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2019 4 ª edição revista atualizada ampliada

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Lei de introdução às normas do direito BrasiLeiroart. 1º 13

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LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO

DECRETO‑LEI N. 4.657, DE 04 DE SETEMBRO DE 1942

Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro

`` Antiga Lei de Introdução ao Código Civil (LICC). Ementa com redação dada pela Lei 12.376/2010.`` DOU, 09.09.1942.

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição, decreta:

Art. 1º Salvo disposição contrária, a leicomeça a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.

`` art. 62, §§ 3º; 4º; 6º e 7º, CF.`` arts. 101 a 104, CTN.`` Lei 2.145/1953 (Cria a Carteira de Comércio Ex-terior. Dispõe sobre o intercâmbio comercial com o exterior).`` Lei 2.410/1955 (Prorroga até 30.06.1956 o regime de licença para o intercâmbio comercial com o exterior, nos termos estabelecidos na Lei 2.145/1955).`` Lei 2.770/1956 (Suprime a concessão de medidas liminares nas ações e procedimentos judiciais de qualquer natureza que visem a liberação de bens, mercadorias ou coisas de procedência estrangeira).`` Lei 3.244/1957 (Dispõe sobre a reforma da tarifa das alfândegas).`` Lei 4.966/1966 (Isenta dos impostos de importação e consumo e da taxa de despacho aduaneiro os bensdos imigrantes).`` Dec.-Lei 333/1967 (Dispõe sobre a entrada em vigor das deliberações do Conselho de Política Aduaneira e incorpora às alíquotas do imposto de importação a taxa de despacho aduaneiro).`` art. 8º, LC 95/1998 (Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis).

§ 1º Nos Estados, estrangeiros, a obrigato‑riedade da lei brasileira, quando admitida,se inicia três meses depois de oficialmente publicada.§ 2º (Revogado pela Lei 12.036/2009.)§ 3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrernova publicação de seu texto, destinada acorreção, o prazo deste artigo e dos pa‑rágrafos anteriores começará a correr danova publicação.§ 4º As correções a texto de lei já em vigor consideram‑se lei nova.

Art. 2º Não se destinando à vigênciatemporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.

`` LC 95/1998 (Dispõe sobre a elaboração, a re-dação, a alteração e a consolidação das leis).

§ 1º A lei posterior revoga a anterior quandoexpressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteira‑mente a matéria de que tratava a lei anterior. § 2º A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes,não revoga nem modifica a lei anterior.§ 3º Salvo disposição em contrário, a leirevogada não se restaura por ter a lei revo‑gadora perdido a vigência.

Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir alei, alegando que não a conhece.

Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz de‑cidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.

`` arts. 140, 375 e 723, NCPC.`` arts. 100; 101 e 107 a 111, CTN.`` art. 8º, CLT.`` art. 2º, Lei 9.307/1996 (Lei da Arbitragem).

Art. 5º Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exi‑gências do bem comum.

Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. (Redação dada pela Lei 3.238/1957.)

`` art. 5º, XXXVI, CF.`` art. 1.787, CC/2002.`` Súm. Vinc. 1, STF.

§ 1º Reputa‑se ato jurídico perfeito o jáconsumado segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou. (Parágrafo incluído pela Lei 3.238/1957.)§ 2º Consideram‑se adquiridos assim osdireitos que o seu titular, ou alguém porele, possa exercer, como aqueles cujo co‑meço do exercício tenha termo pré‑fixo,ou condição preestabelecida inalterável, aarbítrio de outrem. (Parágrafo incluído pela Lei 3.238/1957.)

`` arts. 131 e 135, CC/2002.§ 3º Chama‑se coisa julgada ou caso julgadoa decisão judicial de que já não caiba recurso. (Parágrafo incluído pela Lei 3.238/1957.)

`` art. 5º, XXXVI, CF.`` arts. 121; 126 a 128; 131 e 135, CC/2002.`` art. 502, NCPC.

Art. 7º A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre o começo e o fim da personalidade, o nome, a capaci‑dade e os direitos de família.

`` arts. 1º a 10; 22 a 39, 70 a 78 e 1.511 a 1.638, CC/2002.`` Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos).`` V Dec. 66.605/1970 (Promulgou a Convenção sobre Consentimento para Casamento).`` v. Lei 13.445/2017 (Lei de Migração).`` Enunciado 408 das Jornadas de Direito Civil.

§ 1º Realizando‑se o casamento no Brasil,será aplicada a lei brasileira quanto aos im‑pedimentos dirimentes e às formalidadesda celebração.

`` art. 1.511 e ss., CC/2002.`` arts. 8º e 9º, Lei 1.110/1950 (Dispõe sobre o reconhecimento dos efeitos civis do casamento religioso).`` Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos).

§ 2º O casamento de estrangeiros poderácelebrar‑se perante autoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes.(Redação dada pela Lei 3.238/1957.)

`` art. 1.544, CC/2002.§ 3º Tendo os nubentes domicílio diverso,regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do primeiro domicílio conjugal.

`` arts. 1.548 a 1.564, CC/2002.

§ 4º O regime de bens, legal ou convencio‑nal, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do primeiro domicílio conjugal.

`` arts. 1.658 a 1.666, CC/2002.§ 5º O estrangeiro casado que se naturalizar brasileiro pode, mediante expressa anuência de seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega do decreto de naturalização, seapostile ao mesmo a adoção do regime de comunhão parcial de bens, respeitados osdireitos de terceiros e dada esta adoção ao competente registro. (Redação dada pelaLei 6.515/1977.)

`` arts. 1.658 a 1.666, CC/2002.§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro,se um ou ambos os cônjuges forem brasi‑leiros, só será reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da data da sentença, salvose houver sido antecedida de separaçãojudicial por igual prazo, caso em que ahomologação produzirá efeito imediato,obedecidas as condições estabelecidas para a eficácia das sentenças estrangeiras no país. O Superior Tribunal de Justiça, na forma de seu regimento interno, poderá reexaminar, a requerimento do interessado, decisões já proferidas em pedidos de homologaçãode sentenças estrangeiras de divórcio debrasileiros, a fim de que passem a produzir todos os efeitos legais. (Redação dada pela Lei 12.036/2009.)

`` arts. 105, I, l; e 227, § 6º, CF.`` art. 961, NCPC.

§ 7º Salvo o caso de abandono, o domicílio do chefe da família estende‑se ao outrocônjuge e aos filhos não emancipados, eo do tutor ou curador aos incapazes sobsua guarda.

`` arts. 226, § 5º; e 227, § 6º, CF.`` arts. 3º; 4º; e 76, p.u., CC/2002.`` Lei 10.216/2001 (Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental).

§ 8º Quando a pessoa não tiver domicílio,considerar‑se‑á domiciliada no lugar de suaresidência ou naquele em que se encontre.

`` art. 46, NCPC.

Art. 8º Para qualificar os bens e regular as relações a eles concernentes, aplicar‑se‑á a lei do país em que estiverem situados.

`` arts. 1.431 a 1435; 1.438 a 1.440; 1.442; 1.445; 1.446; 1.451 a 1.460 e 1.467 a 1.471, CC/2002.

§ 1º Aplicar‑se‑á a lei do país em que fordomiciliado o proprietário, quanto aos bensmóveis que ele trouxer ou se destinarem a transporte para outros lugares.§ 2º O penhor regula‑se pela lei do domicílioque tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a coisa apenhada.

Art. 9º Para qualificar e reger as obrigações,aplicar‑se‑á a lei do país em que se constituírem.

LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NOR-

MAS

DO DIREITO BRASILEIRO

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Lei de introdução às normas do direito BrasiLeiro art. 23

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§ 1º Destinando‑se a obrigação a ser exe‑cutada no Brasil e dependendo de formaessencial, será esta observada, admitidasas peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.§ 2º A obrigação resultante do contratoreputa‑se constituída no lugar em que residir o proponente.

Art. 10. A sucessão por morte ou por ausên‑cia obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.

`` arts. 26 a 39; 469 a 483; 1.784 e ss., CC/2002.§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros, situ‑ados no país, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasi‑leiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável à lei pessoal dode cujus. (Redação dada pela Lei 9.047/1995.)

`` art. 5º, XXXI, CF.`` arts. 1.851 a 1.856, CC/2002.

§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou le‑gatário regula a capacidade para suceder.

