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Dr. J. Bernardo Cabra!:MDPresidente da Comissão Permanente de Direito ConstitucionaldoIAB

11-.n.u

Exmo. Sr.

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10°/ 1 1-<.Í' \

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~....~n~~. In~.~ayaO n. ~99/~OÁO PROJETO D~ I:E, DO \~\.:.- -.L;;:;SENADO FEDERAL NQ. 308/2010 - VOTOS ATRIBUIDOS A \::;~'tl7---:~CANDIDA TO DECLARADO INELECÍVEL DEPOIS DA ELEIÇÃO "--!:...-

É fato que o eleito0 de forma geral, vota no candidato. Porém,

a sistemática constitucional exige a filiação partidária comocondição de elegibilidade.

Para tornar-se candidato, é condição de elegibilidade que ocidadão esteja flliado a !1m partido polftico, sendo certo dizerque a candidatura pertence ao partido, na medidClem que nãose admite candidato semfiliação a uma legenda.

}\/essas condiçõesJ nas votações proporcionais é razoável elógico que sejam transferidos ao partido político os votos

atribuídos a candidato declarado inelegível depois do pleito,

inclusive para preservação do coeficiente eleitoral.

Assim, os votos atribuídos ao candidato declarado inelegÍveldepois do pleito devem ser transferidos ao partido polftico, emrespeito aos princípios da filiação partidária, da segurançajurídica, da soberania popular e do sufrágio universal.

Prezado Presidente,

Fui designado relator da indicação epigrafada, por decisão da

Comissão Permanente de Direito Constitucional, que, na suareunião do dia 04 de maio de 2011, entendeu ser necessária a

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308/2010, de autoria do Senador Marcelo Crivella.

Com o referido projeto de lei, o Senador pretende que sejamconsiderados nulos os votos concedidos a candidatos

transferidos aos partidos políticos, como prevê o CódigoEleitoral (Lei 4.737/65), em seu artigo 175, § 4º.

Assim, o parlamentar propõe que, na redação do artigo 16-A daLei 9.504/97 (Lei das Eleições), seja acrescido o § 2º, sendo

reUr'llT'lrlr'l o § L!.º rlo arf";fTo 17r:: da La; 4 737/6r; (Co' d-I' <TOEle-it-r'lrallJ. V\J5U.~\....J . .1 \..I. .1••..15 ..Llo.J .••..••.1.; I .J . 5 .I.\.V.1)1

conforme redação a seguir:

"Art. 16- A1 .

t:. ?º TranC'I't-arla am -inln-arln nu pnbl-iroarla a rlorol'sa-n::J •••• J. .lJ L 1'A •••..•.1..1. J U.l5 \AV V' u. .1.1•••..•.~ ' L1.•••..•••••...' V

proferida por órgão colegiado, dedarandoainelegibilidade de candidato eleito, serão nulos, paratodos os efeitos, os votos a ele dados." (NR).

Art. 2º Esta

pubiicação.

T ai antra em ~rifTor na dat-a1..."...,1. '-.1 LJ. J. V.15 1..1.1 l.C'11 ':)"'''''''A

Art. 3º Revogue-se {}§4º do art. 175 da Lei nº. 4.737,de 15 de julho de 1965, incluído pela Leinº. 7.179, de19 de dezembro de 1983."

1 Art l6-A. O candidato cujo registro esteja sub judice poderá efetuar todos osatos relativos à ca..'1lpar.....lJaeleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito norádio e na televisão e ter seu nome mantido na lhrna eletrônica enqu&~to estiversob essa condição, ficarldo a validade dos votos a ele atribuídos condicionada aodeferimento de seu registro por instância superior.

Parágrafo único_ O cômputo, para o respectivo partido ou coligação, dos votosatribuídos ao ca'1didato cujo registro esteja sub judice no dia da eleição, ficacondicionado ao deferimento do registro do candidato.

