21/02/2018 · 2018-02-21 · conceitos de economia ambiental e economia ecológica ... •...
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Economia do Meio Ambiente
Prof. Me. Érico Pagotto
Objetivo da disciplina
• ECONOMIA DO MEIO AMBIENTE (CEA-006):
o 02 aulas semanais
• Objetivo:
o Apresentar os fundamentos da Economia
tradicional e discutir a introdução das variáveis
ambientais nos processos de desenvolvimento da
sociedade.
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Ementa da disciplina
ECONOMIA DO MEIO AMBIENTE
• Conceitos de Economia Ambiental e Economia Ecológica
• Economia política da sustentabilidade
• Economia Criativa
• Orçamentação de projetos
• Empreendedorismo
• A Economia do Decrescimento
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Bibliografia da disciplina
Bibliografia básica:
• MAY, PETER H. Economia do meio ambiente – Teoria e Prática. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2010.
• PENTEADO, H. Ecoeconomia: uma nova abordagem. São Paulo: Lazuli, 2005.
Bibliografia complementar
• MOTTA, R. S. Economia Ambiental. São Paulo: FGV, 2006.
• MOTTA, R.S. Manual de valoração econômica de recursos ambientais.
Brasília: MMA, 1998.
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Apresentação do professor
Formação acadêmica:
• Graduado em Ecologia (UNESP)
• Mestrado em Mudanças Sociais e Participação Política (USP)
• Doutorando em Sustentabilidade (USP)
Especializações em:
• Administração (FAAP)
• Marketing (FGV)
• Gestão de Projetos Sociais (Anhanguera)
• Educação Ambiental (UFOP)
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Contatos
• E-mail: [email protected]
Online
• Blog do Prof. Pagotto: http://pagotto.wordpress.com
• Facebook: http://www.facebook.com/ericopagotto
• Lattes: http://lattes.cnpq.br/6346814122526987
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Contrato pedagógico
• Telefone celular no modo vibratório
• Proibido cigarro
• Postura em sala de aula:
o Horário das aulas
o Chegou, entra e senta
o Lista de presença/ chamada
o WC, intervalo
o Cuide de sua frequência!
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Dinâmica das aulas
• Aulas expositivas
• Atividades em sala de aula
o Teoria
o Exercícios
o Vídeos
o Debates
• Atividades extra-classe
o Leituras de artigos
o Filmes
o Projeto de recuperação de nascentes
o Plano de Negócios
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Notas e avaliações
• Duas provas escritas:
o 1º. Bim: Prova individual (70%)+Projeto Nascentes (20%)+Questionário (10%)
o 2º. Bim: Prova individual (70%)+Plano de negócios (20%)+Apresentação (10%)
• A prova é formada por:
o Questões dissertativas
o Testes de múltipla escolha
• Prova substitutiva
o Média inferior a 6.0
o Atestado
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Introdução à Economia do Meio Ambiente
• Economia e Globalização
Introdução
• Uma questão de escala
o Não precisamos “salvar o planeta”
o A sociedade é quem está ameaçada
• Todos os seres vivos dependem de todos
os seres vivos
o De onde vem o oxigênio?
o De onde vem a água?
o De onde vem o alimento?
• Não fossem os ecossistemas a Terra seria
uma tocha flamejante
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SERÁ?
O milagre da vida na Terra
• A Terra é um pedaço do Sol
• Bombardeada por cometas que trouxeram água
• Júpiter e a paz cósmica da Terra
• A existência do homem no tempo
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O milagre da vida na Terra
• “Tudo que vive merece viver” (Gandhi)
• O homem está interferindo num delicado
equilíbrio e criando um enorme conflito
o Cada um de nós faz parte deste conflito
o O ser humano criou o estilo de vida linear:
• extrai, produz, consome, descarta
o Só que não existe “jogar fora”!
o O homem transformou o planeta numa
lixeira, e mora nela – vivo!
Aceleração da crise global
• O banho de água quente
o Posso regular a temperatura pela torneira
o Tudo que a humanidade faz apenas aumenta a
temperatura do planeta
o Ex: degelo das calotas escurece o planeta, aumenta a
temperatura
• A crise só não é maior pela capacidade
homeostática do planeta
o Mas qual sua capacidade de resiliência?
• Mitigação de impactos
o É o q resta ao homem, impotente para regular o planeta
A origem do problema
• Nossa produção
• Nosso consumo
• Nossas ações diárias
• Nossa economia
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Man
Tratar as causas, não as consequências
• Causas x consequências
o Aquecimento global é consequência, não
causa
o Falta água em SP não pelo aquecimento
global, mas pelas ações humanas
o Zica é consequência da falta de
saneamento básico
• Darwin: nada diferencia o homem dos
outros animais (FATO!)
o Porém, o homem tem consciência
o O exossomatismo humano
Mito do desenvolvimento
econômico:
Economia
Meio ambiente
Sociedade
Realidade:
Meio ambiente
Sociedade, economia, e
relações ecológicas invisíveis
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Uma obsessão por crescimento!
O lixo no planeta
• É difícil mudar os hábitos
• Nada pode ser jogado fora
• Meta: lixo zero!
• O lixo e o plástico no oceano matam milhões de animais no mar
A sopa plástica nos oceanos
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Sustentabilidade?
Sistema econômico Sistema ecológico
Linear
• extrai-produz-consome-descarta
Circular
• Ciclo do Carbono, da Água, da VIDA
etc.
• Não existe “jogar fora”
Degenerativo
• usou, joga fora
Regenerativo
• Nada se cria, nada se destrói, tudo se
transforma
Crescimento infinito
• Obsessão pelo PIB
Finito
* Somos UM planeta
Atmosfera e energia
• O conflito ocorre na película mais externa da Terra
• A obsessão por petróleo
• Não há vida fora da Terra porque a atmosfera dos outros planetas é formada de CO2 e CH4 – ou seja, estamos criando um processo contra a vida!