`` art. 5º, XXX e XXXI, CF.`` arts. 1.798 a 1.803, CC/2002.

Art. 11. As organizações destinadas a finsde interesse coletivo, como as sociedades e as fundações, obedecem à lei do Estado em que se constituírem.

`` arts. 40 a 69; 981 e ss., CC/2002.`` art. 75, NCPC.

§ 1º Não poderão, entretanto ter no Brasilfiliais, agências ou estabelecimentos antesde serem os atos constitutivos aprovadospelo Governo brasileiro, ficando sujeitas àlei brasileira.

`` art. 170, p.u., CF.`` arts. 21 e 75, NCPC.`` art. 32, II, Lei 8.934/1994 (Dispõe sobre o Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins).

§ 2º Os Governos estrangeiros, bem comoas organizações de qualquer natureza, que eles tenham constituído, dirijam ou hajaminvestido de funções públicas, não poderão adquirir no Brasil bens imóveis ou suscetí‑veis de desapropriação.§ 3º Os Governos estrangeiros podem ad‑quirir a propriedade dos prédios necessá‑rios à sede dos representantes diplomáticos ou dos agentes consulares.

Art. 12. É competente a autoridade judici‑ária brasileira, quando for o réu domiciliado no Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a obrigação.

`` arts. 21 a 24, NCPC.§ 1º Só à autoridade judiciária brasileiracompete conhecer das ações relativas aimóveis situados no Brasil. § 2º A autoridade judiciária brasileira cum‑prirá, concedido o exequatur e segundoa forma estabelecida pele lei brasileira,as diligências deprecadas por autoridadeestrangeira competente, observando a lei desta, quanto ao objeto das diligências.

`` Com a EC 45/2004 a concessão de exequatur às cartas rogatórias passou a ser da competência do STJ (art. 105, I, i, CF).`` arts. 105, I, i; e 109, X, CF.`` arts. 21, 23, 36, 46, 47, 268, 256, NCPC.

Art. 13. A prova dos fatos ocorridos em paísestrangeiro rege‑se pela lei que nele vigorar, quanto ao ônus e aos meios de produzir‑se, não admitindo os tribunais brasileiros provas que a lei brasileira desconheça.

`` arts. 373 e 374, NCPC.`` Lei 6.015/1973 (Lei de Registros Públicos).

Art. 14. Não conhecendo a lei estrangeira,poderá o juiz exigir de quem a invoca prova do texto e da vigência.

`` art. 376, NCPC.

Art. 15. Será executada no Brasil a sen‑tença proferida no estrangeiro, que reúna os seguintes requisitos:

`` arts. 36, 268, 961 e 965, NCPC.a) haver sido proferida por juiz competente;

`` Súm. 381, STF.b) terem sido as partes citadas ou haver‑selegalmente verificado à revelia; c) ter passado em julgado e estar reves‑tida das formalidades necessárias para aexecução no lugar em que foi proferida;

`` Súm. 420, STF.d) estar traduzida por intérprete autorizado;e) ter sido homologada pelo Supremo Tri‑bunal Federal.

`` Com a EC 45/2004 a concessão de exequatur às cartas rogatórias passou a ser da competência do STJ (art. 105, I, i, CF).`` art. 105, I, i, CF.`` art. 961, NCPC.`` art. 9º, CP.`` arts. 787 a 790, CPP.

Parágrafo único. (Revogado pela Lei 12.036/2009.)

Art. 16. Quando, nos termos dos artigosprecedentes, se houver de aplicar a lei es‑trangeira, ter‑se‑á em vista a disposição desta, sem considerar‑se qualquer remissão por ela feita a outra lei.Art. 17. As leis, atos e sentenças de ou‑tro país, bem como quaisquer declarações de vontade, não terão eficácia no Brasil, quando ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os bons costumes.

`` art. 781, CPP.

Art. 18. Tratando‑se de brasileiros, sãocompetentes as autoridades consulares brasileiras para lhes celebrar o casamento e os mais atos de Registro Civil e de tabe‑lionato, inclusive o registro de nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira nascido no país da sede do Consulado. (Redação dada pela Lei 3.238/1957.)§ 1º As autoridades consulares brasileirastambém poderão celebrar a separação con‑sensual e o divórcio consensual de brasileiros, não havendo filhos menores ou incapazesdo casal e observados os requisitos legaisquanto aos prazos, devendo constar darespectiva escritura pública as disposiçõesrelativas à descrição e à partilha dos benscomuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à manutenção donome adotado quando se deu o casamento. (Acrescentado pela Lei 12.874/2013. Vigência: 120 dias de sua publicação oficial.)§ 2º É indispensável a assistência de advo‑gado, devidamente constituído, que se dará mediante a subscrição de petição, junta‑mente com ambas as partes, ou com apenas uma delas, caso a outra constitua advogado próprio, não se fazendo necessário que aassinatura do advogado conste da escritura pública. (Acrescentado pela Lei 12.874/2013. Vigência: 120 dias de sua publicação oficial.)

Art. 19. Reputam‑se válidos todos osatos indicados no artigo anterior e ce‑lebrados pelos cônsules brasileiros na vigência do Decreto‑Lei n. 4.657, de 04 de setembro de 1942, desde que satisfaçam todos os requisitos legais. (Incluído pela Lei 3.238/1957.)Parágrafo único. No caso em que a cele‑bração desses atos tiver sido recusada pelas autoridades consulares, com fundamento

no artigo 18 do mesmo Decreto‑Lei, ao interessado é facultado renovar o pedido dentro em 90 (noventa) dias contados da data da publicação desta lei. (Incluído pela Lei 3.238/1957.)

Art. 20. Nas esferas administrativa, contro‑ladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão. (Incluído pela Lei 13.655/2018)

`` Decreto nº 9.830, de 10 de junho de 2019: Re-gulamenta o disposto nos art. 20 ao art. 30 do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, que institui a Lei de Introdução às normas do Direito brasileiro.

Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas. (Incluído pela Lei 13.655/2018)

Art. 21. A decisão que, nas esferas adminis‑trativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurí‑dicas e administrativas. (Incluído pela Lei 13.655/2018)

`` Decreto nº 9.830, de 10 de junho de 2019: Re-gulamenta o disposto nos art. 20 ao art. 30 do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, que institui a Lei de Introdução às normas do Direito brasileiro.

Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for ocaso, indicar as condições para que a re‑gularização ocorra de modo proporcionale equânime e sem prejuízo aos interessesgerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos. (Incluído pela Lei 13.655/2018)

Art. 22. Na interpretação de normas sobregestão pública, serão considerados os obs‑táculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados.

`` Decreto nº 9.830, de 10 de junho de 2019: Re-gulamenta o disposto nos art. 20 ao art. 30 do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, que institui a Lei de Introdução às normas do Direito brasileiro.

§ 1º Em decisão sobre regularidade de con‑duta ou validade de ato, contrato, ajuste,processo ou norma administrativa, serãoconsideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicio‑nado a ação do agente. (Incluído pela Lei13.655/2018) § 2º Na aplicação de sanções, serão conside‑radas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para a administração pública, as circunstânciasagravantes ou atenuantes e os antecedentes do agente. (Incluído pela Lei 13.655/2018)§ 3º As sanções aplicadas ao agente serão levadas em conta na dosimetria das demais sanções de mesma natureza e relativas aomesmo fato. (Incluído pela Lei 13.655/2018)

Art. 23. A decisão administrativa,contro ladora ou judicial que estabelecer in‑terpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido

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Lei de introdução às normas do direito BrasiLeiroart. 23 13

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de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.

`` Decreto nº 9.830, de 10 de junho de 2019: Re-gulamenta o disposto nos art. 20 ao art. 30 do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, que institui a Lei de Introdução às normas do Direito brasileiro.

Parágrafo único. (Vetado). (Incluído pela Lei 13.655/2018).

Art. 24. A revisão, nas esferas adminis‑trativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as orientações gerais da época, sendo veda‑do que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas. (Incluído pela Lei 13.655/2018)

`` Decreto nº 9.830, de 10 de junho de 2019: Re-gulamenta o disposto nos art. 20 ao art. 30 do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, que institui a Lei de Introdução às normas do Direito brasileiro.

