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DADOS CRANIANOS DE REMANESCENTES OSSEOS HUMANOS DA GRUTA DO SUMIDOURO/MG, BRASIL, DEPOSITADOS EM INSTITUIÇOES DA EUROPA Wa1ter Alves Neves Area de Ecologia e Biologia Humana Museu Paraense Emilio Goeldi-CNPq RESUMO Neste trabalho são apresentados dados osteológicos de 16 crânios exumados por Peter W. Lund, no século XIX, na Gruta do Sumidouro/MG. Os dados, referentes a sexo, idade, variação métrica, variação não-métrica, estado de conservação da arcada dentária superior, incidência de patologias alveo- lares, de hiperostose porótica, de patologias infecciosas inespecíficas e de traumas, estão apresentados sob a forma de listagem informatizada. O objetivo do trabalho é socializar junto à comunidade científica nacional e estrangeira dados osteológicos de uma coleção de remanescentes ósseos humanos arqueológicos de idade presumivelmente paleoíndia e arcaica inferior. Palavras-chave: Sumidouro, Lund, Paleoíndio, Lagoa Santa, Craneologia. SUMMARY This paper presents raw osteological information about 16 calvaria from Sumidouro Cave, Lagoa Santa region, Minas Gerais, Brazil, recovered by Peter W. Lund, in the last century. Data referring sex, age, metric and non-metric variation, conservation of upper dentition, incidence of alveolar infection, porotic hiperostosis, inespecificinfec- cious desease and trauma are presented by means of informa- tized data bank. The aim of the paper is tomake osteological information about a suposed1y Pa1eoindian and Ear1y Archaic Southamerican skeletal collection available for other scien- tists. Key words: Sumidouro, Lund, Lagoa Santa, Paleoindio, Cranial remains. Arq. Mus. Hist. Nat. UFMG. Belo Horizonte.V.11:30l-311 - 1986/1990 Centro Especializado em Arqueologia Pré-Histórica - MHNJB/UFMG 2012

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  • DADOS CRANIANOS DE REMANESCENTES OSSEOS HUMANOS DA GRUTA DOSUMIDOURO/MG, BRASIL, DEPOSITADOS EM INSTITUIÇOES DA EUROPA

    Wa1ter Alves NevesArea de Ecologia e Biologia HumanaMuseu Paraense Emilio Goeldi-CNPq

    RESUMONeste trabalho são apresentados dados osteológicos de

    16 crânios exumados por Peter W. Lund, no século XIX, naGruta do Sumidouro/MG. Os dados, referentes a sexo, idade,variação métrica, variação não-métrica, estado de conservaçãoda arcada dentária superior, incidência de patologias alveo-lares, de hiperostose porótica, de patologias infecciosasinespecíficas e de traumas, estão apresentados sob a forma delistagem informatizada. O objetivo do trabalho é socializarjunto à comunidade científica nacional e estrangeira dadososteológicos de uma coleção de remanescentes ósseos humanosarqueológicos de idade presumivelmente paleoíndia e arcaicainferior.

    Palavras-chave: Sumidouro, Lund, Paleoíndio, Lagoa Santa,Craneologia.

    SUMMARYThis paper presents raw osteological information about

    16 calvaria from Sumidouro Cave, Lagoa Santa region, MinasGerais, Brazil, recovered by Peter W. Lund, in the lastcentury. Data referring sex, age, metric and non-metricvariation, conservation of upper dentition, incidence ofalveolar infection, porotic hiperostosis, inespecificinfec-cious desease and trauma are presented by means of informa-tized data bank. The aim of the paper is tomake osteologicalinformation about a suposed1y Pa1eoindian and Ear1y ArchaicSouthamerican skeletal collection available for other scien-tists.

    Key words: Sumidouro, Lund, Lagoa Santa, Paleoindio, Cranialremains.

