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04 - Editorial: Octávio Carmo 20 destinospara conhecer Portugal08 - Algarve Via Algarviana12 - Angra Açores, a derradeira fronteira16 - Aveiro Um Segredo Arquitetónico20 - Beja Santiago e a Catedral24 - Braga Itinerário Barroco28 - Bragança-Miranda Mirandela, Cerejeira e VilasBoas32 - Coimbra Seminário Maior36 - Évora Do Ribatejo à Raia

40 - Funchal Curral das Freiras44 - Guarda Pintura de Evelina Coelho48 - Lamego Nossa Senhora dos Remédios52 - Leiria-Fátima Museu de Leiria56 - Lisboa Um dia com Nª Sª de Fátima60 - Portalegre-Castelo Branco Amieira do Tejo64 - Porto De Bicicleta68 - Santarém A Senhora Bonita72 - Setúbal Cidade Episcopal76 - Viana do Castelo Templo de Santa Luzia80 - Vila Real Nª Sª de La Salette84 - Viseu Tesouro da Catedral e Museu

AGÊNCIA ECCLESIA Diretor: Paulo Rocha | Chefe de Redação: Octávio CarmoRedação: Henrique Matos, José Carlos Patrício, Lígia Silveira,Luís Filipe Santos, Sónia NevesGrafismo: Manuel Costa | Secretariado: Ana GomesPropriedade: Secretariado Nacional das Comunicações Sociais Diretor: Padre Américo AguiarPessoa Coletiva nº 500966575, NIB: 0018 0000 10124457001 82.Redação e Administração: Quinta do Cabeço, Porta D1885-076 MOSCAVIDE.Tel.: 218855472; Fax: [email protected]; www.agencia.ecclesia.pt;

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O elogio da sobriedade

Octávio Carmo Agência ECCLESIA

“A felicidade exige saber limitar algumasnecessidades que nos entorpecem,permanecendo assim disponíveis para asmúltiplas possibilidades que a vida oferece”A frase do Papa Francisco, na encíclica ‘Laudatosi’, famosa por vários outros motivos, pode serum bom mote para as férias. Abrir os olhos parao que nos rodeia, com mais atenção, valorizandocada coisa pelo que é, sem procurar compararou limitar a sua importância em função de outrasrealidades.Numa sociedade de consumo somos treinados a“pensar em grande”, a projetar “férias de sonho”,a cometer excessos porque “merecemos”.Sempre em função do exterior, do que vamos vere do que os outros vão ver de nós, sempensarmos verdadeiramente no que nos valorizae determina como pessoas, no presente e naconstrução do futuro.Um tempo de descanso é, deve ser, um tempo denos reescrevermos. Uma oportunidade deencontrarmos pequenos tesouros em locaisinsuspeitos, para “dar apreço a cada pessoa e acada coisa”, como sugere o Papa Francisco.A ECCLESIA propõe um “roteiro” com pontos avisitar nas 20 dioceses portuguesas, contandocom a colaboração de quem conhece o territórioe sabe as surpresas que cada espaço podereservar para quem chega sem o conhecer ousem o ter absorvido totalmente em visitasanteriores. Sem pressas.

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Nesta edição, sugerimos 20 destinos, um em cada diocese dePortugal. Propostas para dias de férias que podem fugir à

“ditadura” da praia e que valem também por quem nos acompanhanessa aventura.

O roteiro propõe espaços da natureza, património, templos, apartir do olhar de quem os conhece de perto, no já tradicional

desafio de “ir para fora cá dentro”…Boa viagem, ao longo do mês de agosto.

(A próxima edição do semanário digital Ecclesia

vai ser publicada no dia 8 de setembro)

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Via Algarviana – a Grande Rota(GR13)

Longe da azáfama das praias quefervilham de gente por estes dias,continua a existir um Algarvedesconhecido, mais genuíno, commuito por desvendar. Esse é oAlgarve do interior, entre a serra e obarrocal, onde a vida se movimentaa outro ritmo, mais calmo e tambémmais acolhedor. É esse Algarve que dá a conhecer aVia Algarviana – a Grande Rota(GR13) pedestre que atravessa ointerior da região entre Alcoutim e oCabo de São Vicente – propondomemórias inesquecíveis a quem seatrever percorrê-la. Concluída em2006, partindo da indicação de umantigo Trilho Moçárabe (percursoutilizado por peregrinos entreMértola ao Cabo

de São Vicente), a Via Algarvianaproporciona a quem se decidapercorrê-la a pé ou de bicicleta,sozinho ou em grupo, um encontroentre a natureza, a espiritualidade ea cultura. No fundo trata-se de umaviagem de aventura por séculos dehistória, um retorno às raízes, aosaromas da natureza e aos saboresda terra, um reencontro com astradições culturais, gastronómicas ereligiosas.Ao longo de 300 quilómetros (quese podem estender a 800 com asligações que lhe dão acesso), a ViaAlgarviana é composta por 14setores, devidamente sinalizados,que atravessam as serras doCaldeirão, Espinhaço de Cão eMonchique, com possibilidade deser percorrida

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integralmente ou subdividindo ossetores, por rotas pequenas outemáticas, com percursoscomplementares ou áudio-guiados,

com guia e mapas com locais dedescanso, apoio e alojamento, tudodisponível no sítio viaalgarviana.org.

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A derradeira fronteira do Atlântico

A ilha é a ideia mais próxima deparaíso. E, quando a saudadeaperta o mar encolhe e todas asilhas se fazem terra para umcoração faminto. Nestas paragenshabita o mais nobre império doAmor: “onde o coração do mar sepovoa de sonhos e os homens seagigantam de ternura”. Ilhas de azulprofundo, intenso, nascidas daimensidão atlântica, que ligam doiscontinentes e resultam de umcasamento quase perfeito entre ooceano indomável e homens que,

dum pedaço de terra, fizeram casa.É difícil eleger um lugar nos Açores.Mas, de repente “um céu azul deintenso anil com fulvos tons depoente” ergue-se no pensamento eparo nas Flores. Chegar nemsempre é fácil porque aqui o tempoé caprichoso. Dizem que é a únicailha que não treme. A ocidente, ondecomeça e acaba a Europa, vive-serodeado de água e naturezaexuberante. A ilha desafia-nos notempo e nas emoções, pondo

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à prova a nossa resistência,sobretudo dos que não se deixaramseduzir por “Califórnias perdidas deabundância”.Nas Flores, tudo está em estadopuro: verde exuberante, lagoas quese espraiam com doçura, por trilhospedestres que convidam a umpasseio; quedas de água queserpenteiam a encosta; altasescarpas bordejando a costa; avesraras e vegetação endémica.Próxima paragem: São Jorge e Pico.De uma ilha à outra há 15quilómetros

de mar que poderiam ser estrada.Nestas duas ilhas combina-se anatureza com a religião. As festas doBom Jesus do Pico ou as do SantoCristo da Caldeira, dois santuáriosdiocesanos, são imperdíveis, emagosto.São Jorge, parece um enormedragão, de cor esverdeada, que seimpõe com altivez. A ilha recorta-sepor Fajãs e é na do Santo Cristoque está um dos cinco santuáriosdiocesanos que anualmente celebraa sua festa

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no primeiro domingo de setembro.No pitoresco lugar das Manadasergue-se um mimo, a igreja deSanta Bárbara, construída noséculo XVIII e declarada monumentonacional em 1950.Olhamos em frente e descobrimos“a Montanha nuvem”. Aqui tudo éexcesso, grande, natural edestemido. A montanha- sempreela- eleva-se nos céus, exigindouma atenção natural. Aos péserguem-se marouços e mistérios delava que abrigam a

paisagem protegida da vinha,património da humanidade. Talcomo o santuário do Senhor BomJesus, património guardado nocoração dos fieis, repositório delágrimas de saudade e mágoas dedesespero, onde se busca umsentido para o tempo presente.Na sua `sozinhês´ estas ilhas são oparaíso na Terra.

