2 - taxonomia e sintomatologia

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Taxonomia, Sintomatologia e Transmissão Fitopatologia I Érico de Campos Dianese

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Page 1: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Taxonomia, Sintomatologia e

TransmissãoFitopatologia I

Érico de Campos Dianese

Page 2: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Leva-se em consideração as características da partícula, os sintomas causados, a hospedeira

Taxonomia e Nomenclatura

Page 3: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Taxonomia:

◦ Ciência que se ocupa da classificação dos seres vivos, utilizando um sistema uniforme que expressa, da forma mais fiel, o grau de semelhança entre eles

Taxonomia e Nomenclatura

Page 4: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

TAXONOMIA PROPRIEDADES VIRAIS

Morfologia Tamanho, Forma, Envelope

Físico-químicas Massa molecular,Densidade

Genoma Tipo de ácido nucléicoSegmentação,Sequência

Macromoléculas Proteínas,Lipídeos

Page 5: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

TAXONOMIAGENOMA E REPLICAÇÃO

Organização do Genoma

Estratégias de Replicação

Estratégias de Expressão

Sítios de acumulação de proteínas virais

Citopatologia, formação de corpos de inclusão

Page 6: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

TAXONOMIAPROPRIEDADES ANTIGÊNICAS

Relacionamento sorológico

Page 7: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

TAXONOMIAPROPRIEDADES BIOLÓGICAS

Gama de hospedeiras

Transmissão

Vetor

Page 8: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Classificação dos vírus (ICTV):

◦ Ordem: ......virales◦ Família: ......viridae◦ Subfamília:......virinae◦ Gênero:......virus◦ Espécie:......virus

Categorias Taxonômicas

Page 9: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

De acordo com o último relatório do ICTV (2010):

◦ 6 Ordens◦ 87 Famílias◦ 19 Subfamílias◦ 348 Gêneros◦ 2285 Espécies

◦ E milhares de isolados de vírus de bactérias, plantas e animais

Categorias Taxonômicas

Page 10: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Para outros organismos:

◦ Latim◦ Nomenclatura Binomial – nomenclatura de Lineu

Xanthomonas campestris Xylela fastidiosa Meloidogyne incognita Xiphinema index Alternaria solani

Regras de Nomenclatura

Page 11: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Para vírus:

◦ Atualmente:

HOSPEDEIRO SINTOMAS + VÍRUS

Tomato yellow leaf curl virus Cucumber mosaic virus Lettuce mosaic virus

Bean golden mosaic virus

Citrus tristeza virus

Regras de Nomenclatura

Page 12: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Para vírus:

◦ Acrônimos

Cucumber mosaic virus CMV Tomato chlorotic mottle virus ToCMoV Potato virus Y PVY Tomato spotted wilt virus TSWV Human papilloma virus HPV Human immunodeficiency virus HIV

Regras de Nomenclatura

Page 13: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Família: Bunyaviridae

Gênero: Tospovirus

Espécie: Tomato spotted wilt virus

Acrônimo: TSWV

Regras de Nomenclatura

Page 14: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

International Committee for Taxonomy of Viruses

◦ Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus

◦ Reuniões que definem a taxonomia e a nomenclatura de todas as espécies de vírus existentes

ICTV

Page 15: 2 - Taxonomia e Sintomatologia
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Page 18: 2 - Taxonomia e Sintomatologia
Page 19: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Sintomatologia?

Sintomas

Sintomas X Sinais

Sintomas de vírus em plantas

Page 20: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Alterações:

◦ No crescimento

◦ No desenvolvimento

◦ No metabolismo

Importânica para a fitovirologia

◦ Identificação inicial baseada em sintomas◦ Conjunto de sintomas

Sintomas

Page 21: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Sintomatologia

Valor Diagnóstico

Nomenclatura

Hospedeiras Diferenciais

Avaliações de Campo

- Sorologia- Microscopia eletrônica - Molecular

Sintoma principal + Hospedeira(Cucumber mosaic virus)

Plantas indicadoras

LevantamentosPrejuízosResistência

Page 22: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Resultado da infecção viral

Como ocorrem os sintomas?

2 Decapsidação

3 Replicação

4 Acumulação

5 Translocação

1 Entrada do vírus

Curta distância

Longa distância

Fisiológicas Histológicas Morfológicas

Fisiológicas Histológicas Morfológicas

Page 23: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Hospedeira

Localização do plantio

Condições climáticas

Co-infecção com outro(s) patógeno(s)

Composição química do solo

Fatores que influenciam a expressão de sintomas

Page 24: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Infecção já presente na semente

Isolado do patógeno

Época do ano

Quantidade inicial de inóculo

Etc...

