toshiagradeceu o empenho e o tra-balho do diretor de EsportesYassumori Takushi e de todosos membros do Departamen-to de Esportes, e parceiroscomo o deputado federalWilliam Woo (PPS-SP), quedoou o placar eletrônico.

Além de associados e as-sociadas, a festa contou comparticipação de dirigentes deentidades irmãs como ToyohiroShimura, presidente da UniãoCultural e Esportiva São Pau-lo Norte, Gerson Takayama eNoboru Oguma da Acenbi(Associação Cultural e Espor-tiva Nipo-brasileira do Imirim),Ryusei Kanashiro, da Associ-ação Cultural e Esportiva Cam-po Limpo, Tereza Shiguetomida Acesa (Associação Cultu-ral e Esportiva Santana), JulioItikawa, do Anhanguera NikkeiClube, que formam o grupo de

entidades promotoras do Fes-tival Nikkey Matsuri, tradicio-nal evento cultural que é reali-zado anualmente na segundaquinzena de abril, no ClubeEscola Jardim São Paulo, aolado da estação do Metrô.

Entre as autoridades políti-cas estiveram presentes, Ro-

berto Sekiya, representante dodeputado federal William Woo,Minor Yasuda e Massah Fuji-moto, representantes do depu-tado federal Walter Ihoshi,Paulo Ogata, representante dovereador Ushitaro Kamia eMitsuo Araya, do Instituto Pau-lo Kobayashi.

A Comissão organizadorado 5º Nikkey Matsuri, que épresidida por Toshi Tamae, temse reunido semanalmente, vi-sando os preparativos para ofestival que está marcado paraos dias 24 e 25 de abril de2010. (Veja fotos na pág 2desta edição)

Ala feminina da Associação Cultural e Esportiva Okinawa Santra Maria registrou presença na inauguação

OSMAR MAEDA

COMUNIDADE 3

Piratininga promove “Bailando no Pira”A Associação Cultural e

Esportiva Piratininga realizanesta sexta-feira (23), das 20às 24h, o “Bailando no Pira”.A animação é de Renato Braze sua banda. Trata-se de um

aperitivo para 2010, quando oclube completará 60 anos defundação.

Os ingressos custam R$15,00 (mulheres) e R$ 20,00(homens).

O Piratininga fica na RuaValério de Carvalho, 63, Pi-nheiros (Zona Oeste de SãoPaulo)

Informações pelos telefo-nes: 11/3031-1109 / 3031-1083

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São Paulo, 23 a 29 de outubro de 2009 JORNAL NIPPAK 7

MICROMACROBIÓTICA

“É fácil ter longevidade e umcoração saudável”, diz Kikuchi

Introduzida no Brasil em1950 pelo professor TomioKikuchi, a microbiótica aca-

bou e está sendo substituídagradativamente pela microma-crobiótica. A informação foidivulgada pelo próprio mestre,fundador do Centro Internaci-onal de Auto-Educação Vitalí-cia durante entrevista para areportagem do JornalNippak. A microbiótica é umtipo de alimentação baseadaem cereais integrais, vegetaise legumes considerados essen-ciais tanto para a saúde docorpo quanto do espírito e danatureza. São adeptos dela, porexemplo, artistas, autoridadese personalidades como o can-tor Gilberto Gil, a senadoraMarina Silva, a atriz CássiaKiss, o deputado federal Fer-nando Gabeira (PV), o presi-dente Luiz Inácio Lula da Sil-va e muitas pessoas preocu-padas com uma boa alimenta-ção na busca do equilíbrio damente, corpo e alma.

O mestre japonês inspira otrabalho de inúmeras pessoasdedicadas ao aperfeiçoamentoda personalidade e da solidarie-dade, entre outros aspectos.Com 83 anos e lúcido o profes-sor afirma que a mudança paramicromacrobiótica foi gradativa,evolução essa baseada na teo-ria do cientista britânico CharlesDarwin e esclarece que o Prin-cípio Único é unificador eintegrador. “Agora sou a favorda micromacrobiótica que sus-tenta organismos compostos portrilhões de microorganismos. Sefosse mais difundida no país, amacrobiótica poderia prevenir ecurar várias doenças que afe-tam a população”, garante.

De acordo com TomioKikuchi as pessoas vivem divi-didas, desintegradas, egocentri-camente, e têm é de conviverumas com as outras. O mesmoaconteceu com a macrobiótica,que se tornou macroidiotizada,na qual não se trata apenas deuma dieta alimentar, mas deuma nova atitude para consigomesmo, com os outros, as insti-tuições, a sociedade e todo oplaneta. Sob outra perspectivaela pode mudar a vida da águapara o vinho.

Há pouco mais de quatrodécadas o professor dedica-seexclusivamente à culinária ma-crobiótica, tanto que coordena orestaurante Satori na Liberdade,onde pratos da culinária japone-sa são preparados à base decereais e vegetais. Instalado nasobreloja de um prédio antigo eprivilegiado da Praça CarlosGomes, o restaurante não temuma entrada normal, com facha-da e cardápio ininteligível para amaioria das pessoas. Quem che-ga na entrada do edifício nãoimagina que no andar superiorfunciona um restaurante, na dú-vida não custa perguntar para oporteiro.

No Satori são preparadosde cinco a seis variedades depratos por dia, entre arroz, pão,bolinhos, polenta, e salada. Di-ariamente entre 70 e 80 pes-soas almoçam e jantam de se-gunda a sábado no restauran-te durante o horário comerci-al. A alimentação é preparadapor uma equipe feminina e porestagiários comandados pelaesposa de Tomio, Bernadette

Kikuchi. Ele tem constatadoque a quantidade de pessoasque consomem os alimentos dolocal tem aumentado. Além derestaurante o local funcionatambém como escola de nutri-ção e culinária

Homenagem – Com cardápioalterado diariamente as refeiçõessão servidas em bandejas dis-poníveis em um balcão, o itemprincipal é o arroz integral acom-panhado de tempura de cenou-ra, bardana cozida, nabo ao cre-me de gergelim e broto de fei-jão refogado com cebola; com-pleta a refeição o missoshiro dodia. Os pratos são baseados namedicina tradicional oriental, cujaprática diz que os alimentos são

formados por uma parte yin(energia negativa, fria) e outrayang (positiva, quente), ambasfilosofia japonesa. “Quantidadesindesejáveis de um ou de outrose transformam em toxinas.Elas são as responsáveis pela cri-ação de doença, que, em últimaanálise é uma sinalização do or-ganismo de que as coisas nãoestão funcionando da forma ide-al”, atesta.

No mesmo prédio do res-taurante Satori Tomio Kikuchitambém é responsável por pe-quenas organizações-satélites,como uma comunidade-esco-la; uma editora e até uma aca-demia de aikidô. Por conta dosseus inúmeros trabalhos desen-volvidos o professor foi home-

nageado por uma emenda par-lamentar de autoria do depu-tado estadual Carlos Giannazi(PSOL), na Assembléia Legis-lativa de São Paulo.

Durante a cerimônia, reali-zada no dia 29 de setembro,ele proferiu uma palestra como tema “Chegando o momen-to inevitável, inexorável, infa-lível”. Na solenidade ele faloualgumas frases como ‘Paramim, todo mundo é mestre, to-dos têm algo a ensinar’, e emoutra reflete que ‘o instinto édas coisas mais importantesque temos, pois ele nos previ-ne’, fazendo alusão aos pres-sentimentos e a atenção quedevemos dar a eles.

(Afonso Jose de Sousa)

O deputado Carlos Giannazi e o introdutor da microbiótica, Tomio Kikuchi: “Todos tem algo a ensinar”

DIVULGAÇÃO

Tomio Kikuchi adverte quea prevenção das doenças bemcomo a sua cura devem vis-lumbrar uma dieta saudável.“Hoje, a própria medicina tra-dicional se curva para os be-nefícios da cura alternativa pormeio dos alimentos”, garante.“O que a medicina tradicionalvem fazendo atualmente é li-quidar a doença, tirar órgãos,sem compreender a delicadarelação entre o que comemose o que somos. Assim, pode-mos falar que a medicina tra-dicional é sintomática, não pre-ventiva”, compara.

