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  • AVALIAO DE SUBSTRATOS ALTERNATIVOS E TIPOS DEADUBAO PARA A PRODUO DE MUDAS DE CAFEEIRO

    (Coffea arabica L.) EM TUBETES1

    ATAUALPA DE ANDRADE NETO2

    ANTNIO NAZARENO G. MENDES3

    PAULO TCITO GONTIJO GUIMARES4

    RESUMO - Com o objetivo de avaliar os efeitos de di-ferentes substratos e dois tipos de adubao na produode mudas de cafeeiro em tubetes, foi instalado um ex-perimento no Campus da Universidade Federal de La-vras, Lavras (MG), Brasil, em casa-de-vegetao, noperodo de setembro de 1996 a janeiro de 1997. O deli-neamento experimental foi inteiramente casualizadoem esquema de parcela subdividida, com quatro repeti-es. Nas parcelas, utilizaram-se dois tipos de aduba-o, sendo uma com osmocote frmula 15-10-10 deNPK (8,33 kg/m3 de substrato), com os micronutrientesB (0,02%), Cu (0,05%), Fe (0,5%), Mn (0,1%), Mo(0,004%) e Zn (0,05%) e tambm Ca (3,5%), Mg(1,5%) e S (3%), e outra com mistura de superfosfatosimples (5 kg/m3 de substrato) e cloreto de potssio (0,5kg/m3 de substrato), suplementada com trs adubaesfoliares. As subparcelas, foram constitudas de cincofontes de matria orgnica, representadas pelo hmusde minhoca, esterco de curral, torta de filtro, esterco degalinha e moinha de caf. Nas subsubparcelas, utiliza-ram-se cinco propores (porcentagens em volume) dasfontes de matria orgnica (0, 20, 40, 60 e 80%) emmistura com solo. Como componente fixo das misturas,representado por 20%, usou-se uma mistura de 10% devermiculita, 5% de areia grossa e 5% de casca de arrozcarbonizada. Tambm foram avaliados dois tratamentosadicionais, nos quais foram usados o substrato plan-

    tmax-caf (produto comercial puro) , com o fertilizanteosmocote 15-10-10 de NPK, mais micronutrientes,com e sem adubaes foliares. Desses tratamentos, oque no recebeu adubao foliar foi considerado comopadro frente aos demais. A unidade experimental foiconstituda de nove tubetes cnicos de 120 cm3, complntulas transplantadas no estdio palito de fsforo.Foram avaliadas as seguintes caractersticas: altura deplanta, peso da matria seca da parte area e peso damatria seca de razes. Verificou-se que o fertilizanteosmocote na frmula 15-10-10 de NPK com micronu-trientes foi superior mistura de cloreto de potssio esuperfosfato simples. O esterco de curral na dose de80%, adubado com osmocote, foi o tratamento queapresentou os maiores valores para as caractersticasavaliadas, seguido pelo hmus de minhoca, adubadocom osmocote, nas doses de 36 a 55%, para as caracte-rsticas: altura das mudas, peso de matria seca da partearea e peso da matria seca de razes. Chegou-se concluso que com doses de 50% de esterco de curral ou35% de hmus de minhoca, ambos adubados com osmo-cote, conseguem-se os mesmos resultados do substratocomercial plantmax-caf, adubado com osmocote e semadubaes foliares (substrato padro). Tambm foi obser-vado que substratos com doses acima de 40% de esterco degalinha e 40% de moinha de caf, provocaram uma eleva-da porcentagem de morte das plntulas.

    TERMOS PARA INDEXAO: Cafeeiro, muda, substrato, tubete, adubao.

    EVALUATION OF ALTERNATIVE SUBSTRATES ANDFERTILIZATION FOR THE PRODUCTION OF COFFEE

    (Coffea arabica L.) SEEDLINGS IN CONTAINERS

    ABSTRACT - The objetive of this work was toevaluate the effects of different substrates and two typesof fertilizations in the production of coffee tree seedlingin containers. The experiments were carried out in agreenhouse at the Federal University of Lavras, Lavras(MG), Brazil, over the period of September 1996 and

    January, 1997. The experimental design used was acompletely randomized in split plot with fourreplications. In the plots, two types of fertilization wereused, one with osmocote 15-10-10 NPK formula (8.33kg/m3 substrate) with B (0.02%), Cu (0.05%), Fe(0.5%), Mn (0.1%), Mo (0.004%) and Zn (0.05%) as

    1. Parte da dissertao apresentada pelo primeiro autor UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS (UFLA), paraobteno do ttulo de mestre em Agronomia, Caixa Postal 37 37.200.000 Lavras MG.