Fatores que influenciam a expressão de sintomas

Page 25: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Isolados virais

◦ Dois isolados podem apresentar diferentes níveis de patogenicidade

Isolado capaz de gerar sintomas característicos: Isolado “forte”

Isolado que causa pouco ou nenhum sintoma: Isolado “fraco”

Fatores que influenciam a expressão de sintomas

Page 26: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Cultivares

◦ Cultivares diferentes podem apresentar reações diferentes quando infectados por um mesmo vírus

Suscetível: pode ser infectada e apresenta sintomas

Tolerante: pode ser infectada, mas não apresenta sintomas apesar da presença do vírus

Resistente: não pode ser infectada ou não permite a distribuição do patógeno

Fatores que influenciam a expressão de sintomas

Page 27: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Fatores que influenciam a expressão de sintomas

Page 28: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Idade da planta

◦ Fator importante

◦ Em geral – plantas jovens são muito mais suscetíveis

◦ Resistência de planta madura

Fatores que influenciam a expressão de sintomas

Page 29: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Geralmente se expressam onde o vírus se replica

Transporte pelo floema – rota dos fotoassimilados

◦ Acúmulo em tecidos jovens – alto nível de replicação nestes

Sintomas ao redor do sítio de infecção: sintomas locais

Localização dos sintomas

Page 30: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Sintomas locais

◦ No sítio de infecção ou próximos

Localização dos sintomas

Clorótica Necrótica Anéis cloróticos

BYMV–Chenopodium quinoa

TMV–Nicotiana tabacum

ToRSV–Nicotiana tabacum

Page 31: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Quando o vírus se espalha do sítio de inoculação para outras partes – sintomas sistêmicos

Localização dos sintomas

Page 32: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Em relação às estruturas ou processos afetados:

◦ Fisiológicos

◦ Histológicos

◦ Morfológicos

Classificação dos Sintomas

Page 33: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Em relação às estruturas ou processos afetados:

◦ Fisiológicos: afetam fotossíntese, transpiração, respiração, etc.

Uso de nutrientes pelo patógeno: produção da planta inversamente proporcional a do patógeno

Aumento da respiração: resposta usual às infecções Transpiração: idem

Classificação dos Sintomas

Page 34: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Histológicos

◦ Alterações nas estruturas das células e tecidos

Necróticos: destruição de componentes ou da própria célula

Plásticos: alterações quantitativas ou qualitativas dos componentes ou da célula

Hipo ou hiperplasia Hipertrofia

Classificação dos Sintomas

Page 35: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Morfológicos:

◦ Necróticos: degeneração e morte de tecidos

◦ Hipoplásticos: supressão do desenvolvimento (albinismo, clorose, mosaico, enfezamento)

◦ Hiperplásticos: superdesenvolvimento de partes da planta ou acúmulo de componentes celulares (bronzeamento, arroxeamento, galha, enrolamento)

Classificação dos Sintomas

Page 36: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Difíceis de serem distinguidos

◦ Problemas causados por outros organismos◦ Deficiências nutricionais◦ Toxemias◦ Etc...

Ocorrem em toda a planta ou nas folhas, ramos, frutos

Sintomas típicos de vírus

Page 37: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Redução no crescimento

◦ Nanismo

Pontos cloróticos ou necróticos

◦ Lesões locais

Mosaicos e manchas cloróticas

◦ Folhas, ramos, frutos

Sintomas típicos de vírus

Page 38: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Clareamento de nervuras

Deformações foliares e de ramos

Distorção de frutos, murchas, tumores, caneluras

Sintomas típicos de vírus

Page 39: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Órgão ou Células

Local de observação

SINTOMAS

MORFOLÓGICOS

HISTOLÓGICOS

DESVIOS DE COR

DEFORMAÇÕES

NECROSES

CLOROPLASTOS ANORMAIS

INCLUSÕES:PROTEÍNAS OU PARTÍCULAS VIRAIS

Page 40: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Desvios de cor

◦ Amarelecimento

Diminuição da clorofila

Aumento de pigmentos

Xantofilas Carotenóides

Sintomas Morfológicos

Page 41: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Desvios de cor

◦ Amarelecimento de nervuras

Sintomas Morfológicos

BegomovirusCucumber vein yellowing virus – CVYV

Page 42: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Desvios de cor

◦ Mosaico

Matizes de verde, clorótico e/ou amarelo

Distribuídas irregularmente na folha

Bordos nítidos em cada área

Sintomas Morfológicos

Page 43: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Desvios de cor

◦ Mosaico

Sintomas Morfológicos

LMV em alfaceBegomovirus em planta daninha

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Page 45: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Desvios de cor

