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DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES ANTEPROJETO VOLUME I: RELATÓRIO OBJETIVO: Contratação de empresa para o desenvolvimento do projeto básico e executivo, execução das obras e todas as demais operações necessárias e suficientes para a entrega final da reabilitação da Ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II localizada na rodovia BR- 470/SC ELABORAÇÃO: Contrato 951/2017 - Assessoramento Técnico à DIR/DNIT, no Planejamento e Gerenciamento da Execução do Programa de Manutenção e Reabilitação de Estruturas - PROARTE. Brasília - DF Outubro de 2018

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Page 1: ANTEPROJETO · 2020-05-12 · barreiras de segurança que aumentam o conforto e segurança do usuário.” Para a obra apresentada, foram determinados os itens de serviço com suas

DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES

ANTEPROJETO

VOLUME I: RELATÓRIO

OBJETIVO: Contratação de empresa para o desenvolvimento do projeto básico e

executivo, execução das obras e todas as demais operações necessárias e suficientes para

a entrega final da reabilitação da Ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II localizada na rodovia BR-

470/SC

ELABORAÇÃO: Contrato 951/2017 - Assessoramento Técnico à DIR/DNIT, no

Planejamento e Gerenciamento da Execução do Programa de Manutenção e Reabilitação

de Estruturas - PROARTE.

Brasília - DF

Outubro de 2018

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 4

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS .............................................................................. 4

1.2 MAPA DE SITUAÇÃO ......................................................................................... 5

1.3 ESCOPO E ABRANGÊNCIA ................................................................................ 6

1.4 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ..................................................................... 6

2 DESCRIÇÃO DA OBRA DE ARTE ESPECIAL ........................................................ 7

3 ELEMENTOS TÉCNICOS PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO .................... 11

3.1 CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL ................................................ 11

3.2 COMPONENTES DA PLATAFORMA .............................................................. 11

3.3 INTERFERÊNCIAS ............................................................................................. 11

3.4 SONDAGENS ...................................................................................................... 12

3.5 INSPEÇÃO DA OAE ........................................................................................... 12

4 PROPOSTA DE INTERVENÇÕES PARA A OBRA DE ARTE ESPECIAL .......... 13

4.1 RECUPERAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS ................................... 13

4.2 REFORÇO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS .............................................. 15

4.3 ALARGAMENTO DA OBRA DE ARTE ESPECIAL ....................................... 18

4.4 RECOMPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS COMPLEMENTARES ....................... 23

4.5 RECOMPOSIÇÃO DOS ENCONTROS ............................................................. 24

4.6 ESCOLHA DOS TIPOS DE FUNDAÇÕES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO ... 25

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5 COMPONENTE AMBIENTAL ................................................................................. 28

5.1 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE – APP ...................................... 28

5.2 PASSIVOS AMBIENTAIS .................................................................................. 30

5.3 ÁREAS DE USO .................................................................................................. 31

5.4 ANTEPROJETO DO COMPONENTE AMBIENTAL E PAISAGISMO .......... 31

5.5 CONDICIONANTES DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL .......................... 35

5.6 ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO BÁSICO E

EXECUTIVO DE ENGENHARIA ................................................................................. 37

5.7 ORIENTAÇÕES PARA A EXECUÇÃO DAS OBRAS ..................................... 38

6 CRONOGRAMA E PLANO DE EXECUÇÃO ......................................................... 39

6.1 CRONOGRAMA .................................................................................................. 39

6.2 CANTEIRO DE OBRA ........................................................................................ 39

6.3 PLANO DE EXECUÇÃO .................................................................................... 40

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 42

7.1 NORMAS E INSTRUÇÕES ................................................................................ 42

7.2 LITERATURA ..................................................................................................... 45

8 ATESTADO DE RESPONSABILIDADE ................................................................. 46

8.1 DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE .................................................... 46

8.2 ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA ....................................... 47

8.3 PROCURAÇÃO ................................................................................................... 48

9 TERMO DE ENCERRAMENTO ............................................................................... 50

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1 INTRODUÇÃO

O presente anteprojeto visa a contratação de empresa para o desenvolvimento do projeto básico e

executivo, execução das obras e todas as demais operações necessárias e suficientes para a entrega

final da reabilitação da Ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II localizada na rodovia BR-470/SC.

1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A ponte sobre o Rio Itajaí Açu II localiza-se no km 113,00 da Rodovia Federal BR – 470/SC,

ligando os municípios de Ibirama e Apiúna, próximos a Blumenau. Não se sabe ao certo o ano em

que a ponte foi projetada e construída. Contudo, pela largura do tabuleiro, infere-se que ela foi

projetada antes dos anos 1960. O item 1.2 ilustra o mapa de situação da ponte.

Pela sua importância para o trânsito na região em que está inserida e pelas más condições em que

se encontra, a ponte foi colocada na lista de OAE’s prioritárias do programa PROARTE. O

PROARTE é um programa criado pelo DNIT para reabilitação de obras de arte especiais, cujo

escopo é descrito na IS nº 14 de 06 de julho de 2016 como os serviços de reabilitação estrutural e

funcional, bem como os serviços de manutenção preventiva e corretiva de estruturas constantes da

malha rodoviária federal.

Cabe destacar, que a autorização para a elaboração deste anteprojeto de engenharia é expressa no

Despacho (DNIT) COMEC 1236045, constante no do Processo SEI 50600.617929/2017-28.

Para o projeto executivo a ser elaborado a partir deste Anteprojeto, o Decreto nº 8.080, de 20 de

agosto de 2013, que altera o Decreto nº 7.581, de 11 de outubro de 2011, regulamentador do

Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC (de que trata a Lei nº 12.462/2011, de 5 de

agosto de 2011) em seu Art. 66, versa sobre análise e aceitação, no caso de contratação integrada.

Para os Projetos de Engenharia advindos das Contratações Integradas em empreendimentos do

DNIT, a IS/DG nº 02, de 14 de março de 2014, estabelece as diretrizes para sua análise e aceitação.

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1.2 MAPA DE SITUAÇÃO

Figura 1.1 – Mapa do Brasil/Santa Catarina

Figura 1.2 – Mapa de Situação Ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II – BR-470/SC

Ponte sobre o

Rio Itajaí-Açu

II

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1.3 ESCOPO E ABRANGÊNCIA

Este documento apresenta as informações e requisitos técnicos mínimos para a caracterização do

objeto a ser contratado, tornando viável a definição da sua concepção, a estimativa do custo global

de referência e o prazo de execução. O Anteprojeto foi desenvolvido de acordo a Portaria nº 496

de 27/03/2014 que estabelece as diretrizes para a elaboração, apresentação, análise e aceitação de

Anteprojetos de Engenharia e elaboração de Termos de Referência para licitação de obras no

âmbito do RDC – Regime de Contratação Integrada – em empreendimentos do DNIT. O

documento visa fornecer parâmetros para a alternativa de projeto mais adequada, de modo a

atender ao princípio da economicidade, para a reabilitação da ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II.

O termo reabilitação, no contexto deste anteprojeto é definido pela norma DNIT 010/2004 – PRO,

a saber, “é o conjunto de atividades que, além de recuperar e reforçar a ponte introduz

modificações, tais como aumento de capacidade de carga, alargamento, passeios laterais e

barreiras de segurança que aumentam o conforto e segurança do usuário.” Para a obra apresentada,

foram determinados os itens de serviço com suas quantidades estimadas pelos desenhos 3D e

adoção de taxas de consumo de armadura.

1.4 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

A concepção e solução estrutural adotada baseou-se nos relatórios de vistoria e estudo geotécnico

contidos no processo 50600.617929/2017-28.

Tabela 1.1 – Documentos de Referência para o Anteprojeto

Nome/Codificação Descrição

Vistorias

Relatório

Inspeção 1995 Vistoria 1982

Inspeção 1995 Vistoria 1994

Inspeção 1995 Vistoria 1995

Relatório

Processo 50616.002279/2016-71 Vistoria 2009

Processo 50616.002279/2016-71 Vistoria 2012

Processo 50616.002279/2016-71 Vistoria 2012

Estudos

Geotécnicos Relatório RE-43.300.STP.001

Sondagem Geológica

Mista

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2 DESCRIÇÃO DA OBRA DE ARTE ESPECIAL

A ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II localiza-se no km 113,00 da Rodovia Federal BR – 470/SC,

apresentando características planialtimétricas de traçado em curva. Esta OAE possui 08 (oito)

vãos, sendo o primeiro e o último em balanço, totalizando 200,00m de comprimento. A Tabela 2.1

apresenta as principais informações da Ponte.

Tabela 2.1 - Dados da Obras de Arte Especial - Anteprojeto.