    2. Engenheiro Agrnomo, M.S., Pesquisador Bolsista BIOEX-CNPq, (UFLA).3. Professor Adjunto, Departamento de Agricultura/UFLA.4. Engenheiro Agrnomo, D.S.C., Pesquisador EPAMIG-CTSM, 37.200-000 Lavras - MG

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    micronutrients and also Ca (3.5%), Mg (1.5%), S (3%)and another with a mixture of simple superphosphate(5 kg/m3 substrate) and potassium chloride (0.5 kg/m3

    substrate), supplemented with three leaf fertilizations.The subplots consisted of five different sources oforganic matter: earthworm humus, stable manure,filter cake, hen manure and machine coffee processingresidue. In the split-split plots, five levels (percentagesin volume) of organic sources (0, 20, 40, 60 and 80%)mixed with soil, were used. As the fixed component ofthe mixture (20%), a mixture of 10% vermiculite, 5%sand and 5% carbonized rice husk was used. Twoadittional treatments were also evaluated in whichplantmax-caf (pure commercial product) was usedtogether with the fertilizer osmocote 15-10-10 of NPKplus micronutrients, with and without leaffertilizations. Among these tratments, the one withoutfertilization was considered as the control.Theexperimental unit was consisted of nine 120 cm3

    conical containers with seedlings transplanted at the

    match stick stage. The following characteristics wereevaluated: plant height, shoot and root dry matterweight. It was observed that the fertilizer osmocotewith the 15-10-10 NPK formula with micronutrientswas superior than the mixture of potassium chlorideand simple superphosphate. Stable manure at thedosage of 80%, fertilized with osmocote was thetreatment which presented the highest values for theevaluated characteristics, followed by earthwormhumus, fertilized with osmocote at dosage of 36 to 55%for the characterisitics plant height, shoot and root dryweight. The conclusion was that with doses of either50% stable manure or 35% earthworm humus, beingboth fertilized with osmocote, similar results areobtained if the commercial substrate plantmax-caf,fertilized with osmocote and without leaf fertilizations,is used. It was also observed that substrates containingdosages of hen manure and machine coffee processingresidue above 40% induced high percentagens ofseedlings death.

    INDEX TERMS: Coffee, seedling, substrate, container, fertilization.

    INTRODUO

    A forma usual para produo de mudas de cafe-eiros a utilizao de um substrato composto com 70%de solo e 30% de esterco de bovinos, enriquecido comadubos qumicos e acondicionados em saquinhos plsti-cos (polietileno). Em virtude do referido sistema apre-sentar alto custo no transporte, menor rendimento noplantio e necessidade de grande volume de substrato, agerao de novas tecnologias para produo de mudasde cafeeiro tornou-se necessria. Assim, a produo demudas em tubetes com um substrato adequado propor-cionar a obteno de mudas com um sistema radicularbem desenvolvido, com maior vigor vegetativo, livre depragas, doenas de solo e plantas daninhas. A carnciade informaes sobre a melhor composio do substrato um fato diagnosticado nessa linha de pesquisa. Osestudos de substratos para a produo de mudas de ca-feeiro em tubetes ainda so escassos, por ser essa umainovao tecnolgica recente no Brasil. Assim, a lite-ratura disponvel apresenta poucos trabalhos a respeitode tipos de substratos para produo de mudas de cafe-eiro em tubetes. O que se conhece e foi determinadopara produo de mudas de espcies florestais, que osubstrato ideal aquele que apresenta adequadas ca-ractersticas fsicas e qumicas e contm proporo si-gnificante de elementos essenciais (ar, gua, nutrientes)necessrios ao crescimento e desenvolvimento dasplantas. Assim, o mesmo deve ser uniforme em suacomposio, ter baixa densidade, ser poroso, ter ade-

    quada capacidade de reteno de gua e capacidade detroca catinica (CTC), ser isento de pragas, de orga-nismos patognicos e de sementes de plantas daninhas.Tambm deve ser facilmente operacionvel e economi-camente vivel (Campinhos Jr.,Ikemori e Martins1984). Outra qualidade importante do substrato a deproporcionar maior facilidade na retirada da muda dotubete por ocasio do plantio em campo.

    A escolha do substrato deve ser feita em funoda disponibilidade de materiais, suas caractersticas f-sicas e qumicas, seu peso e custo, quando da sua for-mulao (Toledo, 1992). Vrios so os materiais quepodem ser usados para a composio do substrato. Osadubos orgnicos so as fontes mais comuns de macro emicronutrientes, devendo-se levar em considerao,tambm, o seu efeito sobre o solo ou substrato nos pro-cessos microbianos, na aerao, na estrutura, na capa-cidade de reteno de gua e na regulao de tempera-tura do meio (Pons, 1983). Apesar dessas caractersti-cas desejveis, quando em teores elevados, pode favore-cer a infeco das plantas por fungos, como foi obser-vado por Pompeu Jnior (1980), em porta-enxertos c-tricos que so muito susceptveis s infeces fngicas.

    O hmus de minhoca ou vermicomposto outromaterial que vem sendo estudado na constituio desubstratos para produo de mudas. um material pro-duzido pelas minhocas e, em mdia, setenta por centomais rico em nutrientes que os hmus convencionais.Sua riqueza em bactrias e outros microorganismos fa-cilita a assimilao dos nutrientes pelas razes, apre-

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    sentando, ainda, a vantagem de possuir pH prximo de7,0 (Longo, 1987).