Segundo Tomio Kikuchiauto-educação vitalícia é a edu-cação durante a vida inteira.Porém hoje em dia, a educa-ção convencional não tem avocação de educar para a vidainteira, mas sim para o “ocasi-onal” e para o “profissional”.Para ele esta é a crise da edu-cação, que é a pior de todo osistema. “A educação conven-cional enfraquece a personali-dade e só fortalece a parte pro-fissional; a educação vitalíciafortalece a vitalidade, a huma-nidade e a personalidade”, ex-plica. “Nossa medicina é a deHipócrates, o pai da medicina.Ele deixou uma mensagemmuito importante: fazei do ali-mento o vosso remédio, por-que toda doença começa naimunidade do organismo”, ar-remata.

O professor comenta quea chave para um coração sau-dável e para a longevidade ésimples. “Basta fazer uma di-eta tradicional, regional e inte-gral”, avalia ele que foi o cria-dor de um programa exausti-vo sobre os benefícios da co-mida simples, divulgado naEuropa, Japão, Estados Uni-dos, Cuba e Israel. Escritorjaponês com maior número deobras escritas no País (são 44livros), cujos temas abordam a

Professor polemiza com a medicina tradicional

alimentação saudável, por issose tornou consultor culinário depersonalidades e políticos.

Tomio Kikuchi asseguraque cuidar do coração é zelarpela potência geral do corpo.“Sem coração forte, que repre-senta coragem e espírito deação, não há ânimo e nem rit-mo humano”, adverte. Paraele, para preservar este órgãoé preciso cuidar do combustí-vel que o bombeia, ou seja, osangue. “Um sangue sujo, comexcesso de gorduras tóxicas,antecipa o ciclo natural do ór-gão, que se autodestrói, tornan-do-se despersonalizado,descaracterizado, e fraco”,ressalta. Ele lembra que é pre-ciso mastigar bem os alimen-tos, pois a salivação produzsucos gástricos que ajudam aeliminar toxidades. Isso criaum sangue mais alcalino, o quefortalece o coração.

Ele lembra que o organis-mo é controlado por sete litrosde sangue por isso a circula-ção é muito importante, e cir-culando 24 horas para renovaras células. “É fundamentalpara controlar a matéria primado sangue, a comida que entrapela boca se transforma emsangue, quem não sabe se con-trolar está perdido, quem não

sabe viver pela boca, vai mor-rer pela boca”, alerta.

Perfil – Tomio Kikuchi nasceuna província de Tochigi Ken(Japão) no dia 12 de fevereirode 1926. Lutou na SegundaGuerra e foi prisioneiro duran-te dois anos num campo deconcentração na China. No fi-nal da guerra foi estudar Di-reito Internacional, Pedagogiae Biologia, em Tóquio, ondeconviveu com médicos e cien-tistas. Entre 1948 e 1953, tra-balhou com George Oshawa,considerado o “criador da ma-crobiótica”, de quem recebeuestímulo para se dedicar à cha-mada medicina “transformal”.Educador, pensador e estrate-gista japonês, naturalizado bra-sileiro em 20 de abril de 1972,ele veio para o Brasil em 1955aos 30 anos para aprofundar osseus conhecimentos sobre auto-realização e transformação so-cial. Kikuchi deu continuidadecoerente às idéias de Oshawa,e assim vem acrescentando co-nhecimentos à doutrina original- prefere chamá-la de “macro-microbiótica”, incluindo a mag-nitude que faltava. É autor de52 livros e tem como discípuloo presidente Lula da Silva, en-tre outros.(AJS)

Kikuchi: “A educação convencional enfraquece a personalidade”

Canto doBacuri

MARI SATAKE

Nam to ka naru. Nam toka naru.

É a ladainha que ele usa-va todas as vezes que se viaem apuros. E eram tantas asvezes.

Ainda criança, veio parao Brasil com os pais. Meninobem nascido, suportar a novavida no país tropical não foinada fácil. No Japão, até osseus oito ou nove anos de ida-de, a vida lhe sorrira. Embo-ra em franca decadência eco-nômica, a casa dos pais ain-da dispunha dos empregadospara lhe atender as vontadesde menino mimado. Suas úni-cas obrigações eram acordarcedo e se preparar para osestudos. Terminadas as liçõesdiárias dispunha de seu tem-po para as brincadeiras coma irmã, primos e primas.

Seus últimos dias no Ja-pão foram marcados por ummisto de temor e expectati-vas risonhas. O pai, eufórico,dizia que os tempos de fartu-ra chegariam novamentepara a família. Em breve iri-am para uma terra onde exis-tia muita abundancia e o solbrilhava todos os dias. Diziaque era a terra da fortuna.

Conforme os dias da par-tida se aproximavam, o me-nino que, de certa forma, nu-tria alguma expectativa feliz,passou a sentir seu coraçãocada vez mais apertado. Seele pudesse, voltaria o tempopara trás e faria com que opai abandonasse aquela lou-ca idéia. Não houve comoimpedir.

Finalmente chegou o diada partida. Embora partissecom a família, no Japão fica-ram as primas e primos, ostios, tias e avós. Embarcarnaquele navio apinhado detanta gente foi um choque.Mas o menino suportou a lon-ga viagem. De mãos dadascom a irmã e com a mãe etendo o pai sempre por perto,enfrentou a longa viagem.

Aqui tudo era muito dife-rente. Homens rudes, falan-do uma língua incompreensí-vel, ruas sujas e barulhentas.O cheiro que sentia no ar erainsuportável. A comida decheiro forte e enjoativo pare-cia estar sempre estragada.Com muita fome e sem ter oarroz branco para comer, co-mia o arroz com feijão. Co-mia e a comida pesava emseu corpo por horas seguidas.Depois de alguns dias, foramencaminhados para o campo.No campo, outro tempo deprivações e enfrentamentos.Tudo lhe era incompreensível.Não conseguia entender por-que precisavam passar poraquilo. Era doloroso ver o paisaindo de casa antes do solse anunciar, sua pele escure-

Nam To Ka Narucendo dia após dia, as mãoscriando calos. E sua mãe,então? Por que não vieram osempregados que antes tudofaziam na casa deles? Aomenos um que tivesse vindojá seria bem melhor para to-dos.

Assim foram os primeirosdias no Brasil.

Com o pai não tentava fa-lar nada. Ele o mandaria secalar. A mãe pedia para te-rem paciência e viverem o diada melhor forma que pudes-sem. Em outros tempos, oque a mãe melhor fazia eraler e exercitar a escrita. Na-queles novos tempos que vi-viam, para aliviar sua tristezae a incompreensão das crian-ças, cantava e contava estó-rias. E enquanto contava suasestórias, cuidava para queseus filhos continuassem oaprendizado da escrita japo-nesa.

Por algum tempo, a famí-lia ficou no campo. Porémsem talento ou vocação paraaquele tipo de ocupação, naprimeira oportunidade que ti-veram se deslocaram para acidade. Na cidade, o anteseufórico pai que sonhava fa-zer fortuna, dela nem pare-cia mais se lembrar. E paragarantir o sustento da famí-lia, passou a fazer pequenosserviços. Pequenos serviçosque acabaram com a antigaeuforia que o movia. Em me-nos de dez anos instalado noBrasil, adoeceu e faleceu.Felizmente, as crianças cres-cem e se desenvolvem. Aaquela altura, quando o paifaleceu, já eram jovens alfa-betizados na língua portugue-sa e com idade suficientepara o trabalho. A irmã, umpouco mais velha, encontroutrabalho como auxiliar de en-fermagem e o menino comoaprendiz de sapateiro. Ganha-vam muito pouco, mas o su-ficiente para amparar a mãee seus sonhos de leitura eescrita.

A mãe viveu ainda pormuitos anos e enquanto teveos filhos por perto semprecuidou para que eles, no seuentender, não se tornassemseres rudes e toscos que sou-bessem atirar para todos oslados, porém incapazes de leros milhares de “kanjis” japo-neses que ela tanto amava.Seus filhos não se tornaramrudes nem toscos.

