20062014

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C M Y K TOTAL DE PÁGINAS NESTA EDIÇÃO SIGA-NOS NO TWITTER: ACESSE O SITE: 16 @jornaldehoje www.jornaldehoje.com.br EMAIL REDAÇÃO: [email protected] Dólar comercial R$ 2,23 Dólar turismo R$ 2,34 Dólar/Real R$ 2,23 Euro x real R$ 3,04 Poupança 0,50%/0,41% Taxa Selic 11% INDICADORES: Sexta-feira R$ 2,00 jornaldehoje.com.br Ano XVI NATAL-RN, 20 DE JUNHO DE 2014 Nº 4.964 OPINIÃO - Página 2 Adalberto Targino Rinaldo Reis Lima José Narcélio Marques Sousa Adauto Medeiros Cid Montenegro Paulo Lopo Saraiva ESCREVEM ARTIGOS NA EDIÇÃO DE HOJE É justo e lógico chamar James Rodriguez de craque, de dominador de volantes. Rubens Lemos F. Página 16 Marcos A. de Sá Página 7 Tentativas de fraude contra os consumidores brasileiros cresceram 9,4% em maio. Instituto que faz pesquisas para Kassab está monitorando o cenário para Robinson. Daniela Freire Página 12 Números da pesquisa Con- sult ativam memória recente de observadores atentos. Vicente Serejo Página 13 TACYANA CHIQUETTI - INTERINA Fátima gera crise ao escolher suplente sem consultar aliados CANDIDATA AO SENADO PELO PT CONVIDA EX -SECRETÁRIO DE SUA ADVERSÁRIA WILMA DE F ARIA PARA COMPOR CHAPA E IRRITA PRESIDENTE DO PCDOB: “NÃO HÁ INTELIGÊNCIA POLÍTICA NISSOWellington Rocha > 6 ANOS DEPOIS Obra da Cidade da Criança será concluída próximo mês CIDADE 8 Atingidos pelo deslizamento de terra em Mãe Luiza, ocorrido há uma semana, contam que estão recebendo ajuda de vizinhos, parentes e sociedade. Eles revelam “negligência” da Prefeitura. CIDADE 8 > CADÊ OS ÔNIBUS? Sindicato garante que 70% da frota estão nas ruas nos horários de pico CIDADE 6 Elizeu Silva afirma que arrecadação está bem acima do esperado. "Os mexicanos e americanos são generosos nas gorjetas" Wellington Rocha POLÍTICA 5 > FELICIDADE Taxistas faturam alto com turistas que acompanham a Copa em Natal CIDADE 6 José Aldenir > CASO SEJA ELEITO... Presidente do PSB de Wilma rejeitará adesão de Henrique POLÍTICA 3 Apesar de já estar quase pronto, governo ainda não definiu data para reabertura do parque DESABRIGADOS RECLAMAM DE FALTA DE ASSISTÊNCIA DO PODER PÚBLICO DESABRIGADOS RECLAMAM DE FALTA DE ASSISTÊNCIA DO PODER PÚBLICO

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  • C M Y K

    TOTAL DE PGINAS NESTA EDIO

    SIGA-NOS NO TWITTER:ACESSE O SITE: [email protected] REDAO:[email protected] comercial R$ 2,23Dlar turismo R$ 2,34Dlar/Real R$ 2,23Euro x real R$ 3,04Poupana 0,50%/0,41%Taxa Selic 11%

    INDICADORES:

    Sexta-feira R$ 2,00 w jornaldehoje.com.brAno XVI wNATAL-RN, 20 DE JUNHO DE 2014 wN 4.964

    OPINIO - Pgina 2

    Adalberto Targino Rinaldo Reis Lima

    Jos Narclio Marques Sousa Adauto Medeiros Cid Montenegro

    Paulo Lopo Saraiva

    ESCREVEM ARTIGOS NA EDIO DE HOJE

    w justo e lgico chamarJames Rodriguez de craque,de dominador de volantes.

    RubensLemos F.

    Pgina 16

    Marcos A. de S

    Pgina 7

    w Tentativas de fraude contraos consumidores brasileiroscresceram 9,4% em maio.

    w Instituto que faz pesquisaspara Kassab est monitorandoo cenrio para Robinson.

    DanielaFreire

    Pgina 12

    w Nmeros da pesquisa Con-sult ativam memria recentede observadores atentos.

    VicenteSerejo

    Pgina 13

    TACYANA CHIQUETTI- INTERINA

    Ftima gera crise ao escolhersuplente sem consultar aliadosCANDIDATA AO SENADO PELO PT CONVIDA EX-SECRETRIO DE SUA ADVERSRIA WILMA DE FARIAPARA COMPOR CHAPA E IRRITA PRESIDENTE DO PCDOB: NO H INTELIGNCIA POLTICA NISSO

    Wellington Rocha

    > 6 ANOS DEPOIS

    Obra da Cidade da Criana ser concluda prximo ms

    CIDADE 8

    Atingidos pelo deslizamento de terra em Me Luiza, ocorrido h uma semana, contam que esto recebendo ajuda de vizinhos, parentes e sociedade. Eles revelam negligncia da Prefeitura. CIDADE 8

    > CAD OS NIBUS?

    Sindicato garanteque 70% da frotaesto nas ruas noshorrios de pico

    CIDADE 6

    Elizeu Silva afirma que arrecadao est bem acima do esperado. "Os mexicanos e americanos so generosos nas gorjetas"

    Wellington Rocha

    POLTICA 5

    > FELICIDADE

    Taxistas faturam alto com turistasque acompanhama Copa em Natal

    CIDADE 6

    Jos Aldenir

    > CASO SEJA ELEITO...

    Presidente do PSB de Wilmarejeitar adeso de Henrique

    POLTICA 3

    Apesar de j estar quase pronto, governo ainda no definiu data para reabertura do parque

    DESABRIGADOS RECLAMAM DE FALTADE ASSISTNCIA DO PODER PBLICODESABRIGADOS RECLAMAM DE FALTADE ASSISTNCIA DO PODER PBLICO

  • Sexta-feira2 O Jornal de HOJE

    Natal, 20 de junho de 2014Opinio

    Artigo

    Democracia e eficinciaArtigo RINALDO REIS LIMA, procurador-geral de Justia do MPRN

    No ltimo dia 18 fizemos um ano frente da Procuradoria-Geral de Justia.Nesse perodo, foram realizadas diversasreformas institucionais que, entendemos,deixaro importantes legados para a me-lhoria do funcionamento da Instituio.

    Um dos eixos perseguidos foi o incre-mento da democracia interna, como formade quebrar distines injustificveis parauma organizao que se pretende moder-na e dinmica, e, sobretudo, promover aampliao do universo de recrutamentode membros aptos a ocuparem funes-chave para a qualidade do servio queprestamos populao.

    Nesse sentido, uma das principais me-didas foi a alterao legislativa que permi-tiu que qualquer membro que tenha maisde 35 anos de idade e 10 anos de carreirapossa ocupar o cargo de Procurador-Geralde Justia Adjunto, brao direito do Procu-rador-Geral. Antes, a escolha do titulardesse cargo recaa apenas entre os 21 pro-curadores de justia. Agora, qualquer pro-motor ou procurador de justia pode ocup-lo, desde que satisfeitas aquelas condies.

    Seguindo a mesma linha, acabamoscom todas as restries que existiam paraque membros que no de determinadascategorias ocupassem cargos e funesna Administrao Superior da Instituio.Agora, quaisquer promotores de justiavitaliciados podem integrar a equipe doProcurador-Geral de Justia nos mais di-versos rgos.

    Permitimos, igualmente por mudan-a legislativa, que promotores de justiaque substituem o cargo de procurador dejustia pudessem ter assento no Colgiode Procuradores, nosso mais importantecolegiado, medida que foi confirmada re-centemente pelo Conselho Nacional doMP. Foi estabelecida ainda forma impes-soal para a substituio dos procuradorespor promotores, eliminando a influnciada indicao pessoal no processo.

    No campo do assessoramento jurdi-co dos membros, ao acabar uma injusti-a gritante (assessores de procuradorespercebiam 3 vezes mais que os dos pro-motores, embora realizassem funesiguais), criamos a assessoria jurdica nicapara todos, com igual remunerao, atrain-do profissionais ainda mais qualificadospara a Instituio.

    Outro vetor relevante nos esforosempreendidos desde a posse foi o foco naeficincia da gesto, aperfeioando o le-gado de incrementos estruturais recebidode meus antecessores.

    Para tanto, mudamos o perfil de nossaDireo-Geral, trazendo para ela um pro-

    fissional oriundo da iniciativa privada, queimplantou valores como simplicidade efoco nos resultados. Implantamos tambmsistemas informatizados nas nossas dire-torias, para sairmos paulatinamente do con-trole manual das demandas e dos registros.

    Alinhado com isso, iniciamos medi-das inovadoras para a resoluo de pro-blemas administrativos comuns, como: aimplantao dos Ncleos Volantes de Ser-vios Auxiliares, que impedem a descon-tinuidade de servios administrativos naspromotorias em todo o Estado em decor-rncia de afastamentos prolongados deseus servidores; e o servio de Adminis-tradores Regionais, em que servidores daCasa visitam preventivamente as comar-cas por rotas anteriormente definidas, mu-nidos de check list para a correo de pro-blemas eventualmente encontrados nasmais diversas searas.

    Criamos 7 novas Promotorias de Jus-tia na regio metropolitana, objetivandomelhor atender os direitos coletivos da po-pulao de Parnamirim, Cear-Mirim, Ma-caba, Monte Alegre e So Gonalo doAmarante. Nomeamos mais 17 promoto-res para o cargo inicial da carreira.

    Sempre pensando na qualidade da pres-tao do servio, hoje temos promotores dejustia e servidores em todas as comarcas,no havendo claros de pessoal que preju-diquem a continuidade da prestao mi-nisterial aos cidados. Na imensa maioriade nossos prdios, o usurio pode contarcom estrutura nova e confortvel para plei-tear seu direito - de que so exemplos assedes das comarcas de Ars e Serra Negrado Norte, que inauguramos.

    Em breve, interligaremos todas nos-sas unidades, bem como o MPRN comoutras instituies, com ousado projetode videoconferncia, a partir do qual po-deremos nos comunicar distncia, emtempo real.

    Gerimos 74 prdios por todo o Esta-do, temos 239 membros (promotores e pro-curadores de justia) e aproximadamente1.150 integrantes do corpo de apoio (tc-nicos, analistas, assessores, assistentes, re-sidentes e estagirios), sendo que nosso or-amento anual corresponde a 2,07% do or-amento geral do Estado deste ano.

    No segundo binio de nossa gesto,esperamos intensificar o ritmo de melho-rias administrativas e institucionais emcurso, bem como aperfeioar a atuaodo MPRN em sintonia com as principaisdemandas sociais.

    Nosso sentimento o de que estamoscada vez mais preparados para bem aten-der a populao.

    Civismo e patriotadasArtigo ADALBERTO TARGINO, advogado, procurador do estado e presidenteda Academia de Letras Jurdicas/RN ([email protected])

    Pergunto: onde foi parar o nosso Ci-vismo? Vocs, leitores e leitoras, jovens ouno, podero at indagar: o que Civismo?Civismo vem do latim Civis , e querdizer: Cidado que, na velha Roma, signi-ficava orgulho de ser romano, equivalentequela poca a Cidado do Mundo. Emportugus e outras lnguas, acredito, tra-duz: dedicao causa pblica, patriotis-mo ou amor Ptria. Ele se manifesta devrias maneiras: pelo orgulho da naciona-lidade, respeito s Leis e s Instituies le-galmente estabelecidas; pela honradez, ca-rter e altrusmo do cidado comum, e dopoltico e detentor da funo pblica. Ci-vismo: , igualmente, o exerccio do direi-to do voto livre, a arma mais poderosa deum Cidado na Democracia, para escolheros seus governantes e legisladores, semabastard-lo ou prostitu-lo. E mais: peloapreo s tradies, respeito ao direito pr-prio e de cada um, individualmente. Civis-mo quer dizer, tambm: venerao aos sm-bolos sagrados da Ptria, que encerram todaa nossa glria e a alma de nossa gente e,nos momentos difceis, nos encorajam nadefesa da honra e do solo sagrado, em quehabitamos.

