2011 ippuj 20 anos blumenau

BLUMENAU: DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTBLUMENAU: DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁÁVELVEL

BLUMENAU: BLUMENAU: BLUMENAU: BLUMENAU: BLUMENAU: BLUMENAU: BLUMENAU: BLUMENAU: DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTDESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTDESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTDESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTDESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTDESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTDESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTDESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁÁÁÁÁÁÁÁVELVELVELVELVELVELVELVEL

Profa. Dra. Claudia Siebert Profa. Dra. Claudia Siebert Profa. Dra. Claudia Siebert Profa. Dra. Claudia Siebert Profa. Dra. Claudia Siebert Profa. Dra. Claudia Siebert Profa. Dra. Claudia Siebert Profa. Dra. Claudia Siebert –––––––– NEUR NEUR NEUR NEUR NEUR NEUR NEUR NEUR –––––––– FURBFURBFURBFURBFURBFURBFURBFURBJoinville, 20 de Maio de 2011Joinville, 20 de Maio de 2011


conteconteúúdodo

1. caracterização e evolução urbana

2. planos e projetos

3. desafios a enfrentar


caracterizacaracterizaçção e evoluão e evoluçção urbanaão urbana

entendendo a cidade:

quem somos?como chegamos aqui?


Blumenau Blumenau -- caracterizacaracterizaççãoão

309.011 habitantes em 2010309.011 habitantes em 2010309.011 habitantes em 2010309.011 habitantes em 2010(Joinville 515.288; Florianópolis 421.240)

294.773 popula294.773 popula294.773 popula294.773 populaçççção urbana 2010ão urbana 2010ão urbana 2010ão urbana 2010

R$24.958,67 PIB per capita 2008R$24.958,67 PIB per capita 2008R$24.958,67 PIB per capita 2008R$24.958,67 PIB per capita 2008(Joinville 26.865; Florianópolis 20.184)

137.768 pessoas ocupadas em 2010 (44%)137.768 pessoas ocupadas em 2010 (44%)137.768 pessoas ocupadas em 2010 (44%)137.768 pessoas ocupadas em 2010 (44%)(Joinville 192.578: 37%); Florianópolis 272.547: 64%)

BLUMENAUBLUMENAUBLUMENAUBLUMENAU

JOINVILLEJOINVILLEJOINVILLEJOINVILLE

FLORIANFLORIANFLORIANFLORIANÓÓÓÓPOLISPOLISPOLISPOLIS


0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010

Joinville

Florianópolis

Blumenau

São José

Lages

Criciúma

Itajaí

Chapecó

Jaraguá do Sul

Palhoça

Tubarão

Até 1970, era pequena a diferença populacional entre os maiores municípios catarinenses. Desde então, esta diferença vem aumentando, e em 2010, os quatro maiores municípios apresentavam um distanciamento de cerca de 100.000 habitantes entre si.

Na década de 1970, Florianópolis ocupava a primazia da rede urbana. No entanto, desde a década de 1980, Joinville mantêm-se como a maior cidade da Santa Catarina. Crescendo de forma acelerada desde os anos 1960, Joinville deixou para trás Florianópolis e Blumenau, com quem disputava a primazia urbana nos anos 1960 e 1970

População das Maiores Cidades de Santa Catarina 194 0 - 2010

Blumenau Blumenau -- caracterizacaracterizaççãoão


evoluevoluçção urbanaão urbana

sítio urbano: vale interdigitado



origem colônia de imigração alemã:

planejamento para colonia agrícola e não para cidade

Rua 15 no final do século XIX

ruas estreitas,

ocupação do leito secundário do rio



pontes, novas vias, verticalização

aterros, cortes de morros: adaptação da natureza à necessidades da cidade

1950

1970


1983 / 1984grandes enchentes (15 m)




Prefeitura

ProebVila Germânica Oktoberfest

AngeloniBIG

fonte: Prefeitura Municipal


As grandes enchentes levaram As grandes enchentes levaram As grandes enchentes levaram As grandes enchentes levaram àààà

verticalizaverticalizaverticalizaverticalizaççççãoãoãoão das das das das ááááreas inundreas inundreas inundreas inundááááveisveisveisveis,

em um em um em um em um novo modelo de urbanizanovo modelo de urbanizanovo modelo de urbanizanovo modelo de urbanizaçççção ão ão ão

para a classe mpara a classe mpara a classe mpara a classe méééédia. dia. dia. dia.

