21022011

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Fale conosco | Redação: (82) 3033.2189 | Comercial: (82) 3325.2815 | Atendimento ao assinante: (82) 3033.5213 | Internet: http://www.primeiraedicao.com.br e d ição Ano 7 | Edição 403 | Maceió, Alagoas, 21 a 28 de fevereiro, 2011 | R$2,00 PRIMEIRA Água mineral é outra coisa Se você aprecia água mineral de verdade, tome cuidado. Existe água mineral, e existem águas adicionadas com sais. Uma coisa é gato, outra é lebre. Na página B-5, veja matéria mostrando a diferença entre os dois tipos de água. Mega salta para R$ 23 milhões A Mega-Sena deste sábado (19) não teve acertador. As dezenas sorteadas: 04-06-39-46-54-58. O prêmio para 4ª feira (23) deverá ser de R$ 23 milhões, segundo estimativa da CEF. A Quina vai pagar R$ 21.208,42 a 74 acertadores. Teotonio Vilela e demais governadores do Nordeste participam de encontro com Dilma Rousseff, nesta segunda-feira, em Sergipe REBELIÕES, TRÁFICO E MORTES NO ‘INFERNO PRISIONAL’ DE ALAGOAS Ministro apóia Alagoas contra dengue Presídio Ciridyão Durval é um barril de pólvora com superlotação. No destaque, cena de destruição causada durante recente rebelião dos presidiários Divulgação / Agência Alagoas / Neno Canuto Ao lado do governador Teotonio Vilela, ministro Alexandre Padilha prometeu apoio contra dengue e visitou o HGE Falta de estrutura. Esse, o problema do sistema prisio- nal de Alagoas, onde as rebeliões se sucedem, com danos materiais, feridos e mortos. As fugas também são freqüentes. O inten- dente penitenciário, coronel Carlos Luna, afirma que o sistema não implodiu, mas admite a precariedade es- trutural e revela, com exclu- sividade ao PRIMEIRA EDI- ÇÃO, as causas do atual cenário caótico das prisões alagoanas. > A-4 e A-5 Ricardo Barbosa, do PSOL, diz que insiste em criar a CEI do Lixo por estar con- vencido da responsabilida- de direta de Cícero Almei- da: "Tive acesso à ação do Ministério Público e, diante das provas, me convenci da culpa do prefeito". Ele acha que a maioria do prefeito na Câmara trincou e a CEI sai a qualquer dia. > A-6 Em visita a Maceió neste sábado, o ministro Ale- xandre Padilha, da Saúde, prometeu equipamentos, recursos financeiros e total apoio logístico (como envio de técnicos federais) para conter o avanço da dengue que ameaça desencadear uma epidemia no Estado. Somente nas cinco primei- ras semanas do ano foram registrados 648 casos da doença em Alagoas. O go- vernador Teotonio Vilela disse que a dengue é priori- dade e convocou uma mo- bilização estadual contra o aedes aegypti. > A-2 Vereador diz que 'viu provas' contra Cícero Ato concorrido marca inauguração da W Imagem > B-7 Assembleia 'deve' votar orçamento nesta 3ª feira > A-3 Políticos respondem por improbidade e homicídios > A-2 Estado tem margem para contratação de servidores > A-3 Nesta 5ª, Baile Municipal vai abrir carnaval de Maceió > A-7 O Botafogo perdeu três pênaltis. O Flamento agradeceu e vai decidir a Taça Vipcomm CSA reagiu, goleou o Ipanema e começa a respirar fora da ‘zona’ Márcio Ândrei O Regatas perdeu para o Murici cumprindo a oitava partida sem vitória Divulgação / Gazetaweb / Bruno Soriano Em jogo equilibrado (1x1 no tempo regulamentar) o Flamengo bateu o Botafogo na disputa por pênaltis e vai decidir a Taça Guanabara contra o Boavista que, de maneira surpreendente, venceu o Fluminense no sábado. Decisão será em um jogo. > ESPORTES Fla ganha nos pênaltis e vai decidir contra o Boavista A situação inverteu-se: o CSA venceu o Ipanema por 5x3, neste domingo no Rei Pelé, saiu da zona de degola e empurrou o Regatas para perto da segunda divisão. Com Fla e Bota na TV, o Trapichão recebeu poucos torce- dores. > ESPORTES CSA goleia Ipanema e se afasta do rebaixamento No sábado, o CRB abriu o placar com gol de pênalti, mas não segurou. O Murici empatou, virou e ainda per- deu uma penalidade máxi- ma. Depois, fez o terceiro e o Regatas, no final, dimi- nuiu para 3x2. O Galo en- trou na zona de rebaixa- mento. > ESPORTES CRB perde para Murici e entra na 'zona crítica' Márcio Ândrei Jorge Santos / Ascom Igesp

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Edição impressa do dia 21 de fevereiro de 2011

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Page 1: 21022011

Fale conosco | Redação: (82) 3033.2189 | Comercial: (82) 3325.2815 | Atendimento ao assinante: (82) 3033.5213 | Internet: http://www.primeiraedicao.com.br

ediçãoAno 7 | Edição 403 | Maceió, Alagoas, 21 a 28 de fevereiro, 2011 | R$2,00

PRIMEIRAÁgua mineral é outra coisa

Se você aprecia água mineral de verdade, tomecuidado. Existe água mineral, e existem águasadicionadas com sais. Uma coisa é gato, outraé lebre. Na página B-5, veja matéria mostrando

a diferença entre os dois tipos de água.

Mega salta para R$ 23 milhões

A Mega-Sena deste sábado (19) não teveacertador. As dezenas sorteadas:

04-06-39-46-54-58. O prêmio para 4ª feira (23)deverá ser de R$ 23 milhões, segundoestimativa da CEF. A Quina vai pagar

R$ 21.208,42 a 74 acertadores.

Teotonio Vilela e demais governadores do Nordeste participam de encontro com Dilma Rousseff, nesta segunda-feira, em Sergipe

REBELIÕES, TRÁFICO E MORTES NO‘INFERNO PRISIONAL’ DE ALAGOAS

Ministro apóia Alagoas contra denguePresídio Ciridyão Durval é um barril de pólvora com superlotação. No destaque, cena de destruição causada durante recente rebelião dos presidiários

Divulgação / Agência Alagoas / Neno Canuto

Ao lado do governador Teotonio Vilela, ministro Alexandre Padilha prometeu apoio contra dengue e visitou o HGE

Falta de estrutura. Esse, oproblema do sistema prisio-nal de Alagoas, onde asrebeliões se sucedem, comdanos materiais, feridos emortos. As fugas tambémsão freqüentes. O inten-dente penitenciário, coronel

Carlos Luna, afirma que osistema não implodiu, masadmite a precariedade es-trutural e revela, com exclu-sividade ao PRIMEIRA EDI-ÇÃO, as causas do atualcenário caótico das prisõesalagoanas. > A-4 e A-5

Ricardo Barbosa, do PSOL,diz que insiste em criar aCEI do Lixo por estar con-vencido da responsabilida-de direta de Cícero Almei-da: "Tive acesso à ação do

Ministério Público e, diantedas provas, me convenci daculpa do prefeito". Ele achaque a maioria do prefeitona Câmara trincou e a CEIsai a qualquer dia. > A-6

Em visita a Maceió nestesábado, o ministro Ale-xandre Padilha, da Saúde,prometeu equipamentos,recursos financeiros e totalapoio logístico (como enviode técnicos federais) paraconter o avanço da dengueque ameaça desencadearuma epidemia no Estado.Somente nas cinco primei-ras semanas do ano foramregistrados 648 casos dadoença em Alagoas. O go-vernador Teotonio Vileladisse que a dengue é priori-dade e convocou uma mo-bilização estadual contra oaedes aegypti. > A-2

Vereador diz que 'viuprovas' contra Cícero

Ato concorrido marcainauguração da W Imagem

> B-7

Assembleia 'deve' votarorçamento nesta 3ª feira

> A-3

Políticos respondem porimprobidade e homicídios

> A-2

Estado tem margem paracontratação de servidores

> A-3

Nesta 5ª, Baile Municipal vaiabrir carnaval de Maceió

> A-7

O Botafogo perdeu três pênaltis. O Flamento agradeceu e vai decidir a Taça

Vipcomm

CSA reagiu, goleou o Ipanema e começa a respirar fora da ‘zona’

Márcio Ândrei

O Regatas perdeu para o Murici cumprindo a oitava partida sem vitória

Divulgação / Gazetaweb / Bruno Soriano

Em jogo equilibrado (1x1no tempo regulamentar) oFlamengo bateu o Botafogona disputa por pênaltis e vaidecidir a Taça Guanabara

contra o Boavista que, demaneira surpreendente,venceu o Fluminense nosábado. Decisão será emum jogo. > ESPORTES

Fla ganha nos pênaltis e vaidecidir contra o Boavista

A situação inverteu-se: oCSA venceu o Ipanemapor 5x3, neste domingono Rei Pelé, saiu da zonade degola e empurrou o

Regatas para perto dasegunda divisão. Com Flae Bota na TV, o Trapichãorecebeu poucos torce-dores. > ESPORTES

CSA goleia Ipanema e seafasta do rebaixamento

No sábado, o CRB abriu oplacar com gol de pênalti,mas não segurou. O Muriciempatou, virou e ainda per-deu uma penalidade máxi-

ma. Depois, fez o terceiro eo Regatas, no final, dimi-nuiu para 3x2. O Galo en-trou na zona de rebaixa-mento. > ESPORTES

CRB perde para Murici e entra na 'zona crítica'

Márcio Ândrei Jorge Santos / Ascom Igesp

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Primeira Edição | 21 a 27 de fevereiro, 2011A2 | Política

Alagoas está mobilizada pa-ra evitar nova epidemia de den-gue, como afirmou, neste sába-do, o governador Teotonio Vi-lela, mas a doença está se alas-trando: apenas nas cinco primei-ras semanas deste ano foramregistrados 648 casos de dengueno Estado, índice bem próximoao verificado no mesmo períodode 2010: 697 casos.

Preocupado em conter oavanço da doença em Alagoas emais 15 estados, o ministro daSaúde, Alexandre Padilha, este-ve em Maceió neste sábado,reuniu-se com o governador, vi-sitou obras e prometeu liberarrecursos para o Hospital Geraldo Estado (HGE).

A dengue já fez quatro víti-mas fatais este ano em Alagoas.O Ministério da Saúde envioutécnicos para avaliar as ações decombate ao vetor da dengue noEstado.

"Aqui em Alagoas, estamosde mangas arregaçadas na lutacontra a dengue", garantiu Teo-tonio Vilela, sábado, ao lado doministro Padilha, no Palácio Re-pública dos Palmares. "A den-gue está na agenda como umaprioridade do governo esta-dual", asseverou ao convocargestores públicos e a sociedadecivil a um esforço concentradono combate a essa doença.

- Estamos mobilizados no

sentido de conscientizar, com-bater e atender aos pacientes dedengue em Alagoas, ressaltouVilela, lembrando que governoe prefeituras estão ampliando asações para evitar uma epidemia.

O governador fez rápidobalanço das ações da política desaúde em Alagoas para o minis-tro Padilha, informando que emquatro anos de seu primeiromandato, o número de leitos narede hospitalar do Estado foimais do que triplicado.

Vilela também defendeu ofortalecimento do SistemaÚnico de Saúde (SUS) junto aoministro e afirmou que a banca-da federal de Alagoas está"pronta" para ajudá-lo na lutapela consolidação da políticanacional de saúde pública.

O ministro Alexandre Padi-lha garantiu recursos, equipa-mentos e apoio logístico parafortalecer a batalha contra a pro-liferação do aeds aegypti, o mos-quito transmissor da dengue.

Em sua visita a Maceió, Pa-dilha esteve na Unidade de Saú-de João Paulo II, no Jacintinho,que é referência para o atendi-mento de casos de dengue nacapital, e foi ver as obras de re-forma do Hospital Geral deEmergência (HGE), junto com ogovernador Téo Vilela, o secre-tário da Saúde, Alexandre Tole-do, e outras autoridades.

Os governadores dos noveestados nordestinos vão se reu-nir nesta segunda-feira com apresidente Dilma Rousseff, emSergipe, durante um fórum emque um dos principais temasserá o corte de R$ 50 bilhões noOrçamento da União, medidaque afetará diversos projetos re-gionais, alguns em Alagoas.

Com presença confirmada, ogovernador Teotonio Vilela vaitentar buscar uma fórmula depoupar Alagoas dos efeitos docontingenciamento orçamentá-rio que suspenderá o envio derecursos para obras como a res-tauração do Museu FlorianoPeixoto, em Penedo.

Segundo levantamento jápassado ao governador, Ala-goas também será afetada com asuspensão de recursos para aconstrução de cisternas, a im-plantação de programas visan-do o desenvolvimento tecnoló-gico, a instalação de espaços cul-turais, Museu de Arte Popularde Maceió e outros projetos tive-ram verbas canceladas.

Principal promessa de Dil-

ma Rousseff durante a campa-nha eleitoral, a erradicação damiséria no País e, especialmentenas regiões mais sofridas comoo Norte e Nordeste, será o temacentral do encontro.

Os governadores tambémvão abordar a criação de um sis-tema de vigilância da pobreza,ações territoriais articuladas ecompromisso com Objetivos doMilênio (ODM) para alcançar ameta nacional. Outro tema queserá abordado no encontro é ainfraestrutura de portos e aero-portos além de obras da trans-posição do rio São Francisco.

PEC 300Entidades militares nordes-

tinas já informaram que vãoaproveitar a presença da presi-dente em Sergipe para cobrar aimplantação do piso nacionalpor meio da aprovação da PEC300.O assunto é complicado jáque Dilma já se posicionoucontra o piso nacional e orien-tou a bancada governista noCongresso a não aprovar aproposta.

BATALHA

PELA SAÚDEMinistro garante apoio e verba paraAlagoas evitar epidemia de dengueEstado registrou 648 casos da doença nas cinco primeiras semanas do ano; Padilha também promete recursos para o HGE

Téo reúne-se com Dilmaem Sergipe nesta 2ª feira

Divulgação / Neno Canuto Flickr / Dilma

Ministro Alexandre Padilha, da Saúde, garantiu apoio à luta contra dengue Dilma reúne-se com governadores do NE, em Sergipe, nesta segunda-feira

Políticos são réus nos mesmosprocessos; um tem imunidade

O deputado Antônio Albu-querque, novo 1º vice-presi-dente da Assembleia Legislati-va, e os ex-deputados CíceroFerro, Francisco Tenório e JoãoBeltrão têm algo em comum: osquatro são réus em processospor improbidade administrati-va e por crimes de morte.

No primeiro caso, o proces-so refere-se à Operação Tatura-na, deflagrada pela Polícia Fe-deral em dezembro de 2007,quando foi desmantelado umesquema de desvio de milhõesde reais da folha salarial da As-sembleia Legislativa de Ala-goas.

Albuquerque, Ferro, Tenó-rio e Beltrão, segundo docu-mentos levantados pela PolíciaFederal com ajuda do BancoCentral, estavam entre os de-putados que, entre 2002 e 2007,retiraram empréstimos pes-soais no Bradesco, mas paga-ram com dinheiro desviadodos cofres da Assembleia.

À época, Antônio Albu-querque presidia a Assembleiapela terceira vez e foi destituí-do da Mesa Diretora juntamen-te com os demais integrantes,cumprindo determinação dojuiz Gustavo de Souza Lima,sendo que, posteriormente, to-dos os envolvidos com manda-to foram afastados do próprioPoder Legislativo por ordemdo então desembargador Antô-nio Sapucaia.