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Porrobo-so quo o prrlJ'otrl do 10; se rlr1ITln':1'---1.1,...,-, \..,.. .••...•. '"-" .tu t.,... v '-' .1'\....t V1.J.5.1.u...•.da nrlss;l-.;l;rlarlopu .1Ul.l1.\.A. \...1.'-'

Então, o que fazer com os votos obtidos pelo candidato declarado

inelegível? E como considerar estes votos para o coeficienteeleitoral?

Confesso que a questão não é simples, pois de um lado está oprincípio constitucional da moralidade para o exercício domanrl':l-to elO-t117Qcrlnforme nreuô ':l ronstl'b,;ra-o nrl se" o::>r-t-;go14.t .- .•. ..i.'-A.Lf..\.: ._Il....•.lI'", '-' •.•..•.. t' y,- 'LI.~' .•. \.&..4...•."1'". J -,l.".i.'-...t '-'l. LA.l.. Li. ...1.. 1

§ 9º, que deu ensejo à Lei Complementar 135/2010.

Do nll-trn larln as-ta' ':J dasnnal'a- n rlns Hot-ncI'nncadirlns liuroman-t-auu\..J. v 1 uv,;.,.. •..•. U. \..... "'~ 1.. Y V uv V LV.:> \"-VJ:.J. 'i- . .I\.A.'-J' 1..1V.l ~1.~.l'"".l.l\..\...

nelos eleitores, no exercício do sufrá!!io universal e da. ~

SnbOT"-:llTl]"a nnnnl-:llT" prl"nc1p;0 funrlamon-t-a1 da Oon,;l-.II·c':J (arl;rro~ ""'..iI. •.••..•.•. l:''-''L •..•...&&.&. ..•• , J..l J. .aLI. .1.1.'-.1.1.••. .1 .l.'t.'-pL..t.LJ U. l' L \...1.6

1º. naráerafo único, e 14 da Constituicãol Que diz Que "todo~ .•. LI' J -" J. .I.

poder emana do povo".

Com efeito, o projeto, ao invés de facilitar, cria verdadeira

insegurança jurídica, ao propor a revogação da norma que prevê

que os votos dados a candidatos inelegíveis sejam transferidos aoseu partido, como consta no artigo 175 do Código Eleitoral, emSons F.§ ':;!Q a 4.Q uorbl',,·\...u ::s J ~ 1 v ••.....1 J.

fI§ 3Q Serão nulos, para todos os efeitos, os votos dados acandidatos ineiegíveis ou não registra dos.

§ 40 O dl'snoc:-~o "'0 nara' nraFr> n •.•~arjor •.•nr> c:-a rrnlira- ti 4Jc.,.. I-I. t" 1 - M . JV 1.4.11.c...l" .t I "u\..l J\'; UpLt\...

quando a decisão de ineiegibiiídade ou de cancelamentode registro for proferida após a realização da eleição aqUe conrnrreu n rnnAidntn nlcnnrnAn noln contonrnH :';''''''"''2. &4 '-I ••••..•.•••..•.••..•.•.•" •..•.•.•..•.••. yt..a •..•.Y" t''''•.•..•.&.;'"" ••.••• ,.", •. ,... •••• ,

caso em que os votos serão contados para opartido pelo qual tiver sido feito oseu registro,

Com efeito, a norma do § 4º do artigo 175 do Código Eleitoral estáem linha com o que prevê a Constituição, em seu artigo 14, § 3Q, V,

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filbr::áo n~rti..:J';rb~~~~-7- r-~_~U:c a_o

Ora, se para tornar-se elegível o cidadão tem que estar fiHado a

um partido político, é razoável que, sendo ele desclassificado

legenda partidária, até porque toda a estrutura eleitoralbrasileira está assentada na figura do partido.

Caso contrário, estaria o legislador invalidando, depois do pleito, osufrágio universal e a soberania popular, o que seriainconstitucional.

