2000 ac) impÉrio babilÔnico · em obra megalítica. ... como a arquitetura é a principal...
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Na MESOPOTÂMIA, o excedente da produção agrícola acabou nas mãos dos governantes das
cidades – representantes do deus local, que viviam em um palácio-fortaleza –, os quais
administravam as riquezas e as cidades.
IMPÉRIO BABILÔNICO
Babilônia(Reconstituição:2000 aC)
Por volta de 3000 a.C., as cidades sumerianas
já eram bastante grandes, protegidas por muralhas e se
distinguindo na sua aparência o conjunto emaranhado de casas
comuns, feitas em barro, e os edifícios
sagrados (ziggurats), de massa maior e mais
elevada.
Cidade de Arbela, atual Irbil(3000 aC, Mesopotâmia)
Cidade de Ur, no atual Iraque(Ur = torre ou fortificação)
Ziggurat de Ur(Estado atual)
Ziggurat de Ur-Nammu (2250 aC)
Por volta de 4000 a.C., a cidade de UR possuía cerca de 100 hectares e
abrigava milhares habitantes, sendo protegida por uma
muralha e um fosso.
Seus terrenos eram todos divididos
individualmente entre seus cidadãos, enquanto o campo circunvizinho (pomares e pastagens) era administrado em comum por conta das
divindades.
Cidade de Ur(Reconstituição:
4000 aC,Mesopotâmia)
Somente a partir de 2000 a.C. que a
Suméria encontrou alguma estabilidade com Sargão de Acad, o que possibilitou a fundação de novas cidades, em que a
estrutura dominante não era o templo mas o
palácio do rei. Como exemplo: KHORSABAD(721-705 a.C.), cidade-
palácio fundada por Sargão II, perto de
Nínive.
Cidade-palácio de Khorsabad(Reconstituição: 721-705 aC)
BABILÔNIA foi planificada por volta de 2000 a.C., tornando-se a
maior cidade da Antigüidade, alcançando
meio milhão de habitantes. Tendo sido
destruída e reconstruída várias vezes, devido à sua importância como
centro religioso, consistia basicamente
em um grande retângulo de 1,5 x 2,5 km, dividido em duas metades pelo
rio Eufrates. Cidade da Babilônia
Reinado de Nebukadnezar II(605-562 aC, Mesopotâmia)
Traçada com regularidade geométrica, com ruas
retas e de largura constante, BABILÔNIAera formada por uma
série de recintos, os mais externos abertos a todos
e os mais internos reservados aos reis e
sacerdotes.
As casas particulares reproduziam em pequena
escala a forma dos templos e palácios, com
pátios internos e pequenos muros.
Cidade da Babilônia(Reconstituição: 2000 aC)
Além dos povos assírio-babilônicos, na Anatólia (planalto central da atual Turquia), a noroeste da Mesopotâmia, mercadores se estabeleceram por
volta de 2000 a.C. e acabaram criando o reino dos heteus ou hititas, cuja capital era a cidade de
KHATTUSHA (Hatti), que encontrou seu apogeu entre os séculos XIV e XIII a.C.
REINO HITITA
As CIDADES HITITASconfiguravam-se como fortalezas poderosas com muralhas, torres e portas monumentais
em obra megalítica.
De traçado ortogonal, palácios, edifícios administrativos e
praças eram ornamentados com pórticos, pilastras e divindades aladas.
Cidade-palácio de Khattusha(Séc. XIII aC, Anatolia, atual Turquia)
Na CAPADÓCIA, a oeste do reino dos hititas, o relevo acidentado
permitiu o surgimento de uma intricada rede
de cavernas que formam verdadeiras cidades
subterrâneas
Essas cidades primitivas foram ocupadas pelos
hititas, a partir de 2500 a.C.; e pelos persas, até
a libertação por Alexandre, o Grande, em 334 a.C., os quais foram
sucedidos pelos romanos.
Cidade de Göreme(2700 aC, Capadócia, atual Turquia)
Cidade de Göreme
Sendo DERINKUYU sua maior cidade – com oito andares abaixo do solo e cerca de 20.000
habitantes –, esta região serviu de esconderijo dos cristãos no século VII, passando para o
poderio bizantino e, finalmente, no século XIII, para o domínio mulçumano, na atual Turquia.
Cidade de Derinkuyu Planta
Cidade de Cavusin
Planta
Cidade deKaymakli
Cidade de Özkonak
Planta
No EGITO, as primeiras cidades
datam de 3500 a.C., e diferenciam-se das mesopotâmicas pelos seus vestígios terem desaparecido devido às enchentes anuais
do rio Nilo.