Com o passar do tempo, arepercussão da Operação Tatu-

rana perdeu força e os indicia-dos ganharam fôlego. Reinte-grados aos mandatos por deci-são do então presidente do Su-premo Tribunal, Gilmar Men-des, em 2009, vários se candi-dataram no ano passado e con-seguiram se reeleger.

Foi o caso de Antônio Albu-querque que, não apenas re-conquistou o mandato, comoainda conseguiu retornar à Me-sa Diretora ocupando o cargode 1º vice-presidente.

CRIME DE MORTEDos quatro políticos, ape-

nas um - Cícero Ferro - não res-ponde ao processo que apura oassassinato do ex-PM José Gon-çalves da Silva Filho, conhecidocomo cabo Gonçalves, crimeocorrido em 1996. Ferro, contu-

do, está com prisão preventivadecretada como mandante deoutro homicídio, o do vereadorFernando Aldo, de DelmiroGouveia.

Pela morte do cabo Gonçal-ves, Beltrão, Tenório e Albu-querque foram denunciadospelo ex-tenente-coronel ManoelCavalcante, que está condena-do a mais de 70 anos de prisão,e resolveu colaborar com a jus-tiça em troca de penalidadesmenores.

Apontado como chefe su-premo da "Gang Fardada", gru-po de execução integrada pormembros da Polícia Militar deAlagoas nos anos 70, ManoelCavalcante disse que a mortedo cabo Gonçalves foi tramadanuma das fazendas de AntônioAlbuquerque no município de

Limoeiro de Anadia.

DENÚNCIANa última segunda-feira

(14) o Ministério Público Esta-dual denunciou formalmenteAlbuquerque pelo assassinatodo cabo Gonçalves, mas o pro-cesso, no Tribunal de Justiça, sóterá andamento com autoriza-ção da Assembleia Legislativa.

Assinada pelo procurador-geral Eduardo Tavares Mendese pelos promotores AlfredoMendonça, Edelzito Andrade eAmílton Carneiro - integrantesdo Gecoc - a denúncia acusa ovice-presidente da Assembleiade participação direta daempreitada que resultou namorte do ex-policial Gonçalves.

Se, por corporativismo, osdeputados negarem a licença,Albuquerque só responderápelo crime quando deixar deser deputado e perder a imuni-dade parlamentar.

FORAGIDOSFrancisco Tenório, que não

conseguiu se reeleger deputa-do federal, está preso em Ma-ceió, mas João Beltrão e CíceroFerro continuam foragidos, en-quanto seus advogados bata-lham para conseguir um ha-beas corpus preventivo na Jus-tiça.

A missão é difícil porque,sem mandato, eles vivem hojecomo cidadãos comuns, semprerrogativa de foro e sem imu-nidade.

> CONTAS NA JUSTIÇA

Albuquerque mantém imunidade Tenório, sem mandato, está preso

Arquivo Arquivo

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Atraso no orçamento engessagoverno e já afeta agriculturaEstado precisa comprar sementes para agricultores, mas não tem dotação orçamentária

> NOVELA

Primeira Edição | 21 a 27 de fevereiro, 2011 Política | A3

Romero Vieira Belo

Enfoque Político

O GRANDE DILEMA 1

Célere como um meteoro, o tem-po logo logo vai colocar o prefei-to Cícero Almeida diante de umdilema: renunciar ao mandato (ounão) para concorrer a uma cadei-ra de vereador no próximo ano.

O GRANDE DILEMA 2

Se optar pela renúncia, Almeidaterá de renunciar em abril de 2012,atendendo a exigência de desin-compatibilização. Nessa hipótese,sua vice Lourdinha Lyra assumirá aprefeitura por nove meses.

VARA IMPLACÁVEL

Pelo andar da carruagem, oSupremo Tribunal Federal (STF)dificilmente acolherá a ação diretade inconstitucionalidade, daOrdem dos Advogados, contra a17ª Vara Criminal de Maceió.

SALÁRIO MISERÁVEL

Pelo futebol que vem jogando,Ronaldinho merece ganhar maisno Fla. Afinal, o que é 1 milhão e300 mil mensais para um craqueque conseguiu a proeza de fazerum gol contra o imbatível Murici?

FIM DA IMPUNIDADE

No Congresso, já tem deputado semovimentando para propor o fimda imunidade parlamentar. É aúnica iniciativa capaz de mostrarque o Brasil está, de fato, compro-metido com o fim da impunidade.

COM APOIO DA ORDEM

A exemplo do procurador-geral deJustiça, Eduardo Tavares, o presi-dente da OAB/AL, Omar Coelhode Mello, também apóia umaampla mobilização nacional contraa imunidade parlamentar.

DEPOIS, FICA DIFÍCIL

A batalha por um mínimo melhorsó não estaria perdida se a votaçãodo projeto ocorresse antes daseleições. Depois, qualquer explica-ção serve para consolar a massamanobrada durante a luta eleitoral.

JÁ ESTÁ ESCRITO

O trabalhador perdeu na Câmarae vai perder no Senado. Lá, ossenadores também vão dizer que,para o trabalhador, 545 é mais doque 560. É a matemática dos céle-bres prestidigitadores.

O COMPROMISSO DE FERNANDO TOLEDO

De frente, olhando nos olhos de Ernandi Malta, o presidente daAssembleia, Fernando Toledo, garantiu: "Não se preocupe, o PCCS vai sair,é um compromisso nosso". Os servidores do Tribunal de Justiça e doTribunal de Contas já ganharam seu Plano de Cargos. Os da Assembleia,graças à luta de Ernandi Malta, estão prestes a conseguir o seu. A maiorconquista da história da categoria.

UM EXEMPLO DE PERSONALIDADE NA CÂMARA

Rui Palmeira marcou sua estreia na Câmara com um discurso vigoroso emque acusou a presidente Dilma de ter traído os trabalhadores ao impor umsalário mínimo abaixo do que reivindicavam as centrais sindicais. Durantea votação da última quarta-feira, Palmeira foi o único alagoano a votarcontra a proposta do governo. Votou defendendo o interesse dos maishumildes.

SEM NEPOTISMO E COM CORREGEDORIA

Ao proibir o nepotismo - prática usual nas casas legislativas - o presidenteGalba Novaes começou a desenhar um novo perfil ético na CâmaraMunicipal. Agora, em nome da eficiência, quer renovar o quadro de efeti-vos da Casa mediante realização de concurso público. Outra importantemedida em cogitação: a implantação de uma corregedoria, coisa raríssimaem uma Câmara de Vereadores.

Na cara do trabalhadorA novela em torno do novo salário mínimo não agradou, não

divertiu ninguém, mas serviu para mostrar que o governo de donaDilma não tem compromisso com os trabalhadores. Só com a turmaociosa do Bolsa Família, na verdade uma reserva eleitoral.

O líder governista afirmou textualmente: "O mínimo de R$545 é melhor do que R$ 560". Gozação. O argumento: "R$ 15gerariam inflação e acabariam corroendo a renda dos operários".

O governo não sabe o que gera inflação. O governo está tonto,perdido. Pois o ministro Mantega, da Fazenda, dizia, no governoLula, que gastos públicos não geram inflação. Agora, porém, elepróprio cortou R$ 60 bilhões do orçamento federal. E então?

Mas se o trabalhador quiser saber se o novo mínimo é justo ounão, basta olhar para São Paulo. Lá, o governo de Geraldo Alckmin,do PSDB, reajustou o mínimo para R$ 600, R$ 610 e R$ 620.

Serra, que sabe mais do que Dilma ou qualquer outro do atualgoverno, prometeu um mínimo de R$ 600 - e ele sabia que a infla-ção, no final do governo Lula, recrudescia. Sabia, como sabia o quefazer para debelá-la sem sacrificar os que menos ganham.

O que se viu agora foi afrontoso. Deputados governistas, deolho nos cargos distribuídos pelo balcão de negócios do Planalto,negaram R$ 15 aos infelizes e desprotegidos trabalhadores do País.Mas, em contrapartida, aumentaram os próprios salários em 91%.Ganhavam R$ 12,847,20 e agora embolsam R$ 24,500.

LEMA DE MARCOS BARBOSA: "FAZER MAIS POR QUEM PODE MENOS"

O deputado Marcos Barbosa não se dis-tancia do compromisso que o mantémcom alto índice de popularidade: "O papeldo parlamentar - diz ele - é defender ointeresse público, mas eu tenho uma prio-ridade, que é defender os mais carentes, osmais humildes, os desprotegidos". Agoracomo 3º secretário da Assembleia, MarcosBarbosa adota um lema mais instigante:"Fazer mais por quem pode menos".

O atraso na votação da LeiOrçamentária Anual (LOA) estácausando sérios prejuízos aoestado e à população alagoana,uma vez que, sem dotação orça-mentária, o governo fica impe-dido de realizar despesas emáreas essenciais da administra-ção.

O orçamento deve ser vota-do até o dia 15 de dezembro,mas essa data, estabelecida naConstituição, deixou de sercumprida desde os tempos deRonaldo Lessa, a partir do finaldos anos 90.

Os deputados não podementrar em recesso (espécie deférias legislativas de final deano), mas isso não significanada porque, de qualquermodo, mesmo sem votar oorçamento, eles não fecham oano legislativo, mas ficam ina-

tivos e distantes da Assem-bleia.

Depois de seguidas protela-ções, a Mesa Diretora convocousessão extraordinária para votar

a LOA na quinta-feira (10), maso deputado Ronaldo Medeiros,do PT, pediu vistas ao projeto ea votação mais uma vez teve deser adiada.

PREJUIZOS- Com as mãos atadas - foi a

definição usada por um assessorpalaciano ao comentar a situa-ção em que o governo se encon-tra sem orçamento novo.

O vice-governador José Tho-maz Nonô acusou a oposição deusar o regimento da Assembleianão para atrapalhar o governo,mas para prejudicar as camadasmais pobres da população.

O secretário do GabineteCivil, Álvaro Machado, advertiuque, sem orçamento, a Secretariade Agricultura está impedida defazer aquisição de sementes pa-ra distribuição aos agricultores.

- Isso envolve o tempo, oplantio tem de ser feito na épocadas primeiras chuvas do ano, e otempo não espera por votaçãode projeto - advertiu Machadono final da semana.

Votação 'deve' ocorrer nesta terça-feiraO presidente da Assembleia,

deputado Fernando Toledo, ga-rante que o orçamento será vota-do de qualquer maneira na ses-são ordinária desta terça-feira(22), ponto fim às dificuldadesimpostas ao governo (só que es-sa garantia já foi dada outras ve-zes).

Entretanto, contrariando aorientação do governador Teo-tonio Vilela, os parlamentaresdeverão reajustar o duodécimodo Poder Legislativo (passariade R$ 119 milhões para R$ 126milhões).

Paralelamente, os deputadosderrubarão o veto do governa-dor ao projeto de lei que reajus-tou seus próprios subsídios,

congelados ao longo de duaslegislaturas.

Limitada a até 75% do queganham os deputados federais,a remuneração dos deputadosestaduais foi elevada de R$9.600,00 para R$ 20.000,00 -aumento de pronto vetado pelogovernador.

Assessor parlamentar infor-mou que o aumento dos subsí-dios gera um impacto de R$ 2milhões/ano, "razão porque,sem reajuste do duodécimo, osdeputados não terão comocobrir a nova remuneração".

PCCSAlém da alta dos subsídios, a

Assembleia também terá de dis-

por de mais recursos para su-portar o impacto financeiro de-corrente do Plano de Cargos,Carreiras e Subsídios dos servi-dores da Casa.

O governo vetou a parte doorçamento que previa aumentodo duodécimo da ALE, mas fon-tes ligadas aos deputados garan-tem que o aumento será aprova-do, possivelmente de R$ 7 mi-lhões.

O governo, através da Pro-curadoria Geral do Estado(PGE) conseguiu uma liminarcontra a implantação do PCCS,mas a medida é consideradainsubsistente e deverá ser revo-gada pelo Tribunal de Justiça.

Na semana passada, o presi-

dente Fernando Toledo, que de-fende a implantação do PCCS,recebeu a informação de que aAdvocacia Geral da União(AGU), em resposta a um enca-minhamento do Supremo Tribu-nal Federal (STF), emitiu pareceratestando a constitucionalidadedo Plano de Cargos da Assem-bleia.

O presidente do Sindicatodos Trabalhadores do Le-gislativo, Ernandi Malta, afir-mou que "o PCCS será im-plantado porque é legal econstitucional", e assegurou:"Os deputados sabem o quefazer para garantir o cumpri-mento da lei que eles própriosaprovaram".

Secretário Álvaro Machado teme pela safra agrícola por falta de sementes

Márcio Ândrei

Alagoas pode realizar concursos econtratar servidores sem ferir LRF

> NO LIMITE DA LEGISLAÇÃO

Alagoas está dentro do limi-te de gastos com pessoal, previs-to na Lei de ResponsabilidadeFiscal (LRF), podendo, portanto,realizar concurso e contratar no-vos servidores públicos, segun-do apurou a reportagem do PRI-MEIRA EDIÇÃO.

No final de 2010, o Estadochegou a gastar 47,8% de suareceita líquida com pessoal, mashouve aumento da receita nosúltimos meses e o percentualcaiu para 45,24%.

Pela LRF, os estados nãopodem gastar mais de 46,55%do orçamento com salários, masacontece que, no caso de Ala-goas, há um dado excepcionalque não pode ser ignorado: ospoderes aqui pagam, com recur-sos do duodécimo, os proventosdos servidores públicos aposen-tados, e estes estão fora do limi-te da LRF.

Isso ocorre porque em Ala-goas, desde a falência do Ipaseal,não existe um sistema previden-ciário organizado, o que obrigaos poderes a utilizarem os recur-sos de seus próprios duodéci-mos para pagar aos inativos.

É assim que funciona no Tri-bunal de Justiça, na AssembleiaLegislativa, no Ministério Públi-co e no Tribunal de Contas. An-tes, havia o Instituto de Previ-dência e Assistencial dos Servi-dores (Ipaseal), que pagava osproventos dos inativos do Es-tado usando as contribuiçõesdescontadas do conjunto dosfuncionários.

Com a falência do Ipaseal,no governo de Ronaldo Lessa,instalou-se o caos no setor, edesde então, dada a ausência do

um sistema de seguridade regu-lar, os poderes usam as contri-buições e também recursos dopróprio duodécimo para pagaraos aposentados.

Durante o primeiro governode Teotonio Vilela, foi criado oAL-Previdência, mas até agora,ao que consta, apenas o Minis-tério Público Estadual (MPE)estaria ultimando providênciaspara aderir ao novo sistema.

Na Assembleia Legislativa, aMesa Diretora usa mensalmentedinheiro do duodécimo para,juntamente com as contribui-ções previdenciárias, pagar a fo-lha dos inativos.

A Lei de ResponsabilidadeFiscal estabelece, contudo, que,dentre os gastos que estão forado limite relacionado com pes-soal, estão os que dizem respeitoaos proventos dos servidoresaposentados.

Ou seja, se na prestação decontas das despesas com pes-

soal, o governo de Alagoas (ospoderes juntos) excluir a verbadestinada aos proventos dosaposentados, o Estado passa ater margem folgada para inves-tir na contratação de mais servi-dores, mesmo sem aumentoconcomitante da receita.

CONTENÇÃOA reportagem apurou que,

nos últimos quatro anos, emcontraposição ao aumento daarrecadação tributária, o gover-no de Alagoas investiu minima-mente em salários, razão inclusi-ve da insatisfação do funciona-lismo público estadual.

A contenção, principalmentenos últimos dois anos, ocorreuporque o governo não concedeureajustes aos servidores nemrealizou nenhum concurso pú-blico.

A única despesa assumidapelo Executivo, nessa área, ocor-reu devido à nomeação de cerca

de 800 candidatos aprovados noúltimo concurso para ampliar oefetivo da Polícia Militar.