• Para estabilizar os níveis de CO2 temos que reduzir emissões em 90%
• O homem ainda injeta no solo herbicidas, pesticidas
O problema demográfico
• Crescimento populacional mundial:
o 200 mil pessoas/ dia
o 1,4 mi / semana
o 1 México por ano
• Crescimento contínuo só ocorre em
3 situações:
o Vírus
o Células cancerosas
o Ser humano
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Histórico do consumo
• Consumismo tem 60 anos
• O impacto do homem no planeta deriva do nosso materialismo
• Capacidade de suporte do planeta pelo padrão estadunidense:
o 200 milhões de pessoas
Consequências globais
• Onde os sistemas econômicos se
desenvolvem, os sistemas ecológicos se
perdem
o Cidades da China não tem mais céu azul
o A cada 1,5 min, 1 campo de futebol a menos
na Amazônia (em 2016)
o 1 homem adulto produz 8 andares de lixo
o A indústria pesqueira tem redes pra embalar
o planeta 4x
o 95% da água da região sudeste vem da
Amazônia
CAUSAS da insustentabilidade
• Conflito entre economia e ecologia
• Explosão demográfica
• Consumismo desenfreado
• Crescimento econômico
• Limites físicos
• Comércio global
• Nosso conjunto de valores
A discussão que importa são as CAUSAS e não
apenas as CONSEQUÊNCIAS
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CONSEQUÊNCIAS da insustentabilidade
• Aquecimento global
• Contaminação do solo
• Esgotamento dos recursos hídricos
• Perda de florestas
• Extinção de espécies
• Queda na qualidade de vida
• Miséria
Teorias econômicas
• Partiram das leis da mecânica
• Sistemas econômicos são:
o Previsíveis, reversíveis, neutro pro meio ambiente
o Creem que todas as benesses sociais dependem do
crescimento
• Mitos tecnológicos:
o Não existem fatores de produção que não sejam
da natureza
o O capital não é substituto da natureza
o Economia não pode se restringir a fluxos,
quocientes e índices
o Não basta melhorar a eficiência, se a demanda
continua crescendo exponencialmente
A geração de renda e a qualidade de vida
• De cada U$ 100 apenas U$ 0,6
chegam aos mais pobres
• A partir de 1990 houve a maior
explosão de encarcerados dos EUA,
por causa do desenvolvimento
econômico
o 2,2 milhões de presidiários
• Antes as pessoas se realizavam pelo
trabalho, hoje as pessoas vivem para
trabalhar
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A finitude dos recursos naturais
• O planeta é uma ampulheta que não
pode ser desvirada
• O problema não é apenas que os
recursos vão acabar:
o A água é finita
o O solo urbano/ rural é finito
• O problema é como o planeta vai
reagir aos nossos impactos
o Somos dependentes da resiliência da
natureza
Mudanças em modelos mentais
• Entender os limites planetários
• Metas de crescimento das empresas e países é completamente irreal
• Matriz energética mais limpa, diversificada e carbono neutra
• A fome no mundo não se da pela falta de alimentos, mas pelo desperdício e ineficiência (1/4 é jogado fora)
• A solução não é aumento de produção, mas ganho de eficiência, com estabilização (steadystate) ou decrescimento (degrowth)
Risco de colapso global
• Várias sociedades já sofreram colapso por extinguirem seus ecossistemas
o Jared Diamond, “O Colapso” - ecocídio
o Rapa Nui, sumérios, vikings, etc.
• Os países desenvolvidos só se mantiveram pela exploração dos recursos de outros países
• Seis graus, de Mark Lynas
o Prêmio da Royal Society como “Melhor
Livro de Ciência 2008”
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DÚVIDAS?
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Elaboração de um projeto de recuperação de nascentes
• O que deve conter um projeto:
o Especificação técnica
o Orçamento
o Cronograma físico-financeiro
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Elaboração de um projeto de recuperação de nascentes
• Especificação técnica
o Também chamada de “memorial descritivo” ou
“termo de referência”
o É um documento técnico que descreve o projeto
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Elaboração de um projeto de recuperação de nascentes
• Um documento de especificação técnica é geralmente é
composto por:
1. Justificativa: por que o projeto deve ser feito
2. Objetivos: o que se pretende atingir
3. Metas: que quantidade o projeto deve atender
4. Método: passo a passo de sua execução
5. Insumos: matéria-prima para o projeto
6. Equipe responsável: coordenação, técnicos, assistentes
7. Indicadores de monitoramento: como vai acompanhar
periodicamente (geralmente mensal)
8. Prazo
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Elaboração de um projeto de recuperação de nascentes
• Orçamento:
o Define quanto o projeto vai custar
• Geralmente definido em dois tipos:
1. Matérias-primas
• Ex: mudas de árvores, cartilhas didáticas, etc.
2. Serviços
• Horas de trabalho da equipe técnica
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Agora vamos à prática!
1. Forme um grupo de 4 a 5 pessoas
2. Selecione uma nascente
3. Elabore um projeto contendo: termo de referência,
orçamento e cronograma.
• Para isso, basta preencher os campos amarelos nos modelos fornecidos pelo professor.
4. Prazo de entrega: __/___/______
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Por que as coisas custam o que custam?
Antes, alguns conceitos teóricos...
Fatores de produção
• Fatores de produção são os insumos necessários para que a
economia produza
• São eles:
o Trabalho
o Capital
o Tecnologia
o Capacidade empresarial
o Recursos naturais
Teoria geral da formação de preços
• Em uma economia (neo)liberal:
o As empresas definem O QUE vão fabricar,
QUANTO vão produzir e POR QUANTO vão vender
o O consumidor, por sua vez, decide se vai comprar
ou não, e quanto está disposto a pagar
• O governo em geral não intervém nos
preços do mercado (exceto quando há
racionamento)
o Quando o governo intervém, diz-se que não se estão
seguindo as leis de (livre) mercado
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As leis de mercado
• É sempre o vendedor quem fixa o preço
o Se houver negociação, elas serão feitas com
base em padrões de mercado
• Na chamada “concorrência perfeita”, os
preços estão em equilíbrio
• Quanto menor a concorrência, maiores
os preços
o Por isso oligopólios são ruins para o
consumidor
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Tipos de demandas por produtos
• Demanda elástica (sensíveis
ao preço)
o Produtos industrializados
• Ex: celulares
o Serviços em geral
• Ex: viagens
• Demanda inelástica (menos
sensíveis ao preço)
o Commodities agrícolas
(dependem da safra)
o Extrativismo mineral (petróleo e
gás)
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ELÁSTICA
Ex: governo tabela o
preço dos combustíveis
ou da energia.Preço não altera com a
variação do consumo
INELÁSTICA
Ex: Sal de cozinha.Não será mais
consumido se baixar o
preço
Formação dos preços de demanda elástica
• A formação dos preços de produtos cuja
demanda seja elástica é feita pelo
FABRICANTE
o Produtos industrializados
o Serviços
• Depende dos custos de produção:
o Mão de obra
o Matérias-primas
o Tecnologia
o Lucro (mark up)
o Concorrência
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Formação dos preços de demanda inelástica ou pouco elástica
• Preços são determinados pelo
COMPRADOR
• São definidos por “leilões” em bolsa de
valores
o Ex: se o petróleo está em falta, sobe o preço
devido à demanda
o Se houve geada e quebra na produção, sobem
os preços
o Se houver superprodução, destroem para
manter o preço
• Estão fortemente sujeitos à especulação
• Discutir a importância da armazenagem na
elasticidade dos preços
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Os preços políticos
• Por questões estratégicas, o governo intervém nos preços de alguns produtos
especificamente (ex: petróleo)
• Ainda que os custos de produção sejam muito variáveis (Brasil, Venezuela,
Arábia Saudita), os preços são regulados no mercado internacional
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Os preços dos produtos padronizados
• Produtos padronizados são geralmente matérias-primas comoditizadas
o Aço, madeira, químicos, tecidos, etc.