Sobraram como testemunhos do
passado as construções em pedra dos grandes centros mais recentes, como
Menfis, Tebas e Cairo.
Vale do rio Nilo(Nordeste da África)
Os soberanos egípcios (faraós) não eram
representantes de um deus, como os
governantes sumerianos, mas eram eles mesmos os
deuses, com poderes mágicos e domínio de
grandes territórios, sendo responsáveis pela
construção de obras públicas, templos e
cidades, além de sua tumba monumental: a PIRÂMIDE em pedra,
símbolo da eternidade.
Complexo de Giseh(Séc. XXV aC, Egito)
Complexode Giseh
(2613-494 aC,Cairo Egito)
N
Os monumentos egípcios não formavam o centro da cidade, mas eram dispostos de per si como
uma cidade independente, divina e eterna, construída em blocos de pedra, que dominava e tornava insignificante a cidade transitória dos
homens, construída em tijolos, inclusive os palácios dos faraós no poder.
Cidade divina de Gizeh(2613-494 aC, Cairo Egito)
Cidade operária de El-Kahum(1875-1000 aC)
A CIDADE DIVINAegípcia era uma cópia fiel da cidade humana, onde os personagens e
objetos da vida cotidiana eram reproduzidos e mantidos imutáveis.
Feita em pedra para permanecer imutável
com o tempo e habitada pelos mortos, era para
ser vista de longe e povoada de formas
geométricas simples (prismas, pirâmides, obeliscos ou estátuas
gigantescas).
Cidade divina deSaqqara - Zoser(2650 aC,Dashur)
Cidade de Deir el-Medineh
Akhetaton (1350-1336 aC)Nova capital criada pelo faraó Akhenaton, depois substituídanovamente por Tebas.
Cidade operária de El-AmarnaFaraóAkhenaton
Templo deHatshepsut
(1470 aC,Deir el-Bahari
Egito)
A capital do Médio Império, TEBAS – que em 1600 a.C. já
possuía 250.000 habitantes –, era dividida em dois setores: o povoado à margem direita do
Nilo, onde se destacam os templos de Karnak (Amon) e
de Luxor (el-Aqsar); e a necrópole nos vales da
margem esquerda, onde estão as tumbas dos faraós.
Templo de Amon(1530-323 aC, Karnak)
Templo de Amon(1530-323 aC, Karnak)
Templo de al-Aqsar(1408-1260 aC, Luxor)
Ramsés II
Templo de al-Aqsar(1408-1260 aC, Luxor)
Conclusão
As bases da URBANÍSTICA MODERNA nasceram em meados do século XIX na Inglaterra, a partir dos problemas surgidos com a industrialização, especialmente ligados às questões sanitárias e de habitação, que exigiam medidas urgentes.
A partir de então, nasceu a TEORIA DO URBANISMO, que se tornou reflexiva e crítica ao
passar a analisar a prática de criação dos espaços urbanos, representada pela história das
cidades desde o início da civilização.
Como a ARQUITETURAé a principal
responsável pelas questões físico-
espaciais dentro da cidade, a partir do
século XX, passou a ser aplicada na
organização do espaço urbano, mas de uma maneira distinta que
do espaço edificado, já que a cidade trata-se
de um organismo vivo.
Resultado de uma divisão social do trabalho,
iniciada no Neolítico, a CIDADE tornou-se objeto de estudo e intervenção,
mas não encarada somente como um
conjunto estático de edificações (artefato artístico), mas como
organismo dinâmico, fruto de um processo histórico,
contínuo e irreversível (ecossistema urbano).
Hong Kong
O processo de urbanização é crescente
e abrangente. Atualmente, a metade
da população do mundo mora em cidades. Para o
ano 2025, esta cifra aumentará para 75%; e o número de brasileiros
vivendo em áreas urbanas, que hoje está
em torno de 80%, chegará a 90% já em 2010. Isto torna os ESTUDOS URBANOS
fundamentais.Urban landscape – Judith Burrows
Shangai(Séc. XXI, China)
Bibliografia
BENÉVOLO, L. História da cidade. São Paulo: Perspectiva, 2001.
CHILDE, G. Evolução cultural do homem. 5a. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1981.
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FERRARI, C. Curso de planejamento municipal integrado. 7a. ed. São Paulo: Pioneira, 1991.
GUIMARÃES, P. P. Configuração urbana: evolução, avaliação, planejamento e urbanização. São Paulo: ProLivros, 2004.
HARQUEL, J. L. História do urbanismo.Campinas: Papirus, 1990.