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O orçamento de 2014 da UE num relance Agenda de bolso

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O orçamento de 2014 da UE

num relance

Agenda de bolso

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Europe Direct é um serviço que responde às suas perguntas sobre a União Europeia

Linha telefónica gratuita (*): 00 800 6 7 8 9 10 11

(*) As informações prestadas são gratuitas, tal como a maior parte das chamadas, embora alguns operadores, cabinas telefónicas ou hotéis as possam cobrar.

Mais informações sobre a União Europeia encontram-se disponíveis na rede Internet, via servidor Europa (http://europa.eu).

Uma ficha catalográfica figura no fim desta publicação

Luxemburgo: Serviço das Publicações da União Europeia, 2014

ISBN 978-92-79-33994-3 doi:10.2761/89857

© União Europeia, 2014

Reprodução autorizada mediante indicação da fonte

Fotos da capa: © Rido — Fotolia.

Outras fotos: © União Europeia; p. 6: © vladgrin — Fotolia; p. 7: © PhotoRack.

Printed in Belgium

Impresso em papel reciclado sem cloro (PCF)

KV-01-13-742-PT-C

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IntroduçãoEste é o primeiro orçamento do novo quadro financeiro (2014-2020), nas-cido numa conjuntura de rigor orçamental dos Estados-Membros da União Europeia. Reflete o atual clima na Europa: emergem os primeiros sinais de retoma económica, mas não estamos ainda livres de perigo.

Por este motivo, pretendo que o orçamento de 2014 da União contribua para a recupe-ração económica e o investimento no crescimento e no emprego. É verdade que o orçamento é cerca de 6% inferior ao do ano anterior, mas tem alguns elementos novos, como a Iniciativa para o Emprego dos Jovens — para ajudar muitos jovens europeus que procuram um emprego ou o Mecanismo «Interligar a Europa» — para melhorar as ligações transnacionais em termos de transporte, de energia ou da banda larga.

O orçamento da União Europeia continuará a ser um instrumento de solidariedade para com as pessoas mais vulneráveis e as regiões mais pobres da União. Na sequência do número sem precedentes de crises, por exemplo, a tragédia de Lampedusa, o afluxo de refugia-dos sírios, o tufão nas Filipinas e muitos outros, desejo que a União Europeia esteja preparada para reagir a tragédias semelhantes caso voltem a acontecer em 2014. Por este motivo, afetamos mais fundos para a ajuda humanitária e a migração. Além disso, a política de coe-são reformada terá um papel crucial a desempenhar no investimento nas regiões mais pobres da União e no aumento do nível de vida dos europeus mais pobres.

Em suma, os fundos da União Europeia irão contribuir para dar res-posta às necessidades mais urgentes da Europa.

Contudo, estamos também no início de um período excecional. Os Estados-Membros continuam a confiar à União Europeia novas mis-sões (imigração, energia, clima, acompanhamento do setor bancário europeu), mas, ao mesmo tempo, alguns deles exigem um orçamento inferior. Começamos a resolver esta equação, mas estou certo de que encontraremos uma forma de fazer mais com menos. O orçamento de 2014 é a prova desse facto.

Janusz Lewandowski, comissário europeu para a Programação Financeira e o Orçamento

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Orçamento da UE de 2014: os dados

ESTIMATIVA DAS DESPESAS PARA AS POLÍTICAS DA UNIÃO EUROPEIA

DOTAÇÕES DE AUTORIZAÇÃO

Orçamento de 2014 (milhões

de euros)

Variação em comparação com 2013

1. CRESCIMENTO INTELIGENTE E INCLUSIVO 63 986,3 – 9,7 %1a. Competitividade para o crescimento e o emprego, incluindo 16 484,0 4,8 %Sistemas europeus de radionavegação por satélite (EGNOS e Galileu)

1 326,2

Horizonte 2020 9 043,7 – 11,3 %Programa Euratom de Investigação e Formação 287,2 10,0 %Competitividade das empresas e das PME (COSME) 275,3 – 10,5 %Educação, formação, juventude e desporto (Erasmus+) 1 555,8 8,8 %Programa para o Emprego e a Inovação Social (PEIS) 122,8 11,7 %Mecanismo Interligar a Europa (CEF) 1 976,2 30,8 %1b. Coesão económica, social e territorial, incluindo 47 502,3 – 13,8 %Fundo de Coesão 8 950,2 – 28,4 %Fundos estruturais 38 044,9 – 10,4 %2. CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL: RECURSOS NATURAIS, incluindo 59 267,2 – 1,0 %Fundo Europeu Agrícola de Garantia (FEAGA) — Despesas de mercado e pagamentos diretos

43 778,1 0,3 %

Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (Feader) 13 991,0 – 5,5 %Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP) 1 017,3 3,1 %Ações relacionadas com o ambiente e as alterações climáticas (LIFE)

404,6 10,3 %

3. SEGURANÇA E CIDADANIA, incluindo 2 172,0 – 8,1 %Fundo Asilo e Migração (FAM) 403,3 – 18,6 %Fundo para a Segurança Interna (FSI) 403,3 – 17,0 %Justiça 47,0 – 1,4 %Direitos e Cidadania 55,3 – 25,8 %Proteção Civil 28,2 20,1 %Europa para os Cidadãos 25,4 – 15,2 %Alimentos para Consumo Humano e Animal 253,4 – 7,7 %Saúde para o Crescimento 58,6 5,5 %Defesa do Consumidor 24,1 2,4 %Europa Criativa 180,6 – 4,8 %4. Europa global, incluindo 8 325,0 – 10,9 %Instrumento de Pré-Adesão (IPA) 1 578,4 – 16,9 %Instrumento Europeu de Vizinhança (IEV) 2 192,2 – 11,3 %Instrumento de Cooperação para o Desenvolvimento (ICD) 2 341,0 – 11,4 %Instrumento de Parceria (IP) 118,9 65,3 %Instrumento Europeu para a Democracia e os Direitos Humanos (IEDDH)

184,2 4,1 %

Instrumento de Estabilidade (IE) 318,2 – 2,2 %Ajuda Humanitária 920,3 6,4 %Política Externa e de Segurança Comum (PESC) 314,5 – 20,7 %5. ADMINISTRAÇÃO 8 405,1 – 0,2 %dos quais: Despesas administrativas das instituições 6 798,0 – 0,8 %das quais, Comissão 3 266,4 – 1,7 %6. COMPENSAÇÕES 28,6 – 61,9 %TOTAL 142 184,3 – 5,8 %INSTRUMENTOS ESPECIAIS 456,2 – 61,3 %TOTAL GERAL 142 640,5 – 6,2 %

Os valores acima mencionados representam estimativas de despesas para as políticas da União Europeia expressos em dotações de autorização, que são compromissos jurídicos de financiamento, desde que sejam respeitadas certas condições. Só depois disso é que os pagamentos podem realizar-se (por exemplo, transferências de tesouraria ou bancárias a favor dos beneficiários).