Parágrafo único. Consideram‑se orienta‑ções gerais as interpretações e especifica‑ções contidas em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência judicial ou ad‑ministrativa majoritária, e ainda as adotadas por prática administrativa reiterada e de amplo conhecimento público. (Incluído pela Lei 13.655/2018)

Art. 25. (Vetado). (Incluído pela Lei13.655/2018)

Art. 26. Para eliminar irregularidade, in‑certeza jurídica ou situação contenciosa na aplicação do direito público, inclusive no caso de expedição de licença, a autoridade administrativa poderá, após oitiva do órgão jurídico e, quando for o caso, após realização de consulta pública, e presentes razões de relevante interesse geral, celebrar compro‑misso com os interessados, observada a legislação aplicável, o qual só produzirá efeitos a partir de sua publicação oficial. (Incluído pela Lei 13.655/2018)

`` Decreto nº 9.830, de 10 de junho de 2019: Re-gulamenta o disposto nos art. 20 ao art. 30 do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, que institui a Lei de Introdução às normas do Direito brasileiro.

§ 1º O compromisso referido no caput desteartigo: (Incluído pela Lei 13.655/2018)I – buscará solução jurídica proporcional,equânime, eficiente e compatível comos interesses gerais; (Incluído pela Lei13.655/2018)

II – (Vetado); (Incluído pela Lei 13.655/2018)

III – não poderá conferir desoneração per‑manente de dever ou condicionamento de direito reconhecidos por orientação geral; (Incluído pela Lei 13.655/2018)

IV – deverá prever com clareza as obri‑gações das partes, o prazo para seu cum‑primento e as sanções aplicáveis em caso de descumprimento. (Incluído pela Lei 13.655/2018)

§ 2º (Vetado). (Incluído pela Lei 13.655/2018)

Art. 27. A decisão do processo, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, poderá impor compensação por benefícios indevidos ou prejuízos anormais ou injustos resultantes do processo ou da conduta dos envolvidos. (Incluído pela Lei 13.655/2018)

`` Decreto nº 9.830, de 10 de junho de 2019: Re-gulamenta o disposto nos art. 20 ao art. 30 do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, que institui a Lei de Introdução às normas do Direito brasileiro.

§ 1º A decisão sobre a compensação serámotivada, ouvidas previamente as partessobre seu cabimento, sua forma e, se for o ca‑so, seu valor. (Incluído pela Lei 13.655/2018)

§ 2º Para prevenir ou regular a compen‑sação, poderá ser celebrado compromissoprocessual entre os envolvidos. (Incluídopela Lei 13.655/2018)

Art. 28. O agente público responderá pes‑soalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro. (Incluído pela Lei 13.655/2018)

`` Decreto nº 9.830, de 10 de junho de 2019: Re-gulamenta o disposto nos art. 20 ao art. 30 do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, que institui a Lei de Introdução às normas do Direito brasileiro.

§ 1º (Vetado). (Incluído pela Lei 13.655/2018)

§ 2º (Vetado). (Incluído pela Lei 13.655/2018)

§ 3º (Vetado). (Incluído pela Lei 13.655/2018)

Art. 29. Em qualquer órgão ou Poder, aedição de atos normativos por autoridade administrativa, salvo os de mera organização interna, poderá ser precedida de consulta pública para manifestação de interessados, preferencialmente por meio eletrônico, a qual será considerada na decisão. (Incluído pela Lei 13.655/2018).

`` Decreto nº 9.830, de 10 de junho de 2019: Re-gulamenta o disposto nos art. 20 ao art. 30 do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, que institui a Lei de Introdução às normas do Direito brasileiro.

§ 1º A convocação conterá a minuta doato normativo e fixará o prazo e demais

condições da consulta pública, observadas as normas legais e regulamentares especí‑ficas, se houver.

§ 2º (VETADO).

Art. 30. As autoridades públicas devematuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas. (Incluído pela Lei 13.655/2018)

`` Decreto nº 9.830, de 10 de junho de 2019: Re-gulamenta o disposto nos art. 20 ao art. 30 do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942, que institui a Lei de Introdução às normas do Direito brasileiro.

Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculan‑te em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão. (Incluído pela Lei 13.655/2018)

Rio de Janeiro, 04 de setembro de 1942, 121º da Independência e 54º da

República.Getúlio Vargas

Alexandre Marcondes FilhoOswaldo Aranha

Rio de Janeiro, 04 de setembro de 1942, 121º da Independência e 54º

da República.Getúlio Vargas

Alexandre Marcondes FilhoOswaldo Aranha

LEI N. 12.376, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010

Altera a ementa do Decreto‑Lei n. 4.657, de 04 de se‑tembro de 1942.

`` DOU, 31.12.2010.O Presidente da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Esta Lei altera a ementa do De‑creto‑Lei n. 4.657, de 04 de setembro de 1942, ampliando o seu campo de aplicação.

Art. 2º A ementa do Decreto‑Lei n. 4.657,de 04 de setembro de 1942, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro.”

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data desua publicação. Brasília, 30 de dezembro de 2010; 189º da

Independência e 122º da República.

Luiz Inácio Lula da Silva

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LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR

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DECRETO Nº 9.412, DE 18 DE JUNHO DE 2018 – Licitações

DECRETO Nº 9.412, DE 18 DE JUNHO DE 2018

Atualiza os valores das modalidades de licita-ção de que trata o art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

`` Licitações

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 120 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.DECRETA:

Art. 1º Os valores estabelecidos nos incisos I e II do caput do art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, ficam atualizados nos seguintes termos:I - para obras e serviços de engenharia:

a) na modalidade convite - até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais);b) na modalidade tomada de preços - atéR$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentosmil reais); ec) na modalidade concorrência - acima deR$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentosmil reais); eII - para compras e serviços não incluídosno inciso I:

a) na modalidade convite - até R$ 176.000,00(cento e setenta e seis mil reais);b) na modalidade tomada de preços - atéR$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentose trinta mil reais); ec) na modalidade concorrência - acima deR$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentose trinta mil reais).Art. 2º Este Decreto entra em vigor trintadias após a data de sua publicação.

Brasília, 18 de junho de 2018; 197º da Independência e 130º da República.

MICHEL TEMER D.O.U 19.06.2018

INSTRUÇÃO NORMATIVA TST 41, DE 2018

Dispõe sobre a aplicação das normas proces-suais da Consolidação das Leis do Trabalho alteradas pela Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017.

`` Processo do Trabalho

Art. 1° A aplicação das normas processuais previstas na Consolidação das Leis do Tra-balho, alteradas pela Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017, com eficácia a partir de 11 de novembro de 2017, é imediata, sem atingir, no entanto, situações pretéritas iniciadas ou consolidadas sob a égide da lei revogada.Art. 2° O fluxo da prescrição intercorrente conta-se a partir do descumprimento da determinação judicial a que alude o § 1º do art. 11-A da CLT, desde que feita após 11 de novembro de 2017 (Lei nº 13.467/2017).Art. 3º A obrigação de formar o litisconsórcio necessário a que se refere o art. 611-A, § 5º, da CLT dar-se-á nos processos iniciados a partir de 11 de novembro de 2017 (Lei nº 13.467/2017).Art. 4º O art. 789, caput, da CLT aplica-se nas decisões que fixem custas, proferidas a partir da entrada em vigor da Lei nº 13.467/2017.Art. 5º O art. 790-B, caput e §§ 1º a 4º, da CLT, não se aplica aos processos iniciados