RODOVIA: BR – 470/SC

Trecho: Navegantes – Div. SC/RS

N° OAE km

Coordenadas UTM Extensão

(m)

Largura

(m)

Área do

Tabuleiro

(m²)

PNV Zona 22J

E (m) S(m)

1 Ponte s/Rio

Itajaí-Açu II 113,00 652.818,31 7.001.776,80 200,00 9,40 1880,00 470BSC0150

A seção transversal tem 9,40 m de largura, apresentado as seguintes características:

• Pista de Rolamento: 7,20m;

• Guarda Rodas/Passeio: 0,90m em ambos os lados;

• Guarda Corpo: 0,20m em ambos os lados.

Nas figuras a seguir serão apresentados o perfil longitudinal e seção transversal da OAE existente.

(a)

(b)

Figura 2.1 – Ponte sobre Rio Itajaí-Açu II: (a) Perfil Longitudinal. (b) Seção Típica

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As principais características geométricas e estruturais, referentes à Ponte sobre o Rio Itajaí-

Açu II serão apresentadas na Tabela 2.2 e na Figura 2.2. Cabe ressaltar, que as demais fotos

da inspeção e constam no ANEXO A deste documento.

Tabela 2.2 – Descrição das Características da Ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II

Características Geométricas e Estruturais

Nº de vãos:

08 vãos (E1 - P1 a P7 - E2), sendo 06 vãos com 31,00m de

comprimento, e 02 vãos extremos com 7,00m, em balanço. Entre os

dois vãos centrais existe uma junta de dilatação, portanto, são 3 vãos

contínuos de cada lado.

Material Concreto armado moldado in loco.

Superestrutura

Constituída por tabuleiro em laje maciça com espessura de 20cm

apoiado em longarinas com seção retangular de 0,40 x 2,50 m² (e

largura variável próximo ao apoio, chegando a 0,80m) e

transversinas de seção retangular de 0,20 x 1,50m² nos vãos e 0,25

x 2,50 m² nos encontros.

Interface

Meso/Superestrutura

Aparelhos de apoio de neoprene.

Mesoestrutura Pilares de concreto contraventados por vigas travessas no topo.

Encontros Encontros leves formados por cortinas de 0,20 x 1,50m² de seção e

13,40m de largura, penduradas no balanço.

Infraestrutura

Fundações diretas com sapatas, que dão continuidade aos pilares,

apoiados na rocha. Dois apoios (o P3 e o P4) já apresentaram sinais

de recalque e pôde-se observar que as deformações se propagaram

para a mesoestrutura (gerando trincas nas vigas travessas) e na

superestrutura (que acabou tendo uma torção no plano transversal).

Esses danos nos apoios foram observados em algumas das vistorias

feitas ao longo da vida da estrutura, que resultaram em duas

intervenções estruturais, uma em cada ponto citado. As vistorias

relatam não se saber ao certo se houve estabilização dos recalques

após as intervenções mencionadas.

Implantação geométrica

Traçado horizontal normal em relação ao curso d’água, em curva,

com raio de aproximadamente 405m, acompanhando o traçado da

rodovia. Traçado vertical em nível longitudinalmente, com 3,8° de

inclinação na transversal.

Terreno e Aterros de

Acesso

Aterros de acesso compactados na região dos encontros. Os taludes

laterais aos encontros possuem as saias de aterro com proteção

vegetal e sem dispositivos de drenagem. A contensão é feita por

gabião.

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(a) Vista tabuleiro (1)

(b) Vista tabuleiro (2)

(c) Vista superior lateral (1)

(d) Vista superior lateral (2)

(e) Vista lateral (1)

(f) Vista lateral (2)

Figura 2.2 – Ponte sobre Rio Itajaí-Açu II – Registro Fotográfico dos Elementos Principais.

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(g) Vista inferior lateral (1)

(h) Vista inferior lateral (2)

(i) Vista inferior tabuleiro (1)

(j) Vista inferior tabuleiro (2)

(k) Vista encontro (1)

(l) Vista encontro (2)

Figura 2.3 – Ponte sobre Rio Itajaí-Açu II – Registro Fotográfico dos Elementos Principais.

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3 ELEMENTOS TÉCNICOS PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO

Não se sabe ao certo o ano em que a ponte foi projetada e construída. Contudo, pela largura

do tabuleiro, infere-se que ela foi projetada antes dos anos 1960 e, portanto, dimensionada

para um trem tipo inferior ao exigido atualmente. Fora isso, ela apresenta deficiências

funcionais e estruturais típicas, com destaque a um desalinhamento do tabuleiro, em

decorrência de um recalque de fundação. A obra também apresenta manifestações

patológicas típicas da ausência de dispositivos de drenagem, de falhas na concretagem, de

cobrimento insuficiente e da degradação ao longo dos anos. Dessa maneira, a reabilitação

desta OAE envolve, obrigatoriamente, intervenções de recuperação, reforço e alargamento.

Os critérios de projeto referentes a essas atividades são descritos nos itens a seguir.

3.1 CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL

Assim como determinado no item 6.4 da NBR 6118:2014, a agressividade do meio ambiente

está relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre a estrutura e deve ser

classificada de acordo com a tabela 6.1 da referida norma. Tendo em vista a possibilidade

de derramamento de produtos agressivos sobre o tabuleiro das OAEs e a emissão de dióxido

de carbono pelos veículos, a classe de agressividade ambiental mínima a ser adotada é II -

Moderada.

3.2 COMPONENTES DA PLATAFORMA

Conforme programa de necessidades (documento 2003837 do processo SEI

50600.012338/2018-51) solicitado à Superintendência Regional do DNIT no Estado de

Santa Catarina (SR-SC), a plataforma deverá ser composta de duas faixas de rolamento de

3,6 m e dois acostamentos de 2,5 m. Além das faixas de rolamento, entende-se ser necessária

a construção de um passeio no lado esquerdo (sentido decrescente) da ponte, uma vez que

há uma comunidade de população relevante.

3.3 INTERFERÊNCIAS

Ainda de acordo com a SR-SC (Documento 2003837 do processo SEI 50600.012338/2018-

51), há uma tubulação de PEAD (rede de lógica), pertencente à empresa SCGAS, instalada

sob a plataforma da ponte e em pleno funcionamento.

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Conforme documento RE-43.300.STP.001, citado na Tabela 1.1, também se verificou a

previsão da instalação de uma tubulação de gás da Companhia de gás do estado de Santa

Catarina (SGGAS) paralela à ponte, pelo lado interno da curva.

3.4 SONDAGENS

Foram feitos ensaios de sondagem a percussão, na região dos dois encontros da ponte, cujos

laudos são mostrados no estudo geotécnico citado na Tabela 1.1. Os furos têm comprimento

que variam de 9,00m a 30,00m. Ao todo, foram feitos 6 furos, três na região de cada encontro

da ponte. Os boletins de sondagem constam no Relatório RE-43.300.STP.001,

disponibilizado com os demais arquivos anexos no processo licitatório.

Figura 3.1 – Locação das sondagens – ponte sobre o Rio Itajaí Açu II

3.5 INSPEÇÃO DA OAE

Foram feitas seis inspeções na ponte (nos anos de 1982, 1994, 1995, 2009, 2012 e 2016),

cujos relatórios são citados na Tabela 1.1. As inspeções fazem uma descrição geral da OAE

e dos danos que a mesma sofre em cada época, e com relatos das intervenções que foram

sendo feitas ao longo do tempo.

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4 PROPOSTA DE INTERVENÇÕES PARA A OBRA DE ARTE

ESPECIAL

4.1 RECUPERAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Conforme descrito na Norma DNIT 010/2004 PRO, a recuperação consiste em um conjunto

de atividades desenvolvidas para eliminar defeitos e reduzir a velocidade de degradação.

Neste contexto, na Tabela 4.1. são apresentados os procedimentos para a eliminação das

patologias na Ponte. Cabe destacar, que algumas patologias são remediadas pelos serviços

de reforço estrutural. Em vista disso, estas patologias serão tratadas no próximo tópico.

Tabela 4.1 – Manifestações Patológicas e Terapias Recomendadas para a Superestrutura.

Manifestação

Patológica Serviço Procedimento

Armadura

exposta e

sem

cobrimento

Reparo

profundo

executado com

graute /

microconcreto

fluido

1. Demarcar o contorno da área a ser tratada com disco de corte.

2. Apicoar a região a ser tratada, retirando todo material solto,

mal compactado e segregado até atingir o concreto são.

3. Preparo do substrato e aplicação de ponte de aderência adesivo

base epóxi.

4. Verificar do estado das armaduras existentes. Caso haja perda

de seção a armadura deverá ser restituída e devidamente

ancorada. Caso contrário, limpar as armaduras existentes,

removendo a oxidação por abrasão.

5. Preparo do graute: em misturador mecânico, adicionar água ao

material seco na quantidade recomendada pelo fabricante,

misturar e homogeneizar por aproximadamente três minutos.