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Em que se gasta o dinheiro?Cerca de 94% do orçamento da União Europeia (UE) é gasto em pro-jetos nos seus Estados-Membros e além das suas fronteiras. Cada um dos 508 milhões de europeus beneficia de uma forma ou de outra do orçamento da União Europeia. Ajuda milhões de estudan-tes, milhares de investigadores, cidades, regiões ou organizações não governamentais (ONG).

94 %

Empresas europeias, estudantes, cientistas, regiões, cidades, agricultores, ONG, etc.

6 %

Administração da UE

O orçamento da União Europeia contribui para uma alimentação mais saudável e mais segura; novas e melhores estradas, caminhos de ferro e aeroportos; um ambiente mais limpo; uma maior segu-rança nas fronteiras externas da União; um aumento da mobilidade estudantil; ajuda para tarefas educativas e intercâmbios culturais, etc. A UE proporciona igualmente ajuda e assistência humanitária em todo o mundo.

O orçamento da União Europeia agrega os recursos dos Estados- -Membros, produzindo economias de escala. Financia ações que os Estados-Membros não podem financiar por si próprios ou que podem financiar de forma mais eficaz em conjunto como, por exemplo, nos domínios da energia, dos transportes, das tecnologias da comuni-cação e da informação, das alterações climáticas e da investiga-ção. Por exemplo, um projeto duma dimensão como o sistema europeu de navegação por saté-lite Galileu não poderia ser financiado por um único Estado-Membro.

O orçamento da União Europeia é sobretudo um orçamento de investimento. Ao contrário dos orça-mentos nacionais, o orçamento da UE não finan-cia despesas de defesa ou de proteção social. Não paga o funcionamento das escolas ou o tra-balho da polícia, tal como o fazem os orçamentos nacionais.

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Orçamento da UE de 2014: inferior em 6% relativamente a 2013Em comparação com a riqueza de todos os Estados-Membros em conjunto, o orçamento da União Europeia é relativamente reduzido. O orçamento de 2014 depara-se com uma diminuição significativa de 5,8%, em comparação com 2013. Apesar disso, o orçamento da UE faz a diferença. Representa cerca de 1% do rendimento nacional bruto (RNB) da União.

Riqueza anual da UE1 %Orçamento da UE

100 %

80 %

60 %

40 %

20 %

0 %

DESPESAS DE 2014142 640,5 milhões de euros

Dotações de autorização em milhões de euros

1a. Competitividade para o crescimento e o emprego

16 484,0 11,6 %

1b. Coesão económica, social e territorial

47 502,3 33,3 %

2. Crescimento sustentável: recursos naturais

59 267,2 41,6 %

3. Segurança e cidadania

2 172,0 1,5 %

4. Europa global

8 325,0 5,8 %

5. Administração

8 405,1 5,9 %

6. Compensação

28,6 0 %

Instrumentos especiais

456,2 0,4 %

Apesar dos cortes, o orçamento de 2014 mostra um aumento em termos de medidas destinadas a combater o desemprego e a gerar crescimento.

O orçamento de 2014 inclui:► 9 mil milhões de euros para a investigação e a inovação;► 3,4 mil milhões de euros para a Iniciativa para o Emprego dos Jovens;

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► 275,3 milhões de euros para ajudar as PME a aceder ao crédito e a ser mais competitivas;

► 1,9 mil milhões de euros para uma Europa mais bem conectada;► 1,6 mil milhões de euros para a educação;► 47,5 mil milhões de euros para a coesão económica, social

e territorial;► 59,3 mil milhões de euros para recursos naturais, incluindo

404,6 milhões de euros para o programa a favor do ambiente LIFE;

► 2,2 mil milhões de euros para a segurança e a cidadania;► 8,3 mil milhões de euros para a Europa global;► 8,4 mil milhões de euros para a administração.

O que será financiado pelo orçamento da UE 2014?

INVESTIGAÇÃO E INOVAÇÃOO orçamento da União Europeia financia a investigação, a inova-ção e o desenvolvimento tecno-lógico, com o objetivo de melho-rar a qualidade de vida dos cidadãos europeus e reforçar a competitividade da União à escala mundial.

O novo programa a favor da investigação e da inovação Horizonte 2020 beneficia de 9 mil milhões de euros em 2014.

Este financiamento deverá contribuir para melhorar a posição funda-mental da União Europeia no domínio das ciências modernas e a sua liderança no domínio da inovação industrial. Os esforços conjuntos de investigação da Europa abordarão grandes preocupações, como as alterações climáticas, a necessidade de transportes e mobilidade sustentáveis, as energias renováveis a preços mais acessíveis, a qua-lidade e segurança dos alimentos ou o desafio da concorrência glo-bal. Além disso, este programa contribuirá para preencher a lacuna entre a investigação e o mercado, incentivando as empresas inova-doras a desenvolver as suas descobertas tecnológicas em produtos viáveis com verdadeiro potencial comercial.

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EMPREGOUma das principais priorida-des da União Europeia consiste em ajudar os Estados-Membros a criar postos de trabalho num contexto económico difícil, com registos de taxas de desemprego ultrapassados todos os dias na Europa. Em 2014, as medidas centrar-se-ão mais especifica-mente no emprego dos jovens.

A Iniciativa para o Emprego dos Jovens recebe 3,4 mil

milhões de euros em 2014.