    Arq. Mus. Hist. Nat. UFMG. Belo Horizonte.V.11:30l-311 - 1986/1990

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  • INTRODUÇAONos últimos anos, a questão da origem e da dispersão do

    Homo sapiens sapiens voltou a tornar um grande espaço na li-teratura antropo16gica internacional (para urna revisão verSmi'th & Spencer, 1984; stringer & Andrews, 1-988). Nesse con-texto, várias coleções ou até mesmo espécimes isolados de re-manescentes 6sseos humanos datados do Pleistoceno Superior edo início do Holoceno, antes esquecidos nos porões dos muse-us, voltaram a ser analisados, sob novas perspectivas evolu-tivas conceituais e sob o quadro metodo16gico das técnicasestatísticas multivariadas (Thorne & Wolpoff, 1981; Right-mire, 1984; Habgood, 1985; Kamminga & Wright, 198~). O re-exame desses materiais, por muito tempo relegados ao lugarcomum do "homem moderno" produziu, em várias partes do mundo,resultados surpreendentes, fazendo com que nos últimos cincoanos a visão sobre o aparecimento e a dispersão de nossa sub-espécie passasse a ser compreendida dentro de quadros dereferência inimagináveis há alguns poucos anos.

    Em decorrência dessa experiência bem sucedida, há hojeem dia, em todo mundo, um esforço por parte dos bioantro-p610gos para se reexaminar e tornar público materiais quepossam, em suas respectivas regiões geográficas, elucidarprocessos-microevolutivos da fase final de ocupação do plane-ta pelo Homo sapiens sapiens.

    No caso da América, nos últimos anos, tem sido pequenaa contribuição dos estudos dos remanescentes 6sseos humanospré-hist6ricos para a geração e teste de hip6teses sobre aorigem e a dispersão de seus primeiros habitantes (Owen,198~; Irving, 1985). Com exceção dos trabalhos sobre variaçãodentária de C.G.Turner 11 (Turner 11, 1983; Greenberg, TUrner11 & Zegura, 1986), a ocupação da América pelo homem e suassubsequentes adaptações aos diversos nichos neotropicais têmsido estudadas quase que exclusivamente através dos remanes-centes culturais, ou através da biologia das populações in-dígenas atuais (para urna revisão ver Owrn, 1984; Irving,1985; Salzano & Callegari-Jacques, 1987).

    Se, nas três Américas, já são raros os sítiosarqueológicos de idade pleistocênica comprovada, mais rarosainda são aqueles nos quais foram encontradas amostras numer-icamente expr~ssivas de remanescentes 6sseos humanos (Owen,1984). A região de Lagoa Santa, tradicionalmente conhecidapor urnadensa ocupação paleoíndica (Prous, 1978), de idade

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  • pleistocênica terminal incontestável, torna-se, portanto, deimport!ncia singular no contexto da procura pelas ~rigensbiológicas do homem americano. Sobretudo porque na região jáforam exumadas, até o momento, várias coleções numericamenteexpressivas de esqueletos humanos, datados dos períodos Pa-leoíndio e Arcaico Inferior que aguardam por análise apro-priadas.

    Este trabalho tem como objetivo apresentar, de maneiraabsolutamente descritiva, dados osteológicos obtidos a partirda análise dos crânios humanos exumados da Gruta do Sumidou-ro, Minas Gerais, por Peter W. Lund, no século passado e quese encontram depositados em instituições européias.

    Apesar da minha franca oposição a uma AntropologiaFísica puramente descritiva (ver Neves, 1984 para um exem-plo), decidi-me pela publicação dos dados brutos da coleçãoLUND tendo em vista que o alto custo financeiro implicado naobtenção dos dados dificulta a replicação das análises porpesquisadores brasileiros e sulamericanos. Este trabalho deveser encarado, portanto, como uma simples socialização de umbànco de dados que pode vir a ser de utilidade para a comuni-dade científica nacional e estrangeira. Ele não se propõe aqualquer nível analítico e portanto não deve ser lido sobessa perspectiva.

    A ORIGEM DO MATERIALOs crânios analisados foram exumados pelo naturalista

    dinamarquês Peter W. Lund, entre 1841 e 1843, na Gruta dosumidouro, região de Lagoa Santa, Minas Gerais e depositadospelo próprio coletor em instituições européias.