• Em alguns casos pode haver um número muito maior de fornecedores que de compradores, formando um oligopsônio. Ex:
o Indústria de cigarros x plantadores de tabaco
o Frigoríficos x granjas
o Fabricantes de vinho x plantadores de uva
o Indústrias têxteis x costureiros
• Aqui, compradores ditam os preços
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Preços de produtos não-padronizados
• É a chamada “concorrência
monopolística”
• São aqueles que já passaram pela
industrialização
o Variam na cor, formato, tamanho,
apresentação, etc.
o São produtos “de marca”
o Tem valores realçados pela publicidade
• Aqui, é o fabricante quem define o preço
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Política Macroeconômica
• Em um governo neoliberal, suas ações devem ficar restritas ao mínimo: saúde, educação, justiça, etc.
• Em relação à Economia, cabe a ele:
o Alto nível de emprego
o Estabilidade de preços
o Distribuição de renda socialmente justa
o Crescimento e desenvolvimento econômico
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Alto nível de emprego
• Até 1929, havia pleno emprego, mesmo numa economia liberal
• A economia keynesiana passou a vigorar desde então, ora com mais, ora menos intervenção governamental
• Do ponto-de-vista das empresas, não é bom que haja pleno emprego, pois isto fortalece o poder sindical, encarece a mão-de-obra e diminui os lucros
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Estabilidade de preços
• A inflação é taxa que mede o aumento dos preços
• Quanto maior a inflação:
o Menor o poder de compra
o Maior o risco de inadimplência
o Maiores as taxas de juros
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Distribuição de renda no Brasil
• Anos 60/70: industrialização do país, altos investimentos do Governo, aumento da dívida pública
o Aumento nas diferenças de renda em função da escolaridade
o “Teoria do Bolo”
• Anos 80: crise econômica, estagflação
• Anos 90: estabilização da moeda, adoção do tripé macroeconômico
• Anos 00: programas de transferência de renda, economia interna aquecida, aumento da renda
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Ind. Gini
PIB per
capita
Lula /
Dilma Collor/
FHC
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Crescimento econômico
• O crescimento econômico de um país é medido pelo PIB
o Indicador problemático!
• Várias teorias já apontam para os “limites do crescimento”
• No Brasil, a melhoria da distribuição de renda (v. gráfico Índice de Gini) aconteceu no período de maior crescimento econômico
o PARADIGMA: existiria outra forma de melhorarmos?
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Instrumentos macroeconômicos governamentais
• Política monetária (taxa de juros)
• Política fiscal (impostos x despesa pública )
• Produção econômica (PIB)
• Nível de preços
• Taxa de desemprego
• Taxa de câmbio
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Vamos falar um pouco
sobre cada um deles...
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Política monetária
• É o “preço do dinheiro”, ou quanto custa pedir $ emprestado
• O Brasil está entre os países com as maiores taxas de juros do mundo
o Bom para investir em bancos, não no setor produtivo
• Manter a taxa alta diminui a inflação
o No longo prazo, pode provocar recessão (“desindustrialização”)
o Pode gerar desemprego
o Atrai maus investidores (“oportunistas”)
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Política fiscal
• Define como o governo arrecada e investe seus recursos
• Principais instrumentos:
o Impostos
o Despesas de governo: custo da máquina, benefícios sociais, subsídios, investimentos em infraestrutura
o Orçamento de governo
• Leitura recomendada:
o http://www8d.senado.gov.br/dwweb/abreDoc.html?docId=684730
o FATORELLI, M.L. Banqueiros capturaram o Estado brasileiro: http://www.auditoriacidada.org.br/
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R$ 962 bi
Ajuste fiscal
• Significa ajustar o quanto o governo gasta ao quanto ele recebe
• É possível equilibrar a contas do Governo Federal sem onerar os
trabalhadores?
• Algumas possibilidades...
R$ 4 bi
Cobrar imposto das igrejas como das empresas
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R$ 5 bi (reduzir ao menos 25%)
Reduzir despesas no Legislativo
Cobrar multas ambientais aplicadas
R$ 6 bi
R$ 18 bi
Evitar despesas desnecessárias
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R$ 22 bi
Conter aumentos no Judiciário
Diminuir em, no mínimo, 10% a sonegação de impostos
500 empresas devem R$ 392 bi
Vale: R$ 41 bi
Parmalat: R$ 25 bi
Laodse Duarte (Fiesp) R$ 6,9 bi
Times da 1ª. divisão: R$ 4,8 bi
JBS R$ 2,4 bi
Globo: R$ 358 mi
R$ 60 bi (só Vale e Parmalat)
R$ 100 bi
Criar um imposto sobre grandes fortunas
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Reduzir as desonerações fiscais
R$ 450 bi
R$ 673 bi (-70%)
Auditoria da dívida pública
ExercíciosResponda em dupla e entregue impresso ao professor na próxima aula. Coloque nome completo e RA
1. O que é uma demanda pouco elástica? Por que alguns produtos são mais sensíveis ao aumento
de preço do que outros?
2. Qual a importância da armazenagem na elasticidade dos preços?
3. É possível afirmar que o preço dos combustíveis no Brasil são preços políticos? Por que?
4. Explique o que é concorrência monopolística, e cite dois exemplos
5. Quais são os fatores que influenciaram a melhoria na distribuição de renda do brasileiro a partir
do século XXI?