O menino, já homem fei-to, um pouco a moda dela, eraum ser contemplativo e mes-mo em meio aos grandes ven-davais que a vida prega naspessoas, era capaz de afirmarcalmamente, coisas do gêne-ro: “- ah! As coisas hão dese ajeitar!”

E as coisas sempre seajeitavam.

[email protected]

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8 JORNAL NIPPAK São Paulo, 23 a 29 de outubro de 2009

COMPORTAMENTO

Assinantes e clientes cativos garantem asobrevivência das livrarias nikkeis em São Paulo

Do extenso universo delivrarias existentes eem atividade no Bra-

sil, as poucas livrarias voltadaspara o público nikkei instala-das em São Paulo sobrevivemgraças a seus assinantes e cli-entes cativos mantidos desdea época de seus fundadores.A Livraria Sol S.A. Importa-ção e Exportação Indústria eComércio (fundada em 1949por Yoshiro Fujita), localizadano bairro da Liberdade, regis-tra atualmente uma procuragrande pelas revistas mensaisde moda fashion, por estilistase lojistas; bem como porartesãos das áreas de patworke artesanato em geral.

A Livraria Fonomag, tam-bém no Bairro Oriental, esta-belecida no início dos anos 60pelos avós da esposa do só-cio-proprietário Joji Aso se fir-mou no mercado editorial bra-sileiro a partir de 1979 quan-do começou a se dedicar à li-teratura japonesa. Porém hojeos livros denominados Bunkoe de literatura e romance –carro chefe – fazem o dife-rencial que se tornaram umatendência atual e especialida-de da livraria instalada na Ruada Glória desde 1997. As re-vistas mais procuradas são aBunguei Shunju, publicaçõesmensais japonesa de atualida-des sem fotos e das mais li-das no Japão. Seu preço mé-dio é de R$ 42,00 dependen-do da capa. Os clientes daFonomag são variados, têm osassinantes por lazer e os lei-tores profissionais.

“Os livros sobre arquitetu-ra também tem tido muita pro-cura. O mercado é muito di-nâmico e por um tempo sem-pre muda. Entre os clientesmais conhecidos que freqüen-tam a livraria estão o Rui

De passagem por SãoPaulo Wanda MiekoUrushima de Azevedo, enfer-meira da Secretaria de Saú-de do Rio Grande do Norte(RN), disse que conhece aLivraria Sol desde criançaquando seu pai comprava li-vros de mangá. “Toda vezque venho para São Paulo ese estou na Liberdade eu pas-so aqui para ver livros de ar-tesanato, culinária, de modae do meu interesse”, explica.Para ela ler é importante por-que o conhecimento que seadquire ‘ninguém tira’.“Quanto mais leitura para osmeus filhos aprender, inclusi-ve em japonês ou hiragana, émuito bom, uma coisa que se

leva para sempre, temos denos aperfeiçoar cada vezmais”, afirma.

Wanda Urushima gosta dalivraria por ser especializada,lembra de outras que foramabertas, mas prefere a Solque é mais antiga. Ela diz quetem incentivado os filhos a lerpara manter a cultura, paraisso leva livro de competiçãode quimono para tentar fazerem casa, na parte de culiná-ria ela mexe porque não têmtodos os ingredientes. “Eugosto da parte de artesanatoporque o tipo de material ébem diferente e bonito. Nãoconsigo ler tudo, pelo menosdá para entender e fazer pe-las figuras”, assegura. (AJS)

Clientes e leitores se mantêm cativos

Otaki, Emerson Fittipaldi (quejá faz um tempão que não apa-rece por aqui), Mauricio deSousa, Aldemir Martins”, in-forma a administradora daLivraria Sol, Mitiê Urayama.O livro campeão de vendas emais procurado é o BungueiShunju, adquirido geralmentepor idosos ao preço de R$ 41a R$ 45. Os clientes enco-mendam títulos especiais, paraisso a Livraria Sol têm conta-tos no Japão. “Tem uma em-presa no arquipélago que ano-ta os nossos pedidos, vai atrásdos livros em cada editora,reúne todos, coloca numcontêiner e envia uma vez pormês para nós”, revela MitiêUrayama ao avisar que ospreços dos livros variam mui-to.

“Livros técnicos são osmais caros como o de tatua-gem, por exemplo, que todotatuador profissional númeroum sonha, são os mais conhe-

cidos no mundo e no Japão,custam R$ 1,3 mil. Se eu qui-ser trazer um livro no valor deR$ 2 ou R$ 3 mil, tambémposso, vou trazendo de acor-do com a procura do público”,completa.

Compra em dólar – Depen-dendo do custo do livro o va-lor é dividido em até três ve-zes. Como a livraria trabalhacom importação em dólar, doJapão (não consignado), o li-vro está pago e fica difícil umcliente querer pagar em setevezes. De acordo com MitiêUrayama a única coisa que osclientes não entendem é quan-do o dólar cai e muitos per-guntam: porque o dólar abai-xou e o preço não diminuiu nalivraria? “Eles esquecem queos nossos serviços são base-ados em importação; tem fre-te marítimo com seguro caro,contêiner e taxa alfandegá-ria”, atesta ela.

Atualmente a livraria Solpassa por um processo detransformação para manter atradição, ou seja, modernizouas áreas consideradas ultra-passadas. “Vamos melhorarcada vez mais com essa for-ça nova que está entrando. Alivraria não vai parar aqui, pelocontrário, vamos crescer bas-tante”, garante MitiêUrayama.

Na Livraria Sol MitiêUrayama conta com a ajudada enteada Tatiana Fujita, quecuida da área de marketingcom o intuito de melhorar osprocessos internos da empre-sa e também do sobrinho eestudante de economia,Marcel Fujita. Para TatianaFujita, Yoshiro Fujita foi umempreendedor, no começo tevedificuldades, trabalhou numaimportadora, entre outras áre-as. Ao notar o nicho da neces-sidade dos imigrantes que che-gavam ao Brasil e não tinhamo que ler por não falarem por-tuguês, ele decidiu abrir o pró-prio negócio com outros fun-dadores. “Para os japonesesque estavam no Brasil semsaber português, os livros eramuma saída para chegar um pou-co mais perto do Japão”, as-segura a administradora.

(Afonso José de Sousa)

JORNAL NIPPAK

Livraria Sol, no bairro da Liberdade, registra uma procura grande pelas revistas moda fashion

Na Fonomag, também na Liberdade, obras de literatura e romance fazem a diferença

Livrarias não foram afetadas pelas crises econômicas e InternetDe acordo com Mitiê

Urayama fatores como criseseconômicas e o surgimento daInternet nunca chegaram aassustá-la ou a pensar em fe-char as portas, mas quando acrise de 2008 chegou, ficoupreocupada porque achavaque muitos assinantes cance-lariam suas assinaturas. “Euesperava muito mais, graças aDeus isso não aconteceu, al-guns cancelaram, perdemoscom isso, mas não chegou aafetar a nossa atividade. Se ti-vesse crescendo poderia terpotencializado e crescido mais,mas com a crise ficou estag-nado”, destaca. Joji Aso con-fessa que sempre tem receiodas crises e da internet, paraele livro é pesado e o freteaéreo não dá lucro e sim pre-juízo. “Livro você também temque tocar, olhar e visualizá-lo”,completa.

No Brasil e na Europa osclientes não trocaram os livrospela Internet, porém TatianaFujita acredita que isso acon-teceu nos Estados Unidos.“Estamos reforçando e utilizan-do a Internet para divulgar osnossos produtos, não venda on-line. Percebi bastante procu-ra, consultas e vendendo mui-to através do site. Todo mun-do prefere papel, por mais quelemos e imprimimos, os livrostêm muita vida pela frente”,ressalta.

Joji Aso da Fonomag ava-liou que nas crises as pessoasse afastam, mas acabam vol-tando na medida em que a si-tuação melhora. “Eu acreditoque se perdeu clientes foi muitopouco, talvez novos clientescompense as perdas”, aposta.

