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Balbúrdia Infância: que ideias aproveitar? no português Recado da redação: Temas: Infância e Heróis. Por quê? Unimos essas temáticas, tratadas nos Balbúrdias 7 e 11, porque consideramos que podem ser um projeto temático. Menina questiona o sexismo nos brinquedos. http://www.youtube.com/watch?v=Lpp4Zt4caZY http://www. portaldeperiodi- cos.unisul.br/index.php/Linguagem_Disc urso/article/view/289/303 Este texto mostra como lerbrinquedos como objetos semióticos. Gilles Lipovetsky e Jean Serroy em um trecho do livro O Ecrã Global falam como a criança é representa- da no cinema. Dica de músicas: Sou uma criança não entendo nada (Erasmo Carlos). Sítio do pica-pau amarelo (Gilberto Gil). A valsa da bailarina (Adriana Partimpim). Oito anos (Paula Toller). http://www.youtube.com/watch?v=vlw003bFGkI http://www.youtube.com/watch?v=fLx8yxgg9O4 Educador Rubem Alves sendo entrevistado por Antônio Abu- jamra no programa Provoca- ções. Produção do gênero entrevista e linha do tempo. I Dados de Identificação: Proponente: Nathalia Madeira Araujo Quantidade de aulas: 4 períodos Duração: 3h10m Disciplina: Língua Portuguesa Série: 6° ano

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Balbúrdia Infância: que ideias aproveitar?

no português Recado da redação: Temas: Infância e Heróis.

Por quê? Unimos essas temáticas, tratadas nos Balbúrdias 7 e 11, porque consideramos que podem ser um projeto temático.

Menina questiona o sexismo nos brinquedos.

http://www.youtube.com/watch?v=Lpp4Zt4caZY

http://www. portaldeperiodi-cos.unisul.br/index.php/Linguagem_Disc

urso/article/view/289/303

Este texto mostra como “ler” brinquedos como

objetos semióticos.

Gilles Lipovetsky e Jean Serroy em um trecho do livro O Ecrã Global

falam como a criança é representa-da no cinema.

Dica de músicas:

Sou uma criança não entendo nada (Erasmo Carlos).

Sítio do pica-pau amarelo (Gilberto Gil).

A valsa da bailarina (Adriana Partimpim).

Oito anos (Paula Toller).

http://www.youtube.com/watch?v=vlw003bFGkI

http://www.youtube.com/watch?v=fLx8yxgg9O4

Educador Rubem Alves sendo entrevistado por Antônio Abu-jamra no programa Provoca-

ções.

Produção do gênero entrevista e linha do tempo.

I Dados de Identificação:

Proponente: Nathalia Madeira Araujo

Quantidade de aulas: 4 períodos

Duração: 3h10m

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 6° ano

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II Tema:

Produção do gênero entrevista e linha do tempo.

III Conteúdo:

Pretérito Imperfeito do indicativo e formulação de perguntas.

IV Objetivos:

Fazer com que os alunos aprendam a formular perguntas;

Oportunizar aos alunos o emprego dos verbos no pretérito imper-

feito do indicativo;

Trabalhar a noção de tempo;

Proporcionar que os alunos reflitam em torno da temática infân-

cia;

Fazer com que os alunos percebam que ao longo do tempo a fase da infância vem se modificando e reflitam em torno

dos valores de cada época;

Possibilitar que os alunos aprendam a diferença entre os gêneros entrevista e linha do tempo.

V Procedimentos:

1º Passo: O professor dever á iniciar o encontro retomando o conceito de pretér ito imper feito do indicativo, para re-

lembrar os alunos. Em seguida, deverá escrever no quadro a seguinte explicação:

2° Pas-

so: Após retomar o emprego do pretér ito imper feito do indicativo, o professor deverá perguntar para os alunos como

se formula perguntas, na sequência deverá entregar em folhas xerocadas os seguintes conceitos com base em ILARI (2001):

3° Passo: Após explicar os conceitos acima para o grupo, o professor deverá perguntar para os alunos do que se trata

uma entrevista, perguntar se conhecem, e se sabem em que meios circulam este gênero.

Definição de entrevista: Gênero da esfera jornalística que serve para obtenção de dados, é um gênero oral constituído

por perguntas e respostas, utilizado em programas de televisão, revistas, jornais, rádios, entre outros. Não é aconselhável a

utilização de gírias e chavões durante uma entrevista, de modo a facilitar a compreensão do público.

O pretérito imperfeito do indicativo é empregado quando queremos referenciar um fato que ocorria com fre-

quência no passado.

Exemplos: Na minha infância eu brincava de corda.

Nos meus aniversários sempre recebia muitos brinquedos de presente.

Na língua portuguesa as perguntas são classificadas em dois tipos: localizadas e polares. Nas localizadas da-

mos ao nosso ouvinte um breve relato de algum fato ocorrido, solicitando que o complete. Exemplo: Quem

roubou o brinquedo? Neste caso informamos o fato ocorrido e solicitamos que nosso ouvinte identifique quem

cometeu o roubo. Neste tipo de pergunta surgem os principais elementos linguísticos das palavras interrogati-

vas, como: quem, quando, qual, por que, como.

Nas perguntas polares damos ao nosso ouvinte um relato completo do fato ocorrido, solicitando que confirme

se é verdadeiro ou falso. Exemplo: Amanhã teremos aula? Neste caso promoveremos que nosso ouvinte res-

ponda sim ou não. Neste tipo de perguntas prevalece como elemento o tom interrogativo [?].

Perguntas indiretas e diretas: formulamos perguntas diretas, porém, também formulamos perguntas indiretas

utilizando verbos com o sentido de perguntar. Exemplos: Estou perguntando, Gostaria de saber.

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4° Passo: Solicitar que os alunos formulem perguntas com o intuito de descobr ir como era a infância na época de seus

pais, avós, vizinhos, entre outros. Para este fim, deverão utilizar o pretérito imperfeito do indicativo bem como o que apren-

deram sobre formulação de perguntas. Após o processo de formulação, os alunos irão ler suas perguntas para o grupo e ele-

ger coletivamente quais irão constituir a entrevista que realizarão.

Sugestão para a Entrevista:

Quais brincadeiras você mais gostava em sua infância?

Em que década você viveu sua infância?

Que tipos de brinquedos eram vendidos na época que você era criança?

Você tinha acesso à internet, jogos de vídeo game, entre outros?

Como eram os desenhos animados na sua época?

Qual era o seu preferido?