É fato que o eleitor, de forma geral, vota no candidato. Porém,

como manifestado, a sistemática constitucional exige a filiaçãn",,,,"""irl..!;.T'i,,,,I'.nm.n I'.nlnrliç;;.n "'''''T''''' .•.•olonl·hHirl.,.~oPU..l. ,",~UU.J..l.U ,""VAA.I.'1.I ,--V.I..I.Y..1 CAU pa .•a.a '-'.1."""'6 U.I..l.lUu.U'-'o

Ent-a-opela lAgl'cada CnnStl"t-111ça-n para ran~ldatar-sa n cl~ada-n.lt.. J .l.lU -vJ.~ t..U.l \..)', 1. 1..... I.1UI. - 1. '---, V 1~ LI

deve estar miado a um partido político, ou seja, somente o partidotorna viável a candidatura.

Tanto é que a Lei 9.504/97 (Lei das Eleições) diz que o partido

fará o registro das candidaturas na Justiça Eleitoral (artigos 10 e

11), bem como a substituição do candidato declarado inelegívelantes da eleição (art. 13).

Nessa ótica, o partido precede ao candidato e é tão importantequanto ele para as eleições, mesmo porque não existecandh:!atllra sem partido, embora exista partido semcandidatura.

Saliente-se que é o partido, durante a eleição, que disponibiHzatoda a sua estrutura em favor do candidato, o que torna legítimo econstitu.cional o aproveitamento do coeficiente eleitoral para oscargos DrODorcionaÍs.> >

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PAr r.nArtllnn o l'Y'l0Sl'Y>An::in sonrlo Oh10t-Orl':J proconte 1"nrl1f'aç::ir..a. V.l VPV.l LLl.J.J.V, ~ J.J.J.~ .I..l.lV J.c.A'-..J '-lJ.~V UJ'-L '-A.U .I. '-J'-.lJ. .1 \.A..1\.... UV,

neco vênia Dara manifestar Que a reera do Daráerafo únÍCo do"'''.1. .l (J .I. c.J

':Jrt1go 1 h_/1 rl':l Tai Q r:{)L!./Q~/2 e' 1nf'nmn':JHuol f'0m os nr1nrlnl'oc rlaLlJ. \...J. 'LI ...L1.J .L.l. ••.••.«A •....•••...•..1 J • ...J ~ .1/ ../ .l.l1.\.....V.l .1pUl..l V'-.1 ,-"v .1.1 \J pJ. .l.1J..••...•.1.jJ J \..l

direito de ter computados em seu favor os votos obtidos pelo

candidato que disputou o pleito, mas teve, posteriormente,

confirmada a sua inelegibilidade por decisão judicial.

1\ manllt-on,..;o dest-", ocrl"",'1vll1", C}'h'a"';o ,..onshhu1 nor VI'as..L"-l .1.1.••. ·lJ.UIL.. ••.....l .••.yu ..••. u. '-"'>""""'1 U:i~-uJ.u. J LiA.- tyU L. 1.t Lit..- l, p J.

transversas, verdadeira cassação do voto do eleitor, base dosistema democrático, que contribuiu para a formação docoeficiente eleitoral em favor do partido ou coligação partidária.

Pcrt",nt-o ':l nr."m':l rlA § 4º dA ",rt- 1 7r::: rlA rf.rl1go J::lol't-Ara1(T01 1"\º.I. U,11L J U. IJ.Vl lJU uu V U1. ••...•..L I J uv ",--,vUJ. Ld.""'" \..V:i. .1 lu .•....! 1.1 •

4,737) deve ser preservada por estar em linha com a Constituição,

na medida em que é razoável e lÓgico que sejam transferidos ao

partido político, nas votações proporcionais, os votos atribuídos a

,..",nrl-irl",t-n rlo"'l",r",rln ;nolomvel dop. "'1'S dn plo1t-n ;n,..I1,s';no na"a\....u.J..í.UJ,Utit..U '\,A'L.\.... L&:i uU;v J.li\.....Lt.,..;bA v ~ '""" '-' V .l'-J.LV, .••.I...•.""'.I.-'-'t. .I.V '- 1"' .I.

preservação do coeficiente eleitoral.

Isto posto, o projeto de lei em questão deve ser rejeitado.

2 "O cômputo, para o respectivo partido ou coligação, dos votos atribuídos ao candidatocujo registro esteja sub judice no dia àa eleição, fica condicionado ao deferimento doregistro do cillldidato. "