6. É possível haver melhoria da distribuição de renda sem crescimento econômico? Explique.
7. Quais são os problemas da adoção do PIB como indicador de desenvolvimento de um país?
8. Em sua opinião, quais os principais desafios da política fiscal brasileira?
9. No cenário atual, que fazer para gerar empregos no Brasil?
10. Explique a proposta de ajuste fiscal do atual governo, e discuta-a.
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Economia e sociedade
• Economia solidária
• Economia criativa
• Empreendedorismo social
Economia Criativa
• Como fazer dinheiro a partir de boas
ideias:
- Patrimônio cultural
- Artes dramáticas
- Audiovisual
- Serviços criativos (ex: P&D)
- Novas mídias
- Design
- Educomunicação
- Artes visuais
Vantagens da Economia Criativa
• Baixo impacto ambiental
• Preserva e valoriza o patrimônio
cultural (intangível)
• Ajuda a formar identidades
• Cria pontes entre culturas
• Reafirma a diversidade cultural
• Recupera tradições e saberes
• Aumenta a participação
democrática
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Empreendedorismo social
• Conceito ainda em formação
• É um tipo de empreendedorismo
que busca soluções inovadoras
para problemas sociais e
ambientais inspirando
pessoas e apontando caminhos
para mudanças sociais
Características do empreendedorismo social
1. É coletivo e integrado
2. Produz bens ou serviços para
comunidades locais (ou globais)
3. Foco socioambiental
4. Sua medida de desempenho é o
impacto e a transformação social
5. Visa gerar capital social, inclusão
e emancipação, resgatando
pessoas de situações de risco
Histórico
• No Brasil
o Início dos anos 80:
- empregados assumem fábricas falidas (Cooperminas, Walling, Tecelagem Parahyba).
- MST organiza cooperativas agropecuárias
o Anos 90:
- Acirramento da crise econômica
- Várias experiências de autogestão
- Evolução do conceito de “economia solidária”
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Benefícios do Empreendedorismo Social e da Economia Solidária
o Empoderamento social
o Despertar de consciências para
potencialidades e perspectivas de
desenvolvimento
o Mudança de valores e na auto-estima
o Aumento da participação coletiva em
processos endógenos
o Conexão das pessoas com sua terra, sua
cultura e sua cidade
o Estímulo ao surgimento de novas ideias
criativas e sustentáveis
o Inclusão social e melhoria da qualidade de
vida
Quem faz o empreendedorismo social
No Brasil
• Artemisia
• Pipa
• Ashoka
No Mundo
• Fundação Schwab
• Enviu
...vários outros exemplos...
Combate à fome
• Programa Mesa Brasil (SESC)
- Doação de alimentos que não tem
mais condições de serem
comercializados
• Banco de Alimentos
- Em 2012 mais de 2 mil toneladas de
alimentos distribuídos
- Recolhidos de 587 empresas
parceiras
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Educomunicação
• A internet na favela e a expressão das
identidades:
- O jovem não é só mais um
- A perspectiva de integração
- Cultura compartilhada
- Música, filmes, fotos, arte...
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A Escola de Notícias e a Educomunicação
Prof. Érico Pagotto -
Debate
Leia em dupla os textos fornecidos pelo
professor, e depois apresente à sala:
• Quais as datas das notícias que você leu?
• Do que trata o texto que você leu?
• Como você avalia a iniciativa do negócio em
questão?
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Prof. Érico Pagotto -
Empreendedorismo
Identificando oportunidades
• Onde estão as oportunidades?
• Métodos e técnicas para criação e avaliação de
oportunidades
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Fontes de novas ideias
• Ser curioso e questionador
• Ter mente aberta para o novo
• Estar bem informado
• Brainstorming
• Conversar com pessoas de diferentes
formações, classes sociais, culturas, etc.
• Viajar
• Visitar institutos de pesquisas, universidades,
feiras de negócios, empresas, etc.
• Participar de conferências e congressos
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Prof. Érico Pagotto -
Diferenciando ideias de oportunidades
O que importa não é o ineditismo de uma
ideia, mas como se trabalha a
oportunidade
• Ideias revolucionárias são raras
• Produtos exclusivos não existem
• Concorrentes sempre existirão
Prof. Érico Pagotto -
Diferenciando ideias de oportunidades
Uma ideia sozinha não vale nada
O que importa é implementá-la:
• Quem comprará?
• Qual o número de clientes
potenciais?
• Tem mercado?
• Quem atende este mercado
atualmente e como (ou seja, quem
são seus concorrentes atuais)?
Prof. Érico Pagotto -
Ideia certa no momento errado
Negócios ultrapassados:
• Mídias físicas (CD/DVD),
• TVs 3D
Negócios promissores:
• Desenvolvimento de softwares,
mercado de entretenimento,
energias renováveis, prestação
de serviços, terceira idade
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Prof. Érico Pagotto -
Experiência como diferencial
EVITE
• Apostar em um negócio cuja área lhe seja desconhecida
• Empreender motivado apenas por dinheiro (ele é consequência)
• Acreditar apenas na opinião alheia
• Empreender por necessidade
BUSQUE
• Fazer o que gosta
• Atuar em áreas que você conheça
• Pensar no longo prazo
• Ter um propósito mais elevado
• Empreender por senso de oportunidade e preparo
95Prof. Érico Pagotto -
Prof. Érico Pagotto -
Causas de insucesso dos pequenos empreendimentos (Sebrae, 2011)
1. Saque de dinheiro para despesas pessoais.
2. Ausência de um plano de negócios compatível com a realidade do
mercado.
3. Falta de capital de giro para as operações.
4. Concorrência mais ágil e preços melhores.
5. Desconhecimento técnico, principalmente dos sócios.
6. Modismo.
7. Baixos investimentos em comunicação com subordinados e sócios.
8. Vender a prazo sem levar em conta o capital de giro.
9. Baixa qualificação da mão-de-obra
10. Acumular dívidas e utilizar recursos emprestados, a uma alta taxa de
juros, para suportar os gastos da empresa.
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Prof. Érico Pagotto -
Importância do Plano de Negócios
É o caminho lógico e racional que se espera de
um bom administrador
• Plano de negócios não é preencher modelos
• Precisa ter:
- Fundamento
- Estudo
- Pesquisa
Prof. Érico Pagotto -
O que é o Plano de Negócios?