    Carvalho, Duarte e Ramalho (1978a), estudandoos efeitos da composio do substrato no desenvolvi-mento de mudas de cafeeiro em saquinhos plsticos,concluram que os melhores resultados foram obtidosquando utilizaram-se solo (Latossolo Vermelho-Escuro)misturado com esterco de curral, nas concentraes de70 e 30% em volume, respectivamente, com adio de 5kg de superfosfato simples por m3 de substrato (equi-valente a 1 kg de P2O5/m

    3). O esterco de curral tambmfoi utilizado por Costa et al. (1989) na formao demudas de cafeeiro em bandejas de isopor (polietilenoexpandido) com cavidades de 75 cm3, as quais foramcomparadas com o uso de sacolas plsticas (com volu-me aproximado de 900 cm3). Foi observado que na faseviveiro, as mudas da bandeja apresentaram uma menorrea foliar e menor peso do sistema radicular e tambmmenor peso da parte area, embora o nmero de paresde folhas fosse o mesmo das mudas produzidas em sa-cos plsticos. As razes secundrias eram mais finas,porm mais abundantes. Na fase de campo, aps 4 me-ses, as mudas produzidas no isopor, no tratamento comsemeio em recipientes espaados de 7,0 x 3,5 cm, tive-ram um comportamento superior, comparvel ao dasmudas padro produzidas em sacolas plsticas.

    Dentre as vrias alternativas de utilizao deadubo orgnico na produo de mudas de cafeeiro, esta possibilidade de aproveitamento de alguns resduosindustriais, entre eles a torta de filtro, comumente cha-mada de bagacinho ou torta de filtro de Oliver. umresduo proveniente da filtrao do caldo de cana, noprocesso de fabricao de acar. Trata-se de materialrico em matria orgnica, clcio, fsforo, nitrognio eferro, com elevada capacidade de reteno de gua abaixas tenses, (Paul, 1974, citado por Sampaio, 1987).

    Atualmente existem no mercado substratoscomerciais compostos de vermiculita, casca de pinus,bagacito de cana fermentado e hmus de minhoca (Sil-va Junior, Macedo e Stuker, 1995). O substrato comer-cial plantmax um exemplo de produto que est sendoutilizado para a formao de mudas de eucalipto, pinus,citrus, maracujazeiro, olercolas, e tambm de cafeeiro.Possui boas caractersticas fsicas, mas necessita dacomplementao de nutrientes atravs da aplicao desoluo qumica (Lopes, 1996).

    Oliveira, Gualberto e Favoreto (1995) estuda-ram o efeito de doses de osmocote, frmula 17-9-13 deN-P-K, adicionado ao substrato comercial plantmax naproduo de mudas de cafeeiro em tubetes. Concluramque a adio de osmocote ao referido substrato comer-cial proporcionou mudas de melhor qualidade, com al-tura superior, alto vigor e melhor sanidade, alm de

    antecipao de 40 dias na liberao das mesmas e con-sidervel economia de mo-de-obra.

    No que se refere a recipientes, o tubete vemsubstituindo o saquinho plstico na formao de mudasnas empresas florestais brasileiras (Simes, 1987). Omesmo pode-se dizer para a formao de mudas de ole-rcolas, frutferas (citrus e maracuj) e mais recente-mente, de cafeeiros. Algumas vantagens tcnicas dosistema de tubetes para a formao de mudas de essn-cias florestais so citadas por Simes (1987), entre asquais, destacam-se: formao do sistema radicular semenovelamento, crescimento inicial das mudas mais r-pido (logo aps o plantio) e facilidades operacionais,sendo que o transporte das mudas por caminho 5 a 6vezes maior (em quantidade de mudas) que o sistemade saco plstico, e, quanto ao peso, de 2 a 2,5 vezesmenor, com rendimento de plantio at 3 vezes maiorquando comparado ao sistema convencional de produ-o de mudas em sacos plsticos.

    O objetivo do presente trabalho foi avaliar fontese propores de matria orgnica no substrato e doistipos de adubao para a produo de mudas de cafeei-ro, utilizando-se o tubete como recipiente.

    MATERIAL E MTODOS

    O experimento foi instalado em casa-de-vegetao, no Setor de Cafeicultura da UniversidadeFederal de Lavras, em 06/09/96 e conduzido at09/01/97.

    Os substratos foram compostos pelas seguintesfontes de matria orgnica: hmus de minhoca, estercocurtido de bovinos (de curral), torta de filtro curtida,esterco curtido de galinhas (criadas em gaiolas) e moi-nha de caf curtida (resduo de mquina de beneficiar),cujas propores (porcentagens em volume) com o solo,foram: 00: 80; 20:60; 40:40; 60:20; 80:00. Como com-plemento (20%), foi usada uma mistura fixa em todosos tratamentos, composta de 5% de areia grossa, 10%de vermiculita e 5% de casca de arroz carbonizada.Para os tratamentos adicionais, utilizou-se o plantmax-caf (substrato comercial puro).

    Os dois tipos de fertilizantes foram constitudospelo osmocote (de liberao controlada) de formulao15-10-10 de NPK, enriquecido com micronutrientescomposto de 0,02% de B, 0,05% de Cu, 0,05% de Fe,0,1% de Mn, 0,004% de Mo e 0,05% de Zn e tambm,3,5% de Ca, 1,5% de Mg e 3,0% de S, na dose de 8,33kg/m3 de substrato (equivalente a 1 g/tubete) e pelamistura de cloreto de potssio + superfosfato simples,nas doses de 0,5 e 5 kg/m3 de substrato, respectiva-mente. Os tratamentos que receberam esta segundaformulao foram suplementados com trs adubaesfoliares, cuja calda foi constituda de 0,5% de uria,

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    0,75% de MAP, 0,2% de cloreto de potssio, 0,35% desulfato de zinco, 0,15% de cido brico, 0,3% de oxi-cloreto de cobre e 0,03% de espalhante adesivo.