    Como todo material exumado durante a fase pré-Cien-tífica da arqueologia, os remanescentes ósseos humanos cole-tados por Lund não apresentam registro estratigráfico porme-norizado. Observações geológicas efetuadas por ele (Lund,1950) e aceitas por pesquisadores subsequentes (Emperaire,Prous, Moraes & Beltrão, 1975) parecem apontar em direção auma deposição secundária do material, drenado a partir daLagoa do Sumidouro, à época das cheias.

    Embora não haja até o momento qualquer datação absolutapara Sumidouro, nem para quaisquer dos fÓ5seis ali coletados,a presença de pa1eofauna claramente associada aos remanes-

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  • centes humanos, o grau de metalizaçA~ ou mineralizaçAo dosossos e a analogia de Sumidouro a outros sítios de gruta daregião de Lagoa Santa datados por métodos radiométricos,permite sugerir, pelo menos provisoriamente, uma antiguidadePleistocênica terminal ou Holocênica inicial para esses re-manescentes, não se afastando, contudo, a possibilidade deinstrusão de materiais mais recentes, do períódo arcaico.

    Análises osteológicas anteriores já foram efetuadas so-bre o mesmo material e acham-se espalhados pela literaturaantropológica do século XIX e do início do século XX (Lund,1845; Reinhardt, 1868; Kollman, 1884; Kate, 1885; Hansen,1889; Põch, 1938).

    MATERIAL E MÉTODOS

    o material compreendido neste trabalho refere-se a 16calvários íntegros, adultos, 15 dos quais depositados no Mu-seu de Zoologia de Copenhague e 1 no Museu Britânico de Lon-dres. Embora a primeira coleçAo também inclua mandíbulas eossos longos, esses nAo puderam ser associados aos calváriosanalisados.

    As análises foram efetuadas em quatro dias de per-manência na primeira instituiçAo e um dia de permanência nasegunda, durante o mês de Setembro de 1988. Elas incluiram osseguintes aspectos: estimativa do sexo e da faixa etária,variação métrica, variação não-métrica, estado de conservaçãoda arcada dentária superior, incidência de patologias alveo-lares, incidência de hiperostose porótica, de patologias in-fecciosas inespecíficas e de traumas.

    A estimativa do sexo e da idade teve que se restringiraos indicadores cranianos clássicos (Brothwekk, 1981; Ubela-ker, 1978) por falta dos ossos longos. O alto grau de mine-ralização dos exemplares pode ter causado uma superestimativada faixa etária, tendo em vista as pseudosinostoses suturaisque provocam.

    Os dados métricos foram obtidos de acordo com os cri-térios definidos por Pereira & Mello e Alvim (1979) e osdados não-métricos seguiram os critérios de Berry & Berry(1967) e de Corruccini (1974), descritos em português porNeves (1984). '

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  • 'JAPRESENTAÇAO DOS DADOSCom o objetivo de aprésentar os dados de maneira sin-

    tética, as informações osteológicas coletadas foram informa-tizadas e estão apresentados sob a forma de listagem de com-putador na TABELA 11.

    A leitura da listagem só pode ser efetuada de maneiraadequada a partir da consulta da tabela I e do QUADRO I, ondeestão especificadas as variáveis, seus respectivos formatosde leitura, códigos e significados.

    O QUADRO I está preenchido, a título de exemplo, com asinformações referentes ao primeiro indivíduo da listagemapresentada na TABELA 11.

    As FIGURAS 1 e 2 ilustram alguns cr!nios da coleçãoLUND do Museu de Zoologia de Copenhague.

    AGRADECIMENTOSAgradeço a Tove Hatting e Chris Stringer por terem per-

    mitido o acesso ao material depositado no Museu de Zoologia eno Museu Brit!nico, respectivamente. Estendo meus agradeci-mentos a Jeppe Nohl, Robert Kruszynski e Knud Rosenlund porsua assistência durante as análises osteológicas e ao últimotambém pelo fornecimento das fotografias incluídas no artigo.Os recursos necessários para o desenvolvimento deste trabalhoforam fornecidos pelo Museu Paraense Emilio Goeldi.