Você podia assistir televisão? Que tipos de música você escutava? 5° Passo: Solicitar que os alunos realizem a entrevista entre seus familiares, vizinhos, conhecidos, com a exigência que

seja uma pessoa nascida na década de 60, 70, 80, 90 e tragam prontas na próxima aula, somando 4 (quatro) entrevistas por

alunos.

6° Passo: Na aula seguinte, iniciar recolhendo todas as entrevistas dos alunos, na sequência separá -las por décadas,

dividir os alunos em quatro grandes grupos, cada grupo ficará com as reportagens referentes à uma década específica.

7°Passo: Explicar para os alunos no que consiste o gênero linha do tempo, e entregar para eles folhas xerocadas com a

definição da mesma e o exemplo.

Definição de linha do tempo: A linha do tempo é um gênero utilizado em escolas, empresas, universidades, e tem um

caráter de apresentação geral de um determinado assunto. É um mecanismo que nos permite organizar de forma clara e obje-

tiva transformações e ações que ocorreram ao longo do tempo. Pode ser confeccionada manualmente através de cartolinas,

cartazes e canetas, ou por ferramenta dos programas Word, Excel e PowerPoint.

8° Pas- so:

Após ter

explicado para os alunos no que consiste o gênero, realizar as seguintes perguntas para o grupo:

O que vocês notaram de diferente nas entrevistas que realizaram?

Vocês acreditam que em cada época as brincadeiras foram mudando?

Por que houve essa mudança?

O que vocês fazem hoje que antigamente não podiam fazer?

<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/aulas/15236/imagens/linha_tempo.jpg>

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9° Passo: Solicitar que cada grupo junte as informações da sua época e escrevam numa folha de ofício.

10° Passo: Em uma folha de papel pardo, a professora deverá juntamente com os alunos fazer uma linha, escrever

as décadas, e pedir que os grupos colem as informações sobre as infâncias que os entrevistados viveram em cada época.

VI Recursos:

Folhas xerocadas;

Papel pardo;

Canetas coloridas;

Folhas de ofício;

Cola. VII Avaliação:

Será avaliado o processo de compreensão dos conteúdos por parte dos alunos e se conseguiram realizar as atividades pro-

postas empregando os verbos no pretérito perfeito do indicativo e se conseguiram formular as perguntas.

VIII Referências:

CUNHA, Celso Ferreira da; CINTRA, Luis Filipe Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 5° ed. Rio de

Janeiro: Lexikon, 2008.

ILARI, Rodolfo. Introdução à semântica: brincando com a gramática. São Paulo: Contexto, 2001. p. 163-8.

Entrevista. Disponível em: <http://www.portugues.com.br /redacao/a-entrevista--um-genero-basicamente-oral-.html>.

Acesso em: 22 ago. 2013.

Verbos

I Dados de Identificação

Proponente: Jonas dos Santos

Numero de aulas: 4

Série: 6º ano

Disciplina: Língua Portuguesa

II Conteúdo (s):

Verbos

III Objetivos:

Objetivo Geral:

Refletir e discutir sobre Infância.

Objetivos Específicos:

Fazer com que os educandos levantem suas hipóteses de leitura;

Acionar os conhecimentos prévios dos alunos;

Desenvolver a leitura de imagens;

Auxiliar na formação de um leitor crítico e autônomo;

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Ampliar o repertório de leitura dos alunos;

Incentivar os alunos a se posicionarem perante os colegas;

Elaborar uma autobiografia;

Refletir sobre o uso dos pronomes.

IV Procedimento:

Iniciar a aula formando um círculo com as cadeiras e informar que será feita uma dinâmica que requer respeito e

saber ouvir a fala dos colegas;

Pedir para dez alunos encherem dez balões, antes de amarrarem, o professor irá colocar dentro de cada bexiga uma

pergunta, por exemplo:

a. O que é ser criança para você?

b. Ser criança é o mesmo que ter infância?

c. Toda criança tem infância?

d. A infância é igual pra todo mundo?

e. Como foi sua infância?

f. Quais brincadeiras que você brincava?

g. Sua infância foi boa, por quê?

h. Uma palavra que remeta à infância?

i. Uma palavra que resuma sua infância.

j. Você acha que a infância de sua mãe/pai foi diferente da sua? Por quê?

Começar a dinâmica com a música ao fundo “É bom ser criança” de Toquinho, em que o professor oferecerá um

balão para um dos alunos. A bexiga será passada de mão em mão. Quando o professor parar a música, o aluno que

estiver com o balão na mão irá estourá-lo e responderá à pergunta. A dinâmica terminará quando todas as pergun-

tas forem feitas e respondidas;

Apresentar para os alunos o documentário “A invenção da infância” de Liliana Sulzbach, pedindo para que eles

prestem atenção, pois serão feitas perguntas ao final do documentário;

Realizar perguntas quando acabar o documentário podendo, assim, perceber se houve compreensão sobre a temáti-

ca abordada, como:

a. O documentário aborda o quê?

b. É mostrada uma realidade de vida de qual região?

c. Como é vista a morte nesse contexto?

d. Por que as mulheres possuem tantos filhos?

e. Essa realidade acontece somente nessa região?

Mostrar em slides ou levar impresso o ensaio fotográfico “Los intocables” do artista cubano Erik Ravelo, que

aborda em fotos o abuso sofrido por crianças. Nesse ensaio as crianças aparecem crucificadas às mazelas atuais.

Levantar alguns questionamentos sobre o ensaio fotográfico, desenvolvendo assim a leitura das imagens visualiza-

das pelos jovens:

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a. Qual a sensação ao ver essas crianças sendo crucificadas?

b. O que o artista cubano tratou ao registrar essas fotos?

c. Por que você acha que Erik Ravelo colocou o nome “Los intocables” em seu ensaio?

d. Foram levadas para essas fotos questões sociais e políticas? Você acha que em nosso país acontecem esses fatos?

Por quê?

Comunicar aos alunos que será trabalho o gênero “Autobiografia”, que serve para conhecermos melhor a turma, a

partir de suas histórias relatadas;

Exibir em diversos exemplos as características comuns do gênero autobiografia, mostrando que esse gênero pode

ser abordado por meio de outro gênero, assim como em poemas, músicas, depoimentos e etc.;

Expor o poema “Autobiografia” de Graciliano Ramos, a música “1967” do rapper Marcelo D2, o depoimento de

Valéria PiassaPolizzi e o relato de Ivete Sangalo;

Iniciar a produção escrita em que o professor solicitará aos educandos a escrita de uma autobiografia, para que pos-

samos constatar os problemas que poderão surgir, como ortografia, coesão e coerência;

Refletir junto com os alunos sobre a classe gramatical “Verbos”: o que é um verbo, qual é a sua função em uma

oração, quais são os tempos verbais? Para isso, o professor, a partir da produção textual de um aluno, sem identifi-

car o nome do educando, discorrerá sobre as perguntas realizadas.