6. Preparar formas estanques e rígidas com alimentador tipo

cachimbo ou calha.

7. Verter o graute/microconcreto, respeitando o prazo de pega do

adesivo, de forma lenta e contínua sempre pelo mesmo lado

até atingir 10cm acima do limite da cavidade. Observar o

prazo máximo de lançamento de todo o material, que deve ser

de 20 minutos após o preparo da mistura.

8. O acabamento, após a remoção das formas, que ocorrerá no

mínimo 24 horas após o lançamento do graute, deverá ser feito

cortando os excessos com disco de corte elétrico. Quando

necessário, dar acabamento com argamassa para estucamento

na proporção 2:1:1 (cimento Portland: cimento branco: areia

fina), em volume, suavizada com solução de adesivos acrílicos

e água na proporção 1:3.

9. Fazer cura úmida por 7 dias ou aplicar duas demãos de

membrana de cura com pulverizador antes do início de pega,

ou com pincel ou rolo após o início de pega. Nas primeiras 36

horas evitar a radiação solar direta com o uso de toldos ou

outros anteparos.

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Fissuras (de

0,3 mm ≤

≤ 9 mm)

Injeção de

resina com

base epóxi

1. Substrato, a parte interna das fissuras: deverá ser limpado com

ar comprimido ou eventualmente água, nesse último caso,

haverá necessidade de secar a fissura antes do início do

reparo.

2. Preparo da resina: em misturador mecânico, adicionar água ao

material seco na quantidade recomendada pelo fabricante,

misturar e homogeneizar por aproximadamente três minutos.

3. Tratamento prévio das fissuras: ao longo das fissuras serão

fixados tubos plásticos ou niples para injeção, respeitando as

aberturas de fissuras indicadas as espessuras ≤ 1mm

espaçamento indicado a cada 5 cm e entre 1mm a 9mm

espaçamento a cada 30 cm.

4. A fixação desses tubos plásticos deverá ser executada com

argamassa base poliéster; a seguir, limpar a fissura com água

sob pressão e secar com jato de ar comprimido. Selar a fissura

com argamassa base poliéster em todo o seu contorno.

5. Limpar novamente com ar comprimido comprovando a

comunicação da injeção e a eficiência do selo.

6. Injeção de resina base epóxi: Injetar a resina, sempre de baixo

para cima ou de um lado para o outro. Quando o material

aflorar no tubo adjacente, selar o tubo anterior e continuar a

injeção a partir deste, e assim sucessivamente.

7. Acabamento: 24 horas depois, retirar o excesso e dar

acabamento com argamassa base cimento modificada com

polímeros, ajustada com a cor do concreto.

Fissuras

maiores e

trincas no

concreto

(aberturas de

10mm ≤ ≤

70mm)

Injeção de

fissuras com

graute base

epóxi

1. Substrato, a parte interna das fissuras: deverá ser limpado com

ar comprimido ou eventualmente água, nesse último caso,

haverá necessidade de secar a fissura antes do início do

reparo.

2. Preparo do graute: em misturador mecânico, adicionar água

ao material seco na quantidade recomendada pelo fabricante,

misturar e homogeneizar por aproximadamente três minutos.

3. Tratamento prévio das fissuras: Quando as fissuras

atravessam a peça de um lado ao outro, estas deverão receber

um tratamento prévio que consiste em selar um lado e

preparar um funil alimentador ou pequenas protuberâncias de

argamassa para permitir dirigir o material de preenchimento

pelo lado oposto.

4. Aplicação do graute: verter o graute, sempre pelo mesmo

lado, para evitar a formação de vazio de ar até o

preenchimento total. A temperatura ideal para a realização

deste trabalho está entre 10ºC e 30ºC.

5. Acabamento: retirar o excesso depois de duas horas, sempre

de baixo para cima.

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Manifestação

Patológica

Serviço Procedimento

Infiltração,

manchas de

umidade,

efloresência e

carbonatação.

Reparo superficial em

grandes áreas

(0,5cm ≤ esp. ≤ 3cm)

1. Demarcar o contorno da área a ser tratada com disco

de corte.

2. Apicoar a região a ser tratada, retirando todo

material solto, mal compactado e segregado até

atingir o concreto são.

3. Limpeza do substrato por jateamento de água e

aplicação de ponte de aderência constituída por nata

de cimento modificada com adesivo (base acrílica);

4. Aplicar argamassa de reparo, modificada com

polímeros, pressionando-a firmemente contra o

substrato em camadas sucessivas de 1cm de

espessura desde que a espessura final do reparo não

ultrapasse 3cm.

5. Finalizar o acabamento com desempenadeira.

Corrosão da

Armadura

Limpeza e acréscimo

de barras (quando

necessário)

1. A armadura com processo de corrosão deverá ser

extremamente limpa, removendo a oxidação por

abrasão.

2. Deverá ser realizada uma análise apurada da

invariável redução de seção transversal das

armaduras degradadas. Se possível, tal análise

deverá ser feita através de ensaios comparativos

entre a resistência das peças sadias e as mais

atingidas. Caso haja necessidade deverão ser

inseridos novos estribos, bem como novas

armaduras longitudinais na peça estrutural.

Erosão do

concreto do

em contato

com água

Limpeza da superfície

e pintura com nata de

cimento

1. Limpar a superfície com jato de água fria.

2. Aplicar pintura em toda a superfície com nata de

cimento

4.2 REFORÇO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS

De acordo com a norma DNIT 010/2010 – PRO, o reforço de obras de arte é o conjunto de

atividades, com acréscimo ou substituição de materiais, para devolver à ponte, com a

eliminação de todos os defeitos que afetam o desempenho da obra, condições próximas das

iniciais e, até melhores, na capacidade de carga.

Os motivos usuais que justificam os serviços de reforço estrutural são, por exemplo, a

correção de falhas de projeto ou execução, aumento da capacidade de carga, regeneração da

capacidade portante ou modificação da concepção estrutural (Souza, 2009). No caso da

Ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II, a atividade de reforço estrutural tem como finalidade a

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adequação estrutural aos carregamentos preconizados pelas normas atuais, a saber, o uso do

trem-tipo TB-45, definido pela norma ABNT NBR 7188:2013.

A seleção de técnicas de reforço, assim como a elaboração do projeto, depende de fatores

intrínsecos a obra e sua localização tais como o diagnóstico estrutural, composição

arquitetônica, requisitos estruturais (reforço ativo ou passivo), custo, prazos, disponibilidade

de materiais e mão de obra especializada. Atualmente, os métodos de reforço mais

difundidos no meio técnico são: reforço por aumento de seção, uso de compósitos, redução

ou limitação de esforços, protensão, grauteamento e incorporação de novos elementos

estruturais.

Para fins de anteprojeto, a Ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II deverá ser reforçada pelo aumento

da seção transversal de concreto e armadura existentes. Segundo Souza (2009), essa técnica

é mais difundida no Brasil devido, principalmente, ao baixo custo dos materiais de reposição,

mão de obra, domínio tecnológico e da metodologia de trabalho. A Tabela 4.2 resume os

procedimentos típicos de reforço para cada elemento estrutural, considerando o prévio

escoramento da estrutura a ser reforçada. Na Figura 4.1 é apresentado um exemplo para

reforço estrutural ao esforço de flexão em viga de concreto armado.

(a)

(b)

(c)

Figura 4.1 – Etapas para Reforço Estrutural de Vigas e Lajes (Armadura Superior e Inferior).

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Tabela 4.2 – Resumo dos procedimentos de Reforço.

Elemento

Estrutural Procedimento

Vigas

Longarinas e

Transversinas

1. Apicoamento de todas as faces da viga, removendo-se todo material solto;

2. Verificação do estado das armaduras existentes. Caso haja perda de seção

proceder pela remoção destas adicionando a área de aço à armadura de

reforço. Caso contrário, limpar as armaduras existentes, removendo a

oxidação por abrasão;

3. Limpeza da superfície apicoada por jateamento com água fria pressurizada.

Execução dos furos nas lajes para colocação dos estribos de reforço;

4. Montagem da armadura de reforço, respeitando-se os cobrimentos.

5. Execução das fôrmas de madeira estanques e rígidas. Lançamento do

concreto, modificado por aditivo plastificante e expansor, que deverá ser feito

cuidadosamente, somente por um lado da viga, até que o concreto apareça do

outro lado evitando-se a formação de bolhas de ar. O Adensamento poderá ser

feito com vibradores.

