200mi boletim nÚmero do dia · pelo estudo análise econômico-financeira dos clubes de futebol...

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A Samsung apresentou na quinta- -feira (23) a continuação da plataforma Samsung Conecta, que mantém uma série de patrocínios em eventos de música e esporte. Mas, se na primeira musical a ideia de continuidade está clara, no esporte a companhia fez mu- danças profundas no modo de agir. Basicamente, a Samsung trocou o alto rendimento pelo esporte amador. Ficaram para trás investimentos como a seleção brasileira, o surfista Gabriel Medina e o técnico Bernardinho. Ago- ra, os patrocínios miram dois institutos, o de Medina e o de Vanderlei Cordei- ro, e corrida de rua, com o objetivo de ter contato direto com o consumidor. “Nós tivemos foco em diferentes modalidades no ano passado, que era ano dos Jogos Olímpicos. Neste ano, Samsung muda estratégia no esporte e foca em amadores POR DUDA LOPES BOLETIM NÚMERO DO DIA EDIÇÃO • 722 SEXTA-FEIRA, 24 DE MARÇO DE 2017 WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR A Samsung ficará longe do alto rendimento neste ano. Investimento no esporte estará focado em corridas de rua, como o circuito Night Run, e nos institutos com fins sociais comandados por Gabriel Medina e por Vanderlei Cordeiro. 1 200mi De Euros movimenta anualmente a MotoGP, que terá a temporada iniciada no próximo fim de semana, com o Grand Prix do Qatar. OFERECIMENTO

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Page 1: 200mi BOLETIM NÚMERO DO DIA · pelo estudo Análise Econômico-Financeira dos Clubes de Futebol Brasileiros – Earnings Preview, re-alizado pela Itaú BBA. Um ponto relevante no

A Samsung apresentou na quinta--feira (23) a continuação da plataforma Samsung Conecta, que mantém uma série de patrocínios em eventos de música e esporte. Mas, se na primeira musical a ideia de continuidade está clara, no esporte a companhia fez mu-danças profundas no modo de agir.

Basicamente, a Samsung trocou o alto rendimento pelo esporte amador.

Ficaram para trás investimentos como a seleção brasileira, o surfista Gabriel Medina e o técnico Bernardinho. Ago-ra, os patrocínios miram dois institutos, o de Medina e o de Vanderlei Cordei-ro, e corrida de rua, com o objetivo de ter contato direto com o consumidor.

“Nós tivemos foco em diferentes modalidades no ano passado, que era ano dos Jogos Olímpicos. Neste ano,

Samsung muda estratégia no esporte e foca em amadores

POR DUDA LOPES

B O L E T I M

ME

RO

DO

DIA

EDIÇÃO • 722 SEXTA-FEIRA, 24 DE MARÇO DE 2017

WWW.MAQUINADOESPORTE.COM.BR

A Samsung ficará longe do alto

rendimento neste ano. Investimento no esporte estará

focado em corridas de rua, como o

circuito Night Run, e nos institutos com fins sociais comandados por Gabriel Medina e por Vanderlei

Cordeiro.

1

200miDe Euros movimenta

anualmente a MotoGP, que terá a temporada iniciada no próximo

fim de semana, com o Grand Prix do Qatar.

O F E R E C I M E N T O

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A M E R I C A N A R E C E B E L B F

O ginásio do Centro Cívico, em Americana, será sede do Jogo das Estrelas da LBF (Liga de Basquete Feminino). Será a quarta edição do evento que reúne as principais jogadoras do torneio. O jogo será no dia 2 de abril (domingo), às 10h, com transmissão ao vivo do SporTV.

O evento terá as ex-jogadoras Paula e Hortência como madrinhas das duas equipes. O jogo conta com apoio da Caixa e Sky.

P O N T E C R E S C E N A S R E D E S

A Ponte Preta tem utilizado humor e apostado na interação com os torcedores para conquistar um crescimento significativo no digital. Segundo pesquisa do Ibope Repucom, o clube campineiro teve crescimento de 15% em suas redes sociais desde novembro. Proporcionalmente, é um incremento maior do que tiveram, no mesmo período, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos.

C B F A R R E C A D A A L I M E N T O S

O treino da seleção brasileira às 16h deste sábado (dia 25), no estádio do Morumbi, será liberado aos torcedores. Para assistir às atividades de preparação para o jogo contra o Paraguai, os fãs precisarão trocar alimentos não perecíveis por ingressos.