antes de 11 de novembro de 2017 (Lei nº 13.467/2017).Art. 6º Na Justiça do Trabalho, a condenação em honorários advocatícios sucumbenciais, prevista no art. 791-A, e parágrafos, da CLT, será aplicável apenas às ações propos-tas após 11 de novembro de 2017 (Lei nº 13.467/2017). Nas ações propostas ante-riormente, subsistem as diretrizes do art. 14 da Lei nº 5.584/1970 e das Súmulas nos 219 e 329 do TST.Art. 7º Os arts. 793-A, 793-B e 793-C, § 1º, da CLT têm aplicação autônoma e imediata.Art. 8º A condenação de que trata o art. 793-C, caput, da CLT, aplica-se apenas àsações ajuizadas a partir de 11 de novembro de 2017 (Lei nº 13.467/2017).Art. 9º O art. 793-C, §§ 2º e 3º, da CLT tem aplicação apenas nas ações ajuizadas apartir de 11 de novembro de 2017 (Lei nº 13.467/2017).Art. 10. O disposto no caput do art. 793-D será aplicável às ações ajuizadas a partir de 11 de novembro de 2017 (Lei nº 13.467/2017).Parágrafo único. Após a colheita da prova oral, a aplicação de multa à testemunhadar-se-á na sentença e será precedida deinstauração de incidente mediante o qualo juiz indicará o ponto ou os pontos con-trovertidos no depoimento, assegurados o contraditório, a defesa, com os meios a ela inerentes, além de possibilitar a retratação.Art. 11. A exceção de incompetência ter-ritorial, disciplinada no art. 800 da CLT, éimediatamente aplicável aos processostrabalhistas em curso, desde que o recebi-mento da notificação seja posterior a 11 de novembro de 2017 (Lei 13.467/2017).Art. 12. Os arts. 840 e 844, §§ 2º, 3º e 5º, da CLT, com as redações dadas pela Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017, não retroagi-rão, aplicando-se, exclusivamente, às ações ajuizadas a partir de 11 de novembro de 2017.§ 1º Aplica-se o disposto no art. 843, § 3º, da CLT somente às audiências trabalhistas realizadas após 11 de novembro de 2017.§ 2º Para fim do que dispõe o art. 840, §§ 1º e 2º, da CLT, o valor da causa será esti-mado, observando-se, no que couber, odisposto nos arts. 291 a 293 do Código deProcesso Civil.§ 3º Nos termos do art. 843, § 3º, e do art.844, § 5º, da CLT, não se admite a cumulação das condições de advogado e preposto.Art. 13. A partir da vigência da Lei nº 13.467/2017, a iniciativa do juiz na execução de que trata o art. 878 da CLT e no incidente de desconsideração da personalidade jurí-dica a que alude o art. 855-A da CLT ficará limitada aos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado.Art. 14. A regra inscrita no art. 879, § 2º, da CLT, quanto ao dever de o juiz conceder prazo comum de oito dias para impugnação fundamentada da conta de liquidação, não se aplica à liquidação de julgado iniciada antes de 11 de novembro de 2017.Art. 15. O prazo previsto no art. 883-A da CLT, para as medidas de execução indireta nele especificadas, aplica-se somente às execuções iniciadas a partir de 11 de no-vembro de 2017.Art. 16. O art. 884, § 6º, da CLT aplica-se às entidades filantrópicas e seus diretores, em

processos com execuções iniciadas após 11 de novembro de 2017.Art. 17. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica, regulado pelo CPC (artigos 133 a 137), aplica-se ao processo do trabalho, com as inovações trazidas pela Lei nº 13.467/2017.Art. 18. O dever de os Tribunais Regionais do Trabalho uniformizarem a sua jurisprudência faz incidir, subsidiariamente ao processo do trabalho, o art. 926 do CPC, por meio do qual os Tribunais deverão manter sua jurisprudência íntegra, estável e coerente.§ 1º Os incidentes de uniformização dejurisprudência suscitados ou iniciados an-tes da vigência da Lei nº 13.467/2017, noâmbito dos Tribunais Regionais do Trabalho ou por iniciativa de decisão do TribunalSuperior do Trabalho, deverão observar eserão concluídos sob a égide da legislação vigente ao tempo da interposição do re-curso, segundo o disposto nos respectivos Regimentos Internos.§ 2º Aos recursos de revista e de agravo de instrumento no âmbito do Tribunal Superiordo Trabalho, conclusos aos relatores e ainda não julgados até a edição da Lei nº 13.467/17, não se aplicam as disposições contidas nos §§ 3º a 6º do artigo 896 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho.§ 3º As teses jurídicas prevalecentes e osenunciados de Súmulas decorrentes dojulgamento dos incidentes de uniformização de jurisprudência suscitados ou iniciadosanteriormente à edição da Lei nº 13.467/2017, no âmbito dos Tribunais Regionais do Traba-lho, conservam sua natureza vinculante à luz dos arts. 926, §§ 1º e 2º, e 927, III e V, do CPC.Art. 19. O exame da transcendência seguirá a regra estabelecida no art. 246 do Regimen-to Interno do Tribunal Superior do Trabalho, incidindo apenas sobre os acórdãos proferi-dos pelos Tribunais Regionais do Trabalhopublicados a partir de 11 de novembro de2017, excluídas as decisões em embargosde declaração.Art. 20. As disposições contidas nos §§ 4º, 9º, 10 e 11 do artigo 899 da CLT, com a re-dação dada pela Lei nº 13.467/2017, serãoobservadas para os recursos interpostoscontra as decisões proferidas a partir de 11 de novembro de 2017.Art. 21. Esta Instrução Normativa entraráem vigor na data da sua publicação. Ficam revogados os art. 2º, VIII, e 6º da InstruçãoNormativa nº 39/2016 do TST.

JOÃO BATISTA BRITO PEREIRA Ministro Presidente do Tribunal Superior

do Trabalho

LEI Nº 13.709, DE 14 DE AGOSTO DE 2018

Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) (Redação dada pela Lei nº 13.853/2019)

`` Proteção de dados pessoais

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu san-ciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamen-to de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa

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jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos funda-mentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. Parágrafo único. As normas gerais contidas nesta Lei são de interesse nacional e devem ser observadas pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. (Acrescido pela Lei nº 13.853/2019)Art. 2º A disciplina da proteção de dados pessoais tem como fundamentos: I – o respeito à privacidade; II – a autodeterminação informativa;III – a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião; IV – a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem; V – o desenvolvimento econômico e tecno-lógico e a inovação; VI – a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e VII – os direitos humanos, o livre desen-volvimento da personalidade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais. Art. 3º Esta Lei aplica-se a qualquer ope-ração de tratamento realizada por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, independentemente do meio, do país de sua sede ou do país onde estejam localizados os dados, desde que: I – a operação de tratamento seja realizada no território nacional; II - a atividade de tratamento tenha por objetivo a oferta ou o fornecimento de bens ou serviços ou o tratamento de dados de indivíduos localizados no território nacional; ou (Redação dada pela Lei nº 13.853/2019) III – os dados pessoais objeto do tratamento tenham sido coletados no território nacional. § 1º Consideram-se coletados no territórionacional os dados pessoais cujo titular nelese encontre no momento da coleta. § 2º Excetua-se do disposto no inciso I deste artigo o tratamento de dados previsto noinciso IV do caput do art. 4º desta Lei. Art. 4º Esta Lei não se aplica ao tratamento de dados pessoais: I – realizado por pessoa natural para fins ex-clusivamente particulares e não econômicos; II – realizado para fins exclusivamente: a) jornalístico e artísticos; oub) acadêmicos, aplicando-se a esta hipóteseos arts. 7º e 11 desta Lei;III – realizado para fins exclusivos de: a) segurança pública;b) defesa nacional;c) segurança do Estado; oud) atividades de investigação e repressãode infrações penais; ouIV – provenientes de fora do território nacio-nal e que não sejam objeto de comunicação,uso compartilhado de dados com agentesde tratamento brasileiros ou objeto de trans-ferência internacional de dados com outro país que não o de proveniência, desde que o país de proveniência proporcione graude proteção de dados pessoais adequadoao previsto nesta Lei. § 1º O tratamento de dados pessoais pre-visto no inciso III será regido por legislação

específica, que deverá prever medidas pro-porcionais e estritamente necessárias ao atendimento do interesse público, observa-dos o devido processo legal, os princípios gerais de proteção e os direitos do titular previstos nesta Lei. § 2º É vedado o tratamento dos dados a que se refere o inciso III do caput deste artigo por pessoa de direito privado, exceto em procedimentos sob tutela de pessoa jurídi-ca de direito público, que serão objeto de informe específico à autoridade nacional e que deverão observar a limitação imposta no § 4º deste artigo.§ 3º A autoridade nacional emitirá opiniões técnicas ou recomendações referentes às exceções previstas no inciso III do caput deste artigo e deverá solicitar aos respon-sáveis relatórios de impacto à proteção de dados pessoais.§ 4º Em nenhum caso a totalidade dos dados pessoais de banco de dados de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá ser tratada por pessoa de direito privado, salvo por aquela que possua capital integralmente constituído pelo poder público. (Redação dada pela Lei nº 13.853/2019)Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se: I – dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural identificada ou identificável; II – dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosó-fico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural; III – dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser identificado, con-siderando a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de seu tratamento; IV – banco de dados: conjunto estruturado de dados pessoais, estabelecido em um ou em vários locais, em suporte eletrônico ou físico; V – titular: pessoa natural a quem se refe-rem os dados pessoais que são objeto de tratamento; VI – controlador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, a quem com-petem as decisões referentes ao tratamento de dados pessoais; VII – operador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que realizao tratamento de dados pessoais em nome do controlador; VIII - encarregado: pessoa indicada pelo controlador e operador para atuar como canal de comunicação entre o controlador, os titulares dos dados e a Autoridade Nacio-nal de Proteção de Dados (ANPD); (Redação dada pela Lei nº 13.853/2019)IX – agentes de tratamento: o controlador e o operador; X – tratamento: toda operação realizada com dados pessoais, como as que se referem a coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição, processamento, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou controle da informação, modificação, comu-nicação, transferência, difusão ou extração;