    Mas, que tristeza!... Hoje, em dia,poucos brasileiros mesmo ministro de Es-tado, excluindo-se os militares, sabem, dec, a letra do Hino Nacional, para ento-lo, orgulhosos e desembaraadamente. Porque esta decadncia cvica? Por que acriana, o adolescente e o cidado, mesmoos mais respeitveis, andam arredios, des-pidos e distanciados do civismo? Facil-mente, explicvel: nas escolas e em mui-tos lares, o culto do civismo coisa do pas-sado, caiu da moda. Mas, em parte, culpano lhes cabe: porque nossos educand-rios e nossas autoridades se esqueceram,se descuidaram e se omitiram desse deverfundamental: transmitir s novas geraeso valor e o conceito da palavra civismo ,no s na teoria, como na prtica. Olvi-daram, criminosamente, em manter acesaessa chama sagrada, legado maior dos nos-sos antepassados.

    Na minha escola secundria, semanal-mente, tnhamos aula de canto e de Instru-o Moral e Cvica, onde aprendamos acantar o Hino Nacional, o da Bandeira e ou-tras canes patriticas; a reverenciar ossmbolos sagrados, cultuar e respeitar osvultos da nossa Histria, fossem eles civisou militares; a razo e o porque das nos-sas datas cvicas. Nos desfiles escolares emilitares, quando passava o Pavilho Na-cional, ningum ficava sentado, nem decabea coberta. O hasteamento e o arrea-mento da Bandeira aos sbados motiva-vam o nosso ardor cvico, enchendo-nosde ufanismo e de entusiasmo. Assim, ra-mos desde cedo, instrudos em nossos de-veres patriticos, mais elementares.

    Porm para a atual gerao, princi-

    palmente, os mais jovens, tudo isso "umporre", como costumam dizer. Pai! Per-doai-lhes! Eles no sabem o que dizem.No os culpo, pois nada lhes foi dito, nemensinado. Do passado desdenham e, dopresente, bastam-lhes as futilidades. ver-gonhoso presenciar a frieza, a apatia e aindiferena da maioria dos que, por acaso,assistem uma solenidade cvica: nenhumgesto a demonstrar a menor centelha de ci-vilidade.

    Vejamos, agora, o vexame que nos cau-sam os nossos hericos jogadores de fute-bol, quando, perfilados, no campo, ao ladode uma equipe estrangeira, ouvem os acor-des do Hino Nacional. No sabem ondeenfiar as mos: ora coam o nariz, as par-tes pudendas... Mexem-se para frente, paratraz e para os lados, como bonecos desen-gonados. Se abrem a boca, s para mo-verem os lbios; dela no sai nenhum som.J est na hora de os clubes implantaremem suas sedes, em todo o Pas, um cursode Instruo Moral e Cvica para educar osseus jogadores. No basta incurtir-lhes nobestunto, somente, a cultura do chul. preciso que os jogadores se sintam herisna defesa da ptria e no mercenrios sememoo. Basta de pop star e picaretas em-briagados de vaidade e ganncia.

    E a torcida que, anos atrs, foi para aAlemanha, durante a Copa, hem? Embru-lha-se na Bandeira Nacional, cobrindo acara e outras partes menos respeitveis,num espetculo deprimente e debochado,de achincalhe e profanao ao que temosde mais sagrado o nosso estandarte. Di-ferente no foi durante a copa da frica doSul, cujo "espetculo patritico" se resumiuao ensurdecedor barulhos das cognomina-das vuvuzelas. Senhores torcedores, aqui-lo era puro fanatismo, patriotismo de sar-jeta, exibicionismo barato, digno de um pi-cadeiro de circo mambembe! Brasileiros ebrasileiras, cultuemos o passado, vivamosdignamente o presente e olhemos com es-perana o futuro radioso que nos acena!

    Somos um povo ordeiro, uma Naosoberana e independente. Um Pas legal-mente constitudo e respeitado no concer-to das naes civilizadas. Possumos umaidentidade prpria e no precisamos co-piar ou imitar costumes de outros povos. Oque est nos faltando, para atingirmos anossa maioridade poltica, social e econ-mica? Civismo.

    Senhor Presidente da Repblica, de-mais autoridades, educadores, pais de fa-mlia, cidados deste invejado e privilegia-do pas, vamos recuperar o tempo perdido.Vamos reeducar o nosso povo, nem quepara isso tenhamos de apelar para os ensi-namentos da caserna, que sempre foi e umviveiro de civismo. Senhores! Desgraadodo povo que no tem disciplina, perdeu ahonra, abdicou de sua vocao cvica e re-generou as suas tradies mais caras.

    A posseda ministraElizabethGuimares

    PAULO LOPO SARAIVA, advogado e pro-fessor ([email protected])

    Segunda-feira, prxima passada,dia 16 de junho de 2014, participei,com imenso jubilo, da posse da minis-tra Elizabeth Guimares, como presi-dente do Superior Tribunal Militar -STM, em Braslia/DF.

    Foi um momento inesquecvel, degrande significao humanstica, emface da trajetria da nova presidentedo STM.

    Conheci a ministra Elizabeth, nosanos 90, quando instalei e presidi aComisso de Estudos Constitucionais,do Conselho Federal da OAB.

    Na poca, ela era constituda porilustres constitucionalistas ptrios, comdestaque para o mestre Paulo Bonavi-des, o professor Arx Tourinho e a pr-pria ministra, aqui destacada.

    Foram tempos mgicos, msticose mitolgicos que ficaram gravadospara sempre na memria e no coraoda sociedade brasileira.

    A ministra mineira possui um in-vejvel curriculum vitae; mestra emDireito pela Universidade Catlica deLisboa; doutora pela Universidade Fe-deral de MG; ps-doutora pela Uni-versidade de Lisboa.

    Pertence e pertenceu a inmerasentidades de direitos humanos, sendouma das coordenadoras da obra "Liesde Direito Constitucional", em home-nagem ao professor lusitano Jorge Mi-randa, editada pela Forense, em 2008.

    Participei dessa obra com um ar-tigo indito sobre a "Constituio daCasa Grande e da Senzala".

    A Justia Militar tem importncia,na historiografia judiciria brasileira.

    Foi instalada, na poca de D. JooVI, sendo a mais antiga, entre ns.

    Ela est prevista pelos artigos 122,123 e 124 da CFB/88, com a seguintedico:

    "Seo VII - Dos Tribunais e Ju-zes Militares

    Art. 122. So rgos da JustiaMilitar:

    I - o Superior Tribunal Militar;II - os Tribunais e Juzes Militares

    institudos por lei.Art. 123. O Superior Tribunal Mi-

    litar compor-se- de quinze Ministrosvitalcios, nomeados pelo Presidenteda Repblica, depois de aprovada a in-dicao pelo Senado Federal, sendotrs dentre oficiais-generais da Mari-nha, quatro dentre oficiais-generais doExrcito, trs dentre oficiais-generaisda Aeronutica, todos da ativa e doposto mais elevado da carreira, e cincodentre civis.

    Pargrafo nico. Os Ministros civissero escolhidos pelo Presidente daRepblica dentre brasileiros maioresde trinta e cinco anos, sendo:

    I - trs dentre advogados de not-rio saber jurdico e conduta ilibada,com mais de dez anos de efetiva ativi-dade profissional;

    II - dois, por escolha paritria, den-tre juzes auditores e membros do Mi-nistrio Pblico da Justia Militar.

    Art. 124. Justia Militar compe-te processar e julgar os crimes milita-res definidos em lei.

    Pargrafo nico. A lei dispor sobrea organizao, o funcionamento e acompetncia da Justia Militar."

    Na poca do regime militar brasi-leiro, o STM pontilhou de garantismoas suas decises, concedendo inme-ros habeas corpus, em favor de presospolticos, dentre eles Miguel Arraes eDjalma Maranho.

    Este segmento judicirio semprefoi afeito aos apelos sociais, escreven-do na histria ptria, pginas de civis-mo e de grandeza constitucional.

    Muitos dos ministros militares ecivis souberam enfrentar os "anos dechumbo", sem perder a noo da dig-nidade da pessoa humana.

    De fato, o ser humano pode per-der sua liberdade, mas jamais perdera sua dignidade.

    Com a presena da ministra Eliza-beth, no comando do STM, teremosdias de concretizao constitucional,no mais alto padro humanstico, poissua formao cultural garante esse novo"saber", esse novo "fazer", em benef-cio dos que baterem porta do STM.

    Agradeo o gentil convite que re-cebi e a convivncia imorredoura da-quela tarde, quando, mais uma vez,convivi com uma das mulheres brasi-leiras, mais sbias e dignas da histriafeminina do nosso pas.

    Que Deus ilumine a ministra Eli-zabeth Guimares.

    Se existem entre os rios o en-contro das guas, em Copa do mundo o encontro dos povos. Muitas vezesdois pases esto em guerra e no gra-mado jogadores desses pases se en-frentam com lealdade e o perdedorabraa o vencedor como um exem-plo real de respeito vida, a paz e aoprximo. Me programei para assis-tir in loco (at porque fui convidado)a abertura com Brasil x Crocia emSP. Comprei Uruguai x Itlia emNatal. S que no parei a. Pois meuquerido Gonalves ex-zagueiro doBotafogo e seleo brasileira jogouem Guadalajara /Mxico. Outro que-rido nosso capito do Tri Carlos Al-berto jogou no Cosmos/NY, e o Reida Nao Rubronegra Zico, nossoGalinho mais que muito querido, um Imperador no Japo onde temuma esttua sua no maior estdio del. Todos esses: Gona, Carlinhos eo Galo me ligaram com uma s frase."Montenegro, esto chegando a nasua cidade uns casais amigos comfilhos e lhe peo que d uma atenoa eles, ok? Afinal Natal com voc."Evidentemente que eu disse ok.(risos). Cada povo tem suas caracte-rsticas, mas todos tm uma coisa emcomum: O amor pelo futebol. Os me-xicanos animados, barulhentos("Mrrico, mrrico e mrrico) toalegres que contagiam e chegam aodeslumbramento. Os americanos pre-ferem informaes da cidade como:Populao, ndice de segurana, eco-nomia, desenvolvimento. Eles de-sembarcaram noite e iam embarcartambm pela noite ento quiseramretornar ao aeroporto durante o diae perguntaram capacidade de arma-zenamento, pediram para conhecer oginsio que se praticava o basqueteento fui ao Nlio Dias com eles. Seaqui praticava futebol americano,beisebol, onde era o maior campo degolfe aqui (a me complicaram) e in-dagaram se aqui havia cassino, nemque fosse flutuante (me complica-ram mais ainda. Disseram que v-rios grupos de grandes industriais

    norte americanos viajam em jatosparticulares para jogar cartas, geran-do emprego, renda e no se impor-tam da enorme carga tributria cobra-da pelo estado.). Eu disse: "Pois , emvez do pessoal vir gastar aqui, osdaqui que vo gastar l. Aqui jogono pode, s pode sim, embargos in-fringentes para proteger mensaleiro,pode superfaturar", mas ... jogo nopode". Porque trata se de jogo deazar, s que aqui quem mais faz jogosde azar o governo: Tele Sena, megasena, ligue agora pague 2,80 e con-corra a miho, etc. Todavia se en-cantaram com as praias e o IateClube, mesmo com tempo contrrio.Os japoneses alegres, sorridentes e fo-tografavam tudo que vinham pelafrente. s vezes batia uma ansieda-de para falar mas tinham certeza queningum iria entender (kkk). Eu con-tratei um interprete, pois ingls e es-panhol se d um jeito, mas japons? Nem pensar kkk. Gostaram muitoda nossa culinria em especial o Ca-mares e a ginga da Redinha de HlioRocha, Eunlio e Vicente Serejo.Todos os mexicanos, norte america-nos e japoneses adoraram os amigosque os apresentei Nelson Freire, Ro-mildo Jr, Sami Elali entre outros...Disseram que o brasileiro um povofeliz e que sabe viver a vida e nopede muito para ser feliz. Falaramna beleza das nossas mulheres, nos-sas praias e tambm das belezas di-ferentes em cada regio do nossopas. Todos eles foram s compras,do Midway , o artesanato e came-ls. Prometeram voltar e me convi-daram para eu ir nas suas cidadespara retribuir. Todos so muito bemsucedidos, porm muito simples. Soempresrios em seus pases e o norte-americano o Dr. Patrick Boeher temum irmo que foi senador pelo par-tido Democrata e outro que depu-tado federal que l se chama Cma-ra dos Representantes. J o seu filhoDaniel (que o ex-deputado Elias Fer-nandes conheceu) afilhado de ba-tismo de Bill Clinton a quem Dr. Pa-

    trick tem uma grande amizade pes-soal. No vai parar por a, pois ognio Jnior ex-jogador do Flamen-go e seleo e o rei Galinho que mo-raram na Itlia j me avisaram queviro esse fim de semana amigosdeles de: Milo, Turim, Udine eRoma para eu receber. Eu alm deatender aos amigos que me recebemcom todo carinho no Rio, me orgu-lho de apresentar a todos eles meu es-tdio Frasqueiro, minha cidadeNatal, o meu lugar, o meu time ABC,o meu pas, os meus amigos. Por umaquesto cultural os filhos de tio Same os homens dos olhos apertadossempre pediram notas fiscais, com aexceo dos camels porque eu logoexpliquei que eram trabalhadores ho-nestos, dois inclusive meus amigos,mas que estavam na informalidade.Que voltem, j dizia o saudoso Al-cione do memorvel Tahiti em suaslegendrias faixas espalhadas emNatal : "A volta do turista a genteque faz. Turistas merecem casa, co-mida e roupa lavada, carinho neles"E assim Natal, assim o Brasil.

