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INFORME Ano 4 – edição 29 – janeiro de 2017 NOVA PONTE DO GUAÍBA E O DIREITO À MORADIA Uma Ponte Além da Ponte pag.02 Programa de Reassentamento da Ponte pag.03 Monitoramento da Qualidade da Água pag.04 O Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul (MPF/RS), por meio de seu procurador Dr. Fabiano de Moraes, promoveu no dia 11 de janeiro, na Ilha Grande dos Marinheiros, uma audiência pública com os integrantes da comunidade. O objetivo foi conversar sobre os impactos da Nova Ponte do Guaíba e as soluções para garantir os direitos da população local. Representantes do Consórcio Ponte do Guaíba estiveram presentes, assim como o engenheiro Delmar Pellegrini Filho (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT), a procuradora do Trabalho Fernanda Dutra e integrantes do DEMHAB, DMLU, CAR Ilhas, SEMA, FEPAM, Defensoria Pública da União e Secretaria de Relações Institucionais e Articulação Política da Prefeitura de Porto Alegre. Na oportunidade, o Superintendente - Adjunto do DNIT no RS apresentou as etapas e prazos do projeto de reassentamento. Vinte e quatro pessoas da comunidade também tiveram a palavra e suas demandas foram ouvidas e registradas para serem analisadas e acompanhadas pelos diversos órgãos envolvidos.

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INFORME Ano 4 – edição 29 – janeiro de 2017

NOVA PONTE DO GUAÍBA E O DIREITO À MORADIA

Uma Ponte Além da Ponte

pag.02

Programa de Reassentamento da Ponte

pag.03

Monitoramento da Qualidade da Água

pag.04

O Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul (MPF/RS), por meio de seu procurador Dr. Fabiano de Moraes, promoveu no dia 11 de janeiro, na Ilha Grande dos Marinheiros, uma audiência pública com os integrantes da comunidade. O objetivo foi conversar sobre os impactos da Nova Ponte do Guaíba e as soluções para garantir os direitos da população local. Representantes do Consórcio Ponte do Guaíba estiveram presentes, assim como o engenheiro Delmar Pellegrini Filho (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – DNIT), a procuradora do Trabalho Fernanda Dutra e integrantes do DEMHAB, DMLU, CAR Ilhas, SEMA, FEPAM, Defensoria Pública da União e Secretaria de Relações Institucionais e Articulação Política da Prefeitura de Porto Alegre. Na oportunidade, o Superintendente - Adjunto do DNIT no RS apresentou as etapas e prazos do projeto de reassentamento. Vinte e quatro pessoas da comunidade também tiveram a palavra e suas demandas foram ouvidas e registradas para serem analisadas e acompanhadas pelos diversos órgãos envolvidos.

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A alternativa escolhida para a implantação do empreendimento e que possui viabilidade ambiental tem ponto de conexão com a BR-290 (Free Way) no prolongamento da Avenida Dona Teodora no Bairro Navegantes. Ela apresenta interconexão que prevê todos os movimentos, sem entrelaçamentos ou cruzamentos entre a nova ponte, a BR-290 e a Avenida Dona Teodora. Os viadutos na interseção da BR-290/RS, se desenvolvem em curva horizontal e curva vertical, permitindo todas essas interligações, inclusive o acesso ao centro de Porto Alegre, ao bairro Humaitá e ao norte do estado.

BR 290 Free Way

CENTRO LITORAL

Interseção com a BR 290 (Free Way) Interseção com a BR 290/116/RS

MAQUETE DIGITAL – IMAGENS ILUSTRATIVAS

O alargamento da pista vai permitir a harmonização do trânsito e constará de um trecho em ponte de concreto armado, junto a ponte sobre o Saco da Alemoa, continuando com mais 1,0 km de aterro para o alargamento da rodovia na Ilha das Flores. No total, somando-se as extensões de cada trecho, chegamos a 12,5km de obra, mostrando que além da ponte, propriamente dita, existe muita coisa a ser construída.

UMA PONTE ALÉM DA PONTE

ILHA GRANDE DOS MARINHEIROS

ILHA DO PAVÃO

Já a ponte que permitirá a passagem sobre os canais de navegação será reta com cinco vãos construídos através de balanços sucessivos sobre o Delta do rio Jacuí. Terão três vãos centrais de 140 metros e dois vãos laterais de 90 metros, possibilitando respeitar os gabaritos de navegação e aéreos. Na sequência, o trecho em elevada trata de uma ponte de eixo reto cuja inclinação longitudinal se dá de forma a facilitar a drenagem no tabuleiro. O trecho possui extensão total de 738,50 metros. Esta estrutura também será utilizada para transpor o Canal Furado Grande entre a Ilha do Pavão e a Ilha Grande dos Marinheiros. Sobre a Ilha do Pavão, tem-se o trecho em elevada leve, com eixo reto, dividido em vários vãos e resultando em um tabuleiro com extensão total de 1,1 km. Sobre a Ilha Grande dos Marinheiros, também será construída uma estrutura semelhante, até o encontro com a Rodovia existente. Na interseção com a Rodovia BR 290/116, será construído um viaduto, permitindo a ligação entre as vias de tráfego da pista nova com a atual.