Por Carmo RodeiaFotos: José Antonio Rodrigues

Ricardo Henriques

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Segredo arquitetónico em Aveiro

Com as atenções dos turistascentradas nos passeios de moliceiropelos canais urbanos da Ria deAveiro e, em menor grau, emespaços como o Museu de SantaJoana, onde está sepultada a filhade D. Afonso V, que é apenasbeata, mas é venerada como“santa” por concessão do PapaPaulo VI, as igrejas de SantoAntónio e São Francisco passamdespercebidas. São como que umsegredo arquitetónico escondidonum canto da cidade. Mas valembem uma visita demorada.São conhecidas por “igrejas” ou“capelas” de Santo António e SãoFrancisco. O nome correto é Igrejado Convento de Santo António eCapela da Ordem Terceira de SãoFrancisco. Os dois templos, que sãogeminados, mais as salas anexas ea Casa do Despacho formam umconjunto arquitetónico singular. Porfora, são de linhas simples e diretas.Por dentro,

apresentam ricos painéis deazulejos, talha dourada e pintura doséculo XVII e inícios do seguinte. Ostemplos sofreram sucessivasalterações – uma delas consistiu nadestruição de uma capela interiorpara haver comunicação entre osdois espaços –, sendo mais antigo oconvento de Santo António.Remonta a 1524. Em parte do queera o convento funciona agora aPolícia Judiciária (perguntar pela PJé sempre uma boa maneira dechegar às igrejas, que ficam numdos topos do “jardim da cidade” –outro espaço para passeios).As igrejas, incluindo o museu deimagens franciscanas que saíam naantiga processão das cinzas, estãoabertas de terça a sábado, das9h30 às 12h30 e das 14h30 às17h30.

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Para complementar, duas sugestõesnos arredores de Aveiro: umpasseio a pé e outro de comboio.A pé ou de bicicleta, é sempreagradável fazer o percurso doBioRia de Salreu (a 15 km deAveiro), seja qual for a época doano. Ao longo de 8 km, num trajetocircular, atravessamos campos dearroz, juncais, sapais, caniçais epodemos observar águias,cegonhas, garças, lontras,raposas… entre as dezenas deespécies animais e vegetais que oecossistema rico em águaproporciona (www.bioria.com).Desde o início de julho e até finaisde setembro, a CP proporcionaviagens no “Comboio Histórico doVouga”.

Partindo de Aveiro, apenas nastardes de sábado, o comboiohistórico leva a Macinhata doVouga, onde existe um museuferroviário, e, no regresso, para nocentro de Águeda. “Uma viagem notempo, uma antiga locomotivadiesel, três carruagens dosprimeiros anos do século XX”,resume a CP (http://bit.ly/2scSpAa).

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Fotos01 Igrejas de Santo António (à direita) e São Francisco 02 Museu das imagens de santos franciscanos que saíam na extinta Procissão dasCinzas, em Aveiro 03 Vários painéis ao longo do percurso do BioRia informam sobre plantas e animais quepodemos encontrar 04 Comboio histórico na Ponte de Sernada, em Macinhata do Vouga, onde existe umMuseu Ferroviário

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Catedral no Caminho de Santiago

A igreja de Santiago, Catedral deBeja, é uma referência no caminhoque liga o sudoeste peninsular aCompostela, que remonta ao séculoXIII.A origem e a localização da primitivaigreja de Santiago Maior constituemum enigma por resolver, embora seconheça a importância da suacolegiada, uma das mais antigas deBeja, rivalizando com a da vizinhamatriz de Santa Maria da Feira.Alguns autores situam a sede inicialda paróquia na igreja de SantaMaria da Graça ou de Santo Amaro.Outros ligam-na a um edifícioindependente, também extramuros.É provável que no século XIV sefixasse no atual sítio, dentro docircuito das muralhas.O monumento que chegou aosnossos dias sucedeu a este edifícioe constituiu uma obra de raiz,erguida a instâncias do arcebispode Évora D. Teotónio

de Bragança e dirigida pelo mestreJorge Rodrigues. A sua sagraçãorealizou-se em 14 de julho de 1590.De planta retangular, com trêsnaves divididas em cinco tramos, écoberta por abóbadas de arcoscruzados com nervuras de arestaestucadas, ainda de tradiçãomedieval. Mas a organizaçãoespacial, ampla e unitária, obedecejá claramente a um modelocaracterístico da arquitetura "chã"do Alentejo, aproximando-se datipologia da "igreja-salão".Tendo recebido beneficiações noséculo XVII, incluindo o retábulo dacapela-mor, de talha dourada epolicroma, da autoria do mestrelisboeta Manuel João da Fonseca(1696-1697),

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a igreja de Santiago sofreutrabalhos de reconstrução após oterramoto de 1755.D. José do Patrocínio Dias, o bispoa quem Beja deve a reconstrução,física e moral, da diocese, escolheu-a para catedral, promovendo uma

remodelação que se prolongou de1932 e 1937. Dotou-a também deum extraordinário conjuntosumptuário, maioritariamenteoriundo de conventos extintos deLisboa, de depósitos do Ministérioda Guerra, do palácio dasNecessidades e do paço de VilaViçosa. O acervo da Sé conta assimcom importantes coleções depintura, escultura, ourivesaria,azulejaria, mobiliário e paramentaria,parte das quais são expostasrotativamente no Museu Episcopal,sito na mesma paróquia de SantiagoMaior.

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Mais recentemente, os trabalhos derestauro da Sé do Baixo-Alentejotiveram a duração aproximada deum ano, depois de terem começadoem novembro de 2014.

Rota das Catedraishttp://rotadascatedrais.com/pt/beja Visita virtual a 360º: http://rotadascatedrais.com/360/beja/

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Visitar BragaItinerário pelo barroco naarquitetura religiosa BracarenseA chegada do verão e do períodode férias remete-nos paramomentos de lazer e de encontro. Anossa proposta é um roteiro porBraga, um itinerário de encontrocom o património religioso, porqueBraga é a “cidade dos Arcebispos”,a Roma Portuguesa". Por outrolado, Braga também é conhecidapela "cidade do Barroco", por isso,decidimos aliar estas duascircunstâncias e propor um roteiropelo barroco bracarense naarquitetura religiosa.Selecionamos um conjunto demonumentos relevantes na cidadede Braga e arredores, onde, dealguma forma, se nota a presençado barroco e dos grandes mestresbracarenses,

André Soares e Carlos Amarante.Como não podia deixar de ser,iniciamos a nossa visita pelaCatedral de Santa Maria de Braga.O Barroco chegou pela mão de D.Rodrigo de Moura Teles (1704-1728), como veremos mais à frente,este Arcebispo ordenou aconstrução de vários monumentosreligiosos de estilo barroco, emBraga. Na Sé destacamos a talhadourada e os dois órgãos e ocadeiral do coro alto. Finalizada avisita no interior do templo,aproveite para conhecer o beloespólio do Tesouro Museu da SéCatedral e descubra peças doperíodo barroco onde destacamos,pela peculiaridade, os sapatos do D.Rodrigo de Moura Telles.Siga o itinerário até ao largo de S.Paulo onde poderá visitar a NossaSenhora da Torre, local único, donode uma vista privilegiada sobre umacidade marcadamente barroca. Este monumento foi construído em honra de Nossa Senhora pela recompensa de ter poupado a cidade de Braga no terramotode 1755.A próxima paragem é o Mosteiro S.Martinho de Tibães, outrora, casa

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mãe dos monges beneditinos emPortugal e no Brasil. A igreja e oaltor-mor são os símbolos maioresdo barroco neste mosteiro, célebrepela talha dourada designada como"o esplendor do Barrocoportuguês”.

Conheça as recentes intervençõesfeitas no mosteiro e aproveite paraalmoçar no restaurante do mosteiro,gerido pelas irmãs da Congregaçãoda Família Missionária Donum Dei.Faça-se novamente à estrada e,

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siga para o Santuário do BomJesus, ex-líbris de Braga e símbolodo Barroco. Considerado um dosmais belos sacro-montes de toda aEuropa e um dos maioresmonumentos em pedra consagradoà Paixão de Cristo.O Barroco está especialmentemarcado no escadório, a suaconstrução foi ordenada por D.Rodrigo de Moura Telles.Se for de carro ou transportepublico, pare no sopé do monte esuba a pé o deslumbrante escadóriobarroco, onde o granito esculpidose encaixa, de uma forma perfeita,na paisagem verdejante. Depois determinar

a subida recomendamos uma visitaao templo. Desça o monte pelocentenário Elevador, movido a água.Deixamos o Bom Jesus eaproximamo-nos do ponto final donosso roteiro. O destino é a Igrejade Santa Maria Madalena,monumento setecentista, com umafachada exuberante em granito, deum barroco tardio. Esta Igreja,também ela mandada erigir peloArcebispo D. Rodrigo de MouraTelles, é uma obra-prima da tensãoentre o barroco e o rocaille, éconsiderada uma expressão genialde um dos mais virtuosos arquitetosbracarenses, André Soares.