    PS. Obrigado ao professor Jocapelas palavras e leitura desse eternoaprendiz de escritor e registro umpapo mais que agradvel com ami-gos de geraes de nossas famliasontem: Casais Rogrio Santos/Marus-ka Alencar e Fernando Tavares Vem-vem/Liane Fagundes.

    PS II: A fazenda de nome Pica-da do meu saudoso av ex deputa-do Major Montenegro no vale doAssu tinha um enorme e agradvelterrao. Ento ... Se um dia o Dr.Patrick me levar ao irmo dele de-putado a Washington D.C eu j tenhoo ttulo do artigo nesse JH. "Do al-pendre da Picada aos jardins da CasaBranca", kkk ...

    PS III. Todos os turistas mencio-nados receberam camisas do ABC eeu ate brinquei com os novaiorqui-nos. "Eu sabia que um dia ia ver ame-ricanos com a camisa do Mais Que-rido", kkk.

    At a prxima.

    Artigo CID MONTENEGRO, empresrio ([email protected])

    Copa, encontro dos povos

    A utilizao dos nmeros estde tal forma associada evoluoda comunicao que nada se defi-ne com preciso sem o auxliodeles. Alm de servir para a quan-tificao e a ordenao, os nme-ros naturais tambm so essenciaisnas comparaes. Ento exercite-mos a fora comparativa dos n-meros.

    A imprensa divulga que o Bra-sil vivencia o maior evento de suahistria. Um acontecimento maiorque alguns outros aqui sediados taiscomo a Copa de 50, os Jogos Pan-Americanos de 2007, a Rio 92 coma presena de 108 chefes de esta-do e at da Rio+20 - Confernciadas Naes Unidas sobre Desen-volvimento Sustentvel, realizadaem 2012. Os nmeros fazem a di-ferenciao. Neles podemos con-fiar, pois os nmeros no mentemdesde que usados com honestidadee sem subterfgios.

    Nmeros fenomenais. Assimsero classificados os trs bilhes depessoas em 200 pases que acompa-nharo as partidas de futebol daCopa do Mundo de 2014. Impres-sionam os seis bilhes de reais in-vestidos pelo mercado publicitriono evento. O dinheiro pblico em-pregado para viabilizar o torneio no

    Brasil alcanou a cifra de R$ 30 bi-lhes. Para que a 20 verso da Copado Mundo (8 das Amricas) ocor-ra sero credenciados 18 mil profis-sionais da mdia e estaro envolvi-das 170 mil pessoas ligadas pro-paganda.

    Estima-se que 20 chefes de es-tado visitaro o pas no ms doMundial. Desde que a Copa Copafoi justamente aqui no Brasil, em2014, que romperam uma tradiode 30 anos. praxe o chefe danao-sede discursar na cerimniade abertura do evento, fato omiti-do na inspida festa inaugural daCopa 2014. Nunca dantes na hist-ria das Copas do Mundo isso haviaocorrido. Qual a razo de tal mu-dana de procedimento logo no pasonde tudo foi custeado pelo gover-no federal?

    Ah, voltando aos nmeros! Se-gundo a revista britnica The Eco-nomist, o Brasil depois de ostentardurante alguns meses em 2012, o t-tulo de sexta economia mundial, ato final de 2014 deve cair da stimapara a nona posio ficando atrs dedois membros do Brics: ndia e Rs-sia. Enquanto isso o IDH, a refe-rncia mundial criada pela ONUpara avaliar o desenvolvimento hu-mano de cada pas, mantm o Bra-

    sil na 85 posio. E tem mais: peloquarto ano seguido, o Brasil perdeucompetitividade no cenrio mun-dial. Ficou em 54 lugar em umalista de 60 pases no ndice de Com-petitividade Mundial da escola suaIDM. H quatro anos o pas ocupa-va a 38 posio.

    Numa avaliao apoiada pelojornal britnico Financial Times em2014 para comparar 40 pases, noquesito desempenho escolar, o Bra-sil aparece na 38 posio na fren-te de Mxico e Indonsia. J, combase em dados oficiais da Organi-zao Mundial da Sade, do BancoMundial e do Fundo Monetrio In-ternacional, a agncia de notciasBloomberg, em 2013, colocou oBrasil entre os piores sistemas desade do mundo.

    Sem querer nem poder duvidar,tampouco questionar a fora com-parativa dos nmeros quando utili-zados com seriedade que ousa-mos acreditar na ltima pesquisa doPew Institute, entidade americanaque fornece informaes sobre ten-dncias e questes que esto mol-dando os EUA e o mundo, ao afir-mar que 70% dos brasileiros estohoje descontentes com o governo.Ora, pois, pois! Pois, ento mude-mos.

    Artigo JOS NARCELIO MARQUES SOUSA, engenheiro civil ([email protected])

    Nmeros

    Povo pede mudanas urgentes, eeles respondem com Lei da Palmada

    Artigo ADAUTO MEDEIROS, engenheiro civil e empresrio([email protected])

    Esta leitura que os polticosesto fazendo dos anseios da socie-dade brasileira, me parece muitomais com o samba do crioulodoido. O povo vai s ruas pedirmelhoras nos servios pblicos,tica na poltica, controle nos gas-tos excessivos nos trs poderes,alm de total ausncia nos desviosde verbas e mesmo melhoria nestaque parece ser o grande sonho daesquerda esquizofrnica, que aPetrobras. Mas nada disso vemos.

    Mesmo no setor judicirio, nochamado Supremo Tribunal, umministro desafiado por um ad-vogado com dedo em riste, com osilncio dos outros ministros. Pa-rece mesmo que neste pas coman-dado pelo PT s que pode ser con-denado so os polticos de oposi-o. Sinceramente diante de todo

    esse "samba do criolo doido" aminha concluso que no esta-mos vivendo sob um bolchevismodisfarado e sim ele mesmo emsua maior edio.

    Enquanto isso o Congresso fazque no tem nada a ver com essaesculhambao (desculpem o pa-lavrrio chulo) e com isso sua im-portncia vai diminuindo at che-garmos a concluso que no pre-cisamos dele mesmo. o fim dademocracia. No Renan?

    Creio mesmo que Renan Ca-lheiros no entende que o povoquer mudana, porque ele conti-nua com a mesma mentalidade dequando saiu de seu povoado queno tinha luz eltrica, escola, sani-trio dentro de casa, pois assimque ele v o Brasil. Devemos re-conhecer, no entanto, que ele

    quem tem menos culpa e sim os80 senadores restantes que o trans-formaram em Presidente do Sena-do, levando-nos a ter uma noo deque o senado no serve para nada.

    Quem sabe na sua cabea (ade Renan) o pas deve continuarcarregando gua da pior qualida-de e com isso no mata a nossasede de justia nem de dias me-lhores. Tenho a convico e a cons-cincia de que o senado se noserve para nada, ou muito pouco,para a sociedade brasileira, temum poder imenso de atrapalhar opas.

    Senhores senadores acordem.Seno quem vai terminar levandoa palmada final so os senhores, eque me desculpem os leitores, se-nhores que so na verdade exceln-cias de araque!

    w w w . j o r n a l d e h o j e . c o m . b rDIRETOR-EDITOR

    Marcos Aurlio de SDIRETOR ADMINISTRATIVO

    Marcelo SDIRETORA DE REDAO

    Sylvia S

    EDITORESDanilo S

    Fernanda Souza

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  • Sexta-feiraO Jornal de HOJE 3Natal, 20 de junho de 2014

    Poltica

    [email protected]

    Tlio LemosCRISE

    A deputada federal FtimaBezerra conseguiu provocar umacrise dentro do grupo que apiasua candidatura ao Senado. Aoescolher, sem qualquer tipo de as-semblia ou votao interna, umfiliado recente do PT para ser seusuplente, Ftima ignorou os alia-dos e at os filiados histricos doPT. O salto da irm de Tet estcada vez mais alto.

    CRISE IIFtima escolheu simplesmente

    um ex-secretrio de Wilma para serseu suplente. Menos pelas quali-dades tcnicas de Jean Paul Prates,mais pela forma como o nome foiescolhido. Afinal, a prpria Ftimasabe que tudo no PT discutido e

    votado. Ela desconheceu a prticade seu partido e a importncia queos aliados poderiam ter na escolha.

    PRESIDENTEA unio dos contrrios comea

    a dar problemas aos seus inte-grantes. Com uma chapa de trscabeas, o acordo termina provo-cando situaes desconfortveis.O candidato a presidente deWilma de Faria, ex-governadorde Pernambuco, Eduardo Cam-pos, considera Henrique Alves,personagem indesejado para suaeventual gesto. O que dir aGuerreira, que hoje morre deamores por Henrique?

    SUMIUUm leitor atento e question-

    ador, quer saber da secretaria deObras da Prefeitura, para onde foia entrada da Rua RomualdoGalvo, para quem vai de Can-delria para o Centro. Antes, ex-istia uma entrada ao lado da casade Geraldo Melo; agora, com otnel, a entrada sumiu. A Semopideve ter alguma explicao.

    FALSIDADEO senador Jos Agripino afir-

    mou que a nota de solidariedadedo vice-governador em desagra-vo ao que ocorreu na convenodo DEM, " to falso quanto umanota de R$ 3". O pai de Felipeacertou. At porque, em matriade falsidade, Agripino professor.Que o digam Rosalba e CarlosAugusto; Wilma e Henrique.

    A situao "complicada" deHenrique Eduardo Alves - e maisainda de Wilma, que apia um can-didato que ser oposio a um even-tual governo do partido dela - j eraesperada. Isso porque no extensopalanque formado pelo peemede-bista h, simplesmente, apoiadoresde quatro pr-candidatos a presidn-cia da Repblica. Henrique e oPMDB, por exemplo, apoiam areeleio da atual presidente daRepblica, Dilma Rousseff, do PT.O pr-candidato ao Governo do RN,inclusive, foi um dos defensores dacontinuidade da aliana nacionalentre PT e PMDB na conveno na-cional peemedebista. Alm disso,Henrique tambm comemorou e di-vulgou a declarao da presidenteDilma Rousseff, que ele seria o "can-didato dela" no Rio Grande do Norte,mesmo o PT no Estado estando ali-ado ao PSD, do pr-candidato aoGoverno, Robinson Faria.

    Senador e principal adversrioao projeto de reeleio do PT, o pr-candidato do PSDB presidncia,Acio Neves, tambm encontraapoiadores no palanque de Henrique.

    Afinal, a sigla tucana e o Democratasesto com os peemedebistas no RioGrande do Norte, de olho na "forte"coligao proporcional que os per-mitir (re)eleger candidatos do par-tido Cmara Federal. Por isso, paraos pr-candidatos a deputado fed-

    eral, Rogrio Marinho (PSDB) e Fe-lipe Maia (DEM) no h problemasem subir ao palanque liderado porum aliado nacional de Dilma.

    Alm de Acio Neves e Dilma,h tambm os apoiadores de Ed-uardo Campos, como o PSB de

    Wilma de Faria, pr-candidata aoSenado Federal. O contraste daopinio dela com a do presidentenacional do PSB tamanha, inclu-sive, que Wilma at abriu mo deuma eventual candidatura ao Gov-erno do Estado (mesmo sendo a fa-

    vorita para a disputa segundo aspesquisas divulgadas no final de2013) para apoiar Henrique, que eraum dos mais fracos pr-candidatosnaquele momento - at se recusavaa disputa o Governo, ressalta-se.

    Ainda h no palanque de Hen-

    rique Alves o Pastor Everaldo, doPSC, partido que faz parte dopalanque peemedebista, com a rep-resentao do presidente da siglano RN, o ex-vereador AdenbioMelo, pr-candidato a deputado es-tadual.