    Os dois tratamentos adicionais, com e sem adu-baes foliares, foram constitudos pelo plantmax-caf eadubados somente com o fertilizante osmocote.

    Os recipientes utilizados foram os tubetes plsti-cos, rgidos, com capacidade para 120 cm3 e suportadospor uma tela, tipo ondulada, com furos quadrados de 11/2, a um metro de altura do solo. As plntulas obtidasa partir de sementes da cultivar Mundo Novo, linhagemLCP 379-19, em germinador de areia, foram repicadasno estdio palito de fsforo.

    O sombreamento das mudas foi feito utilizando-se tela sombrite de cor preta, com passagem de 50% deluz, colocadas acima e nas laterais dos canteiros, per-manecendo at o final do experimento.

    O sistema de irrigao utilizado foi o de micro-asperso, com micro aspersores NAAN, bocal verme-lho, cuja vazo nominal de 60 l/h.

    O delineamento experimental foi inteiramentecasualizado em esquema de parcela subdividida, comquatro repeties. Utilizaram-se dois tipos de adubaonas parcelas, uma com osmocote de formulao 15-10-10 de NPK, com micronutrientes, e outra com umamistura de cloreto de potssio + superfosfato simples.Nas subparcelas, utilizaram-se cinco fontes de matriaorgnica representadas pelo hmus de minhoca, estercode curral, torta de filtro, esterco de galinha e moinha decaf, e nas subsubparcelas, cinco propores (porcenta-gem em volume) das fontes orgnicas (0, 20, 40, 60 e80%). Foram includos dois tratamentos adicionais,com substrato base de plantmax-caf, com e sem adu-baes foliares, totalizando 52 tratamentos. Desses tra-tamentos, o que no recebeu adubao foliar foi consi-derado como padro frente aos demais. A unidade expe-rimental foi constituda de nove tubetes.

    As avaliaes foram feitas 127 dias aps a repi-cagem, observando-se a altura da planta, o peso dematria seca de razes e o peso de matria seca da partearea das mudas.A parte area e as razes foram secasseparadamente em estufa de circulao forada a 65Cat o peso constante.

    RESULTADOS E DISCUSSO

    As equaes de regresso com as respectivascurvas e coeficientes de determinao so ilustradasnas Figuras 1, 2 e 3. Observa-se que, no geral, houvevariao quanto ao tipo de ajuste dos dados regresso,representado por efeitos quadrtico, linear e raiz qua-drada, conforme o caso.

    A Figura 1 mostra os efeitos dos tratamentos so-bre a altura das plantas, com as respectivas equaes de

    regresso. Verifica-se o efeito linear crescente para es-terco de curral quando adubado com o osmocote deformulao 15-10-10 de NPK. Com o esterco de gali-nha e a moinha de caf, observa-se um ligeiro aumentona altura das plantas, quando pequenas porcentagensdessas fontes foram usadas, seguidas de drsticas redu-es nas alturas, em doses maiores, para ambos os tiposde adubao. Verifica-se, tambm, que as curvas re-ferentes altura das mudas para as fontes de matriaorgnica: hmus de minhoca, esterco de curral e tortade filtro, mostram a superioridade do fertilizante osmo-cote de formulao 15-10-10 de NPK em relao mistura de cloreto de potssio + superfosfato simples.Para o esterco de galinha, no se observou diferenaentre os tipos de adubao, e para a moinha de caf, ve-rificou-se ligeira superioridade na altura para a misturados fertilizantes cloreto de potssio e superfosfato sim-ples. Oliveira, Gualberto e Favoreto (1995), trabalhan-do com osmocote frmula 17-9-13 de NPK, em subs-trato base de plantmax, na produo de mudas de ca-feeiro em tubetes, concluram que o osmocote proporci-onou mudas de melhor qualidade e com altura superior.Supe-se que as maiores alturas obtidas com o uso dofertilizante osmocote possam ser explicadas, por ter omesmo solubilidade controlada, que caracterstica doproduto, o que dificulta a lixiviao de nutrientes. Omaior fornecimento de nitrognio por parte desse ferti-lizante, em relao mistura de cloreto de potssio +superfosfato simples, cujas adubaes foliares no su-plementaram suficientemente esse nutriente, tam-bm foi fator importante no maior crescimento dasmudas. A Figura 1 ilustra tambm que no houveefeito da adubao foliar nos tratamentos com plan-tmax-caf na altura das mudas.

    A Tabela 1 apresenta um resumo dos dados obti-dos e/ou estimados, conforme as equaes de regresso,por fonte de matria orgnica e tipos de adubao utili-zados. Verifica-se que, de maneira geral, a melhor fontede matria orgnica foi o esterco de curral na dose de80%, quando adubado com osmocote; nesse tratamento,obtiveram-se, em mdia, plantas com altura mxima de20,03 cm, superando em 126, 32% a testemunha (0%de fonte de matria orgnica).