O fundo apoia os jovens desempregados nas regiões com elevada taxa de desemprego juvenil (acima de 25% em 2012). Estas medidas deverão ajudar a aumentar as oportunidades dos jovens com idade inferior 25 anos de receberem propostas de emprego ou de continuar a sua formação dentro de quatro meses sem emprego. Cada Estado--Membro apresentará um plano de execução da garantia europeia da juventude que exponha o modo como o regime funcionará na prática e como será financiado.

PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS EUROPEIASAs pequenas e médias empresas (PME) são a coluna vertebral da economia europeia. Deparam-se com dificuldades quando preten-dem obter crédito na atual situação económica e necessitam de ajuda.

O novo programa da União Europeia para as PME, COSME, repre-senta 275,3 milhões de euros em 2014.

Visa aumentar a competitividade das PME europeias e deverá melho-rar o acesso destas ao financiamento e facilitar a sua introdução nos mercados de toda a União, bem como a nível mundial. Dois novos instrumentos foram disponibilizados em 2014. Um mecanismo de capital próprio para o crescimento proporciona capital de risco às empresas, em especial na sua fase de crescimento. Um mecanismo de garantia de empréstimo garante empréstimos até 150 000 euros e está disponível para todos os tipos de PME. Um euro garantido pelo orçamento da União Europeia pode representar até 12 euros obti-dos por uma PME.

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INVESTIMENTOSO investimento em infraestruturas é fundamental para o crescimento e o emprego na Europa. Os cidadãos e as empresas são prejudicados com demasiada frequência, porque as redes de infraestruturas em toda a Europa, tanto nos transportes, como na energia ou nas comu-nicações, são incompletas, ineficazes ou simplesmente não exis-tem. O orçamento da União Europeia centra-se no investimento em infraestruturas estratégicas a nível europeu.

O programa de infraestruturas Mecanismo Interligar a Europa (CEF) recebe 1,9 mil milhões de euros em 2014. Tal representa um aumento de 30,8% em relação a 2013.

Este financiamento visa melhorar os transportes, a energia e as redes digitais da Europa.

No domínio dos transportes, o Mecanismo Interligar a Europa centra- -se em projetos relacionados com a nova rede principal de trans-portes assente em nove corredores principais: dois corredores norte-sul, três corredores este-oeste; e quatro corredores diagonais. Esta rede transformará as ligações este-oeste, eliminará estrangulamen-tos, melhorará as infraestruturas e racionalizará as operações trans-nacionais de transporte de passageiros e mercadorias em toda a União Europeia. Os projetos melhorarão as ligações entre os diferen-tes modos de transporte e contribuirão para a consecução dos obje-tivos da União no combate às alterações climáticas.

Mapa da rede essencial RTE-T (Rede Transeuropeia de Transportes)

e dos nove corredores principais

COM BASE NOS RESULTADOS DO TRÍLOGO INFORMAL DE 27 DE JUNHO DE 2013

Cork

Dublim

Liverpool

Londres

DoverCalais

Le Havre Lille

Luxemburgo

LiègeBruxelasSouthampton

Manchester

Birmingham

RoterdãoZeebrugge Antuérpia

Utrecht

DüsseldorfColóniaGent

FelixstoweAmesterdão

Belfast

GlasgowEdimburgo

Bremen

Oslo

Hamburgo

MagdeburgBerlim Poznan

Wrocław

Varsóvia

DresdenPraga

KatowiceOstrava

BrnoŽilina

Frankfurt/Oder

Osnabrück

Hanôver

Frankfurt Würzburg

EstugardaMannheim

Gotemburgo

ÖrebroEstocolmo

Turku Naantali Helsínquia

Talin

Riga

KaunasVílnius

Ventspils

KlaipėdaCopenhaga Malmö

Trelleborg

Rostock

Gdynia/Gdansk

Szczecin/Swinoujscie

Hamina Kotka

Bratislava

NurembergRegensburg

PassauViena

Wels/LinzGraz Budapeste

Zagreb

Rijeka

MuniqueEstrasburgo

BasileiaDijon

Lyon

Innsbruck

MetzParis

Klagenfurt Arad

Timisoara

BraşovSulina

BurgasSófia

Salónica

Constanţa

Craiova

Bucareste

Igoumenitsa

Patras Atenas/Pireu Nicósia

Limassol

UdineTrieste

LjubljanaKoperVeneza

Ravena

Ancona

Nápoles

Roma

LivornoLa Spezia

Bari

Taranto

Gioia TauroPalermo

La Valeta

Génova

Marselha

Bordéus

Perpignan

BarcelonaTarragona

Valência

Saragoça

Bolonha

Turim Milão

Novara Verona

Vitória

Bilbau

Valladolid

Madrid

SevilhaMúrcia

Cartagena

Algeciras

Aveiro

Lisboa

Porto

Antequera/Bobadilla

Sines

BÁLTICO–ADRIÁTICO

MAR DO NORTE–BÁLTICO

MEDITERRÂNEO

ORIENTE–MEDITERRÂNEO ORIENTAL

ESCANDINÁVIA–MEDITERRÂNEO

RENO–ALPES

ATLÂNTICO

MAR DO NORTE–MEDITERRÂNEO

RENO-DANÚBIO

Fonte: Serviços da Comissão.

No domínio das infraestruturas da energia, o Mecanismo Interligar a Europa é essencial para realizar os principais objetivos da política

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energética, isto é, energia a preços acessíveis a todos os consumido-res, segurança e sustentabilidade do aprovisionamento.

No que diz respeito às redes digitais, o CEF prevê o financiamento e assistência técnica para projetos de infraestruturas e serviços de banda larga. A partir de 2014, este financiamento será utilizado para promover a mobilidade dos cidadãos e das empresas, através da oferta de serviços públicos transnacionais sem descontinuidades, incluindo os contratos públicos eletrónicos, a saúde em linha ou o livre acesso a dados.

EDUCAÇÃOA educação constitui um impor-tante investimento a longo prazo da UE para melhorar a competi-tividade da União Europeia.

O novo programa para a edu-cação, a formação, a juventude e o desporto Erasmus+ recebe 1,6 mil milhões de euros. Tal representa um aumento de 8,8% em relação a 2013.

O Erasmus+ combina todos os atuais programas da União Europeia no domínio da educação, da for-mação, da juventude e do desporto. O programa destina-se a refor-çar as competências e a empregabilidade, bem como a modernizar os sistemas da educação, da formação e da juventude.