Já para a população de baixa renda,

a opção para fugir das enchentes

foi subir os morros.

1983fonte: JSC.

1972

1996

Ponta Aguda

evoluevoluçção urbanaão urbanaverticalização



barreiras ao desenvolvimento urbano: morfologia (hidrografia e topografia)


evoluevoluçção urbanaão urbanafonte: Prefeitura Municipal



industrializaindustrializaindustrializaindustrializaççççãoãoãoão – APL têxtil

confecção (intensiva em mão de obra)

cama, mesa e banho



reestruturareestruturareestruturareestruturaçççção produtiva:ão produtiva:ão produtiva:ão produtiva:

confecçãoterceirização

(informalidade = precarização das relações de trabalho)

cama/mesa/banhoautomação (desemprego)



crise econômica: exclusão social

falta de uma política habitacional

ocupação de áreas de risco

a armadilha foi armada.a armadilha foi armada.a armadilha foi armada.a armadilha foi armada.

características:• ilegalidade;

• edificações precárias;

• sem projeto;

• sem responsável técnico;

• autoconstrução;

• sem drenagem;

• remoção da vegetação.


A ocupação das áreas de risco de deslizamento tem resultado em catástrofes periódicas em períodos de maior precipitação. Em 1990199019901990, foram 22 mortes.

1983198319831983fonte: JSC

Bairro Garcia, enxurrada de 1990 Morro Germano Gross, R. Coripós, 2001 II - Economia Urbana




uma traguma traguma traguma tragéééédia anunciada.dia anunciada.dia anunciada.dia anunciada.

22 e 23 de Novembro de 2008: desastre socio-ambient al

Chuva torrencial concentrada sem precedentes:Chuva torrencial concentrada sem precedentes:Chuva torrencial concentrada sem precedentes:Chuva torrencial concentrada sem precedentes:recorde histrecorde histrecorde histrecorde históóóórico nacionalrico nacionalrico nacionalrico nacional283 mm em 24 horas283 mm em 24 horas283 mm em 24 horas283 mm em 24 horas429mm em dois dias (3 x a m429mm em dois dias (3 x a m429mm em dois dias (3 x a m429mm em dois dias (3 x a méééédia mensal)dia mensal)dia mensal)dia mensal)3000 deslizamentos;24 mortos;22.000 desalojados;3.000 desabrigados;2.000 edificações destruídas ou danificadas



22 e 23 de Novembro de 200822 e 23 de Novembro de 200822 e 23 de Novembro de 200822 e 23 de Novembro de 2008


evoluevoluçção urbanaão urbana22 e 23 de Novembro de 200822 e 23 de Novembro de 200822 e 23 de Novembro de 200822 e 23 de Novembro de 2008

R. Hermann Husher, Blumenau


R. Hermann Husher, Blumenau






Foto: J.J. Aumond R. Hermann Husher, Blumenau


Foto: J.J. Aumond

evoluevoluçção urbanaão urbana22 e 23 de Novembro de 200822 e 23 de Novembro de 200822 e 23 de Novembro de 200822 e 23 de Novembro de 2008



Foto: J.J. Aumond



evoluevoluçção urbana ão urbana –– o que aprendemos?o que aprendemos?

A TRAGA TRAGA TRAGA TRAGÉÉÉÉDIA DIA DIA DIA ÉÉÉÉ SOCIALMENTE CONSTRUSOCIALMENTE CONSTRUSOCIALMENTE CONSTRUSOCIALMENTE CONSTRUÍÍÍÍDA. DA. DA. DA.