Documento que serve para esclarecer:
• Em que negócio você está?
• O que você realmente vende?
• Qual é o seu mercado-alvo?
• Como atingir as metas?
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A quem se destina o Plano de Negócios?
• Parceiros: definir estratégias, táticas e operações
• Bancos: conseguir financiamento, expandir
• Investidores: atrair recursos
• Fornecedores: negociar compras e pagamentos de insumos
• Colaboradores: definir visão e modo de ação
• Clientes: definir mercado e comunicação
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Estrutura básica de um Plano
• Capa
• Índice ou sumário
• Resumo ou sumário executivo
• Descrição da empresa
• Produtos e serviços
• Análises: estratégica, de mercado, etc.
• Planos de ações específicos: RH, operações,
marketing e finanças
• Anexos (se houver)
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Capa
• Nome da empresa
• Endereço
• Telefone com DDD
• E-mail e website
• Logotipo (se houver)
• Nome e cargo dos
autores do plano
• Data
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Sumário executivo ou resumo
Deve responder às questões:
• O quê: qual o objetivo, e quem e o que se apresenta
• Onde: onde está localizada a empresa e qual seu mercado
• Por quê: porque se precisa de dinheiro
• Como: como utilizará o dinheiro, como gerará caixa, e como
pretende pagar
• Quanto: quanto necessita, e quanto vai gerar
• Quando: prazos gerais do plano
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Descrição geral da empresa
• Nome
• Equipe gerencial
• Infraestrutura
• Localização
• Fornecedores
• Parceiros
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Produtos e serviços
De que tipo de empresa estamos falando?
• Produtor
• Fabricante
• Atacadista
• Varejista
• Serviços
Já há um portfolio de produtos/serviços?
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Mercado competidor
• Quem são os concorrentes?
• O que eles vendem?
• Como atuam?
• Quais seus mercados?
• Comparar, ponto a ponto, suas forças e
fraquezas
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Mercado consumidor
Descrever seus clientes
• Onde moram?
• País, estado, município, região, área urbana ou rural, etc.
• Como eles são?
• Faixa etária, gênero, escolaridade, etc.
• Como vivem, e o que fazem?
• Trabalham, estudam, divertem-se... Como e onde?
• Como consomem?
• Diariamente? Frequentemente? Raramente?
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Marketing e vendas
Os 4 P’s:
• Produto
• Preço (posicionamento)
• Praça (logística)
• Promoção (comunicação)
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Análise estratégica
Matriz SWOT :
• Streghts: forças
• Weakness: fraquezas
• Oportunities: oportunidades
• Threats: ameaças
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Plano financeiro
- Balanço patrimonial
• Ativos - passivos = patrimônio líquido
- Fluxo de caixa
- Ponto de equilíbrio
Receita
Custo
Plano de negócios ou Canvas?
• Planos de negócios são
ferramentas essenciais no
planejamento de um novo
empreendimento
• Planos de negócios e canvas
não se excluem
• Podem existir juntos
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O que é um Canvas?
• É uma simplificação do Plano de Negócios
• É menos formal
• É mais rápido, porém NÃO deve ser subestimado!
• Um plano de negócios leva semanas ou meses
• Um canvas pode ser desenhado em dias ou horas
• Objetivo do canvas é permitir enxergar todo o plano
de negócios em UMA PÁGINA
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O que compõe um Canvas?
1. Segmentos de Cliente
2. Propostas de Valor
3. Canais de Distribuição
4. Relacionamentos com o Cliente
5. Atividades Chave
6. Recursos Chave
7. Parcerias Chave
8. Estrutura de Custo
9. Fluxos de Receita
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Modelo de CanvasProjeto: Criado por: Data: Versão:
Parceiros e
fornecedores
Atividades chaves Proposta de valor Relacionamento
com o cliente
Segmentos de
clientes
Recursos chaves Canais de
distribuição
Estimativa de custo Fluxo de receita
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Como preencher um Canvas?
• Não há regra!
• Não há certo ou
errado!
• Dicas:
- Comece pelos
“Segmentos do
Cliente”
- Depois pule para
“Proposta de
Valor”
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Conceitos do Canvas
1. Segmentos de Cliente:
Quem você pretende
atender?
2. Propostas de Valor:
O que você agrega de
diferencial, de valor
para estes clientes?
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Conceitos do Canvas
3. Canais de Distribuição
Como você se comunica
com o cliente, e como
entrega seus produtos ao
mercado?
4. Relacionamentos com o
Cliente
Como você adquire, mantém
e aumenta seus clientes?
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Conceitos do Canvas
5. Atividades Chave
Que atividades você precisa
desenvolver para que seu
negócio prospere?
6. Recursos Chave
Qual a infraestrutura e equipe
necessárias para que o seu
negócio funcione?
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Conceitos do Canvas
7. Parceiros e fornecedores
Quem vai lhe auxiliar a obter
recursos chaves, minimizar ou
evitar custos?
Trabalhará com parceiros?
Quem serão seus fornecedores?
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Conceitos do Canvas
8. Estrutura de Custo (por ano)
Quais são os principais custos do
seu negócio?
Quais os mais caros?
9. Fluxos de Receita (por ano)
Quais suas fontes de receita?
Como e com que frequência sesu
clientes pagam por seus
produtos ou serviços?
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121Prof. Érico Pagotto -
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A busca por financiamento
Questões importante em Empreendedorismo:
1. Idealizar um negócio viável
2. Escrever um bom plano de negócios
3. Buscar financiamento para a sua ideia
4. Administrar sua empresa
Hoje falaremos do terceiro ponto...
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De onde vem o dinheiro?
Pode vir de DUAS fontes:
1. Endividamento
- Empréstimo: simples e rápido
- Mantem o controle acionário
- Cobram juros altos (risco alto)
- Há o risco de não conseguir pagar
2. Equidade
- Venda de ações por dinheiro ou ativos
- Empresa adquire novos “sócios”
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Empresas em estágio inicial...
...geralmente buscam dinheiro por endividamento:
• Empréstimos
• Economias pessoais (família, amigos)
• Anjos
• Entrada em incubadoras
• Programas governamentais
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Empresas mais maduras...