XI – anonimização: utilização de meios téc-nicos razoáveis e disponíveis no momento do tratamento, por meio dos quais um dado perde a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um indivíduo; XII – consentimento: manifestação livre, informada e inequívoca pela qual o titular concorda com o tratamento de seus dados pessoais para uma finalidade determinada; XIII – bloqueio: suspensão temporária de qualquer operação de tratamento, mediante guarda do dado pessoal ou do banco de dados; XIV – eliminação: exclusão de dado ou de conjunto de dados armazenados em banco de dados, independentemente do procedi-mento empregado; XV – transferência internacional de dados: transferência de dados pessoais para país estrangeiro ou organismo internacional do qual o país seja membro; XVI – uso compartilhado de dados: comuni-cação, difusão, transferência internacional, interconexão de dados pessoais ou trata-mento compartilhado de bancos de dados pessoais por órgãos e entidades públicos no cumprimento de suas competências legais, ou entre esses e entes privados, reciproca-mente, com autorização específica, para uma ou mais modalidades de tratamento permitidas por esses entes públicos, ou entre entes privados; XVII – relatório de impacto à proteção de da-dos pessoais: documentação do controlador que contém a descrição dos processos de tratamento de dados pessoais que podem gerar riscos às liberdades civis e aos direitos fundamentais, bem como medidas, salva-guardas e mecanismos de mitigação de risco; XVIII - órgão de pesquisa: órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos legalmente constituída sob as leis brasileiras, com sede e foro no País, que inclua em sua missão institucional ou em seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou aplicada de caráter histórico, cien-tífico, tecnológico ou estatístico; e (Redação dada pela Lei nº 13.853/2019)XIX - autoridade nacional: órgão da admi-nistração pública responsável por zelar, implementar e fiscalizar o cumprimento desta Lei em todo o território nacional. (Re-dação dada pela Lei nº 13.853/2019)Art. 6º As atividades de tratamento de dados pessoais deverão observar a boa-fé e os seguintes princípios: I – finalidade: realização do tratamento para propósitos legítimos, específicos, explícitos e informados ao titular, sem possibilidade de tratamento posterior de forma incompatível com essas finalidades; II – adequação: compatibilidade do trata-mento com as finalidades informadas ao titular, de acordo com o contexto do tra-tamento; III – necessidade: limitação do tratamento ao mínimo necessário para a realização de suas finalidades, com abrangência dos dados pertinentes, proporcionais e não excessivos em relação às finalidades do tratamento de dados; IV – livre acesso: garantia, aos titulares, de consulta facilitada e gratuita sobre a forma e

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LEI Nº 13.869, DE 5 DE SETEMBRO DE 2019 – Abuso de autoridade

documentos em forma eletrônica é válido, desde que escolhido de comum acordo pe-las partes ou aceito pela pessoa a quem for oposto o documento; eII - independentemente de aceitação, o processo de digitalização que empregar o uso da certificação no padrão da Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) terá garantia de integralidade, autenticidade e confidencialidade para do-cumentos públicos e privados.

Art. 19. Ficam revogados:I - a Lei Delegada nº 4, de 26 de setembro de 1962;II - os seguintes dispositivos do Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966:

a) inciso III do caput do art. 5º; eb) inciso X do caput do art. 32;III - a Lei nº 11.887, de 24 de dezembro de 2008;IV - (VETADO);V - os seguintes dispositivos da Consolida-ção das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943:a) art. 17;b) art. 20;c) art. 21;d) art. 25;e) art. 26;f) art. 30;g) art. 31;h) art. 32;i) art. 33;j) art. 34;k) inciso II do art. 40;l) art. 53;m) art. 54;n) art. 56;o) art. 141;p) parágrafo único do art. 415;q) art. 417;r) art. 419;s) art. 420;t) art. 421;u) art. 422; ev) art. 633;VI - os seguintes dispositivos da Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994:a) parágrafo único do art. 2º;b) inciso VIII do caput do art. 35;c) art. 43; ed) parágrafo único do art. 47.

Art. 20. Esta Lei entra em vigor: I - (VETADO);II - na data de sua publicação, para os de-mais artigos.

Brasília, 20 de setembro de 2019; 198º da Independência e 131º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONAROPaulo Guedes

Luiz Henrique Mandetta

LEI Nº 13.869, DE 5 DE SETEMBRO DE 2019

Dispõe sobre os crimes de abuso de autoridade; altera a Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, a Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996, a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, e a Lei nº 8.906, de 4 de julho de 1994; e revoga a Lei nº

4.898, de 9 de dezembro de 1965, e dispositivos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). ` Abuso de autoridade

O PRESIDENTE DA REPÚBLICAFaço saber que o Congresso Nacional decre-ta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES

GERAISArt. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do poder que lhe tenha sido atribuído.

§ 1º As condutas descritas nesta Lei consti-tuem crime de abuso de autoridade quando praticadas pelo agente com a finalidade es-pecífica de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal. § 2º A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura abuso de autoridade.

CAPÍTULO II DOS SUJEITOS DO CRIME

Art. 2º É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, servi-dor ou não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, compreendendo, mas não se limitando a: I - servidores públicos e militares ou pesso-as a eles equiparadas; II - membros do Poder Legislativo; III - membros do Poder Executivo; IV - membros do Poder Judiciário; V - membros do Ministério Público; VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas.

Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, desig-nação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste artigo.

CAPÍTULO III DA AÇÃO PENAL

Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada. (Artigo vetado pelo Presidente da República, man-tido pelo Congresso Nacional e publicado no DOU de 30.09.2019)

§ 1º Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante, retomar a ação como parte principal.§ 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses, contado da data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.

CAPÍTULO IV DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO

E DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS

SEÇÃO I DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO

Art. 4º São efeitos da condenação: I - tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na senten-ça o valor mínimo para reparação dos da-nos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos; II - a inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 (um) a 5 (cinco) anos; III - a perda do cargo, do mandato ou da função pública.

Parágrafo único. Os efeitos previstos nos incisos II e III do caput deste artigo são con-dicionados à ocorrência de reincidência em crime de abuso de autoridade e não são automáticos, devendo ser declarados motivadamente na sentença.

SEÇÃO II DAS PENAS RESTRITIVAS DE

DIREITOS

Art. 5º As penas restritivas de direitos subs-titutivas das privativas de liberdade previstas nesta Lei são: I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas; II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda dos ven-cimentos e das vantagens;

III - (VETADO).

Parágrafo único. As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.

CAPÍTULO V DAS SANÇÕES DE NATUREZA

CIVIL E ADMINISTRATIVA

Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplicadas independentemente das sanções de natureza civil ou administrativa cabíveis. Parágrafo único. As notícias de crimes previstos nesta Lei que descreverem falta funcional serão informadas à autoridade competente com vistas à apuração.

Art. 7º As responsabilidades civil e admi-nistrativa são independentes da criminal, não se podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas questões tenham sido decididas no juízo criminal.

Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

CAPÍTULO VI DOS CRIMES E DAS PENAS

Art. 9º Decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as hipóteses legais: (Artigo vetado pelo

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Presidente da República, mantido pelo Con-gresso Nacional e publicado no DOU de 30.09.2019)Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, dentro de prazo razoável, deixar de:I - relaxar a prisão manifestamente ilegal;II - substituir a prisão preventiva por medi-da cautelar diversa ou de conceder liber-dade provisória, quando manifestamente cabível;III - deferir liminar ou ordem de habeas cor-pus, quando manifestamente cabível.

Art. 10. Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente descabida ou sem prévia intimação de com-parecimento ao juízo:Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Art. 11. (VETADO).

