2015 conceitos fundamentais aas aula 3 uniafro pós-lato-sensu

Curso de Pós-Graduação

UNIAFRO

Política de Promoção da

Igualdade Racial na Escola

Ações Afirmativas

Conceitos Fundamentais Prof. Ahyas Siss - ufrrj

PROJETO DE BRASIL

Prof. Ahyas Siss - ufrrj

TIPO IDEAL: INDÍGENAS.

JOSÉ DE ALENCAR:

• O Guarani.

• 1860: autor teatral

• Iracema.

• 1870: O Guarani Milão.

• Ubirajara

• 1870 a 1877: Alencar

X Nabuco.

• Cartas de Erasmo

• Tupã (obra póstuma).

GONÇALVES DIAS :

• Os Timbiras

• Canção dos

Tamoios

• O Canto do

Guerreiro

• O Canto do Índio

• O Canto do Piága.


NO PRÉ-ABOLIÇÃO

• “Nesse momento, dois temas merecem a atenção dos analistas da questão nacional: de um lado, o fim da escravidão e a transição para o trabalho livre; de outro, a composição racial da população brasileira, um dos itens considerados fundamentais para se pensar a nacionalidade”.


QUESTÃO FUNDAMENTAL:

• Como formar mão de obra livre voltada para o desenvolvimento nacional, quando o Brasil possuía uma população marcadamente negra e mestiça, além de possuirmos uma sociedade escravocrata, cujas bases estavam assentadas em um passado escravista recente?


O PROJETO DE EUROPEIZAÇÃO

DA SOCIEDADE BRASILEIRA.

• Trazer-se trabalhadores operosos, já

afeitos ao trabalho livre.

• Reverter-se a composição étnica da

população nacional

• Progresso e branqueamento como

binômio inseparável da modernização

do Brasil.


JUSTIFICATIVAS DA IMIGRAÇÃO

• O negro como trabalhador livre?

• A inferioridade do negro era “provada cientificamente” pelos defensores da imigração.

• Difusão de caracterizações raciais negativas dos negros.

• Criação de uma subjetividade hostil aos negros brasileiros.


DEMOCRACIA RACIAL

BRASILEIRA

• Tese de Gilberto Freyre:

• Nega a existência de uma questão racial no Brasil.

• A miscigenação praticada no Brasil, dirimiu o preconceito racial.

• Vivemos em um país onde as avenidas do sucesso estão abertas a todas as raças.

• (Casa Grande e Senzala – Brasil, 1930). Prof. Ahyas Siss - ufrrj

BRASIL, FNB E COTAS

ÉTNICO/RACIAIS: ANOS 30. • O corpo administrativo da Guarda Civil de São

Paulo era composta, na sua maioria, por

imigrantes e negavam a admissão de afro-

brasileiros aos quadros dessa instituição.

Recebidos em delegação pelo então Presidente

da República, Sr, Getúlio Vargas - os

representantes da FNB apelaram a esse

Presidente no sentido de ser oferecido aos afro-

brasileiros, igualdade de acesso àquela

instituição. Vargas então ordenou à Guarda o

imediato alistamento de 200 recrutas afro-

brasileiros. Nos anos 30, cerca de 500 afro-

brasileiros ingressaram nos quadros dessa

instituição, com um deles chegando a ocupar o

posto de coronel. Prof. Ahyas Siss - ufrrj

Manifesto à Nação Brasileira

Convenção Nacional do Negro Brasileiro (1945/6)

1) Que se torne explícita na Constituição de nosso

país a referência à origem étnica do povo

brasileiro, constituído das três raças

fundamentais: a indígena, a negra e a branca.

2) Que se torne matéria de lei, na forma de crime

de lesa-pátria, o preconceito de cor e de raça.

3) Que se torne matéria de lei penal o crime

praticado nas bases do preceito acima, tanto nas

empresas de caráter particular como nas

sociedades civis e nas instituições de ordem

pública e particular.