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Mirandela, Cerejais e VilasBoas merecem a suavisitaO Verão é propício ao lazer, àdegustação da gastronomiagenuína, ao conhecimento dasgentes, da história e do património,e a Diocese de Bragança-Mirandaconvida-o a uma visita pela regiãotransmontana.Em ano pastoral mariano sugerimosum roteiro pelo património religiosodas Unidades Pastorais: Senhora doAmparo (Mirandela), Senhora daAssunção (Vila Flor) e Bartolomeudos Mártires (Alfândega da Fé).

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Senhora da EncarnaçãoSituada na zona nobre de Mirandela, a Igreja da Senhora da Encarnação(sécs. XVII e XX) destaca-se pela imponência da sua torre bem comopelo património que a envolve, nomeadamente o Palácio dos Távorase uma estátua dedicada a S. João Paulo II. A vista sobre a cidadee o rio Tua são magníficas.O culto é diário (18h00), excepto à 4.ª feira; domingo às 11h30.

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Imaculado Coração de Maria

O Santuário dos Cerejais (1961),conhecido como “Fátima doNordeste” e defensor da Mensagemde Fátima é procurado para turismoreligioso e da natureza,nomeadamente por ocasião dasamendoeiras em flor.No seu interior existe uma imagemdo Imaculado Coração de Mariaconcebida por José Ferreira Thedim(o escultor da imagem de N Sra deFátima, venerada na capelinha dasAparições); vitrais de Luís Quico, ena Capela da Santidade repousam

em arca-relicário as relíquias dossantos pastorinhos de Fátima,Francisco e Jacinta; de S. JoãoPaulo II; do Beato Bartolomeu dosMártires; da Beata Alexandrina deBalasar; de Santa Teresa deCalcutá e da Beata Maria do DivinoCoração.Tem merecido a visita de várioscardeais, bispos e inúmeros fiéis.Recentemente reconhecido comoSantuário diocesano dispõe dealojamento local.Culto dominical: 11h00 e 14h30.

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Senhora da AssunçãoDe 6 a 15 de agosto, são muitos os devotos que sobem o monte de VilasBoas (Vila Flor), para participar nas celebrações em honra da Senhora daAssunção, titular daquele que é o maior Santuário diocesano (séc. XIX).Programa completo da romaria em:https://www.facebook.com/SantuarioNossaSenhoraDeAssuncao/

Foto: A terceira dimensão http://portugalfotografiaaerea.blogspot.com

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Um espaço ‘desconhecido’ que tepode surpreender

Finalmente para muitos chegou otempo de férias. Tempo paradescansar, para sair das rotinas,para ler, para estar (com maistempo) com a família e com osamigos… tempo para conhecernovos locais.Gostava de vos sugerirprecisamente um bom local paraconhecer nestas férias. O desafio évisitar a Cidade de Coimbra. Aquisão muitos os pontos de interesse.No entanto, gostava de vos sugerirum lugar menos conhecido, próximodo Jardim do Botânico – quetambém merece uma visita e quepode ser uma agradável surpresa.

Trata-se de um espaço que esteve‘fechado’ mais de 250 anos e queagora pode ser visitados por todos.Um dos melhores exemplares daarte italiana do séc. XVIII emPortugal. Falo do Seminário Maiorde Coimbra. Uma casa habitada queagora ‘abre as portas a todos’.Neste espaço podemos visitar osjardins, os refeitórios, os aposentos

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episcopais, a capela-relicário de S.Miguel, a varanda que tem umaimpressionante vista sobre a cidade,as escadas em caracol (com cercade 120 degraus), a Biblioteca Velha(com cerca de 9.000 livros entre1507 e 1800) e a belíssima Igreja daSagrada Família, onde se destaca oórgão de tubos e a cúpula. Todas as visitas contam com umguia e demora cerca de 1h. Asvisitas são às 10h, 11h, 12h e às14h, 15h, 16h, 17h e 18h. A entradatem um custo de 5€, sendo quegrupos de mais de 10

pessoas pagam apenas 3€ e ascrianças até 8 anos não pagam. Opreço do bilhete é uma maneira deajudar a pagar as obras derequalificação do mesmo edifício.Tenho a certeza que valerá a penae, sobretudo, penso que é umespaço que nos permite contemplaro ‘alto’ e nos desafia a ver paraalém do imediato. Será umaoportunidade para ‘descansar’, paraum tempo de ‘ser’ e até para umencontro com o Senhor.

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Um Roteiro “possível”pela Arquidiocese de Évora

A Arquidiocese de Évora é uma dasmaiores Dioceses de Portugal, quevai desde o Ribatejo até à raiaalentejana.Um roteiro “possível” pode começarem Coruche. Banhada pelo Sorraia,a vila ribatejana é "guardada" pelosantuário de Nossa Senhora doCastelo, onde se realizam grandesfestas em Agosto.Em direcção à fronteira, encontra-seMontemor-o-Novo. Conheça oCastelo, a cripta do montemorense,São João de Deus, e os Santuáriosde Nossa Senhora da Conceição eda Visitação.Meia hora depois, chega-se àcidade-museu de Évora. PatrimónioMundial há 30 anos. A requalificadaigreja de São Francisco, com a suafamosíssima Capela dos Ossos,assim como a Sé, igreja-mãe daArquidiocese, merecem uma visita.

Não desviando muito do roteiro,impõe-se uma visita ao Santuário deNossa Senhora d' Aires, em Vianado Alentejo, concelho onde poderáapreciar a Arte Chocalheira,Património reconhecido pelaUNESCO.Regressando à rota até à raia, VilaViçosa é paragem obrigatória, comuma visita ao Santuário de NossaSenhora da Conceição, Padroeirade Portugal, e ao Paço Ducal, numapaisagem marcada pelo “ourobranco”.Já junto à raia, deixe-se envolvernovamente por Património Mundial,na fortificada cidade de Elvas, evisite o Santuário do Senhor Jesusda Piedade, conhecido pelos ex-votos.Como sugestão extra, vá até CampoMaior, inspire o aroma do café, econheça a igreja Matriz e a suacapela dos Ossos.

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Como a Arquidiocese de Évora nãoé só paisagem e património, incluaneste roteiro a saborosagastronomia ribatejana e alentejana,regada com um bom vinho,terminando com o melhor café domundo, claro está!