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PROGRAMA DE REASSENTAMENTO DA PONTE

Estas famílias que ocupam a faixa lindeira à obra na Ilha Grande dos Marinheiros, serão reassentadas em uma área localizada na própria Ilha, ao sul da Rodovia BR 290/116/RS.

As famílias que ocupam a extremidade da obra localizada sobre as Vilas Tio Zeca e Areia, serão divididas e reassentadas em uma área localizada no

bairro Humaitá, na Rua Dona Teodora e outra área na Rua Ernesto Neugebauer.

O DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte é responsável pela implementação dos modais rodoviário, hidroviário e ferroviário. Dentre os objetivos, estão atender aos grandes fluxos de mercadorias por meio de corredores estratégicos de exportação e abastecimento e prover meios e facilidades para o transporte de passageiros e cargas, em âmbitos interestadual e internacional. Em consonância com suas competências a autarquia incumbiu-se da implantação da obra da Ponte de Transposição do Delta do rio Jacuí, em Porto Alegre. A implantação do empreendimento proporcionará a melhoria do escoamento da produção em direção ao Porto de Rio Grande, ligando as regiões norte e sul do Estado do Rio Grande do Sul.

Conquanto haja benefícios econômicos no desenvolvimento de infraestrutura de transportes, resulta do processo de implantação da nova ponte, uma série de ações sobre os meios antrópico, biótico e físico. Dentre as quais, está a realocação das comunidades que habitam a área prevista para faixa de domínio da obra. Em razão desta demanda, o DNIT elaborou o programa de reassentamento da Ponte do Guaíba, onde foram cadastradas, em maio de 2014, um total de 1014 famílias e 33 estabelecimentos comerciais/institucionais.

Os trâmites necessários para a implantação destes empreendimentos encontram-se em processo de aprovação dos projetos de infraestrutura, junto à Prefeitura Municipal de Porto Alegre, assim como conclusão do Licenciamento Ambiental junto à FEPAM. A construção das Unidades Habitacionais depende ainda do convênio a ser firmado com o Ministério das Cidades, que disponibilizará os recursos pelo Programa Minha Casa Minha Vida, por meio da Caixa Econômica Federal.

O compromisso com o reassentamento está firmado entre todos os órgãos públicos envolvidos. As famílias somente sairão de suas moradias atuais quando as unidades habitacionais estiverem concluídas e a obra só avançará nos locais onde existem moradores após a retirada dos mesmos. Desta forma, o Consórcio Ponte do Guaíba e o DNIT vêm buscando incessantemente a cooperação dos organismos envolvidos para garantir a celeridade nos processos, o cumprimento aos cronogramas e principalmente suprir a expectativa das famílias, garantindo a todos uma moradia digna, com direito a um endereço e maior qualidade de vida.

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MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA

Em uma obra de grande porte como a construção de uma ponte, as atividades previstas podem modificar o ambiente na qual está inserida, incluindo os corpos hídricos. Na Nova Ponte do Guaíba, um dos Programas Ambientais executados para minimizar os impactos da obra no meio ambiente é o de Monitoramento da Qualidade da Água. No mês de janeiro foi realizada a sétima campanha de coleta de água nos três canais que são transpostos pela construção da nova travessia (canais saco da alemoa, canal furado grande e canal do Humaitá). Cabe ressaltar que os pontos de coleta foram previamente estabelecidos pelo Plano Básico Ambiental (PBA) do empreendimento.

Este monitoramento tem o objetivo de garantir que a implantação do empreendimento não interfira na qualidade dos recursos hídricos. Além de indispensáveis à vida, estes recursos são estratégicos para o desenvolvimento econômico e vitais para manutenção e equilíbrio do ambiente. Até o momento observa-se que a implantação da Nova Ponte do Guaíba não tem provocado alteração na qualidade dos recursos hídricos. Esta condição deve-se também à ação da equipe de Supervisão Ambiental, que orienta diariamente os colaboradores nas frentes de serviço para a adoção das medidas de controle ambiental exigidas no PBA.