Contextualizar a aula de gramática com as produções dos educandos, sendo assim, retirar as orações escritas por

eles em que aparecem os verbos utilizados no texto e abordar essa classe gramatical.

V Recursos:

Quadro Negro ou Slides, DVD, balões, fotos impressas.

VI Referências:

Crianças são crucificadas em ensaio fotográfico. Disponível em: <http://www.opovo.com.br /app/maisnoticias/

curiosidades/2013/07/29/noticiascuriosidades3100927/criancas-sao-crucificadas-em-ensaio-fotografico-para-

denun.shtml>. Acesso em: 30 ago. 2013.

É bom ser criança. Disponível em: <http://letras.mus.br /toquinho/87224/>. Acesso em: 10 set. 2013.

SILVA, Jéssica Jerlane Ferreira da. et al. O gênero autobiografia em sala de aula: uma experiência no PIBID de língua

Portuguesa. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, [2012?].

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

SULZBACH, Liliana. A invenção da infância. Disponível em: <http://portacurtas.org.br/curtanaescola/pop_160.asp?575>.

Acesso em: 09 set. 2013.

As desigualdades sociais e o gênero debate

1 Dados de Identificação: 2 Tema:

Proponente: Rocheli Silveira Infância

Duração: 1h30m 3 Conteúdos:

Série: 8° ano As desigualdades sociais e o gênero debate

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4 Objetivos

- perceber qual a imagem que os adolescentes têm da infância;

-abordar as diferenças sociais;

- refletir sobre as crianças estarem tendo uma vida de adulto, perdendo assim a infância;

- evidenciar a importância de políticas públicas que alcancem a todos;

- relatar as possíveis estratégias de como diminuir a desigualdade social.

5 Procedimentos

Etapa 1

Para introduzir o assunto infância, a professora fará as seguintes perguntas para cada aluno:

Como foi sua infância?

O que é infância para você?

Etapa 2

Os alunos assistirão ao documentário A invenção da infância. Este vídeo mostra crianças de diferentes classes sociais, o que

cada uma faz no seu dia-a-dia, mostra também mães que perderam seus filhos por causa das dificuldades que enfrentam. E

nos deixa uma reflexão sobre as crianças estarem tendo uma vida igual a dos adultos, deixando assim a infância de ser uma

fase especial.

http://portacurtas.org.br/curtanaescola/pop_160.asp?Cod=672

Etapa 3

Após assistirem ao vídeo, os alunos serão divididos em grupos de até quatro componentes.

Cada grupo receberá uma ou duas questões listadas abaixo e deverá responder às perguntas relacionando com o que assisti-

ram no vídeo.

Questões:

Uma das mães entrevistadas diz que seu filho “morreu de morte”, você concorda com essa afirmação? Quem seriam

os responsáveis por essas mortes?

O trecho diz: “Para as crianças inventa-se a infância quando decide-se deixá-las brincar, ir à escola, ser criança”. Ser

criança então não significa ter infância?

O que é a invenção da infância?

O documentário mostra crianças de diferentes classes sociais, o que elas têm em comum?

Por que há tanta desigualdade entre essas crianças?

Por que as crianças são levadas a trabalhar?

Você concorda que na infância não se deveria trabalhar?

Comente a reflexão que o documentário propõe: “Uma época na qual crianças podem trabalhar como adultos, consu-

mir como adultos, partilhar das informações como adultos, não reconhecem o mundo infantil como diferente ou es-

pecial. Um mundo onde adultos e crianças compartilham da mesma realidade física e virtual é um mundo de iguais.”

O que cada um de nós poderia fazer para diminuir essas desigualdades?

Você acha que teve infância?

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Etapa 4

Nesta etapa os alunos deverão socializar com os colegas as respostas dadas na atividade anterior. O professor então promo-

verá um debate acerca do texto desenvolvido, questionando os alunos sobre o que os colegas responderam: se concordam,

se gostariam de acrescentar algo, ou, se não concordam, como se posicionariam. Para promover o debate, os alunos deverão

saber o que é o gênero debate e como se constitui.

6 Recursos

Data show, folha de ofício.

7 Avaliação

Nesta aula será avaliada a capacidade de desenvolvimento de atividade em grupo, além da posição crítica dos alunos ao

responderem as perguntas, e a aptidão na exposição oral.

Referências:

SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Relato da Elaboração de uma Sequência: o debate público. In:______. Gêneros orais e escri-

tos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. p. 213-224.

SULZBACH, Liliana. A invenção da infância. Disponível em: <http://portacurtas.org.br/curtanaescola/pop_160.asp?

cod=672&Exib=2575>. Acessado em: 21 ago. 2013.

Debate

Os autores Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz apontam três tipos diferentes de debates:

O debate de opinião de fundo controverso: posicionamentos diversos acerca de crenças e opiniões, para influen-

ciar a posição de outras pessoas bem como modificar ou precisar a sua própria posição.

O debate deliberativo: tomada de decisão quando há opiniões contrárias, neste caso o debate serviria como for-

ma de explicitação e negociação acerca dos motivos de cada um, traçando assim uma solução.

O debate para resolução de problemas: busca de uma solução coletiva para o problema encontrado a partir da

opinião de cada participante, e assim os demais formulariam as suas próprias opiniões.

Capacidades que os alunos devem ter ao debater, segundo Schneuwly e Dolz:

Capacidade de defender um ponto de vista ou um posicionamento.

Capacidade de comunicação, dentre elas, saber escutar o outro, tomada da palavra e controle da palavra entre os

participantes.

Capacidades fundamentais, como, retomada do discurso do outro, criticidade, escutar e respeitar a opinião do

outro e capacidade de tomar uma posição, de construir uma identidade e de se situar.

Referência

SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Relato da Elaboração de uma Sequência: o debate público. In:______. Gêneros orais e

escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. p. 213-224.