4) Enquanto não for tornado gratuito o ensino em

todos os graus, sejam admitidos brasileiros

negros, como pensionistas do Estado, em todos

os estabelecimentos particulares e oficiais de

ensino secundário e superior do país, inclusive

nos estabelecimentos militares.


CARACTERIZANDO AÇÕES

AFIRMATIVAS

• São o Estado em ação

• São políticas sociais públicas e

privadas de reparação e de efetivação

de direitos.

• Efetivam o princípio constitucional da

igualdade.

• combatem manifestações flagrantes

de discriminação, como as de, cultura,

etnia, gênero, geração, naturalidade,

raça e sexo.

• Afirmam direitos das minorias políticas

excluídas, ou não, das esferas de

poder.


COTAS: CARACTERIZAÇÕES

• São um dos mecanismos de

implementação de políticas de ação

afirmativa.

• Fundamentam-se em uma razão, ou

proporção numérica com base em

algum princípio de representação.

• Devem ser provisórias, extinguindo-se

ao atingirem as metas propostas.

• Configuram-se como discriminação

legítima, ou positiva.


DISCRIMINAÇÃO POSITIVA

• Buscam corrigir situações de

desigualdade historicamente

comprovadas.

• Possibilitam conceder-se tratamento

favorável, ou preferencial, aos grupos

sociais marginalizados, inserindo-os na

competição por posições sociais e bens

em posição equivalente aos que

historicamente se beneficiaram da sua

exclusão.

• Justiça compensatória.

• São políticas de caráter redistributivo.


BRASIL: RESULTADOS

ESPERADOS

• Reparação de injustiças passadas.

• Combate aos efeitos acumulados do

racismo e da discriminação racial.

• Democratização das relações raciais

brasileiras.

• Sociedade implementada em bases

multi/inter/transculturais.

• Valorização da diversidade

étnico/racial.


LEIS

• “A lei existe quando há uma

probabilidade de que a ordem seja

mantida por um quadro específico

de homens que usarão a força

física ou psíquica com a intenção

de obter conformidade com a

ordem, ou de impor sanções pela

sua violação”.


GARANTIA DOS DIREITOS DO

POVO NEGRO: VIA LEGAL:

• 1948 com a Declaração Universal dos

Direitos Humanos

• Disponível em

http://generodemocraciaedireito.files.

wordpress.com/2011/02/declarac3a7c

3a3o-universal-dos-direitos-

humanos.pdf


http://generodemocraciaedireito.files.wordpress.com/2011/02/declarac3a7c3a3o-universal-dos-direitos-humanos.pdf














• 1951 , no Brasil, a promulgação da

lei Afonso Arinos que caracterizou a

discriminação racial como

contravensão penal

• Disponível em:

• http://www.cedine.rj.gov.br/legisla/fe

derais/LEI_AFONSO_ARINOS.pdf


http://www.cedine.rj.gov.br/legisla/federais/LEI_AFONSO_ARINOS.pdf

http://www.cedine.rj.gov.br/legisla/federais/LEI_AFONSO_ARINOS.pdf



• 1988 a Constituição brasileira

passa a considerar a prática do

racismo como crime inafiançável

e imprescritível

• Disponível em:

http://www.alep.pr.gov.br/system/f

iles/corpo/Con1988br.pdf


http://www.alep.pr.gov.br/system/files/corpo/Con1988br.pdf

http://www.alep.pr.gov.br/system/files/corpo/Con1988br.pdf



• 1989 a chamada Lei Caó que define

os crimes resultantes de

discriminação por raça ou cor.

• Disponível em:

• http://www.palmares.gov.br/wp-

content/uploads/2010/11/legis031.p

df


http://www.palmares.gov.br/wp-content/uploads/2010/11/legis031.pdf









NO CAMPO EDUCACIONAL

• Os PCN’s que tratam da PLURALIDADE

CULTURAL; mas como são Parâmetros,

não tem “força de Lei”.