Dois terços do orçamento do Erasmus+ é afetado às oportunidades de aprendizagem no estrangeiro das pessoas, dentro e fora da União Europeia. O restante apoiará parcerias entre estabelecimentos de ensino, organizações de juventude, empresas, autoridades locais e regionais e ONG, bem como as reformas para modernizar os sistemas de educação e de formação e promover a inovação, o espírito empre-sarial e a empregabilidade.

O Erasmus+ financiará o desenvolvimento profissional do pessoal no domínio da educação e da formação, bem como de jovens trabalha-dores. Os estudantes que planeiam obter um mestrado completo no estrangeiro para o qual são raramente disponíveis bolsas ou emprés-timos nacionais irão beneficiar de um novo mecanismo de garantia de empréstimos gerido pelo Fundo Europeu de Investimento.

Em 2014, centenas de milhares de pessoas beneficiarão de apoio para estudar, receber formação ou fazer voluntariado no estrangeiro graças ao programa Erasmus+.

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AMBIENTEO ambiente é mais do que nunca uma prioridade máxima da União Europeia. Pelo menos 20% da totalidade do orça-mento será gasto em proje-tos e políticas relacionadas com o clima no quadro financeiro plurianual (QFP) 2014-2020, que marca um importante passo em frente na transformação da Europa numa economia hipocar-bónica competitiva e limpa.

O programa no domínio do ambiente LIFE representa 404,6 milhões de euros. Tal representa um aumento de 10,3% em relação a 2013.

O financiamento apoia a biodiversidade e a proteção do ambiente, com especial destaque para as ações de combate às alterações climáticas.

Os projetos no âmbito do programa LIFE sobre a biodiversidade visam a conservação de mais de 400 espécies ameaçadas. Os proje-tos no âmbito do LIFE relativos à preservação do ambiente centram--se na prevenção e na redução da poluição atmosférica e sonora, numa melhor gestão dos resíduos e na reciclagem, na melhoria da qualidade das águas subterrâneas, na proteção dos solos, na gestão sustentável das florestas e na prevenção dos incêndios florestais. Centram-se igualmente em medidas ambientais ou ecológicas para serviços específicos, tais como a administração pública. Promovem a utilização de tecnologias limpas inovadoras em vários tipos de indús-trias ou em outros setores económicos. O subprograma «Ação climá-tica» beneficiou de um grande aumento em relação a 2013 (+338%). Os projetos exploram formas inovadoras de reduzir os gases com efeito de estufa, centram-se nas tecnologias das energias renová-veis e no rendimento energético em domínios como a indústria, os serviços, os edifícios, os transportes, a iluminação e o equipamento.

Para além do programa Life, todos os principais programas da União Europeia tem como objetivo essencial lutar contra as altera-ções climáticas. Por exemplo, no âmbito do programa de investiga-ção Horizonte 2020, a União Europeia consagra 221,4 milhões de euros para o subprograma «Transportes inteligentes, ecológicos e integrados» e 297,4 milhões de euros para o subprograma «Energia segura, não poluente e eficiente» em 2014.

Além disso, a política agrícola comum foi reformada para enfren-tar os desafios da qualidade dos solos e da água, da biodiversi-dade e das alterações climáticas. 30% dos pagamentos diretos estão relacionados com três práticas agrícolas não prejudiciais para o ambiente: diversificação das culturas, manutenção de prados per-manentes e preservação de 5%, em seguida 7%, de zonas de inte-resse ecológico.

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REGIÕESPara fomentar o crescimento, a União Europeia tem necessidade de reforçar a coesão económica, social e territorial e gerar cresci-mento e desenvolvimento, espe-cialmente nas regiões menos desenvolvidas em relação às outras.

À política de coesão são afe-tados 47,502 mil milhões de euros em 2014.

A política de coesão permite reduzir as disparidades em termos do nível de desenvolvimento entre as regiões e entre os Estados- -Membros da União Europeia. Beneficia toda a União a longo prazo, especialmente graças ao aumento dos fluxos comerciais no mercado comum.

São utilizados diferentes fundos para financiar novas infraestruturas, programas de formação ou a cooperação transnacional.

O Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), dotado de 24,9 mil milhões de euros em 2014, reforça a coesão econó-mica e social corrigindo desequilíbrios regionais.

O Fundo de Coesão (FC) dotado de 8,9 mil milhões de euros em 2014, destina-se a Estados-Membros com um rendimento nacional bruto (RNB) por habitante inferior a 90% da média da União. Esse fundo pretende reduzir as disparidades económicas e sociais, assim como estabilizar a economia desses países.

O Fundo Social Europeu (FSE) recebe 13,1 mil milhões de euros. Ao contrário do que acontece com os dois outros fundos que registam uma redução nominal, este fundo beneficia de um aumento de 10%, revelando um enfoque claro da UE sobre o emprego. O FSE ajuda milhões de cidadãos europeus a melhorar as suas condições de vida adquirindo novas competências e encontrando melhores empregos. A nova Iniciativa para o Emprego dos Jovens é financiada parcial-mente pelo FSE (1,8 mil milhões de euros em 2014).

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AGRICULTURAA União Europeia incentiva a produção de alimentos seguros e de alta qualidade, promove a agricultura de produtos euro-peus, bem como a inovação no domínio das práticas agrícolas e de processamento dos alimen-tos, apoiando os agricultores.

O Fundo Europeu Agrícola de Garantia (FEAGA) é dotado de 43,8 mil milhões de euros. Tal representa um aumento de 0,3% em relação a 2013.

O FEAGA financia pagamentos diretos aos agricultores e medidas destinadas a dar resposta a perturbações do mercado, como a arma-zenagem pública ou privada e as restituições à exportação. A par-tir de 2014, 30% do apoio direto pago aos agricultores está ligado ao cumprimento de práticas agrícolas que preservam a biodiversi-dade, a qualidade dos solos e o ambiente em geral. Além disso, todos os pagamentos diretos aos agricultores estão sujeitos à condição de estes respeitarem as normas em matéria de ambiente, segurança dos alimentos, fitossanidade e bem-estar animal e de manterem as suas terras em boas condições de produção. Mais de 100 mil milhões de euros serão investidos entre 2014 e 2020 para ajudar a agricul-tura a fazer face ao desafio da qualidade dos solos, da água, da bio-diversidade e das alterações climáticas.