Mesmo assim, esses novosprofissionais vão substituir par-te de um contingente que, aolongo dos anos, vem sofrendobaixas em conseqüência de mor-tes em combate contra a crimi-nalidade, mortes por causasnaturais, deserção, invalidez ereforma.

FALÊNCIAFontes do governo alagoano

rebatem a 'teoria' de que Ala-goas, hoje, seria um 'estado que-brado': "O governo, nos últimosquatro anos, fez rigoroso ajustefiscal e pôs as contas em dia,razão porque não se pode falarem quebradeira", disse uma dasfontes.

Acrescentou que "a situação,há quatro anos, era realmentemuito difícil porque Alagoasestava gastando mais do quearrecadava e ainda tinha dearcar com o pagamento de umadívida impagável".

Terça-feira, ao ler mensagemdurante a abertura do ano legis-lativo, no plenário da Assem-bleia, o governador TeotonioVilela voltou a se queixar do'rombo' herdado ao assumir ocomando do Estado em janeirode 2007.

Teotonio, no entanto, reite-rou sua determinação de evitargastos excessivos com pessoal,de modo a respeitar os limitesimpostos pela legislação, o quenão o impede de contratar deforma seletiva para atender es-pecialmente as áreas mais críti-cas, como a segurança pública.

Teotonio Vilela deve realizar concursos, mas sem exceder gastos com pessoal

Márcio Ândrei

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Primeira Edição | 21 a 27 de fevereiro, 2011A4 | Cidade

Luciana MartinsRepórter

Tema recorrente na mídia, agrave crise no sistema peniten-ciário alagoano foi escolhido co-mo assunto de destaque nestenúmero do PRIMEIRA EDI-ÇÃO. Para levantar os pontosessenciais da matéria, a reporta-gem partiu das seguintes inda-gações: O que há com o nossosistema prisional? Implodiu?Decompôs-se? Existe solução?Há como recuperá-lo?

Intendente do sistema peni-tenciário, o coronel Carlos Lunagarante que a estrutura não im-plodiu. "O sistema penitenciárioalagoano é a menor expressãodo sistema carcerário brasileiro.Nós temos a menor populaçãocarcerária do Brasil", diz ele.

Hoje em Alagoas existemcerca de 2.200 presos encarcera-dos no sistema prisional, 600presos em delegacias e aproxi-madamente 1.000 presos no re-gime semi-aberto e aberto, eque, por falta de condições físi-cas para abrigá-los são libera-dos, estão soltos.

A estrutura prisional alagoa-na possui seis unidades, sendocinco na capital e uma no inte-rior do estado, localizada emArapiraca. Para se ter uma ideia,um dos maiores presídios ala-goanos, o Baldomero Cavalcan-te, tem capacidade para 466 pre-sos e abriga, atualmente, umapopulação carcerária de 780 de-tentos.

Resultado: superlotação.Que, segundo o coronel Luna,não é um problema enfrentadoapenas por Alagoas, mas por osistema penitenciário brasileiro.

"O Brasil hoje tem aproximada-mente 500 mil presos e apenas280 mil vagas no sistema prisio-nal. Isso provoca a superlotação,que é o fator de maior potencia-lização da crise nos presídios. EAlagoas, claro, não poderia ficarfora desse mapa".

Uma realidade assustadoraenfrentada no nosso sistema é ogrande número de presos provi-sórios. A média nacional é de30% de presos provisórios, emAlagoas essa média é de 60%.Transformando esses percen-tuais em números, no Estado

existem 1.240 presos provisóriosdo sexo masculinos e 86 presasprovisórias do sexo feminino."Isso também concorre para oaumento na crise".

Resumindo: Alagoas possui2.200 presos e somente 1.378 va-gas. "Todos esses fatores já man-têm o sistema prisional brasilei-ro e alagoano numa situaçãoplena de crise. O sistema peni-tenciário brasileiro e alagoanoprecisa passar por profunda re-formulação porque hoje ele nãooferece condição nem ao preso,nem ao servidor para trabalharde forma satisfatória".

Luna admite que o sistemaprisional brasileiro e alagoanopassa por sérias dificuldades e éurgente uma reestruturação eum repensar, porque é um siste-ma eminentemente encarcera-dor. "O preso fica ocioso na celaa maior parte do tempo. O cará-ter educativo da pena no Brasil

ainda não tem a valorização quedeveria ter".

PRIMEIRAS CRISES No dia 15 de janeiro de 2011

os agentes penitenciários ala-goanos entraram em greve rei-vindicando aumento salarial.No período da greve foram sus-pensas as visitas de parentes,amigos e advogados, a entradade comida e as escoltas, que seri-am feitas em casos de urgência eemergência. Após duas semanasde greve, em 29 de janeiro, osagentes retornaram suas ativi-dades. O governo prometeupropor um plano de carreira nospróximos 30 dias e incorporaresses R$ 200 ao salário base. Opiso da categoria é de R$ 997.

Em 30 de janeiro, um diaapós o término da grave, doispresos foram encontrados mor-tos no presídio Baldomero Ca-valcante. Os dois presidiários fo-

ram encontrados dentro de umacela onde funcionava a enferma-ria do presídio. Um dos corposestava pendurado com uma cor-da envolta ao pescoço e o outrono chão, perfurado e com muitosangue ao redor.

No dia 01 de fevereiro maisum preso foi encontrado morto,só que desta vez no presídio Cy-ridião Durval. O preso foi en-contrado morto no banheiro co-letivo do módulo três. Ele estavapendurado pelo pescoço porlençóis.

AS RESPOSTASCoronel Luna revela que as

irregularidades que acontece-ram no Baldomero Cavalcante -o profissional de saúde quedeveria estar na enfermaria e oagente penitenciário que deveriaestar no corredor que dá acessodireito à enfermaria e que tam-bém não estava no posto - estãosendo apuradas em processoadministrativo na IntendênciaGeral do Sistema Penitenciário(IGESP). Já as mortes estão sen-do apuradas pelo Ministério Pú-blico e pela Polícia Civil pormeio da Delegacia de Homicí-dios.

No caso da morte no Cyri-dião Durval, o intendente expli-ca que as circunstancias foramdistintas. Como o preso foi en-contrado morto no banheiro co-letivo com sinais de enforca-mento e no módulo existiam 150presos, a apuração interna feitapela própria unidade apresen-tou um indicativo de que essepreso teria sido vítima de açãodos colegas de celas. "Esse pro-cesso caminha para o crime pra-ticado pelos próprios presos".

RADIOGRAFIA

DO INFERNOSistema prisional alagoano - as causase efeitos das crises, rebeliões e mortesReportagem do PRIMEIRA EDIÇÃO retrata, traço a traço, a realidade em que vivem presos e agentes penitenciários

O presídio Cirydião Durval, no Tabuleiro do Martins, é um dos cenários permanentes de rebeliões e fugas de detentos devido às suas condições estruturais

Jorge Santos/Ascom Igesp

Coronel Carlos Luna diz que “Alagoas está dentro da realidade nacional”

Miguel Goes

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Primeira Edição | 21 a 27 de fevereiro, 2011 Cidade | A5

O coronel Carlos Luna revelaque a principal deficiência do sis-tema prisional alagoano é estru-tural. Aponta como problemas, afalta de vagas, a estrutura daspenitenciarias no que se refere àsegurança dos agentes em reali-zar suas atividades e a dificulda-de na distribuição de alimentos."No Baldomero Cavalcante, parase ter uma idéia, da cozinha até oúltimo módulo dá aproximada-mente 700 metros. O tempo quese leva para entregar essa ali-mentação e cobrir todos osmódulos é muito grande e isso éuma falha estrutural".

As unidades mais novas sãomais compactas, com um apro-veitamento melhor da área evi-tando esse deslocamento. "Eupoderia ter um equipamentomoderno com uma logística me-lhor do que a que tenho hoje".

Por conta da estrutura arcai-ca dos nossos presídios para quea visita aconteça é preciso quehaja um revezamento de presos,ou seja, os visitantes vão até ascelas e os demais colegas são re-tirados para que aquele presoreceba a sua visita.

O coronel explica que emoutros presídios mais modernosexistem uma área destinada àvisita na própria unidade. Opreso sai da cela e vai receber asua visita em outra área. "EmAlagoas a gente não tem essa es-trutura, a arquitetura das nossasunidades não permite isso".

Além disso, existe também adeficiência de pessoal: faltamagentes penitenciários, médicos,psicólogos, assistente social, en-fermeiras e advogados. "Nós te-mos uma carência enorme des-ses profissionais".

"Faltam equipamentos desegurança: de proteção indivi-dual e armamento. Essa tambémé uma carência". E ainda faltamos recursos tecnológicos: o mo-nitoramento de vídeos que vaigarantir a segurança do preso eajudar na vigilância do preso.

Luna afirma que a confecçãode alimentos também é umgrande problema dentro do sis-tema penitenciário alagoano ebrasileiro. "A cozinha é um pon-to vulnerável. A entrada de ali-mentos, o estoque de alimentos,o alimento que é produzido naunidade e vai para celas podeser carreador de instrumentos edrogas. A idéia é terceirizar esseserviço".

Em Alagoas a logística de re-moção de presos é outro proble-ma. "Temos uma quantidademuito grande de presos provisó-

rios que precisam ir a julgamen-tos, audiências e oitivas. Isso de-manda uma logística de movi-mentação de presos muito gran-de, carros especiais e escolta es-pecial para conduzir essas pes-soas às audiências. E em algunsmomentos a demanda tem sidodescumprida por conta dessadeficiência logística".

Ainda faltam aumentar asvagas para educação e trabalhoaos presos. "Na educação conse-guimos atender apenas 12% dapopulação carcerária quando eutenho 55% de presos analfabetose semi-analfabetos. Trabalhando,tenho apenas 8% dessa massa".

REIVINDICAÇÕESSegundo Luna as maiores

reclamações feita pelos presos érelacionada à ociosidade. "Écampeã. O preso quer trabalhar,

quer estudar, quer sair da cela.Quer fazer alguma atividade".

Em segundo lugar aparece aalimentação servida aos presos eem seguida os maus tratos sofri-dos por colegas de celas e agen-tes penitenciários que vão desdeas verbalizações como agressõesfísicas.

Novamente o intendente citaque a falta de equipamentos demonitoramento impedem, mui-tas vezes, a elucidação desses ca-sos. "Essas são as questões maiscomuns".

Os presos também reivindi-cam uma melhor assistênciajurídica, mesmo com a presençade alguns defensores públicosno sistema prisional. "Eles nãotem trabalhado de forma inte-gral, ficam determinados perío-dos, dois e/ou três dias da se-mana e não conseguem atendera demanda desse efetivo que te-mos na unidade".

Além disso, os presos provi-sórios também reclamam comrelação às informações dos pro-cessos. "Nós temos presos provi-sórios com quatro anos de ca-deia. Digamos que ele seja con-denado a dois anos de cadeia,ele já cumpriu a pena e o Estadoestá devendo a ele. Isso é umareclamação muito gritante".

AS SOLUÇÕESNa sua gestão, iniciada em

agosto de 2009, o coronel CarlosLuna traz como foco a ressociali-zação porque essa é a maior re-clamação dos presos. E para tan-to foram colocadas em ativida-des 16 oficinas de trabalho. "Issoajudou a diminuir a tensão nasunidades".

As escolas das unidades pri-sionais também foram reativa-das, bem como a escola peniten-ciária que proporciona a capaci-tação dos agentes.

Houve uma valorização dosagentes penitenciários. "Hoje to-das as penitenciarias de Alagoassão administradas pelos agentespenitenciários. Antigamente es-sa administração era feita porpoliciais civis, militares e/ouprofissionais liberais". Pretende-

se também implantar o plano decargos e carreiras para os agen-tes penitenciários.

Para a família dos presos fo-ram construídos equipamentospara abrigá-los. "As famílias quevinham do interior não tinhamonde ficar".

Em parceria com a iniciativaprivada, por força de uma leiestadual de 2009, as empresasque contratarem mão de obracarcerária egressa do sistemaprisional têm subvenção econô-mica e fiscal. "Oportunizamosemprego para essa massa".Criou-se no sistema prisionalum pólo industrial. "Seis empre-sas estão se instalando no siste-ma prisional e abrigarão mão deobra carcerária a partir de agos-to desse ano".

Sob a ótica estrutural o presí-dio Rubens Quintella está pas-

sando por uma reforma com aprevisão de inauguração da pri-meira etapa é em abril e vai abri-gar 152 reeducandos. A segundaetapa deve ser concluída emagosto e vai abrigar mais 160presos. "Teremos aí quase 300vagas no sistema prisional".

Luna explica que essa novaunidade vai ser voltada para opreso que trabalha e estuda,preferencialmente para os pre-sos condenados. "Cumprindoa sua pena ele terá condiçõesde ingressar no mercado detrabalho".

O presídio Baldomero Ca-valcante deverá ganhar um mó-dulo seguro, que vai abrigar 96presos. "É uma ala totalmentemoderna feita na concepçãomais nova de segurança. Comprazo de entrega de seis meses apartir da data de contratação".

Junto ao governo federalexiste um projeto de construçãode um presídio para jovens eadultos. "O projeto existe desde2008 e por conta de um erro emsua elaboração (todo ele foi feitopelo Departamento Penitenciá-rio Nacional) esse complexo ain-da não foi construído nem emAlagoas e em nenhum dos 16estados que foram contempla-dos". Luna garante que o valordisponibilizado pela União é in-ferior ao que as construtoras co-bram.

A alternativa encontradapela IGESP é que o recurso deR$ 17,8 milhões seja disponibili-zado ao Estado para que possaconstruir unidades que nãosejam previstas inicialmente noprojeto, mas, que sejam unida-des que atendam à demanda doestado. "Por exemplo, hoje, ne-cessitamos de uma unidade pri-sional ou na região norte ou noSertão para que as famílias dospresos não tenham que se deslo-car até Maceió para visitá-los.Como também para que a gentenão tenha que deslocar um pre-so de Maceió a Delmiro Gouveiaduas ou três vezes no mês paraassistir uma audiência".

Caso o governo federal acei-te essa proposta do governo,Luna acredita que a construçãoseja feita no ano de 2011. "Aidéia é fazer duas unidades:uma aqui em Maceió e a outra

no interior do Estado".Ainda sob sua gestão o coro-

nel está apresentando à Secre-taria de Defesa Social um proje-to de vídeo monitoramento paraos presídios Baldomero Caval-cante e Cyridião Durval. "Esseserviço seria terceirizado".

Por fim pretende-se tambémmelhorar o fornecimento da ali-mentação do sistema prisional."Elaboramos um estudo comuma empresa que já tem expe-riência nessa área a fim de aca-bar com esse problema aponta-do pelos presos".

