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Prof. Custódio

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Origem e conceito de moeda. Banco central e base monetária. Bancos comerciais, meios de pagamento e

multiplicação monetária. Instrumentos de controle monetário. Equilíbrio monetário. Equilíbrio no mercado monetário. Derivação gráfica do equilíbrio no mercado monetário. Determinação da curva LM. Variações exógenas e introdução à política monetária.

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• Os primeiros agrupamentos humanos, em geral nômades, realizavam trocas diretas em espécie, denominadas escambo.

• As necessidades eram limitadas a itens vitais como alimentação e proteção.

• Os membros do grupo desenvolviam primitivos processos de conservação de produtos extraídos da natureza, acumulando excedentes que se destinavam, num estágio mais avançado, as trocas.

• Tornava-se relativamente fácil a ocorrência de dupla coincidência numa operação rudimentar de troca, onde a compra não se distinguia da venda.

• A troca traduzia uma operação típica de escambo, sem intervenção de instrumentos monetários.

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• A partir da primeira revolução agrícola a vida social tornou-se mais complexa.

• A especialização e a divisão social do trabalho, ainda que em estágio primitivo, começaram a manifestar-se: guerreiros, agricultores, pastores, artesãos e sacerdotes, são algumas das funções.

• Para permitir o desenvolvimento das trocas, fundamentais para o progresso social, o escambo foi dando lugar, gradativamente, a processos indiretos de pagamento.

• A generalizada aceitação de determinados produtos, recebidos em pagamento das transações econômicas, configura a origem da moeda.

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• A moeda, mesmo em seu estágio mais primitivo, pode ser conceituada como um bem econômico qualquer de aceitação geral que desempenha as funções básicas de:

• Intermediário de trocas;• Medida de valor;• Reserva de valor.

• Cabe observar que aceitação geral é um fenômeno essencialmente social.

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• Função de intermediária de trocasSuperação da economia de escambo para economia monetária.

• Função de medida de valorOs bens e serviços passam a ter seus valores expressos em unidade

monetária.• Função de reserva de valor

Poder de aquisição, forma alternativa de guardar riqueza.• Função liberatória

Poder de saldar dívidas, de liquidar débitos.• Função de padrão de pagamentos diferidos

Capacidade de distribuir pagamentos ao longo do tempo.

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• Função de instrumento de poder

Os que detêm moeda possuem direitos de haver sobre os bens e serviços disponíveis no mercado, tanto maiores e mais amplos, quanto maior for a reserva de valor em moeda.

A moeda é um contrato social.

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• Indestrutibilidade e inalterabilidadeA moeda deve ser suficientemente durável, à medida que é

manuseada na intermediação das trocas.• HomogeneidadeDuas unidades monetárias do mesmo tipo e distintas, mas de igual

valor, devem ser rigorosamente iguais.• DivisibilidadeA moeda deve possuir múltiplos e submúltiplos de forma que as

transações possam realizar-se sem dificuldades.• Transferibilidade

Facilidade de transferência da moeda de um possuidor para outro.

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• Facilidade de manuseio e transporteO manuseio e o transporte da moeda não podem prejudicar nem

dificultar sua utilização.

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• As moedas-mercadorias.

• A origem e a evolução do metalismo.

• O aparecimento da moeda-papel.

• A criação da moeda fiduciária.

• A moeda bancária ou escritural.

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• O requisito necessário para que se depositasse confiança na moeda era sua utilidade para todos.

• O valor de uso servia, assim, de garantia para o valor de troca.

• Sal, arroz, trigo e o gado são alguns exemplos de moeda-mercadoria.

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• Em razão das características que uma moeda precisa possuir, os metais passam a substituir as moedas-mercadorias, principalmente, porque seu valor de uso não compromete nem compete tão diretamente com seu valor de troca.

• A utilização dos metais viabilizou o processo de cunhagem, o que garantiu a certificação do peso da moeda e de sua circulação.

• Na Idade Média, os senhores feudais assumiram o poder exclusivo de cunhar moedas e de alterar seu valor nominal.