    Carvalho, Duarte e Ramalho (1978a), em tra-balho sobre composio de substrato no desenvolvi-mento de mudas de cafeeiro em sacos plsticos (comvolume aproximado de 900 cm3), concluram que a al-tura mxima das mudas foi obtida na dosagem de 300litros de esterco de curral por m3 de solo, quando adu-bados com 0,8 kg/m3 de P2O5. Essa dose de esterco decurral equivale a um volume de aproximadamente 270cm3 por recipiente. Empregando-se o mesmo clculopara tubetes ( volume de 120 cm3), tem-se no melhortratamento (80% de esterco de curral) um volume de 96

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    0

    4

    8

    12

    16

    20

    Porcentagem de matria orgnica

    0 20 40 60 800

    4

    8

    12

    16

    20

    Mistura: Y=7,8+2,87526X0,5-0,43894X, r2 = 0,80**

    0 20 40 60 800

    8

    12

    16

    20

    24

    0 20 40 60 800

    4

    8

    12

    16

    20Osmocote:Y=8,3+2,39208X0,5-0,39324X, r2 = 0,86**

    0 20 40 60 800

    8

    12

    16

    20

    24Osmocote: Y= 9,7+0,35095X-0,00356X2, r2 = 0,81**

    Esterco de curral

    Esterco de galinha

    Osmocote: Y=9,0+0,13791X, r2 = 0,98**

    Mistura:Y=8,3+0,23653X-0,00217X2, r2 = 0,99**

    Mistura: Y=8,0+2,61104X0,5

    -0,41420X, r2 = 0,86**

    0 20 40 60 800

    4

    8

    12

    16

    20Osmocote:Y=8,7+2,12594X0,5-0,19603X, r2=0,93**

    Hmus de minhoca

    Torta de filtro

    Mistura: Y= 8,0+0,13479X-0,001058X2, r2 = 0,95**

    Mistura:Y=7,5+0,16173X-0,00164X2, r2 = 0,87**

    Moinha de caf Plantmax-caf com Osmocote

    Sem foliar Com foliar

    a a

    Alt

    ura

    (cm

    )

    Osmocote: Y=8,9+1,41368X0,5-0,28643\X, r2 = 0,87**

    FIGURA 1 - Equaes de regresso para altura de mudas de cafeeiro, em funo das doses da matria orgnica edois tipos de adubao, das fontes de matria orgnica. UFLA, Lavras, MG, 1997.

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    TABELA 1 - Valores das alturas mximas (AM) com as respectivas doses de fontes de matria orgnica (%FO) edas testemunhas (Test.) correspondentes, com os fertilizantes osmocote e mistura de cloreto de potssio (KCl) +superfosfato simples (SS). UFLA, Lavras, MG, 1998.

    Osmocote Mistura KCl + SS

    FO* %FO

    AM

    cm

    Test.

    cm

    Dif.

    cm

    Dif.

    %

    %

    FO

    AM

    Cm

    Test.

    cm

    Dif.

    cm

    Dif.

    %

    HM 49,29 18,34 8,71 9,63 110,56 63,70 12,29 7,81 4,48 57,36

    EC 80,00 20,03 8,85 11,18 126,32 54,50 14,74 8,45 6,29 74,43

    TF 29,08 13,26 8,63 4,63 53,65 49,30 11,48 7,21 4,27 59,22

    EG 9,25 11,93 8,21 3,72 45,31 9,93 12,11 7,84 4,27 54,46

    MC 6,08 10,64 8,92 1,72 19,28 10,72 12,50 7,86 4,64 59,03

    PC 100,0 15,50

    * HM: hmus de minhoca, EC: esterco de curral, TF: torta de filtro, EG: esterco de galinha, MC: moinha decaf, PC: plantmax-caf (sem foliar), Dif. : diferena entre AM e Test. (em cm e %).

    Os valores da % FO e AM foram estimados atravs das equaes de regresso (Figura 1).

    cm3 de esterco. Isso pode ser uma das causas do efeitolinear com doses crescentes do esterco de curral nos tu-betes, evidenciando que, embora a porcentagem dafonte de matria orgnica seja relativamente alta, aindase esperam incrementos nas alturas das mudas, se mai-or quantidade de esterco de curral for disponibilizadano recipiente.

    J para o hmus de minhoca adubado com osmo-cote e na dose de 49,29% do substrato, obteve-se uma altu-ra mxima de 18,34 cm, equivalente a 110,56% mais emrelao testemunha. Toledo (1992), estudando o efeito dehmus de minhoca na formao de mudas de laranjeira, nadose de 30% do substrato em vaso, tambm observou valo-res maiores para altura das plantas.

    Para a torta de filtro, a altura mxima estimada(Tabela 1) para o melhor tratamento foi de 13,26 cm,quando se utilizaram 29,08% de torta de filtro no substratoadubado com osmocote, sendo inferior aos tratamentoscom esterco de curral e hmus de minhoca. Esse valor cor-responde a 53,65% a mais que a testemunha.

    Quando utilizaram-se o esterco de galinha e amoinha de caf, observou-se que a altura mxima dasplantas foi obtida com pequenas porcentagens dessasfontes, reduzindo drasticamente o desenvolvimento dasmudas em maiores doses. Carvalho, Duarte e Ramalho(1978b), estudando o efeito do esterco de galinha nodesenvolvimento de mudas de cafeeiro em sacos plsti-cos (com volume aproximado de 900 cm3), observaram

    que o maior valor para altura das mudas foi obtido nadose de 50 l/m3 de substrato, adubado com 0,95 kg deP2O5, o que equivale a apenas 5% do substrato (em vo-lume) em esterco de galinha.