◦ Mosaico

Sintomas Morfológicos

Page 46: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Desvios de cor

◦ Mosaico

Sintomas Morfológicos

Pepper yellow mosaic virus em pimenta e tomate

Page 47: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Desvios de cor

◦ Mosaico

Sintomas Morfológicos

Bean golden mosaic virus

Page 48: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Desvios de cor

◦ Clorose Onion yellow dwarf virus (OYDV) em cebola

Sintomas Morfológicos

Page 49: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Clorose internerval

Page 50: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Desvios de cor

◦ Bronzeamento Tomato spotted wilt virus (TSWV) em tomateiro

Sintomas Morfológicos

Page 51: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Sintomas Morfológicos

Page 52: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Desvios de cor

◦ Variegação Tulip breaking virus

Sintomas Morfológicos

Page 53: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Desvios de cor

◦ Mancha anelar Papaya ringspot virus

Sintomas Morfológicos

Page 54: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Desvios de cor

◦ Mosqueado

Sintomas Morfológicos

Potato mop-top virus em batata Cherry rusty mottle virus

Page 55: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Desvios de cor

◦ Manchas cloróticas

Sintomas Morfológicos

Apple chlorotic leafspot virus

Page 56: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Desvios de cor

◦ Anéis cloróticos

Sintomas Morfológicos

Page 57: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Deformações

◦ Nanismo

Begomovirus em tomate

Sintomas Morfológicos

Page 58: 2 - Taxonomia e Sintomatologia
Page 59: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Deformações

◦ Bolhosidades Watermelon mosaic virus (WMV) em abobrinha e

Cucumber mosaic virus (CMV) em pepino

Sintomas Morfológicos

Page 60: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Deformações

◦ Rugosidade Tomato severe rugose virus (ToSRV) em tomate

Sintomas Morfológicos

Page 61: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Deformações

◦ Caneluras Citrus tristeza virus (CTV) em citrus e Grapevine

virus A (GVA) em videira

Sintomas Morfológicos

Page 62: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Deformações

◦ Enações Saliência ou supercrescimento das nervuras Pea enation mosaic virus (PEMV) em ervilha

Sintomas Morfológicos

Page 63: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Deformações

◦ Enrolamento foliar

Sintomas Morfológicos

Page 64: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Deformações

◦ Cordão de sapato CMV e TMV em tomateiro

Sintomas Morfológicos

Page 65: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Deformações

◦ Lesões locais

Sintomas Morfológicos

Page 66: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Replicação viral – alterações morfológicas

Inclusões citoplasmáticas ou nucleares

Aplicações:

◦ Estudo da biologia do vírus e mecanismos de replicação

◦ Observação de efeitos citopáticos◦ Diagnose

Sintomas histológicos

Page 67: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Mudanças na forma e distribuição de organelas

◦ Cloroplastos

◦ Núcleo

Sintomas histológicos

Page 68: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Inclusões citoplasmáticas

◦ Cristalinas

Simples Agregação ordenada de partículas virais Alta capacidade de replicação na hospedeira (por ex.

TMV) Inclusões cristalinas em forma de cristais ou

paracristais

Sintomas histológicos

Page 69: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Inclusões citoplasmática

◦ Cristalinas

Sintomas histológicos

Page 70: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Inclusões citoplasmáticas

◦ Protéicas

Produzidas principalmente por Potyvirus Constituição: unidades protéicas interligadas

formando tubos cilíndricos e placas Forma de “catavento”

Sintomas histológicos

Page 71: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Sintomas histológicos

Page 72: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Inclusões citoplasmáticas

◦ Amorfas

Corpúsculos membranosos, com vacúolos, partículas de vírus, ribossomos, fragmentos de organelas celulares

Sem forma definida Outros tipos de inclusões citoplasmáticas –

“viroplasmas” - Caulimovirus

Sintomas histológicos

Page 73: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Sintomas histológicos