Mitiê Urayama informa queoferece um bom atendimentopara cada cliente, deixá-lo avontade na livraria para esco-lher e fazer perguntas. A livra-ria existe a quase 60 anos, egeralmente realiza promoçõespara quem compra acima deum valor, presenteia os clien-tes com brindes e negocia aspechinchas dos clientes.

Para conquistar novos cli-entes e chamar a atenção àmanter o hábito da compra delivros e da leitura, a Fonomagmantém um boletim mensaldistribuído para cerca de 400assinantes de revistas em todoo Brasil, boa parte de São Pau-lo e Paraná, além do Acre, RioGrande do Sul e Rio Grandedo Norte. Também fornecedescontos para assinantes derevistas e custo zero na entre-ga dos pedidos.

Boletim e site – Joji Aso re-lata que muitas vezes os clien-tes compram através do bole-

tim ou através de anúnciospublicados em jornais, parasaber o que estão comprandojá que não tem a facilidade devir à capital. “O retorno dasdivulgações eu acredito quesão boas, mas é difícil saberpor que os clientes da capitalrecebem o boletim e vão até alivraria”, avalia.

A compra de livros pelosclientes é dividida de acordocom Mitiê Urayama. Paraaqueles que moram longe naregião Sul, Brasília, Manaus eaté no exterior, ela procura di-vulgar livros novos e lançamen-tos, o máximo possível no site.“Na época de férias tem mui-ta gente de fora que fica so-nhando em conhecer a nossaloja, como por exemplo, quemgosta de mangá. Recebo e-mails de pessoas dizendo queestá anciosa em conhecer aloja, isso é muito gostoso”, afir-ma ela ao informar que des-pacha livros para todo o terri-tório brasileiro, mas não envia

para o exterior.Tatiana Fujita por sua vez

diz que durante a feira da Li-berdade nos domingos algu-mas pessoas fazem um tour napraça e aproveitam para pas-sar na livraria. A época dasférias é a que tem mais movi-mento, muitos jovens vão atrásde revistas de mangá. “Quan-do têm feriados prolongadosque emendam com o fim desemana muita gente vem defora. A Liberdade já virou umponto turístico, até parece pas-sagem obrigatória, todos ficammaravilhados quando entramna loja, elogiam e dizem que oatendimento é bom, isso é muitogratificante”, afirma.

A livraria Sol comercializalivros de todas as áreas, procu-rando disponibilizar publicaçõestécnicas para as pessoas. “Nãotem como contar o acervo, cadalivro novo que é lançado temque estar antenado, semprepesquisando. Recebo tambéminformações de livros que se-

rão editados no mês seguinte,assim fico sabendo antes, re-servo o pedido e às vezes acer-to por intuição”, avalia MitiêUrayama. A Livraria Sol fazparte de um grupo da famíliaFujita também composto pelaindústria de confecção de luvasindustriais EPI no bairro do Gli-cério (centro de São Paulo), quecomercializa luvas para o va-rejo. Indústria essa que possuium faturamento superior do dalivraria. (AJS)

Mitiê Urayama: crise chegou a preocupar, mas não afetou atividade Joji Aso, da Fonomag: “Os livros ainda tem muita vida pela frente”

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São Paulo, 23 a 29 de outubro de 2009 JORNAL NIPPAK 9

ARTES PLÁSTICAS

“Memória Suspensa” reúne 28 trabalhosde Ayao Okamoto na Caixa Cultural Brasília

ACaixa Cultural Brasíliarecebe Ayao Okamo-to, um dos maiores re-

presentantes da nova pinturanipo-brasileira. O artista apre-senta a exposição “MemóriaSuspensa” de 28 de outubro a29 de novembro, na GaleriaPiccola II. Com curadoria deLuiz Carlos Caribe, a mostra,que é patrocinada pela CaixaEconômica Federal, objetivadivulgar as obras de Okamotojunto ao grande público nas ca-pitais brasileiras. A ideia é le-var a exposição para Salvador,Rio de Janeiro e São Paulo.

Segundo Ayao, a mostra re-úne 28 quadros medindo entre60 x 80cm e 50 x 60 cm, deuma série específica sobresuas experiências com o meioambiente. De acordo com oartista, nada de radicalismos.“São coisas da memória, dosúltimos três anos”, explicouAyao ao Jornal Nippak,acrescentando que utilizou par-te dos trabalhos para sua tesede doutorado, inspirada emvários registros da memória.

Ocultamento – Uma pintura,conforme o texto de apresen-tação, marcada por“ocultamentos, transparências esobreposições”. “Ayao Oka-moto cola em suas telas váriascamadas de papel previamen-te desenhadas até que se trans-formem no próprio elemento.Suas obras são um resgate docaráter eminentemente gráficoe bidimensional predominantena arte japonesa de meados doséculo XIX. A ação do papelem seus trabalhos é mais umaforma de pintar, compõe e é

composto, assim como numasinfonia de graves e agudos”,destaca o curador para quem a“exposição apresenta trabalhosque à primeira vista podem pa-recer estranhos ao percurso doartista, que há décadas faz dapintura o meio privilegiado paraa sua criação”.

“Nas séries de “MemóriaSuspensa”, Ayao Okamoto pre-tere telas de grandes dimen-sões, trinchas, tintas e gestoslargos. A cozinha da pintura dálugar a composições maisintimistas e reflexivas. Mas nãose trata de uma temática úni-ca. As estampas, desenhos,anotações, carimbos, signos etextos em tupi fazem parte de

uma extensa pesquisa visual-gráfica. Condensam, ao mes-mo tempo, técnicas, estudos,impressões pessoais e desejos.Os peixes entintados, os nomesde rios e as frutas geometriza-das se mostram como registrosde uma memória que emergeno intervalo da experiência in-dividual e coletiva. Paradoxal-mente as composições do ar-tista convidam e visitam os es-pectadores, reclamam a aten-ção e a crítica, convocando-osa compartilhar um certo univer-so da razão. Mas como poesiaque são, oferecem possibilida-des de sentidos a partir damaterialidade da natureza im-pressa no papel e da naturali-

dade do material”, assina-la.Carreira – Ayao Oka-moto nasceu em Assai/PR, em 1953, filho de imi-grantes japoneses. Radi-cado em São Paulo, co-meçou a desenhar aindacriança. Por volta dos 10anos de idade ganhou prê-mio num concurso de de-senho na biblioteca muni-cipal Mário de Andrade.

Durante sua adoles-cência, trabalhou na pro-dução do primeiro longa-metragem colorido de ani-mação feito no Brasil,“Piconzé”, de 1968, do di-retor Ypê Nakashima. Em

Exposição reúne 28 trabalhos inspirados nas experiência do artista com o meio ambiente

DIVULGAÇÃO

1976 iniciou a graduação emartes, na Fundação Armando Ál-vares Penteado. Lá teve conta-to com os professores artistas:Nelson Lerner, Regina Silveira,Evandro Carlos Jardim, JulioPlaza, Tomoshige Kusuno, Ma-rio Ishikawa, Antonio Carelli,Donato Ferrari, Walter Zanini,Ubirajara Ribeiro, entre outros.Começou a participar ativamen-te dos principais salões de artebrasileiros ainda estudante daFAAP, no final dos anos 70.Ganhou vários prêmios, entreeles de viagem a Paris e Tóquio.Tem obras nos principais acer-vos públicos, Metrô, Museu deArte Contemporânea da Usp,Pinacoteca do Estado de SãoPaulo, Masp, Banespa, MuseuSalvador Allende, Museu deArte Contemporânea de Ribei-rão Preto, Embaixada do Bra-sil-Paris, Museu Kawasaki-Ja-pão, Museu da Cidade de Kobe-Japão entre outros.