No Baldomero e Cirydião, é constante a apreensão de armas e drogas transportadas por familiares dos detentos A vigilância nos presídios alagoanos não é das mais eficientes, também por falta de mais agentes penitenciários

Fotos: Jorge Santos / Ascom Igesp

RADIOGRAFIA

DO INFERNOCoronel diz que principal deficiência éestrutural; presídios estão superlotadasProblemas com alimentação, superlotação, falta de segurança e ociosidade fazem presídio virar barril de pólvora

Area de acesso ao Baldomero Cavalcante, que deveria ser de segurança máxima, mas, com sucessivas fugas, passou a ser chamado de ’balneário cavalcante’

Márcio Ândrei

NOME DO PRESIDIO

Baldomero Cavalcante

Cyridião Durval

Desembargador LuizOliveira Souza- Arapiraca

Centro PsiquiátricoJudiciário (CPJ)

Santa Luzia

Casa de detenção deMaceió

TOTAL DE PRESOS

780

627

169

99

112

408

CAPACIDADE

466

379

110

137

74

248

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Primeira Edição | 21 a 27 de fevereiro, 2011A6 | Cidade

"Acredito na culpa de CíceroAlmeida porque vi as provas"

> ENTREVISTA/ RICARDO BARBOSA

Vereador diz que maioria do prefeito rachou e CEI sairá a qualquer momento

Geraldo Câmara

A volta do carnaval no carnavalUma questão de pesquisa. Fui a quase todas as prévias e ainda vou a

mais algumas. Todas em clubes da cidade. Todas muito animadas mos-trando que o carnaval de clube que já fez a alegria de tanta gente conti-nua firme e sólido como nunca. No entanto, aí vai a pergunta, por quenão se voltar aos belos tempos do carnaval de Maceió e fazer com queesses bailes aconteçam durante o período de carnaval dando margem aque as pessoas que não viajam para outros lugares tenham também moti-vação para brincarem em sua própria cidade. Por que achar que emMaceió não há carnaval e que os turistas vêm para cá somente no intui-to de descansar? Ora bolas, como afirmar isto se ninguém experimenta ese não se promovem os bailes? Os presidentes de clubes estão dispostos aenfrentar o desafio e com eles tenho conversado. O que precisam, claro,também é de um estímulo institucional para que se promova a idéia den-tro e fora da cidade. Uma coisa é certa: folião não falta e também ninguémvai esvaziar os já famosos carnavais de Barra de São Miguel e deParipueira, até porque eles são de rua. Portanto, mãos e cabeças à obra eviva o carnaval!

Ouvidor [email protected]

PÍLULAS DO OUVIDOR

Rosinha da Adefal estreou na tribuna da Câmara Federal, últi-mo dia 17, dizendo muito claramente para o que veio. Oupara o que foi fazer em Brasília. Aclamada.

Zezinho Nogueira ocupa mais uma vez a presidência doSinduscon e como já fez anteriormente vai dinamizar a insti-tuição que, aliás, está navegando de vento em popa.

Não agüento mais ver tanta notícia de mãe e pai maltratandofilhos, de filhos matando pais e esse descalabro todo que estáacabando com o sentido de família.

"Enxugue bem a cintura depois do banho porque os mosqui-tos da dengue se reproduzem em pneus molhados". Gosteidessa de um "anônimo"!

Quando o Secretário de Educação, Rogério Teófilo e o Cmte.da Polícia Militar, Cel. Luciano Silva se reúnem para tratar dasegurança nas escolas, uma chama de esperança reacende.

A Anvisa quer banir das farmácias os remédios para emagre-cer. Além de ferir as liberdades individuais, vai nos transfor-mar em um país de gordinhos.

O Sebrae está realizando ações itinerantes para auxiliar osempreendedores individuais a fazerem a Declaração Anual doSimples Nacional (DAS) e não percam o prazo para emitiremos carnês de pagamento de 2011.

Por mais que Alagoas torça pelo Flamengo o que se fez como Murici massacrando-o dentro de casa foi no mínimo umatremenda maldade. E o time alagoano deu "banho" quasetodo o tempo.

Não custa lembrar duas coisas em época de carnaval: "Sebeber não dirija" e "aproveite bem o sexo, mas não se esque-ça da camisinha".

Essa estória que não é da carochinha e que fez com que oestado não pagasse os aposentados é o fim da picada. Corrigiro sistema a tempo de não deixar tantos passarem vexame éuma obrigação e não um favor.

Os pacientes do SUS vão ter acesso a mais moderna máquinade tomografia existente em Alagoas. Pergunte ao médicoSegismundo Wanderley que inaugurou sexta-feira a sua W-Imagem.

Dia 26, carnaval o dia inteiro com Pinto da Madrugada,Pecinhas e Rolinhas. À noite, o programa dos ligados será ocasamento de Isabelle, filha de Adriano e Isabel Pinheiro.

E aí embaixo, na foto, Euzenir e Nado Torres (Folha da Barra)em plena folia do Baile do Zé Pereira. E ela, aniversariando nopróximo dia 26. Valeu!

O destaque vai para a novapresidente da Fundação de AçãoCultural de Maceió, Paula Sar-mento, pelo desafio de enfrentarproblemas e soluções no âmbitopúblico. E vai dar certo!

DESTACÔMETRO

Os abraços impressos vão para o novo deputado estadual Ronaldo Medeirosporque entrou na Assembléia com ares e comportamento de veterano. Quemse impõe alcança o que quer. Parabéns, amigo!

ABRAÇOS IMPRESSOS

Ele só foi eleito pela legenda (graças àespetacular votação de Heloísa Helena), mashoje é o maior adversário de Cícero Almeida naCâmara Municipal. Autor do requerimentopara criação da Comissão Especial deInvestigação (CEI do Lixo), o vereador RicardoBarbosa, do PSOL, não dá trégua ao prefeito.Certo de que, a qualquer momento, conseguiráas sete assinaturas necessárias, Barbosa afirma

ter convicção da culpabilidade de Almeida."Digo isso porque tive acesso ao processo emanuseei as provas". Na sua avaliação, a maio-ria de Almeida, na Câmara, antes sólida e fol-gada, “achou”, ficou vulnerável. Sobre aadministração em Maceió, ele diz que noprimeiro mandato houve muitas obras, queesconderam os graves problemas sociais que,nesse segundo mandato, “ficaram visíveis”.

Se o Ministério Público já ofez, por que a Câmara Munici-pal deve investigar a 'máfia dolixo'?

Porque são duas instâncias,duas instituições distintas. OMinistério Público ofereceu umadenúncia para ajuizar uma açãocivil pública, ou seja, uma açãojudicial tem um rito próprio. Osréus vão ser citados, vão contes-tar, terão amplo direito de defe-sa. Em sendo condenados, terãoo direito de interpor recursos àprimeira instancia, segunda ins-tancia, terceira instancia. É umprocesso demorado. Eu falo in-clusive como advogado, com co-nhecimento de causa. A Câmarade Vereadores, assim comoqualquer outra casa legislativa,tem autonomia para processar ejulgar atos do executivo, inclusi-ve dos secretários, e com um ritopróprio determinado pelo regi-mento. A diferença entre a Câ-mara de Vereadores instauraruma Comissão Especial de In-vestigação (CEI) para apurar asmesmas denúncias do MP, é queessas denuncias teriam que serapuradas com uma celeridademuito maior do que na ação ju-dicial. Uma CEI tem 120 diaspara concluir os seus trabalhos,prorrogados por mais 60 dias.Então, em seis meses a comissãoteria que ter um veredicto a res-peito das denúncias: se houvecrime de responsabilidade, apena de cassação de sairia antesmesmo de terminar o mandatodo prefeito. A ação civil públicanão se sabe quando terminará.

Particularmente, o senhorcrê que o prefeito Cícero Al-meida tem responsabilidadedireta nesse episódio denuncia-do pelo Ministério Público?

Creio que sim, por contasdas provas que foram apresen-tadas pelo MP na ação civil pú-blica a que eu tive acesso. Ma-nuseei não só a petição inicial,mas também as provas. Porque,queira ou não, agindo com doloou com culpa, ou seja, agindoconsciente ou inconscientemen-te, com intenção ou não, um ges-tor público, um executivo, temresponsabilidade por seus atosmesmo que cometidos por ter-ceiros, administrados por ele,como secretários, agentes públi-cos, empresários e outros. Ele é ogestor financeiro, ele é quemassina todo tipo de ato que sig-nifique despesa. Então se há aprova de que existem contratosque foram realizados efetiva-mente sem a devida licitação,contratos rescindidos com paga-mentos retroativos e com reajus-tes, tudo isso são atos praticadospela administração pública queenseja um crime de improbida-de administrativa. Quem pagapor isso é o gestor público, é ogestor financeiro, é o executivo,é o prefeito. Eu creio que o pre-feito deverá ser responsabiliza-do.

Quem já assinou o requeri-mento para criar a ComissãoEspecial de Investigação?

Além de mim, a vereadoraHeloisa Helena, o vereador Pau-lo Corintho, o vereador Luiz Pe-dro e recentemente o vereadorMarcelo Malta. Esses cinco ve-readores.

O julgamento na Justiça é

técnico, enquanto na Câmara épolítico. A seu ver, qual o maisimportante?

Os dois têm a sua autonomiaem matéria de importância. Oda justiça é técnico porque elevai se basear em verdades reaise formais, aquilo que se prova.A Câmara é uma casa política,mas, criando uma CEI, vai terque agir de forma técnica respei-tando o que diz o regimento noque concerne à investigação eapuração dos fatos. A gente teráque se ater a detalhes técnicosindependentemente da questãopolítica. O que pode prevalecerdo ponto de vista político é co-mo o relatório, por exemplo, da-do pelo relator da CEI, deveráser votado. A votação pode nãose ater a aspectos técnicos, fixan-do-se nos políticos. Agora, se abancada governista tiver maio-ria na CEI, mesmo sendo o rela-tório técnico, a votação pode es-tar ameaçada pelo critério políti-co. Essa é a diferença. O que nãoisenta também que em algunsmomentos, a justiça seja feita deforma política. Como advogado,costumo dizer que, quando umprocesso sobe da primeira parasegunda e terceira instancias, ojulgamento é político.

Pelo que é do seu conheci-mento, o esquema do lixo des-viou quanto dos cofres munici-pais?

Nem o Ministério Públicotem uma noção exata disso. Por-que uma coisa é um dano real,efetivo e outra é um dano imagi-nado. Inclusive para efeito deuma condenação e de uma resti-tuição desse valor só é conside-rado aquele dano efetivo real-mente comprovado. Com a CE,nossa preocupação não é com arestituição, com a devolução aoscofres públicos. Nós vamos fa-zer um julgamento político e oque vai importar é a responsabi-lidade ou não dos gestores.Comprovada a responsabilida-de, a pena é a cassação. Quemvai decidir sobre a devolução ounão de qualquer dano ao erário,desde que efetivamente com-provado, é a justiça.

O que aconteceu no recenteepisódio envolvendo Paulo Co-

rintho? Ele pediu para retirar aassinatura? Ou alguém come-teu uma fraude em seu nome? Ecomo isso fica?

Não tenho como dar umaopinião precisa. Fiquei tão per-plexo quanto à sociedade e vo-cês da imprensa. Mas surpresoestou, hoje, com o fato de o ve-reador Corintho ter afirmadoque sua assinatura foi falsifica-da. Não tenho como emitir opi-nião, estou tão perplexo quantoas pessoas que acompanham es-se debate.

O senhor tem afirmado quea CEI do Lixo vai sair. Dá paraprever quando?

Não porque ela pode sair aqualquer tempo, desde que vocêtenha sete vereadores que con-cordem em assinar o requeri-mento. Não dá pra prever quan-do porque, agora, o que primaem relação ao CEI do lixo é aimprevisibilidade. Quando en-trei com o requerimento, o fiz in-dividualmente, pouco confianteem ativar a Comissão de Inves-tigação. Mas, de repente, o quese viu foram coisas que até eumesmo não acreditava que fosseacontecer: os dois vereadores doPDT - Paulo Corintho e Amilka-assinaram o requerimento e atépouco tempo atrás eram da ban-cada do governo. O vereadorLuis Pedro também era conside-rado da bancada do prefeito, overeador Marcelo Malta(PCdoB), cujo partido ocupouuma secretaria municipal, tam-bém assinou, e tudo isso me fazacreditar que a comissão vaisair.

Aqui e ali se especula sobresua saída do PSOL. É possível?

Não, pelo menos se depen-der da minha vontade. Eu sem-pre digo que a minha trajetóriamilitante é completamente com-patível com a do PSOL, um par-tido de esquerda, socialista, umpartido de oposição, um partidoque tem um programa de trans-formações radicais e a minhavida militante tem essa história.

Na sua avaliação, o PSOLtem futuro - em Alagoas, noBrasil?

Está demonstrado isso. O

PSOL tem futuro não só em Ala-goas, como no Brasil porque opartido surge nesse momentohistórico mais recente, não comomais um partido ou um direitoque temos de nos associar a umaagremiação partidária, mas co-mo um dever histórico. O PSOLestá dando prova de que temcondições de crescer, e, emAlagoas, essa maior prova é aatuação parlamentar do PSOLna Câmara Municipal de Ma-ceió.

Seu partido disputará a su-cessão municipal em Maceiócom candidato próprio? Quemseria?

Hoje sim, mas, ainda não sesabe quem será. O PSOL desde asua criação, 2005, não tem aber-to mão de se apresentar comuma alternativa eleitoral em to-das as eleições. E em 2012 acre-dito que a gente deva seguir es-sa responsabilidade de lançarum candidato, só que é cedo pa-ra definir quem pode assumiressa tarefa.

O que acha da atual admi-nistração de Cícero Almeida,comparando-a ao primeiromandato?

O primeiro mandato foimarcado com muitas obras oque disfarçou um pouco osgraves problemas sociais exis-tentes na cidade e que são visí-veis. Já no segundo mandatoesses problemas sociais passa-ram a ser a tônica e nem asgrandes obras conseguiramescondê-los. Além disso, elesofreu um desgaste por contadessas denúncias, não somenteem relação a CEI do lixo, já queantes desta houve uma grandedenúncia de irregularidadesna merenda escolar, no trans-porte coletivo. Os problemassociais no segundo mandatodo prefeito, ou porque ele nãoestá mais blindado ou porqueo seu grupo político está fra-cionado, ficaram mais visíveis.Eles sempre existiram, mas emrelação ao primeiro mandatoeles estão mais visíveis, porqueo escudo do prefeito pareceque está um pouco rachado,vulnerável.

Ricardo Barbosa será candi-dato à reeleição em 2012?

Com certeza. Sou candidatoa vereador em 2012. Já possoafirmar isso. Evidentemente,vou submeter meu nome ao par-tido porque somos democráti-cos, mas não creio que haja im-pedimento.

Que projeção o senhor fazhoje sobre o futuro político davereadora Heloísa Helena?

Heloisa e o PSOL não conta-vam com o resultado eleitoral de2010. Para nós foi uma surpresamuito desagradável. Uma der-rota enfraquece um pouco asprojeções e as perspectivas. Masa Heloisa, do ponto de vista dopartido, é a máxima expressãopública que temos hoje aqui e anível nacional. E não fiquemsurpresos se ela voltar a dispu-tar mandatos inclusive presi-denciais em um futuro próximo.Enxergamos o futuro da verea-dora com otimista dada suapopularidade e representativi-dade no cenário político nacio-nal.

Ricardo Barbosa vê maioria do prefeito “rachada” e diz que a CEI vai sair

Luciana Martins

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Primeira Edição | 21 a 27 de fevereiro, 2011 Cidade | A7

HORA DA

FREVANÇASem decoração de rua, Maceió realizacarnaval com frevo e samba no asfaltoAbertura oficial será nesta quinta-feira, 24, com Baile Municipal; na sexta, blocos de frevo invadirão Jaraguá

Luciana MartinsRepórter

Mesmo 'sem fantasia' a cida-de de Maceió vai ter carnaval. Apresidente da Fundação Cultu-ral Cidade de Maceió, PaulaSarmento, informou ao PRIMEI-RA EDIÇÃO que, este ano, nãohouve ornamentação para o car-naval devido ao atraso na vota-ção do orçamento municipal."Como o orçamento não foiaprovado a tempo, não tenhocomo me comprometer com for-necedores. Infelizmente isso nãoserá possível, inclusive para ocarnaval".

A abertura oficial da progra-mação carnavalesca de Maceióacontece nesta quinta-feira, 24de fevereiro, com a realização doBaile Municipal, que tem comotema "Seja noite ou seja dia, vistasua fantasia e caia na folia".