Art. 12. Deixar injustificadamente de co-municar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: I - deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão temporária ou preven-tiva à autoridade judiciária que a decretou; II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontra à sua família ou à pessoa por ela indicada; III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das tes-temunhas; IV - prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão temporária, de pri-são preventiva, de medida de segurança ou de internação, deixando, sem motivo justo e excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura imediatamente após recebido ou de promover a soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal.

Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou re-dução de sua capacidade de resistência, a: I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública;II - submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei;III - produzir prova contra si mesmo ou con-tra terceiro: (Inciso vetado pelo Presidente da República, mantido pelo Congresso Na-cional e publicado no DOU de 30.09.2019)Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena comi-nada à violência. (Artigo retificado no DOU de 18/9/2019)

Art. 14. (VETADO).

Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pe-na quem prossegue com o interrogatório: (Parágrafo único vetado pelo Presidente da República, mantido pelo Congresso Na-cional e publicado no DOU de 30.09.2019) I - de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao silêncio; ouII - de pessoa que tenha optado por ser as-sistida por advogado ou defensor público, sem a presença de seu patrono.

Art. 16. Deixar de identificar-se ou identifi-car-se falsamente ao preso por ocasião de sua captura ou quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão: (Artigo vetado pe-lo Presidente da República, mantido pelo Congresso Nacional e publicado no DOU de 30.09.2019)Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como responsável por interrogatório em sede de procedimento investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao preso ou atribui a si mesmo falsa identidade, cargo ou função.

Art. 17. (VETADO).

Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso notur-no, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar declarações: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Art. 19. Impedir ou retardar, injustifica-damente, o envio de pleito de preso à autoridade judiciária competente para a apreciação da legalidade de sua prisão ou das circunstâncias de sua custódia: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena o magistrado que, ciente do impedimento ou da demora, deixa de tomar as providências tendentes a saná-lo ou, não sendo com-petente para decidir sobre a prisão, deixa de enviar o pedido à autoridade judiciária que o seja.

Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entre-vista pessoal e reservada do preso com seu advogado: (Artigo vetado pelo Presidente da República, mantido pelo Congresso Na-cional e publicado no DOU de 30.09.2019) Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o preso, o réu solto ou o investigado de entrevistar-se pessoal e re-servadamente com seu advogado ou defen-sor, por prazo razoável, antes de audiência judicial, e de sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se durante a audiência, salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência realizada por videoconferência.

Art. 21. Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem mantém, na mesma cela, criança ou adolescente na companhia de maior de ida-de ou em ambiente inadequado, observado

o disposto na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas depen-dências, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

§ 1º Incorre na mesma pena, na forma pre-vista no caput deste artigo, quem: I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas dependências; II - (VETADO); III - cumpre mandado de busca e apreen-são domiciliar após as 21h (vinte e uma ho-ras) ou antes das 5h (cinco horas).

§ 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou quando houver fundados indícios que indiquem a necessidade do ingresso em razão de situação de flagrante delito ou de desastre.

Art. 23. Inovar artificiosamente, no curso de diligência, de investigação ou de processo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-se de responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente alguém ou agravar-lhe a responsabilidade: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem pratica a conduta com o intuito de: I - eximir-se de responsabilidade civil ou administrativa por excesso praticado no curso de diligência; II - omitir dados ou informações ou divul-gar dados ou informações incompletos para desviar o curso da investigação, da diligência ou do processo.

Art. 24. Constranger, sob violência ou gra-ve ameaça, funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de crime, prejudicando sua apuração: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena corresponden-te à violência.

Art. 25. Proceder à obtenção de prova, em procedimento de investigação ou fiscaliza-ção, por meio manifestamente ilícito: Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz uso de prova, em desfavor do investigado ou fiscalizado, com prévio co-nhecimento de sua ilicitude.

Art. 26. (VETADO).

Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de sindicância ou investigação pre-liminar sumária, devidamente justificada.

Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se

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• SÚMULAS

• ORIENTAÇÕESJURISPRUDENCIAIS

• PRECEDENTESNORMATIVOS

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ÍNDICE ALFABÉTICO-REMISSIVO

Enunciados dos Tribunais Superiores (STF – STJ – TST – TSE)

AABANDONO DA CAUSA STJ 240 ABANDONO DE EMPREGO TST S 32, 62, 73ABASTECIMENTO TST S 447ABONO STF 241ABONO - APOSENTADORIA TST PN 11 (canc.)ABONO - COMISSIONISTA PURO

TST OJ-SDI1T 45

ABONO - FALTAS TST S 15, 46, 89, 155, 282; PN 95ABONO - FÉRIAS TST OJ-SDI1T 50ABONO PECUNIÁRIO TST OJ-SDI1 346; OJ-SDI2 19; PN 2 (canc.)ABONO - SERVITA TST OJ-SDI1T 5ABSOLVIÇÃO CRIMINAL STF 422ABSOLVIÇÃO DE INSTÂNCIA STF 216ABUSO DE AUTORIDADE STJ 172ABUSO DE DIREITO STF 409 ABUSO DE PODER ECONÔ-MICO OU POLÍTICO

TSE 19

AÇÃO ANULATÓRIA TST OJ-SDI2 129AÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO

STF 234, 235, 236, 238, 240

STJ 89, 110, 178, 226AÇÃO CAMBIÁRIA STF 600 AÇÃO CAUTELAR TST S 405, II, 425; OJ-SDI2 1, 3, 63, 76,

100, 113, 131AÇÃO CIVIL PÚBLICA STF 643

STJ 183, 329, 470 (canc.), 489TST OJ-SDI2 58, 130, 139

AÇÃO COLETIVA STJ 345AÇÃO COMINATÓRIA STF 500AÇÃO CONSIGNATÓRIA STF 449AÇÃO DE COBRANÇA STF 269

STJ 363TST S 432

AÇÃO DECLARATÓRIA TST OJ-SDI1 276AÇÃO DE CASSAÇÃO DE DIPLOMA

TSE 38

AÇÃO DE CUMPRIMENTO STJ 57TST S 180 (canc.), 224 (canc.), 246, 255

(canc.), 286, 334 (canc.), 350, 359 (canc.), 397; OJ-SDI1 277, 290 (canc.); OJ-SDI2 49

AÇÃO DE DEPÓSITO STF 619 (canc.)AÇÃO DE DESPEJO STF 109

STJ 268AÇÃO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS

STJ 372, 389

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO STF 261STJ 101, 278, 326, 366 (canc.)

AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE

STF 149

STJ 277AÇÃO DE PEQUENO VALOR STJ 452AÇÃO DE PETIÇÃO DE HERANÇA

STF 149

AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS

STJ 259

AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS

STJ 537

AÇÃO DE REVISÃO DE CONTRATO

STJ 380

AÇÃO DE SOCIEDADE STF 329, 435, 476AÇÃO DECLARATÓRIA STJ 181, 242

TST OJ-SDI1 276AÇÃO DIRETA DE INCONSTI-TUCIONALIDADE

STF 642

AÇÃO DIRETA INTERVENTIVA STF 614AÇÃO EXECUTIVA STF 458, 600

AÇÃO EXPROPRIATÓRIA STJ 102AÇÃO FISCAL STF 511AÇÃO INVESTIGATÓRIA STJ 301AÇÃO MONITÓRIA STJ 247, 282, 292, 299, 339, 384, 503, 531AÇÃO PARA DESCONSTITUIR A DECISÃO QUE REJEITOU AS CONTAS

TSE 1 (canc.)