    Candidato a presidente de Wilma afirma que no quer Henrique em seu Governo

    Palanque de Henrique, Wilma, Agripino e Adenbio rene apoiadores de quatro candidatos a presidente

    EDUARDO CAMPOS AVISA QUE PEEMEDEBISTAS VO FICAR NA OPOSIO SE ELE FOR ELEITO PRESIDENTE DA REPBLICACIRO MARQUES

    REPRTER DE POLTICA

    A diversidade poltica reunidano palanque do pr-candidato aoGoverno do Estado, Henrique Ed-uardo Alves, do PMDB, tem cau-sado situaes interessantes e umadelas pode ser vista na entrevistaconcedida pelo pr-candidato apresidente da Repblica, Eduar-do Campos, do PSB, ao portal IG.Isso porque Campos afirmou que,se eleito, no governo dele nohaver espao nem para o atualpresidente do Senado, Renan Cal-heiros (PMDB), nem para Hen-rique, chamados por Camposcomo representantes da "velhapoltica".

    A situao merece destaqueporque Eduardo Campos o "pres-idencivel" apoiado pela princi-pal aliada (de momento) de Hen-rique, a vice-prefeita de Natal,Wilma de Faria. Campos, inclu-sive, o presidente nacional doPSB, sigla dela e j havia exter-nado, at em entrevista coletivarealizada em Natal, que era con-trrio a continuidade de inte-grantes dessa "velha poltica" nagesto federal pessebista.

    Eduardo Campos, no entanto,no havia sido, at agora, to di-reto com relao a averso dele aHenrique e aos lderes peemede-bistas. Segundo o IG, "depois dedizer que seu governo no abrigar'velhas raposas' da poltica (o queele falou, at, em Natal) como o

    senador Jos Sarney (PMDB-AP)e Fernando Collor (PTB-AL), oex-governador de Pernambuco,Eduardo Campos, estendeu a afir-mao a toda a parcela do PMDBque hoje apoia a reeleio da pres-idente Dilma Rousseff".

    O site acrescentou que, naconta do ex-governador e pr-can-didato a presidente, entrou a ala dopartido hoje comandada pornomes como o presidente do Sena-do, Renan Calheiros (PMDB-AL),

    o presidente da Cmara, HenriqueEduardo Alves (PMDB-RN), e older do partido na Casa, EduardoCunha (PMDB-RJ).

    "Esse lado do PMDB (deRenan, Henrique Eduardo Alves eEduardo Cunha) estar naoposio no meu governo. Podeestar certo disso", afirmou Cam-pos em entrevista ao programaOpinio, da TViG. "Esse PMDBest no governo de Dilma. No possvel que, depois de 30 anos de

    redemocratizao, a democraciabrasileira fique de joelhos diantede uma velha poltica que con-strange todo dia o cidado quepaga impostos. O PMDB que estconosco o de Pedro Simon, deJarbas Vasconcelos", acrescentou.

    Em entrevista concedida emNatal, Eduardo Campos j haviaafirmado que o problema das ad-ministraes federais no eramapenas o PT e o PSDB, mas simpartidos que, independentemente

    de quem est na cadeira dapresidncia, continuam no poder.A declarao foi uma clara refer-ncia ao PMDB, que apoiou osdois partidos na administrao fed-eral. "O que vejo o Governo repe-tir os mesmos erros, cercado dasmesmas foras que estiveram comFernando Henrique no segundogoverno. a mesma turma", afir-mou Eduardo Campos.

    Alm disso, na oportunidade,Eduardo Campos tambm afirmou

    que a deciso do PSB local de sealiar a Henrique Alves no foi umaunanimidade dentro da sigla. Asrevelao foi feita em meio lem-brana das duras crticas feitaspela ex-senadora Marina Silva,que dever ser a candidata do PSBa vice-presidente. No ano passa-do, ela afirmou que HenriqueAlves representava a "velha polti-ca" e o fisiologismo poltico, ouseja, a troca de apoio poltico porcargos, por exemplo.

    Henrique Alves no bem visto por parte do PSB j h algum tempo... ...Eduardo Campos, inclusive, j havia confirmado que no foi consenso... ...Quando Wilma de Faria desistiu do Governo para apoiar o PMDB

    Candidatura reeleio, Dilma Rousseff foi defendida por Henrique Alves na conveno nacional do PMDB Acio Neves apoiado por Jos Agripino, do DEM, e Rogrio Marinho, do PSDB, ambos aliados a Henrique

    Heracles DantasWellington Rocha

    Wellington RochaJos Aldenir

    Heracles Dantas

  • Sexta-feira4 O Jornal de HOJE

    Natal, 20 de junho de 2014

    Poltica

    DE BRASLIA - [email protected]

    Walter Gomes

    Sobre o agora e o depoisLula da Silva, sensvel aos fatos de hoje e atento aos

    efeitos no amanh, confessa sua perplexidade a respeitodo quadro poltico-popular a menos de quatro meses dopleito para o Palcio do Planalto.

    nnn

    Conforme interlocutores dele no feriado de CorpusChristi, o ex-presidente da Repblica identifica clima des-favorvel ao PT em centros eleitorais estratgicos. Foramcitados So Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Parane Rio Grande do Sul. Os cinco estados representam a me-tade dos quase 142 milhes de cidados aptos ao voto.

    nnn

    O bir da coluna ouviu curiosa inconfidncia de umdos que estiveram, ontem, no apartamento de Lula emSo Bernardo do Campo, cidade prxima da capital pau-lista.

    Do que entendeu da "conversa enviesada" o senhor Silvadescr do sucesso do projeto de reeleio da afilhada queelegeu em 2010. Se confirmado "o infortnio", planeja as-sumir a liderana da oposio no prximo ano e prepararo Partido dos Trabalhadores para reconquistar o governoem 2018.

    A, sim, ele poder ser candidato. Neste 2014, no.nnn

    Ps-escrito: Segundo especialista em anlise de pes-quisa, rejeio de 40% complica uma candidatura. Acimadesse ndice, estgio da senhora Rousseff com 43%, acen-de-se o sinal vermelho.

    CASO EM QUESTO"Quem est preso tem pressa".Autor da frase: Lus Roberto Barroso (foto).Disse-a quando prometeu colaborar para que se rea-

    lize, o mais cedo possvel, o julgamento dos recursos derus condenados na Ao Penal 470.

    nnn

    Barroso ministro-relator do processo apelidado Men-salo do PT e que levou ao crcere antigas estrelas pe-tistas e de siglas coligadas.

    O pleno do Supremo Tribunal Federal deve apreciar pr-xima semana, talvez na quarta-feira, os pedidos para pri-so domiciliar - caso de Jos Genono - e de liberao paratrabalho externo de prisioneiros como Jos Dirceu.

    t Vai alm do retorno aodilogo a relao do Pla-nalto com o lder do PMDBna Cmara. Dilma Rousseffdesignou Roberto Derzi,indicado por EduardoCunha (RJ), para dirigir area de operaes corpora-tivas da Caixa EconmicaFederal.t Desinteresse da juven-tude pelo voto, neste ano.S 25% dos brasileirosentre 16 e 17 anos se ha-bilitaram ao ttulo de elei-tor. t Trs grupos do PR seconfrontam, amanh, naconveno nacional do PR:dilmistas, aecistas e defen-sores de candidatura pr-pria - a do senador capixa-ba Magno Malta.

    t Eduardo Campos avisaque "est tudo muitobem" entre ele e MarinaSilva, provvel vice dopresidencivel socialista. t Mudana em Gois: com34,5% das intenes devoto, o ex-governador risRezende (PMDB) assumea liderana da corrida aoPalcio das Esmeraldas. Otucano Marcone Perillo, re-candidato, est na cola:33,9%. Na sequncia, Van-derlan Cardoso (PSB), 11%;Antonio Gomide (PT), 7,2%;Maria Jane (PCdoB), 1,9%;e Professor Pantaleo(PSOL), 1,8%.t Para refletir: "O cime um latido que atrai ces"(Karl Kraus, dramaturgoe poeta austraco).

    LEITURA DINMICA

    Divulgao

    FALTA DE PRTICA ampla a lista de fatos jocosos protagonizados por gente

    do poder.Desde a poca de ministra - Minas e Energia e, depois,

    Casa Civil -, Dilma Rousseff tem sido prdiga na colaboraocom o folclore poltico.

    nnn

    H dois dias, a presidente da Repblica visitou reas inun-dadas no interior do Paran.

    No discurso de solidariedade populao, prometeu umbarco de "fibra tica" (*) para ajudar "o povo na enchente".

    nnn

    (*) Meio de transmisso que permite o trfego de dadoscom rapidez prxima velocidade da luz, ensinam os dicio-nrios.

    Justia nega indenizao adireo da Urbana e reforaliberdade de imprensa

    O juiz Agenor Fernandes daRocha Filho julgou improcedentea ao movida por diretores daCompanhia de Servios Urbanos(Urbana) contra o colunista TulioLemos, d'O Jornal de Hoje. A aopedia indenizao paga pelo jorna-lista por dano morais por notas pu-blicadas na coluna, onde foramapontadas irregularidades no pro-cesso licitatrio da Urbana quedepois foram comprovadas peloTribunal de Contas do Estado(TCE).

    Segundo os diretores da Urba-na, "o jornalista se muniu do seuveculo de comunicao de traba-lho (jornal) para proferir por escri-to diversas notas as quais afronta-ram diretamente a honra, objetiva(imagem) e subjetiva (carter), dosmesmos". Em sua sentena, o juizse reporta ao pedido: "Alegamainda os demandantes que as no-tcias foram veiculadas diversasvezes atravs do jornal escrito asquais comprometeram a idoneida-de do grupo que compe a direto-ria da Urbana".

    Contudo, em nenhum momen-to os nomes dos autores foram pro-feridos. "Em anlise das alegaesformuladas por ambas as partes li-tigantes e das provas documentaisacostadas aos autos, verifica-seque, de fato, os nomes, pessoas f-sicas, dos membros da diretoriada urbana no foram sequer men-cionados nas notas publicadas pelojornal, a todo momento, o ru sem-pre se refere 'Diretoria daUrbana', tratando o alvo de suascrticas como um 'rgo' da empre-sa", analisou o magistrado.

    "Dessa forma, constata-se quenenhum dos autores foram ofendi-dos diretamente em sua honra dian-te da ausncia de meno dosnomes especficos de cada inte-grante da diretoria; todavia, se osautores se sentiram de certa formaabalados e/ou constrangidos algonatural, pois a empresa a qual tra-balha estava sendo alvo de crticas

    e diversos questionamentos",acrescentou o magistrado.

    As notciasapenas foramrelacionadas "Diretoria daUrbana" e que,de fato, houvequestionamen-tos a determi-nados detalhesdo edital de li-citao, bemcomo da meto-dologia utiliza-da para o certa-me. AgenorFernandes daRocha Filho re-lembrou tam-bm que durante a audincia deinstruo foram colhidos os de-poimentos das partes, de testemu-nha e declarante e em nenhum mo-

    mento foi evidenciada algumaprova de que os autores, de forma

    individual e di-reta, tenham sidoafrontados.

    "Verifica-seque a parte rapenas veiculoude forma pbli-ca em razo desua profisso assuas opinies,alertas e descon-tentamentos coma forma de pro-ceder da Urbana,objetivando alar-mar a sociedadecivil e as autori-dades pblicas

    sobre o tema, mas em momentoalgum cita os nomes das partes au-toras depreciando-as como profis-sionais da empresa ou como cida-dos, se referindo apenas a direto-ria ou rgo diretor o qual possuio condo de coordenar um certa-me de licitao", analisou o magis-trado.

    Dessa forma, cobrar indeniza-o pelas notas acabariam sendoum atentado a liberdade de im-prensa. At porque fato que, de-pois delas e das matrias publica-das n'O Jornal de Hoje, houve umareduo do valor que seria pagona licitao da Urbana por meio dedeciso do Tribunal de Contas doEstado - que observou um sobre-preo de R$ 28 milhes no edital.

    "Com efeito, no se pode vi-sualizar tais declaraes escritasatravs de notas como outra coisaseno opinies de um jornalista,tambm cidado, protegidas pelo

    manto da liberdade de expresso,e por terem sido veiculadas atra-vs de notas em um jornal, abra-adas tambm pela liberdade deimprensa, pois em nenhuma delasse aponta pessoas especficas e/ouculpados por algo que no se sabeao certo se ocorreu, vem ocorren-do ou ainda vai ocorrer e confor-me anteriormente mencionado, nocabe a este Juzo analisar as re-gras de direito administrativo doprocesso de licitao criticado nemmesmo as eventuais e/ou poss-veis irregularidades caso tenhamocorrido", decidiu o juiz, ressal-tando que, tanto de forma objeti-va, quanto subjetiva, a honra dosautores no foi atingida pelo jor-nalista.