• Janeiro de 2003: com a Lei 10639 temos a

obrigatoriedade da temática História e

cultura Afro-brasileira e africana no

currículo oficial das escolas.

• Lei 11645/2008 torna obrigatório o estudo

da história e cultura afro-brasileira e

indígena.


A LEI 10639/03 E O PARECER

CNE/CP 3/2004

• Art. 1° A Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de

1996, passa a vigorar acrescida dos seguintes

arts. 26-A, 79-A e 79-B:

"Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino

fundamental e médio, oficiais e particulares,

torna-se obrigatório o ensino sobre História e

Cultura Afro-Brasileira.

§ 1° O conteúdo programático a que se refere o

caput deste artigo incluirá o estudo da História

da África e dos Africanos, a luta dos negros no

Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na

formação da sociedade nacional, resgatando a

contribuição do povo negro nas áreas social,

econômica e política pertinentes à História do

Brasil.


LEI 10639/03

• § 2° Os conteúdos referentes à

História e Cultura Afro-Brasileira

serão ministrados no âmbito de todo o

currículo escolar, em especial nas

áreas de Educação Artística e de

Literatura e História Brasileiras.

§ 3° (VETADO)"

"Art. 79-A. (VETADO)"

"Art. 79-B. O calendário escolar

incluirá o dia 20 de novembro como

'Dia Nacional da Consciência Negra'."


A LEI 11645/08

• Art. 1o O art. 26-A da Lei no 9.394, de 20 de

dezembro de 1996, passa a vigorar com a seguinte

redação:

• “Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino

fundamental e de ensino médio, públicos e

privados, torna-se obrigatório o estudo da história

e cultura afro-brasileira e indígena.

• § 1o O conteúdo programático a que se refere este

artigo incluirá diversos aspectos da história e da

cultura que caracterizam a formação da população

brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais

como o estudo da história da África e dos

africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas

no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o

negro e o índio na formação da sociedade nacional,

resgatando as suas contribuições nas áreas social,

econômica e política, pertinentes à história do

Brasil.


http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/LEIS/L9394.htmart26a.



LEI 11645/08

• § 2o Os conteúdos referentes à

história e cultura afro-brasileira e

dos povos indígenas brasileiros

serão ministrados no âmbito de todo

o currículo escolar, em especial nas

áreas de educação artística e de

literatura e história brasileiras.”

(NR)

• Art. 2o Esta Lei entra em vigor na

data de sua publicação.

• Brasília, 10 de março de 2008.


FORMAÇÃO CONTINUADA

DE PROFESSORES

• Constitui-se como necessidade

atual e premente.

• Desde os anos sessenta vem

ganhando importância significativa.

• Atendimento à demandas

educacionais colocadas pelos

avanços tecnológico, econômico e

científico nas diferentes áreas do

saber, somadas às colocadas pela

ação dos movimentos sociais.


ALGUMAS EXIGENCIAS

• DOS PROFESSORES:

• A formação continuada como direito dos

professores. Requer, principalmente,

disponibilidade para aprendizagem e

vontade de aprender a aprender.

• DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR:

• Requer a elaboração de políticas de

qualificação profissional em serviço e

condições que propiciem a continuidade

do processo formativo desses

profissionais.


ALGUMAS EXIGENCIAS

• DAS SECRETARIAS:

Há necessidade de formulação e

implementação de políticas voltadas para a

qualificação desses profissionais.

• DAS UNIVERSIDADES:

Requer-se a elaboração de um programa de

formação continuada de professores que

desenvolva sua qualificação de forma

permanente social, cultural e

etnicorracialmente referenciada.


ENSINO SUPERIOR:

AÇÃO AFIRMATIVA E COTAS

• ESTRATÉGIAS DE

DEMOCRATIZAÇÃO DO

ACESSO DE NEGROS/AFRO-

BRASILEIROS À EDUCAÇÃO

SUPERIOR.


COTAS PARA AFRO-BRASILEIROS

NAS UNIVERSIDADES

• Torna substantiva a igualdade de

acesso de afro-brasileiros e de

brancos ao ensino superior

brasileiro.