• Inicialmente, os metais empregados foram o cobre, o bronze e, notadamente, o ferro. A abundância desses metais comprometia a função básica de reserva de valor.

• Progressivamente os metais não nobres foram sendo substituídos pelo ouro e pela prata que eram suficientemente escassos.

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• As moedas de ouro e prata apresentavam riscos de assaltos, comuns à época, ao serem transportadas por comerciantes que, na Idade Média, iam fazer negócios em lugares distantes.

• Passou-se a adotar o costume de depositar as moedas em instituições denominadas Casas de Custódia, que assumiam o compromisso de guardar tais valores para seus proprietários.

• Essas casas forneciam Certificados de depósito e, progressivamente, tais certificados passaram a ser usados como moeda.

• A moeda-papel teve por característica ser uma moeda representada por um papel, mas que era lastreada integralmente por metal precioso.

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• O uso generalizado da moeda-papel abriu campo para o surgimento de uma modalidade de moeda, não integralmente lastreada.

• A experiência da custódia e da conversibilidade mostrou que o lastro metálico integral (100%) em relação aos certificados em circulação não era necessário para a operacionalização desse novo sistema monetário.

• A confiança dos comerciantes e, de forma geral, da comunidade, nos fiéis e honrados depositários do ouro e da prata ensejou a criação da moeda fiduciária ou papel-moeda.

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• O desenvolvimento do sistema bancário e da intermediação financeira levou ao surgimento da moeda bancária ou escritural.

• A moeda escritural é representada pelos depósitos do público nos bancos comerciais e que são movimentados pelos seus titulares através de cartão ou cheques.

• É importante notar que a moeda , nesse caso, é o depósito e não o cheque.

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Banco Central — Trata-se de uma instituição, normalmente pública, cuja principal tarefa é a execução da Política Monetária visando a manutenção do valor da moeda nacional, assegurada pela estabilidade dos preços dos bens e serviços transacionados nos limites do país.

Base Monetária — Corresponde ao estoque líquido de papel-moeda, o que sugere a possível ocorrência de sua desacumulação. Por meio dela o Bacen executa parte da Política Monetária e garante a liquidez da economia.

Bacen emite base monetária

Bacen destrói base monetária

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Fontes primárias de criação ou destruição de base monetária:

Externa — materializada nas trocas de moeda nacional por divisas, gerando aumento ou queda nos níveis, tanto das reservas internacionais como da base monetária.

Interna — Ocorre quando o Bacen aumenta ou reduz o montante dos créditos ao governo (através da compra ou venda de títulos públicos) ou ao setor privado (através do mecanismo do redesconto), sobre os quais normalmente mantém controle.

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Outras definições de Base Monetária:

• Base Monetária = PMC + Reservas Bancárias• PMC = PMPP + Caixa dos Bancos Comerciais• Encaixes Banc. = Cx. Banc. Com. + Res. Bancárias• Base Monetária = PMPP + Encaixes Bancários

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Base Monetária é um passivo do Bacen e, como tal, não é uma propriedade sua e sim um compromisso que ele tem com a sociedade.

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Balanço Sintético do BacenAtivo Passivo

Reservas internacionais Base MonetáriaCrédito doméstico —Papel-moeda em circulação• ao setor privado • Em poder do público•ao setor público • Cx. Bancos comerciais

—Reservas bancárias

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MEIOS DE PAGAMENTO (M1) São os recursos monetários utilizados na economia para fazer pagamentos entre os agentes econômicos, também conhecidos como oferta de moeda, compreendem:

PAPEL MOEDA EM PODER DO PÚBLICO É o chamado dinheiro vivo carregado pelas pessoas e pelas organizações não bancárias por meio de seus caixas.

DEPÓSITO À VISTA NOS BANCOS COMERCIAIS É o dinheiro depositado em conta corrente no banco, também conhecido como moeda escritural. Por meio deles os bancos criam moeda ao emprestar dinheiro para outras pessoas, gerando um ciclo de depósitos (passivo) e empréstimos (ativo).