A carga total será de 18 mil. A coleta dos donativos teve início na quinta-feira e continua nesta sexta-feira, das 11h às 18h.

ao invés de patrocinar atletas, nós estamos dando todo o su-porte para futuros atletas. E, para se aproximar cada vez mais do consumidor, vamos oferecer todos esses eventos esportivos. Na realidade foi uma mudança de foco”, explicou a diretora de marketing da Samsung, Andréa Mello, à Máquina do Esporte.

Para as corridas de rua, são duas as apostas da Samsung. Uma é a Superar, circuito que passa em São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. Nesse caso, a ideia é ser o mais popular possível; as inscrições para este ano estarão em apenas R$ 20.

A outra é circuito Night Run, que este ano deverá reunir 100 mil pessoas em diversas capitais. Nesse caso, o foco é um público mais premium. Uma das ativações previstas pela marca é a sele-ção de corredores em cada evento para que eles possam testar os produtos da marca sul-coreana. Os relógios inteligentes e os fones sem fio deverão ficar em evidência.

Apesar do foco nos amadores, a Samsung permanece com a cota de dispositivos móveis do Comitê Olímpico Internacional, o que inclui Tóquio 2020. Para o evento, ainda não há um plano definido pela filial da Samsung no Brasil. Quanto ao alto rendi-mento de forma geral, a decisão está aberta para os próximos anos. “Neste ano, até o momento, o foco é esse. Não significa que nós não podemos mudar no futuro”, resumiu Andréa Mello.

Quando o assunto é música, a linha da Samsung fica mais clara. A empresa apostou em eventos de blues em 2016 e, para este ano, quer ampliar o número de patrocínios e incluir o rock na plataforma. Um dos destaques da estratégia é uma exposição sobre a banda Nirvana, que será montada em São Paulo. O Le-gião Urbana também terá um evento semelhante.

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Poucas vezes o lado do “embaixador de marca” foi visto com tanta atenção. Ter um rosto famoso para uma em-presa é tema recorrente de discussões entre profissionais do mercado. O ris-co é difícil de ser previsto, e qualquer incidente com aquele que emprestou a credibilidade à companhia resulta em um enorme prejuízo.

Mas o outro lado é pouco falado. Quais são os riscos para a imagem de uma celebridade ao se associar a uma determinada marca? Teoricamente, ele é mínimo, considerando essa mar-ca tenha um mínimo de prestígio. Mas 2017 chegou para mostrar que essa não é uma conta tão garantida.

Antes de explodir a questão no Bra-sil, o esporte já havia dado uma sé-rie de exemplos graças às eleições de Donald Trump. O apoio ao político gerou reclamações públicas de atletas e, para o mexicano Sergio Perez, da Fórmula 1, uma piada resultou até no rompimento do contrato. Para Perez, o posicionamento da companhia era um acinte à sua pessoa.

No Brasil, a Operação Carne Fraca da Polícia Federal se tornou um enor-me problema para nomes como Tony Ramos e Fátima Bernardes, dois dos nomes mais valorizados na publicida-de. Em curto prazo, a recuperação dos dois no segmento é impossível. Suas

palavras de garantia viraram sinônimo de piada para o público.

Esse é um problema específico de quem tem um status alto o suficiente para se tornar um embaixador, aque-le que dá a palavra pelo produto. Um patrocínio mais simples, com apenas a associação de marcas indiretamente, dificilmente geraria tamanha rejeição. Talvez seja esse um caminho mais sa-lutar para um atleta que tenha o mí-nimo de dúvida sobre a empresa que resolveu gastar milhões em seu nome. Os ganhos serão menores, mas relação será mais segura para o patrocinado.

Início de ano evidencia drama do patrocinado

O P I N I Ã O

POR DUDA LOPES

novos negócios da Máquina do Esporte

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Por conta de ativações de par-ceiros comerciais, São Paulo será a rota de exposição de dois dos mais badalados troféus do mundo da bola: o da Copa do Mundo da Fifa e o da Premier League.

A taça do Mundial será exposta neste domingo (dia 26), no Par-que Villa-Lobos, em promoção da Visa, patrocinadora da Fifa.

“A Visa compartilha da paixão pelo futebol como milhões de torcedores. Por isso, trazemos o troféu para o Brasil, para que os fãs possam admirá-lo de perto e entrar no clima de torcida para a Rússia 2018”, afirmou Sergio Gior-getti, vice-presidente de marke-ting da Visa do Brasil.

No local, o torcedor também poderá tirar fotos 360° e com a mascote da próxima Copa do

Mundo para postar nas redes sociais.

Já a taça da Pre-mier League visita o Brasil pela primeira vez. A promoção é conjunta entre a liga e a ESPN, dona dos direitos de transmis-são do torneio. Exis-tem só duas taças. A que vem a São Pau-lo é a que está com o Leicester, campeão em 2016.