Pilares

O reforço dos pilares consiste na inclusão de consoles, que se dá da seguinte

maneira:

1. Aplicação de furos no pilar, para ancoragem da armadura passiva e passagem

das bainhas dos tirantes do tipo dywidag;

2. Montagem da armadura e execução das formas dos consoles;

3. Concretagem dos consoles;

4. Passagem dos tirantes e aplicação da protensão.

Lajes

1. Demolição parcial e controlada dos balanços com martelete mecânico.

2. Apicoamento de toda a superfície superior e inferior da laje reforçada e

jateamento com água fria pressurizada, removendo todo do material

degradado;

3. Aplicação dos furos para inclusão da armadura de ligação, posicionamento

das barras e aplicação de resina epóxi.

4. Posicionamento das novas armaduras nas faces inferior e superior dos trechos

reforçado e alargado.

5. Posicionamento da forma na face inferior do trecho alargado, com o devido

escoramento.

6. Lançamento do concreto convencional cuidadosamente respeitando o tempo

de manuseio. Fazer acabamento com desempenadeira de madeira ou

metálica. O reforço da armadura negativa (face superior) das lajes deverá ser

feito de preferência concomitantemente ao das vigas e a do trecho alargado.

7. O reforço da armadura positiva (face inferior) poderá ser feito separadamente,

utilizando o processo de projeção de concreto com equipamento de ar

comprimido.

Estacas

Os trechos das estacas entre o leito do rio e o fundo do bloco de coroamento

deverão ser reforçados com a utilização de camisas metálicas montadas com duas

meias-canas ao redor das estacas. As camisas metálicas deverão ser executadas da

seguinte forma:

1. Cortar uma camisa metálica, com o diâmetro indicado, em duas meias-canas;

2. Soldar abas laterais nas duas extremidades de cada meia-cana, em toda altura;

3. Executar furos nas abas laterais a cada 50cm, em toda altura;

4. Colar borracha de vedação nas abas laterais, em toda altura;

5. Executar furos nas borrachas com o mesmo espaçamento dos furos feitos nas

abas laterais.

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Com as camisas prontas, deve-se preparar as estacas existentes conforme

procedimento que segue:

1. Preparar a superfície, removendo mecanicamente o concreto deteriorado,

deixando o substrato são e rugoso;

2. Montagem da armadura de costura ao redor da estaca;

3. Montagem da camisa metálica ao redor da estaca, garantindo o espaçamento

de 10cm ao redor de todo o perímetro da estaca.

4. Fechamento da camisa metálica com utilização de parafusos, de maneira que

as formas fiquem estanques;

5. A concretagem deverá ser submersa e executada com argamassa de cimento e

areia com fck mínimo de 20MPa.

Depois de reforçadas as estacas, as mesmas devem receber um revestimento de

proteção feito em concreto ciclópico, em toda a projeção dos blocos de

coroamento, para combater o processo erosivo devido ao material abrasivo

carregado pelo rio.

4.3 ALARGAMENTO DA OBRA DE ARTE ESPECIAL

As intervenções estruturais para os serviços de reabilitação englobam a infraestrutura,

mesoestrutura e superestrutura da OAE, além de serviços complementares, que objetivam

recuperar e adequar as condições funcionais e de segurança. A seguir serão descritas as

soluções estruturais propostas para este anteprojeto, bem como os parâmetros e diretrizes

que orientaram na definição.

A ponte será ampliada para um dos lados da via, alterando, portanto, seu eixo original e

adequando a plataforma existente. A seção transversal proposta para o alargamento tem

15,20 m de largura, apresentando as seguintes características:

• Faixa de Rolamento: 3,60 m em ambos os lados;

• Acostamento: 2,50 m em ambos os lados;

• Barreira New Jersey: 0,40 m em ambos os lados;

• Passeio: 2,00 m do lado externo da curva;

• Guarda Corpo: 0,20 m do lado do passeio.

Na Figura a seguir é apresentada a seção transversal ampliada

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Figura 4.2 – Seção Transversal

A estrutura ampliada possui uma nova linha de apoio, criada para um dos lados da obra de

arte (lado externo da curva), de modo a criar um sistema estático, promovendo a

redistribuição de esforços entre os elementos estruturais, conforme demonstrado nas figuras

a seguir.

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20

(a)

(b)

Figura 4.3 – Solução Estrutural para a Reabilitação da Ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II

4.3.1 Mesoestrutura

A intervenção na mesoestrutura da estrutura original consiste no reforço estrutural das vigas

de travamento segundo os procedimentos descritos na Seção 4.2. Para dar suporte ao

alargamento da OAE criou-se uma nova linha de pilares de seção transversal circular com

diâmetro de 120 centímetros, contraventados por duas vigas travessas (uma no topo e uma a

meia altura), com dimensões iguais às originais reforçadas. Consolos são incorporados aos

pilares para possibilitar o macaqueamento da superestrutura. Após o macaqueamento,

propõe-se a execução de berços em graute na cabeça dos pilares, de diferentes alturas, para

permitir o renivelamento do tabuleiro e eliminar as distorções criadas pelos recalques

diferenciais. A interface com a superestrutura é realizada com a utilização de aparelhos de

apoio em neoprene fretado.

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Figura 4.4 – Solução Estrutural para a Mesoestrutura

4.3.2 Superestrutura

A solução estrutural para o alargamento da superestrutura consiste na execução de uma nova

longarina, com seção igual à das originais reforçadas, em concreto armado e transversinas

ligando as longarinas novas às existentes, com o mesmo espaçamento e seção transversal

das transversinas originais reforçadas.

Uma laje em concreto armado com 30cm de altura, que se apoia diretamente sobre as

longarinas, constitui o trecho alargado do tabuleiro de rolamento. A laje original deverá ser

reforçada, com 5cm para baixo e 5cm para cima. Os elementos estruturais indicados na

Figura 4.5 devem ser reforçados segundo os procedimentos descritos na Seção 4.2. Os

guarda-rodas originais e parte do balanço (do lado que será alargado) devem ser demolidos,

preservando a armadura existente na face inferior, caso ainda esteja em condições de

utilização.

Pilares novos

Vigas de

travamento novas Vigas de

travamento

reforçadas

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(a)

(b)

Figura 4.5 – Solução Estrutural para a Superestrutura:

Estrutura nova

Legenda:

Reforço estrutural

da obra existente

Estrutura Existente

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4.4 RECOMPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS COMPLEMENTARES

De acordo com a NBR 9452: 2016, elementos complementares são elementos cujo dano não

causa nenhum comprometimento estrutural, apenas funcional e de durabilidade da OAE.

Contempla elementos funcionais de segurança, drenagem e transição de estrutura. A

recomposição dos mesmos visa alcançar os seguintes objetivos:

➢ Compatibilizar a largura da OAE com a faixa de rolamento da rodovia: evita-se, com

isso, a redução brusca da via;

➢ Incorporar acostamentos: esses elementos proporcionam maior segurança na

utilização das pontes, criando espaços para manobra;

➢ Corrigir as deficiências funcionais que afetam a segurança ao tráfego, restituindo:

• Dispositivos de drenagem – na impossibilidade de situar-se fora da obra de arte

especial a captação de águas pluviais, a drenagem, deverá ser resolvida pela

adequada localização de elementos de captação sobre o tabuleiro. Segundo o

manual de projeto de obras de arte especiais (DNER/IPR, 1996), a utilização

de buzinotes com 100mm de diâmetro espaçados a cada 4 metros fornecem

soluções bastante conservadoras;

Pingadeiras – são elementos de drenagem essenciais à manutenção, ao bom aspecto das

obras de arte especiais e ao aumento de sua durabilidade; elas devem ser eficazes, impedindo

o livre escoamento das águas pluviais. As pingadeiras conformadas por pequenas

reentrâncias ou pequenas saliências, não são eficazes e, portanto, não devem ser adotadas.

• Barreiras rígidas – dispositivo de segurança, rígido e contínuo, destinado a ser

implantado ao longo das laterais dos acostamentos com o objetivo de

reconduzir veículos desgovernados à pista. As barreiras rígidas devem ser

projetadas de acordo com a norma ABNT NBR 14885:2016.

• Guarda corpo – obrigatórios em obras com passeios laterais.

➢ Incorporar passeio dos dois lados: para permitir o trânsito de pedestres pela ponte

com maior segurança.

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4.5 RECOMPOSIÇÃO DOS ENCONTROS

A estrutura existente conta com um encontro leve, formado por uma cortina transversal, que

será alargada junto com o tabuleiro. A solução adotada é representada esquematicamente na

Figura 4.7.

Figura 4.6 – Novos aterros para possibilitar a transição do eixo da rodovia em relação ao eixo da

OAE

Figura 4.7 – Solução Estrutural para os Encontros

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4.6 ESCOLHA DOS TIPOS DE FUNDAÇÕES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO

A partir dos esforços decorrentes das ações sobre a mesoestrutura e superestrutura e dos

laudos de sondagem do terreno, a escolha do tipo de fundações, considerando a ampliação e

reforço de obras de arte especiais, é condicionada predominantemente pela influência mútua

entre a fundação nova e existente, pelo nível de recalque admissível da superestrutura

ampliada e/ou reforçada, pelas condições ambientais e pelo método executivo, que não deve

comprometer a estabilidade da obra existente e possuir técnica suficientemente difundida no

meio técnico brasileiro com disponibilidade de materiais e equipamentos.