Infância e o tempo verbal pretérito

1 Dados de identificação: 2 Tema

Proponente: Hohanne da Silva Vilela Infância

Duração: 1h30min 3 Conteúdo

Série: oitavo ano Verbos – tempo verbal pretérito

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4 Objetivos

- lembrar a definição de verbo;

- conhecer os tempos verbais: pretérito perfeito, pretérito mais que perfeito, pretérito imperfeito;

- identificar tempos verbais estudados;

- aplicar tempos verbais estudados.

5 Procedimentos

1° etapa

A professora entregará aos alunos um poema que conterá verbos conjugados nos tempos pretérito perfeito, pretérito mais

que perfeito e pretérito imperfeito.

Um passarinho pediu a meu irmão para ser sua árvore.

Meu irmão aceitou de ser a árvore daquele passarinho.

No estágio de ser essa árvore, meu irmão aprendeu de

sol, de céu e de lua mais do que na escola.

No estágio de ser árvore meu irmão aprendeu para santo

mais do que os padres lhes ensinavam no internato.

Aprendeu com a natureza o perfume de Deus

seu olho no estágio de ser árvore aprendeu melhor o azul

E descobriu que uma casa vazia de cigarra esquecida

no tronco das árvores só serve pra poesia.

No estágio de ser árvore meu irmão descobriu que as árvores são vaidosas.

Que justamente aquela árvore na qual meu irmão se transformara,

envaidecia-se quando era nomeada para o entardecer dos pássaros

e tinha ciúmes da brancura que os lírios deixavam nos brejos.

Meu irmão agradecia a Deus aquela permanência em árvore

porque fez amizade com muitas borboletas.

2° etapa

A professora pedirá aos alunos que leiam o texto.

3° etapa

A professora pedirá que um aluno leia novamente o texto, dessa vez, para a turma.

4° etapa

A professora pedirá que os alunos identifiquem os verbos presentes no texto a partir de cada verso do poema.

5° etapa

A professora dirá a definição de verbo - “verbo é uma palavra de forma variável que exprime o que passa, isto é, um acon-

tecimento representado no tempo.” (CUNHA E CINTRA, 2008, p. 393) e apresentará três exemplos conjugados, respecti-

vamente, nos tempos verbais: pretérito perfeito, pretérito mais que perfeito, pretérito imperfeito. Tais tempos estão presen-

tes no texto, no modo indicativo – simples.

Exemplos:

Não estudei para prova.

Minha irmã estudava para as provas.

Ela estudara para prova.

6° etapa

A professora pedirá aos alunos que identifiquem qual é o tempo verbal predominante no texto.

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7° etapa

A professora pedirá que eles destaquem os verbos conjugados nos tempos verbais reiterados no texto, são eles: pretérito per-

feito, pretérito mais que perfeito, pretérito imperfeito.

8° etapa

A professora entregará uma folha a cada aluno. Nesta folha haverá um exercício que pede aos alunos reescreverem duas fra-

ses:

1° frase:

- Quem educa as crianças e os adolescentes?

Respostas:

- Quem educou as crianças e os adolescentes?

- Quem educava as crianças e os adolescentes?

- Quem educara as crianças e os adolescentes?

2° frase:

- A menina desenha bem.

Respostas:

- A menina desenhou bem.

- A menina desenhava bem.

- A menina desenhara bem.

6. Recursos

Folhas xerocadas.

7. Avaliação

Será avaliado se o aluno conseguiu identificar um verbo; se o aluno conseguiu identificar o tempo verbal pretérito; se o aluno

conseguiu aplicar a conjugação do tempo verbal visto em aula, em um período simples, ou seja, uma frase; se o aluno conse-

guirá aplicar a conjugação em períodos maiores, com uma sequência.

Referências

CUNHA, C. CINTRA, L. F. L. Nova Gramática do Português Brasileiro. 5° ed. Rio de Janeiro: Lexikon, 2008. (p. 393)

Disponível em <http://pensador.uol.com.br/poemas_de_manoel_de_barros/>. Acesso em: 20 jul. 2013.

TRABALHANDO COM O GÊNERO HISTÓRIA EM QUADRINHOS

Proponente: Millaine de Souza Carvalho.

Conteúdo: Adjetivo, locução adjetiva, ambiguidade.

Objetivos:

Promover o trabalho com itens gramaticais de modo contextualizado;

Desenvolver a capacidade dos alunos de identificar itens gramaticais em um texto, fazendo com que percebam qual a

O gênero história em quadrinhos está sendo denominado como hipergênero, utilizando-se de diferentes elementos

visuais, verbais e não-verbais, linguagem própria, uso, predominante, de sequências textuais narrativas.

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Trabalhar a interpretação;

Fazer com que os alunos percebam a relação existente entre os elementos que constituem o texto;

Proporcionar a identificação da questão norteadora do texto.

Procedimentos:

Pedir para que os alunos façam uma leitura silenciosa da história em quadrinhos abaixo;

Ler, juntamente com os alunos, esta história em quadrinhos;

Realizar a proposta de atividade presente abaixo.

Ativida- de 1:

1. No primeiro quadrinho Kiki confessa a Kaká que está apaixonadíssima.

a. A qual classificação gramatical da língua portuguesa pertence à palavra apaixonadíssima?

Resposta: Adjetivo.

“Adjetivo— é a classe de lexema que se caracteriza por constituir a delimitação, isto é, por caracterizar as possibili-

dades designativas do substantivo, orientando delimitativamente a referência a uma parte ou a um aspecto do denota-

do.” (BECHARA, 2009, p. 142)

b. Sabendo que a palavra apaixonadíssima é um adjetivo, em que grau ele está empregado?

Resposta: Adjetivo superlativo feminino singular. Assim, percebe-se que a palavra apaixonada, sofreu alterações gráfica no

superlativo absoluto. A utilização do sufixo –íssimo, prevê efeito de intensificação.

2. Ocorre, no segundo quadrinho, o emprego do adjetivo gracinha. De acordo com o contexto, o sufixo –inho acrescenta

à palavra graça qual sentido?

Resposta: Sabe-se que –inho --é um sufixo nominal diminutivo, porém, de acordo com o contexto, percebe-se que tal sufixo é

acrescentado à palavra graça alterando seu sentido primário. Na história em quadrinhos, Kiki utiliza a palavra gracinha para

referir-se a alguém afetuoso, querido, bonito, mimoso.

3. Se a palavra graça é escrita com “ç”, por qual motivo a palavra gracinha é escrita com “c”?

Resposta: De acordo com a gramática normativa da língua portuguesa, não se pode utilizar “ç” antes das vogais “e” e “i”.