AÇÃO PENAL STF 146, 601AÇÃO PLÚRIMA TST S 36; OJ-SDI1 188AÇÃO POPULAR STF 101, 365AÇÃO POSSESSÓRIA STF 262. SV 23AÇÃO PREVIDENCIÁRIA STJ 111AÇÃO REGRESSIVA STF 187, 188, 257AÇÃO RENOVATÓRIA STF 370AÇÃO RESCISÓRIA STF 249, 252, 264, 295, 338, 343, 514, 515

STJ 175, 401TST S 402, 412

AÇÃO ELEITORAL TSE 33TST S 83, I e II, 99, 100, I a X, 107 (canc.),

144 (canc.), 158, 169 (canc.), 192, I a V, 194 (canc.), 219, II, 259, 262, 298, I a V, 299, I a IV, 303, II, 365, 397, 398, 399, I e II, 400, 401, 402, 403, I e II, 404, 405, I e II, 406, I e II, 407, 408, 409, 410, 411, 412, 413, 425; OJ-SDI1 71, 80, 262, 392; OJ-SDI2 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, I e II, 18, 19, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 28 (canc.), 29 (canc.), 30, a e b, 34, 35, 37 (canc.), 38, 39, 40, 41, 42 (canc.), 69, 70, 71, 76, 78, 80, 84, 85, 94, 97, 99, 101, 103, 107, 112, 121, 123, 124, 128, 131, 132, 134, 135, 136, 146, 147 (canc.), 150, 151, 152, 154, 155 (canc.), 157, 158; OJ-SDC 33 (canc.); OJ-TP/OE 6

AÇÃO REVISIONAL STF 180, 357AÇÃO TRABALHISTA STF 460ACIDENTADO STF 434 ACIDENTE STF 35, 187, 491ACIDENTE DE TRÂNSITO STJ 6ACIDENTE DO TRABALHO STF 35, 198, 229, 230, 232, 234, 235, 236,

238, 240, 307, 311, 314, 337, 434, 464, 465, 501, 529, 552

STJ 15, 366 (canc.)TST S 46, 378, 392; OJ-SDI1 41, 421, OJ-

-SDC 31; PN 30 (canc.)ACÓRDÃO STF 273, 597

STJ 168, 207, 223, 255, 316ACÓRDÃO REGIONAL TST OJ-SDI1T 52ACORDO - AÇÃO RESCI-SÓRIA

TST S 100, V, 403, II, 418; OJ-SDI1 368, 376, 398; OJ-SDI2 132, 154, OJ-SDC 2, 31, 34

ACORDO COLETIVO TST OJ-SDI1 322ACORDO COMERCIAL STF 89ACORDO ESCRITO TST S 85, I a V, 108 (canc.), 215 (canc.)ACORDO EXTRAJUDICIAL TST OJ-SDC 34ACORDO HOMOLOGADO JUDICIALMENTE

TST S 403, II; OJ-SDI1 376, 398, 414 (canc.); OJ-SDI2 132

ACORDO INDIVIDUAL TST S 85, I, II, III, 124, OJ-SDI1 223ACORDO PRÉVIO AO AJUI-ZAMENTO DA RECLAMAÇÃO

TST OJ-SDI2 154

ACORDO TÁCITO TST S 85, III; OJ-SDI1 223ACORDO TARIFÁRIO STF 87ACUMULAÇÃO STF 26ACUMULAÇÃO DE PEDIDOS - TRABALHISTA E ESTATU-TÁRIO

STJ 170

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1700

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Súmulas Vinculantes

`` art. 103A, CF.`` Lei 11.417/2006 (Regulamenta o art. 103-A da Constituição Federal e altera a Lei n. 9.784, de 29.01.1999, disciplinando a edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de súmula vin-culante pelo STF).

1. Ofende a garantia constitucional do ato jurídico perfeito a decisão que, sem pon-derar as circunstâncias do caso concreto,desconsidera a validez e a eficácia deacordo constante de termo de adesão ins-tituído pela Lei Complementar n. 110/2001.

`` art. 5º, XXXVI, CF.2. É inconstitucional a lei ou ato normativo estadual ou distrital que disponha sobresistemas de consórcios e sorteios, inclusive bingos e loterias.

`` art. 22, XX, CF.3. Nos processos perante o Tribunal deContas da União asseguramse o contradi-tório e a ampla defesa quando da decisãopuder resultar anulação ou revogação deato administrativo que beneficie o interes-sado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentado-ria, reforma e pensão.

`` arts. 5º, LIV e Le 71, III, CF.`` art. 2º, Lei 9.784/1999 (Lei do Processo Admi-nistrativo Federal).

4. Salvo nos casos previstos na Constitui-ção, o saláriomínimo não pode ser usadocomo indexador de base de cálculo devantagem de servidor público ou deempregado, nem ser substituído por deci-são judicial.

`` arts. 7º, IV e XXIII; art. 39, § 1º e § 3º; art. 42, § 1º; art. 142, § 3º, X, CF.

5. A falta de defesa técnica por advogadono processo administrativo disciplinar nãoofende a Constituição.

6. Não viola a constituição o estabe-lecimento de remuneração inferior aosaláriomínimo para as praças prestadorasde serviço militar inicial.

`` arts. 1º, III; 5º, caput; 7º, I 142, § 3º, VIII, (redação dada pela EC 18/1998); 143, caput, §§ 1º e 2º, CF`` art. 18, § 2º, Med. Prov. 2.215/2001.

7. A norma do § 3º do art, 192 da Constitui-ção, revogada pela Emenda Constitucionaln. 40/2003, que limitava a taxa de jurosreais a 12% ao ano, tinha sua aplicação con-dicionada à edição de Lei Complementar.

`` art. 591, CC.`` Med. Prov. 2.17232/2001 (Estabelece a nulidade das disposições contratuais que menciona e inverte, nas hipóteses que prevê, o ônus da prova nas ações intentadas para sua declaração).`` Súm. 648, STF.

8. São inconstitucionais o parágrafo únicodo artigo 5º do Decreto-Lei n. 1.569/1977e os artigos 45 e 46 da Lei n. 8.212/1991,que tratam de prescrição e decadência decrédito tributário.

`` arts. 146, III, b, CF.`` arts. 173 e 174, CTN.`` art. 2º, § 3º, Lei 6.830/1980 (Lei de Execução Fiscal).

`` art. 348, Dec. 3.048/1999 (Regulamento da Previdência Social).

9. O disposto no artigo 127 da Lei n.7.210/1984 (Lei de Execução Penal) foi rece-bido pela ordem constitucional vigente, enão se lhe aplica o limite temporal previsto no caput do artigo 58.

`` arts. 5º, XXXV e XLVI, CF.`` Lei 12.433/2011 (Altera a Lei 7.210/1984 (LEP), para dispor sobre a remição de parte do tempo de execução da pena por estudo ou por trabalho).

10. Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracio-nário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidadede lei ou ato normativo do poder público,afasta sua incidência, no todo ou em parte.

`` art. 97, CF.11. Só é lícito o uso de algemas em casosde resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros,justificada a excepcionalidade por escrito,sob pena de responsabilidade disciplinar,civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsa-bilidade civil do Estado.

`` arts. 1º, III; 5º, III, X e XLIX, CF.`` art. 350, CP.`` art. 284, CPP.`` art. 234, § 1º, CPPM.`` arts. 3º e 4º, Lei 4.898/1965 (Lei do Abuso de Autoridade).`` arts. 40 e 199, Lei 7.210/1984 (Lei de Execução Penal).`` Dec. 8.858/2016 (Regulamenta art. 199 da LEP).

12. A cobrança de taxa de matrícula nasuniversidades públicas viola o disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal.

13. A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou porafinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor damesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou deconfiança ou, ainda, de função gratificadana administração pública direta e indiretaem qualquer dos poderes da União, dosEstados, do Distrito Federal e dos Muni-cípios, compreendido o ajuste mediantedesignações recíprocas, viola a Constitui-ção Federal.

`` art. 37, CF.`` Dec. 7.203/2010 (Vedação do nepotismo no âm-bito da Administração Pública Federal).

14. É direito do defensor, no interessedo representado, ter acesso amplo aoselementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizadopor órgão com competência de políciajudiciária, digam respeito ao exercício dodireito de defesa.

`` arts. 1º, III; e 5º, XXXIII, LIV e LVCF.`` arts. 9º e 10, CPP.`` arts. 6º e 7º, XIII e XIV, Lei 8.906/1994.

15. O cálculo de gratificações e outrasvantagens do servidor público não incidesobre o abono utilizado para se atingir osaláriomínimo.

`` art. 7º, IV, CF.16. Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação daEC 19/1998), da Constituição, referemseao total da remuneração percebida peloservidor público.

`` Refere-se ao art. 100, § 5º, CF.`` arts. 7º, IV, e 39, § 2º (redação anterior à EC 19/1998); art. 39, § 3º (redação dada pela EC 19/1998).

17. Durante o período previsto no pará-grafo 1º do artigo 100 da Constituição, não incidem juros de mora sobre os precatórios que nele sejam pagos.

`` Com a EC 62/2009, a referência passou a ser ao § 5º do art. 100, CF.