Page 74: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Queda na fotossíntese

◦ Através da diminuição da quantidade e da eficiência da clorofila Diminuição da área foliar

Diminuição na quantidade de substâncias reguladoras do crescimento (hormônios)

◦ Indução do aumento da ocorrência de substâncias inibidoras

Sintomas fisiológicos

Page 75: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Diminuição de nitrogênio solúvel

◦ Durante a síntese viral

Diminuição crônica dos níveis de carboidratos nos tecidos

◦ Em doenças que causam mosaico

Sintomas fisiológicos

Page 76: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Aumento na respiração

◦ Imediatamente após a infecção viral

◦ Após o aumento inicial, pode ocorrer a redução para níveis abaixo do normal ou voltar ao normal (depende do vírus e da planta)

Sintomas fisiológicos

Page 77: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Deficiências nutricionais

◦ Clareamento de nervuras, clorose ou mosaico

Toxinas produzidas por insetos

Distúrbios de origem genética

◦ Mosaico

Outros fatores

Page 78: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Toxemias causadas por inseticidas/herbicidas

◦ Clorose, deformação foliar

Alta temperatura

◦ Mosaico

Outros fatores

Page 79: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Vírus de plantas

◦ Não conseguem, sozinhos, penetrar a cutícula e a parede celular que protegem as células vegetais

◦ “Driblar” essa limitação

◦ Processo evolutivo dos vírus encontrou os modos de transmissão planta a planta

Transmissão de Fitovírus

Page 80: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Transmissão pela semente ou órgãos vegetativos infectados

Penetração direta no tecido vegetal via ferimentos

Penetração no tecido vegetal com o auxílio de vetores

Transmissão de Fitovírus

Page 81: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

VÍRUS ANIMAIS Adesão

Penetração

VÍRUS VEGETAIS Ferimentos (mecânica)

Vetores: Insetos, Fungos, Nematóides, Ácaros

ENTRADA DO VÍRUS NA CÉLULA

PROCESSO DE INFECÇÃO VIRAL

RECONHECIMENTOx

Page 82: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Experimental ◦ Saber se um agente é realmente o causador da

doença

Econômico◦ Se eles se espalham rapidamente de planta para

planta durante o período normal de crescimento da cultura

Controle◦ Disseminação e sobrevivência

Importância do conhecimento do modo de transmissão

Page 83: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Natural◦ Semente, Cuscuta, contato entre plantas, pólen e

vetores

Homem◦ Colheita, manuseio, propagação vegetativa

Experimental◦ Mecânica, enxertia, semente, vetores, Cuscuta

Tipos de transmissão

Page 84: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

1/5 dos vírus conhecidos

Menor taxa de transmissão

Introdução de vírus

Disseminação a longa distância

Perpetua o vírus sob condições adversas

Transmissão natural - sementes

Page 85: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Como ocorre a transmissão pela semente

◦ Um dos gametas é infectado antes da formação do tecido do saco embrionário Saco embrionário: barreira à passagem do vírus dos

tecidos vegetais para a semente

◦ Infecção da semente como um todo

◦ Vírus pode ser transmitido para a progênie

Transmissão natural - sementes

Page 86: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Exemplos:

◦ TMV em tomate – vírus retido no tegumento

◦ AMV – embrião

◦ Potyvirus - embrião

Transmissão natural - sementes

Page 87: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Cipó-chumbinho

Convolvulaceae de hábito parasitário

Importante em trabalhos experimentais

◦ Ex.: C. campestris, C. americana, C. californica, C. subinclusa

Transmissão natural - Cuscuta

Page 88: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Transmite o vírus através da introdução de haustórios no tecido da planta

Valor basicamente experimental, sem relevância em condições de campo

Transmissão natural - Cuscuta

Page 89: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Utilizada quando:

◦ Vírus não pode ser transmitido mecanicamente

◦ Vetor ainda não é conhecido ou é ausente

◦ Espécies de plantas envolvidas no estudo não são relacionadas botanicamente

Transmissão natural - Cuscuta

Page 90: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Transmissão natural - Cuscuta

Page 91: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Transmissão natural - Cuscuta

Page 92: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Vetores através do solo:

◦ Fungos zoospóricos◦ Nematóides migratórios

Vírus transmitidos pelo contato entre raízes

◦ PVX, Cucumber mosaic virus

Vírus transmitidos através de enxertia de raiz

◦ Apple mosaic virus

Transmissão natural – pelo solo

Page 93: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Propagação vegetativa