...recém-saídas de incubadoras, ou já ativas
no mercado:
• São mais atraentes aos investidores
• Oferecem, teoricamente, menos risco que as
iniciantes
Em ambos os casos o plano de negócios é a
ferramenta mais básica
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Fontes pessoais
• Fontes próprias (“bootstrapping”) ou
de amigos
• Baseia-se na confiança do amigo
• Pode prejudicar a amizade
• Por dívida ou por equidade
• Economias pessoais:
- FGTS
- Venda de bens (casa, carro)
- Cartão de crédito
- Etc.
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Investidores “anjos”
• É uma pessoa FÍSICA
• É um capitalista de risco que possui
dinheiro e gosta de empreender
• Coloca o seed money (dinheiro semente
inicial)
• Surgimento recente no mercado
• Não se envolvem na gestão do negócio,
mas gostam de opinar e ser conselheiros
• Esperam retorno do investimento em 3 a
5 anos (start ups)
• http://www.anjosdobrasil.net/
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Capital de risco (venture capital)
• Partem geralmente de bancos ou
associações de empresas
• Buscam negócios com alto
potencial de retorno:
- Software e hardware
- TIC’s
- Tecnologias: bio, nano, geo
- Eletrônica etc.
• Trabalham com “carteiras de
investimentos”
• Não é para empresas iniciantes
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130Prof. Érico Pagotto -
Etapas de investimento
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Programas do governo brasileiro
• Fapesp
• Finep
• BNDES
• CNPq: RHAE (bolsas)
• Sebrae
• Programas governamentais – Ex.:
• Programa Inovar – capital de
risco
Até aqui...
• ...DÚVIDAS?
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O grande dilema da Economia:
“Produzir sem destruir”
• De onde vem o dinheiro e a Economia?
Extrai Produz Consume Descarta
IMPACTO
Impacto Impacto Impacto Impacto
Os impactos como “falhas” na Economia
Se o processo econômico
gera impactos, ou
“falhas” nos processos,
bastaria mitigá-los...
• ...será?
Prof. Me. Érico Pagotto 134http://pagotto.wordpress.com
A visão da Economia Política
• Recursos são finitos
• A responsabilidade sobre seu uso é intertemporal/
intergeracional
• Há que se impor limites (“escala” de uso dos recursos)
• Agentes econômicos:
o Sociedade
o Cultura
o Moral
o Ideologia
• Há que se considerar também as
incertezas ecológicas
Prof. Me. Érico Pagotto 135http://pagotto.wordpress.com
Escolhas
públicas:
• Sociedade
• Governo
• Etc.
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Assim, para a Economia Política...
• O enfrentamento do futuro é uma decisão ética e
cultural
• Qualquer que seja a decisão, só terá sentido se for
coletiva, e não individual
• Também é importante dizer que existem escolhas
MAIS IMPACTANTES ou MENOS IMPACTANTES
o Eficiência na utilização dos recursos
o Eliminar a poluição
o Redução no consumo
Prof. Me. Érico Pagotto 136http://pagotto.wordpress.com
Economia Política:
campo da Economia
que trata das
estratégias de projeção
de cenários futuros
Economia Política:
campo da Economia
que trata das
estratégias de projeção
de cenários futuros
Desenvolvimento humano
• Um ecossistema em equilíbrio não é estático!
• É possível haver uma sociedade que viva em equilíbrio com seus
ecossistema
• Por ex:
o A agricultura não é, necessariamente, incompatível com a conservação
ambiental
o Resiliência ambiental e Pegada ecológica: população x consumo
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A esta altura você pode estar se perguntando...
• É possível existir uma sociedade em que se tenha
alta qualidade de vida e baixa pegada ecológica?
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A necessidade de mudança é urgente
• O progresso tecnológico ajuda a diminuir o
impacto da pegada ecológica, mas nunca
será capaz de eliminá-la
o 2ª. Lei da Termodinâmica: Entropia
• Ultrapassar a “capacidade de suporte” do
planeta terá graves consequências
• A capacidade de suporte do planeta não é,
e jamais será conhecida
o Princípio da precaução
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No início dos anos 70...
• Primeira conferencia mundial sobre meio ambiente
o Eco-72, em Estocolmo
• Clube de Roma publica “Os limites do crescimento”
o Conhecido como “Relatório Meadows”
o Propunha parar de crescer (steady state)
• Em 2008 a CSIRO - Commonwealth Scientific and
Industrial Research Organisation, da Austrália, confirmou
as previsões do Relatório Meadows
o "Uma comparação de 'Os Limites do Crescimento' com trinta
anos de realidade“
o Comparou 30 anos de dados: de 72 a 2002
o Concluiu que haverá um colapso econômico e social no século 21
Prof. Me. Érico Pagotto 143http://pagotto.wordpress.com
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Desenvolvimento sustentável como conciliador
• “Os limites do crescimento”
o Polêmico, pois os países em
desenvolvimento ainda precisam
desenvolver-se
o O que significa desenvolver-se?
• Crescimento é necessário, mas não
suficiente para o fim da pobreza e
diferenças sociais: o DS como conciliador
o Muitas definições de DS
o Todas muito vagas
o Quais políticas públicas? Como?
Prof. Me. Érico Pagotto 145http://pagotto.wordpress.com
The Donut Theory
A crise, no entanto, só aumenta
• Mudanças climáticas
• Produção de resíduos
• Perda da biodiversidade
• Desertificação dos solos
• Escassez de água
• Impacto sobre a produção de alimentos
• Transgenia irresponsável
• Crescimento urbano
• Perda da mobilidade urbana
• Queda da qualidade de vida e de trabalho
Prof. Me. Érico Pagotto 146http://pagotto.wordpress.com
A saída do impasse pela Economia
Na impossibilidade de consenso, duas possíveis visões:
• Economia Ambiental
• Economia Ecológica
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Economia Ambiental (ou Verde)
Filha direta da Economia Neoclássica (tradicional) - antropocêntrica
• Considera recursos naturais como insumos infinitos
• A produção “ótima” é uma questão de alocação de recursos
• O mercado é livre, e os preços são função da raridade do recurso
• Aposta no desenvolvimento tecnológico como mitigador e no capital (ou
trabalho) como substituto aos fatores de produção
o É a “sustentabilidade fraca”
Prof. Me. Érico Pagotto 148http://pagotto.wordpress.com
Críticas à Economia Ambiental
• Críticas às hipóteses
o Capital e recursos naturais não são intercambiáveis
o O “capital natural” é finito e esgotável
• Crítica à metodologia
o A precificação dos produtos que consumiram recursos
naturais não contabiliza os custos e serviços
ecossistêmicos
• Ex: o preço da folha de papel nunca pagará a perda da biodiversidade da Mata Atlântica
o Só vai saber o preço REAL de um produto se souber
quanto custou realmente (do ponto de vista do meio
ambiente), e só vai saber quanto custou se os insumos
tiverem um preço
Prof. Me. Érico Pagotto 149http://pagotto.wordpress.com
Collor Itamar FHC Lula Dilma
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Críticas à Economia Ambiental
• Na impossibilidade de se calcular o preço
“real” de um bem, quem define o preço é
MERCADO
o Quanto mais raro, mais caro, e vice-versa
• ...será que esse critério é bom?!
o Quanto valem a biodiversidade, os ciclos
biogeoquímicos, a capacidade de
autodepuração de um rio...?