Pedro Miguel ConceiçãoFOTOS:1 – Vila de Coruche banhada peloSorraia – Foto: Pedro MiguelConceição2 – Santuário de Nossa Senhora doCastelo em Coruche em dia de festa– Foto: Confraria de Nossa Senhorado Castelo3 – Vista geral de Montemor-o-Novo, com o Santuário de NossaSenhora da Visitação ao fundo -Foto: Pedro Miguel Conceição4 – Sé de Évora - Foto: PedroMiguel Conceição5 – Igreja de São Francisco - Foto:Pedro Miguel Conceição

6 – Santuário de Nossa Senhora d'Aires, em Viana do Alentejo - Foto:Pedro Miguel Conceição7 – Ex-Votos no Santuário de NossaSenhora d' Aires, em Viana doAlentejo - Foto: Pedro MiguelConceição8 – Palácio Ducal de Vila Viçosa –Foto: Pedro Miguel Conceição9 – Santuário de Nossa Senhora daConceição, em Vila Viçosa - Foto:Pedro Miguel Conceição10 – Santuário do Senhor Jesus daPiedade, em Elvas - Foto: PedroMiguel Conceição11 – Ex-Votos no Santuário doSenhor Jesus da Piedade, em Elvas- Foto: Pedro Miguel Conceição12 – Vista geral de Campo Maiorcom a igreja Matriz a sobressair -Foto: Pedro Miguel Conceição

4 – Sé de Évora - Foto: Pedro Miguel Conceição5 – Igreja de São Francisco - Foto: Pedro Miguel Conceição

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5 – Igreja de São Francisco - Foto: Pedro Miguel Conceição6 – Santuário de Nossa Senhora d' Aires, em Viana do Alentejo - Foto: Pedro MiguelConceição7 – Ex-Votos no Santuário de Nossa Senhora d' Aires, em Viana do Alentejo - Foto:Pedro Miguel Conceição8 – Palácio Ducal de Vila Viçosa – Foto: Pedro Miguel Conceição9 – Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Viçosa - Foto: Pedro MiguelConceição10 – Santuário do Senhor Jesus da Piedade, em Elvas - Foto: Pedro Miguel Conceição11 – Ex-Votos no Santuário do Senhor Jesus da Piedade, em Elvas - Foto: Pedro MiguelConceição12 – Vista geral de Campo Maior com a igreja Matriz a sobressair - Foto: Pedro MiguelConceição

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Ao encontro da naturezano Curral das Freiras

A ilha da Madeira tem muitos evariados locais onde a Natureza seapresenta em todo o seu esplendor,quer seja na beleza das plantas,quer nas imponentes montanhas ouno imenso mar que banha estaparcela do território português.Difícil é escolher uma freguesia quemereça destaque, mas porque oCurral das Freiras é pontoobrigatório de paragem para quemvisita a Madeira ou nela resida, éque escolhemos esta localidade,bem próxima da cidade do Funchale com ótimas vias de acesso.Rodeada por montanhas de grandeenvergadura, bem no coração daMadeira, o Curral das Freiras devea sua denominação ao facto de noano de 1566, as freiras doConvento de Santa Clara ao fugiremdos corsários

franceses luteranos que invadiram ailha e saquearam a cidade doFunchal, terem encontrado nalocalidade, o abrigo ideal para a suasegurança.Esta ligação das freiras à freguesiatambém já se verificava em finais doséculo XV, quando a localidade foivendida a João Gonçalves daCâmara, que, por sua vez, a doouao Convento de Santa Clara, comodote das suas filhas que láensinavam.

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Visitar o Curral das Freiras é umaexperiência que não se esquece. Aantiga estrada que vai até ao centroda freguesia, torneando os abismos,só foi construída no princípio dosanos 50 do século XX. Atualmente há outra estrada amplae que atravessa as montanhas numtúnel tornando a viagem muito maisagradável.Para melhor apreciar as maravilhasda Natureza que se encontramnaquela localidade e em toda a ilha,o ideal

é fazer um percurso pedonal numalevada. Na Madeira existem mais de3.000 km de canais de irrigação,denominados de levadas.No miradouro da Eira do Serrado,situado a uma altitude de 1095metros, podemos apreciar umafantástica panorâmica sobre o valeonde assenta a pitoresca freguesiado Curral das Freiras e asgrandiosas montanhas do maciçocentral que a rodeiam.Muitos outros lugares da Madeiraoferecem motivos de enorme belezaque merecem uma visita que jamaisserá esquecida.

Sílvio Mendes

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Paróquias de Fernão Joanes,Famalicão e Vale de Estrela criam Rotada Pintura Religiosa de EvelinaCoelhoAs paróquias de Fernão Joanes,Famalicão da Serra e Vale deEstrela, no concelho e Diocese daGuarda, criaram a “Rota da PinturaReligiosa de Evelina Coelho”. Numainiciativa conjunta, a que dão onome “Cores do Sagrado”, estasparóquias abrem as portas doslugares de culto onde se encontrampinturas religiosas de EvelinaCoelho.No conjunto das três paróquias há28 quadros de pintura religiosa,alguns de grandes dimensões, quepodem ser apreciados, nos lugarespara onde foram criados. A paróquiade Vale de Estrela tem o maiornúmero de pinturas, 22 (14estações da Via-sacra, os 5mistérios luminosos, JesusMisericordioso, Nossa Senhora dasGraças e São José com o Menino).Em

Fernão Joanes há duas pinturas degrandes dimensões (Milagre do Sole Baptismo de Jesus). Famalicão daSerra possui as pinturas maisantigas de Evelina Coelho, commotivos religiosos (Nossa Senhoraao pé da Cruz, São João, NossaSenhora da Anunciação e oBaptismo de Jesus).Para facilitar a visita, as Paróquiaslançaram um pequeno catálogo coma biografia da pintora e mostras daspinturas.O documento enumera ainda oslugares onde existe pintura religiosade Evelina Coelho. De acordo com ocatálogo, para além de Famalicãoda Serra, Vale de Estrela e FernãoJoanes, a pintora tem trabalhos emVila Fernando, Sant’ Ana da Azinha,Pínzio, Adão, Ramela, Baraçal –Sabugal, Guarda – Paço Episcopal– Casa Paroquial da Sé –Seminário, Santa Marinha – Seia eManigoto – Pinhel.A Rota da Pintura Religiosa deEvelina Coelho pretende divulgar “acriação religiosa desta pintora daGuarda” e, ao mesmo tempo,valorizar e promover o patrimónioreligioso existente no concelho daGuarda de forma a atrair o“chamado turismo religioso”.

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Para facilitar a visita, as Paróquias lançaram um pequeno catálogo com a biografia dapintora e mostras das pinturas.O documento enumera ainda os lugares onde existe pintura religiosa de Evelina Coelho.De acordo com o catálogo, para além de Famalicão da Serra, Vale de Estrela e FernãoJoanes, a pintora tem trabalhos em Vila Fernando, Sant’ Ana da Azinha, Pínzio, Adão,Ramela, Baraçal – Sabugal, Guarda – Paço Episcopal – Casa Paroquial da Sé –Seminário, Santa Marinha – Seia e Manigoto – Pinhel.A Rota da Pintura Religiosa de Evelina Coelho pretende divulgar “a criação religiosadesta pintora da Guarda” e, ao mesmo tempo, valorizar e promover o patrimónioreligioso existente no concelho da Guarda de forma a atrair o “chamado turismoreligioso”.

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Nossa Senhora dos Remédios (Lamego)

Um rosto em que (re)vêm todos osrostos

Numa sociedade massificada, emque os comportamentos surgemcada vez mais padronizados, aindahaverá opções alternativas?Há uma espécie de simbiose entre ointerior do país e o interior dapessoa. Ambos inspiram uma cadavez maior vontade de busca. Écomo se, no interior do país, apessoa se sentisse reencontradacom o interior de si mesma.Ao enfrentar os 925 degraus que oconduzem da cidade até NossaSenhora dos Remédios, o peregrino— como José Saramago notou —sobe aquela «longa e altaescadaria» com a ânsia deencontrar «a promessa de salvação,ou a esperança».São muitos os rostos que se revêemnaquele rosto. Alguns fazem ressoaruma respiração arfante pelo interiordo Santuário, tal é o afã de

(re)encontrar a imagem que está naSacristia. É para aqueles olhos quetodos os olhos (muitos deleslacrimosos) se voltam.Já agora, será interessante referirque esta imagem de Nossa Senhorados Remédios (1904) foi executadana mesma oficina em que foiesculpida a primeira imagem deNossa Senhora de Fátima (1920):na Casa Fânzeres, de Braga.

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Depois da Capela de Santo Estêvão(de 1361) e da primeira Capela deNossa Senhora dos Remédios (de1565), o actual Santuário começoua ser construído em 1750.A inauguração aconteceu a 22 deJulho de 1761, mas esta obra só foidada por finalizada em Setembro de1905, com a conclusão da segundatorre.Juntamente com o Escadório(edificado entre 1777 e 1966) e o

Parque Florestal (iniciado em 1898),o Santuário de Nossa Senhora dosRemédios constitui um todoharmonioso que deslumbra os olhose tonifica o espírito!