Apesar das sondagens que se dispõem atualmente terem sido feitas apenas nas margens do

rio e nenhuma no leito dele, a análise do perfil geológico mostrado no relatório de sondagens

(que mostra a rocha cada vez mais próxima da superfície conforme se aproxima da margem,

vindo de ambos os lados) e a solução original de fundação (sapata), leva a crer que existe

rocha aflorando no leito do rio, conforme Figura 4.8, que segue.

(a)

Saprólito Legenda: Rocha intemperizada

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26

(b)

Figura 4.8 – Perfil geológico – região da ponte sobre o Rio Itajaí Açu II

As inspeções realizadas na OAE mostram que, devido à velocidade do rio (e sua

característica de transportar material abrasivo), houve um processo erosivo, causando o

deslizamento e recalque de duas sapatas, nas linhas 3 e 4 de apoio. Isso acabou gerando um

recalque diferencial em relação à sapata vizinha (cujo pilar está vinculado ao pilar que sofreu

o recalque por uma viga travessa). E devido a esse recalque diferencial, apareceram trincas

nas vigas travessa e ainda houve uma torção do tabuleiro na direção vertical e aparecimento

de trincas nas longarinas e na laje.

Como os dois apoios que apresentaram problemas foram reforçados e os demais pontos não

mostraram problemas semelhantes, leva-se a crer a que a solução de fundação é adequada,

mesmo para a situação atual, em que os carregamentos são maiores do que os previstos no

projeto original.

Por esse motivo, a reabilitação da Ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II prevê o uso do mesmo tipo

de solução de fundação, com sapatas apoiados em rocha. Contudo, para combater a

possibilidade do efeito de solapamento da fundação, como ocorrido nas linhas 3 e 4 de apoios

da ponte original, prevê-se o embutimento em rocha das novas sapatas, além da inclusão de

uma nova linha de vigas de travamento na meia altura dos pilares, para melhorar a

estabilidade do conjunto em relação aos carregamentos horizontais advindos da corrente do

rio.

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Para as sapatas existentes, será feito um tratamento da superfície, mas não será previsto

reforço, uma vez que foi verificada a taxa de tensão na rocha de fundação para os novos

carregamentos e verificou-se que a seção existente ainda atende às premissas do projeto

original (taxa admissível de 800kN/m²).

Para as estacas raiz utilizadas como reforço no apoio 3, que sofrem com abrasão e corrosão,

seu reforço é proposto com o aumento da seção das estacas existentes, com a utilização de

camisas metálicas, fabricadas em meias-canas, para possibilitar o encaixe em todo o trecho

submerso (entre o terreno e a superfície d’água) e aparente (entre a superfície d’água e a face

inferior do bloco). Para a proteção do conjunto de estacas contra o efeito erosivo, propõe-se

a utilização de concreto ciclópico em toda a projeção do bloco de coroamento.

Conforme relatado no item 2.5, a proposta apresentada nesse Anteprojeto não prevê o reforço

das fundações existentes, as quais serão submetidas apenas a um tratamento superficial. Os

novos pontos de fundação utilizarão a mesma solução, com pilares circulares com 1,20m de

diâmetro e sapatas com 3,00m de diâmetro, com 1,00m de embutimento na rocha. A solução

pode ser vista na Figura 3.5

Figura 4.9 – Solução Estrutural para a Infraestrutura

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5 COMPONENTE AMBIENTAL

5.1 ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE – APP

A definição de APP é encontrada na Lei nº 12.651 de 25 de maio de 2012, a qual dispõe

sobre a proteção da vegetação nativa e dá outras providências.

No art. 4º da referida Lei são apresentadas as Áreas de Proteção Permanente, em zonas rurais

ou urbanas, bem como as definições para suas dimensões, assim consideram-se APPs:

I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e

intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito

regular, em largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

(...)

c) 100 (cem) metros, para os cursos d’água que tenham de 50 (cinquenta)

a 200 (duzentos) metros de largura; (...)

Pelo fato de se tratar de atividade de reabilitação de ponte, o empreendimento apresentado

neste anteprojeto está inserido de forma direta em Área de Preservação Permanente, e

conforme disposto na Lei n° 12.651, de 25 de maio de 2012, foi delimitado a faixa de

proteção legal do Rio.

Para a identificação da APP na área de intervenção, foram utilizadas as imagens e fotos do

Google Earth (2018), Google StreetView (2017), Relatório de Vistoria do Sistema de

Gerenciamento de Obras de Arte (SGO), bem como as contidas no Projeto Executivo de

Engenharia para Recuperação, Reforço e Reabilitação de Pontes Rodoviárias – Volume 3

(Memória Justificativa) elaborado pela Maia Melo Engenharia (2013).

Deste modo, a APP definida para a ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II, onde se encontra a OAE

(Figura 5.1), possui 100,0 metros de largura, de acordo com o art. 4º, inciso I, alínea “c” da

referida Lei.

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Figura 5.1 – Imagens da APP do Rio Itajaí-Açu II (Google Earth, 2018; Google StreetView,

2011; SGO, 2014).

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Informa-se que deverá ser prevista a recuperação da área de proteção impactada após o

término das obras a fim de reabilitar a APP para a manutenção de sua proteção nas margens

do Rio. Além disso, deve-se prever a recuperação dos passivos ambientais presentes nos

limites da faixa de domínio da rodovia que interceptam a APP do Rio Itajaí-Açu II.

5.2 PASSIVOS AMBIENTAIS

Os passivos ambientais são considerados como sendo toda ocorrência decorrente de falha na

construção, restauração ou manutenção de rodovia, capaz de atuar como fator de dano ou de

degradação ambiental à área de influência direta, ao corpo estradal ou ao usuário, ou

condições climáticas adversas ou causadas por terceiros, capaz de atuar como fator de dano

ou de degradação ambiental à faixa de domínio da rodovia, ao corpo estradal ou ao usuário,

conforme a IPR 730 de 2006 (Manual para Atividades Ambientais Rodoviárias).

De acordo com o Manual, os passivos ambientais podem ser identificados por: problemas

ambientais decorrentes da implantação de rodovias; antigas áreas de uso para apoio às obras;

decorrentes de ações de terceiros; interferência com núcleos urbanos e por acessos

irregulares e ocupações da Faixa de Domínio.

Pela IPR 730 de 2016, todas as externalidades que podem ser reconhecidas como passivo

ambiental, conforme definidas e identificadas no Manual, deverão ser levantadas,

apresentando a identificação, as dimensões e localização, conforme os grupos

característicos, definidos de I a V.

Desta forma, pelo fato da obra para a reabilitação de Obra de Arte Especial se encontrar

inserida em Área de Preservação Permanente, alguns dos passivos ambientais possíveis são

a ausência da proteção vegetal da APP, alguns acessos dentro da área e a presença de

processos erosivos nos taludes no encabeçamento da ponte.

A avaliação dos passivos ambientais foi feita por meio da análise das fotos contidas no

relatório da Maia Melo Engenharia e pelas imagens do Google Earth/StreetView na OAE

sobre o Rio Itajaí-Açu II, localizada no km 113,00 da BR-470/SC.

Pela análise das imagens, foram identificados passivos ambientais nos arredores da Ponte

sobre o Rio Itajaí-Açu II referentes à ocupações humanas, acessos e áreas com solo exposto

dentro da faixa de APP. Assim, cabe verificação in loco da permanência ou não destes

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passivos ambientais e, caso sejam verificados novos passivos, informar nos projetos básico

e executivo as ações a serem realizadas para a recuperação do local.

5.3 ÁREAS DE USO

Da avaliação das informações contidas neste relatório, infere-se que serão necessárias as

seguintes áreas de uso: canteiro de obras (canteiro propriamente dito, bota espera,

estacionamento) e vias de acesso à OAE.

Diante disso será abordado principalmente o canteiro de obras, porém não há impedimentos

na previsão de outras áreas de uso e apoio, tais como: pedreira, areal, bota-fora, jazidas.

Abaixo será discriminado o item referente à implantação do canteiro de obras.

• Canteiros de obras

Canteiro de Serviço é a disposição física das fontes de materiais, edificações e construções

necessárias para concentrar a estrutura e o apoio logístico indispensável ao gerenciamento e

à execução da obra.