• Críticas ao princípio do poluidor-pagador
Prof. Me. Érico Pagotto 151http://pagotto.wordpress.com
Críticas à Economia Ambiental
• Criticas à ecoeficiência
o A “despiora” ambiental
• Efeito rebote ou Paradoxo de
Jevons
o Barateamento de um bem faz
aumentar o consumo
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Economia Ecológica
• Disciplina holística, transdisciplinar e
ecocêntrica
• A Economia é um subsistema da Ecologia
• Os recursos naturais são finitos
• A distribuição dos recursos deve ser socialmente
justa
• Serviços ecossistêmicos não mensuráveis são
bens públicos
o Ou seja, de todos os seres humanos
• Ou seja, impossível mensurar seu valor de troca
Prof. Me. Érico Pagotto 153http://pagotto.wordpress.com
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Economia Ecológica
• Baseada na Economia Institucional e no papel
do Estado
• Economia Institucional:
o O Estado como principal ator e mediador dos
processos econômicos
o Taxas Pigouvianas: do lixo, da água, da energia,
etc.
• O problema das certificações ambientais da iniciativa
privada
Prof. Me. Érico Pagotto 154http://pagotto.wordpress.com
Ext
ern
alid
ad
elu
cro
custo
Preço
Taxas
pigou-
veanas
Economia Ecológica
• Progresso científico e tecnológico é fundamental para aumentar a eficiência no uso dos recursos naturais
• A capacidade de “melhoria tecnológica”, no entanto, é limitada
• Não é possível sustentabilidade sem estabilização ou diminuição no consumo
• O resultado econômico dos impactos ambientais é cumulativo e irreversível
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Economia Ecológica
• Na Economia Ecológica, os preços seriam definidos pela sociedade como um todo em função de:
o Que tecnologia pretende utilizar (mais limpa, mais suja)
o Que distribuição de renda é aceitável
o Que fatia dos bens e serviços ambientais pretende desfrutar (bem-estar)
o Seu nível de solidariedade intra e intergeracional
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SUSTENTABILIDADE
No sentido de o que se
pretende sustentar, e por
quanto tempo
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Valoração econômica e complexidade ecossistêmica
• Todos os modelos de valoração econômica são extrapolações da realidade ecológica sem necessariamente um significado físico real
• A utilização de um modelo ou de outro envolve FAZER ESCOLHAS
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Precisão (quantitativo)
Generalidade (sistêmico)
Realismo (qualitativo)
Atributos de um modelo de
valoração ecológico-econômico
Capitalismo e meio ambiente
• A única coisa que impede a estabilização ou diminuição do consumo é o capitalismo
• Na monarquia feudal, as decisões eram tomadas com base no que o monarca julgava bom, e não apenas com base na racionalidade econômica
• Valores:
o Religiosos
o Estéticos
o Culturais
o Sociais
o Altruísticos
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Capitalismo e meio ambiente
• No capitalismo industrial, o liberalismo econômico elimina os controles sociais sobre os recursos (humanos e ambientais).
o VANTAGEM: acelerou o desenvolvimento
tecnológico
o DESVANTAGEM: exploração brutal da força
de trabalho
o CONSEQUÊNCIA: surgimento e ascensão do
sindicalismo
• O meio ambiente, que não era fator restritivo, não foi “sindicalizado”!
Prof. Me. Érico Pagotto 159http://pagotto.wordpress.com
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Capitalismo e meio ambiente
• Os efeitos da degradação ambiental levaram mais que uma geração para surgir
• Havia uma crença de que quanto mais se produzisse, melhor seria a qualidade de vida
o E o não o oposto!
• Havia também uma crença de que quem produzia, sabia o que estava fazendo
• O aumento da renda não implicou no aumento da felicidade
o Paradoxo de Easterling: renda e felicidade não estão diretamente relacionados
o Crescimento da renda x crescimento no. produtos
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Capitalismo e meio ambiente
• Estudos demonstram que o que traz felicidade é a fuga da rotina
• A elevação dos níveis de renda eleva também os preços dos produtos, dos espaços e dos tempos
• Assim, a elevação da renda frequentemente leva a uma real diminuição na capacidade de consumo
• Ela também pode resultar num menor tempo livre para realização de atividades de lazer
Capitalismo e meio ambiente
• Protestos mundiais contra a globalização mostram que:
o O sistema é eficiente, mas não é justo
• A internet é um veículo para comunicação e informação, e favorece uma “cultura da contestação” (social empowerment)
o Importante para a consciência ecológica
o Emersão de movimentos conservadores
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Emersão do conservadorismo
1. Inglaterra, França e Dinamarca: 30% dos eleitores
2. São diversificados: jovens, desempregados, classe média, neonazistas, fascistas, xenófobos, racistas, homofóbicos, islamofóbicos, anticomunistas, antissemitas, misóginos, fanáticos religiosos, etc.
3. Consequências da crise econômica e desemprego
4. Fatores históricos (no caso da Europa)
5. Populismo: “a favor do povo e contra as elites”
6. Omissão da esquerda, dos governos e dos movimentos sociais
Leia mais sobre a aula de hoje
• ROMEIRO, Ademar Ribeiro . Economia ou
economia política da sustentabilidade - ISBN
8535209654. In: Peter H. May; Maria Cecília
Lustosa; Valéria da Vinha; Ademar Ribeiro
Romeiro. (Org.). Economia do Meio
Ambiente - Teoria e Prática. Rio de Janeiro:
Editora Campus, 2003, v. 1, p. 1-29.