    LIBERDADE O jornalista Tulio Lemos co-

    memorou a sentena do juiz Age-nor Fernandes: "A liberdade deimprensa foi respeitada, associada liberdade de expresso. Afinal,o que ns fizemos foi somente aler-tar que o dinheiro pblico poderiaser utilizado de forma indevida ea sentena bem clara a esse res-peito. Nunca trabalhamos de formairresponsvel ou com agressespessoais. O que fazemos crticaou denncia de forma institucional,com objetivo explcito de evitargastos desnecessrios do dinheiropblico".

    Segundo o colunista deste ves-pertino, a sentena importantepara evitar que aes intimidat-rias prejudiquem o trabalho da im-prensa. "O Judicirio foi guardioda liberdade em favor da socieda-de", acrescentou Lemos.

    JUIZ AFIRMOU QUE DECISO SE BASEIA NO DIREITO DO JORNALISTA SE EXPRESSARHeracles Dantas

    Direo da Urbana havia processado colunista Tulio Lemos devido s notas publicadas apontando irregularidades na licitao

    No se pode visualizar comooutra coisa seno opinies de

    um jornalista, tambm cidado,protegidas pelo manto da liber-dade de expresso, e por teremsido veiculadas atravs de jor-nal, abraadas tambm pela

    liberdade de imprensa

    AGENOR FERNANDES DA ROCHA

    JUIZ DE DIREITO

    )( CURIOSIDADE APENASJ escolheu seu candidato a governador do Rio Grandedo Norte ou prefere aguardar os debates no rdio e natev, para comparar os pretendentes?

    PERGUNTAR NO PAGA IMPOSTO

  • Sexta-feiraO Jornal de HOJE 5Natal, 20 de junho de 2014

    Poltica

    Ex-vereador de Natal, o mdi-co e professor universitrio EnildoAlves, atualmente no DEM, deve-r pedir desfiliao e efetivar novaopo partidria. A meta poltica doex-lder governista na Cmara Mu-nicipal de Natal foi anunciada namanh desta sexta-feira, durante en-trevista ao "Jornal da Cidade", daFM 94, e coincide com o momen-to de crise por que passa o DEM noRio Grande do Norte, com o veto candidatura reeleio da gover-nadora Rosalba Ciarlini (DEM).

    "Quando eu deixei o PSB, de-pois de conseguir na Justia Elei-toral a justa causa, cometi um gran-de erro poltico quando, em setem-bro de 2011, no final dos prazospara voc concorrer aos pleitos de2012, eu fiz a opo pelo DEM.Foi um grande erro meu. J tinhaat tido uma conversa com Garibal-di, com Walter Alves, com Herma-no, j estava bem encaminhada aminha ida para o PMDB, mas co-meti esse equvoco, porque o DEMest mostrando, nesse episdiodesse ano, e outros, que realmenteeu fiz uma opo equivocada", disseEnildo.

    O ex-vereador declarou que,

    nesse perodo, nunca ficou vonta-de na legenda. "Eu nunca fiquei vontade no DEM", afirmou Enildo,destacando que sofreu falta de pres-tgio dentro da legenda comandadaestadual e nacionalmente pelo se-nador Jos Agripino Maia (DEM).Enildo afirmou que estuda se filiarao PMDB. Nos prximos dias, eledever ter uma conversa com o atualpresidente da Cmara dos Deputa-dos, Henrique Eduardo Alves(PMDB), pr-candidato do PMDBa governador. A tendncia apoiarHenrique para o governo e a atualvice-prefeita de Natal, Wilma deFaria (PSB), para o Senado. Ele foiconvidado pela pr-candidata ao Se-nado a atuar na campanha nos doismeses anteriores ao pleito.

    Entre as razes de decepocom o DEM, Enildo cita o fato deque o partido "esqueceu" a capital,Natal, nas eleies municipais pas-sadas. Em 2012, segundo ele, o par-tido da governadora Rosalba man-teve preocupao eleitoral apenascom a sucesso no municpio deMossor, esquecendo-se de traba-lhar por melhores resultados emNatal. O fato teria sido prejudicial candidatura de Rogrio Marinho

    (PSDB) a prefeito de Natal. Napoca, o DEM de Agripino indicouo engenheiro e empresrio HaroldoAzevedo Filho para vice de Rog-rio, mas o partido, mesmo tendo agovernadora do Estado, teve parti-cipao inexpressiva na campanha.

    "Se voc se recordar da eleiopassada, o DEM esqueceu Natal.Ns fomos abandonados pelo par-tido na eleio majoritria. O can-didato apoiado era Rogrio Mari-nho. Ns fomos abandonados. Osvereadores tambm foram abando-nados pelo partido que se fixou naeleio de Mossor, e deu no quedeu", disse Enildo, que foi um dosprejudicados pela falta de prestgio."Mas se pagou um preo muito altoe terminou se perdendo a Prefeitu-ra de Mossor", associou.

    Ainda sobre a falta de prest-gio, Enildo declarou que chegou aser ventilado para ocupar o cargo desecretrio estadual de Sade, mas apromessa do governo Rosalba nopassou disso. "Houve at sinaliza-o, mas eu disse ainda que noqueria assumir nenhum cargo degoverno. Mas o poltico sobreviveda poltica. A questo de ter indica-es do governo, eu me senti total-

    mente desprestigiado pelo partido,e nesse desfecho agora me levoudefinitivamente a decidir deixar opartido".

    Ftima escolhe ex-secretrio de Wilmapara suplente e gera crise entre aliadosDECISO DA DEPUTADA NO PASSOU POR ANLISE DOS DEMAIS PETISTAS, PROVOCANDO INSATISFAO DOS CORRELIGIONRIOS

    ALEX VIANAREPRTER DE POLTICA

    A deputada federal Ftima Be-zerra (PT), pr-candidata ao Senado,escolheu um ex-secretrio da gestoWilma de Faria (PSB), sua provveladversria nas eleies deste ano,para ser seu primeiro suplente de se-nador. O fato, veiculado nas ltimashoras, eclodiu uma nova crise naaliana com o PSD e o PC do B.

    Alm de escolher um ex-auxi-liar do governo Wilma de Faria,Jean Paul Prates, ex-secretrio deEnergia, para suplente, a crise tam-bm se deve restrio, feita peloPT, de que s petistas podero as-sumir a primeira e a segunda su-plncia da deputada. a segundaexigncia do PT considerada pre-judicial chapa Robinson governa-dor, Ftima senadora.

    A primeira reivindicao queprejudicou o palanque de Robin-son e Ftima foi a requisio, daparte dos petistas, de que a chapaproporcional para deputado esta-dual tinha que excluir o PSD dosdeputados Jos Dias e Gesane Ma-rinho. Inicialmente, os petistas par-tiriam para uma aliana "puro san-gue", ou seja, apenas com candida-to do PT a deputado estadual.

    Num segundo momento, apsa excluso do PDS, o PT abriu parase coligar com o PC do B. O fatogerou a retaliao da deputada es-tadual Gesane Marinho, que termi-nou desistindo de concorrer ree-leio, abandonou o palanque e oprojeto de Robinson e Ftima eanunciou o apoio do seu grupo po-ltico pr-candidata de HenriqueAlves ao governo do Estado eWilma de Faria ao Senado.

    Agora, o PT restringe a indica-o dos suplentes de Ftima aos pe-tistas, expondo novo flanco na alian-a. O presidente estadual do PC doB, Antenor Roberto, relatou que emreunio com Ftima foi informadosobre a resoluo dos petistas defi-nindo as indicaes para suplnciacomo sendo exclusivas do prprioPT.

    Em entrevista imprensa, eleapontou "falta de inteligncia" na

    postura do PT e "acumulao po-ltica" inexplicvel. "No h inte-ligncia poltica nisso. Se o PT ti-vesse nome que agregasse polticae eleitoralmente poderia ser expli-cada essa acumulao poltica doPT", analisou Antenor Roberto.

    O nome de Jean Paul Prates no consenso nem mesmo dentro doPT. O partido tambm quer indi-car o empresrio Raimundo Glau-co para primeiro suplente. A seus

    interlocutores, Ftima tem dito queJean Paul, pelo perfil tcnico, agre-ga mais chapa. Mas, h contro-vrsias. H quem defensa um nomeligado ao empresariado ou a seg-mentos especficos da sociedade,como o presidente da CUT no RN,Jos Rodrigues Sobrinho.

    Caso fosse aberto ao PC do Bindicar, o nome do prprio presi-dente da legenda, Antenor Rober-to, bem visto. Entretanto, no

    o nico. O prprio dirigente do PCdo B aponta a indicao de Aire-ne Paiva, tabelio em Parnamirimfiliado ao PCdoB. "Ele viria a in-tegrar e somar porque faz parte deum segmento presente em todo Es-tado. A categoria dos tabelies importante e somaria para chapa",avaliou Antenor, ressaltando que aindicao do seu partido serviriapara acumular fora "poltica eeleitoral".

    Ftima Bezerra um nome para suplente que causou insatisfao em parto do Partido dos Trabalhadores... ... Porque Jean-Paul Prates ex-secretrio de Wilma de Faria, principal adversria na disputa pelo Senado

    > NOVO RUMO POLTICO

    Enildo deixar partido de Jos Agripino:Me filiar ao DEM foi um grande erro

    > SEGUNDO A VEJA

    Felipe Maia lidera ranking deavaliao positiva na internet

    Ex-vereador, Enildo Alves acabou perdendo a reeleio na disputa eleitoral de 2012

    Depois de ter sido reconhecidoo Parlamentar Nota 10 pela Re-vista Veja, em 2012, o deputado fe-deral Felipe Maia apontado pelosite www.polticos.org.br como n-mero um no ranking que avalia osparlamentares brasileiros. A pgi-na faz uma anlise da atuao dosdeputados e senadores do pas.

    Para elaborar a lista e estabele-cer uma pontuao foram adotadosos seguintes critrios: presena nassesses da Casa; gastos; ter ou noprocessos judiciais; qualidade ad-ministrativa e outros fatores, comoformao acadmica e filiao par-tidria. Os dados foram coletadosde sites oficiais como o da Cma-ra dos Deputados, por exemplo.

    De acordo com Felipe Maia,estar novamente em primeiro lugarem um ranking que analisa os par-lamentares do pas reflexo do tra-balho desempenhado com serieda-de e responsabilidade. Agradeoo reconhecimento que mostra queestou no caminho certo na luta para

    contribuir com o crescimento doRio Grande do Norte e do Brasil,comentou o parlamentar.

    SOBRE O SITE:O projeto Ranking Polticos

    surgiu em 2011 com o objetivo de

    avaliar os polticos do Brasil. O site administrado por Alexandre Os-trowiecki e Renato Feder autoresdo livro Carregando o Elefante-como livrar-se das amarras que im-pedem o Brasil de decolar, lana-do em 2007.

    Ranking apontou Felipe Maia como um parlamentar nota 10, pela Revista Veja

    Heracles DantasWellington Rocha

    Wellington Rocha

    Reproduo

  • > IMPASSE

    Sexta-feira6 O Jornal de HOJE

    Natal, 20 de junho de 2014

    Cidade

    Com o dissdio coletivo entremotoristas e cobradores e os empre-srios marcado para a prxima tera-feira (24), o Sindicato dos Traba-lhadores de Transporte Rodoviriodo Rio Grande do Norte (Sintro/RN)afirmou que est cumprindo o ndi-ce de 70% de nibus urbanos e me-tropolitanos rodando nos horriosde pico em Natal e desmentiu a in-formao que havia ordenado o re-colhimento da frota na noite da l-tima quarta-feira, como circulou nasredes sociais.

    Segundo o diretor do Sintro/RN,Valdir de Brito, apesar do fracassonas tentativas de negociaes entrea categoria e os empresrios, os ro-dovirios esto cumprindo risca adeterminao judicial desde a se-gunda-feira passada, com 70% dosveculos circulando nos perodos das5h s 9 h e das 16h s 20h e com50% da frota nos demais horrios.E que a reduo no nmero de car-

    ros nas ruas foi pontual."A sociedade pode ficar tran-

    quila porque estamos cumprindo aliminar desde quando fomos notifi-cados e no existe essa histria derecolhimento de frota, como disse-ram. Mas, na ltima tera-feira sou-bemos que aconteceu uma reduo

    do nmero de nibus circulando nacidade durante o horrio do jogo doBrasil, quando apenas 30% dos ve-culos estavam nas ruas", afirmou.