4. O humor na história em quadrinhos acontece devido à ambiguidade provocada pela palavra cega, presente no último

quadrinho. Explique essa ambiguidade.

Resposta: A palavra cega na história em quadrinhos aparece no sentido denotativo, ou seja, no sentido do dicionário, cega

como aquela pessoa que não enxerga. Porém, a intenção de Kaká é dizer que a paixão pode fazer com que as pessoas não

percebam o verdadeiro caráter de um indivíduo.

5. Qual a importância de construções ambíguas para o efeito de humor, característico do gênero história em quadrinhos?

Resposta: O gênero história em quadrinhos trabalha com quebra de expectativas, esse rompimento é realizado, muitas vezes,

através de construções ambíguas, com o intuito de provocar humor.

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6. As histórias em quadrinhos costumam possuir títulos. Todavia as tiras, histórias em quadrinhos formadas por dois,

três, quatro quadros, geralmente não possuem título. Assim, construa um título para a tira presente na página anterior.

Atividade 2:

Sabendo que gracinha e apaixonadíssima, presentes na história em quadrinhos anterior, são adjetivos, e observando

os adjetivos bonito e gostoso e a locução adjetiva com recheio presentes no anuncio abaixo, localize adjetivos nas frases

abaixo e transforme-os em locuções adjetivas, percebendo o efeito de sentido produzido por essas alterações, assim como o

provocado pela utilização de dois adjetivos seguidos de uma localização adjetiva, no slo-

gan ao lado.

a. Maria tem um rosto angelical. Resposta: Maria tem um rosto de anjo.

b. O dia ontem foi chuvoso. Resposta: O dia ontem foi de chuva / com chuva.

c. Patrícia é brasileira. Resposta: Patrícia é do Brasil.

d. A carne que comemos ontem é bovina. Resposta: A carne que comemos ontem é

de boi.

e. A luz solar ilumina o dia. Resposta: A luz do sol ilumina o dia.

f. João não come carne bovina. Resposta: João não come carne de boi / de vaca.

g. Joana pintou as unhas com esmalte incolor. Resposta: Joana pintou as unhas com

esmalte sem cor.

h. Marcelo encara os desafios corajosamente. Resposta: Marcelo encara os desafios

com coragem.

i. O pneu traseiro do carro de Bianca furou. Resposta: O pneu de trás do carro de

Bianca furou.

j. Gabriel estava com dor estomacal. Resposta: Gabriel estava com dor de estômago.

Avaliação:

O professor pode avaliar a capacidade de compreensão dos alunos perante o gênero história em quadrinhos. Assim

como se eles perceberam com qual intuito utiliza-se ambiguidade, adjetivos, no gênero trabalhado. Além de, verificar se os

alunos realizaram as atividades propostas, pedindo, ao final, que eles construam uma história em quadrinhos a partir no que

aprenderam em aula.

Referencial teórico:

FERRAREZI JUNIOR, Celso. Semântica para a educação básica. São Paulo: Parábola Editorial, 2008. BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

Obra consultada:

CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Gramática reflexiva: texto, semântica e interação. 3. ed. São Paulo: Atual, 2009.

Conceito de ambiguidade:

“A ambiguidade é a possibilidade de um mesmo falante atribuir, a uma mesma sentença, em um mesmo contexto e em um

mesmo cenário, mais de um sentido. Essa característica pode ser propositadamente construída por quem formulou a senten-

ça, ou estar lá sem querer.” (FERRAREZI JUNIOR, 2008, p. 179)

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Balbúrdia no Português

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Dica de música

Balbúrdia Herói: que ideias aproveitar?

Heróis 'Super-Humanos' - aos 92 anos, vovó Olga é um fenômeno do

atletismo

http://www.youtube.com/watch?v=gNQK-gujbxA

Vale a pena conhecer!

Autores: William Irwin, Matt Morris e Tom Morris Editora: Madras Páginas: 256

The Wallflowers - Heroes

http://www.youtube.com/watch?v=ET_qnOnUUwM

Dica de música

Usain Bolt vencendo os super-heróis!

Produção dos gêneros tirinha, charge a partir da temática heróis

I Dados de Identificação:

Proponente: Nathalia Madeira Araujo

Quantidade de aulas: 3 períodos

Duração: 2h25m

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: 9° Ano (8 °série)

II Tema:

Produção dos gêneros tirinha, charge a partir da temática heróis. III Conteúdo:

Interjeições

IV Objetivos:

Fazer com que os alunos conheçam as interjeições;

Fazer com que os alunos reflitam sobre o emprego das interjeições;

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Possibilitar que o grupo conheça os gêneros tirinha e charge;

Proporcionar que o grupo produza os gêneros tirinha e charge refletindo sobre a importância do emprego de interjei-

ções.

V Procedimentos:

1º Passo: O professor deverá iniciar a aula transmitindo o conceito de inter jeição para os alunos, sugere-se que entre-

gue o conceito e os exemplos em folhas impressas para o grupo.

Definição de Interjeição:

2°Passo: Após dar a definição, o professor deverá solicitar que os alunos leiam a seguinte tir inha (que estará no mate-rial que foi entregue) e respondam às seguintes perguntas:

Perguntas:

a) Por que o menino Calvin está bravo com seu amigo Haroldo?

b) O que o menino Calvin pensa a respeito da leitura?

C) Vocês concordam com o posicionamento de Calvin, por quê?

d) Qual a expressão presente no texto que provoca a mudança de opinião?

Segundo Cunha & Cintra (2008, p. 605) as interjeições dividem-se em:

a) De alegria: ah! Oh! oba! opa!

b) De animação: avante! Coragem! eia! vamos!

c) De aplauso: bis! Bem! bravo! viva!

d) De desejo: oh! Oxalá!

e) De dor: ai! Ui!

f) De espanto ou surpresa: ah! Chi! Ih! Oh! Ué! Puxa!

g) De impaciência: hum! hem!

h) De invocação: alô! ô! ó! olá! psiu! psit!

i) De silêncio: psiu! Silêncio!

j) De suspensão: alto! basta! alto lá!

k) De terror: ui! uh!

<http://homoliteratus.com/wp-content/uploads/2012/09/calvin.jpg>

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e) Qual a emoção expressa por essa expressão?

f) Podemos afirmar que a expressão recebe o nome de interjeição? Por quê?