Ressalta-se que, devido à localização da OAE no perímetro urbano da cidade de Ibirama,

indica-se a cidade, como possível localização para o canteiro. O modelo a ser adotado como

premissa para a elaboração do orçamento referencial do Anteprojeto segue a metodologia

prevista no Novo SICRO (Volume 7). Os quantitativos de hidrossemeadura, para a

recuperação ambiental das áreas utilizadas para os canteiros de obra, variarão conforme os

modelos utilizados.

Há possibilidade de instalação de canteiro de obras na área próxima à ponte, em área que se

mostram degradada, com solo exposto ou alguns elementos de vegetação constituída por

gramíneas.

Para a instalação do canteiro será necessária a limpeza do terreno, regularização da área,

execução de acessos, e outros serviços. Assim, a área ocupada pelo canteiro e acessos será

considerada degradada. Sendo necessária à sua recuperação após a desmobilização.

5.4 ANTEPROJETO DO COMPONENTE AMBIENTAL E PAISAGISMO

O Manual de Vegetação - Publicação IPR 734 de 2009, estabelece que a reabilitação

ambiental através da revegetação alcança todas as áreas de uso e apoio às obras, a citar o

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canteiro de obras (composto por instalações para alojamento de pessoal, administração –

escritório, almoxarifado, oficina), atividades industriais (usinas de asfalto, fábrica de pré-

moldados, britagem), pátio de estocagem, depósitos provisórios de materiais de construção

ao longo do segmento rodoviário, posto de abastecimento, jazidas e caixas de empréstimo

de solo, caminhos de serviço, bota-foras de materiais inservíveis, pedreiras, taludes de corte

e aterro do corpo estradal, que terão suas condições originais alteradas pelas obras de

construção.

Estabelece ainda que, tais áreas deverão se reintegrar aos ambientes circundantes, a fim de

restaurar as fitofisionomias dominantes da região, por meio da implantação de vegetação

arbustiva e arbórea (vegetação de sucessão), atendendo à legislação ambiental vigente, aos

preceitos paisagísticos e objetivando um aproveitamento ou uso futuro das mesmas.

No caso deste Anteprojeto de Engenharia, que trata da reabilitação da ponte localizada na

BR-470/SC, o Anteprojeto do Componente Ambiental indica a necessidade de recuperação

dos passivos, que no presente caso se refere às Áreas de Preservação Permanente - APP,

recuperação de áreas degradadas (canteiro de obras, vias de acesso) e proteção dos taludes

de aterro.

5.4.1 Passivos ambientais e áreas de preservação permanente

A solução apresentada para a recuperação dos passivos ambientais nas áreas de APP segue

as diretrizes dispostas na Especificação de Serviço DNIT 073/2006-ES (Tratamento

ambiental das áreas de uso de obras e do passivo ambiental de áreas consideradas planas ou

de pouca declividade por revegetação arbórea e arbustiva) e nas Normas DNIT 071/2006 –

ES (Tratamento ambiental de áreas de uso de obras e do passivo ambiental de áreas

consideradas planas ou de pouca declividade por vegetação herbácea).

Conforme a ES 073/2006, em seu item 5.4.1 “a”, o espaçamento mínimo para as espécies

arbóreas deverá ser de 5,0 m x 5,0 m ou 25,0 m² por cova, ou seja, 400 covas por hectare.

As espécies arbustivas deverão ser plantadas com espaçamento mínimo de 3,0 m x 3,0 m ou

9,0 m² por cova (1.100 covas por hectare).

Tendo em vista se tratar de Área de Preservação Permanente - APP, o espaçamento indicado

por este Anteprojeto considera a mescla de espécies arbóreas e arbustivas, de modo a

contribuir para a estruturação de vegetação mais densa, assim constitui espaçamento de 3,0

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m x 3,0 m para a mescla entre espécies arbóreas e arbustivas. Quando fora de APP, é indicado

o espaçamento de 5,0 m x 5,0 m para plantios de mudas.

Nos casos de utilização da técnica de hidrossemeadura, deve-se atender aos itens 4, 5 e 6 da

ES 071/2006 (Condições Gerais; Condições Específicas; e Controle e Inspeções

respectivamente).

Para as atividades de reconstituição devem ser privilegiadas as escolhas por espécies nativas

da região que estão presentes na área de influência da obra, principalmente quando se tratar

da recuperação da Área de Preservação Permanente.

Devem ser observadas, também, na APP a existência de instrumentos que possibilitem a

passagem de fauna pela local. Também pode ser prevista a possibilidade de execução de

plantios compensatórios, uma vez que será necessária a emissão de uma Autorização de

Supressão Vegetal (ASV), conforme regulamentação do PROFAS.

Assim, foram considerados os seguintes quantitativos para a recuperação de passivos

ambientais e áreas de APP:

• Plantio de Mudas de Espécies Arbóreas e Arbustivas – 138 mudas;

• Hidrossemeadura – 2.509,33 m².

5.4.2 Áreas degradadas

São enquadradas todas as áreas necessárias que servem de apoio à execução das obras:

canteiros de obras, vias de acesso, bota-fora e taludes de aterro.

a) Áreas de Canteiro de Obra com bota-espera

A solução indicada para a recuperação ambiental da área que será degradada devido à

implantação das instalações, do canteiro e contêineres se dará pela recuperação por meio de

plantio de mudas de espécies arbóreas e arbustivas, seguindo as diretrizes estabelecidas na

Especificação de Serviço DNIT 073/2006-ES, tendo em vista a previsão de localização na

área degradada no interior da APP.

Deste modo, a solução indicada, como sendo a mais eficaz, por este Anteprojeto para a

recuperação da área do canteiro de obras é de 3,0 m x 3,0 m, de modo a propiciar a mescla

de espécies arbóreas e arbustivas, a fim de contribuir para a formação de bosques. Caso não

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seja implantado em APP, o plantio das mudas deve ser realizado a cada 5,0 m, combinado

com as técnicas de hidrossemeadura em ambos os casos.

Devem ser seguidas as definições contidas nas Normas DNIT 071/2006 – ES e 072/2006 –

ES.

b) Vias de Acesso

A solução indicada para a recuperação ambiental da área que será degradada devido à

implantação das instalações, do canteiro e contêineres se dará pela recuperação por meio de

plantio de mudas de espécies arbóreas e arbustivas, seguindo as diretrizes estabelecidas na

Especificação de Serviço DNIT 073/2006-ES, tendo vista a previsão de localização nas

proximidades das APPs.

Deste modo, a solução indicada, como sendo a mais eficaz, por este Anteprojeto para a

recuperação das vias de acesso é de 3,0 m x 3,0 m (se em APP) ou 5,0 x 5,0 m (demais

áreas), de modo a propiciar a mescla de espécies arbóreas e arbustivas, a fim de contribuir

para a formação de bosques. Devem ser combinadas com técnicas de hidrossemeadura a fim

de proporcionar a recomposição da vegetação rasteira que consequentemente protegerá o

solo local.

Devem ser seguidas as definições contidas nas Normas DNIT 071/2006 – ES e 072/2006 –

ES.

c) Bota-fora

Os materiais frutos destas atividades são classificados em resíduos de construção civil,

conforme estabelece a Resolução CONAMA nº 307, de 05/07/2002 e sendo necessário o

tratamento adequado do material resultante da demolição em consonância aos normativos

vigentes.

De posse das informações apresentadas no Anteprojeto de Engenharia e da busca para locais

apropriados para dispor os resíduos gerados nas obras de reabilitação da OAE, entende-se a

possibilidade de implementação de bota-fora para a disposição de material excedente vindos

dos serviços de terraplenagem ou pavimentação, além das demolições em local próximo à

ponte, dentro da faixa de domínio da rodovia e fora dos limites de APP. Desta maneira, caso

seja esta a solução escolhida, deve ser providenciado o licenciamento junto ao órgão

ambiental responsável para instalação e uso do bota-fora.

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Em termos de disposição do material em aterros sanitários, verificou-se que há no Município

de Itajaí (SC) um aterro sanitário que pode ser uma possível solução para o descarte dos

RCC gerados.

A distância do Aterro Sanitário de Itajaí até o local de intervenção é de aproximadamente

120,00 km. O trajeto entre os dois pontos é apresentado na planilha de quantitativos.

d) Taludes de aterro

Uma vez que a Obra de Arte Especial será alargada, é necessário a reabilitação da cobertura

vegetal do local, por meio de ações que forneçam meios de evitar processos erosivos e

garantam a devida proteção.

Caso seja necessária a instalação de sistemas de drenagem, estes serão executados de forma

a garantir a proteção do talude de aterro da ponte.

Para a recuperação dos taludes, devem ser seguidas as definições contidas nas Normas DNIT

071/2006 – ES e 072/2006 – ES.