João António Pinheiro Teixeira

Fotos:Imagem1 - Santuário com oEscadórioImagem2 - Nossa Senhora dosRemédios na Procissão deSetembro (andores puxados porbois)

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Um manto de todas as coresNeste verão, muitos milhares depessoas vão passar pelo Santuáriode Fátima. Em ano de Centenáriodas Aparições, fica o convite paraaproveitar a viagem e visitar aexposição ‘Um manto de todas ascores: a Virgem Maria no territóriode Leiria-Fátima, no Museu deLeiria, uma exposição artística quevisa revelar a importância do cultomariano na Diocese de Leiria-Fátima. A viagem até à Rua TenenteValadim, n. 41, em Leiria, é curta evale a pena.ApresentaçãoSob o título “Um manto de todas ascores: a Virgem Maria no territóriode Leiria-Fátima”, o Museu de Leiriae o Departamento do PatrimónioCultural da Diocese de Leiria-Fátimaapresentam uma exposição feita detestemunhos artísticos que mostrama importância do culto mariano na

diocese de Leiria-Fátima.Tomando como mote a celebraçãodo Centenário das Aparições, asduas instituições mostram algumasdas melhores peças que integramas coleções de arte sacra do Museude Leiria e da Diocese, exibindo-assegundo um discurso que sepretende acessível a crentes e anão-crentes.A figura da Virgem Maria é, assim,abordada segundo a sua biografia esegundo a cultura que resulta daforma como as populações, aolongo dos séculos, para elaolharam.Surpreendente será o cruzar dasrepresentações antigas (de pinturae de escultura) com as encenaçõescontemporâneas, sobretudo a partirda fotografia, da escultura e dapintura que, a partir de temasantigos, interpretam, não sem anecessária reflexão crítica, arealidade atual.Como objetivo fundamental daexposição conta-se o de evidenciaro facto de, na cultura dos povos, aVirgem Maria ter sido e continuar aser ‘topos’ que reúne diferentesformas

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de olhar o mundo, desde ainocência à maternidade, desde asolicitude relativa ao próximo até àcompaixão, desde a mulherperegrina à pessoa dolorosa, desdea mulher ignorada à mulherglorificada.A exposição tem quatro capítulosque vão fazer olhar para aiconografia de Maria como umafonte do conhecimento do própriohomem e mulher que vive numdeterminado território povoadopelas múltiplas cores quecaracterizam os inúmeros títuloscom que Maria é venerada, aquitestemunhados a partir de materialhistórico, artístico e arqueológico.A exposição vive da comparaçãoentre a obra de arte antiga e a obrade arte contemporâneaexpressamente encomendada paraesta finalidade, assim como daapresentação pedagógica que levaao entendimento dos atributossimbólicos da figuração da Virgem eà forma de, segundo as diferentesreflexões estéticas, transmitir atemática da Virgem-Mãe.Entre o espólio, exposto destacam-se algumas peças do Museu doSantuário de Fátima, entre elas umpedaço de azinheira guardado comorelíquia da árvore das aparições de1917 e o terço oferecido pelo PapaFrancisco à Virgem de Fátima.

Marco Daniel DuarteComissário Científico

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Um dia com Nossa Senhora deFátimaem Lisboa

Neste tempo de férias, o TPLx(Turismo > Patriarcado de Lisboa)através do seu projeto Quo Vadis,propõe a rota Um dia com NossaSenhora de Fátima em Lisboa. Estarota pelas ruas de Lisboa éevocação de um caminho interior deencontro com a Virgem Maria, Mãede Jesus e nossa Mãe. Somoschamados a que cada passo destacaminhada seja dado na intimidadecom Maria, que tanto apaixonou astrês crianças de Fátima, e que nãodeixará de aprofundar, nos nossoscorações, a vontade de converter anossa vida. Com esta rota passará a conhecermelhor o primeiro local em Lisboaonde esteve Santa Jacinta Marto,o Orfanato de Nossa Senhora dosMilagres, hoje Mosteiro doImaculado

Coração de Maria, onde váriasvezes Nossa Senhora a visitou.Poderá visitar ainda a Igreja dosAnjos, local onde foi velada SantaJacinta Marto, depois de falecer a20 de Fevereiro de 1920 no Hospitalda Rainha D. Estefânia. Por

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fim, convidamo-lo a deslumbrar-secom a Igreja de Nossa Senhora deFátima, que foi dedicada a 13 deOutubro de 1938 - 21 anos após aúltima aparição da Virgem na Covada Iria - e onde poderá rezar diantedas imagens de Nossa Senhora deFátima e dos Pastorinhos que estãoexpostas junto ao altar-mor e são daautoria de Leopoldo de Almeida.

Poderá conhecer e aprofundarestes e mais pontos da rota(www.quovadislisboa.com/pt/route/fatima-in-lisbon) através do nossosite www.quovadislisboa.com ou danossa app que se encontradisponível para iPhone e Android.

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Amieira do Tejo

Os recentes incêndios chamaram,por infelizes motivos, a atençãosobre a localidade de Amieira doTejo, no Distrito de Portalegre. Coma ajuda da Direção-Geral doPatrimónio Cultural apresentamosum dos monumentos a visitar naregião, a Capela do Calvário,localizada numa das zonas maiselevadas da Amieira.O templo que hoje conhecemos nãoé o original, pois há notícias de umoutro, demolido no início do séculoXVIII, para dar lugar ao atual. Não sesabe em que data este começou aser edificado mas, em 1728, já seencontrava em construção, como ocomprova o testamento de PedroVaz Caldeira, que instituiu umacapela com os seus bens, cujosrendimentos deveriam ser aplicadosna obra do Calvário. Contudo, asobras prolongaram-se e, no seuDicionário Geográfico, o padre LuísCardoso

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(de 1747-51) refere que apenas acapela-mor estava concluída, já como retábulo, em cantaria (a imitartalha), que custou oito mil cruzados.Faltava, no entanto, "fazer o corpoda igreja, cujo gasto se tira dosbens que para este efeito deixouPedro Vaz Caldeira, Sargento-Morque foi desta Vila" (CARDOSO,1751).Nesta medida, é possível que ostrabalhos tenham avançado entre asdécadas de 30 e 40, uma vez que acartela do portal principal ajuda adatar todo o edifício: Esta igrejamandou fazer Pedro Vaz Caldeira.Ano 1740 (SOUSA, RASQUILHO,1982, p. 441).De nave única, com duas capelaslaterais correspondentes aotransepto e capela-morquadrangular, a capela do Calvárioda Amieira afasta-se da planimetriae dimensões que habitualmentecaracterizam estes templos. Afachada principal é flanqueada porpilastras-cunhais encimadas porpináculos, situação

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que se repete nos restantesângulos do edifício, à excepção dacabeceira, rematada por pinhas. Aocentro, abre-se o portal, de moldurareta mas encimado por frontãotriangular, assente sobre mísulas eladeado por urnas. Uma cartela,com a inscrição acima transcrita,encontra sobre o entablamento e ofrontão.

O alçado exibe, ainda, duas janelasde sacada, sobre mísulas esobrepujadas por frontão triangular.Remata o conjunto um frontãorecortado que enquadra um nicho, aque se sobrepõe um frontão curvo,interrompido pela cruz.

Rosário CarvalhoLer mais

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Em 1232, por doação régia de D. Sancho II, o domínio hospitalário alargou-se consideravelmente para Sul, passando a integrar as vilas de Amieira,Gavião e Crato.No entanto, a vila de Amieira, cuja posse se integra na mesma conjuntura, foidotada de um castelo já muito tarde, sensivelmente um século depois depassar para as mãos dos Hospitalários. A sua construção ficou a dever-se aÁlvaro Gonçalves Pereira, filho bastardo do bispo D. Gonçalo Pereira, priorda Ordem do Hospital e pai do futuro condestável do reino, Nuno ÁlvaresPereira. Foi, ainda, a este último que se deveu a transferência da sede daOrdem, de Leça do Bailio para o Crato (1356), circunstância que levou todaa estrutura hospitalária para o coração do seu principal domínio fundiário. Ler mais

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Bicicleta no Porto

O período de férias convida-nos,simultaneamente, ao descanso e àcuriosidade de conhecer novoslugares. Num tempo em que o dia-a-dia é vivido de modo intenso erápido, esquecemo-nos muitasvezes de desacelerar e assimilar, noritmo certo, a tranquilidade dasférias. Descansar não significaparar, mas sim ajustar ritmos,equilibrar e apreciar.Sendo um adepto de ciclo-turismoe, um frequente utilizador dabicicleta como transporte, torna-sequase imperativo incluir este veículono programa de férias, pois permitedescobrir e apreciar uma região

com a devida calma e atenção.Existe o mito que o Porto é umacidade difícil para pedalar, commuitos altos e baixos, mas arealidade é bem diferente. Paraalém da possibilidade de transportaras bicicletas no Metro ou nosComboios Urbanos, a zona dogrande Porto oferece um rede deciclovias, que interligam diversosmunicípios com vias dedicadas,relativamente planas e seguras (OTurismo do Porto e Norte publicouum guia com as Ciclovias Ecopistase Ecovias - Norte de Portugal).