3°Passo: Após a leitura da tir inha, o professor deverá perguntar aos alunos se conhecem que tipo de texto ou gênero é

uma tirinha, na sequência deverá entregar folhas impressas com as seguintes definições de charge, tirinha e exemplos:

Definição de Tirinha:

A mais conhecida e publicada é a tira cômica, também chamada como tira de quadrinhos. É a que predomina nos

jornais brasileiros – e também da maioria dos países. A temática atrelada ao humor é uma das principais caracte-

rísticas do gênero tira cômica. Mas há outras: trata-se de um texto curto (dada a restrição do formato retangular,

que é fixo), construído em um ou mais quadrinhos, com presença de personagens fixos ou não, que cria uma nar-

rativa com desfecho inesperado no final. O gênero usa estratégias textuais semelhantes a uma piada para provocar

efeito de humor. Essa ligação é tão forte que se torna um híbrido de piada e quadrinhos, como demonstramos em

outro estudo (RAMOS, 2007). Por isso, muitos a rotulam como sendo efetivamente uma piada. Apesar de a tira

cômica ser a forma mais conhecida, não é o único gênero de tira existente. Há pelo menos dois outros: as tiras

cômicas seriadas e as tiras seriadas. (ARRIGONI, 2011)

Exemplo:

Definição de charge:

É um texto de humor que aborda algum fato ou tema ligado ao noticiário. De certa forma, ela recria o fato de for-

ma ficcional, estabelecendo com a notícia uma relação intertextual (ROMUALDO, 2000). Os políticos brasileiros

costumam ser grande fonte de inspiração (não é por acaso que a charge costuma aparecer na parte de política ou

de opinião dos jornais). (ARRIGONI, 2011)

Exemplo:

<http://3.bp.blogspot.com/ _YAu6jEUBBhQ/

TOMaD2KTFtI/AAAAAAAAAI8/OJik4_52Mfg/s320/charge7.jpg>

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4° Passo: O professor dever á explicar para o grupo os conceitos apresentados, bem como solicitar que os alunos ob-

servem como a utilização das interjeições está presente nas tiras cômicas e charges.

5° Passo: Após a explicação, o professor deverá perguntar para os alunos se eles gostam de ler tiras cômicas e char -

ges, em que meios são divulgados esses textos, bem como perguntará se os alunos possuem o hábito de ler histórias em qua-

drinhos. Logo após, deverá perguntar se gostam de ler histórias de super-heróis e quais são os seus super-heróis preferidos,

pedir que deem exemplos.

6° Passo: Entregar para os alunos folhas impressas com quadr inhos em branco e solicitar que os alunos inventem um

novo super-herói e produzam uma tirinha e uma charge com o mesmo herói. O grupo deverá empregar as interjeições para

expressar emoções.

7° Passo: Sugere-se que o professor faça um painel com papel pardo e juntamente com os alunos colem as charges e tiras

produzidas para expor nos corredores da escola.

VI Recursos:

Folhas xerocadas;

Papel pardo;

Canetas coloridas;

Cola;

Tesouras.

VII Avaliação:

Será avaliada a participação dos alunos no desenvolvimento das atividades, bem como a compreensão do conteúdo.

VIII Referências:

ARRIGONI, Mariana de Mello. Debatendo os conceitos de caricatura, charge e cartum. In: III Encontro Nacional de Estu-dos da Imagem, 3, 2011. Londrina. Anais. Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2011. Disponível em: < http://www.uel.br/eventos/eneimagem/anais2011/trabalhos/pdf/Mariana%20de%20Mello%20Arrigoni.pdf >. Acesso em: 22 ago. 2013.

CUNHA, Celso Ferreira da; CINTRA, Luis Filipe Lindley. Nova gramática do português contemporâneo. 5° ed. Rio de Ja-

neiro: Lexikon, 2008. p. 605-6.

O HERÓI na mídia

I Dados de Identificação:

Proponente: Rocheli Silveira

Duração: 3h

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: Ensino médio

II Tema:

Herói

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III Conteúdo:

A forma como a mídia manipula ao formar um herói e quem são os heróis de hoje.

IV Objetivos

refletir sobre qual imagem os alunos têm de um herói;

abordar a questão da manipulação das mídias;

ver como os alunos se portam ao serem questionados sobre a manipulação das mídias;

apontar a criticidade dos alunos ao escreverem uma resenha

V Procedimentos

1° Passo: A professora deve iniciar perguntando para cada aluno:

- Quem é o seu herói?

2° Passo: Os alunos assistir ão ao filme Herói por acidente. Este filme conta a histór ia de um vigar ista e farsante que

salva algumas pessoas em um acidente com um avião. Após o salvamento, a mídia oferece uma recompensa para o “Anjo do

Vôo 104” como passa a ser chamado o herói. Mas quem se apresenta como o herói é um mendigo, a quem o vigarista havia

contado toda a história, e a partir daí a mídia cria o herói que a sociedade deseja.

http:// images1.folha.com.br/livraria/images/b/9/1153362-

250x250.png

3° Passo: Após assistirem ao filme, a professora fará uma discussão acerca dos acontecimentos do filme.

Questões sugeridas para discussão:

- Quais são os requisitos que uma pessoa deve ter para ser considerada um “herói”?

- O que é um herói?

- O filme mostra como a mídia cria a imagem do herói. Vocês acham que na realidade isto também ocorre?

- Quem são os heróis que a mídia mostra hoje?

- Quem são os verdadeiros heróis?

4° Passo: Nesta etapa, a professora solicitará que os alunos façam em casa, para entrega na próxima aula, uma rese-

nha do filme Herói por acidente, assistido e discutido em aula. Para isso em aula anterior a professora deverá ter apresentado

o gênero resenha aos alunos, assim como segue abaixo:

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Resenha

Conceito:

“Resenha é a apresentação do conteúdo de uma obra. Consiste na leitura, no resumo, na crítica e na formulação de um conceito de valor do livro feitos pelo resenhista. […] O resenhista deve resumir o assunto e apontar as falhas e os erros de informações encontrados, sem entrar em muitos pormenores e, ao mesmo tempo, tecer elo-gios aos méritos da obra, desde que sinceros e ponderados.” (LAKATOS, 1985, p. 217-218)

Finalidade:

Informar ao leitor se a obra buscada pode ser utilizada.

Intensificar o diálogo entre pesquisadores.

Inteirar o leitor sobre quem é o autor.

Comparar a obra com outras na mesma área.

Socializar o conhecimento de obra com difícil acesso.