    Ele falou ainda que, na prximatera-feira, quando ser decidido odissdio coletivo entre motoristas ecobradores de nibus e empres-

    rios no pleno do Tribunal Regionaldo Trabalho (TRT), a expectativa colocar toda 100% da frota nas ruasde Natal durante todo o dia, incluin-do o horrio do jogo entre Uruguaie Itlia. "A previso suspender aparalisao neste dia, para demons-trar que realmente estamos dispos-tos a encerrar o movimento e queno queremos prejudicar a socie-dade, apenas lutar pelos nossos di-reitos". disse.

    Na prxima segunda-feira (23),a Secretaria Municipal de Mobilida-de Urbana (Semob) divulgar umrelatrio contendo dados referentesaos dias de paralisao do transpor-te pblico e uma avaliao do im-pacto da greve do sistema de trans-porte coletivo no municpio. E, hoje tarde, o prefeito Carlos Eduardodeve receber os representantes doSindicato das Empresas de Transpor-tes Urbanos de Natal (Seturn), paradiscutir a greve dos rodovirios.

    APROVAO DOSTURISTAS COM OS

    SERVIOS EM NATAL REFLETIDA EM

    ALTAS GORJETAS

    PARA OS MOTORISTAS

    Sintro confirma 70% da frota nos horriosde pico e Semob avalia impacto de greve

    Na prxima quarta-feira toda a frota ser colocada na rua durante negociao

    Valdir Brito, diretor do Sintro, diz que categoria no ficar contra a sociedade

    > JOGO DECISIVO

    Italianos instalam Casa Azurri em Natal antes de duelo com UruguaiA capital do Rio Grande do

    Norte vai ter um pontinho azul cra-vado no litoral: a Casa Azurri. Oespao uma espcie de centro detradies italianas promovido pelaFederao Italiana de Futebol, masreservada para convidados. EmNatal, o Chaplin Recepes foi es-colhido para se transformar na casaazul. Segundo o proprietrio do es-tabelecimento, Paulo Csar Galin-do, a abertura da casa vai aconteceramanh (sbado) e segue aberta ato dia 25 de junho. Durante a tardee a noite de hoje, ser preparada adecorao nas principais cores pre-dominantemente da seleo medi-terrnea. "Vai ser uma verdadeiraembaixada do futebol italiano emNatal", classificou Galindo.

    De acordo com ele, a Federaoj enviou o chefe de cozinha italia-no, assim como massas e vinhosque vieram direto do pas tetra cam-peo. "Hoje, ele [o chefe] at foi

    hoje na Ceasa complementar",acrescentou.

    H seis meses, os italianos vie-ram a Natal para verificar a estru-tura da cidade e a possibilidade deinstalar a Casa Azurri Brasile. A ci-dade de Mangaratiba, onde a sele-o italiana est baseada, tambmrecebeu a casa. A decorao do es-

    pao ressalta o quatro ttulos da se-leo (1934, 1938, 1982 e 2006) edolos da equipe.

    A organizao desse tipo de es-trutura comeou a funcionar naCopa de 1998 na Frana. Desdeento, tambm funcionou como basepara os agregados seleo italia-na nas copas seguintes e nas Euro-

    copas de 2008 e 2012. Na avaliao de Galindo, Natal

    no foi escolhida apenas por sediaruma partida decisiva da Azzurra."Natal uma cidade que tem mui-tos italianos, uma colnia muitogrande e uma cidade fortementeturstica", disse. "Tambm fizemosum trabalho de captao muito

    bom", continuou. A Casa Azzurri dever receber

    jornalistas internacionais, autorida-des, patrocinadores da equipe italia-na, celebridades e tambm servirde espao para eventuais entrevis-tas coletivas de jogados ou comis-so tcnica. Conforme o propriet-rio do Chaplin, cerca de 100 jorna-

    listas italianos utilizaro a estrutu-ra. "A mdia espontnea no tempreo. Isso gera um efeito multipli-cador enorme", pontuou. Almdisso, haver salas para uso dos con-vidados e servio refeies o diainteiro (caf da manh, almoo, jan-tar e open bar).

    Paulo Csar Galindo afirma queseu estabelecimento est prepara-do para receber at 600 pessoas emum espao de 1.800 metros quadra-dos. "A nossa localizao tambminfluenciou nessa escolha, estamospraticamente beira-mar. E o am-biente todo climatizado".

    Na opinio dele, os estabeleci-mento que receberam eventos in-ternacionais durante a Copa doMundo fortaleceram seu portflio."O Chaplin agora est credenciadopara qualquer evento internacional.O intercmbio gastronmico queestamos fazendo tambm outroponto muito importante", destacou.

    Casa Azurri Brasile tambm foi instalada na cidade de Mangaratiba, no Rio Local reservado para convidados e ser decorado com as conquistas da Itlia

    CAROLINA [email protected]

    At o final da Copa do Mundo,Natal ter recebido cerca de 170mil turistas nacionais e internacio-nais, de acordo com as projees jdivulgadas pelo Ministrio do Tu-rismo. O grande nmero de pes-soas transitando na capital potiguar,uma das doze cidades-sede do Mun-dial, est aumentando o lucro dostaxistas, mudando o cenrio j es-perado para este perodo. De acor-do com os profissionais, a arreca-dao vem sendo entre 30% a 50%maior.

    "A arrecadao est sendo bemacima do que o esperado", contaElizeu Silva, motorista de txi hmais de 15 anos. O comportamen-to dos estrangeiros e a boa aceita-o dos servios em Natal por partedos turistas surpreendeu Elizeu, quej levou em seu carro visitantes doMxico, Gana, Estados Unidos,Japo, Grcia, ndia, Filipinas, Emi-rados rabes e do Ir. "Os mexi-canos e americanos so os mais ge-nerosos", disse, afirmando um lucrode aproximadamente 30% em cadaviagem devido s gorjetas.

    "Alguns querem pechinchar e claro que h negociao, mas a

    maioria s quer saber o valor dacorrida, deixando uma gorjetinhapara ns", afirmou. Segundo o ta-xista, a boa comunicao com os tu-ristas pode ser um fator a mais de'sorte' no momento do pagamentopelo txi. No seu caso, a boa comu-nicao parte da fluncia em duasoutras lnguas: ingls e espanhol.

    "Teve um americano que meperguntou se eu falava ingls e seimpressionou quando eu dei sinalpositivo. Disse que eu fui o primei-ro taxista que ele encontrou nessascondies. Mas tambm no temmuita dificuldade. Os turistas jchegam com o endereo certo, sa-

    bendo exatamente os locais quequerem ir, como os shoppings, apraia de Ponta Negra e, claro, o es-tdio Arena das Dunas", explicouElizeu Silva. "Fiquei feliz com o re-conhecimento deles conosco, coma aceitao pela cidade e tambmpor estar superando minhas expec-tativas".

    Diogo Ferreira, que tambm taxista h cerca de 20 anos, con-cordou quando o assunto se trata"superar as expectativas". Deacordo com ele, a Copa do Mundoest "dando para ter um apuradomuito bom". "Os turistas, princi-palmente os estrangeiros, no

    fazem questo de negociar o preoda viagem de txi. Eles sempredeixam dinheiro a mais. Certa-mente, j podemos dizer que tive-mos um primeiro legado da copa",afirmou.

    Para Diogo, os inmeros es-trangeiros que ocuparam seu carrosaram bem satisfeitos com a cida-de. "Eu no sei falar ingls, masconsigo entender algumas palavras.Deu para observar que eles fica-ram satisfeitos com Natal. A nicareclamao que senti foi em rela-o a um transporte eficiente. Agreve dos nibus fez aumentar ademanda por txi, mas a nossa frota

    aqui muito pequena. Ento acre-dito que eles tenham sofrido umpouco com isso".

    O ltimo jogo a ser realizado naArena das Dunas pela Copa doMundo ser entre as selees daItlia e Uruguai, marcando o fim domundial na capital potiguar. Per-guntado se essa uma realidadetriste diante dos faturamentos,Diogo rebate: "pelo menos no ti-vemos prejuzos. Os turistas estosendo bem simpticos e esto vontade em nossa cidade. Claro quea presena deles no seria por muitotempo, mas o tempo que est sendo suficiente", disse.

    TAXISTAS COMEMORAMAUMENTO DE PASSAGEIROSCOM A COPA EM NATAL

    Eliseu Silva ( esquerda) e Diogo Ferreira (direita) so exemplos de motoristas de txis

    que esto faturando algo com o mundial

    Wellington RochaWellington Rocha

    Jos Aldenir

    Jos Aldenir

    DivulgaoDivulgao

  • ALESSANDRA [email protected]

    A greve dos nibus urbanos emetropolitanos da Regio Metro-politana de Natal e a Copa doMundo no Brasil esto prejudican-do as vendas de fogos de artifcio,roupas e comidas tpicas de SoJoo, segundo os comerciantes.Eles reclamam que a procura pelosartigos juninos caiu at 80% na ci-dade, em relao aos anos anterio-res e que o efeito negativo foi am-pliado pelas chuvas que esto cain-do na cidade nos ltimos dias, oque afugentou os compradores.

    "Esto devagar, quase paran-do, infelizmente. As pessoas estomais centradas nos jogos da Copado que no So Joo e isso est tra-zendo prejuzo para todos ns quecomercializamos roupas tpicas.Sem contar que a greve dos nibuse as chuvas tambm tm dado suacontribuio para afugentar oscompradores e no temos muitasexpectativas no, para este ano. muito triste", desabafou a comer-ciante Adalgisa Pereira.

    A situao semelhante paratodos os vendedores que trabalhamna Avenida Antnio Baslio, umdos principais pontos de venda deroupas juninas. L, todos tm algopara reclamar e at mesmo quemest comercializando camisas daseleo brasileira e de outros pa-ses fala em prejuzos financeiros.Anielly Neres uma delas. Comum stand repleto de camisas verde-amarelo, ela disse que o empatedo Brasil contra o Mxico esfriouo interesse das pessoas.

    "As vendas caram 70% desdeo empate. O brasileiro um povomuito emotivo e esse resultado aba-lou a confiana das pessoas nanossa seleo, o que se reflete tam-bm nas vendas das camisas doBrasil. Hoje mesmo, ainda novendi nada. Mas, basta a seleoganhar o prximo jogo para todomundo correr para comprar a ca-misa da seleo. J se perder, comcerteza todo o meu estoque vai en-calhar", disse Anielly.

    Quem trabalha com milho, que o ingrediente principal dos pratos

    juninos, tambm relata prejuzos ebaixas vendas a trs dias do SoJoo. "Cheguei aqui logo cedo e atagora, mais de 10h da manh, sconsegui vender uma mo de milho(que contm 50 unidades). Infeliz-

    mente, as pessoas no esto chegan-do e eu acredito que seja principal-mente por causa da greve dos ni-bus. As pessoas tm medo de vir eficar sem transporte para voltar",afirmou o vendedor Roberto Xavier.

    Sexta-feiraO Jornal de HOJE 7Natal, 20 de junho de 2014

    Economia

    MARCOS AURLIO DE S [email protected]

    HOJE na Economia

    RICARDO M. BARBOSADIRETOR EXECUTIVO DA EMPRESA INNOVIA TRAINING &

    CONSULTING E CONSULTOR EM GESTO DE PROJETOS COMATUAO EM GRUPOS COMO ERNST & YOUNG, WURTH DO

    BRASIL, UNIBANCO E DAIMLER CHRYSLER

    A maioria dos colaboradores anseia em umdia alcanar o papel de gestor, e quando con-quistado motivo de grande alegria. Mas nopodemos deixar de lado os aspectos negativosque surgem: h uma grande distncia entre umbom profissional e um bom gestor.

    No existe uma frmula pronta para se tornarum bom gestor. Cada situao pede caracters-ticas diferentes e prprias do negcio que difi-cilmente podero ser utilizadas em outros ramos.Mas, existem dois pontos imprescindveis parauma gesto adequada: paixo por aquilo que sefaz e capacidade de resilincia.

    Ter paixo pelo negcio imprescindvelpara vencer as barreiras dirias e principal-mente para motivar a equipe. Uma pessoa queno acredita e no defende o projeto no qual fazparte no consegue enfrentar todas as barreiras,o que reflete diretamente na produtividade.

    Outro ponto importante, a resilincia acapacidade de se adaptar a diversas situaes,mesmo que adversas. Em cada situao e atmesmo nas mudanas de equipe, dever ocor-rer adaptao na postura do profissional, deforma que no haja prejuzo nos processos detrabalho.