Fotografias João Lopes Cardoso - www.instagram.com/quest_4two

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Para conhecer o Porto de bicicleta proponho os seguintes itinerários: Itinerário 1 - https://goo.gl/maps/HTy8BQrLRDF2 Distância: 15km | Nível de dificuldade: FácilPonto de partida: Terreiro da SéSugestões: Visitar a Catedral, o Paço Episcopal ou o Museu de Arte Sacra 1ª Etapa: Descer até à Ribeira do Porto, atravessar a Ponte Luís I (tabuleiroinferior), percorrer a marginal na direcção da Afurada.Sugestões: Reserva Natural do Estuário do Douro, Miradouro da Antiga Secado Bacalhau 2ª Etapa: Percorrer toda a marginal de Vila Nova de Gaia até à Capela doSenhor da Pedra.Sugestão: Visitar a Capela do Senhor da Pedra (Turismo de Portugal) Nota: Poderá regressar pelo mesmo percurso, pelo itinerário 2 ou entãoapanhar o Comboio urbano na estação de Miramar (www.cp.pt)

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Itinerário 2 - https://goo.gl/maps/jvKg42shpc82 : Distância: 15km | Nível de dificuldade: Fácil/Médio Ponto de partida: Jardim da CordoariaSugestão: Igreja dos Clérigos 1ª Etapa: Ir em direcção ao tabuleiro superior da Ponte Luís I, apanhar aCiclovia das Devesas (Av. da República - Vila Nova de Gaia).Sugestão: Paragem para apreciar a vista panorâmica sobre a cidade doPorto - Via Rosa Mota. 2ª Etapa: Ciclovia das Devesas até apanhar a marginal de Vila Nova de Gaiae seguir até à capela do Senhor da Pedra. Depois de visitar a capela, sugiroprolongar o percurso até à AgudaSugestão: Visitar a Capela do Senhor da Pedra (Turismo de Portugal) eEstação Litoral da Aguda (www.fundacao-ela.pt ) Nota: Poderá regressar pelo mesmo percurso, pelo itinerário 1 ou entãoapanhar o Comboio urbano na estação de Miramar (www.cp.pt)

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Itinerário 3 - https://goo.gl/maps/9dbvVDiwdXv : Distância 8km | Nível de dificuldade: Fácil Ponto de partida: Praça da Ribeira do Porto Sugestões: Visitar a Igreja de São Francisco, o Palácio da Bolsa 1ª Etapa: Percorrer as ruas interiores da Ribeira, até apanhar a Rua Novada Alfândega, seguir a ciclovia no sentido do Cais das Pedras.Sugestão: Visitar a Igreja do Corpo Santo de Massarelos (Turismo do Porto) 2ª Etapa: Cais das Pedras, Ponte da Arrábida, prosseguir na ciclovia emdirecção ao Passeio Alegre - Foz.Sugestão: Subir o arco da Ponte da Arrábida ( www.portobridgeclimb.com), ea Igreja de São da Foz. 3ª Etapa: Retomar a ciclovia Passeio Alegre/Avenida Brasil, em direcção aoCastelo do Queijo.Sugestão: Visitar o Parque da Cidade do Porto Outras sugestões:Ecopista do Tâmega - Amarante/Arcode BaúlheCiclo Ria - Municípios de Ovar,Murtosa e Aveiro Links úteis:www.portoenorte.ptwww.ciclovia.ptwww.ecovias.ptwww.caminhoportuguesdacosta.com/ptwww.fpcub.pt

Sugestões de leitura edocumentação de apoio:“O Livro da Bicicleta” - MiguelBarroso“A Gloriosa Bicicleta” - Laura Alvese Pedro CarvalhoCiclovias Ecopistas e Ecovias -Norte de Portugal - LINKRede Nacional de Cicloturismo -Road Book 2017 - LINK

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História de uma mulher belaAo abrir as suas portas ao Público,o Museu Diocesano de Santarémoferece aos Visitantes apossibilidade de descobrir pordentro uma arquitetura monumental,multissecular e extraordinária. Dematriz jesuítica mas comreminiscências que transportam oimaginário à antiga vila régia emtempos medievais e modernos, ocomplexo catedralício constituireferência maior no quadro urbanoda Cidade de Santarém.O Museu Diocesano de Santarémoferece também aos Visitantes oprivilégio de conhecer dezenas deobras de arte religiosa, raras oumesmo de todo desconhecidas, queas voltas da História fizerampatrimónio de fé do PovoRibatejano.Arquitetura e obras de arte religiosa

traduzem, na circunstância da suavocação originária, da suamaterialidade, até da sua muitaidade e neste espaço concreto, umaampla cronologia, desde o século XIIIaos dias de hoje. Todavia comreferenciais que alcançam um tempoainda mais longo e desafiante dememórias e itinerários simbólicos,religiosos e socioculturais. E contam,de diferentes modos e comdiferentes meios, inúmeraspequenas histórias dentro de umagrande história.Em associação com o patrimónioexcecional da Sé de Santarém, e oconjunto arquitetónico que aenvolve, as obras de arte religiosaexpostas no MUSEU DIOCESANODE SANTARÉM conduzem osVisitantes através da históriafascinante de Uma mulher bela, cujavida decorre num momento singularda grande aventura humana e é,ainda hoje, profundamenteinspiradora para milhões de pessoasem todo o mundo. Imagem de umamor inteiro, que as imagens da Séde Santarém e do Museu Diocesanode Santarém revelamdesejado e acolhido, por gerações em todos os tempos.

www.museudiocesanodesantarem.pt/

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O Museu Diocesano de Santarém tem patente ao público, até 16 de outubro,a exposição «A beleza da Mãe de Deus – da infância ao dia em que o solbailou».A exposição está organizada em três núcleos e procura apresentar uma“cronologia com os principais momentos da vida da Virgem Mãe, seguindo-se uma abordagem às inúmeras invocações marianas – títulos que o Povode Deus, ao longo dos tempos, foi atribuindo a Maria pela sua particularintercessão”.Por fim, em pleno centenário das Aparições de Fátima, uma memória à Covada Iria, à Senhora vestida de luz - e aos pastorinhos, agora santos –“invocação particularmente acarinhada pelos portugueses”.

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Conhecer o património religioso,natural e cultural da CidadeEpiscopal

Uma tarde de Verão na cidadeEpiscopal. Esta é a proposta daDiocese de Setúbal, através doolhar da Comissão Diocesana deArte Sacra, que convida a conhecera riqueza do património religioso,natural e cultural de Setúbal.A cidade do poeta Bocage, plantadaà beira do rio Sado, com a serraArrábida em pano de fundo, e poronde São Francisco Xavier passoua caminho da sua missão deevangelização dos povos doOriente.Uma cidade onde a ligação entre aserra e o rio se manifesta na vidadas gentes e nas suas tradições. Asprocissões e peregrinaçõesmarítimas

de Nossa Senhora de Tróia, de SãoLuís da Serra ou o Círio de NossaSenhora da Arrábida, em que seabençoam as águas e se pede oauxílio para os pescadores, sãodisso um sinal vivo.Por entre a traça medieval das ruasda baixa, podemos encontrar asinúmeras Igrejas e Capelas: SãoJulião, a Catedral dedicada a SantaMaria da Graça e, subindo aoMiradouro de São Domingos, aIgreja de São Sebastião. Alémdestas, outras há para descobrir.Passeando a pé, muitas são asesculturas que se encontram na rua,mas na Galeria Municipal estápatente um retábulo do Convento deCristo que vale a pena visitar.