A chuva é um fenômeno natural, que, sozinha, não causa nenhum desastre.O nosso modelo de urbanização – ou seja, a ação antrópica, com a ocupação das áreas de

risco, é que, somada à chuva, causa a tragédia.


gatilho(catalizador)

TOPOGRAFIA ACIDENTADA

(morros íngremes formando vales estreitos)

+

GEOLOGIA FRÁGIL

(solos profundos de argila)

+

OCUPAÇÃO DESORDENADA DE ÁREAS DE RISCO

+

CHUVA

Quadro causal:Quadro causal:Quadro causal:Quadro causal:(precisamos de um culpado!!!)

suporte

físico

açãoantrópica b

om

ba reló

gio

arm

ada



planos e projetosplanos e projetos

olhando para a frenteolhando para a frenteolhando para a frenteolhando para a frenteeeee

planejando o futuro:planejando o futuro:planejando o futuro:planejando o futuro:

planos e projetosplanos e projetosplanos e projetosplanos e projetosda administrada administrada administrada administraçççção municipalão municipalão municipalão municipal


corredoresexclusivos

para ônibus



proposta alternativa: Beira-Rio margem esquerda



em andamento: 2.212 unidades habitacionaisfonte: Prefeitura Municipal



desafios a enfrentardesafios a enfrentar

o que resta a ser feito?o que resta a ser feito?o que resta a ser feito?o que resta a ser feito?

que cidade queremos?que cidade queremos?que cidade queremos?que cidade queremos?

modelo social = modelo urbanomodelo social = modelo urbanomodelo social = modelo urbanomodelo social = modelo urbano


desafios a enfrentardesafios a enfrentarcomo construcomo construcomo construcomo construíííímos nossa cidade?mos nossa cidade?mos nossa cidade?mos nossa cidade?relarelarelarelaçççção antagônica com o meio ambienteão antagônica com o meio ambienteão antagônica com o meio ambienteão antagônica com o meio ambiente(desde o século XIX a natureza é o inimigo a ser vencido).

sustentabilidade urbanasustentabilidade urbanasustentabilidade urbanasustentabilidade urbana: repensar o modelo de urbanização

construir com a natureza e não CONTRA a natureza: respeitar encostas e margens de rios!

fonte: Prefeitura Municipal, 2003.




sustentabilidade urbanasustentabilidade urbanasustentabilidade urbanasustentabilidade urbana: repensar o modelo de urbanização

construir com a natureza e não CONTRA a natureza:

respeitar encostas e margens de rios!

aceitar os limites ao desenvolvimento

Bairro Garcia, enxurrada de 2008, fonte: JSC





saneamento básico – rede de esgotoreciclagem

captação água da chuva

energia solar

sustentabilidade

telhados verdes

metabolismo urbano circular

redução da pegada ecológica


desafios a enfrentardesafios a enfrentarmodelo de desenvolvimento urbano insustentmodelo de desenvolvimento urbano insustentmodelo de desenvolvimento urbano insustentmodelo de desenvolvimento urbano insustentáááávelvelvelvel(excludente, segregador, concentrador de renda e terras)

funfunfunfunçççção social da propriedadeão social da propriedadeão social da propriedadeão social da propriedade:

trazer habitação para as áreas centrais (ZEIS)

(vazios urbanos e imóveis ociosos ou sub-utilizados)

fechado fechado fechado fechado

inacabado inacabado inacabado inacabado



atuaatuaatuaatuaçççção preventivaão preventivaão preventivaão preventiva:

evitar o abrigo emergencial

substituir o ciclo desastre-reconstrução por uma polpolpolpolíííítica habitacional permanentetica habitacional permanentetica habitacional permanentetica habitacional permanentepara a população de baixa renda.