Graduou-se em artes em1980. Recém-formado, minis-trou cursos livres de pintura naFAAP. Paralelamente, nos anos80, trabalhou num escritório dearquitetura. E, ainda nos anos 80e 90, participou de diversas ex-posições coletivas e individuaisno Brasil e no exterior, expres-sando-se em diferentes lingua-gens. Fez trabalhos de ilustra-ção de livros e capas para aEditora Estação Liberdade, en-tre os quais a edição brasileirade “Musashi”, de EijiYoshikawa.

Em 2003 concluiu o mestra-do em artes pela Escola de Co-municações e Artes da Univer-sidade de São Paulo. E em 2009doutorou-se em Poéticas Visu-ais também pela ECA-USP soborientação de Evandro CarlosPoyares Jardim. É professoruniversitário, lecionou na FAAP,FITO e PUC-SP. Atualmenteé professor e pesquisador emDesign de Mídia Digital na Fa-culdade Impacta de Tecnologia.

(Aldo Shiguti, comassessoria)

EXPOSIÇÃO “MEMÓRIASUSPENSA”, DE AYAO OKAMOTO

CURADORIA: LUIZ CARLOS CARIBÉ

ONDE: CAIXA CULTURAL BRASÍLIA –GALERIA PICCOLA II (SBS QD 4 LOTE 3/4, ANEXO DO EDIFÍCIO MATRIZ DA CAIXA)QUANDO: DE 28 DE OUTUBRO A 29 DE

NOVEMBRO. DE TR A A DOMINGO, DAS 9ÀS 21H. ABERTURA (PARA CONVIDADOS

E IMPRENSA): DIA 27, DAS 19 ÀS 22H

INFORMAÇÕES PELO TEL.: 61/3206-9448AGENDAMENTO DE VISITAS MONITORADAS:(61) 3206-9450 (DE SEGUNDA-FEIRA A

SEXTA-FEIRA, DE 08H ÀS 12H E DE 13H ÀS

18H)CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: LIVRE

ENTRADA FRANCAO artista plástico Ayao Okamoto

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10 JORNAL NIPPAK São Paulo, 23 a 29 de outubro de 2009

VEÍCULOS 1

FCX Clarity, da Honda, é premiadocom a “Grove Medal 2009”

A Sony traz ao Brasil a evo-lução dos aparelhos de video-conferência. Trata-se da solu-ção em Telepresença, que estáem exposição na Futurecomdeste ano no estande da SealTelecom e já está à disposiçãode usuários que queiram adqui-rir. O grande diferencial doproduto está no preço, cercade 60% abaixo dos praticadospor outras fabricantes.

A solução produz imagensem Full HD e em tamanhoreal. Cada pessoa é projeta-da em telas em frente aosparticipantes, de forma comose estivessem realmente sen-tadas à sua frente. “Nossointuito é passar a sensaçãode que aquelas pessoas es-tão participando da reunião

TELEPRESENÇA

Sony apresenta aparelho quecria sala em tamanho real

de forma presencial, tornan-do a situação menos virtual.Além disso, se alguém pre-cisar mostrar um materialimpresso, pode fazer com acerteza de que as pessoas dooutro lado da tela estãovisualizando com perfeição”,afirma Carlos Nonatto, ge-rente de produto da linhaIPELA da Sony Brasil.

Esta solução de Telepre-sença está baseada nos pro-dutos de videoconferência quea Sony vem desenvolvendo hámais de 10 anos, trazendo todoknow-how de captação de ima-gens em alta definição (HD) etratamento junto com o áudio,de forma única e eficiente,para garantir a real sensaçãode uma reunião presencial.

VEÍCULOS 2

Nissan do Brasil anuncia recallde 830 unidades do X-Trail

A Nissan do Brasil Auto-móveis convoca os proprietá-rios de 830 unidades do X-Trail, fabricadas entre novem-bro de 2007 e setembro de2009 para a inspeção do siste-ma de direção. Os carros en-volvidos na convocação têmnumeração do chassi deJN1TBNT319W000001 aJN1TBNT319W000922.

O objetivo é verificar otorque da porca de ajuste defolga da caixa de direção quepode se soltar e causar a per-da do controle do veículo eeventual acidente. Além disso,será preventivamente instala-

da uma trava no local paraevitar a soltura da peça. A ins-peção e o reparo levam atéuma hora, sem qualquer custoao cliente, que deverá agendaros serviços em uma concessi-onária Nissan.

Além da campanha nosprincipais meios de comunica-ção como TV, rádio e jornaisdo país, todos os proprietáriosenvolvidos neste recall serãocontatados pela empresa pormeio de carta. Os clientes po-derão obter mais informaçõespor meio do Serviço de Aten-dimento ao Cliente, pelo tele-fone 0800 0111090 ou pelo site

Convocação vale para unidades fabricadas em entre 2007 e 2009

DIVULGAÇÃO

A Astellas, segunda maiorfarmacêutica do Japão e umadas 25 maiores corporaçõesdesse setor no mundo, iniciasuas atividades na AméricaLatina por meio de uma subsi-diária no Brasil. Baseada emTóquio, no Japão, e com ven-das anuais próximas aos US$10 bilhões, a Astellas é umaempresa global, com mais de14 mil funcionários. Somenteem pesquisa e desenvolvimen-to é investido, anualmente,US$ 1,6 bilhão, o que repre-senta mais de 16 % do fatura-mento total da empresa.

De acordo com MasafumiNogimori, CEO da AstellasPharma, que esteve no Brasilespecialmente para o lança-mento da empresa, “a expan-são para o Brasil significa umaexcelente oportunidade decrescimento, já que o país temvisto sua economia com indi-cadores macroeconômicos só-

lidos e com excelentes pers-pectivas de crescimento amédio e longo prazos”. Taxasde crescimento de dois dígitose vendas totais superiores aUS$ 19 bilhões, excluindo aárea hospitalar e vendas go-vernamentais, fazem do mer-cado farmacêutico brasileiro onono maior do mundo.

O foco da Astellas FarmaBrasil (AFB) é importar e dis-tribuir produtos farmacêuticos.Os primeiros medicamentoscomercializados serão oOmnic, atualmente distribuídopela Eurofarma, e o OmnicOCAS, versão ainda não dis-ponível no país. Ambos são in-dicados para tratamento dedoenças urológicas, especifi-camente para hiperplasia be-nigna (aumento do volume) dapróstata. Essas drogas têmcomo princípio ativo atamsulosina e diferem na suaforma de liberação na corren-

EMPRESAS

Farmacêutica japonesa chega à América Latinate sanguínea. A AFB esperalançá-los até o final de 2009 einício de 2010, após obter apro-vação regulamentar. Somen-te o Omnic gera vendas anu-ais superiores a R$ 17 milhões.

Segundo Devaney Bacca-rin, presidente da unidade bra-sileira e vice-presidente do gru-po, que deverá contratar umaequipe de 60 pessoas, “os re-sultados conseguidos pelaAstellas Pharma em todos ospaíses onde se instalou nospermitem acreditar que, aqui noBrasil, não será diferente e

grandes conquistas acontece-rão já no início de nossas ope-rações”. Com quase 32 anosde experiência no setor, recen-temente, o executivo ocupou apresidência da Genzyme doBrasil e também a vice-presi-dência da corporação. Antes,trabalhou em várias empresasfarmacêuticas internacionais,incluindo a Eli Lilly, Roche,Schering AG e Wyeth.

OFCX Clarity, veículomovido por célula decombustível (hidrogê-

nio), desenvolvido pela Hondaconquistou recentemente a“Grove Medal 2009”, em re-conhecimento à sua tecnolo-gia. A premiação ocorreu du-rante o Simpósio Grove deCélulas de Combustível.

O primeiro simpósio ocor-reu em 1989 e comemorava o150º aniversário da invençãoda célula de combustível porSir William Grove. Desde en-tão, profissionais e empresasengajadas em desenvolver eem promover esse tipo de tec-nologia são homenageadascom o prêmio.

Neste ano, o FCX Clarityjá havia superado outros 21concorrentes ao ser conside-rado o “The World Green Car”(Carro Verde Mundial) 2009durante o Salão do Automóvelde Nova York, nos EstadosUnidos. Tudo isso retrata oempenho da Honda no desen-volvimento de tecnologias paraa produção de veículos movi-dos a combustíveis alternativosque possam reduzir a emissãode gases poluentes e servircomo fontes de energia sus-tentável.