Na sexta-feira, 25, aconteceráo Jaraguá Folia com o desfile de139 blocos que passarão pelaRua Sá e Albuquerque, a partirdas 19hs. Os pontos de concen-tração são: Museu Theo Bran-dão, Coreto da Avenida da Paz,Estacionamento Sesau, PraçaMarcílio Dias, Largo dos Poetas(atrás do mercado público deJaraguá), Praça Rayol, PraçaDois Leões e Rua Barão de Jara-guá. "No corredor da folia nãoentra carro motorizado, apenas

orquestras de frevo".Além dos blocos, no Jaraguá

Folia também haverá palcoscom apresentações musicais. Opólo grito do rock que será naPraça Marcílio Dias, o pólo afrobaque alagoano - no largo dospoetas e o pólo do frevo na Pra-ça Dois Leões.

Para este ano, Paula anunciacomo novidade o ponto de táxilocalizado na Avenida CíceroToledo, próximo ao Memorialda República. "Este ano vamoster o ponto de táxi que será mon-tando junto com as cooperativaspara que não falte esse serviço

ao folião. Esse ponto de táxi vaiestar iluminado e com policia-mento".

Além disso, o folião tam-bém vai ter a sua disposiçãoum posto policial funcionandocom toda estrutura para aten-der às situações emergenciaisque surjam e um posto médico,ambos localizados no largo daAssociação Comercial e Bancodo Brasil.

Já no dia 26 de fevereiroacontece o desfile dos blocosPinto da Madrugada, Turma daRolinha e Pecinhas de Maceió naorla da Pajuçara e Ponta Verde,

das 6hs às 17hs. Neste mesmodia também se inicia a primeiraetapa do tradicional concurso debois, as apresentações serão napraça multieventos a partir das16hs.

Fechando a prévia carnava-lesca da capital, dia 27 de feve-reiro será o desfile do bloco vul-cão da Polícia Militar, das 06 às17hs, e a final do concurso debois a partir das 16hs na PraçaMultieventos. "Será uma sema-na de prévia bastante concorri-da".

Quanto ao apoio financeiroàs escolas de sambas e demais

blocos que solicitaram à funda-ção, a presidente afirma que elesó será possível quando o orça-mento municipal for aprovado."O município só tem como pro-mover despesas depois do orça-mento aprovado e, infelizmen-te, isso ainda não aconteceu.

Na semana carnavalesca, emMaceió, acontecerá o desfile dasescolas de samba no dia 05 demarço na Avenida Cícero Tole-do no sentido Jaraguá-Pajuçara,a partir das 19hs. A concentra-ção das escolas será em frente àbalança do peixe de Jaraguá. Ealguns bairros da capital tam-

bém terão seus carnavais como,por exemplo, no Pontal da Bar-ra, e em Ponta Grossa, na PraçaMoleque Namorador. "A pró-pria comunidade organiza seucarnaval".

Em uma iniciativa inovado-ra, as escolas de samba de Ma-ceió este ano serão premiadas."Cinco escolas irão desfilar, te-mos uma premiação de R$ 5.000para o primeiro lugar, R$3.000para o segundo e R$ 2.000 para oterceiro. É um bom começo paraque as escolas façam com essesrecursos o inicio das suas ativi-dades".

Depois das prévias nos clubes sociais, Maceió está pronta para o carnaval de rua a partir desta sexta-feira, 25

Márcio Ândrei

Paula Sarmento diz que, sem orçamento, não teve como fazser decoração

Luciana Martins

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Primeira Edição | 21 a 27 de fevereiro, 2011A8 | Nacional

"Votação do mínimo teve viés autoritário"> SALÁRIO MÍNIMO

STF retomará processoque autoriza o aborto

> ANENCEFALIA

Senador tucano Aécio Neves afirma que irá trabalhar no Congresso para derrubar proposta de reajuste por decreto presidencial

O senador Aécio Neves(PSDB-MG), que quer se firmarno Congresso como uma dasprincipais lideranças da oposi-ção, fez ontem duras críticas àforma como o aumento do salá-rio mínimo foi apresentado eaprovado na Câmara. Ele afir-mou que o governo conduziu deforma "autoritária" a discussão,sobretudo ao incluir no texto daproposta a prerrogativa de defi-nição dos próximos pisos pordecreto.

"Esta é a primeira relação dapresidente eleita com oCongresso. Acho que o governotem todo o direito de defendersua proposta para salário míni-mo, mas tem de fazer isso comoprevê a Constituição: anualmen-te e por lei", afirmou. "É umaviolência enorme essa tentativade subjugar o Congresso, bus-cando aprovar a partir de agoraa majoração do salário mínimovia decreto."

Segundo Aécio, além decontrariar "violentamente" aConstituição, essa forma "foge àlógica". "Chamou muito a aten-ção uma declaração duranteesta semana do ministro dasRelações Institucionais. Quandoindagado como seria a votação,ele disse ?a ordem é votar?. Umgoverno que assume dandoordens ao Congresso Nacionaltraz consigo um viés autoritárioque não é bom para a democra-cia."

O Executivo argumenta quenão há inconstitucionalidade naproposta aprovada na Câmara,

pois a regra de definição dovalor do salário mínimo é auto-mática (que incorpora a soma dainflação mais o crescimento doPIB de dois anos anteriores).

JOGO"O que está em jogo não é a

aprovação deste ou daquelevalor. Há algo muito mais rele-vante em jogo, que é o papel doPoder Legislativo. Ou vamoscumprir o nosso papel constitu-cional de legislar, inclusivesobre essa matéria, ou vamospermitir já na largada destenovo governo que o CongressoNacional mais uma vez se aga-che perante o Poder Executivo.É extremamente grave isso queestá em jogo", afirmou Aécio,após participar de visita dogovernador de Minas, AntonioAnastasia, à sede da Light, noRio de Janeiro.

Senador Aécio Neves, do PSDB

Fotos: Divulgação

Há quase sete anos tramitan-do no Supremo Tribunal Fede-ral (STF), o processo que autori-za o aborto em casos de anence-falia deve voltar à pauta do ple-nário até o final de março. É oque afirma o relator do proces-so, ministro Marco AurélioMello. A interrupção da gravi-dez nesses casos se tornou prati-camente uma regra no Judiciá-rio enquanto o País espera umapalavra final do STF, de acordocom advogados, procuradores emagistrados.

"Vou liberar o processo nestetrimestre, até o mês que vem",adiantou ao Estado o ministroMarco Aurélio Mello. Seu votoestá praticamente pronto. Seráapenas "burilado", nas palavrasdo ministro. Depois disso, cabe-rá ao presidente do tribunal, mi-nistro Cezar Peluso, marcar adata da sessão para o julgamen-to.

Com a composição do STFalterada desde 2004, o resultadoé imprevisível. Porém, o julga-mento deve começar com pelomenos quatro ministros favorá-veis à interrupção da gravidez:Marco Aurélio Mello, CarlosAyres Britto, Celso de Mello eJoaquim Barbosa. Para confir-mar a tese de que nesses casos agestão pode ser interrompida,seriam necessários mais doisvotos.

Quando a liminar foi julgadaem 2004, ainda estavam no tri-bunal os ministros SepúlvedaPertence, Carlos Velloso e Nels-on Jobim. De lá para cá, entra-ram no tribunal os ministrosRicardo Lewandowski, CármenLúcia e Dias Toffoli. E até que oprocesso seja recolocado em

pauta, já estará no tribunal oministro Luiz Fux, cuja indica-ção foi aprovada nessa semana.

Em razão da demora no jul-gamento, os juízes e tribunaisdos Estados se valem de saídasjurídicas diferenciadas para su-perar o impasse no STF e liberaras cirurgias em 80% a 90% doscasos. Os argumentos vão desdea necessidade de se preservar asaúde psíquica da mulher até aafirmação de que o feto não temvida a ser preservada pela Cons-tituição.

Em Brasília, esses casos jánem passam pela análise de umjuiz, conforme o promotor deJustiça Diaulas Ribeiro. A mul-her grávida de um feto anencé-falo pode procurar o MinistérioPúblico de posse de um laudomédico de hospital de referên-cia. O MP analisa essa docu-mentação e, confirmada a anen-cefalia, encaminha a mulher pa-ra um médico com a determina-ção de que a interrupção da gra-videz seja feita.

Ministro Marco Aurélio, do STF

Terminou o horário de verãoO horário de verão termi-

nou após quatro meses em vi-gor. À meia noite de sábado, osrelógios foram atrasados emuma hora. A medida só valeupara o DF e os Estados doSudeste, Centro-Oeste e Sul(São Paulo, Rio de Janeiro, Mi-nas Gerais, Espírito Santo,Goiás, Mato Grosso, MatoGrosso do Sul, Rio Grande doSul, Santa Catarina e Paraná).

O horário de verão é adota-do para economizar energiaelétrica durante esta estação doano, quando o sol se põe maistarde. Nesta temporada, noentanto, a redução do consumode energia foi 8,15% menor queo do horário de verão2009/2010. Enquanto neste anoa redução da demanda nohorário de pico foi de 2.376MW, no anterior foi de 2.587, o

que representa uma diferençade 211 MW. O ganho com aredução, no entanto, foi omesmo nos dois períodos: R$30 milhões.

Segundo o Operador Na-cional do Sistema Elétrico,, aeconomia resultará em reduçãoda tarifa de energia elétricapara o consumidor. "As princi-pais consequências da reduçãode demanda no horário de

ponta são o aumento da segu-rança e a diminuição nos custosde operação do Sistema Inter-ligado Nacional", afirma o dire-tor-geral do ONS, HermesChipp. De acordo com ele, oaumento da segurança opera-cional decorre da diminuiçãodos carregamentos na rede detransmissão e da maior flexibi-lidade operativa para realiza-ção de manutenções.

> ECONOMIA

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Primeira Edição | 21 a 27 de fevereiro, 2011

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Esportes

CSA goleia e empurra CRB para vice-lanterna> ALÍVIO

Azulão faz 5 x 3 no Ipanema e sai da zona do rebaixamento; time do Mutange sobe para a sétima colocação, com nove pontos

Opinião - Diário Oficial dos Municípios - Social

Marcelo AlvesRepórter

De goleada, o CSA conquis-tou mais que uma vitória noCampeonato Alagoano, apósbater o time do Ipanema, por 5 x3, na tarde de ontem, no ReiPelé, como também empurrou oseu maior rival, o CRB, para azona do rebaixamento. Na ver-dade, o Azulão deu a vice-

lanterna para o Galo daPajuçara. Com a vitória, o timedo Mutange ocupa a sétimacolocação com nove pontos. Já oCanarinho do Sertão caiu oitavaposição para a lanterna doEstadual. Os gols do CSA forammarcados pelo volante Marcelo(2), o atacante Tico Mineiro (2) eo meia Dio. Adriano Cabeça,Pitolo e Sidney descontarampara o Ipanema.

1º TEMPOVencer ou vencer. Foi com

essa meta que o CSA entrou emcampo na tarde de ontem paraenfrentar o Ipanema. Diante dapressão da torcida com a incô-moda situação que se encontra-va na zona do rebaixamento, oAzulão partiu para cima doIpanema e pressionou o adver-sário desde o primeiro minutode jogo. De tanto tentar o gol, otime do Mutange conseguiuabrir o placar aos 19 minutos. Ovolante Marcelo soltou umabomba, a bola desviou no za-gueiro Bel, do Ipanema, e enga-nou o goleiro Osmar. CSA 1 x 0Ipanema.

Atordoado com o gol sofri-do, o Ipanema sofreu o segundogol. Aos 35 minutos, o atacanteTico Mineiro cabeceou para ofundo do gol, após cruzamentodo lateral-direito Neilson. CSA 2x 0 Ipanema.

Com a vantagem no placar,o CSA cochilou e um minutodepois, o Canarinho do Sertãodiminuiu o marcador. O atacan-te Adriano Cabeça aproveitouvacilo da zaga azulina e chutoupara o fundo do gol azulino.CSA 2 x 1 Ipanema. O gol do

Ipanema serviu apenas paraacordar o CSA. Aos 45 minutos,o volante Marcelo voltou a sol-tar o pé e acertar o gol adversá-rio, ampliando o placar. CSA 3 x1 Ipanema.

2º TEMPONa etapa final, o CSA não

voltou com o mesmo ímpetoda etapa inicial. A equipe doIpanema soube aproveitar asonolência Azulina e diminuiuainda mais o placar. Pitolocabeceou sem chance para ogoleiro Anderson. CSA 3 x 2Ipanema.

Após o gol, o Azulão acor-dou e ampliou o placar, aos 22minutos, para diminuir a pres-são do Ipanema. O meia Diobateu pênalti e converteu:CSA 4 x 2 Ipanema. Aos 35minutos, mais um pênaltimarcador a favor do CSA. Oatacante Tico Mineiro bateucom direito a cavadinha eampliou ainda mais o placar.CSA 5 x 2 Ipanema. Com avantagem no placar, o Azulãovoltou a vacilar e o Canarinhodo Sertão diminuiu comSidney, aos 41 minutos. CSA 5x 3 Ipanema.

Para Edson, vitória serviupara dar ‘moral’ ao CSA

O técnico Edson Ferreiradisse após a goleada, em entre-vista coletiva, que a vitória ser-viu para dar moral a equipe. Deacordo com o treinador azulino,o CSA poderia ter ampliadoainda mais o placar. "Podería-mos ter ampliado ainda mais oplacar. Perdemos muito gol",afirmou Edson Ferreira.

Quanto à falha do zagueiroLabamba, o treinador saiu emdefesa do jogador, que foi vaia-do pela torcida azulina. "O La-bamba não quis dar a bola parao jogador adversário. Agora

ninguém lembra quando o La-bamba fez o gol de cabeça con-tra o Santa Rita e até quando oatleta se esforçou durante asoutras partidas, jogando comovolante.", disse.

Edson Ferreira evitou pole-mizar quando questionadosobre a situação do CRB queacabou caindo para zona dorebaixamento após a vitória doCSA. ""Não tem essa de empur-rar o CRB para a zona do rebai-xamento. Eu estou lutando parao CSA chegar entre os quatroprimeiros colocados". (M.A.)

Próximos jogos / Alagoano19/02 - 15:00 Coruripe x Murici20/02 - 15:00 Sport x ASA20/02 - 15:00 Corinthians Alagoano x CSA20/02 - 15:00 CRB x CSE20/02 - 15:00 Ipanema x Santa Rita

Murici Corinthians Alagoano Coruripe ASA CSE Sport CSA Santa Rita Ipanema CRB

1º2º3º4º5°6º7º8º9º10º

P2222211814139998

J10101010101010101010

V7776443232

E1100210302

D2234457576

GP14201816141513171112

GS69

119

162119192218

SG8

1177-2-6-6-2

-11-6

Classificação

Resultados 10ª Rodada / Alagoano16/02 Santa Rita 3 x 0 Sport16/02 CSA 5 x 3 Ipanema16/02 ASA 0 x 1 Coruripe19/02 Murici 3 x 1 CRB19/02 CSE 1 x 2 Corinthians Alagoano

Goleiro Osmar se estica todo e evita terceiro gol do atacante Tico Mineiro

De pênalti, Dio faz o quarto gol do Azulão na goleda sobre o Ipanema

Fotos: Márcio Ândrei

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Primeira Edição | 21 a 27 de fevereiro, 2011B2 | Esportes

Fla vence Bota nos pênaltis e está na final> CARIOCA

Goleiro Felipe garante equipe rubro-negra na decisão do Campeonato Carioca contra o Boavista, que eliminou o FluminenseFoi um clássico com todos os

ingredientes que os torcedoresgostam: emoção, nervosismo egols. Depois em um empate em1 a 1 no tempo normal, o Fla-mengo venceu o Botafogo por 3a 1 na cobranças de pênaltis,neste domingo, no Engenhão, ese classificou para a final daTaça Guanabara. O adversárioserá a surpresa Boavista, que eli-minou o Fluminense na outrasemifinal.