Organização textual: há quatro etapas que devem ser seguidas, segundo Motta-Roth e Hendges.

Apresentar: é informado sobre o que trata o livro, qual é público alvo, quem é o autor, a obra é comparada com outras e por fim o livro é inserido na disciplina.

Descrever o livro: Falar sobre como a obra foi organizada, identificar as ideias de cada parágrafo e inserir ou-tros materiais que falem do mesmo assunto.

Avaliar parte do livro: destacar algumas partes específicas que chamaram mais atenção.

(Não) recomendar o livro: inabilitar ou indicar a obra mesmo com as falhas apontadas.

Estrutura: para Oliveira a estrutura básica de uma resenha é a seguinte.

Referencia bibliográfica: deve conter a referência da obra utilizada.

Quem é o autor: apresentar o autor ou autores brevemente, quanto a sua carreira profissional.

Resumir a obra: apresentar como a obra se constitui, o assunto abordado, as ideias principais e a estrutura.

Conclusões do autor: apontar com transparência os resultados em que o autor chegou.

Obras de referência do autor: caso tenha, observar e informar quais foram utilizadas pelo autor.

Apreciação crítica do resenhista: As ideias do autor foram colocadas com clareza e coerência, a obra é objetiva

e o autor é idealista ou realista.

Indicação da obra: a qual público se destina a obra, a quem pode ser útil e em que curso pode ser utilizado.

Referências

LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1985. p. 217-218.

MEURER, J. L.; MOTTA-ROTH, D. Gêneros textuais e práticas discursivas: subsídios para o ensino da linguagem.

Bauru: EDUSC, 2002. p. 77-109.

MOTTA-ROTH, D.; HENDGES, G. R. Produção textual na universidade. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. p. 27-

49.

OLIVEIRA J. L. de. Texto acadêmico: técnicas de redação e de pesquisa científica. Petrópolis: Vozes, 2005. p. 105-

111.

Sugestão de outra atividade: pedir para que os alunos elaborem uma resenha de algum filme que tenham assistido e

gostado. As resenhas seriam socializadas com os demais colegas. Então seria escolhido pela turma o filme melhor resenhado

e este seria assistido.

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VI Recursos:

Televisão e aparelho de DVD ou data show.

VII Avaliação:

Nesta aula será avaliada a capacidade dos alunos em expressarem oralmente suas opiniões. Além disso, a professora avaliará

a escrita crítica dos alunos e a aptidão em escreverem uma resenha.

Referências

LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1985. p. 217-218.

MEURER, J. L.; MOTTA-ROTH, D. Gêneros textuais e práticas discursivas: subsídios para o ensino da linguagem. Bauru:

EDUSC, 2002. p. 77-109.

MOTTA-ROTH, D.; HENDGES, G. R. Produção textual na universidade. São Paulo: Parábola Editorial, 2010. p. 27-49.

OLIVEIRA J. L. de. Texto acadêmico: técnicas de redação e de pesquisa científica. Petrópolis: Vozes, 2005. p. 105-111.

Herói: Texto argumentativo

I Dados de Identificação:

Proponente: Hohanne Vilela

Disciplina: Língua Portuguesa

Série: ensino médio

II Tema:

Heróis

III Conteúdo:

Texto argumentativo

IV Objetivos:

reconhecer a importância dos sentidos e das definições de uma palavra;

compreender o texto argumentativo;

compreender as técnicas que devem ser utilizadas para a elaboração do texto;

verificar se os alunos conseguem expor suas opiniões de forma clara;

verificar se os alunos conseguem respeitar um percurso argumentativo adequado de forma a facilitar a leitura.

V. Procedimentos:

1º Passo: A professora perguntará aos alunos:

Quem sabe o que significa a palavra herói?

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Quando ouvimos ou lemos essa palavra, que imagens ou lembranças nos vêm à mente?

2° Passo: Sem responder a essa questão, a professora passará aos alunos um vídeo da turma da Mônica denominado

“Super-Heróis” do ano de 1988.

3° Passo: A professora perguntará:

Alguém já tinha visto esse vídeo?

Gostaram do vídeo?

Sobre o que o vídeo trata?

4° Passo: A professora perguntará:

Partindo do que vimos no vídeo, vocês acham que já podemos responder à questão inicial da aula?

Qual definição podemos estabelecer sobre a palavra herói?

5° Passo: A professora apresentará um slide com fotos de supostos heróis tanto da vida real como fantásticos, como

por exemplo: militares policiais, bombeiros, médicos, professores, ‘heróis da Marvel’.

6° Passo: A professora apresentará a car ta do petroleiro Carlos Augusto Lordelo Almeida para o apresentador Pedro

Bial que fala sobre os verdadeiros heróis.

Carta do petroleiro Carlos Augusto Lordelo Almeida da plataforma P-18 a Pedro Bial do BBB da TV Globo.

Prezado Senhor Pedro Bial

Digníssimo Jornalista, apresentador da Rede Globo de Televisão.

Confesso Sr. Bial que não sou expectador do programa que o senhor apresenta. Talvez para felicidade da minha

cultura e para infelicidade do índice de audiência, ao qual seu programa está atrelado. Mas tive durante um dia

desses, num dos raros casos fortuitos que o destino apresenta, a oportunidade de, por alguns minutos, apreciar o

tão falado Big Brother Brasil, o BBB.

Para minha surpresa, durante uma ou duas vezes o senhor, ao chamar os participantes para aparecerem no vídeo o

fez da seguinte maneira:

- Vamos agora falar com nossos heróis!

De imediato tive uma surpresa que me fez trepidar na cadeira. Heróis????

O senhor chama aqueles que passam alguns dias aboletados numa confortável casa, participando de festas, alguns

participando até de sessões de sexo sob os edredons, falando palavras chulas e no fim podendo ganhar um milhão

de reais, de heróis?

Pois bem Sr. Pedro Bial, eu trabalho numa Plataforma Marítima que se localiza a aproximadamente 180 km da

costa brasileira e contribuímos, mesmo modestamente, para que o nosso País alcançasse a autossuficiência em

Petróleo e continuamos lutando, todos nós, para superar esse patamar.

Neste último dia 26 de Fevereiro presenciamos um acidente com um dos Helicópteros que faz nosso transporte

entre a cidade de Campos e a Plataforma. As imagens que ficaram em nossa mente Sr. Bial, irão nos marcar para

o resto das nossas vidas. Os seus “heróis” Sr. Bial, são meros coadjuvantes de filmes de segunda categoria com-

parados com os atos de heroísmos que presenciamos naquele momento.