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    Figura 1 - Vista em normas frontal (a), lateral(b), superior(c) e posterior(d)de um crânio masculino(SH 09) exumado da Gruta do Sumidouro porp.W.Lund(Coleção Museu de Zoologia,copenhague) .Foto K.Rosenlunã.

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    Figura 2 - Vista em normas frontal (a), lateral(b), superior(c) e posterior(d)de um crânio feminino(SH 07) exumado da Gruta do Sumidouro porp.W.Lund(Coleção Museu de Zoologia ,Copenhague) .Foto K.Rosenlund. C

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    TABELA I - CONTEODO E LEGENDA DOS CóDIGOS DO ARQUIVO SU"IDOURO

    IDENTIFICAÇ1iOVAR

    Número de catálogo narespectiva instituiçãoZ" Zoo Iog ica I Museum

    CopenhagenB" British Museum

    LondresVAR SU Gruta do Sumidouro

    Minas GeraisVAR 4 1. ma seu I i no

    2.3.

    femininoindeterminado

    VAR 5 1. cr i ança2. a do Iescente3. adulto4. maduro5. s en i I6. indetermi nado

    VAR 6-53 "edida em milímetroVAR 54-108 O. ausente

    1. presente2. sem cond i ç õ e s de

    análise

    ~ INSTlTUIÇ1iO/LOCAL

    PROCEDÊNCIA

    SEXO

    ~~ FAIXA ETARIA

    VARIAÇ1iO "ÉTRICA

    ~ VARIAÇ1iO N1iO-"ÉTRICA

    VAR 109-120 1. presente2. perda in vivo3. perda post mortem4. fragmentado ESTADO DE CONSERVAÇ1iO5. a u s ê n c i a congênita DA ARCADA DENTARIA6. retido no alvéolo SUPERIOR7. perda por c á r i e9. sem c o n o i ç õ e s de

    análise

    VAR 125-140 O. ausente

    ~1. presente INCIDÊNCIA DE PATOLOGIA9. sem condições de INHCCIOSA ALVEOlAR

    análise (ARCADA SUPERIOR)VAR 141-145 O. ausente

    ~

    1. ativa INCID~NCIA DE2. regredida HIPEROSTOSE POROTICA9. sem condições de

    análise

    VAR 146-148 O. ausente1. per iostite localizada2. periostite genera I iza ca3. osteomielite localizada INCIDÊNCIA DE PATOLOGIAS4. osteomiel ite general iza da INFECCIOSAS INESPECTFICAS9. sem condições de