5.5 CONDICIONANTES DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

A Portaria Interministerial MMA/MT nº 288/2013 estabeleceu que os responsáveis pela

administração das rodovias federais firmassem um Termo de Compromisso de

Regularização Ambiental - TCRA com o Ibama para cada rodovia.

Dentre os TCRAs assinados há o Termo de Compromisso que contempla a BR-470, a qual

contém a Ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II, objeto deste Anteprojeto.

Devem ser atendidos e cumpridos todos os dispositivos constantes no Termo de

Compromisso de Recuperação Ambiental assinado para a rodovia em tela.

Os programas ambientais a serem cumpridos no âmbito do TCRA são:

• Programa de Prevenção, Monitoramento e Controle de Processos Erosivos;

• Programa de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD; e

• Programa Ambiental de Construção – PAC, contendo ações de boas práticas de

obras, tais como: gerenciamento de resíduos sólidos e efluentes; e ações de

comunicação social voltadas às populações lindeiras eventualmente existentes,

quando couber.

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Diante disto, devem ser apresentados semestralmente relatórios de cumprimento dos

Programas Ambientais do PROFAS.

Cabe frisar que as meras disposições do TCRA por si sós não autorizam:

I. intervenções em áreas com vegetação primária ou secundária em

estágio avançado de regeneração de Mata Atlântica ou aquelas

legalmente protegidas; e

II. execução de obras/atividades/intervenções não previstas na

Portaria Interministerial MMA/MT nº 288/2013, nem aquelas que

exigem autorizações específicas ou licenciamento ambiental

ordinário.

Ressalta-se que, embora a vigência dos TCRAs autorize as rodovias integrantes do

PROFAS, sem a necessidade de licenciamento ambiental próprio, persistem a necessidade

de licenciamento das áreas de apoio, como canteiros de obras e as áreas de uso, como jazidas,

áreas de empréstimo e bota-fora, vinculadas às obras. Deste modo, salienta-se a vigência da

Instrução de Serviço DG/DNIT nº 03/2011 que dispõe sobre a responsabilidade ambiental

das construtoras contratadas pelo DNIT.

Somado a isso, persiste a obrigatoriedade de se obterem as respectivas Autorizações de

Supressão de Vegetação - ASV para os casos em que haja intervenção em Áreas de

Preservação Permanente – APP (independentemente de haver supressão de vegetação ou

não) e necessidade de suprimir vegetação com rendimento lenhoso e/ou amparada por casos

específicos de proteção ambiental previstos na legislação, como é o caso, por exemplo, de

espécies da flora ameaçadas de extinção ou de espécies da flora protegidas em âmbito

estadual ou municipal.

Devem ser cumpridas de forma integral, comprovadas por meio de relatório, as

condicionantes, exigências e restrições contidas na Autorizações de Supressão Vegetal

(ASV).

Destaca-se a possibilidade da necessidade de execução de plantios compensatórios

obrigatórios no âmbito da ASV. Caso conste tal condicionante, esta deve ser atendida e

comprovada por meio de relatórios técnicos sob responsabilidade de profissional competente

para tal atribuição.

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Diante das intervenções supracitadas, sugere-se que o Termos de Compromisso, as Portarias

MMA/MT nº 288/2013 e MMA nº 289/2013 sejam mantidos nas frentes de obras do DNIT,

uma vez que são documentos autorizadores das obras permitidas pelas Portarias do

PROFAS.

5.6 ORIENTAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO BÁSICO

E EXECUTIVO DE ENGENHARIA

A definição da solução a ser escolhida na intervenção, conforme os dizeres da Norma DNIT

074/2006-ES (Tratamento ambiental de taludes e encostas por intermédio de dispositivos de

controle de processos erosivos) depende do estudo edáfico e pedológico do solo, devendo a

solução das espécies considerar os critérios de rusticidade, capacidade de reprodução e

perfilhamento, velocidade de crescimento e facilidade de obtenção de sementes.

Para a confecção dos elementos de detalhe para o projeto ambiental, devem ser realizadas

análises edáficas e pedológicas dos solos da área alterada. Esta ação busca verificar as

carências de nutrientes do solo e apresentar recomendações quanto a dosagem de adubação

que satisfaça as necessidades das espécies vegetais escolhidas para comporem o projeto de

revegetação.

Fatores ambientais diversos estão ligados diretamente na recuperação da vegetação e, por

esta razão, carecem de maior conhecimento daqueles sobre suas características. Tais fatores

atingem de maneira relevante a melhor escolha das espécies vegetais para uso da reabilitação

ambiental e por consequência a proteção do solo almejada.

Além disso devem ser observadas as especificações e manuais do DNIT que tenham relação

com o tema ambiental e outros instrumentos normativos do Departamento que possuam

relação com os projetos.

As informações contidas neste Anteprojeto de Componente Ambiental devem ser

confirmadas, atualizadas e quando necessárias adequadas no momento da elaboração dos

Projetos Básico e Executivo.

Junto aos Relatórios Preliminar, Básico e Final dos Projetos de Engenharia, deve ser

apresentado o Componente Ambiental dos Projetos de Engenharia Rodoviária

correspondente, de acordo com o que é estabelecido nas Diretrizes Básicas para Elaboração

de Estudos e Projetos Rodoviários - Instruções para Apresentação de Relatórios, do DNIT,

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incluída a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do responsável pelo Componente

Ambiental.

A empresa contratada atenderá ao estabelecido no Art. 4º, § 1°, incisos I a VI, da Lei nº

12.462, de 4 de agosto de 2011, que institui o Regime Diferenciado de Contratações Públicas

- RDC, no que se refere aos aspectos ambientais.

5.7 ORIENTAÇÕES PARA A EXECUÇÃO DAS OBRAS

5.7.1 Responsabilidade ambiental da contratada na fase de obras

A empresa contratada deverá atender a todas as obrigações estabelecidas na Instrução de

Serviço - IS/DG Nº 03, de 04 de fevereiro de 2011 que trata da Responsabilidade Ambiental

das Contratadas - RAC.

Cabe à Contratada a responsabilidade pela obtenção de todas as licenças e autorizações

ambientais inerentes ao canteiro e áreas de uso e apoio necessários para a execução das obras,

como áreas de empréstimos, jazidas, areais, pedreiras, outorgas, quando necessários.

Deverá observar e realizar todos os cuidados estabelecidos nos planos, programas e

condicionantes do processo de licenciamento ambiental ou da regularização ambiental da

rodovia.

Também deve observar todos os normativos definidos pelo DNIT no que se refere aos

aspectos ambientais durante a execução das obras.

Atender à legislação federal, estadual e municipal vigente, principalmente naquilo que se

referem às legislações ambientais.

Atender aos normativos pertentes à destinação adequada dos resíduos sólidos originados das

obras, incluindo-se cuidados com os resíduos gerados nos canteiros de obras.

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6 CRONOGRAMA E PLANO DE EXECUÇÃO

6.1 CRONOGRAMA

O cronograma estimado do empreendimento é representado, esquematicamente, na Figura

6.1. Estima-se que o prazo global para a realização completa dos serviços de reabilitação da

Ponte sobre o Rio Itajaí-Açu II seja de 15 meses.

Figura 6.1 – Cronograma estimado do Empreendimento.

O plano de execução visa sequenciar o conjunto de atividades que integram a obra. As

atividades necessárias à reabilitação da ponte serão detalhadas na sequência, para cada

elemento que constitui a estrutura. Os serviços preliminares, compreendem as atividades que

viabilizam a execução da obra, tais como mobilização de equipamentos e pessoal,

implantação dos canteiros e acessos à infra/mesoestrutura e locação da obra.

A contratada será responsável pela manutenção e segurança do tráfego durante a execução

da obra, adotando as providências listadas a seguir:

• Sinalização diurna e noturna;

• Controle do tráfego por pessoal devidamente uniformizado e previamente treinado.

6.2 CANTEIRO DE OBRA

O Canteiro de Serviço é a disposição física das fontes de materiais, edificações e construções

necessárias para concentrar a estrutura e o apoio logístico indispensável ao gerenciamento e

à execução da obra. No apoio ao canteiro, devem-se considerar as condições

socioeconômicas das comunidades que serão influenciadas pela obra e as cidades mais

próximas com bancos, hospitais, hotéis e aeroportos.

Descrição dos serviços Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Projeto Básico e Executivo 06 Meses

Execução da obra 09 Meses

CRONOGRAMA FÍSICO - PONTE SOBRE O RIO ITAJAÍ AÇU II

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Ressalta-se, que devido à localização da OAE no perímetro urbano da cidade de Ibirama,

indica-se a cidade, como possível localização para o canteiro. O modelo de canteiro a ser

adotado como premissa para a elaboração do orçamento referencial do Anteprojeto segue a

metodologia prevista no Novo SICRO (Volume 7). Os quantitativos de hidro-semeadura,

para a recuperação ambiental das áreas utilizadas para os canteiros de obra, variarão

conforme o modelo utilizado.