O FCX Clarity possui a mo-derna e exclusiva bateria VFlow, uma evolução da avan-çada tecnologia da bateriaHonda FC Stack. O equipa-mento está alojado em um er-gonômico túnel central e é65% menor do que a versãoanterior. Com isso, o modelose tornou de duas a três vezesmais econômico que veículos

movidos a gasolina, e uma veze meia a mais que os carroshíbridos.

O automóvel movido a hi-drogênio foi o primeiro no mun-do certificado pelos principaisórgãos de proteção ambientaldos Estados Unidos (EPA -Environmental ProtectionAgency; e CARB - CaliforniaAir Resources Board) a ser

fabricado e comercializado emlarga escala. Sua produçãoteve início em meados do anopassado e já abastece os mer-cados norte-americano, euro-peu e japonês.

Hoje, o FCX Clarity ofere-ce 127 cv de potência, atinge435 quilômetros de autonomiae 160 km/h de velocidade má-xima.

O FCX Clarity já havia superado outros 21 concorrentes ao ser considerado o “Carro Verde Mundial”

DIVULGAÇÃO

Menos de dois meses apóso lançamento em Berlim, aSony traz ao Brasil as câmerasdigitais Cyber-shot DSC-TX1,em pink e prata, a DSC-WX1,em prata, além do modernoacessório Party-shot. As novasCyber-shot, com 10.2 megapi-xels e memória interna de11MB, são indicadas para cap-turar imagens com pouca luze possuem o dobro da sensibi-lidade dos produtos comsensores de imagem tradicio-nais. Já o inusitado acessórioParty-shot opera sozinho ecapta as imagens logo queidentifica um rosto ou um sor-riso.

As Cyber-shot DSC-TX1 eDSC-WX1 são as primeirascâmeras digitais a empregar anova tecnologia do sensor SonyExmor R CMOSretroiluminado, que melhora aqualidade das imagens emambientes com pouca luz,acentua a nitidez das fotos ereduz drasticamente o efeitogranulado.

“Com estes novos modelosequipados com sensor ExmorR CMOS, a Sony ressaltou in-

Durante o ano alunos daEscola Shiinomi Gakuen naVila Gumercindo, zona Sul deSão Paulo, treinam arduamentenas aulas de música ministra-das naquela instituição de en-sino. Com o intuito de mostrara harmonia, a conjunção doesforço do dia-a-dia, e o resul-tado do progresso conquista-do, 20 estudantes vão realizara 43ª Apresentação MusicalShiinomi Gakuen neste domin-go (dia 25) na Associação Cul-tural Tottori Kenjin do Brasil.

Os alunos vão se apresen-tar individualmente, em grupo,e em “bandinhas”; tambémhaverá a apresentação de co-rais que serão divididos nasclasses mirim, juvenil, femini-no e ex-alunos. Serão tocadostrês ritmos musicais: infantil,popular e clássico, com a exe-cução de composições de gru-

pos japoneses como GakenoUeno Ponyo, Konayuki eKimiwonosete.

Para animar ainda mais asapresentações os estudantesvão utilizar instrumentos mu-sicais como bateria, piano, san-fona e teclado. Coordenadopela professora Yuko Koyamae pelo professor ShichiroOnodera, o evento musical éprestigiado pelos pais e famili-ares dos alunos. A estudanteMayumi Kuwana prevê a par-ticipação de 100 pessoas.

43ª APRESENTAÇÃO MUSICALSHIINOMI GAKUENQUANDO: DIA 25 DE OUTUBRO

HORÁRIO: DAS 14H ÀS 18H

ONDE: ASSOCIAÇÃO CULTURAL TOTTORI

KENJIN DO BRASIL - RUA DONA CESÁRIA

FAGUNDES, 323 – SAÚDE – SÃO PAULO

(PRÓXIMO DO METRÔ SAÚDE)INFORMAÇÕES: 5061-3575

DSC-WX1 podem tirar fotosde 185 e 256 graus, respecti-vamente, com um tamanho deimagem de 7152 x 1080 (hori-zontal ultra amplo). “O usuá-rio pressiona o botão uma veze arrasta no sentido seleciona-do, que pode ser horizontal ouvertical. Ao utilizar o proces-sador de imagem BIONZ, es-tas imagens se unem automa-ticamente e é formada umafoto panorâmica”, finaliza Fur-tado.

Preços – A DSC-WX1 tempreço sugerido de R$ 2.199,00e o Party-shot de R$ 699,00.Ambos podem ser adquiridosno site www.sonystyle.com.br,nas SonyStyle Store do Shop-ping Cidade Jardim e BourbonShopping Pompéia (São Pau-lo), Park Shopping (Brasília),no BarraShopping (Rio de Ja-neiro) e no Salvador Shopping(Salvador). Já a DSC-TX1chega ao mercado por R$2.499,00 e será vendida tam-bém nas revendas autorizadasSony. Todos os produtos che-garão ao mercado em meadosde novembro.

FOTOGRAFIA

Lançada há menos de dois meses em Berlim, Sony traz aoBrasil câmera digital panorâmica com sensor Exmor R

COMUNIDADE

Alunos da Shiinomi Gakuenmostram trabalhos no domingo

crivelmente a experiência detirar fotos com câmeras digi-tais em ambientes de poucaluz, oferecendo fotos claras evibrantes”, afirma AlexandreFurtado, gerente da linhaCyber-shot da Sony Brasil.

“Nosso objetivo é manter aliderança isolada no segmentoHigh End do mercado decâmeras digitais com esseslançamentos. O sucesso nolançamento da DSC-HX1, nos-sa primeira câmera fotográfi-ca digital com a função fotopanorâmica por varredura, nosimpulsionou a estender a tec-nologia para mais duas séries:

a W, a mais vendida da Sony,e a T, com design mais fino esofisticado da Cyber-shot”,revela Carlos Paschoal, geren-te geral de Digital Image daSony Brasil.

Além do avançado rendi-mento em condições de poucaluz, estas novas câmeras tam-bém contam com as funçõesfoto panorâmica e modorajado de até 10 fotos por se-gundo (Burst). A DSC-TX1 eDSC-WX1 oferecem estasfunções em corpos menores ecompactos, que aliam tecnolo-gia e design moderno.

As Cyber-shot DSC-TX1 e

Modelos são os primeiros a empregar a nova tecnologia

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São Paulo, 23 a 29 de outubro de 2009 JORNAL NIPPAK 11

GOLFE

Campeonato Nikkey deve reunircerca de 240 jogadores no PL

TÊNIS DE MESA/OPINIÃO

Porque o Japão voltou a sertop no cenário mundial

O domínio japonês no tênisde mesa começou em 1952,em sua primeira participaçãono Campeonato Mundial Adul-to, já que desde 1926 somentepaíses europeus participavam.

Das 7 medalhas de ouro emdisputa – equipes masculina efeminina, individual masculinoe feminino, duplas mista, femi-nina e masculina – , o Japãoganhou 4 (individual masculi-no, equipe feminino, duplasmasculina e duplas feminina),ou seja, o Japão já era muitoforte, mas ainda não participa-va dos Mundiais.

A última medalha de ourofoi em 1979, com Seiji Onovencendo o individual mascu-lino, das 46 conquistadas emtoda a história.

Após 30 anos, o Japão vol-ta a sonhar com medalhas nomundial adulto, com esta novageração que muito promete, jáque tem vários títulos conquis-tados nas categorias menorese com nomes consagrados nascategorias menores como:Koki Niwa, Jun Mizutani,Kenta Matsudaira, SeiyaKishikawa, Misaki Morisono,Yuka Ishigaki, Kazumi Ishika-wa, Ai Fukuhara.