Colheita – desbrota e arranquio - Potato virus X (PVX); Tobacco mosaic virus (TMV)

Material propagativo (batata, morango, alho)

Transmissão pelo homem

Page 94: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Enxertia

◦ Tristeza dos citros – Citrus tristeza virus (CTV)

Transmitido por material propagativo e pulgões

◦ Experimentalmente utilizada quando o vírus não pode ser transmitido mecanicamente

Transmissão pelo homem

Page 95: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Enxertia

◦ Tristeza dos citros – Citrus tristeza virus (CTV)

Transmissão pelo homem

Caneluras

Deficiência de Zn

Frutos pequenos

Page 96: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Enxertia

Transmissão pelo homem

Page 97: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Em condições naturais tem pouca importância

É importante em plantas que exigem tratos culturais◦ Desbrota, poda, etc..

Grande importância no campo experimental

Transmissão mecânica

Page 98: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Inoculação Mecânica

Page 99: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Plantas a serem utilizadas:

◦ Elevada suscetibilidade a diferentes vírus

Suscetibilidade depende:

Genomas (vírus, hospedeira) Condições de cultivo Idade da planta

◦ De fácil e rápido cultivo

Gama de hospedeiras

Page 100: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Ex.:

◦ Brassica

◦ Chenopodium

◦ Cucumis

◦ Nicotiana

◦ Phaseolus

◦ Solanum

◦ Vicia

Gama de hospedeiras

Page 101: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Não é um processo passivo

Processo dinâmico e específico

◦ Apenas determinados vetores transmitem determinados vírus

Depende de genes específicos do vírus e do vetor

Transmissão via vetores

Page 102: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Conceito de vetor:

◦ Qualquer organismo que estabelece relação não casual com o vírus, promove sua disseminação e inoculação, mas não participa da patogênese

Transmissão via vetores

Page 103: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Inter-relações vírus/vetores:

◦ Não circulativa (picada de prova)

◦ Circulativa (dependente de alimentação) Circulativa não-propagativa

Begomovirus

Circulativa propagativa Tospovirus

Transmissão via vetores

Page 104: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Inter-relações vírus/vetores:

◦ Não-circulativa

O vírus não circula no inseto Retido nas estruturas alimentares (estilete, canal

alimentar, intestino) Não há latência Perda da capacidade de transmissão após ecdise Vírus não é encontrado na hemolinfa ou glândula

salivar

Transmissão via vetores

Page 105: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Inter-relações vírus/vetores:

◦ Circulativa

Vírus adquirido pelo canal alimentar Translocado para outras partes do corpo do inseto Período de latência (inseto não transmite) Vírus injetado à partir da glândula salivar

Transmissão via vetores

Page 106: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Inter-relações vírus/vetores:

◦ Circulativa

Propagativa

Vírus multiplica-se no vetor Pode infectar os ovos (transmissão transovariana) Pode acarretar aumento na mortalidade do vetor

Ex.: Fitorhabdovirus, Tospovirus, Fitoreovirus

Transmissão via vetores

Page 107: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Transmissão via vetores

Page 108: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Inter-relações vírus/vetores:

◦ Circulativa

Não-propagativa

O vírus não se multiplica no vetor

Ex.: Luteovirus, Begomovirus

Transmissão via vetores

Page 109: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Inter-relações vírus/vetores:

◦ Importância:

Interesse acadêmico

Propriedade biológica importante É um dos critérios de discriminação de espécies em

cerca de 35% dos gêneros de vírus

Base para o delineamento de programas de controle

Transmissão via vetores

Page 110: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Transmissão via vetores

Parte aérea

InsetosÁcaros

Parte subterrâneaFungos

Nematóides

Page 111: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Principalmente dos gêneros Olpidium, Polymyxa e Spongospora

Transmitem por ex.: Tobacco necrosis virus, Soil-borne wheat mosaic virus, Potato mop-top virus e cerca de 25 outras espécies

FUNGOS VETORES DE VÍRUS DE PLANTAS

Page 112: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

FUNGOS VETORES DE VÍRUS DE PLANTAS

Page 113: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Paralongidorus, Longidorus e Xiphinema (Nepovirus)

Trichodorus e Paratrichodorus (Tobravirus)