DESENVOLVIMENTO RURALA União Europeia apoia o desenvolvimento rural, em especial através do reforço do potencial económico das áreas rurais.

O Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (Feader) recebe 14 mil milhões de euros em 2014.

Este fundo apoia o desenvolvimento das zonas rurais, incluindo a silvicultura e a agricultura. Incentiva também a criação de novas fontes de rendimento para os seus habitantes, graças à diversifi-cação das suas atividades. Visa revitalizar as zonas rurais e pro-tege o património rural da União Europeia. Além disso, o Feader centra-se em questões cada vez mais importantes, como as alte-rações climáticas, as energias renováveis, a biodiversidade e a ges-tão da água. A partir de 2014, pelo menos 30% do orçamento dos programas de desenvolvimento rural deverão ser afetados a medi-das agroambientais, a ajudas específicas à agricultura biológica ou a projetos associados a investimentos ou a medidas de inovação favoráveis ao ambiente.

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PESCASA União Europeia procura proteger e desenvolver o rico património marítimo da Europa, assegurando simultaneamente que os nossos recursos marinhos continuem a ser sustentáveis.

O Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP) beneficia de mil milhões de euros. Tal representa um aumento de 3,1% em comparação com 2013.

Este fundo promove um futuro sustentável para o setor das pescas e as comunidades costeiras. Reconstitui as unidades populacionais de peixes, reduz o impacto da pesca no meio marinho e elimina progres-sivamente a prática das devoluções, que constitui um esbanjamento de recursos. Financia projetos que criem novos empregos e melho-rem a qualidade de vida ao longo das costas europeias. Por exem-plo, aumenta o investimento no setor da pequena pesca e na aqui-cultura como fontes de crescimento para o futuro. Torna mais fácil o acesso ao financiamento.

SEGURANÇAA União Europeia procura garan-tir que o mundo seja um lugar mais seguro graças a diversos programas ou fundos destina-dos a manter a segurança e a estabilidade.

O Fundo Asilo e Migração (FAM) recebe 403,3 milhões de euros em 2014.

O Fundo para a Segurança Interna (FSI) é dotado de 403,3 milhões de euros em 2014.

Graças a estes fundos, a União Europeia contribui para uma gestão eficaz dos fluxos migratórios dentro das suas fronteiras, apoiando ações relativas a todos os aspetos da migração, nomeadamente o asilo, a migração legal, a integração e o regresso de nacionais de paí-ses terceiros em situação irregular. A União apoia a cooperação poli-cial, a prevenção e a luta contra a criminalidade, a gestão de crises, bem como a gestão das fronteiras externas e de vistos.

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JUSTIÇAA União Europeia bate-se para que haja mais justiça.

O programa Justiça recebe 47 milhões de euros.

O financiamento tem por objetivo contribuir para a criação de um ver-dadeiro espaço de justiça através da promoção da cooperação judi-ciária em matéria civil e penal.

LIBERDADE E DIREITOS HUMANOSA União Europeia promove a liberdade e os direitos humanos dentro e fora das suas fronteiras.

O programa Direitos, Igualdade e Cidadania beneficia de 55,3 milhões de euros em 2014.

O Instrumento Europeu para a Democracia e os Direitos Humanos é dotado de 184,2 milhões de euros.

A União Europeia visa concreti-zar os direitos e as liberdades das pessoas ao torná-los mais conhe-cidos e ao assegurar uma aplicação mais coerente em toda a União. Tal instrumento promove igualmente os direitos da criança e os prin-cípios da não discriminação (baseada na origem racial ou étnica, reli-gião ou convicção, deficiência, idade ou orientação sexual) e da igual-dade de género (incluindo projetos para combater a violência contra as mulheres e as crianças). Presta apoio à promoção da democracia e dos direitos humanos em países terceiros.

CIDADANIAA União Europeia procura reforçar o conceito de cidadania europeia.

O programa Europa para os Cidadãos é dotado de 25,4 milhões de euros.

Apoia as atividades destinadas a reforçar a sensibilização e a com-preensão dos cidadãos relativamente à União Europeia, aos seus valores e à sua história. Incentiva as parcerias entre cidades (gemi-nações). O programa encoraja também os cidadãos a participarem mais em atividades cívicas e democráticas através de debates e dis-cussões sobre temas relacionados com a União.

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SAÚDEA União Europeia complementa as polí-ticas dos Estados-Membros destinadas a melhorar a saúde dos cidadãos da União e a reduzir as desigualdades no domínio da saúde em toda a UE.

O programa Saúde para o Crescimento recebe 58,6 milhões de euros, o que representa um aumento de 5,5% em relação a 2013.

O seu objetivo consiste em promo-ver a saúde através da promoção da inovação, reforçando a sustentabili-dade dos sistemas de saúde e respon-dendo eficazmente a ameaças sanitá-rias transnacionais.

DEFESA DO CONSUMIDORA saúde, a segurança e os inte-resses económicos dos consu-midores constituem motivos de preocupação para a União Europeia.

O programa Defesa do Consumidor é dotado de 24,1 milhões de euros em 2014.

Coloca os consumidores no cen-tro do mercado único da União

Europeia. O programa promove a participação ativa dos cidadãos no mercado. As ações centram-se no acompanhamento e em assegurar a segurança das mercadorias; no lançamento de iniciativas de infor-mação e educação, destinadas a consciencializar os consumidores para os seus direitos, na adoção de legislação destinada a reforçar os direitos dos consumidores e a conduzir a ações coercivas nos casos em que os direitos dos consumidores são prejudicados ou negados.

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CULTURAO orçamento da União Europeia promove e protege o patrimó-nio cultural europeu, reforçando o sentimento de identidade dos cidadãos europeus.

Europa Criativa recebe 180,6 milhões de euros em 2014. Em 2014-2020, o pro-grama beneficia de um aumento de 9%, em comparação com o período anterior (2007-13).