Decrescimento
• Introdução à teoria econômica do Decrescimento
21/02/2018
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O decrescimento não é um absurdo
• É um movimento social consistente
• Presente na Itália, França, Espanha,
Bélgica, e vários outros países
• É apoiado pelos Partidos Verdes
europeus
• Visíveis nos protestos contra as grandes
obras de infraestrutura nestes países
O que é decrescimento?
• É uma nova proposta política apartidária
• Visa “acabar com o jargão politicamente correto
dos drogados do produtivismo” (Ariés, 2005)
o Não é crescimento negativo
o Não é redução nas taxas de crescimento
• Decrescimento é “acrescimento”
o É o abando da fé no progresso e da religião da
Economia
• É uma crítica radical
• Sua meta é viver melhor, trabalhando menos e
consumindo menos
A batalha das palavras e das ideias
• Para Latouche (2007), o “desenvolvimento atual” é:
o Antropocêntrico
o Etnocida
o Sedutor
o Violento
o Imperialista
o Estuprador do imaginário
• Para este autor, o lema do decrescimento é:
o “descolonizar o imaginário”
21/02/2018
57
Extensa bibliografia
Pilares do decrescimento
• Os recursos naturais são finitos
• Energia dissipada é irreversível
• “A Economia Neoclássica é um disparate
ecológico”
• A Terra é a nossa espaçonave
• “Quem acredita que é possível um
crescimento infinito ou é louco ou é
economista!”
Nicholas Georgescu-Roegen
Economista – 1970
O vício em crescimento
• A desaceleração do crescimento
ou sua parada gera insegurança,
crise e pânico
• O trabalhador é um biodigestor
que metaboliza trabalho de
salário e vice-versa andando em
círculos de casa, trabalho e
supermercado
Consumismo
Workaholismo
Má alimentação
Sedentarismo Problemas de saúde física e
mental
Vício em remédios ou
drogas
Felicidade ferida
A sociedade do
hiperconsumo
(LIPOVETSKY,
2006)
21/02/2018
58
Três incitações ao crime:
PUBLICIDADE
Desejo de consumir
CRÉDITO
Produz os meios
OBSOLESCÊNCIA
Renova necessidades
Números da Publicidade
Publicidade no Brasil:
R$ 132 bilhões (2015)
ou
R$ 660/ pessoa/ ano
Orçamento geral da União:
Pagamento de juros aos bancos: R$ 962 bi
Gestão ambiental: R$ 2,9 bi
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59
A alga verde e o caracol
• Teorema da alga verde:
o Embora leve décadas pra colonizar metade
do lago, no último ano ela o mata
rapidamente
o Seríamos nós a alga?
Reduzir a população: uma falsa solução
• Embora seja necessário reduzir a
população, sabe-se que isto não será
possível neste século
• Só diminuir não adianta:
- A questão da pegada ecológica
- A divisão social dos recursos
• Como se dará a partilha de recursos?
o Políticas autoritárias?
o Métodos coercitivos e barbárie?
o Voluntariamente?
• Este é o desafio do
decrescimento!
A corrupção política do crescimento
• O crescimento econômico só aumenta a polarização:
+ RICOS
Consumo
Condomínios
Controle da mídia e dos
meios de produção
+ POBRES
Periferização
Manipulação midiática e
fanatismo
Perda da proteção social
Aculturação
GOVERNOS
Populismo, corrupção, criminalidade
Neoliberalismo da economia, individualismo x coletivismo
21/02/2018
60
Decrescimento: uma utopia concreta
O crescimento hoje só é rentável
porque seu peso recai sobre:
o Natureza
o Futuras gerações
o Saúde pública
o Condições de trabalho
o Países em desenvolvimento
O decrescimento como projeto local
• Inventar a democracia ecológica local
o As redes de “ecomunicipalidades” autônomas
o http://www.comunivirtuosi.org/
• Recuperar a autonomia econômica local
o Menos fluxos, menos desperdícios
o Mais ambiente, mais emprego, mais relações
sociais
• Propor iniciativas decrescentes locais
o Enquanto o governo não assume o decrescimento,
várias iniciativas possíveis de movimentos sociais
o Transporte, alimentação, educação, produção, lixo,
etc.
O decrescimento é reformista ou revolucionário?
• Sem dúvida, revolucionário!
o Revolução não necessariamente é
guerra e sangue
• O capitalismo é uma catástrofe que
cava seu próprio túmulo
o Problema é que os vencidos estão
divididos, desestruturados,
desculturados e pouco propensos a
qualquer revolução
• O potencial revolucionário não é
incompatível com o reformismo, mas
sim com o terrorismo
21/02/2018
61
As pautas decrescimentistas
1. Resgatar uma pegada ecológica igual ou inferior a um planeta
2. Internalizar custos dos transportes por meio de ecotaxas
3. Relocalizar as atividades
4. Restaurar a agricultura campesina
5. Transformar ganhos de produtividade em redução de tempo de trabalho e em criação de novos postos
As pautas decrescimentistas
6. Valorizar a “produção” de bens relacionais ao invés dos materiais
7. Reduzir o desperdício de energia
8. Reorientar a pesquisa tecnocientíficade acordo com as novas aspirações
9. Limitar a mobilidade de empresas transnacionais
10.Eliminar o sigilo bancário das grandes fortunas e cobrar delas impostos
Não faltam
opções: falta
implementação!
As pautas decrescimentistas
11.Controlar por meio de leis e taxas os três incitadores ao crime: publicidade, crédito e obsolescência
12.Obrigar as empresas a contratarem seguros dos riscos reais de suas operações
13....
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A “política do tempo”: trabalho para todos numa sociedade do decrescimento
• Não é possível resolver os problemas
ambientais sem resolver os problemas
sociais
o E vice-versa!
• Decrescimento não é incompatível com
aumento nos postos de trabalho
o Ao contrário!
o Mudanças na matriz energética, na produção
de comida, reflorestamento, nos serviços
(saúde, educação, assistência social,
puericultura, ebiatria, geriatria, cultura, lazer,
gestão ambiental) etc.
• Os salários, no entanto, deverão ser
substancialmente mais baixos
O decrescimento é assimilável no capitalismo?
• O problema não é a moeda ou o lucro:
o o problema são as relações econômicas,
o o sistema
o a lógica da acumulação, do poder e do
excesso
o O desejo irrefreável de consumo
• O decrescimento é um “ecossocialismo”
o Mas jamais um ecototalitarismo!
Dúvidas?