    Outras caractersticas que devem ser prior-izadas pelos bons gestores so:

    1) Capacidade de mediar e resolver confli-tos - saber ouvir e mediar os conflitos logoque surgem, mas no se deve tomar partido ebuscar que as respostas para os conflitos ocor-ram naturalmente, trazendo ganhos para a cor-porao. Tenha uma postura racional evitandoreaes que prejudiquem o clima. Discussesrspidas e muito emocionais devem ser contro-ladas;

    2) Iniciativa e pr-atividade - Em qualquer

    empresa, ter iniciativa e pr-atividade propor-ciona destaque, mostra o quanto voc enga-jado e quer crescer. O gestor, por sua vez, nose preocupar apenas com os demais fun-cionrios, mas com todos os concorrentes queexistem no setor de atuao. Agir impre-scindvel para fazer os resultados aparecerem;

    3) Autoconfiana - O profissional que quertomar a frente de uma equipe precisa confiar emsi mesmo para tomar decises, arriscar e bus-car novas formas de solucionar um problemaque envolve vrios setores;

    4) Capacidade de reter talentos - Mais doque se esforar para manter talentos na sua em-presa imprescindvel cativ-los e dar aos mes-mos ambies e segurana para que eles queiramcontinuar no projeto e, principalmente, alme-jem crescer. Para isso incentive a aprender e estarperto do ncleo de decises do negcio;

    5) importante delegar o operacional - Umgestor tem como funo gerenciar as aes, ese ficar se dedicando s questes operacionaisperder tempo e, principalmente, no estarpreparado para sua real funo. Delegue tare-fas operacionais;

    6) Conexes e criatividade - O gestor deveestar atento s inovaes e mudanas do mundoe saber aplicar essas inovaes ao cotidiano daempresa e ao seu campo de atuao levando aum retorno imediato;

    7) Controle - O gestor no pode esquecerque ele est no comando e que possvel eaceitvel delegar as funes. Mas no ade-quado entregar todo o processo nas mos daequipe, por mais competente e confivel que elaseja. Portanto, esteja na frente e crie mtodosque possibilitem a visibilidade de todos os pro-jetos em andamento, com o bom e velho re-latrio; e

    8) Aprendizagem Contnua - O bom profis-sional busca se capacitar. Mas, se no possuiralgumas das caractersticas citadas, aprenda ese especialize para ento desenvolv-las e ap-rimor-las com o conhecimento adquirido.

    A coluna abre espao hoje para o excelente artigo do consultor empresarial Ricardo Barbosa,no qual ele enumera uma srie de qualidades indispensveis aos profissionais que atuam como diri-gentes ou executivos no mundo dos negcios, ao mesmo tempo em que d dicas de como adquirirtais qualidades.

    Oito caractersticas de um gestor de sucesso

    Greve de nibus e Copaprejudicam vendas deprodutos do So Joo

    Roberto Xavier diz que poucas pessoas esto procurando por comidas tpicas

    Joo Bosco acredita em melhora nas vendas com proximidade da festa

    EM MEIO AOS JOGOS DO MUNDIA, FESTA EST ESQUECIDA

    Fogos de artifciotambm em baixa

    Outro item bastante procura-do no perodo junino so os fogosde artifcio, sejam aqueles colo-ridos ou os que fazem apenas ba-rulho, conhecidos por fogos detiro ou estouro. Estes so os maisprocurados pelos torcedores, se-gundo o comerciante Joo Bosco,que acredita em um aumento naprocura pelos produtos com a pro-ximidade da data comemorativa,na prxima semana.

    "Muitos deixam para com-prar os produtos de ltima hora,por isso, acredito que, quantomais perto da data ns estiver-mos, mais as pessoas viro com-prar os fogos, principalmente osfoguetes de mo, que fazem maisbarulho. A Copa do Mundo aju-dou mais neste tipo de fogo",disse Joo.

    Mas, para Washington Reis,gerente de uma loja de fogos de

    artifcios do Alecrim, o eventoajudou, mas tambm atrapalhoubastante o comrcio local e acoincidncia de datas do prxi-mo jogo da seleo brasileira eo So Joo causou um efeitocontrrio nas vendas, principal-mente dos principais tipos defogos mais procurados da poca.

    "A Copa aumentou a pro-cura pelos fogos de barulho,tiros e estouros, que s podemser manuseados por adultos,mas prejudicou bastante as ven-das dos itens voltados paracriana, como os traques e asbombinhas coloridas, que nooferecem tantos riscos. Mas,pode ser que isso mude com aproximidade da data, por isso,temos que aguardar, mas fatoque a greve dos nibus e as chu-vas prejudicaram as vendasneste perodo", disse.

    Fotos: Heracles Dantas

    Heracles Dantas

    Heracles Dantas

    Tentativas de fraude contraos consumidores brasileiroscresceram 9,4% em maion Segundo a Serasa Experian,principal empresa do pas nosegmento da proteo ao crdi-to, o ltimo ms de maio reg-istrou em todo o territriobrasileiro mais de 171 tentati-vas da fraude conhecida como"roubo de identidade", em quedados pessoais obtidos clan-destinamente so utilizados porcriminosos para firmar neg-cios sob falsidade ideolgicae at mesmo para obter crdi-to com a inteno de no hon-rar os pagamentos.n Esses dados constam do "In-dicador Serasa Experian de

    Tentativas de Fraude - Con-sumidor" referente ao perodoacima e demonstra que houveuma tentativa de estelionato acada 15,6 segundos no pas, oque significou alta de 9,4 porcento em relao aos nmeroapurados em abril.n O setor de telefonia respon-deu por 64.329 registros, to-talizando 37,5 por cento dototal de tentativas de fraude re-alizadas, enquanto o setor deservios - que inclui constru-toras, imobilirias, segurado-ras, agncias de viagens, etc. -teve 54.823 registros, equiva-lente a 32 por cento do total,vindo em terceiro lugar o setorbancrio, com 34.632 tentati-vas.nA Serasa Experian respondediariamente a 6 milhes deconsultas relativas a crdito,auxiliando cerca de 500 milempresas de diversos portes esegmentos a tomar a melhordeciso na hora de venderfiado.

    Indstria de confeco pode manter reduo de intervalopara almooaprovada em acordon A 1. Turma do TST (Tri-

    bunal Superior do Trabalho)manteve deciso do TRT da21. Regio (TRT-RN) queconsiderou legal a reduo, poracordo coletivo, do tempodirio destinado ao intervalopara refeio, no caso dos tra-balhadores em regime de 44horas semanais.n Essa deciso resultou do jul-gamento de uma ao intenta-da por um trabalhador que nose conformou com a sentenado TRT e recorreu ao TST. Eletrabalhou na empresa Guarara-pes Confeces S/A entre osanos de 2007 e 2010, e protes-tava contra o intervalo de ape-nas 50 minutos para o interva-lo de almoo, estabelecido me-diante acordo coletivo de tra-balho.n Para o relator no processo,ministro Walmir Oliveira daCosta, todas as exignciaslegais para a reduo do pero-do mnimo de intervalo, con-tidas no artigo 71, pargrafo3., da Consolidao das LeisTrabalhistas, foram atendidas,com autorizao do Ministriodo Trabalho e Emprego, nohavendo portanto jornada extrade trabalho, como pleiteou oempregado.

  • 8 O Jornal de HOJE Natal, 20 de junho de 2014

    C M Y K

    Sexta-feiraCidade

    MARCELO LIMAREPRTER

    Desde o perodo que foram ini-ciadas as obras da Cidade da Crian-a, muitas deixaram a infncia eoutras tantas nasceram. So seisanos de obras, adiamentos e pro-messas atravessando trs governos.Agora, no ltimo ano de gesto, oequipamento de lazer e convivn-cia parece que vai se finalmenteentregue populao.

    Conforme o empresrio Fabia-no Moreira, da construtora Rama-lho Moreira, possvel entregar aobra at o ms de julho, mas a datade abertura da Cidade da Crianafica a cargo do governo do Estado.A presidente da Fundao Jos Au-gusto (FJA), Isaura Rosado, afir-mou que prefere no marcar umadata, pois ainda haver processo deocupao dos quiosques e outrasestruturas.

    Na manh desta sexta-feira(20), no local, cerca de 60 trabalha-dores da construtora Ramalho Mo-

    reira seguem engajados na finaliza-o do servio, que realizado entre7h e 17h. Restam praticamente ape-nas a instalao eltrica, pintura,calada da entrada, plantao dagrama e a limpeza. Muitos prdiosj esto prontos. Praticamente me-tade dos espaos verdes j teve agrama plantada.

    Na fachada, o letreiro com onome colorido tambm est pron-to, inclusive com a iluminao queestava ligada hoje pela manh.Logo na entrada, h um novo pr-dio da administrao com dois an-dares (trreo e superior). A Cida-de da Criana tambm voltar afuncionar com a sua biblioteca, res-taurante, quiosques, escola de ini-ciao artstica, postos de seguran-a (para bombeiros e polcia mili-tar), concha acstica, banheiros,pista de cooper e passeio de peda-linhos.

    "No marcamos a data porquevamos iniciar o processo de insta-lao dos espaos e isso s pode serfeito depois da entrega da obra",

    declarou a presidente da FJA. Se-gundo ela, haver a montagem da

    biblioteca infantil, a instalao domuseu de brinquedos antigos "Casa

    de Vozinha" e do museu taxidr-mico (com animais empalhados)com apoio da UFRN.

    Os espaos como quiosques erestaurantes ainda no tem os ocu-pantes definidos. "Estamos abrin-do processo seletivo para a sorve-teria, o caf bistr, quiosques e pe-dalinhos", acrescentou Isaura Ro-sado. Ela prefere no definir umadata para no se comprometer emcaso de imprevistos.

    SEIS ANOS DE OBRASDe acordo com a ltima medi-

    o oficial da SIN, a obra est 84,2% concluda. Como essa verifica-o do andamento das obras foifeita h alguns dias, o trabalho javanou um pouco mais. Confor-me a Construtora Ramalho Morei-ra, a Cidade da Criana j est 90%pronta.

    Com seis anos de obras, o pro-cesso de revitalizao atravessoutrs governos e inumerveis adia-mentos de sua reinaugurao:Wilma de Faria, Iber Ferreira de

    Souza e Rosalba Ciarlini. Nessemeio tempo, duas empresas estive-ram frente da obra.

    A primeira foi a M&K Comr-cio e Construes LTDA, que teveo contrato com o governo encerra-do em 2012 e consumiu R$4.289.235,95 de dinheiro pblicopela parte da obra que foi realiza-da. Depois disso, a Construtora Ra-malho Moreira foi a vencedora doprocesso licitatrio e vai executara outra parte da obra no valor de R$4.976.447, 42.

    Conforme a presidente da FJA,a Lagoa Manoel Felipe, localizadano centro da Cidade da Criana,tambm passou intervenes. Se-gundo ela, a Prefeitura de Natal ex-tinguiu as ligaes clandestinas deesgotos para dentro da Lagoa. "Nasltimas chuvas, ela foi observada ese comportou normalmente, por-que aquela lagoa recebe a gua daschuvas do bairro. Podemos dizerque ela foi aprovada", disse, se re-ferindo tambm eficincia no pro-cesso de drenagem.

    "Ns temos abrigo, alimentaoe gua por causa dos amigos e pa-rentes. Quem est dando toda a as-sistncia e ajudando com os dona-tivos a populao, e no a Pre-feitura". A crtica feita Prefeitu-ra de Natal vem de Dirce NeideGis, tcnica em radiologia queest prestes a ver a sua casa, emMe Luiza, descer cratera abaixo.Ela e mais centenas de pessoasesto aguardando um posiciona-mento da Prefeitura em relao sindenizaes e pagamento de alu-guis, sem a certeza de quando vol-taro a ter uma vida normal.

    Nesta sexta-feira (20) comple-ta uma semana da tragdia que in-vadiu a vida de diversas famlias nazona Leste de Natal. A cratera quese abriu entre os bairros de MeLuiza e Areia Preta continua comresqucios daquilo que seriam casase mveis de famlias humildes, v-timas das fortes chuvas que atingi-ram os sistemas de esgotamentosanitrio e drenagem da regio.

    Um novo deslizamento de terraque ocorreu ontem destruiu pelomenos mais duas casas da RuaGuanabara e fez com que outrostrs imveis entrassem na rea derisco. "Faz mais de um ms queum pequeno buraco abriu nessaavenida. Era um vazamento da redede esgoto. Ligamos imediatamen-te para Caern e diversos rgos daPrefeitura, mas nada foi feito. Seeles tivessem feito o reparo quan-do avisamos, talvez no estivsse-mos nessa situao", afirmou DirceNeide.