Características de relação não-circulativa

Transmitem cerca de 50 espécies de vírus

NEMATÓIDES VETORES DE VÍRUS(ORDEM DORYLAIMIDA)NEMATÓIDES VETORES DE VÍRUS(ORDEM DORYLAIMIDA)

Page 114: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

A = Longidorus elongatus

B = Xiphinema diversicaudatum

Fêmeas

Page 115: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

NEMATÓIDES VETORES DE VÍRUS(ORDEM DORYLAIMIDA)NEMATÓIDES VETORES DE VÍRUS(ORDEM DORYLAIMIDA) Exemplos:

Paratrichodorus pachidermus Tobacco rattle virus

Xiphinema americanum Tomato ringspot virus

Xiphinema index Grapevine fanleaf virus

Trichodorus primitivus Pea early-browning virus

Page 116: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Ácaros vetores de vírus

Wheat streak mosaic virus / Potyviridae: Tritimovirus

Page 117: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Grupos de virus de plantas e vetores (Baseado em Fauquet et al., 2005; www.ncbi.nlm.nih.gov/ICTdb/ICTVdB/; 2008)

A.nucleico Família Gênero Espécie Tipo M P Inter Grupo Vetor

ssRNA(+) Flexiviridae Allexvirus Shallot virus X 8 3 Eriophyidae

Trichovirus Apple chorotic leaf spot virus

4 0 Eriophyidae

Nepovirus Tobacco ringspot virus

32 0 Eriophyidae;Longidoridae

Potyviridaee Rymovirus Ryegrass mosaic virus

3 0 Eriophyidae

ssRNA(-) Rhabdoviridae ND 0 59 AphidoideaCicadellidaePiesmatidaeTenuipalpidae

Page 118: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

http://www.eppo.org/QUARANTINE/virus/Citrus_leprosis_virus/CILV00_images.htm

SINTOMAS DA LEPROSE

Page 119: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

VETORES GÊNEROS ESPÉCIES

NÚMERO % NÚMERO %

ÁCAROS 4 4,8 18 2,1

FUNGOS (NV) 9 10,8 33 3,9

INSETOS + importantes 47 56,6 602 71,0

NEMATÓIDES 2 2,5 43 5,1

NENHUM VETOR 21 25,3 152 17,9

TOTAL 83 100,0 848 100,0

(Costa, 1998)

Transmissão via vetores

Page 120: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Transmissão via vetoresOrdens:

Hemiptera Thysanoptera Coleoptera• Afídeos;

• Mosca-branca;• Cigarrinhas;• Cochonilhas

•Tripes •Besouros

Page 121: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Afídeos◦ Potyvirus, Caulimovirus, Luteovirus

Cigarrinhas◦ Geminivirus, Fitoreovirus, Fitorhabdovirus

Mosca-branca: Geminivirus

Tripes: Tospovirus

Besouros: Comovirus

Transmissão via vetores

Page 122: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Especificidade da transmissão (molecular):

◦ Proteínas HC de Potyvirus

◦ Glicoproteínas de Tospovirus

◦ Capa proteica de Geminivirus, Cucumovirus, Potyvirus e Fitoreovirus

Transmissão via vetores

Page 123: 2 - Taxonomia e Sintomatologia
Page 124: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Com vetores:

◦ Planta doente – Vetor livre de vírus – Planta sadia – injeção no floema

Mecânica

◦ Extração do inóculo – Tampão – Anti-oxidantes – Abrasivo – inoculação em massa

Transmissão experimental

Page 125: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Enxertia

◦ Garfagem – Borbulha – Encostia

Cuscuta

Transmissão experimental

Page 126: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Inoculação com Vetor

Page 127: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Inoculação com Vetor

Page 128: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Inoculação com Vetor

Page 129: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Transmissão mediada por Agrobacterium tumefaciens

◦ Cópias do DNA do genoma viral são inseridas no plasmídeo TI de A. tumefaciens

Ex.: Infecção de plantas de tabaco com A. tumefaciens carreando genoma de PVX produz infecção sistêmica do vírus

Transmissão experimental

Page 130: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Transmissão experimental

Page 131: 2 - Taxonomia e Sintomatologia

Viróides

◦ De RNA fita simples circular – não produzem proteínas

◦ Cerca de 10 vezes menores que os vírus

Virusóides

◦ Só completam o ciclo infeccioso na presença de um vírus auxiliar

Outros organismos semelhantes à Vírus