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Além do conceito tradicional de oferta monetária, tem-se desenvolvido outras definições que abrangem a quase-moeda, em virtude da relativa facilidade da conversibilidade desta em moeda. No Brasil, o Banco Central divulga, além do M1, os seguintes conceitos de moeda:

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Deve-se entender criação ou destruição de moeda como sendo a mesma coisa que criação ou destruição de meios de pagamento (no conceito tradicional, ou seja, M1).

Criação ou destruição de moeda envolve uma transação entre o setor bancário e o setor não bancário da economia.

Então teremos criação de moeda quando ocorrer uma troca entre um ativo não-monetário (de liquidez não imediata) do setor não-bancário por um ativo monetário do setor bancário.

Teremos destruição de moeda se a troca for entre um ativo monetário do setor não-bancário por um ativo não-monetário do setor bancário.

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Existe uma relação bastante estável e previsível entre base monetária e meios de pagamento. Assim, sabe-se que:

Sendo M o saldo dos meios de pagamento, B a base monetária e Km o multiplicador da base monetária.

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B.KMKB

Mmm

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Definem-se os seguintes coeficientes de comportamento:

Proporção de caixa do público (c):

Proporção que o público prefere manter sob a forma de depósito (d):

Relação encaixe/depósitos (r):

M

Pc

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M

Dd

D

Rr

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Assim, podemos obter o Multiplicador da Base Monetária:

Quanto maior o d, maior o valor de Km. Este é um fato lógico, pois quanto maior a propensão do público a utilizar a moeda escritural (medida por d), maior será a expansão da mesma e, por conseqüência, dos meios de pagamento.

Quanto maior o r , menor o valor de Km. Isto também é lógico, pois quanto maiores os encaixes bancários, menos recursos disponíveis os bancos têm para emprestar, o que reduzirá o processo de expansão da moeda escritural.

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r)d(11

1K m

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Dinâmica do Mercado

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INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA

Depósitos Compulsórios

Depósitos Compulsórios

Regula a expansão de M1 (moeda em circulação).

Regula a expansão de M1 (moeda em circulação).

Se: Dep. Compulsório M1Se: Dep. Compulsório M1

Se: Dep. Compulsório M1 Se: Dep. Compulsório M1

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INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA

Redesconto ouEmpréstimo de

Liquidez

Redesconto ouEmpréstimo de

Liquidez

Empréstimo aos bancos para fazer frente à necessidade momentânea de caixa.

As taxas cobradas têm um caráter punitivo (SELIC + spread de 14 a 20% a.a.).

Empréstimo aos bancos para fazer frente à necessidade momentânea de caixa.

As taxas cobradas têm um caráter punitivo (SELIC + spread de 14 a 20% a.a.).

Se: Taxa de juros M1Se: Taxa de juros M1

Se: Taxa de Juros M1

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INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MONETÁRIA

OpenMarketOpen

Market

Mais ágil de todos os instrumentos, pois permite o controle diário da oferta de moeda (M1) e o custo primário do dinheiro, através das operações de Overnight.

Mais ágil de todos os instrumentos, pois permite o controle diário da oferta de moeda (M1) e o custo primário do dinheiro, através das operações de Overnight.

Compra de títulos: M1 taxa juros primária

Venda de títulos: M1 taxa juros primária

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Mercado de Reservas Bancárias

Mercado de Reservas Bancárias

Taxa Selic

Mercado FinanceiroMercado

Financeiro

Poupança, CDB etc.

Poupança, CDB etc.

Financiamento

Financiamento

EmpréstimoEmpréstimo

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O MECANISMO DE TRANSMISSÃO DA POLÍTICA MONETÁRIA

TAXA SELIC

Taxas de Mercado

Preço dos Ativos

Expectativas

Crédito

Taxa de Câmbio

Choques Externos

Investimento Privado

Consumo de Bens

Duráveis

Exportações Líquidas

Preços Externos

Demanda Agregada

INFLAÇÃO

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Oferta de moeda Criação primária de moeda por parte do Bacen. Multiplicação pelo sistema bancário até se chegar aos meios

de pagamento (M1), também denominado oferta nominal de moeda (Ms).