    Tomando-se como padro o tratamento adicionalplantmax-caf adubado com osmocote, sem adubaofoliar, para produo de mudas de cafeeiro em tubetes,verifica-se pela Figura 1 que, para a caracterstica altu-ra das mudas, as fontes de matria orgnica, esterco decurral e hmus de minhoca, superaram o referido tra-tamento. A altura mdia obtida com o plantmax-caffoi de 15,50 cm (Tabela 1), enquanto o hmus de mi-nhoca e o esterco de curral apresentaram alturas mxi-mas de 18,34 e 20,03 cm, com as doses de 49,29 e 80%dessas fontes, respectivamente (Tabela 1), quando adu-bados com osmocote. As diferenas obtidas de 2,84 e4,53 cm representaram incrementos de 18,32% para ohmus de minhoca e 29,22% para o esterco de curral.

    Para se obter a mesma altura que o plantmax-caf, so estimadas as doses de 21,0% de hmus deminhoca ou 47,1% de esterco de curral, ambas aduba-das com osmocote. O mesmo resultado foi obtido,quando se utilizou a dose de 54,5% de esterco de curraladubado com a mistura de cloreto de potssio e super-fosfato simples. Tais valores foram estimados atravsdas respectivas equaes de regresso.

    Os efeitos dos tratamentos para peso de matriaseca de razes so ilustrados na Figura 2. Dentre os

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    Porcentagem de matria orgnica

    0 20 40 60 800

    1

    2

    3 Osmocote: Y=1,4-0,01871X, r2 = 0,89**

    0 20 40 60 800

    1

    2

    3

    4

    5

    0 20 40 60 800

    1

    2

    3Osmocote:Y=1,3+0,32155X0,5-0,05653X, r2 = 0,84**

    0 20 40 60 800

    1

    2

    3

    4

    5

    6Osmocote: Y=1,4+0,06824X-0,00062X2, r2 = 0,87**

    Esterco de curral

    Esterco de galinha

    Osmocote: Y=0,8+0,04697X, r2 = 0,97**

    0 20 40 60 800

    1

    2

    3

    4Osmocote:Y=1,2+0,56791X0,5-0,05097X, r2=0,95**

    Hmus de minhoca

    Torta de filtro

    Moinha de caf Plantmax-caf com Osmocote

    Sem foliar Com foliar

    a a

    Mistura: Y=0,8+0,06671X-0,00071X2, r2 = 0,91** Mistura: Y=0,9+0,58882X0,5-0,08325X, r2 = 0,78**

    Mistura: Y=0,8+0,63553X0,5-0,08531X, r2 = 0,80**

    Mistura:Y=0,9+0,05924X-0,00055X2, r2 = 0,97** Mistura:Y=0,9+0,13531X-0,00139X2, r2 = 0,99**

    Pes

    o de

    mat

    ria

    sec

    a de

    ra

    zes

    (g)

    FIGURA 2 - Equaes de regresso para peso de matria seca de razes de mudas de cafeeiro, em funodas doses da matria orgnica e dois tipos de adubao das fontes de matria orgnica. UFLA, Lavras, MG,1997.

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    TABELA 2 - Valores dos pesos mximos de matria seca de razes (PMMSR), com as respectivas doses de fontesde matria orgnica (%FO) e das testemunhas (Test.) correspondentes, com os fertilizantes osmocote e mistura decloreto de potssio (KCl) + superfosfato simples (SS). UFLA, Lavras, MG, 1998.

    Osmocote Mistura KCl + SS

    FO* %

    FO

    PMMSR

    g

    Test.

    g

    Dif.

    G

    Dif.

    %%FO

    PMSRMG

    Test.

    G

    Dif.

    g

    Dif.

    %

    HM 55,03 3,27 1,22 2,05 168,03 53,85 2,49 0,84 1,65 196,42

    EC 80,00 4,59 0,95 3,64 383,15 48,67 4,19 0,94 3,25 345,74

    TF 31,03 2,78 1,19 1,59 133,61 46,97 2,36 0,76 1,60 210,52

    EG 8,08 1,75 1,26 0,49 38,88 12,50 1,94 0,87 1,07 122,98

    MC 0,00 ** 1,40 1,25 - - 13,87 1,98 0,85 1,13 132,94

    PC 100,0 3,15

    * HM: hmus de minhoca, EC: esterco de curral, TF: torta de filtro, EG: esterco de galinha, MC: moinha decaf, PC: plantmax-caf (sem foliar), Dif.: diferena entre PMMSR e Test. (em g e %).

    Os valores da % FO e PMMSR foram estimados atravs das equaes de regresso (Figura 2).

    ** O ponto de valor mximo aconteceu com 0% de FO (Test.).

    efeitos, observa-se que o referente ao esterco de curraladubado com osmocote foi linear crescente.