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Finalmente, a sugestão é entrarpela serra e deixar-se envolver pelabeleza natural da Arrábida.Seguindo a linha das praias,subindo junto à costa, chega-se aoConvento da Arrábida onde estábem visível a linha de eremitérios.Depois, percorrendo a serra peloalto, pode regressar-se à cidadepara apreciar a típica gastronomia:de entre o peixe e marisco, destaca-se o choco frito.

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Templo de Santa Luzia

O Templo-Monumento glorifica onome de Santa Luzia, advogada davista a quem o Capitão de CavalariaLuís de Andrade e Sousa recorre,na extinta capela de Santa Luzia,acometido de uma grave oftalmia. Jáconvalescido, institui a Confraria deSanta Luzia, como forma degratificar a graça recebida.Contudo, é o Sagrado Coração deJesus o padroeiro do monumento,cuja devoção dos vianenses jávinha desde 1743. Mas foi durante apandemia da Pneumónica, corria oano de 1918, que a cidade, chorosapelos seus entes queridos quehaviam perecido, e

aterrorizada com a violência de talflagelo, se consagrou ao SagradoCoração de Jesus, prometendosubir anualmente em peregrinaçãoao Monte de Santa Luzia se apneumónica não ceifasse maisnenhuma vida. Cessada amortandade, os vianenses fizeramjus ao prometido e, em 1921,rumaram monte acima onde, desde1904, se construía o templo. Talpromessa ainda hoje se cumpre, nodomingo mais próximo da festalitúrgica do Sagrado Coração deJesus.Imbuídas neste espírito, já serealizavam peregrinações, emborasem calendário, desde o séculoanterior. Foi precisamente duranteuma dessas

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piedosas romagens, por ocasiãodas Festas d’Agonia de 1894, que oPadre Dias Silvares lançou a ideiade erigir no alto do monte umaestátua ao Sagrado Coração deJesus, que abençoasse a cidade deViana do Castelo, o Minho e toda aNação. Tal proposta foi logoentusiasticamente acolhida, e namesma altura indicado e admitido onome do escultor minhoto AleixoQueiroz Ribeiro para executar a ditaobra.Daí ao Templo-Monumento foi sóum passo. Depois de executada amonumental e artística coluna quehaveria de servir de suporte àestátua, verificou-se que a mesmanão conseguiria suportar a suaposição fortemente inclinada parafrente.

Então, a estátua foi colocada numpedestal em frente à dita capelinhade Santa Luzia, que só seriademolida em 1926. Aproveitando amajestosa coluna, Miguel VenturaTerra, um dos maiores arquitetos doseu tempo, idealizou uma colunaigual para as implantar diante dotemplo a construir e servir desuporte a dois anjos. Entre essasduas colunas, Ventura Terra riscouo projeto de um magnífico templo,cuja beleza e magnificência éapenas igualável pela paisagemonde este se insere.As obras de construção iniciaram-seem 1904, tendo-se desenvolvidoanimadamente até à proclamaçãoda República, data a partir da qualesmoreceram como consequência

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do conturbado contexto político esocial, e ainda mais abrandaramdurante a I Guerra Mundial.Entretanto, o arquiteto MiguelNogueira, que tinha sido aprendizde Ventura Terra, assume a direçãodas obras no ano de 1925, ficandoencarregue de concluir o projeto doseu Mestre, devido ao falecimentodeste. No ano seguinte deu-se porconcluída a capela-mor do templo,tendo sido aberta ao culto peloArcebispo e Senhor de Braga ePrimaz das Espanhas. As obras doexterior do templo concluíram-se nofinal do ano de 1943, e as dointerior em 1959. O resultado é umaimponente mole granítica cinzeladae executada pelos mestres canteirosda região dirigidos por EmídioPereira Lima.Arquitetonicamente, o edifícioapresenta uma planta centrada emcruz grega, de raiz bizantina. Àmesma matriz vai buscar a enormecúpula que coroa o edifício, bemcomo as pequenas cúpulas queencabeçam

as quatro torres, estas já inspiradasno estilo românico, assim como adecoração que serpenteia pelafachada do edifício. De gostogótico são as enormes rosáceas, asmaiores da Península Ibérica,emoldurando os belos vitrais queinundam com luz e cor o interior daigreja. Aqui dentro, dois anjos, daautoria de Leopoldo de Almeida,oferecem os escudos de Portugal ede Viana do Castelo ao SagradoCoração de Jesus, uma réplica daestátua bronze da entrada,esculpida em mármore de VilaViçosa por Martinho de Brito. Aatenção popular e a devoção dosvianenses é dirigida à imagem doSagrado Coração de Jesus que veiodo convento dos Crúzios, e paraimagem de Santa Luzia que,juntamente com a da Senhora daAbadia, vieram da capela queantecedeu o templo. E, já quefalamos de imagens, a de NossaSenhora de Fátima mereceatenções especiais por parte dopovo crente, tanto lusitano comogalego.

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O altar-mor em granito e mármore, eos altares laterais, dedicados aSanta Luzia e à Senhora da Abadia,foram esculpidos pela mão deEmídio Lima, assim como os púlpitosde linhas ondulantes, cujo desenhoé de Miguel Nogueira. As trêsrosáceas foram executadas pelaoficina lisboeta Ricardo Leone. Osfrescos que rodeiam a abside dacapela-mor e a cúpula da mesma,representam respetivamente, partedas estações da Via-Sacra e aAscensão de Jesus, da autoria deManuel Pereira da Silva, natural deAvintes, Vila Nova de Gaia. E,finalmente, o sacrário de prata foicinzelado pelo mestre ourivesportuense Filinto Elísio de Almeida.Hoje, admirável a quilómetros dedistância, é um incontornável pontode referência da região, e um fortemotivo de orgulho para a cidadeque o ergueu. Horários:O Templo-Monumento está abertotodos os dias, no seguinte horário:§ Inverno – das 8h00 às 17h00§ Verão – das 8h00 às 19h00

Cafetaria/Bar§ Inverno – das 9h00 às 17h00§ Verão – das 9h00 às 18h00Casa das Estampas (Loja deRecordações)§ Inverno – das 9h00 às 17h00§ Verão – das 9h00 às 18h00 É possível subir ao ponto mais altodo edifício (Zimbório) e também aum ponto intermédio, nestesespaços pode contemplar aindamelhor o panorama que foiconsiderado pela NationalGeographic Magazine como um dosmelhores do mundo. Como chegarO acesso a este Santuário pode serfeito a pé, de carro, ou peloFunicular de Santa Luzia. Quemoptar por ir a pé, tem também oescadório com 659 degraus;optando pelo funicular fará umpercurso de 650m, vencerá umdesnível de 160m, e realizará umaagradável viagem com a duração de7 minutos.www.templosantaluzia.org Confraria de Santa Luzia

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Santuário de Nossa Senhora de laSalette

O santuário de Nossa Senhora deLa Salette fica situado na encostada serra do Alvão, a 2 km de VilaCova, União de Freguesias dePena, Quintã e Vila Cova, concelhode Vila Real. É constituído por umacapela em honra de Nossa Senhorade La Salette, com instalaçõesanexas, um recinto de grandesdimensões e um parque demerendas.É uma das vistas panorâmicas maisemblemáticas da região de onde secontempla o vale da Campeã e aSerra do Marão.Aí afluem numerosos visitantes,sobretudo durante o verão, paracontemplar a beleza natural eusufruir do parque de merendas,muito bem cuidado, com asgenuínas mesas de lousa. Por alipassa a rota do mineiro,

um circuito pedestre que fazmemória às minas de ferro quelaboraram em Vila Cova até aosanos 80 do século XX.É um local bem conhecido dosescuteiros dado que ali bem pertose situa o Campo Escola do CNE daRegião de Vila Real.O santuário teve recentementeobras de beneficiação. Um esforçoconjunto da Paróquia de Vila Cova eda Assembleia de Compartespossibilitou o restauro da talha doaltar de Nossa Senhora de LaSalette e a colocação de vitrais daautoria do Mestre Avelino Leite.É um local de grande devoção. Aqui, a partir do primeiro domingode maio até setembro, realizam-senumerosas celebrações religiosas.