Um dos motivos citadospelo Coordenador Técnico doJapão, Maehara foi o apoio daFederação Internacional ITTF,iniciando o programa dos jo-vens em 2002:

1) Criaram o Desafio Mun-dial Infantil (até 15 anos), de-pois o Circuito Mundial Juve-nil (até 18 anos), onde os 12melhores das várias etapasrealizadas no mundo, partici-pam da Grande Final. Os bra-sileiros Gustavo Tsuboi, CazuoMatsumoto, Mariany Nonakae Jéssica Yamada, participa-ram na Grande Final, com des-taque para um 3º lugar deTsuboi e Cazuo.

2) Em 2003 realizaram oprimeiro Campeonato Mundi-al Juvenil em Santiago (Chile).

Veja na galeria de campe-ões infantis e juvenis, quantosjaponeses já conquistaram otítulo mundial:

MUNDIAL INFANTILMasculino: 2002 – Zhang Jike(CHN); 2003 – Ma Long(CHN); 2004 – Xu Xin

(CHN); 2005 – MatsudairaKenta (JPN); 2006 – SongShichao (CHN); 2007 – SongHongyuan (CHN); 2008 –Lorentz Romain (FRA)Feminino: 2002 – Cao Zhen(CHN); 2003 – Feng Yalan(CHN); 2004 – Liu Shiwen(CHN); 2005 – PesotskaMargaryta (UKR); 2006 –Morizono Misaki (JPN); 2007– Morizono Misaki (JPN);2008 – Tanioka Ayuka (JPN)

CIRCUITO MUNDIALJUVENIL

Masculino: 2002 – Qiu Yike(CHN); 2003 – Li Hu (CHN);2004 – Kishikawa Seiya(JPN); 2005 – Mizutani Jun(JPN); 2006 – Chiang Hung-chieh (TPE); 2007 – Seo HyunDeok (KOR); 2008 – NiwaKoki (JPN)Feminino: 2002 – ChangChenchen (CHN); 2003 – JiaJun (CHN); 2004 – DodeanDaniela (ROM); 2005 –Samara Elizabeta (ROM);2006 – Yao Yan (CHN); 2007– Wakamiya Misako (JPN);2008 – Fujii Yuko (JPN)

MUNDIAL JUVENILMasculino: Li Hu/CHN(2003); Ma Long/CHN (2004);Baum Patrick/GER (2005);Matsudaira Kenta/JPN (2006);Jeong Sang Eun/COR (2007);Chen Chien-an/TPE (2008)Feminino: Apenas Chinesasvenceram todos os anos.

Neste ano apenas CarolineKumahara classificou para oMundial Infantil e veio com suatécnica Monica Dotti (foto)

Mais informações no sitewww.ittf.com

*Marcos Yamada, de Tóquio

A atleta Caroline Kumahara com a técnica Monica Doti

DIVULGAÇÃO

Em novembro, mais exa-tamente nos dias 7 e 8,acontece uma das mais

tradicionais competições degolfe do País. Trata-se doCampeonato Nikkey de Golfe,torneio organizado pela Asso-ciação Nikkey de Golfe doBrasil com apoio do Arujá GolfClube, PL Golf Clube e os jor-nais Nikkey Shimbun eNippak e que este ano chegaa sua 39ª edição. O evento,que, obedecendo ao sistema derodízio – em 2008, por ocasiãodo Centenário da Imigração noBrasil, foi organizado um tor-neio alusivo à data – será re-alizado no PL Golf Clube, emArujá (SP). Em 2010, a com-petição volta ao seu local tra-dicional, o Arujá Golf Clube.

Segundo o presidente daAsociação Nikkey de Golfe doBrasil, Yoshito Nomura, presi-dente da Comissão de Arbitra-gem da Federação Paulista deGolfe, a competição deve reu-nir cerca de 240 jogadores deNorte a Sul do País. Devemparticipar jogadores dos Esta-dos de São Paulo, Paraná, Mi-nas Gerais, Rio de Janeiro,Pará, Amazonas e do RioGrande do Sul.

“O Campeonato Nikkey jáse consolidou como um dosmaiores eventos da comunida-de nipo-brasileira e é aguarda-do com bastante ansiedadepelos jogadores”, destaca ovice-presidente da associaçãoe presidente do Arujá GolfClub, Muneki Tikasawa.

Rio 2016 – Não à toa, Tikasawaexplica que a competição nãovisa apenas a confraternizaçãoentre os jogadores nikkeis –como era de se esperar. “O cam-peonato serve realmente paradefinir os melhores jogadores da

le, conta com cerca de 2600campos de golfe. E quando osjaponeses vem para cá,seja atrabalho ou a passeio, acabammantendo essa tradição”, ex-plica Tikasawa, antecipandoque o esporte deve ganhar ain-da mais adeptos com a inclu-são nos Jogos Olímpicos de2016, no Rio de Janeiro.

“O governo também temque fazer sua parte. A Confe-deração Brasileira já está tra-balhando no sentido de desper-tar interesse da mídia. E atra-indo a mídia, haverá patroci-nadores”, destaca Tikasawa.

História – O Campeonato Nik-key de Golfe foi criado pelo Jor-nal Paulista, numa tentativa dedivulgar a modalidade e, por ta-bela, o campo do Arujá GolfClub. “As condições ainda erambastante precárias”, lembraYoshito, presidente da Associa-ção Nikkey de Golf do Brasil,entidade que encampou a reali-zação do evento a partir de 1979.

Com a fusão do JornalPaulista com o DiárioNippak, os jornais NikkeyShimbun e Nippak passarama apoiar a competição, cujoobjetivo é promover a confra-ternização entre os praticantesde golfe da comunidade nikkei.

Este ano, o torneio contacom patrocínio da Honda,Yakult, Mineração Horii,Construtora Hoss e Vox Edi-tora, entre outros.

(Aldo Shiguti)

39º CAMPEONATO NIKKEY DEGOLFE DO BRASILQUANDO:DIAS 7 E 8 DE NOVEMBRO

ONDE: PL GOLF CLUBE (AV. PL DO

BRASIL, S/N – JAGUARI - ARUJÁ – SP)TEL.: 11/4655.2622E-MAIL [email protected]

SITE WWW.PLGC.COM.BR

comunidade nipo-brasileira”, ob-serva Tikasawa. Tanto que jáconquistaram o título do torneioferas como Maria Priscila Iida(que se profissionalizou em 2004e hoje mora no Japão), Guilher-me Oda, Carla Ziliotto, Alex Ka-waharada, Ana CarolinaSawada e Ruriko Nakamura.No masculino, estarão em dis-puta a Taça Embaixador do Ja-pão, Taça Federação Paulista deGolfe e Taça Nikkey. Entre asmulheres, as melhores perfor-mance serão premiadas com aTaça Cônsul Geral do Japão,Federação Paulista de Golfe eTaça Nikkey.

Tanto para Yoshito Nomura

como para Muneki Tikasawa,que não medem esforços parareunir tantos golfistas de expres-são numa só tacada, os favori-tos ao título deste ano na cate-goria scratch são GuilhermeOda, de Bauru, e Ruriko Naka-mura, do Lago Azul. “Mas aCarla [Ziliotto] e o Enzo Miya-mura – caso este confirme suaparticipação –, também estão nadisputa”, avisa Tikasawa, acres-centando que “o golfe cresceumuito dentro da comunidadenikkei nos últimos anos”.

“É uma identificação que jáestá no sangue dos japoneses.Para se ter uma ideia, o Japão,um país pequeno como aque-

Ruriko Nakamura, uma das favoritas ao título da competição no PL

DIVULGAÇÃO

Poliana Okimoto venceu a12ª e última etapa da Copa doMundo de Maratonas Aquáti-cas realizada na quarta-feira(21/10), em Sharjah, nosEmirados Árabes Unidos, esagrou-se campeã do circuitode 2009. Esta foi a nona vitó-ria das 11 que participou. Namesma prova, Allan do Carmoterminou em oitavo e foi o vice-campeão do Circuito Mundial.