18. A dissolução da sociedade ou do vín-culo conjugal, no curso do mandato, nãoafasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição Federal.

`` art. 14, § 1º, CF.19. A taxa cobrada exclusivamente emrazão dos serviços públicos de coleta,remoção e tratamento ou destinação delixo ou resíduos provenientes de imóveis,não viola o artigo 145, II, da ConstituiçãoFederal.

20. A gratificação de desempenho deatividade tecnicoadministrativa GDATA,instituída pela Lei n. 10.404/2002, deve serdeferida aos inativos nos valores corres-pondentes a 37,5 (trinta e sete vírgula cinco) pontos no período de fevereiro a maio de2002 e, nos termos do artigo 5º, parágrafoúnico, da Lei n. 10.404/2002, no período de junho de 2002 até a conclusão dos efeitosdo último ciclo de avaliação a que se refere o artigo 1º da Medida Provisória n. 198/2004,a partir da qual passa a ser de 60 (sessenta) pontos.

`` art. 40, § 8º, CF.21. É inconstitucional a exigência de depó-sito ou arrolamento prévios de dinheiroou bens para admissibilidade de recursoadministrativo.

`` art. 5º, XXXIV, a, e LV, CF.`` art. 33, § 2º, Dec. 70.235/1972 (Lei do Processo Administrativo Federal).

22. A Justiça do Trabalho é competentepara processar e julgar as ações de inde-nização por danos morais e patrimoniaisdecorrentes de acidente de trabalhopropostas por empregado contra empre-gador, inclusive aquelas que ainda nãopossuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da EmendaConstitucional n. 45/04.

`` arts. 7º, XXVIII, 109, I e 114, CF.`` Súm. 235, STF.

23. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizadaem decorrência do exercício do direito degreve pelos trabalhadores da iniciativaprivada.

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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Súmulas

1703

SÚM

ULA

S

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Súmulas

`` As Súmulas 1 a 621 são anteriores a promulgação da CF de 1988.

1. É vedada a expulsão de estrangeirocasado com brasileira, ou que tenha filhobrasileiro, dependente da economiapaterna.

2. Concede-se liberdade vigiada aoextraditando que estiver prêso por prazosuperior a sessenta dias.

`` Sem eficácia.3. A imunidade concedida a deputadosestaduais é restrita à Justiça do Estado.

`` Superada.4. Não perde a imunidade parlamentar ocongressista nomeado Ministro de Estado.

`` Cancelada.5. A sanção do projeto supre a falta deiniciativa do Poder Executivo.

6. A revogação ou anulação, pelo PoderExecutivo, de aposentadoria, ou qualqueroutro ato aprovado pelo Tribunal de Con-tas, não produz efeitos antes de aprovadapor aquele tribunal, ressalvada a compe-tência revisora do Judiciário.

7. Sem prejuízo de recurso para oCongresso, não é exequível contratoadministrativo a que o Tribunal de Contashouver negado registro.

8. Diretor de sociedade de economia mistapode ser destituído no curso do mandato.

9. Para o acesso de auditores ao SuperiorTribunal Militar, só concorrem os desegunda entrância.

10. O tempo de serviço militar conta-separa efeito de disponibilidade e aposenta-doria do servidor público estadual.

11. A vitaliciedade não impede a extinçãodo cargo, ficando o funcionário em dispo-nibilidade, com todos os vencimentos.

12. A vitaliciedade do professor catedrático não impede o desdobramento da cátedra.

13. A equiparação de extranumerário afuncionário efetivo, determinada pelaLei n. 2.284, de 09.08.1954, não envolvereestruturação, não compreendendo,portanto, os vencimentos.

14. Não é admissível, por ato adminis-trativo, restringir, em razão da idade,inscrição em concurso para cargo público.Cancelada.

15. Dentro do prazo de validade do con-curso, o candidato aprovado tem o direito à nomeação, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação.

16. Funcionário nomeado por concursotem direito à posse.

17. A nomeação de funcionário sem con-curso pode ser desfeita antes da posse.

18. Pela falta residual, não compreendidana absolvição pelo juízo criminal, é

admissível a punição administrativa do servidor público.

19. É inadmissível segunda punição de ser-vidor público, baseada no mesmo processo em que se fundou a primeira.

20. É necessário processo administrativocom ampla defesa, para demissão de fun-cionário admitido por concurso.

21. Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido seminquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade.

22. O estágio probatório não protege ofuncionário contra a extinção do cargo.

23. Verificados os pressupostos legais para o licenciamento da obra, não o impede adeclaração de utilidade pública para desa-propriação do imóvel, mas o valor da obra não se incluirá na indenização, quando adesapropriação for efetivada.

24. Funcionário interino substituto édemissível, mesmo antes de cessar a causa da substituição.

25. A nomeação a termo não impede a livre demissão pelo Presidente da República, de ocupante de cargo dirigente de autarquia.

26. Os servidores do Instituto de Aposen-tadoria e Pensões dos Industriários nãopodem acumular a sua gratificação bienalcom o adicional de tempo de serviço pre-visto no estatuto dos funcionários civis daUnião.

27. Os servidores públicos não têm ven-cimentos irredutíveis, prerrogativa dosmembros do Poder Judiciário e dos quelhes são equiparados.

28. O estabelecimento bancário é respon-sável pelo pagamento de cheque falso,ressalvadas as hipóteses de culpa exclusiva ou concorrente do correntista.

29. Gratificação devida a servidores do“sistema fazendário” não se estende aosdos Tribunais de Contas.

30. Servidores de coletorias não têmdireito à percentagem pela cobrança decontribuições destinadas à Petrobras.

31. Para aplicação da Lei n. 1.741, de22.11.1952, soma-se o tempo de serviçoininterrupto em mais de um cargo emcomissão.

32. Para aplicação da Lei n. 1.741, de22.11.1952, soma-se o tempo de serviçoininterrupto em cargo em comissão e emfunção gratificada.

33. A Lei n. 1.741, de 22.11.1952, é aplicável às autarquias federais.

34. No Estado de São Paulo, funcionárioeleito vereador fica licenciado por tôda aduração do mandato.

35. Em caso de acidente do trabalho oude transporte, a concubina tem direito de

ser indenizada pela morte do amásio, se entre eles não havia impedimento para o matrimônio.

36. Servidor vitalício está sujeito à aposen-tadoria compulsória, em razão da idade.

37. Não tem direito de se aposentar peloTesouro Nacional o servidor que nãosatisfizer as condições estabelecidas nalegislação do serviço público federal, ainda que aposentado pela respectiva instituição previdenciária, com direito, em tese, a duas aposentadorias.

38. Reclassificação posterior à aposentado-ria não aproveita ao servidor aposentado.

39. À falta de lei, funcionário em disponibi-lidade não pode exigir, judicialmente, o seu aproveitamento, que fica subordinado aocritério de conveniência da administração.

40. A elevação da entrância da comarcanão promove automaticamente o juiz, mas não interrompe o exercício de suas funções na mesma comarca.

41. Juízes preparadores ou substitutos não têm direito aos vencimentos da atividadefora dos períodos de exercício.

`` Súm. 45, STF.42. É legítima a equiparação de juízes doTribunal de Contas, em direitos e garantias, aos membros do Poder Judiciário.

43. Não contraria a Constituição Federal oart. 61 da Constituição de São Paulo, queequiparou os vencimentos do MinistérioPúblico aos da magistratura.

44. O exercício do cargo pelo prazo deter-minado na L. 1.341, de 30.1.51, art. 91, dápreferência para a nomeação interina deProcurador da República.

45. A estabilidade dos substitutos doMinistério Público Militar não conferedireito aos vencimentos da atividade forados períodos de exercício.

`` Súm. 41, STF.46. Desmembramento de serventia de jus-tiça não viola o princípio de vitaliciedadedo serventuário.

47. Reitor de universidade não é livremente demissível pelo Presidente da Repúblicadurante o prazo de sua investidura.

48. É legítimo o rodízio de docentes livres na substituição do professor catedrático.

49. A cláusula de inalienabilidade inclui aincomunicabilidade dos bens.

`` art. 1.848, CC/2002.50. A lei pode estabelecer condições para a demissão de extranumerário.

51. Militar não tem direito a mais de duaspromoções na passagem para a inativi-dade, ainda que por motivos diversos.

52. A promoção de militar, vinculada àinatividade, pode ser feita, quando couber,a posto inexistente no quadro.