    Pela Figura 2, verificam-se valores mais eleva-dos quando se utilizou o fertilizante osmocote para asfontes hmus de minhoca, torta de filtro e esterco decurral em doses maiores (acima de 60%). Contudo,para as fontes esterco de galinha, moinha de caf e es-terco de curral em doses menores (menos que 60%), amistura de fertilizante composta de cloreto de potssio+ superfosfato simples comportou-se melhor para pesode matria seca de razes. Tambm pela Figura 2, nota-se que no houve diferena nos resultados dos trata-mentos com plantmax caf + osmocote, quando do usode adubao foliar.

    Na Tabela 2, observa-se que a melhor fonte dematria orgnica foi o esterco de curral na dose de80%, quando adubado com osmocote; em mdia, obte-ve-se um valor de peso mximo de 4,59g, cerca de383,15% maior que a testemunha (0% de fonte dematria orgnica). Valor elevado (cerca de 4,19g)tambm foi verificado para o esterco de curral na dosede 48,67%, quando adubado com mistura cloreto depotssio + superfosfato simples. O hmus de mi-nhoca adubado com osmocote tambm apresentou valorelevado (3,27g), sobressaindo aos demais tratamentos.A torta de filtro apresentou valores inferiores ao estercode curral e ao hmus de minhoca, para ambos os tipos

    de adubao. Para o esterco de galinha e a moinha decaf, o comportamento foi semelhante ao observadopara a altura das plantas. Comparando-se osresultados das fontes de matria orgnica utilizadascom o plantmax-caf sem adubao foliar, verifica-seque o esterco de curral e o hmus de minhoca supera-ram o mesmo. O peso mdio de matria seca derazes do substrato plantmax-caf foi de 3,15g (Tabela2), enquanto o esterco de curral e o hmus de minhocanas doses de 80% e 55,03%, ambos adubados, respecti-vamente com osmocote, apresentaram valores de 4,59 e3,27g (Tabela 2). A diferena de 1,44g obtida a maiscom o esterco de curral representa 45,71%, demons-trando a superioridade do mesmo. Observa-se tambmpela Tabela 2, que o esterco de curral na dose de48,67% adubado com a mistura de cloreto de potssio +superfosfato simples, acusou um valor de 4,19 g, supe-rando o plantmax-caf em 1,04g, o que representa 33%.Entretanto, para se conseguir os mesmos valores depeso de matria seca de razes que o plantmax-caf, sonecessrios 40,6% de hmus de minhoca ou 50% deesterco de curral, ambos adubados com o osmocote.Tambm com 21,2% de esterco de curral, adubado commistura cloreto de potssio + superfosfato simples,conseguiram-se valores semelhantes ao plantmax-caf,sendo as referidas porcentagens obtidas atravs dasequaes de regresso.

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    Na Figura 3, observam-se os efeitos dos tratamentospara o peso de matria seca da parte area, com as equa-es de regresso em cada fonte de matria orgnica.

    Quando utilizaram-se esterco de galinha e moi-nha de caf, observou-se um leve aumento no peso dematria seca da parte area, com pequenas porcenta-gens dessas fontes, seguido de drsticas redues dospesos em doses maiores, com exceo para o tratamentomoinha de caf mais osmocote, em que o ponto de m-ximo valor para a caracterstica considerada foi obtidopelo tratamento testemunha. O esterco de curral, quan-do adubado com osmocote, como aconteceu com outrascaractersticas avaliadas, tambm apresentou efeito li-near crescente. Com exceo da fonte moinha de caf,verifica-se que todas as outras fontes orgnicas apre-sentaram valores maiores para peso de matria seca daparte area quando adubadas com osmocote. A Figura 3ilustra o efeito do plantmax-caf para peso de matriaseca da parte area com incremento nessa caractersti-ca, quando do uso de adubao foliar.

    A Tabela 3 apresenta um resumo dos dados obti-dos e/ou estimados conforme as equaes de regresso,por fonte de matria orgnica e tipos de adubao utili-zada. Verifica-se que a melhor fonte de matria orgni-ca foi o esterco de curral, na dose de 80% e adubadocom osmocote. O valor mximo estimado foi de 15,69g,cerca de 347,00% a mais que a testemunha. Como jdiscutido para a caracterstica altura das mudas, Car-

    valho, Duarte e Ramalho (1978a), em experimento commudas de cafeeiro, utilizando esterco de curral em sacosplsticos, concluram que o maior peso de matria secada parte area ocorreu quando se utilizou dose de 30%de esterco de curral no substrato, adubado com super-fosfato simples (0,85 kg de P2O5/m

    3 de substrato). Como hmus de minhoca na dose de 36,38%, adubado comosmocote, obteve-se peso mximo de matria seca daparte area de 11,54g, sendo 182,15% superior teste-munha. Para a torta de filtro, os efeitos foram seme-lhantes ao hmus de minhoca, com exceo do valor dopeso mximo de matria seca da parte area , que foiinferior (cerca de 8,61g), quando se utilizaram 34,65%de torta de filtro no substrato, adubada com osmocote.

    Santinato, Oliveira e Pinheiro (1978), estudandoa torta de filtro na produo de mudas de cafeeiro emsacos plsticos, concluram que a torta de filtro nas do-ses entre 17 e 34% no substrato, equipara-se ao estercode curral nas doses entre 28 a 35%. Ambas as fontes dematria orgnica apresentaram efeito quadrtico para opeso de matria seca da parte area.