Este é o primeiro título decampeonato feminino para oBrasil conquistado em compe-tições da Federação Internaci-onal de Natação fora da cate-goria master. Nas maratonasfemininas, os melhores resulta-dos anteriores foram de Polianaem 2007 e Ana Marcela em2008, ambas em terceiro lugarno ranking final. O resultado deAllan também é inédito nasmaratonas aquáticas. Antes, opróprio Allan, em 2008, obtevea quinta colocação.

Os dois brasileiros só pre-cisavam terminar a última pro-va dentro do tempo limite paragaratirem suas colocações. Osadversárias não poderiamalcançá-los na pontuação doranking, mas, de acordo como regulamento, era precisocompletar a última prova.

A russa Larissa Ilchenko,campeã dos Jogos Olímpicos dePequim 2008, foi a segunda co-locada seguida pela alemãÂngela Maurer, campeã mun-dial este ano na prova de 25 qui-lômetros e vencedora do Circuitoem 2008. No masculino, o ale-mão Thomas Lurz chegou emterceiro e garantiu o título. Ovencedor foi o australiano TrentGrimsey e, em segundo, ficou orusso Evgeni Drattsev.

125 quilômetros – “Estoume sentindo uma pessoa fortee vitoriosa porque consegui me

MARATONA AQUÁTICA

Poliana Okimoto conquista título inédito para a natação brasileiraquilômetros.2007 - Estreia das maratonasaquáticas no programa dosJogos Pan-Americanos - Me-dalha de prata.2008 - Estreia das maratonasaquáticas no programa dosJogos Olímpicos - sétima co-locada.2009 - Ganha medalha debronze nos 5 quilômetros doMundial dos Esportes Aquáti-cos de Roma, principal cam-peonato da FINA, e quebra umjejum de 15 anos sem pódiopara o Brasil na competição.2009 - Ganha nove das 11 pro-vas que disputou no Circuito daCopa do Mundo de MaratonasAquáticas.

superar. Consegui vencer omedo que tinha do mar, as le-sões, o cansaço... Estou viven-do um momento especial.Cresci muito neste circuito de2009. Sou outra nadadora,completamente diferente. Hojesou capaz de nadar qualquertipo de prova. Estou muitomais madura e ano que vem,se tiver chance, faço tudo denovo”, disse Poliana.

Contando todas as provasinternacionais deste ano,Poliana nadou 125 quilôme-tros. Foram 11 etapas daCopa do Mundo - 10 quilô-metros cada uma - mais as

disputas de 10 e cinco quilô-metros do Mundial dos Es-portes Aquáticos de Roma.Nesta última, ela ganhou amedalha de bronze.

Confira as conquistas dePoliana Okimoto:2005 - Vence a Travessia dosFortes e dá mais ênfase àsmaratonas aquáticas2006 - Medalha de prata nos5 e 10 quilômetros do Mundialde Maratonas Aquáticas.2007 - Melhor nadadora dasAméricas no Mundial dos Es-portes Aquáticos de Melbour-ne - 6º lugar nos 5 e 8º nos 10

A nadadora Poliana Okimoto: “Consegui vencer o medo mar”

DIVULGAÇÃO/COB

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12 JORNAL NIPPAK São Paulo, 23 a 29 de outubro de 2009

MÚSICA CLÁSSICA

Nipo de Campinas apresentao cantor lírico Kohdo Tanaka

Otenor Kohdo Tanaka, agrande expressão líri-ca do Japão, está no

Brasil. Já fez vários recitaisem Mogi das Cruzes, SãoPaulo e em Campinas. Pos-sui um vasto currículo, inve-jável para o mundo da músicaerudita. “Meu desejo é quemuitos conheçam a sua belís-sima voz”, disse a tambémcantora lírica Emiko Banno,empenhada em divulgar o can-tor, que em breve estará dei-xando esta terra tropical, queo acolheu, voltando para a suaterra natal, o Japão.

No dia 31 de outubro às 19horas, Kohdo estará se apre-sentando no Instituto CulturalNipo-Brasileiro de Campinas,juntamente com a sua esposaHiroko, que o acompanharáao piano. Participação espe-cial da soprano Emiko Banno.O Instituto Cultural Nipo-Bra-sileiro de Campinas, a reali-zadora do evento, fica locali-zado à rua Camargo Paes, 118no Jardim Guanabara. A en-trada é franca.

Kohdo Tanaka é graduadoem música pela Faculdade dePedagogia da Universidade deShimane. Foi bolsista do Con-servatório Nacional de Músi-ca Verdi, de Milão. E ainda doSeminário Internacional deópera Mario Del Mônaco. Foivencedor do 4° concurso Nipo-Italiano de Canto e do 9° Con-curso Internacional de músicada Bulgária. O seu currículo éextenso e vale lembrar que elepercorreu cerca de 370 cida-des, localizadas nos cinco con-

Programa – Kohdo irá inter-pretar as músicas: Nessundorma!Turandort, G. Puccini,La Donna è móbile, Rigoketto,G. Verdi; La Donna, fiorito asil,Madama Butterfly,G. Puccini,além de Habu no minato,Shimpei Nakayama e O solemio, E. dia Capua, entre ou-tras. Já a soprano EmikoBanno deixará a platéia encan-tada com a sua voz nas músi-cas Tokinashi gusa, ToshiIsobe, Yashi no mi, TorajiOhnaka e Sakura Sakura.

(Célia Kataoka, especialpara o Jornal Nippak)

APRESENTAÇÃO DO CANTORLÍRICO KOHDO TANAKAPARTICIPAÇÕES ESPECIAIS DA PIANISTA

HIROKO E DA SOPRANO EMIKO BANNO

QUANDO: DIA 31 DE OUTUBRO, ÀS 19H

ONDE: INSTITUTO CULTURAL NIPO-BRASILEIRO DE CAMPINAS (RUA CA-MARGO PAES, 118, JARDIM GUANABARA)ENTRADA FRANCA

INFORMAÇÕES PELOS TELEFONES:(19) 3241-1213 / (19) 3241-1719

tinentes, cantando em mais de1500 palcos nacionais e inter-nacionais. Atualmente é pro-fessor titular de Pós-gradua-ção da Universidade de Arteem Osaka, Japão e possui vá-rios títulos, entre eles o de pro-fessor emérito de 23 Univer-sidades, incluindo o Conserva-tório de Tenshin e Faculdadede Pedagogia de Seinan.

Emiko Banno – A sua luta emprol da comunidade, participan-do dos eventos no Nipo deCampinas é presenciada pormuitos. Atualmente ela é a pro-fessora da língua japonesa eresponsável pelo Coral do Fu-

jinkai. Iniciou sua atividademusical, participando sempreem corais no Japão, na cidadede Tokio. Recebeu do renoma-do professor Tomojiro Suzuki,as suas primeiras orientaçõesvocais. Em 1991, freqüentou oDepartamento de Arte e Músi-ca da Unicamp. Durante doisanos, como aluna especial, emum curso ministrado pelo depar-tamento, em especialização emmúsica. Estuda canto desde1996, interpretando canções deópera italiana, junto com a pro-fessora Suzel Cabral. Foi re-gente do coral “Flor de maio”da BSGI (Brasil SokagakkaiInternacional)

O tenor Kohdo Tanaka se apresentará no Nipo de Campinas

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A promoter Beth Yajima com os músicos da banda: Marcos(trompetista), Sadao (vocalista) e Issamu (tecladista)

LAZER

Baile Allegro acontece nestesábado, no Nandemoyá

Realizado pela promoterBeth Yajima, o tradicional Bai-le Allegro acontece neste sá-bado (24), das 19 às 24h, nasdependências do RestauranteNandemoyá (Rua Américo deCampos, 9, Liberdade), noBairro Oriental, em São Paulo.

A animação fica por contada Banda Issamu Music Show,que promete esquentar o cli-ma com ritmos variados com

seu novo teclado. Para as de-sacompanhadas, haverá umaequipe de “personal dancer”da Academia Vila.

Os convites custam entreR$ 20,00 (antecipados) e R$22,00 (na portaria).

Mais informações podemser obtidas pelos telefones: 11/3209-2609 / 9904-2237 ou peloe - m a i l :[email protected]

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