Admite-se que o Bacen consegue manter um controle total sobre a emissão primária de moeda e sobre o seu processo de multiplicação pelos bancos.

Logo a oferta nominal de moeda é exógena, ou seja, não depende de qualquer outra variável econômica.

A oferta real de moeda (ms) é, por sua vez, a razão entre a oferta nominal e o índice de preços (P) ms = Ms/P

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Demanda por moeda No modelo macroeconômico que se está desenvolvendo, supõe-se a existência de apenas dois ativos:

Moeda e Títulos ( toda a riqueza dos agentes econômicos está guardada, exclusivamente, nas formas de moeda ou de títulos).

Diferenças fundamentais entre moeda e títulos:

• Somente a moeda tem a característica de ser generalizadamente aceita nas transações;

• A moeda não tem qualquer forma de rendimento, enquanto os títulos oferecem sempre algum tipo de ganho.

Se os títulos rendem juros, por que então os agentes econômicos mantêm moeda?

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Demanda transacional por moeda os agentes econômicos ao comprar bens e serviços precisam dela.

•Parece razoável que, quanto maior é a renda de um agente econômico, maior é a sua demanda por moeda transacional.

•Então, quando a renda aumenta, espera-se que se eleve a quantidade demandada de moeda com finalidade transacional.

•Trata-se de uma demanda por moeda em valor real, já que se destina a transações. Se os preços dos bens e serviços aumentam, o volume de moeda necessário para adquiri-los eleva-se igualmente. Podemos então escrever:

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)yk()y(mP

Mm T

TT

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y

m = M/PGráfico 2.1 Demanda transacional de moeda.

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)(yk

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Demanda especulativa de moeda Outra motivação para a retenção de moeda é a especulativa.

Se, somente os títulos rendem juros quanto maior é a taxa real de juros, maior é a demanda pelos títulos.

Como toda riqueza é distribuída entre títulos e moeda, uma maior demanda por um dos ativos significa uma menor demanda pelo outro.

Então, quando a taxa de juros se eleva, aumenta a quantidade demandada de títulos e reduz-se a quantidade demandada de moeda para fins especulativos. Pode-se então, escrever:

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)r()r(mP

Mm E

EE

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r

m = M/P

Gráfico 2.2 Demanda especulativa de moeda.

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)(r

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Função demanda por moeda:

Gráfico 2.3 Demanda total (transacional e especulativa) de moeda.

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)r()yk()r(m)y(mP

Mm ET

DD

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O equilíbrio no mercado monetário ocorre quando, como em qualquer outro mercado, as quantidades ofertadas e demandadas forem iguais, isto é:

O lado esquerdo é um valor conhecido, já que se sabe qual é o índice geral preços (P) e a oferta nominal de moeda (MS) , restando portanto, uma equação com duas variáveis (y e r).

Isso significa que não se tem uma solução única (um ponto) e sim infinitas situações (uma curva) de equilíbrio do mercado monetário, ou seja, existem infinitos pares de valores da renda e da taxa de juros que podem equilibrar o mercado monetário.

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)r()yk(P

MS

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y mD(r2)

y2 A2

mD(r1)

y1 A1 mD(r0)

y0 A0

0 MS/P0 m = M/P

Equilíbrio do mercado monetário.11/04/23O Mercado Monetário 40

A

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r

r2 A2

mD(y2) r1 A1

r0 A0 mD(y1)

mD(y0)

0 MS/P0 m = M/P

Equilíbrio do mercado monetário.11/04/23O Mercado Monetário 41

B

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r LM(P0)

r2 A2

r1 A1

r0 A0

0 y0 y1 y2 Y

Gráfico 2.4 Equilíbrio do mercado monetário.11/04/23O Mercado Monetário 42

C

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Gráfico 2.4 Equilíbrio do mercado monetário.

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Gráfico 2.5 Obtenção da curva LM pelo diagrama de quatro quadrantes.

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Gráfico 2.6 Aumento da oferta de moeda.

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Gráfico 2.7 Informatização do sistema financeiro.

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