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Os dias grandes do Santuário são oprimeiro e o último domingos demaio. No primeiro, celebra-se o diada Mãe e no último, faz-se oencerramento do Mês de Maria,concentrando, aí, as paróquias detoda a região oeste do concelho deVila Real.No dia 15 de agosto é a grandefesta em honra de Nossa Senhorade La Salette. Aqui convergemmilhares de peregrinos, grandeparte emigrantes. Celebra-se aEucaristia na igreja paroquial esegue-se uma majestosa procissãoaté ao Santuário, acompanhada porbanda filarmónica. A tarde épreenchida por um genuíno convívioe atividades de cunho estritamentereligioso. No dia 19 de setembro (ou no

domingo imediato), festa oficial deNossa Senhora de La Salette,também é costume celebrar-se aEucaristia no santuário. Breve história dosantuárioA construção da capela de NossaSenhora de La Salette, em VilaCova, ter-se-á devido a váriosfatores, a que não será alheia adevoção de D. Ana Constança deJesus Dias Barria, uma figuraincontornável de Vila Cova.Oriunda de uma família abastada eletrada, D. Ana Constança, nasceu a6 de fevereiro de 1831.Logo após o falecimento de suamãe, ocorrido em 1874, decidefundar uma escola na sua própriacasa. Era um modestoestabelecimento de ensino para queas crianças e jovens ali pudessemaprender a ler, a escrever, a bordare a costurar, para além de aprendera Doutrina Cristã. Insatisfeita

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com os resultados, deslocou-se aLisboa para falar com a Rainha D.Amélia. Num encontro ocasionalcom a Fundadora da novaCongregação das IrmãsFranciscanas HospitaleirasPortuguesas, Madre Maria Clara doMenino Jesus, solicita-lhe que crieum Colégio em Vila Cova.Tal virá a suceder em 1876, com avinda de Madre Maria Clara a VilaCova, sendo este colégio,denominado Colégio de NossaSenhora de La Salette, a VIª obra daCongregação em todo o país. Estecolégio funcionou cerca de vinteanos, grande parte deles, sob aorientação das Irmãs da referidaCongregação.Madre Maria Clara foi beatificadapelo Papa Bento XVI, a 20 de maiode 2011, e tem uma imagem naigreja paroquial de Vila Cova, desde18 de julho de 2016.Diz a tradição popular, que D. AnaConstança era "dotada dequalidades excecionais, sobretudode grande generosidade, tendo feitoda sua vida um hino ao amor aDeus, a Nossa Senhora de LaSalette e à sua terra.Nunca se sentiu missionárialongínqua; para ela, a primeira terrade missão era a sua aldeia!A tradição que ainda hoje existerefere-se a um sonho que D. Anativera, no qual Nossa Senhora lhe

pedira para que construísse umAltar, onde os fiéis aí pudessemrezar, para pedir a cura da alma edo corpo.No entanto, segundo relatosfamiliares, a versão dos factos é umpouco diferente, e refere que D. AnaConstança terminara de rezar,voltada para o seu crucifixo, naprimitiva Capela de Nossa Senhorade La Salette, quando se levantoupara vir embora terá ouvido a voz deJesus a dizer-lhe: "tu vais embora edeixas-me aqui sozinho?".De uma maneira ou de outra, D.Ana Constança decidiu avançarpara a construção de uma capelacom a invocação de Nossa Senhorade La Salette no Monte da Malhadada Fraga da Pena, conforme provaa ata da reunião da Junta deparoquial, datada de 30 de marçode 1898, em que foi apresentada aproposta de aquisição de umterreno de duzentos metros decomprido e sessenta metros delargo, perfazendo dez mil metrosquadrados de terreno no sitio daMalhada da Fraga da Pena, com ofim de aí mandar edificar urnacapela para colocar a imagem deNossa Senhora de La Salette, paraos devotos venerarem.A partir dessa altura foi erigido umaltar com a invocação de NossaSenhora de La Salette. Desdeentão, começaram as festividades,atraindo

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gradualmente mais e maiscrentes. O dia da festa foidurante muitas décadas 19 deSetembro, mas posteriormenteseria transferido para o dia 15de Agosto.Entre 1920 e 1925, terá sidoconstruída a nave central dacapela. D. Ana Constança veioa falecer em 1924.Nos anos seguintes, sob aorientação do pároco, PadreJosé Augusto Peixoto Barria,sobrinho de D. Ana Constança, construiu-se a torre sineira dacapela, ampliou-se o santuárioe adquiriu-se a imagem de NªSrª de La Salette, com ospastorinhos. Outros melhoramentosocorreram posteriormente daresponsabilidade do Pároco,Américo Pereira Gonçalves(1949-2004): sala de jantar,água canalizada, parque demerendas, wc públicos, zona deestacionamento e uma estradade acesso com qualidade.Este santuário maravilhoso deinterioridade e encantopaisagístico espera por ti! Padre Manuel QueirósJoão Paulo Lopes

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Tesouro-Museu da Catedral de Viseu

O Tesouro de Arte Sacra, tambémconhecido como Tesouro-Museu daCatedral de Viseu, foi criado peloDecreto-Lei nº 20.803, de 21 dejaneiro de 1932, para nele serem“incorporados todos os objetosrespeitantes ao culto ou a eledestinados que se encontramincorporados no Museu Grão Vascoe sejam provenientes da Sé deViseu.”A sua gestão pertence, desde aorigem, ao Cabido da Catedral.A Catedral de Viseu, classificadacomo monumento nacional desde1910, constitui uma construção deraiz românico-gótica, que foi objetode várias intervenções ao longo dosséculos, entre as quais destacamos:a abóbada de nós manuelina,datada de 1513; o claustrorenascentista edificado em 1528sob a iniciativa de D. Miguel da Silvae risco de Francesco

de Cremona; a fachada maneiristaedificada em 1635; as estruturasretabulares de talha maneirista ebarroca; a estatuária do períodomedieval e barroco, os váriospainéis de azulejos setecentistas; asacristia com pintura de grotescos eazulejos de tapete, entre muitosoutros elementos de referência noquadro da história da arte.Integrado na Catedral, o espaço deexposição do Tesouro da Sélocaliza-se no segundo piso,compreende o coro-alto e três salassituadas numa das alas do claustrosuperior, entre as quais a SalaCapitular. Este espaço esteveencerrado entre 1998 e 2002 pararemodelação e construção de umnovo discurso expográfico.Enquadra peças de particular valorartístico, de diversas tipologias eperíodos que vão desde o século XIIaté ao século XX. A importância dealguns dos objetos artísticosexpostos

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Após o período conturbado da reconquista da cidade de Viseu e darestauração da diocese, o bispo D. Egas (1289-1313) deu início àconstrução de um edifício com as características espaciais e com asdimensões correspondentes à dignidade de uma Catedral. Nesta construçãoinicial verificou-se a miscigenação de elementos característicos das sintaxesromânica e gótica.Ao longo dos séculos o templo primitivo foi objeto de inúmeras intervençõesque alteraram profundamente a sua fisionomia medieval.Posteriormente, a intervenção mais profunda que a Catedral sofreu ocorreuem meados do século XX, sob a iniciativa da DGEMN.Ler Mais

(CAIXA)Após o período conturbado da reconquista da cidade de Viseu e da restauração da86

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Após o período conturbado da reconquista da cidade de Viseu e da restauração dadiocese, o bispo D. Egas (1289-1313) deu início à construção de um edifício com ascaracterísticas espaciais e com as dimensões correspondentes à dignidade de umaCatedral. Nesta construção inicial verificou-se a miscigenação de elementoscaracterísticos das sintaxes românica e gótica.Ao longo dos séculos o templo primitivo foi objeto de inúmeras intervenções quealteraram profundamente a sua fisionomia medieval.Posteriormente, a intervenção mais profunda que a Catedral sofreu ocorreu em meadosdo século XX, sob a iniciativa da DGEMN. Ler Mais

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