Léo Moura, Renato e Fer-nando marcaram nas penalida-des. No Bota, só Márcio Rosáriofez o gol. Everton, Renato Cajá eSomália perderam. O goleiroFelipe saiu como herói rubro-negro. Thiago Neves e Ronaldi-nho Gaúcho nem precisaram co-brar. A decisão contra o Boavis-ta será disputada no próximodomingo, às 16h, no Engenhão.

Como todo clássico bem dis-putado, o jogo começou cheio denervosismo e jogadas ríspidas.Logo no início, Willians e Herrerase desentenderam, levaram oamarelo e deram uma amostra dabatalha que os times travariamem campo. A aposta das equipesera levantar bolas na área. Aos 14minutos, Thiago Neves, em umabatida de escanteio, colocou namedida para Ronaldo Angelim,que subiu mais do que os zaguei-ros e mandou no cantinho direitode Jefferson: 1 a 0. O Glorioso só

deu o ar de sua graça aos 29minutos. Dentro da área, LocoAbreu ajeitou de cabeça paraMárcio Azevedo, que emendouuma linda bicicleta. A bola foi nadireção do gol, mas Felipe fez adefesa.

Na volta do vestiário, oBotafogo fez pressão em cima

do adversário. Herrera ajeitoupara Loco Abreu, que chutou nocantinho e Felipe teve que seesticar todo para defender. Eraum ensaio. Aos três minutos,Alessandro rolou para o uru-guaio, que, em condição legal,dentro da área, chutou de pernadireita para empatar para o

Glorioso: 1 a 1.Após cruzamento da esquer-

da feito por Everton, LocoAbreu deu uma ótima cabeçadae Felipe fez ótima defesa. Vendoo crescimento do Bota, Luxem-burgo também resolveu mexer.Colocou Negueba no lugar deDeivid, e o Flamengo melhorou.Logo de cara, o jovem atacantefez duas grandes jogadas peladireita em cima de Arévalo e le-vou perigo para o gol de Jef-ferson. O suficiente para acordarnovamente a torcida rubro-negra.

Ronaldinho Gaúcho tambémdespertou. Após bola levantadana área, o camisa 10 se livrou deSomália só no domínio e chutoude perna direita. Jefferson seesticou todo e desviou a bola,que entraria no cantinho. Dolado alvinegro, que chegou per-to foi Everton, que, aos 31 minu-tos, chutou cruzado da entradada área e a bola passou rente àtrave esquerda de Felipe.

Já perto do fim da partida, osbotafoguenses reclamaram deum pênalti que teria sido come-tido por Renato ao colocar amão na bola dentro da área. Oárbitro entendeu que o jogadordo Fla não teve a intenção. Ostimes tentaram a classificação notempo normal até o fim, mas adecisão de quem ia para decisãofoi mesmo para os pênaltis.

Sem muito brilhantismo, Ronaldinho Gaúcho por pouco não marca um gol

Vipcomm

Corinthians ganha oclássico contra Santos

Antes da partida, o Fenô-meno levou a Fiel ao delírio.Desta vez, sem seus gols. Oídolo disse adeus aos torcedo-res com uma volta olímpicano campo, acompanhado pe-los filhos Alex e Ronald. Emseguida, recebeu uma placadas mãos do presidente An-drés Sanches pelos serviços

prestados ao clube durantepouco mais de dois anos edois meses.

Liedson e Neymar, espe-ranças de Corinthians e San-tos pelos ótimos momentosque vivem, tiveram um pri-meiro tempo apagado em queprevaleceu a pontaria afiadade Fábio Santos e Elano para

superarem os goleiros. Titemanteve a formação com trêsmeias e apenas Liedson avan-çado, mas trocou peças depoisde atuações ruins de Danilo eRamírez. Dentinho deu maisvelocidade pelo lado direito,enquanto Morais organizou aarmação. Com boa movimen-tação e visão de jogo, ele abriua entrada da área rival, funda-mental para que o primeirogol saísse.

O Santos sofreu para segu-rar a bola no ataque. Neymaresteve longe de estar em seusmelhores dias, Diogo sumiuentre os zagueiros e Róbsonerrou a maioria dos passes.Mesmo assim, o Peixe teve aprimeira boa chance, aos 17,com Durval cabeceando livrepara fora depois de cobrançade falta de Elano.

O espaço dado pelo Santosem sua intermediária defensi-va logo foi aproveitado peloCorinthians. O clube do litoralabusou das faltas próximas àárea e, em uma delas, foi casti-gado com um golaço de FábioSantos, aos 23. O lateral-es-querdo, que voltou ao time navaga de Marcelo Oliveira, co-brou com perfeição e o ânguloesquerdo de Rafael.

No início do segundotempo, um verdadeiro tem-poral desabou sobre o Pa-caembu. A chuva favoreceu oSantos, que voltou mais veloze tentando encurralar o Co-rinthians na defesa. Elano,aos quatro, teve boa chancedentro da área, mas Julio Ce-sar voou no ângulo esquerdoe espalmou para escanteio.Aos poucos, o Corinthiansequilibrou a partida nova-mente. Dentinho passou aatuar nas costas de Danilo econseguiu espaços por lá.Aos 15, ele fez bela jogada in-dividual, invadiu a área e foiderrubado por Adriano. Nacobrança do pênalti, FábioSantos acertou o canto es-querdo de Rafael, indefensá-vel: 2 a 1.

Adilson arriscou tudo aocolocar Zé Eduardo na vagade Danilo. O Santos tentoupressionar nos minutos finais,mas parecia conformado coma derrota. Mas ainda haviatempo para o Corinthians fa-zer outro. Aos 41, Ralf rouboua bola e lançou Liedson comprecisão. O Levezinho arran-cou e, na saída do goleiro,tocou por cobertura. Um golfenomenal!

> PAULISTÃO

Jogadores do Timão comemoram gol do lateral-esquerdo Fábio Santos

Terra

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Primeira Edição | 21 a 27 de fevereiro, 2011 Esportes |B3

> HUMILHAÇÃO

CRB sofre sexta derrota e cai para a ‘zona’Galo perdeu para o Murici, por 3 x 2, e está a oito jogos sem vencer; jejum de vitórias completou um mês no último sábadoMarcelo AlvesRepórter

"O comportamento do CRB éde time pequeno". A afirmaçãodo diretor de futebol do Galo,Ednilton Lins, foi dita logo apósa derrota do time regatiano paraa equipe do Murici, por 3 x 2, noúltimo sábado (19), no estádioJosé Gomes da Costa, em Murici.A partida foi válida pelo 10ªrodada - fase de returno doCampeonato Alagoano. Com aderrota, o jejum do Galo aumen-ta para oito jogos sem vitórias,sendo que sete derrotas e doisempates. Além do próprio diri-gente regatiano, o técnico CarlosRabelo também criticou a atua-

ção dos jogadores durante ojogo. "A esperança é de rebaixa-mento. O nosso time é deficiente.Nossa zaga é infantil. Não pode-mos enganar o torcedor, pois,conseguir ficar entre os quatro éuma utopia", disse Rabelo.

Com a vitória, o Murici che-ga aos 22 pontos e continua navice-liderança do Estadual. Otime Alviverde tem os mesmospontos do líder Corinthians-AL,que venceu o CSE, por 2 x 1, noestádio Juca Sampaio, emPalmeira dos Índios, no últimosábado (19). O Murici fica nasegundo posição, por ter quatrogols a menos de saldo. O Alvi-verde enfrenta no próximo sába-do (26), o Coruripe, às 20h30, noestádio Gersón Amaral, em Co-ruripe. Já a equipe do CRB caiuda sétima colocação do Alagoa-no para a vice-lanterna da com-petição. O Galo terá agora pelafrente a equipe do CSE, no pró-ximo domingo (27), às 16h, noestádio Rei Pelé.

O JOGOO técnico Carlos Rabelo

montou o time do CRB com umaformação ofensiva, utilizandotrês atacantes. O esquema táticodeu certo logo no início da parti-da. Aos 12 minutos, do primeirotempo, o Galo abriu o placarcom o zagueiro Edson cobrandopênalti: Murici 0 x 1 CRB. Noentanto, o gol regatiano só ser-viu para acordar o time do Mu-rici. Aos 16 minutos, o meiaEverlan empatou a partida: Mu-rici 1 x 1 CRB. O gol do timealviverde nocauteou a equipe doGalo, que começo a apresentarsuas deficiências, principalmen-te na parte defensiva. Diante dadistração dos jogadores regatia-

nos, Everlan aproveitou parafazer mais um gol e virar o pla-car: Murici 2 x 1 CRB.

Após a virada, o técnicoRabelo resolveu mudar o esque-ma tático. Ele tirou Edson Sá,um dos três atacantes, e colocouo zagueiro Ítalo. Minutos de-pois, o treinador regatiano sacouo lateral-direito Valdeir e pôsem seu lugar o volante RodrigoSantos. As alterações não surti-ram efeito. O time não tinhacriatividade era lento nos con-tra-ataques e sequer ofereciaperigo ao Murici, que se apro-veitava destas debilidades. Ain-da no primeiro tempo, o Alvi-verde teve mais uma chance deampliar o placar. O meia Biludesperdiçou uma cobrança depênalti. O jogador bateu mal nabola e o goleiro Adriano defen-deu, evitando o terceiro gol.

No segundo tempo, o timedo Galo voltou do mesmo jeitoque terminou a etapa inicial:lento e desorganizado. Já a equi-pe do Murici retornou para orestante do jogo da mesma for-ma que atuou no primeiro tem-po. Melhor em campo, o Alvi-verde tratou logo de ampliar omarcador. Se redimindo do errocometido ao perder a cobrançade pênalti, na etapa inicial, omeia Bilu fez um golaço aos 26minutos. Murici 3 x 1 CRB. Apóster tirado no primeiro tempo umatacante, o treinador do Galovoltou atrás e colocou em campomais um jogador de frente. Ra-belo sacou o meia Léo e colocouo atacante Ivan Schumacher.Dessa vez, a alteração surtiuefeito. Aos 43 minutos, o zaguei-ro Ítalo diminuiu após cabecearpara o fundo do gol de Dias:Murici 3 x 2 CRB.

Destaque na vitória do Murici sobre o CRB, por 3 x 2, no último sábado, o meia Everlan marcou duas vezes

Divulgação/ Gazetaweb/ Bruno Soriano

“O CRB se comporta comotime pequeno”, diz dirigente

O diretor de futebol do CRB,Ednilton Lins, criticou dura-mente mais um vexame do Galono Campeonato Alagoano.Após a derrota para a equipe doMurici, por 3 x 2, Ednilton Lins,disse, em entrevista ao radialis-ta Luciano Costa, da rádio OJORNAL, que o time regatianose comporta em campo comoum time pequeno e que nãoperde quando não joga. Alémdisso, o dirigente reclamou dafalta de empenho dos jogadoresdurante as partidas. "Ninguémcorre. O time parece que chegade cócoras. Não tem vibração.Não tem 'tesão'", desabafouEdnilton Lins. O dirigente che-gou a afirmar que o salário dosjogadores está em dia e que adireção regatiana está se empe-nhando dar todo suporte aosatletas. "Não falta nada naPajuçara", disse.

No mesmo tom, o técnicoCarlos Rabelo foi outro a daruma bronca na equipe, duranteentrevista coletiva, após a parti-da. O treinador regatiano apon-tou a zaga como pivô da derrotado Galo. "A limitação defensivado CRB é muito grande. A defe-sa é infantil", disse Rabelo.Questionado sobre a soluçãopara resolver a deficiência dotime, Rabelo disse que é neces-sário renovar todo o elenco."Precisamos de uma renovaçãoimediata. Uma renovação geral.Estamos contratando cinco joga-dores para da uma alma nova aequipe", disse. Quanto à classifi-cação para a fase final do Esta-dual, Rabelo foi enfático. "Nãoadiante enganar o torcedor. Fi-car entre os quatro primeiros co-locados é uma utopia. Temosque ganhar os oito jogos que fal-tam", ressaltou. (M.A.)

Corinthians-AL conquista quartavitória seguida e lidera Alagoano

O Corinthians-AL seguefirme na liderança do Campeo-nato Alagoano, com 22 pontos.O Timão da Via Expressa ven-ceu no último sábado (19), suaquarta partida consecutiva. Avítima foi a Equipe do CSE, quejá havia perdido, por 4 x 0, parao Timão no jogo de ida, realiza-do no estádio Nelson PeixotoFeijó, no dia 12. Na partida dosábado passado, que aconteceuno estádio Juca Sampaio, emPalmeira dos Índios, o Tricolorperdeu, por 2 x 1. Os gols doTimão foram marcados por ZéCarlos e Pio. Rony descontoupara o CSE. Na próxima rodada,o Corinthians terá pela frenteCSA. A partida será no próximodomingo, às 15h15, no estádioNelson Peixoto Feijó. Já a equipeCSE, que permaneceu na com oscatorze pontos e enfrenta oCRB.

OUTROS JOGOSNa tarde de ontem, além do

jogo entre CSA x Ipanema, fo-ram realizadas mais duas parti-das. O Santa Rita venceu oSport, por 3 x 0, no estádio Oli-val Elias, em Boca da Mata. Osgols foram marcados por EdsonBaiano, Cleber e Dinda. Com avitória, o Santa Rita deixou alanterna do Alagoano e subiupara a oitava colocação, comnove pontos. Enquanto a equipedo Sport permaneceu na sextaposição, com 13 pontos.

Na outra partida da 10ª ro-dada do Alagoano, o Coruripevenceu o ASA, por 1 x 0. Com avitória o Hulk assumiu a tercei-ra posição, que era do Alvine-gro arapiraquense. O gol foimarcado por Jaelson. O time doCoruripe, que tem 21 pontos,enfrenta a equipe do Murici, nopróximo sábado (26), às 20h30,no estádio Gerson Amaral, emCoruripe. Já a equipe do ASAvai até o município de Atalaia,enfrentar o Sport, no estádioLuiz Pontes. (M.A.)

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As perspectivas reveladaspelo Censo 2010

Na entrevista exclusiva a este jornal, publicada na edição ante-rior, o procurador-geral de Justiça de Alagoas, Eduardo Tavares,abordou um tema da maior importância e do interesse de todosos brasileiros: o fim da imunidade parlamentar reservada hoje aquem exerce mandato nas assembléias legislativas e nas duascasas do Congresso Nacional. Assunto sério, da maior gravidade.Um sonho? Pode ser, mas não custa lembrar o que dizia o gran-de dom Hélder Câmara: "Quando todos sonham juntos, não é umsonho, é a realidade". Ora, e por que não? A Lei da Ficha Limpa,que iniciou já em 2010 uma verdadeira faxina no cenário políti-co nacional, também começou como um sonho. Logo, a propos-ta defendida pela CNBB e OAB estaria subscrita por mais de ummilhão e meio de brasileiros. E sem delongas, o projeto virou leie começou a viger imediatamente para surpresa dos incrédulos.Eduardo Tavares foi muito feliz em sua interpretação: "Tal comoexiste hoje nas casas legislativas, a imunidade tem uma tradução:impunidade". Mais preciso, impossível. Ao longo de décadas, oforo privilegiado empurrou todo tipo de marginal, de homensem débito com a Justiça, para o refúgio da imunidade nas dife-rentes esferas do Poder Legislativo. Uma iniqüidade.Fica aqui a ideia encampada pelo procurador Tavares. Que umainstituição respeitável, como a CNBB, a ABI ou a OAB (ou todasjuntas, por que não?) assumam a bandeira de uma grande mobi-lização nacional contra a manutenção desse privilégio atentató-rio ao estado de direito. Proteção ao parlamentar, por suasidéias, sim. Imunidade pelo que o legislador diz, tudo bem. Não,contudo, pelos crimes que comete, sobretudo contra a vida.