“Para um jogador de futebol, é como chegar ao olimpo ter uma taça como essa nas mãos. Ainda que não possam tocá-la, também para nossos fãs vai ser interessan-te estar perto de uma peça que provoca tanto desejo e paixão”, diz João Palomino, vice-presiden-

te de jornalismo e produção da ESPN no Brasil.

O troféu chega em 2 de abril e será exibido no “Abre o Jogo” do clássico entre Arsenal e Manches-ter City e no “Resenha ESPN”. A partir de terça-feira (dia 4), ficará em exposição no Museu do Fute-bol, no Pacaembu.

Parceiros comerciais trazem taça da Copa e da Premier League

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A NFL irá implantar uma série de medidas para fazer o futebol americano mais ágil e atraente para os torcedores. Roger Goodell, comissário da liga, divulgou uma carta aberta aos torcedores dizendo que a ideia é reduzir os intervalos comerciais.

“Trabalharemos junto com nossos sócios de di-vusão (televisões) para reduzir significativamente as paralisações e a frequência de interrupções por anúncios. Também daremos a nossos parceiros de TV uma maior flexibilidade para evitar cortes na ação. Por exemplo, sabemos que é muito chato voltar dos anúncios, ver o kick off, e voltar a anún-cios imediatamente. Eu também odeio que isso

aconteça e nossa intenção é eliminá-lo”, afirmou o dirigente em sua carta, referindo-se ao momento do touchdown e do chute para o reinício do jogo.

A preocupação de Goodell foi com a queda na audiência da liga na TV, efeito percebido com du-rante a disputada eleição à presidente dos Esta-dos Unidos. No entanto, os índices mais baixos em relação às temporadas anteriores apareceram mesmo após a eleição de Donald Trump.

O dirigente também pede que os torcedores en-viem suas sugestões. “Essas primeiras mudanças têm o objetivo de criar uma experiência melhor para vocês”, escreveu o comissário.

Por dinamismo, NFL terá menos intervalos comerciais

POR ADALBERTO LEISTER FILHO

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O Brasil vive uma de suas piores crises econômicas de sua história, mas, no futebol, parece haver res-piro. Os 12 maiores clubes do Bra-sil, Atlético Mineiro, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacio-nal, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco, tiveram um crescimento de 20% no faturamento durante a última temporada.

Os números foram levantados pelo estudo Análise Econômico-

Financeira dos Clubes de Futebol Brasileiros – Earnings Preview, re-alizado pela Itaú BBA. Um ponto relevante no levantamento, que poderia causar um desajuste na conta, é que a análise não con-sidera recebimento de luvas.

No total, os 12 clubes fatura-ram R$ 3,25 bilhões em2016. Já as despesas, que tiveram um aumen-to de 25% em relação ao ano ante-rior, chegou a R$ 2,66 bilhões. Dos 12 clubes, 11 teriam condições de

arcar com seus gastos. Apenas o Internacional, que subiu em 53% os seus custos, ficou em situação desfavorável nesse quesito.

“A análise preliminar indica que os clubes estão com uma situação financeira melhor em termos de geração de caixa. E dois fatores impulsionaram esta melhora: re-ceitas de TV e venda de atletas em alguns times”, comentou Ce-sar Grafietti, superintendente de crédito do Itaú BBA e responsável pelo estudo.

Os balanços financeiros dos clubes brasileiros, com as ar-recadações precisas, ainda não foram divulgados oficialmente. O levantamento considera infor-mações que foram vazadas pela a imprensa ao longo de 2016. O campeão em arrecadação foi o Palmeiras, com R$ 477 milhões. Flamengo, São Paulo, Corinthians e Grêmio completam a lista dos cinco primeiros que mais fatura-ram durante a última temporada.

POR DUDA LOPES

Clubes aumentam em 20% o faturamento durante 2016

A GL Events anunciou nesta quinta-feira (23) que desistiu de assumir a parte da Odebrecht na con-cessionária que administra o Maracanã. A empresa lançou uma nota oficial para afirmar que não hou-ve “garantias adequadas de segurança jurídica”.

Administradora do RioCentro, a GL Events não desistiu completamente do Maracanã, mas passou

a pedir que haja um novo processo de licitação para a gestão do estádio.

No cenário atual, a Odebrecht ficou com apenas uma empresa interessada em assumir o seu posto: a francesa Lagardère, que já faz a administração do Castelão, em Fortaleza, além de outras 60 are-nas ao redor do mundo.

GL Events desiste de substituir Odebrecht no Maracanã