O programa Europa Criativa apoia o setor cultural e criativo euro-peu. Dezenas de milhares de artistas, profissionais da cultura e orga-nizações culturais ativas nas artes do espetáculo, belas artes, edi-ção, filmes, televisão, música, artes interdisciplinares, património e na indústria dos jogos de vídeo beneficiarão deste programa. O programa permitir-lhes-á operar em toda a Europa, chegar a novos públicos e desenvolver as competências necessárias na era digital. Além disso, contribui para a preservação e a promoção da diversi-dade cultural e linguística da Europa. Prevê-se que proporcione um estímulo para os setores culturais e criativos, que são uma impor-tante fonte de emprego e crescimento.

COOPERAÇÃO INTERNACIONALO impacto dos fundos da União Europeia não se circunscreve ao ter-ritório da União. A UE contribui para assegurar a estabilidade, a segu-rança e a prosperidade em todo o mundo.

O Instrumento de Estabilidade é dotado de 318,2 milhões de euros em 2014.

O Instrumento de Cooperação para o Desenvolvimento recebe 2,3 mil milhões de euros em 2014.

Graças a estes instrumentos, a União Europeia pode intervir em situa-ções de crise ou conduzir ações destinadas a responder a ameaças mundiais ou transregionais como a criminalidade organizada, o ter-rorismo e a proliferação de armas de destruição em massa. A União Europeia apoia muitos países em desenvolvimento na sua luta con-tra a pobreza. Ajuda esses países a promover o desenvolvimento económico, social e ambiental sustentável. Promove a democra-cia, o Estado de direito, a boa governação e o respeito dos direitos humanos.

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ALARGAMENTO E DE VIZINHANÇAA Política Europeia de Vizinhança visa criar um espaço de estabi-lidade, prosperidade e boa vizi-nhança nas fronteiras externas da UE.

O Instrumento de Pré-Adesão é dotado de 1,6 mil milhões de euros em 2014.

A União Europeia concede apoio financeiro aos países do alarga-mento na sua preparação para a

adesão à UE. A União procura igualmente cooperar em termos políti-cos e económicos com os outros países vizinhos.

O Instrumento Europeu de Vizinhança beneficia de 2,2 mil milhões de euros em 2014.

ADMINISTRAÇÃOApenas cerca de 6% do orçamento da União Europeia é gasto no fun-cionamento das instituições da UE, isto é nos salários e pensões dos funcionários da União, na tradução e interpretação, na segurança, nos edifícios, os sistemas de TI, etc. Estas despesas são necessárias para permitir à União Europeia funcionar corretamente.

As despesas totais em 2014 relativas à administração são estima-das em 8,4 mil milhões de euros (-2%, em relação ao orçamento de 2013).

Pelo segundo ano consecutivo, a Comissão reduziu o seu pessoal em 1%. A Comissão irá aplicar igualmente uma redução de 1,1% em áreas a selecionar das suas próprias despesas administrativas. A vasta reforma da política de pessoal da Comissão deverá condu-zir a uma poupança de 8 mil milhões de euros até 2020, reduzindo o seu pessoal em 5%, ao mesmo tempo que aumentará as horas de trabalho deste.

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Calendário 2014Janeiro

Se Te Qua Qui Se Sá Do 1 2 3 4 5

6 7 8 9 10 11 1213 14 15 16 17 18 1920 21 22 23 24 25 2627 28 28 30 31

FevereiroSe Te Qua Qui Se Sá Do

1 2 3 4 5 6 7 8 910 11 12 13 14 15 1617 18 19 20 21 22 2324 25 26 27 28

MarçoSe Te Qua Qui Se Sá Do

1 2 3 4 5 6 7 8 910 11 12 13 14 15 1617 18 19 20 21 22 2324 25 26 27 28 29 3031

AbrilSe Te Qua Qui Se Sá Do

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1314 15 16 17 18 19 2021 22 23 24 25 26 2728 29 30

MaioSe Te Qua Qui Se Sá Do

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1112 13 14 15 16 17 1819 20 21 22 23 24 2526 27 28 29 30 31

JunhoSe Te Qua Qui Se Sá Do

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 1516 17 18 19 20 21 2223 24 25 26 27 28 2930

JulhoSe Te Qua Qui Se Sá Do

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 1314 15 16 17 18 19 2021 22 23 24 25 26 2728 29 30 31

AgostoSe Te Qua Qui Se Sá Do

1 2 3 4 5 6 7 8 9 1011 12 13 14 15 16 1718 19 20 21 22 23 2425 26 27 28 29 30 31

SetembroSe Te Qua Qui Se Sá Do 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 1415 16 17 18 19 20 2122 23 24 25 26 27 2829 30

OutubroSe Te Qua Qui Se Sá Do

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1213 14 15 16 17 18 1920 21 22 23 24 25 2627 28 28 30 31

NovembroSe Te Qua Qui Se Sá Do

1 2 3 4 5 6 7 8 910 11 12 13 14 15 1617 18 19 20 21 22 2324 25 26 27 28 29 30

DezembroSe Te Qua Qui Se Sá Do 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 1415 16 17 18 19 20 2122 23 24 25 26 27 2829 30 31

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Factos básicos sobre

o orçamento da UE

Agenda de bolso

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Para mais informações sobre a programação financeira e o orçamento da União Europeia, consulte regularmente o nosso sítio web: http://ec.europa.eu/budget

Se pretender informações sobre as nossas publicações e receber as últimas notícias, inscreva-se, enviando um correio eletrónico para: [email protected]

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Como funciona o orçamento da UE?

O QUADRO FINANCEIRO PLURIANUALAs principais prioridades do orçamento da União Europeia são previs-tas ao longo de um período de tempo mais longo, através do qua-dro financeiro plurianual (QFP). O referido plano orçamental estabe-lece limites máximos anuais (conhecidos como «limites máximos») de despesa da União em diversos domínios de ação (designados «rubri-cas») ao longo de um período de, pelo menos, cinco anos. O quadro para 2014-2020 estabelece limites máximos anuais para seis rubri-cas e duas subrubricas. Dentro de cada rubrica, o financiamento é concedido principalmente através de programas (como o programa de educação Erasmus+ ou o programa a favor do ambiente LIFE e muitos outros) ou de fundos (como o Fundo de Coesão) com disposi-ções aprovadas para o mesmo período de tempo.