• Elevação do nível de renda dos

afro-brasileiros cotistas.

• Combate às desigualdades

herdadas, ou estruturais.

• Justiça social e igualdade

substantiva. Prof. Ahyas Siss - ufrrj

POLÍTICAS DE COTAS/AÇÃO

AFIRMATIVA: PANORAMA ATUAL

• São implementadas conjugando

as categorias etnia/raça e classe

social, (raça/etnia e pobreza

subjetiva ou presumida, origem

social economicamente

desfavorecida), ou estabelecendo

níveis de rendimentos (pobreza

objetiva) daqueles a quem se

endereça.


.

• “Porque não basta que os

portões da igualdade estejam

abertos a todos. É necessário

que se tenha condições

efetivas de passar por eles”.


ENTRETANTO, TUDO O QUE É

SÓLIDO DESMANCHA NO AR!

Nas universidades, como andam as

formações inicial e continuada de

professores para a Educação das Relações

Étnico-Raciais?

E no “chão da escola? Quais as

transformações e as permanências

provocadas pelas alterações da nossa

atual LDBEN?

Qual o protagonismo dos Neabs, vem

desempenhando neste processo?


LEI DAS COTAS (LEI Nº 12.711, DE

29 DE AGOSTO DE 2012)

Art. 1o As instituições federais de

educação superior vinculadas ao

Ministério da Educação reservarão,

em cada concurso seletivo para

ingresso nos cursos de graduação, por

curso e turno, no mínimo 50%

(cinquenta por cento) de suas vagas

para estudantes que tenham cursado

integralmente o ensino médio em

escolas públicas. Prof. Ahyas Siss - ufrrj

Lei das Cotas (Lei nº 12.711, de

29 de agosto de 2012)

Art. 3o Em cada instituição federal de ensino

superior, as vagas de que trata o art. 1o desta

Lei serão preenchidas, por curso e turno, por

autodeclarados pretos, pardos e indígenas,

em proporção no mínimo igual à de pretos,

pardos e indígenas na população da unidade

da Federação onde está instalada a

instituição, segundo o último censo do

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE). Prof. Ahyas Siss - ufrrj

Lei das Cotas (Lei nº 12.711, de

29 de agosto de 2012)

Parágrafo único. No caso de não

preenchimento das vagas segundo os

critérios estabelecidos no caput deste

artigo, aquelas remanescentes deverão

ser completadas por estudantes que

tenham cursado integralmente o ensino

médio em escolas públicas.


DEMOCRATIZAÇÃO DE

PERMANÊNCIA COM SUCESSO NO

ENSINO SUPERIOR

Recursos Financeiros?

Serão instituídos programas de

permanência comn bolsas institucionais

especificamente criadas para esses

alunos, equivalente às bolsas de

iniciação cientifica e cumulativas com

quaisquer outras bolsas e/ou auxílios

que a universidade ofereça, ou venha a

oferecer, a seus alunos?


DEMOCRATIZAÇÃO DE

PERMANÊNCIA

Se necessário, que tipo de apoio

institucional será oferecido para

complementar a formação inicial

desses alunos uma vez que o

resultado das experiências de outras

IES que implementaram tais

políticas, como a UERJ, a UNEB e a

UNB, por exemplos, indica ser essa

uma necessidade importante que

precisa ser suprida?


LEI 12.711/2012 E MERCADO

DE TRABALHO

Qual ou quais os compromissos que o

Estado Brasileiro assume com os

alunos egressos dos sistemas de

cotas das universidades brasileiras?

E quanto ao combate ao racismo

institucional?

Acreditamos que o sucesso dessas

políticas passam, também, por essas

e por outras perguntas. Ou não? Prof. Ahyas Siss - ufrrj

À ancestralidade

OBRIGADO!

[email protected] Prof. Ahyas Siss - ufrrj

2015 conceitos fundamentais aas aula 3 uniafro pós-lato-sensu

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