6.3 PLANO DE EXECUÇÃO

A primeira etapa das obras de reabilitação da ponte sobre o rio Itajaí-Açu II consiste na

execução dos novos pontos de fundação e no reparo das fundações existentes. Essa fase da

obra compreende as seguintes atividades:

• Montagem da estrutura de ensecadeiras, a partir de sacos de solo-cimento, na região

das novas sapatas;

• Esgotamento da área com a utilização de bombas;

• Escavação da região das novas sapatas, para embutimento dos mesmos;

• Montagem da armadura e concretagem das sapatas;

• Limpeza e preparação da superfície das estacas existentes e montagem da armadura

de reforço;

• Montagem das camisas metálicas e concretagem do reforço das estacas;

• Execução de concreto ciclópico ao redor das estacas, para proteção das mesmas;

• Limpeza das sapatas existentes com jato d’água, com posterior pintura da superfície

com argamassa, conforme descrito na tabela 2.1;

A segunda etapa consiste no reforço da mesoestrutura existente. Essa etapa engloba as

seguintes atividades:

• Limpeza dos pilares existentes com jato d’água, com posterior pintura da superfície

com argamassa, conforme descrito na tabela 2.1;

• Montagem das plataformas de trabalho apoiados no terreno e no leito do rio,

dependendo do apoio;

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• Execução de furos nos pilares para ancoragem de armadura e passagem de bainhas

para os tirantes (para os consoles);

• Reforço das vigas de travamento existentes segundo os procedimentos descritos na

Tabela 4.2;

• Montagem das formas, cimbramento, e lançamento do concreto dos pilares e vigas

de travamento para ampliação do tabuleiro;

• Após o concreto atingir resistência apropriada, aplicar a protensão nos tirantes. Em

seguida, proceder pela elevação da superestrutura existente (apoio por apoio) com a

utilização de macacos hidráulicos;

• Remoção dos aparelhos de apoio existentes e reconstituição do topo dos pilares;

• Instalar aparelhos de apoio novos em neoprene fretado, conforme projeto.

A terceira etapa consiste no reforço e ampliação da superestrutura, assim como os serviços

finais da obra. Compreende os serviços:

• Remoção da capa de material betuminoso da faixa de rolamento existente;

• Demolição do guarda corpo e guarda rodas existentes e de parte do balanço,

conforme mostrado no Volume 2 (Desenhos);

• Reforço do vigamento e das lajes segundo os procedimentos descritos na Tabela 4.2.

• Montagem das formas, armadura e lançamento do concreto das lajes e vigas que

formam a ampliação da superestrutura;

• Montagem das formas, armadura e lançamento do concreto das cortinas dos

encontros;

• Ampliação da estrutura de contensão com gabiões, atendendo ao alargamento;

• Restituição dos aterros de acesso nas extremidades da OAE;

• Execução das lajes de transição;

• Restituição da pavimentação (CBUQ) da faixa de rolamento.

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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

7.1 NORMAS E INSTRUÇÕES

O licitante deverá obedecer às Normas e Instruções do DNIT cabíveis a cada item definido,

introduzindo as necessárias adequações e adaptações, considerando as particularidades e o

objetivo dos serviços. As Instruções e Especificações de Serviço constantes de documentos

do DNER e em vigor no DNIT, não deverão ser transcritas, bastando citá-las, redigindo

apenas as alterações propostas.

O projeto executivo das pontes será desenvolvido de acordo com o previsto no EB-103 e na

IS-214 das Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários, ed. 2006,

do DNIT, no Manual de Projeto de Obras de arte Especiais, ed. 1996, Manual de Construção

de Obras de arte Especiais, ed. 1995, todos do extinto DNER, e com as Normas da ABNT

abaixo relacionadas, bem como suas atualizações, dentre outras:

NBR 7187/2003 – Projeto de pontes de concreto armado e de concreto protendido -

Procedimento.

NBR 6118/2014 – Projeto de estruturas de concreto - Procedimento.

NBR 6122/2010 – Projeto e execução de fundações - Procedimento.

NBR 6123/1988 – Versão corrigida 2013 – Forças devido ao vento em edificações -

Procedimento.

NBR 7188/2013 – Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre - Procedimento.

NBR 8953/2015 – Concreto para fins estruturais – Classificação pela massa específica, por

grupos de resistência e consistência.

NBR 8681/2003 Versão corrigida 2004 – Ações e segurança nas estruturas - Procedimento.

NBR 10839/1989 – Execução de obras de arte especiais em concreto armado e protendido –

Procedimento.

NBR 12655/2015 Versão Corrigida 2015 – Concreto de cimento Portland – Preparo, controle

e recebimento – Procedimento.

NBR 14931/2004 – Execução de estruturas de concreto – Procedimento.

NBR 7480/2007 – Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado –

Especificação.

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NBR 7482/2008 – Fios de aço para estruturas de concreto protendido – Especificação.

NBR 7483/2008 – Cordoalhas de aço para estruturas de concreto protendido – Especificação.

NBR 7484/2009 – Barras, cordoalhas e fios de aço destinados a armaduras de protensão -

Método de ensaio de relaxação isotérmica.

NBR 7211/2009 – Agregados para concreto – Especificação.

NBR 10908/2008 – Aditivos para argamassa e concreto - Ensaios de caracterização.

NBR 11768/1992 – Aditivos químicos para concreto de cimento Portland – Requisitos.

NBR 15577/2008 – Agregados – Reatividade álcali-agregado.

NBR 9050/2015 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos

urbanos.

Em caso de conflito entre as Normas do DNIT e as da ABNT, prevalecerão as prescrições

das Normas da ABNT.

No desenvolvimento dos projetos serão utilizadas, onde couber, as seguintes Instruções de

Serviço:

Instrução de Serviço Atividade

IS-201 Estudos de Tráfego em Rodovias

IS-202 Estudos Geológicos

IS-203 Estudos Hidrológicos

IS-204 Estudos Topográficos para Projetos Básicos de Engenharia para

Construção de Rodovias Rurais.

IS-206 Estudos Geotécnicos

IS-207 Estudos de Traçado

IS-208 Projeto Geométrico

IS-209 Projeto de Terraplenagem

IS-210 Projeto de Drenagem

IS-211 Projeto de Pavimentos Flexíveis

IS-213 Projeto de Interseções, Retornos e Acessos

IS-214 Projeto de Obras de arte Especiais

IS-215 Projeto de Sinalização

IS-216 Projeto de Paisagismo

IS-217 Projeto de Dispositivos de Proteção (Defensas e Barreiras)

IS-218 Projeto de Cercas

IS-219 Projeto de Desapropriação

IS-220 Orçamento da Obra

IS-222 Apresentação de Plano de Execução da Obra

IS-223 Avaliação e Redimensionamento de Obras-de-Arte Especiais Existentes

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Instrução de Serviço Atividade

IS-224 Projeto de Sinalização da Rodovias durante a Execução de Obras e

Serviços

IS-225 Projeto de Pavimentos Rígidos

IS-246 Componente Ambiental dos Projetos de Engenharia Rodoviária

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7.2 LITERATURA

Manual de Projeto de Obras de Arte Especiais - Departamento Nacional de Estradas de

Rodagem. Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico. Divisão de Capacitação Tecnológica,

225p. (IPR. Publ., 698) Rio de Janeiro, 1996.

Manual De Recuperação de Pontes e Viadutos Rodoviários – Departamento Nacional de

Infraestrutura de Transportes. Diretoria Executiva. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. 159p.

(IPR Publ., 744) Rio de Janeiro, 2010.

Manual De Inspeção De Pontes Rodoviárias – Departamento Nacional de Infraestrutura de

Transportes. Diretoria Executiva. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. 253p. (IPR Publ., 709)

Rio de Janeiro, 2004.

Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários, 3a Edição,

DNIT/2006;

Fellenius, Bengt H. Basics of Foundation Design. Sidney, British Columbia, Canada 2016.

VELLOSO, Dirceu de Alencar. LOPES, Francisco de Rezende. Fundações. Volume 2 –

Fundações Profundas. Nova Edição – São Paulo: Oficina de Textos, 2010.

HELENE, Paulo R. L. Manual de reparo, reforço e proteção de estruturas de concreto. 2ª

Edição – São Paulo: PINI, 1992.

Manual de Reabilitação de Estruturas de Concreto Armado. Reparo, Reforço e Proteção.

Red Reabilitar, vários editores. São Paulo, 2003.

SOUZA, Vicente Custódio. Patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São

Paulo: PINI, 1998.

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8 ATESTADO DE RESPONSABILIDADE

8.1 DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE

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8.2 ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA

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8.3 PROCURAÇÃO

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9 TERMO DE ENCERRAMENTO