O acordo sobre o quadro financeiro plurianual (QFP) traduz as prio-ridades políticas definidas pelos Estados-Membros e instituições da União Europeia em termos financeiros e jurídicos. Esta programação financeira proporciona à União um ambiente estável a longo prazo, enquanto os instrumentos de flexibilidade asseguram uma capaci-dade de reação a acontecimentos imprevistos.

QUAL É A RELAÇÃO ENTRE O QUADRO FINANCEIRO E OS ORÇAMENTOS ANUAIS?No momento da elaboração de um projeto de orçamento anual, a Comissão deve respeitar os limites fixados pelo quadro finan-ceiro plurianual. Os orçamentos anuais são decididos pelos Estados- -Membros e pelo Parlamento Europeu. Ambos constituem a autori-dade orçamental da União Europeia e decidem em conjunto sobre o valor que será gasto em cada uma de cerca de 1 800 rubricas orça-mentais que abrangem atividades detalhadas no âmbito de cada pro-grama, projeto ou fundo. O orçamento da União Europeia pode ser consultado em linha: http://eur-lex.europa.eu/budget/www/index-en.htm.

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O que há de novo no QFP 2014-2020?

Dotações de autorização para o QFP, milhões de euros (a preços correntes)

1a. Competitividade para o crescimento e o emprego

142 130 13,1 %

1b. Coesão económica, social e territorial

366 791 33,9 %

2. Crescimento sustentável: recursos naturais

420 034 38,9 %

3. Segurança e cidadania

17 725 1,6%

4. Europa global

66 262 6,1 %

5. Administração

69 584 6,4 %

6. Compensação

29 0,0 %

A União Europeia consagrará um bilião de euros para ajudar a Europa a ultrapassar a crise económica e financeira, a combater o desem-prego e a apoiar o crescimento económico. Quais são os principais elementos do QFP 2014-2020?

► Aumento dos investimentos nos domínios da educação, da investigação e inovação, bem como melhoria das redes europeias dos transportes, da energia e digitais.

► Incidência no crescimento e no emprego e, em especial, na ajuda aos jovens sem emprego.

► Políticas de coesão mais eficazes que ofereçam às regiões várias possibilidades de financiamento, com especial ênfase no desempenho e no valor acrescentado da União Europeia.

► Uma política agrícola comum reformada, de modo a tornar a agricultura europeia mais competitiva e respeitadora do ambiente.

► Luta contra as alterações climáticas como componente indispensável de todas as principais políticas da União Europeia, com 20% das despesas consagradas a ações relacionadas com o clima.

► Melhor acesso ao financiamento para os cidadãos, empresas e organizações da União Europeia, graças a regras mais simples.

► Uma orientação para os resultados e um melhor controlo da utilização do orçamento, incluindo a possibilidade de suspender o financiamento se um Estado-Membro da União Europeia não aplicar políticas económicas e orçamentais viáveis.

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3’

► Instrumentos financeiros inovadores, tais como obrigações para financiar projetos, que permitirão gerar recursos financeiros adicionais através da participação do setor privado.

De onde vem o dinheiro?No início de cada novo quadro financeiro plurianual, todos os Estados--Membros da União devem decidir por consenso os tipos e os mon-tantes máximos dos recursos próprios que a União pode angariar durante um ano, bem como o método de cálculo desses recursos. Trata-se da Decisão Recursos Próprios. Pode dizer-se que, através da uma decisão soberana, os Estados-Membros acordam em garantir um certo nível de receitas ao orçamento da União Europeia ao longo do período e torná-los recursos «próprios» comuns da União Europeia.

Existem três tipos de recursos próprios:

► Recursos próprios tradicionais. São constituídos essencialmente pelos direitos aduaneiros sobre as importações provenientes de países terceiros e as quotizações sobre o açúcar. No QFP 2007-2013, os Estados-Membros conservavam 25% destes montantes a título de despesas de cobrança.

► Recursos próprios baseados no imposto sobre o valor acrescentado (IVA). Trata-se de uma taxa uniforme de 0,3% que é aplicada, com algumas exceções, à matéria coletável harmonizada do IVA do Estado-Membro.

► Recursos próprios baseados no rendimento nacional bruto. Cada Estado-Membro transfere uma certa percentagem da sua riqueza (expressa em rendimento nacional bruto; em 2012, tal percentagem era de 0,7554%) do orçamento da União Europeia. Embora concebido como uma variável de ajustamento, este sistema tornou-se na fonte mais importante de receitas do orçamento da União. Constitui cerca de 70% da totalidade das receitas.

As outras fontes de receitas (cerca de 6,2%, em 2012) são cons-tituídas pelos impostos e outras deduções sobre os vencimentos do pessoal da União Europeia, os juros bancários, as contribuições de países terceiros para certos programas, os juros de mora e multas.

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Receitas da UE em 2012

Recursos próprios do RNB

70,3 %

Recursos próprios do IVA

10,7 %Recursos próprios tradicionais (RPT)

11,8 %

Excedente do exercício anterior

1,1 %

Outros

6,2 %

Sabia?

A disciplina orçamental é um princípio fundamental e as despesas da União Europeia devem corresponder as suas receitas numa base anual. A UE não pode contrair empréstimos para financiar as suas ati-vidades. É por isso que a União tem qualquer dívida.

Quem gere os recursos da UE?A responsabilidade final pela execução do orçamento incumbe à Comissão Europeia. Na prática, a maior parte dos fundos da União Europeia (cerca de 80%) é gasta ao abrigo da chamada «gestão par-tilhada». Nos termos destes acordos, as autoridades dos Estados- -Membros, e não a Comissão, asseguraram a gestão das despesas do orçamento da União Europeia.