    Quando se comparam os vrios tratamentoscom o plantmax-caf sem adubao foliar, observa-seque somente o esterco de curral superou o mesmo, e ohmus de minhoca apresentou valor ligeiramente infe-rior. O peso mdio de matria seca da parte areapara o substrato plantmax-caf foi de 11,61g (Tabela 3),enquanto o esterco de curral na dose de 80%, quando

    TABELA 3 - Valores dos pesos mximos da matria seca da parte area (PMMSPA) com as respectivas doses defontes de matria orgnica (%FO) e das testemunhas (Test.) correspondentes, com os fertilizantes osmocote e mis-tura de cloreto de potssio (KCl) + superfosfato simples (SS). UFLA, Lavras, MG, 1998.

    Osmocote Mistura KCl + SS

    FO* %FO

    PMMSPAg

    Test.

    g

    Dif.

    G

    Dif.

    %

    %

    FO

    PMMSPA

    g

    Test.

    g

    Dif.

    g

    Dif.

    %

    HM 36,38 11,54 4,09 7,45 182,15 59,70 5,42 1,87 3,55 189,83

    EC 80,00 15,69 3,51 12,18 347,00 59,11 9,05 2,29 6,76 295,19

    TF 34,65 8,61 4,65 3,96 85,16 54,46 5,48 1,40 4,08 291,42

    EG 9,44 6,32 4,09 2,23 54,52 14,26 5,85 2,06 3,79 183,98

    MC 0,00 5,20 5,06 - - 14,11 5,43 2,19 3,24 147,94

    PC 100,0 11,61

    * HM: hmus de minhoca, EC: esterco de curral, TF: torta de filtro, EG: esterco de galinha, MC: moinha decaf, PC: plantmax-caf (sem foliar), Dif.: diferena entre PMMSPA e Test. (em g e %).

    Os valores da % FO e PMMSPA foram estimados atravs das equaes de regresso (Figura 3).

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    Porcentagem de matria orgnica

    0 20 40 60 800

    2

    4

    6

    8Osmocote: Y=5,2-0,07119X, r2 = 0,93**

    0 20 40 60 800

    2

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    6

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    16

    0 20 40 60 800

    2

    4

    6

    8

    10Osmocote:Y=4,3+1,31746X0,5-0,21434X, r2 = 0,86**

    0 20 40 60 8002468

    101214161820

    Osmocote: Y=4,2+2,43688X0,5-0,20201X, r2 = 0,96**

    Esterco de curral

    Esterco de galinha

    Osmocote: Y=3,5+0,15247X, r2 = 0,99**

    0 20 40 60 800

    2

    4

    6

    8

    10

    12Osmocote:Y=4,7+1,33038X0,5-0,11299X, r2=0,93**

    Hmus de minhoca

    Torta de filtro

    Moinha de caf Plantmax-caf com Osmocote

    Sem foliar Com foliar

    ba

    Mistura: Y=1,6+0,14271X-0,00131X2, r2 = 0,90** Mistura: Y=2,2+1,93321X0,5-0,25589X, r2 = 0,84**

    Mistura: Y=2,2+1,71980X0,5-0,22886X, r2 = 0,78**

    Mistura:Y=2,0+0,11464X-0,00096X2,r2 = 0,97** Mistura:Y=2,2+0,23173X-0,00196X2, r2 = 0,99**

    Pes

    o de

    mat

    ria

    sec

    a da

    par

    te a

    rea

    (g)

    FIGURA 3 -Equaes de regresso para peso de matria seca da parte area, de mudas de cafeeiro, em funo dasdoses da matria orgnica e dois tipos de adubao das fontes de matria orgnica. UFLA, Lavras, MG, 1997.

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    adubado com osmocote, apresentou um peso mximo de15,69g (Tabela 3). A diferena de 4,08g obtida a mais,representa 35,14%, o que mostra a maior eficincia doesterco de curral. Entretanto, para se conseguirem osmesmos valores de peso de matria seca da parte areaque o plantmax-caf, so necessrias doses de 36,0% dehmus de minhoca ou 53,1% de esterco de curral, am-bos adubados com osmocote. As referidas doses foramestimadas pelas equaes de regresso.

    CONCLUSES

    O fertilizante osmocote na frmula 15-10-10 deNPK, mais micronutrientes, superior mistura de clo-reto de potssio e superfosfato simples com adubaesfoliares em relao s caractersticas avaliadas.

    O esterco de curral na dose de 80%, adubadocom osmocote, o tratamento que apresenta os maioresvalores para as caractersticas altura de planta, peso dematria seca de razes e peso de matria seca da partearea, seguido pelo hmus de minhoca nas doses de 35a 55%, tambm adubado com osmocote, em compara-o com o substrato comercial plantmax-caf.

    O uso de substrato com doses acima de 40% deesterco de galinha ou moinha de caf provoca uma ele-vada porcentagem de morte das plntulas.

    O substrato plantmax-caf, adubado com osmo-cote, com ou sem adubaes foliares suplementares, um substrato adequado para produo de mudas de ca-feeiro, apesar de apresentar um comportamento inferiorao esterco de curral com dosagens acima de 50%.

    So necessrias doses de aproximadamente 50%de esterco de curral ou 35% de hmus de minhoca, am-bos adubados com osmocote, para se conseguir o mes-mo resultado do plantmax-caf adubado com osmocotee sem adubao foliar (substrato padro).

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