    análiseVAR 149-156 O. ausente

    ~1. presente9. sem condiçOes de INCIDfNCIA DE TRAU"AS

    análise

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  • TABELA 11 - Banco de dados Sumidouro00005H01 ZMCO 5U 15 195 000 000 000 000 000 000 000 000 109 000 000 000 000 000000 000 000 000 34 43 000 21 000 000 000 000 000 000 132 136 000 72 000 000000 117 122 000 70 000 000 000 000 000 000 000 25 1120220122022222002222220212120202022222220202020212222 3334439999999999 1110009999999999 00000 043 0110900900005H02 ZMCO SU 14 186 129 000 000 000 111 000 93 115 111 118 114 000 000 000000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 130 120 000 82 000 292000 114 108 000 74 006 000 000 000 000 000 45 000 1100111002021100002000112011112222222222220000222021222 9999999999999999 9999999999999999 92000 099 0000009900005H03 ZMCO SU 14 192 133 87 134 138 114 117 94 114 109 116 112 62 97 000104 96 47 22 30 41 94 19 000 000 000 000 40 29 125 126 147 108 39 303313 110 115 111 95 36 27 94 24 105 81 44 20 1101110011001122000000220010001010001000010000101011022 2223345345323322 1111119109111111 00000 000 00000000 '00005H04 ZMCO SU 15 184 129 103 138 141 114 116 100 114 106 120 113 000 000 000110102 51 23 32 40 99 22000000000000 37 30130129113 72 41305310 113 115 97 64 43 28 96 61 100 82 46 23 0000222122000022000022202000010020002120220000,10011022 2222222222223444 9111119999119100 00000 000 0000000000005H06 ZMCO SU 24 182 132 000 000 000114 000 92 000 000 115 113 000 000 000000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 126 000 82 000 000000 000 112"000 70 000 000 000 000 000 77 000 000 1100001011000000102222220022222722222222222021220011222 9999999999999999 9999999999999999 00000 039 0009909900005H07 ZMrn SU 23 177 125 98 128 128 103 102 83 104 100 108 106 63 90 000000 000 45 25 000 37 000 20 000 000 000 000000 000 119 118 000 66 000 277280 104 107 000 63 000 15 101 21 000 78 43 13 1110100000000122002020110000112020002722212021101111022 3333333333333999 0000000000000999 00000 090 0000009900005H09 ZMCO SU 15 183 130 99 140 143 119 120 99 116 109 114 112 66 ~4 000108 97 46 25 35 41 101 23 63 38 43 52 35 28 127 121 127 83 44 301310 112 111 104 73 43 34 98 28 102 77 48 24 1120210101000122200022000000100000001122000D00110011022 4443332332333444 0011199119911100 00000 000 000000000000SH10 ZMCO SU 24 181 132 000 000 000 000 000 94 110 97 000 000 000 000 000108 000 000 000 000 000 000 23 000 000 000 000 000 000 127 140~00 67 000 000000 115 123 000 63 000 000 35 000 000 000 48 24 1100200122222220002020222002122222222222220000222022222 9999999999999999 9999999999999999 00000 099 0009009900005H11 ZHrn ~U 14 198 141 110 142 000 119 000 95 118 109 120 112 000 000 0001n~ onn noo nno ono noo 000 78 000 ono 000 000 36 31 140 119 134 94 40 320n~o 171 108 107 A? 41 nnn 100 29 nno ns 47 22 110011?2000000220000000211n022277722117?Ooonn1?20011n?2 qq~99g9999999q99 999999g9~9999q99 00000 090 100000gg

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  • ~~ D I'l~ D 'or_ rupr.or.it., ~~ ~ Largura 'ae;"

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    VI Face cceotetc .j>o Arco aurãcutar~ E N "E: t-I g pelo vârtex o superior

    10Forame ou o o ~Inctsura front:al ~

    '""For_ infraor.ital §N ~ Largur. '.etal

    Oacessório .j>o Corda sagLtalN jo/. frontal (FRe) N o JDédia (ZMB)

    Forruoezlgomato- ..." o~: :::-:=~.tl ~ AIM ••••• t (NLH)

    '"O:- Corda sagital

    N~ '",titui,âo/Loca'!E •••• parietal (PAC)D canal condllar OE poster-Ior patente ~8D recece condilar

    ~ Corda sag l ta'l

    ~~ ~dupla f: occi.pital (OCC) Largura nasal (NLB ....I;j Procedenc í a ON n canal condilar C

    E anterior duplo ...N "~§ ~§ OO D Forame ovale Corda sagital Alt.ura da UlN E incompleto porção superior do órbita (OBU) ~~ Sexo lio D scraee eepmnosc occlpital VI VI Fatxa et.ãria ...

    E aberto '"N s"'''' o D Foraae de~~

    Corda sagital ~§ ~~ Compru..nto máximo (roL) 1lE Ves,álio Largura daI! 11 11 N porçao inferior órbita (OBB)=nCDIlI D Forame de do occipitalO O tI) •••• o~ ~ 'ê ~ N E lluschkeI-'I'D \'1) •••• ~ D Forame 8tylo-

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  • IMPRENSA UNIVERSITARIACaixa Postal 1621 - 31.270 Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil

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