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Passo: A professora pedirá que um aluno leia a carta.

8° Passo: A professora perguntará:

Alguém já conhecia este texto?

O que acharam do texto? Gostaram?

Acham que a primeira suposta definição de heróis que construímos ainda é pertinente, depois do vídeo e do texto que

lemos?

É possível criar uma nova definição para a palavra herói?

Certamente o Senhor como Jornalista que é, deve estar a par de todo o acontecido. Mas sei que os detalhes o Sr.

desconhece.

Pois bem, perdemos alguns colegas. Colegas esses, Sr. Bial, que estavam indo para casa após haver trabalhado 15

dias em regime de confinamento. Não o confinamento a que estão sujeitos os seus “heróis”, pois eles têm toda

uma parafernália de conforto, segurança e bem estar, que difere um pouco da nossa realidade. Durante esse perío-

do de quinze dias esses colegas falaram com a família apenas por telefone. Não tiveram oportunidade de abraçar

seus filhos, de beijar suas esposas, de rever seus amigos e parentes… Logo após decolar desta Plataforma com

destino a suas casas o Helicóptero caiu no mar ceifando suas vidas de modo trágico e desesperador. E seus

“heróis” Sr. Bial, a que tipo de risco eles estão expostos? Talvez aos paredões das terças-feiras, a rejeição do pú-

blico, a não ganhar o prêmio milionário ou a não virar a celebridade da próxima novela das oito.

Os heróis daqui Sr. Bial foram aqueles que desceram num bote de resgate, mesmo com o mar apresentando um

suel desafiador. Nossos heróis Sr. Bial desceram numa baleeira, nossos heróis foram os mergulhadores, que de

pronto se colocaram à disposição para ajudar, mesmo que isso colocasse suas vidas em risco. Nossos heróis Sr.

Bial, não concorrem ao Prêmio de um Milhão de reais, não aparecem na mídia, nem mesmo os nomes deles são

divulgados. Mas são heróis na verdadeira acepção da palavra. São de carne e osso e não meros personagens mani-

pulados pelos índices de audiência. Nossos heróis convivem aqui no dia-a-dia, sem câmeras, sem aparecerem no

Faustão ou no Jô Soares.

Heróis, Sr. Bial são todos aqueles que diariamente, saem das suas casas, nas diversas cidades brasileiras, chegam

à Macaé ou Campos e embarcam com destino as Plataformas Marítimas, sem saber se regressarão às suas casas,

se ainda verão seus familiares, ou voltarão ilesos, pois tudo pode acontecer: numa curva da estrada, num acidente

de Helicóptero, no voo comercial de regresso a sua cidade de origem….

Não tenho autoridade suficiente para convidá-lo a conhecer nosso local de trabalho e consequentemente esses

nossos heróis, mas posso lhe garantir Senhor Bial, que caso o Sr. estivesse presente nesta plataforma durante

aquele fatídico acidente seu conceito de herói certamente seria outro.

Em memória dos colegas:

Durval Barros

Adinoelson Gomes

Guaraci Soares

Carlos Augusto Lordelo Almeida

Técnico de Segurança

Plataforma P-XVIII

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8° Passo: A professora perguntará aos alunos:

Qual de vocês tem um herói?

Quem é esse herói?

Por que o considera um herói?

Esse herói tem alguma característica parecida com a definição que estabelecemos aqui na turma?

9° Passo: A professora pedirá que os alunos recordem as caracter ísticas do texto argumentativo.

A professora falará ou complementará a fala do aluno que responder.

Vimos o gênero texto argumentativo.

Alguém lembra da estrutura desse gênero, desse texto?

Qual é a estrutura ?

10° Passo: A professora pedirá que cada aluno escreva um texto argumentativo, par tindo da estrutura (anexo 1)

proposta pelo autor Wander Emediato em seu livro “A fórmula do texto” (2004) em que o discurso argumentativo precisa

ter: afirmação, posicionamento, quadro de problematização, formulação dos argumentos e conclusão (p.161-2-3). O aluno

irá pesquisar sobre a temática proposta. O tempo para entrega do texto é de um mês. Os alunos terão de expor no texto as

seguintes observações:

escolher (podem procurar onde quiserem) uma definição de herói que é contra e uma que é a favor (esses heróis po-

dem ser reais ou fictícios).

trazer exemplos para comprovar essas opiniões.

explicar o por que eles são a favor de um tipo de herói e o por que eles são contra outro tipo.

VI. Recursos:

Data show, Vídeo, Folhas xerocadas.

VII. Avaliação:

Será avaliado se o aluno: entendeu a estrutura do gênero; conseguiu montar um percurso argumentativo adequado para o seu

nível de conhecimento a partir do que foi trabalhado em aula; utilizou o vocabulário adequado com a linguagem formal;

conseguiu expor adequadamente suas opiniões.

VIII. Observações:

A pesquisa para elaboração do texto pode ser realizada no laboratório de informática da escola.

Referência

EMEDIATO, Wander. A fórmula do texto: redação, argumentação e leitura. São Paulo: Geração Editorial, 2004. (p.161-2-3)

Anexo 1

Afirmação – é quando um sujeito afirma uma verdade sobre um acontecimento, em seguida expõe sua análise a partir dos principais termos que irão se contrapor abertamente ou não, a outra concepção sobre o mesmo acontecimento.

Posicionamento – o sujeito deixa explicita seu posicionamento sobre o acontecimento que esta sendo discutido. Esse posici-onamento pode discordar ou concordar com a afirmação.

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Quadro de problematizações – inicio da argumentação, a perspectiva que a argumentação vai aderir, depende de seu público alvo. Exemplos: perspectiva social, política, ideológica, religiosa, cientifica, matemática, epistemológica, moral.

Formulação dos argumentos – apresentação de argumentos que podem ser aceitos pelo público/ leitor. Exemplos: tipos de provas, à lógica dos raciocínios e princípios de explicitação e justificativa.

Conclusão – indução a qual se quer chegar a partir dos argumentos expostos.

Redação:

Hohanne da Silva Vilela

Jonas dos Santos

Nathalia Madeira Araujo

Millaine de Souza Carvalho

Rocheli Regina Predebon Silveira

Diagramação:

Hohanne da Silva Vilela

Luiz Fernando da Silva

Rocheli Regina Predebon Silveira

Revisão:

Grupo PET Letras

Coordenação:

Profa. Dra. Renata Silva

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