O Censo Brasileiro 2010,recém-concluído pelo IBGE,apresenta números e pers-pectivas promissoras para opaís e a nação brasileira.Nossa população alcançou amarca de 190.732.694 habi-tantes, a quinta maior domundo, depois da ChinaContinental, Índia, EstadosUnidos e Indonésia. Maiornação católica e uma dasprincipais democracias domundo entre as mais populo-sas, o Brasil acertou o passona última década e caminhapara consolidar-se entre aseconomias globais de maiordimensão e importância geo-política. A expressão ´Brasil,país do futuro` pode ser uti-lizada, hoje, com proprieda-de como ´Brasil, país do pre-sente`. Um dado social rele-vante é de que a expectativade vida evoluiu 10,6 anos naúltima década, com o indica-dor de 73,1 anos em 2009 -77 anos paraas mulheres e69,4 anospara os home-ns, conside-rando o per-centual de100 mulherespara cada95,9 homens.A maior lon-gevidade dasmulheres deve ser atribuída afatores sociais de mortalida-de masculina e prevençãofeminina, segundo as estatís-ticas paralelas. Numa trajetó-ria de 29 anos, a expectativade vida no Brasil teve umcrescimento médio anual de4 meses e 12 dias, segundoos analistas do IBGE. As pro-jeções indicam que, no longoprazo, até 2050, a esperançade vida do brasileiro, ao nas-cer, chegará aos 81,29 anos.A mortalidade infantil caiu de69,12 óbitos para 22,47 óbi-tos por mil nascidos vivos, nointervalo de 1980 a 2009.Este é um percentual aindaelevado. No entanto, as polí-ticas públicas de saúde ado-tadas pelo governo apontam

uma perspectiva positiva dereversão desses números, nomédio e longo prazos.Programas como o ´MãeCoruja`, em Pernambuco, decuidados materno-infantisbem como de similares emtodo o país, do governofederal, trabalham nessadireção. No comparativo como Censo 2000, a populaçãobrasileira aumentou em12,3%. Na década anterior,de 1991 a 2000, o percentualdo crescimento populacionalfoi de 15,6%. O Censo 2010constatou que a populaçãobrasileira também cresce nosentido da urbanização.Atualmente, 84% dos brasi-leiros vivem nas áreas urba-nas, contra 81% há 10 anos.Um dado sugestivo é queexistem 23.760 brasileiroscom mais de 100 anos, sendoa Bahia o estado líder em lon-gevos, com 3.525, seguindo-se São Paulo com 3.146 e

Minas Geraiscom 2.597,entre osnúmeros maisexpressivos. OCenso de2010 resultoude um traba-lho exaustivorealizado por230 mil pes-soas, das

quais 191 mil recenseadores,contando com o apoio dasComissões CensitáriasEstaduais e das ComissõesMunicipais de Geografia eEstatística em todas as 27unidades e 5.565 municípiosda Federação. Algumas dis-torções em determinadosmunicípios existem, masserão revisadas. Esses dadosestatísticos do IBGE são deimportância fundamentalpara a formulação de políti-cas públicas, planejamentopúblico e privado e implanta-ção de obras e serviços emfavor de melhores condiçõesde vida para as populações.

Inocêncio OliveiraDeputado federal

Editorial

Uma boa causaFoto da semana

A expressão acima é análoga às antigas´Pílulas de vida do Dr. Ross`, indicadaspara toda e qualquer doença. (Os´menos jovens` lembram). ´Falha nosistema` responde hoje a todos os pro-blemas do nosso cotidiano. Não possofazer a transferência bancária. Nãoposso comprar a passagem. Não emiti-ram o passaporte, carteira de identida-de, de motorista. Não foi marcada aconsulta. Não posso sacar um cheque,pagar um boleto. Tudo nos é explicadocomo ´falha no sistema`. O problema éque está crescendo a amplitude daexpressão. O recente ´apagão` em todoo Nordeste, atingiu cerca de 40 milhõesde pessoas em sete estados . Causouproblemas no trânsito, tráfego aéreo,em hospitais, indústrias e consequentesprejuízos. Foi-nos explicado simploria-mente pelos responsáveis como:´Interrupção temporária de energia (apérola é do ministro), causada por falhano sistema, que é robusto e um dosmelhores do mundo. Não foi apagão`afirmou. Acrescentou ainda que ´isso énormale sem maiores consequências`.Talvez uma inversão de palavras definamelhor. ´Sistema falho`. Falho porque,apesar de alardeado, ainda não temossolução para o problema de suprimentode energia. A demanda crescendo, aoferta constante. Resultados? Apagõese apagões. Para a presidente, este acidente tem um

significado maior, pois além de ser emum setor considerado estratégico, mexecom seus brios, uma vez que no gover-no anterior foi titular do Ministério dasMinas e Energia. Coincide também como momento em que preenche os cobiça-dos cargos no referido ministério. Peloseu perfil e palavras , esperava-se que,nos postos considerados básicos para asua administração, não houvesse barga-nha política e fossem designados nomescom currículos específicos para cadaárea. Infelizmente não é o que está

ocorrendo. A manutenção de algunsministros, a nomeação de outros e depresidentes de estatais (citando apenasuns exemplos) mostra que há umadependência política grande, do execu-tivo em relação a alguns grupos. Oloteamento dos órgãos públicos e per-petuação das ´velhas raposas políticas`

tem um custo muito alto para a nação.Isso pode causar problemas na condu-ção do país, como um todo. É feito emnome da ´governabilidade` (leia-se´barganha por apoio`), mas pode cau-sar ´desgoverno`. Nossos presidentestêm sido reféns deste processo´democrático`. Acreditamos, no entan-to, que a presidente Dilma, que tem afir-mado valorizar a ´meritocracia`, devepouco a pouco fazer valer sua vontade. O Brasil, para crescer economicamente,precisa investir em infraestrutura deuma maneira geral. Rodovias, ferrovias,portos, aeroportos, e, principalmente,como condição ´sine qua non`, nacapacidade de geração de energia. Ébom lembrar que além do crescimentonatural da economia, teremos em 2014uma Copa do Mundo, que exigirá inves-timentos pesados e urgentes e conse-quente necessidade de energia disponí-vel. Teremos jogos em várias capitais,em que não podemos pagar o ´mico`mundial de cancelamento devido a um`apagão`. Desculpem. A uma ´interrup-ção temporária de energia`. Cabe poisao governo, dirigir sua atenção ao setorenergético com prioridade, sob pena de,não o fazendo termos constantes emaiores ´falhas no sistema`.

Eliezer MenezesEconomista

Falha no sistema

Uma excelente notícia para os apo-sentados e pensionistas do INSS, nestecomeço de ano, é a efetiva possibilidadede revisão da renda mensal de seusbenefícios além do recebimento dosatrasados dos últimos cinco anos, devi-damente corrigidos, que podem alcan-çar até R$ 30.600.

Em recente decisão prolatada peloSupremo Tribunal Federal ficou decididoque o INSS tem a obrigação legal de cor-rigir a RMI (renda mensal inicial) dosbenefícios previdenciários que tenhamsido concedidos entre dezembro de1995 até dezembro de 2003, posto queas determinações das Emendas Cons-titucionais 20/98 e 41/03 não foramobedecidas pela autarquia. Aquelas leisdeterminaram, respectivamente, que onovo teto dos salários de benefício doRGPS passaria a ser de R$ 1.200 e R$2.400, mas o INSS não aplicou o novoteto legal aos benefícios que haviamsido concedidos antes da vigênciadaquelas leis.

Resolvendo a contenda, o STF enten-deu que não haveria transgressão ao atojurídico perfeitoou ao princípio da irre-troatividade das leis. Asseverou-se,ainda, que a decisão que der ganho de

causa ao segurado não evidenciará apli-cação retroativa da lei, dado que nãodeterminará pagamento de novo valoraos beneficiários, mas sim permitirá aincidência daqueles novos tetos parafins de cálculo da renda mensal de bene-fício

Por conta do equívoco do INSS,houve uma perda no poder aquisitivo

das aposentadorias cujos efeitos negati-vos iniciaram na concessão dos benefí-cios e vem repercutindo até os dias atu-ais. Há benefícios, inclusive, que chegama ter uma defasagem de até R$ 700! Éimportante destacar, ainda, que ossegurados pensionistas também têm

direito, desde que o benefício instituidorhaja sido concedido naquele período.

Algumas categorias de servidorespúblicos também têm direito à aludidarevisão, a exemplo dos funcionários daCaixa Econômica Federal, Banco doBrasil, Chesf, Petrobras, BNB e RFFSA,desde que tenham se aposentadonaquele período, visto que recebem osseus proventos de aposentadoriae pen-são diretamente do INSS e estão sujei-tos, portanto, ao regulamento própriodo Regime Geral de Previdência Social.

Assim, para os aposentados e pen-sionistas que estejam interessados emingressar com uma ação de revisão debenefício dois caminhos são possíveis:dar entrada sozinho, perante uma dasvaras da Justiça Federal de Pernambuco,ou procurar um advogado para que eleajuíze a ação. O risco no primeiro caso,contudo, é que se o INSS recorrer dasentença ou se esta for desfavorável aoaposentado ele precisará de advogadopara defendê-lo, em grau de recurso,perante a turma recursal da secção judi-ciária de Pernambuco.

André CampelloAdvogado

Revisão de benefícios garantida

Endereço:Rua Ubiracy Costa Ferreira, 145

Jatiúca | CEP 57.036-780Fone: (82) 3033-2189

Maceió | AlagoasAtendimento ao assinante:

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PRIMEIRA Luiz Carlos Barreto GoesDiretor-Geral

Romero Vieira BeloDiretor Editorial

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“Atualmente, 84%dos brasileiros

vivem nas áreasurbanas, contra os81% constatados

há 10 anos”

“Além do crescimentonatural da economia,

teremos em 2014 umaCopa do Mundo queexigirá investimentos

pesados”

“Algumas categorias deservidores públicos

também têm direito àaludida revisão, aexemplo dos fun-cionários do BB...”

Apesar da vigilância policial, feirantes ainda negociam na margem da AL-101-Sul, expondo-se a risco de acidente (Flagrante de Márcio Ândrei)

B4 | Opinião

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Primeira Edição | 21 a 27 de fevereiro, 2011 Especial |B5

GATO POR

LEBRE

Há água mineral e água adicionada comsais; consumidores devem ficar atentosAgua com sais ganha espaço na rede comercial, mas o produto não apresenta a qualidade da água mineral

Há cerca de dois anos, come-çou a circular em Alagoas a águaadicionada de sais, que difere daágua mineral. De acordo com aAgência Nacional de VigilânciaSanitária (Anvisa), esse tipo deágua deve ser adicionada depelo menos um dos seguintessais, de grau alimentício: bicar-bonato de cálcio, bicarbonato demagnésio, bicarbonato de potás-sio, bicarbonato de sódio, carbo-nato de cálcio, carbonato demagnésio, carbonato de potás-sio, carbonato de sódio, cloretode cálcio, cloreto de magnésio,cloreto de potássio, cloreto desódio, sulfato de cálcio, sulfatode magnésio, sulfato de potás-sio, sulfato de sódio, citrato decálcio, citrato de magnésio, citra-to de potássio, e citrato de sódio.

A comercialização da águaadicionada de sais tem ganhadoespaço pela facilidade de seobter a autorização e pelo preçoque se torna mais atrativo doque o da água mineral. Entre-tanto, o consumidor deve ficaratento às diferenças entre osdois produtos.

Questionado pelo PrimeiraEdição a respeito das caracterís-

ticas de cada uma delas, o presi-dente do Sindicato das Indús-trias de Engarrafamento deÁgua Mineral do Estado de Ala-goas (Sindagua), Felix EugênioOiticica Berard, disse que paraexplorar água mineral é necessá-rio obter a concessão de lavraemitida pelo Departamento Na-cional de Produção Mineral, quevai avaliar rigorosamente diver-sos itens. Já para conseguir li-cença para água adicionas desais, não há tantas exigências.Outra diferença que tem que serlevada em consideração é a deque a adicionada de sais é águaindustrializada.

"O sindicato está programan-do fazer uma campanha publici-tária para que a população fiqueatenta às diferenças dos doistipos de água. Muita gente con-some, já que o preço é inferior, enem percebe que a água que estácomprando não é natural porqueessa informação vem em letraspequenas nos rótulos".

Ainda de acordo com ele, aAssociação Brasileira de Indús-tria de Água Mineral (Abinam)defendeu a criação de uma legis-lação específica para a água adi-

cionada de sais. O projeto de lei(PLC 92/2010) define os tipos deágua, as normas para rotulageme os padrões de qualidade daságuas adicionadas de produtosindustrializados.

De acordo com o projeto, orótulo terá as expressões "Águaadicionada de sais" ou "Águaadicionada de vitaminas e mine-rais" impressas em tamanho queserá, no mínimo, a metade do

usado para grafar a marca doproduto. Além disso, os rótulosdevem informar as substânciasquímicas adicionadas à água,em ordem decrescente de con-centração, com as concentraçõesem miligramas por litro; a ori-gem da água utilizada para pro-dução e os processos para suapurificação complementar e de-sinfecção.

O projeto permite ainda a

gaseificação de água adicionadade sais por meio da dissoluçãode dióxido de carbono, mas essaqualidade deve ser informadano rótulo do produto. Por outrolado, ele não pode relacionar oproduto a marcas ou tipos deáguas minerais comercializadas,nem devem ser indicadas aspropriedades terapêuticas doproduto.

Pesquisa feita em outubro do

ano passado pelo Sindagua emamostras de água adicionadasde sais constatou-se a presençade bicarbonato de sódio inferiora exigida em legislação. "Em umbotijão tinha 10 mg, em outro,17mg, quando a quantidade mí-nima exigida é de 30 mg", disseo presidente do Sindagua. O re-sultado foi levado para a Vigi-lância Sanitária Estadual paraque apure o caso.