Modalidades de gestão (em 2013)

78 %

Autoridades dos Estados-Membros

(partilhada)

7 %

Parceiros internacionais e organismos públicos

(indireta)

15 %

Comissão e agências de execução

(direta)

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5’

Como é que o dinheiro é controlado?O processo de negociação, adoção, aplicação e avaliação do orçamento da União Europeia é muito transparente. Os proce-dimentos em matéria de concessão de subvenções e de concursos estão sujeitos a normas rigorosas. As informações sobre os bene-ficiários dos financiamentos da União Europeia são publicadas regularmente.

http://ec.europa.eu/contracts_grants/beneficiaries_en.htm

Além disso, o orçamento da União Europeia é objeto de audi-torias internas e externas. Se a auditoria da Comissão conclui que foram pagos indevidamente fundos do orçamento da UE, aquela deve assegurar a recuperação desse montante. Todos os anos, o Tribunal de Contas Europeu também realiza uma auditoria externa independente das contas anuais da União Europeia.

http://www.eca.europa.eu

Os Estados-Membros são igualmente responsáveis pela proteção dos interes-ses financeiros da União Europeia. Se forem encontra-dos erros, estes podem ser cor-rigidos imediatamente antes que o pagamento seja efetuado. Podem igualmente ser aplica-das correções aos pagamentos finais, dado que os projetos da União duram geralmente vários anos. A Comissão recupera em seguida os fundos inicialmente con-cedidos, a menos que os Estados-Membros proponham outras solu-ções atempadamente. Só em 2012, a Comissão corrigiu ou recupe-rou deste forma 4,4 mil milhões de euros. O Organismo Europeu de Luta Antifraude leva a cabo investigações em casos potenciais de fraude. Esses casos dizem respeito apenas a uma pequena parte do orçamento da União Europeia, isto é, cerca de 0,2%.

http://ec.europa.eu/anti_fraud

Com base no relatório anual do Tribunal de Contas, a execu-ção do orçamento da União Europeia é avaliada pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu. O Parlamento decide então se dar ou não quitação à Comissão. A quitação pode ser entendida como uma aprovação da forma como a Comissão executou o orçamento nesse exercício e o encerramento desse orçamento.

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O orçamento da UE em PortugalO orçamento da União Europeia financia ações que os Estados- -Membros não podem financiar por si próprios ou que podem finan-ciar de forma mais económica, trabalhando em conjunto. O projeto seguinte mostra o valor acrescentado que resulta de os países euro-peus reunirem os seus recursos no domínio da investigação.

INVESTIGADORES EUROPEUS APROFUNDAM CONHECIMENTOS SOBRE OS MISTÉRIOS DO CÉREBRO HUMANO

Cientistas portugueses participam no «Human Brain Project» (projeto do cére-bro humano), que está a desenvolver o modelo mais pormenorizado do cérebro alguma vez realizado, recorrendo a tec-nologias de supercomputação. Os resul-tados vão ajudar a desenvolver novos tratamentos para as doenças do cérebro, bem como novas tecnologias revolucio-nárias de computação. (Financiamento da UE: 54 milhões de euros)

A União Europeia apoia numerosos projetos em Portugal. Para mais infor-

mações sobre esses projetos, consulte a nossa publicação na Internet em: O orçamento da UE no meu país.

http://ec.europa.eu/budget/mycountry/

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7’

Posso beneficiar de financiamento da UE?Existem muitos projetos, programas e fundos; cada um dos quais com as suas regras. Se é um jovem, pode beneficiar do pro-grama de educação da União Europeia Erasmus+, que lhe oferece oportunidades de estudo no estrangeiro. Este programa apoia igual-mente os estudantes dos últimos anos do ensino secundário e dá-lhe uma oportunidade de seguir uma formação profissional noutro país. Pode também obter cofinanciamento de projetos que promovam a participação cívica, o trabalho voluntário e uma perspetiva multicul-tural mais ampla.

http://ec.europa.eu/programmes/erasmus-plus/index_en.htm

Se é um investigador, estão previstas subvenções sob a forma de cofinanciamento de investigação. Programas de tra-balho de dois anos anunciam os domínios específicos que serão financiados pelo programa-qua-dro Horizonte 2020. Procure no portal em linha dedicado aos participantes, dado que tais pro-gramas podem ser utilizados como calendário para os con-vites à apresentação de propostas («convites»), a publicar durante o ano.

http://ec.europa.eu/research/participants/portal/desktop/en/home.html

Se é um agricultor da União Europeia, receberá muito provavel-mente pagamentos diretos destinados a apoiar os seus rendimen-tos. Poderá igualmente beneficiar de outros fundos como o Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural ou o programa LIFE rela-tivo ao ambiente e às alterações climáticas.

http://ec.europa.eu/clima/policies/finance/budget/life/index_en.htm

Se possuir uma pequena ou média empresa, poderá beneficiar de financiamento da União Europeia através de subvenções, emprés-timos e, em alguns casos, garantias, bem como de instrumentos a favor do crescimento no âmbito do novo programa COSME.

http://ec.europa.eu/enterprise/initiatives/cosme/index_en.htm

Se se considera um cidadão europeu comum, se pertence a um organismo público ou a uma ONG, poderá beneficiar igualmente de financiamento da União Europeia, desde que exerça, pessoalmente ou através da sua organização, atividades no âmbito das políticas da

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União. Para mais informações, consulte o sítio web consagrado aos nossos programas:

http://ec.europa.eu/budget/mff/programmes/index_en.cfm#cfpi

A Comissão Europeia está a preparar um novo guia para principiantes em matéria de financiamento da União, prevendo-se a sua publica-ção em 2014. Se estiver interessado em receber informações sobre a referida publicação, queira seguir o orçamento da UE no sítio web, em Twitter, em Facebook ou em Google+.

Como posso obter financiamento da UE?Os recursos do orçamento da União Europeia são acessíveis a todos os cidadãos europeus, a si, à sua empresa, à sua escola, à sua aldeia, à sua região ou à ONG com que simpatiza.

O orçamento da União Europeia proporciona dois tipos prin-cipais de financiamento a um certo número de partes interessadas.

1. Subvenções concedidas para financiar ou cofinanciar certos pro-jetos ou objetivos, geralmente através de convite à apresentação de propostas. Os interessados num financiamento da União Europeia devem demonstrar a forma como os fundos disponíveis atingirão os objetivos enunciados. O financiamento dos fundos estruturais e de investimento é prestado através de subvenções concedidas pelas administrações regionais e locais.

2. Contratos públicos, adjudicados através de concursos (contra-tos públicos), destinados à aquisição de bens ou serviços ou obras de forma a assegurar o funcionamento das instituições ou progra-mas da União Europeia.

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