sem uma polsem uma polsem uma polsem uma políííítica habitacional para a tica habitacional para a tica habitacional para a tica habitacional para a

populapopulapopulapopulaçççção de baixa renda, as ocupaão de baixa renda, as ocupaão de baixa renda, as ocupaão de baixa renda, as ocupaçççções das ões das ões das ões das

ááááreas de risco continuarão a ocorrer.reas de risco continuarão a ocorrer.reas de risco continuarão a ocorrer.reas de risco continuarão a ocorrer.

com o aquecimento global, os fenomenos

climáticos extremos serão cada vez mais

frequentes!

a regularização fundiária é insuficiente como

política habitacional, pois oficializa um modelo

de ocupação excludente.1983Morro da Pedreira, Ponta Aguda

1981

2003

1993

fonte: Prefeitura Municipal de Blumenau

desafios a enfrentardesafios a enfrentaratuaatuaatuaatuaçççção preventivaão preventivaão preventivaão preventiva:

evitar a ocupação de áreas de risco

substituir o ciclo desastre-reconstrução por uma polpolpolpolíííítica habitacional permanente tica habitacional permanente tica habitacional permanente tica habitacional permanente para a população de baixa renda.



identidade: identidade: identidade: identidade: preservação da memória ou criação de um passado falso?

“novo”(?) prédio dos Correios

“novo”(?) Fórum

enxaimel original séc XIX



identidade: identidade: identidade: identidade: regeneração urbana

devolver a vitalidade ao Centro Histórico


mobilidade urbanamobilidade urbanamobilidade urbanamobilidade urbana:

nova mentalidade

eliminar o estacionamento de veículos particulares em vias públicas

só assim o transporte coletivo e o ciclista serão priorizados!




repensar as cidades

repensar nosso estilo de vida

dá para vicer sem carro??!!




transporte multimodal

estacionamentos e bicicletários nos terminais de integração.




• espaços multifuncionais• zoneamento vertical• reduzir deslocamentos•(política do não-transporte)



Ser uma cidade sustentável significa ““““melhorar a qualidade de melhorar a qualidade de melhorar a qualidade de melhorar a qualidade de vida na cidade, incluindo componentes ecolvida na cidade, incluindo componentes ecolvida na cidade, incluindo componentes ecolvida na cidade, incluindo componentes ecolóóóógicos, culturais, gicos, culturais, gicos, culturais, gicos, culturais, polpolpolpolííííticos, institucionais, sociais e econômicos, sem deixar um ticos, institucionais, sociais e econômicos, sem deixar um ticos, institucionais, sociais e econômicos, sem deixar um ticos, institucionais, sociais e econômicos, sem deixar um fardo para as futuras gerafardo para as futuras gerafardo para as futuras gerafardo para as futuras geraçççções.ões.ões.ões.””””

Urban21 Conference, Berlin, July 2000

2008 Declara2008 Declara2008 Declara2008 Declaraçççção Cidade Ecolão Cidade Ecolão Cidade Ecolão Cidade Ecolóóóógica gica gica gica –––– São Francisco, CaliforniaSão Francisco, CaliforniaSão Francisco, CaliforniaSão Francisco, California

A Cidade ecolA Cidade ecolA Cidade ecolA Cidade ecolóóóógica deve ter:gica deve ter:gica deve ter:gica deve ter:1. Segurança ecológica – ar, água, alimentos;

2. Saneamento ecológico – tratamento de efluentes e resíduos;

3. Metabolismo industrial ecológico;

4. Paisagismo ecológico;

5. Consciência ecológica.



O tema do fórum reconhece os direitos da população pobre do meio urbano e

visa promover a inclusão e a igualdade de acesso à

cidade.

• gestão democrática• inclusão social• exercício da cidadania• igualdade de oportunidades• ausência de discriminação• função social da propriedade• coesão social


1983

Obrigado.

contatos:

Profa. Dra. Claudia Siebert

www.furb.br/neur

DAU: 3321-0273

[email protected]

2011 ippuj 20 anos blumenau

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