Márcio Ândrei

Água mineral, como a Cristalina, Indaiá e outras, são produtos de reconhecida qualidade; consumidor deve atentar para o líquido adicionado com sais

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Primeira Edição | 21 a 27 de fevereiro, 2011B6 | Diário Oficial dos Municípios

PREFEITURA MUNICIPAL DE ATALAIAAVISO DE LICITAÇÃOModalidade: Pregão Presencial emSistema de Registro de Preços nº001/2011 – Data: 03/03/2011 às10h00min – Objeto: Aquisição de ÁguaMineral e Gás de Cozinha sem recipi-ente. Disponibilização do Edital: RuaFernando Gondim, nº 114, Centro,Atalaia/AL. Atalaia, 15 de fevereiro de2011.Davison Gomes da SilvaPregoeiro------------------------------------------------

PREFEITURA DE IGREJA NOVAEXTRATO DE CONTRATO N.º 002/2011 –IGREJA NOVAPregão Presencial nº 11/2010Contratante: Prefeitura Municipal deIgreja Nova/ALContratada:. FRANÇA CAMINHÕESLTDA, Pessoa Jurídica deDireito Privado, inscrita no CNPJ/MF

sob o n.º 03.079.649/0001-38, situada na Avenida Durval de GóesMonteiro, nº 2501 – Tabuleiro dos Martins – Maceió/AL –CEP: 57061-000Objeto:Contratação de empresa deespecializada na venda de umAutomóvel “0”Quilometro, Tipo “Carga Leve”.Valor: R$ 94.800,00 (noventa e quatromil e oitocentos reais)Vigência: 07/02/2011 a 07/02/2012Fundamentação: Lei N.º. 8.666/93NEIWTON SILVAPrefeito do Município de Igreja Nova/AL------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE BRANQUINHA

HOMOLOGAÇÃO – PREGÃO PRESENCIALN° 008/2010A Prefeita do Município de Branquinhahomologa o presente processo, impor-tando o mesmo o valor total de R$29.500,00 (vinte e nove mil e quinhen-tos reais).EXTRATO DO CONTRATO N° 008/2010–PPCONTRATANTE: Prefeitura Municipal deBranquinha, CNPJ: 12.332.995/0001-77. CONTRATADA: Mavel Veículos Ltda,CNPJ: 12.392.171/0001-92. OBJETO:Aquisição de Veículo 0 KM, de R$29.500,00 (vinte e nove mil e quinhen-tos reais). Branquinha/AL, 08de fevereiro de 2011.Ana Renata da Purificação MoraesPrefeita------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE PENEDO

RATIFICAÇÃO DE INEXIGIBILIDADEO Prefeito do Município de Penedo RAT-IFICA o presente processo, importandoo mesmo o valor total de R$ 362.500,00(trezentos e sessenta e dois mil e quin-hentos reais).EXTRATO DO CONTRATOCONTRATANTE: Prefeitura Municipal dePenedo, CNPJ: 12.243.697/0001-00.CONTRATADA: Editora Name COC Ltda,CNPJ: 50.492.271/0001-80. OBJETO:Implantação do Projeto NAME – Núcleode Apoio à Municipalização do Ensino.VALOR: R$ 362.500,00 (trezentos esessenta e dois mil e quinhentos reais).Fórum: Penedo/AL. Penedo, 25 defevereiro de 2010.Alexandre de Melo ToledoPrefeito------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE TANQUE D’ARCA

HOMOLOGAÇÃO - PREGÃO PRESENCIALSRP N° 006/2010O Prefeito do Município de TanqueD’Arca homologa o presente processo,importando o mesmo o valor total deR$ 1.270.409,90 (Hum milhão duzentose setenta mil quatrocentos e nove reaise noventa centavos).EXTRATO - ATA DE REGISTRO DE PREÇOSN° 006/2010CONTRATANTE: Prefeitura Municipal deTanque D’Arca, CNPJ:12.241.865/0001-29. DETENTORA:Bastos e Santos Ltda EPP, CNPJ:10.597.666/0001-22. OBJETO:Aquisição de Material de Construção.VALOR: R$ 1.270.409,90 (Hum milhãoduzentos e setenta mil quatrocentos enove reais e noventa centavos). Datade Assinatura: 08/10/2010 – VALIDADE:12 meses – Ordenador da despesa:Roney Tadeu Valença Silva. O conteúdointegral desta Ata de Registro de Preçosencontra-se a disposição na sede domunicípio, na Praça Coronel FranciscoEuclides, s/n, Centro, TanqueD’arca/AL. Tanque D’Arca, 08 de out-ubro de 2010.Roney Tadeu Valença SilvaPrefeito------------------------------------------------

PREFEITURA DE SANTA LUZIADO NORTE

AVISO DE LICITAÇÃOPREGÃO PRESENCIAL Nº 003/2011A Pregoeira, comunica aos interessadosque estará recebendo no dia04/03/2011, às 09:00 horas, em suasede à Rua Estevão Protomartir deBrito, 84, Centro, Santa Luzia do Norte,

os envelopes de proposta e documen-tação referentes ao Pregão Presencialnº 003/2011, que trata da contrataçãode pessoa(s) jurídica(s) para Aquisiçãode Materiais Permanentes (173 CadeirasUniversitárias), para atender as neces-sidades de serviços das Escolas doMunicípio. O Edital e seus elementospoderão ser adquiridos no endereçoacima no horário de 08:00 às 12:00h oupelo E-mail:[email protected]. Maiores informações pelos telefones:(82) 3268-1115/3268-1320. Santa Luzia do Norte, 18 de Fevereirode 2011.Leyla Christine L. L. de Farias Pregoeira------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTALUZIA DO NORTE

AVISO DE LICITAÇÃOPREGÃO PRESENCIAL Nº 002/2011A Pregoeira, comunica aos interessadosque estará recebendo no dia03/03/2011, às 09:00 horas, em suasede à Rua Estevão Protomartir deBrito, 84, Centro, Santa Luzia do Norte,os envelopes de proposta e documen-tação referentes ao Pregão Presencialnº 002/2011, que trata da contrataçãode pessoa(s) jurídica(s) para o forneci-mento de produtos alimentícios para amanutenção da Merenda Escolar dosalunos das Escolas da Rede PúblicaMunicipal de Ensino, do Município deSanta Luzia do Norte, para atendimen-to aos programas PNAC-CRECHE,PNAEP-PRÉ-ESCOLA, PNAEF-FUNDAMEN-TAL, PNAEQ-QUILOMBOLA E PNAE-EJA,durante o exercício de 2011. O Edital eseus elementos poderão ser adquiridosno endereço acima no horário de 08:00às 12:00h. Maiores informações pelostelefones: (82) 3268-1115/3268-1320.E-mail: [email protected] Luzia do Norte, 18 de Fevereirode 2011.Leyla Christine L. L. de FariasPregoeira------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTALUZIA DO NORTE

AVISO DE LICITAÇÃOPREGÃO PRESENCIAL Nº 002/2011A Pregoeira, comunica aos interessadosque estará recebendo no dia07/03/2011, às 09:00 horas, em suasede à Rua Estevão Protomartir deBrito, 84, Centro, Santa Luzia do Norte,

os envelopes de proposta e documen-tação referentes ao Pregão Presencialnº 004/2011, que trata da contrataçãode pessoa(s) jurídica(s) para o forneci-mento de Combustíveis Automotivos(gasolina comum, óleo diesel/biodiesele álcool hidratado) para abastecer afrota de veículos da PrefeituraMunicipal de Santa Luzia do Norte,durante o exercício de 2011. O Edital eseus elementos poderão ser adquiridosno endereço acima no horário de 08:00às 12:00h. Maiores informações pelostelefones: (82) 3268-1115/3268-1320.E-mail: [email protected] Luzia do Norte, 18 de Fevereirode 2011.Leyla Christine L. L. de FariasPregoeira------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE PENEDOProcesso Administrativo 018/2011HOMOLOGAÇÃOO Prefeito Municipal de Penedo no usode suas atribuições regulamentares econsiderando o julgamento daComissão Especial de Licitação – CEL,instituída pela Portaria nº 5.009/2009de 05 de fevereiro de 2009, na con-formidade do Parecer PGM, RESOLVEHOMOLOGAR o procedimento licitatórioreferente à Tomada de Preço 02/2011,classificando vencedora do certameseletivo a empresa Elo EngenhariaLtda, com preço global no valor de R$576.596,14 (Quinhentos e setenta e seismil, quinhentos e noventa e seis reais equatorze centavos).Gabinete do Prefeito, em 17 defevereiro de 2011.ISRAEL RAMIRES SALDANHA NETOPrefeito------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE QUEBRANGULO

Pregão PresencialA CPL do município de Quebrangulo,informa aos interessados que estarárealizando a seguinte licitação con-forme abaixo especificado:Pregão Presencial 011/2011- Processos:0231/2011Órgão:Secretaria de Obras; Objeto:Locação de trator de pneu e tanque desucção - Data da Reunião: 03 de marçode 2011. as 9:00 hs.- O edital doprocesso encontra-se a disposição dosinteressados na sala da CPL. nohorários de 8:00 as 12:00.Sito: Praça Getúlio Vargas, 50 – Centro -Quebrangulo – AL

(82) 3288 1159 [email protected], 18 de fevereiro de 2011.Márcio Ivan Marinho FalcãoPregoeiro------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE QUEBRANGULO

Pregão PresencialA CPL do município de Quebrangulo,informa aos interessados que estarárealizando a seguinte licitação con-forme abaixo especificado:Pregão Presencial 012/2011- Processos:226/2011Órgão:Secretaria de Assistência Social ;Objeto: Compra de Frutas e verduras -Data da Reunião: 03 de março de 2011.as 14:30 hs.- O edital do processoencontra-se a disposição dos interessa-dos na sala da CPL. no horários de 8:00as 12:00.Sito: Praça Getúlio Vargas, 50 – Centro -Quebrangulo – AL(82) 3288 1159 [email protected], 18 de fevereiro de 2011.Márcio Ivan Marinho FalcãoPregoeiro------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE QUEBRANGULO

Pregão PresencialA CPL do município de Quebrangulo,informa aos interessados que estarárealizando a seguinte licitação con-forme abaixo especificado:Pregão Presencial 013/2011- Processos:00241/2011Órgão:Secretaria de Educação; Objeto:aquisição de Instrumentos musicais -Data da Reunião: 04 de março de 2011.as 9:00 hs.- O edital do processo encon-tra-se a disposição dos interessados nasala da CPL. no horários de 8:00 as12:00.Sito: Praça Getúlio Vargas, 50 – Centro -Quebrangulo – AL(82) 3288 1159 [email protected], 18 de fevereiro de 2011.Márcio Ivan Marinho FalcãoPregoeiro------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE QUEBRANGULO

Pregão PresencialA CPL do município de Quebrangulo,informa aos interessados que estarárealizando a seguinte licitação con-forme abaixo especificado:Pregão Presencial 014/2011- Processos:

0255/2011Órgão:Secretaria de Saúde; Objeto:Aquisição de Material odontologico -Data da Reunião: 04 de março de 2011.as 14:30hs. O edital do processo encon-tra-se a disposição dos interessados nasala da CPL. no horários de 8:00 as12:00.Sito: Praça Getúlio Vargas, 50 – Centro -Quebrangulo – AL(82) 3288 1159 [email protected], 18 de fevereiro de 2011.Márcio Ivan Marinho FalcãoPregoeiro------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE QUEBRANGULO

Pregão PresencialA CPL do município de Quebrangulo,informa aos interessados que estarárealizando a seguinte licitação con-forme abaixo especificado:Pregão Presencial 015/2011- Processos:0290/2011Órgão:Secretaria de Saúde; Objeto:fardamento e vestuário - Data daReunião: 10 de março de 2011. as09:00. O edital do processo encontra-sea disposição dos interessados na sala daCPL. no horários de 8:00 as 12:00.Sito: Praça Getúlio Vargas, 50 – Centro -Quebrangulo – AL(82) 3288 1159 [email protected], 18 de fevereiro de 2011.Márcio Ivan Marinho FalcãoPregoeiro------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE QUEBRANGULO

Pregão PresencialA CPL do município de Quebrangulo,informa aos interessados que estarárealizando a seguinte licitação con-forme abaixo especificado:Pregão Presencial 015/2011- Processos:0291/2011Órgão:Secretaria de Saúde; Objeto:Oxigênio Hospitalar - Data da Reunião:10 de março de 2011. as 15:00. O editaldo processo encontra-se a disposiçãodos interessados na sala da CPL. nohorários de 8:00 as 12:00.Sito: Praça Getúlio Vargas, 50 – Centro -Quebrangulo – AL(82) 3288 1159 [email protected], 18 de fevereiro de 2011.Márcio Ivan Marinho FalcãoPregoeiro

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Primeira Edição | 21 a 27 de fevereiro, 2011 Especial |B7

W.Imagem chega assegurando mais saúde> QUALIDADE E INOVAÇÃO

Clínica especializada em diagnóstico por imagens começa a funcionar determinada a oferecer mais qualidadeFoi inaugurada na última

sexta-feira, 18, a W.Imagem.Chegou e já promete fazer adiferença. A proposta da clínicaespecializada em diagnósticospor imagem é ampliar o atendi-mento de qualidade para todosalagoanos, inclusive para pa-cientes mais carentes.

A iniciativa, que surgiu deconversas entre os doutoresSegismundo Wanderley Neto eMiguel Arcanjo Barbosa, ampliao atendimento e os serviços jáoferecidos pelo Centro de Ne-frologia de Maceió, o CENE-FROM, que hoje é o responsávelpelo atendimento de mais de280 pacientes de diálise, o maiorde Alagoas. Hoje, consideradoum hospital de médio porte, oCENEFROM iniciou suas ativi-dades em Alagoas em 1999 atra-vés da pareceria do Dr. MiguelArcanjo Barbosa e o Dr. JoãoAntõnnio Cubas. O histórico desucesso de mais de dez anosmostra que qualidade de aten-dimento, cordialidade, seguran-ça e, sobretudo, credibilidadesão os principais quesitos quefizeram a CENEFROM ser oque é hoje.

Com o objetivo de melhorara qualidade de atendimento deseus pacientes, a W.Imagemjunta-se a essa história. Dr. Se-gismundo Wanderley Neto, for-mado em medicina na Univer-sidade Federal de Alagoas,UFAL, e com especialização emRadiologia e Diagnóstico porImagem no Hospital Heliópolisem São Paulo e idealizador daclínica, aposta na qualidade doatendimento para um melhordiagnóstico dos pacientes. AW.Imagem inicia nesta segundacom os exames de Ultrassomcom Dopler Color e dentro deseis meses, com a TomografiaComputadorizada MultiSlice,equipamento importado dosEstados Unidos. Ambas pos-suem tecnologia de última gera-ção, que permitem um diagnós-tico mais preciso.

Além de atender pacientesconveniados, a W.Imagem querinvestir em uma parceria com aSecretaria Municipal de Saúde,e assim, colocar à disposição dasociedade sua estrutura física ehumana. "Além dos pacientesque já possuímos na CENE-FROM o nosso atendimentoterá preço acessível para acamada da população que nãopossui convênio médico. Oobjetivo é melhorar a qualidadeda saúde dos alagoanos", disseo Dr. Segismundo Wanderley.

Amigos, familiares, impren-sa e o Secretário do Estado daSaúde, Alexandre Toledo pres-tigiaram a firmação da parceriaentre CENEFROM e W.Ima-gem. "O que acontece aqui hojeé algo muito importante paraAlagoas. Mostra que os alagoa-nos acreditam no Estado. E nósprecisamos acreditar mais. Essaparceria vem para ampliar asaúde de Alagoas", concluiu oSecretário durante seu discurso.

Discursou também o Dr.Miguel Arcanjo Barbosa, diretorda CENEFROM, que deu desta-que para a renovação dos qua-dros médicos em Alagoas. "Pre-cisamos de pessoas novas e quequeriam salvar pessoas. Comhumildade, carinho, credibili-dade o nosso objetivo estásendo alcançado".

Em discurso emocionado, oDr. Segismundo Wanderleyexaltou a parceria com a CEN-FROM e os benefícios que o in-vestimento da W.Imagem trarápara Maceió. "A W.Imagem é aconcretização de um sonho demais de oito anos. Tivemos difi-culdades na implementação eteremos muitas dificuldades noinicio. Mas com perseverança ededicação, com apoio de cole-gas e familiares, conseguiremossuperá-las".

Os médicos Miguel Arcanjo, Cid Cavalcante, Rui Vaz, Ronald Mendonça, Leonardo Sarmento eSegismundo Wanderley Neto

Divulgação

Os Drs. Segismundo Wanderley Neto e Miguel Arcanjo Barbosa inauguração a W. Imagem

Para o secretário Alexandre Toledo, a parceria vem para ampliar a saúde de Alagoas

Dr. Miguel Arcanjo destacou a renovação dos quadros médicos em Alagoas

À esquerda, Luciana Wanderley, mãe do Dr. Segismundo, teve participação expressiva

Ao parabenizar a iniciativa, Alexandre Toledo reforçou a importância da W.Imagem para o Estado

Fotos: Márcio Ândrei

O empresário e Presidente da CDL-AL, Wilsom Barreto, teve presente ao lado da esposa Rita Prado

A W. Imagem objetiva a melhorar a qualidade da saúde dos alagoanos

Os equipamentos possuem tecnologia de última geração, que permitem um diagnóstico preciso

Em um discurso emocionado, o Dr. Segismundo Wanderley exaltou a parceria com a CENEFROM

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