    "Isso tudo resultado da ne-gligncia da Prefeitura. Minhacasa ainda no caiu porque a mode Deus est segurando", dissea tcnica em radiologia, morado-ra de Me Luiza h mais de 50anos. "Todos os dias venho ob-servar como est a situao dessacratera e a impresso que tenho de que no encontrarei mais aminha casa em p. Enquantoisso, os secretrios da Prefeitu-ra vo para a televiso dizer queesto dando toda assistncia a

    ns. Mentira deles", disse.Jailson de Oliveira, 41, uma

    das pessoas que esto desalojadasem funo do risco em que a cra-tera se apresenta. Segundo ele,desde quando teve que deixar a suacasa no recebeu nenhuma ajuda daPrefeitura de Natal. "Quem estnos ajudando a populao, atra-vs das doaes feitas nas ONGs,igrejas e instituies de caridade.Fora as assistente sociais que fize-ram o cadastramento das famliasprejudicadas, ainda no vi ningumda Prefeitura de Natal fazendoalgo", afirmou.

    A desassistncia tanta que,segundo Jailson, noite "os vn-dalos aproveitam para saquear ascasas". "Estou na casa da minhasogra, na Rua Atalaya, que tam-bm est com casas em situaode risco. Ns no conseguimos dor-mir com medo de um novo desas-tre ou de saber que nossos bensforam tomados. No posso ficarna minha casa, no posso retirarmeus bens, nem posso ir para outrolugar seguro".

    Zilma Matias de Souza, 57,vive de aluguel em uma casa naRua Atalaya h mais de dez anos.Desalojada, ela est recorrendo

    ajuda da ex-patroa e de amigosque se solidarizam na doao demantimentos e de um lugar paradormir. "Nesse momento, o queeu mais queria, era a ajuda da Pre-feitura para retirar meus mveisdaqui para no correr o risco deperd-los. Na segunda-feira pas-sada eles ficaram de enviar um ca-minho para recolher tudo e dei-

    xar na casa da minha ex-patroa eat agora nada. Eu queria podersalvar o pouco do que tenho nessavida", desabafou.

    Aps dias sem gua e sem ener-gia eltrica, as residncias de MeLuiz esto aos poucos voltando areceber esses servios. Entretanto,o comprometimento de inmerascasas gera medo a um grupo cada

    vez maior de pessoas. "Ns, que es-tamos aqui diariamente, sabemosque ainda corremos muito risco.Gostaria que o prefeito Carlos

    Eduardo cumpra o que prometeu enos ajude com o pagamento de alu-gueis. No podemos esperar maisnada", disse Zilma Matias.

    > ME LUIZA

    Moradores denunciam desassistncia da Prefeitura

    Novo deslizamento de terra ocorrido ontem destruiu mais casas e deixou novos imveis sob risco na Rua Guanabara. Semopi iniciou ontem o aterramento da cratera com areia do prprio deslizamento

    Cidade da Criana fica pronta at julho, masgoverno no tem data de abertura ao pblicoFUNDAO JOS AUGUSTO AINDA ESPERA FINALIZAR ESCOLHA DE PRESTADORES DE SERVIOS PARA MARCAR DATA DEFINITIVA

    Fotos: Jos Aldenir

    Fotos: Wellington Rocha

    Wellington Rocha

    Na fachada, letreiro est pronto e tambm a grande maioria dos prdios.Biblioteca, escolinhas de iniciao artstica, quiosques, restaurante e concha acstica fazem parte da estrutura da nova Cidade da Criana

    Na tarde de ontem (19), a Secretaria de Obras Pblicas e Infraes-trutura (Semopi) comeou a aterrar a cratera com a prpria areia pro-veniente dos deslizamentos de terra. O objetivo fazer uma drena-gem provisria e evitar que o terreno sofra mais eroso. Alm de maisduas casas que sofreram desmoronamento com o novo deslizamen-to de ontem, a terra ainda soterrou dois carros que passavam pela Ave-nida Governador Slvio Pedrosa, em Areia Preta, sendo um delesocupado por turistas chilenos. No houve registro de feridos.

    De acordo com a Semopi, o municpio de Natal tem o prazo deseis meses, dado pelo Ministrio da Integrao, para executar os pro-jetos de recuperao da rea atingida entre Me Luiza e Areia Preta.Segundo Walter Fernandes, secretrio-adjunto da Semopi, o serviode aterro vai possibilitar maior estabilidade da rea e facilitar o des-vio da gua pluvial, levada at o local pelo sistema de drenagem, paracair sobre as lonas estendidas.

    "Neste momento estamos realizando a chamada Ao de Respostapara conter dos danos causados pelos deslizamentos de terra. Aps an-lise dos relatrios que esto sendo feitos por gelogos encaminhadospelo Ministrio da Integrao, teremos condies de iniciar o projetode reabilitao da rea, dando procedimento Ao Definitiva", expli-cou. "Ainda no temos como mencionar qual ser o custo para tudo isso",disse Walter Fernandes. No final da manh de hoje, o ministro da Inte-grao Nacional Francisco Jos Coelho Teixeira esteve ao lado do pre-feito Carlos Eduardo visitando as reas atingidas pelo deslizamento.

    Drenagem provisria

    Trabalhadores realizam os ltimos retoques na pintura e instalaes eltricas

    Dirce: Ns temos abrigo, alimentao e gua por causa dos amigos e parentes

  • Sexta-feiraO Jornal de HOJE 9Natal, 20 de junho de 2014

    Cultura

    Cultura

    SANGUE LATINO

    O sucesso das selees latino-americanas dentro e fora de campo um

    dos fatos marcantes desta Copa. Desde o grito de Pu-to! dos mexicanos,

    na hora do tiro de meta adversrio, at o j tradicional Chi-chi-chi-le-le-

    le, a imprensa mundial destaca a fora que la hinchada tem transmitido

    para os jogadores no toa, no confronto direto, a Europa goleada por

    5x1, em oito dias de disputa. E o crescimento econmico da regio, nos

    ltimos anos, pode explicar essa presena de milhares de vizinhos.

    De 2011 a 2013, enquanto o Brasil cresceu mseros 2%, em mdia, o

    Equador chegou aos 5,7%, o Chile, 5,1%, a Colmbia: 5%, o Uruguai:

    4,8% e a Costa Rica: 4,3%. Portanto, mais que o dobro de ns outros. S

    o Mxico tem nmeros semelhantes aos nossos. Para o crescimento fute-

    bolstico no ser pontual, urge crescer a Copa Amrica e a Libertadores

    com a incluso de clubes e selees do Caribe, da Amrica Central, do

    Mxico (mais vagas), dos Estados Unidos e Canad.

    GRUPO DA MORTE

    Tudo bem que o Grupo D, com Itlia, Inglaterra e Uruguai tem trs cam-

    pees mundiais e tal. Mas a Espanha rodou para duas selees em plena

    forma: Chile e Holanda. E ainda tem a Austrlia, que costuma fazer jogo

    duro com os menos dispostos. O Brasil que se cuide, pois as Oitavas de

    Final sero durssimas, com chance de virar tragdia nacional, em caso de

    derrota. Desde j, toro pelos sul-americanos. Uma revanche contra os

    holandeses seria uma tima oportunidade para mostrar do que o time de

    Felipo feito.

    COPA DO SHOPPING

    At 30 de junho, a Arena Futebol Coca-Cola oferece atividades recreativas

    alusivas Copa do Mundo. So competies de videogame, tot e labirin-

    to pogoball. O palco da ao o Natal Shopping, que ter um estande

    localizado no segundo piso (em frente Brinkids), com televisor, videoga-

    me, mesa de tot, poltronas e arquibancadas, permitindo que o pblico se

    rena para torcer pelos seus jogadores favoritos durante os torneios. O

    funcionamento horrio do shopping - de seg. a sb, das 10h s 22h e

    aos dom. das 14h s 22h.

    DIA D

    O Hospital Varela Santiago lana uma

    nova campanha: o Dia D do Varela

    Santiago. O objetivo massifi-

    car a campanha Nessa Copa

    Marque um Gol na sua

    Conscincia", que tenta ven-

    der 50 mil camisetas para

    ajudar na estrutura da institui-

    o. O foco est no dia do lti-

    mo jogo em Natal (Itlia X

    Uruguai), 24 de junho. Ajudar a nobre

    causa obrigao de todos, at como afronta

    aos verdadeiros responsveis pela sade das pessoas.

    BIBLIOSESC

    A unidade mvel BiblioSesc chega a mais uma cidade do interior do esta-

    do. Depois de dois meses em Santa Cruz, o projeto estaciona em Angicos,

    distante 155 km de Natal. Durante um ms, a iniciativa do Sistema

    Fecomrcio RN, realizada por meio do Sesc, oferecer gratuitamente um

    bom acervo de publicaes para emprstimo e consulta. A inaugurao

    acontece dia 25/06, s 15h30, na Praa Jota da Penha.

    FIDEL NA INTIMIDADE

    Juan Reinaldo Snchez foi guarda-costas pessoal do lder cubano ao

    longo de 17 anos. Responsvel pela segurana de um dos homens mais

    odiados do mundo, ele tambm testemunhou relacionamentos, a vida em

    famlia, horas de lazer e discusses sobre estratgias polticas. Agora

    tudo vem tona em um livro elogiado pela critica. A Vida Secreta de

    Fidel foi escrito em parceria com o jornalista Axel Gylden, reprter da

    revista francesa LExpress. Manipulador, egocntrico e carismtico, Fidel

    at hoje reina entre esquerdistas carnvoros.

    [email protected]

    Fotos: Divulgao

    Canind Soares

    O QUE VIR DEPOISEm meio ao clima de euforia com a Copa e elogios estrangeiros quanto

    beleza do pas e hospitalidade do povo, proponho oito aes para o

    Rio Grande do Norte ampliar o fluxo turstico nos prximos anos para

    alm dos pacotes que vendem praia, bunda e carnaval

    CONRADO CARLOSEDITOR DE CULTURA

    Aproveito o clima festivo daCopa para dizer que ela vai, sim,deixar legado. Um deles a co-brana por melhorias em nossa vidaprtica, agora que vimos que sobradinheiro e capacidade de executarobras grandiosas. a hora de pe-garmos a listinha com o que foiprometido antes do Mundial e co-brarmos item por item. Estruturara cidade o bsico. O que propo-nho aqui a manuteno de umfluxo constante de turistas com op-es que fogem do esquema praia,bunda e carnaval.

    No em mesmo nmero, mas possvel manter a cidade com altafrequncia de visitantes, semelhan-te ao que estamos vendo nos ltimosdias. Sugestes? Abaixo seguem al-gumas que acredito totalmente naviabilidade, sobretudo quando abri-mos o Dirio Oficial do Estado oudo Municpio e vemos uma pencade despesas fteis ou esquisitas. Aunio entre poder pblico e classeempresarial urgente para aprovei-tar todo o charme que Natal possui,mesmo com a insistncia de algunsseres em estrag-lo.

    1. GEOGRAFIA FAVORECECULTURA MARTIMA

    Na esquina do continente, comclima agradvel e relativa proxi-midade da Europa e Estados Uni-dos, Natal precisa explorar com efi-cincia parrachos, dunas, praias,Pipa, So Miguel do Gostoso, Pipa,o interior e demais pontos do lito-ral. inadmissvel ver uma capi-tal brasileira perder estrangeirospara ilhotas caribenhas que nadamais so que meros bancos de areia,cercado por guas cristalinas. De-vemos vender algo a mais, como ahistria da regio. E para isso, fa-cilitar a chegada dessa gente uma

    obrigao do poder pblico. A re-forma do porto, a construo damarina e a concluso dos acessosao novo aeroporto para ontem.

    2. CRIAO DO CIRCUITOCOLONIAL POTIGUAR

    Gringo de pas desenvolvidogosta de coisas feitas pelo homem,mas aqui s pensam em vender anatureza, como um presente deDeus que nos traz prosperidade. Sque existe uma faixa litornea comvrios municpios cujo patrimnioarquitetnico tem alto poder de se-duo para quem vem de outroscontinentes. De Cear-Mirim a BaaFormosa, sobram igrejas e casa-res, quase todas com forte liga-o com a histria portuguesa e ho-landesa. Desprezar essa herana de uma ignorncia absurda. Sematrativos outros que no as praias,vimos japoneses circulando porMe Luiza, curiosos com as crate-ras abertas pelas chuvas.

    3. FORTALECER OS PRINCIPAIS FESTIVAIS GASTRONMICOS

    Agastronomia atrai turistas embanda de lata em pases como Fran-a, Espanha e at o vizinho Peru.O Nordest