2 o antigo regime em portugal na 1ª metade séc. xviii

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O Antigo Regime em Portugal na metade do séc. XVIII

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Page 1: 2   O Antigo Regime Em Portugal Na 1ª Metade SéC. Xviii

O Antigo Regime em

Portugal na 1ª

metade do séc. XVIII

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Na década de 70 do séc. XVII, as finanças

portuguesas estavam exauridas. As

campanhas militares da Restauração e a

baixa dos lucros do comércio açucareiro e

tabaqueiro, devido à concorrência

internacional, levam D. Luís de Meneses,

conde da Ericeira, Vedor da Fazenda do

rei D. Pedro II, a executar uma política

mercantilista.

D. Pedro IIO Pacífico1648 – 1706Palácio Nacional de Sintra

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(...) Acharemos (e não ainda todos) que só o pano de linho [feito em Portugal] e os sapatos são obras nossas. Chapéus, já se desprezam os nossos, e não se estima homem limpo o que não traz chapéus de França. (...). O único meio que há para evitar este dano e impedir que o dinheiro saia do Reino é introduzir nele as artes [manufacturas]. (...).

O dinheiro nos reinos tem a qualidade que tem o sangue no corpo de alimentar todas as partes dele; e para o alimentar anda em perpétua circulação, de sorte que não pára senão com a inteira ruína do corpo. Isto mesmo faz o dinheiro. (…)

Duarte Ribeiro de Macedo: Discurso Sobre a Introdução das Artes no Reino ; (1675)

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D. Luís de Meneses3º conde da Ericeira

1632 —1690O Conde da Ericeira toma então algumas medidas com vista ao desenvolvimento manufactureiro:

Criação de têxteis: Covilhã, Guarda, Fundão, Portalegre;

Importação de equipamento e contratação de técnicos estrangeiros;

Leis pragmáticas, limitando a importação de panos e vestuário luxuoso;

Criação de condições favoráveis à fixação de investidores estrangeiros.

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Surgiram diversas manufacturas. No entanto, esta política manufactureira não foi bem sucedida.

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Em 27 de Dezembro de 1703, o cônsul inglês John Methuen assina um tratado comercial com Portugal: o tratado de Methuen.

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(….)Sua Sagrada Majestade Britânica ao sobredito Exmo. Senhor João Methuen; Sua Sagrada Majestade Portuguesa ao Exmo. D. Manuel Teles, marquês de Alegrete, Conde de Vilar Maior, cavaleiro professo na Ordem de Cristo, etc. Os quais, em virtude dos plenos poderes a eles respectivamente concedidos, depois de uma madura e exacta consideração nesta matéria, concordaram nos artigos seguintes:

Artigo 1º Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal promete, tanto em próprio nome como dos seus sucessores, admitir para sempre daqui em diante no reino de Portugal os panos de lã e mais fábricas de lanifícios da Inglaterra, como era costume até o tempo que foram proibidos pelas leis, não obstante qualquer condição em contrário.

Artigo 2º É estipulado que Sua Sagrada e Real Majestade Britânica, em seu próprio nome, e no dos seus sucessores, será obrigada para sempre, daqui por diante, a admitir na Grã-Bretanha os vinhos do produto de Portugal, de sorte que em tempo algum (haja paz ou guerra entre os reis de Inglaterra e de França) não se poderá exigir de direitos de alfândega nestes vinhos, (…)

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Em 1699, chegam ao reino as primeiras remessas de ouro do Brasil. Desde então, a quantidade foi aumentando, chegando às 15 toneladas anuais!

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As enormes receitas chegavam para cobrir o défice da balança comercial. A moeda cunhada era de grande valor e permitia ao rei, que garantia 1/5 de toda a produção, levar uma vida de grande luxo e ostentação.

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O ouro e os diamantes atraíram uma vaga de emigrantes para o sertão brasileiro.

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D. Filipe II1581

1598

1581

1583

D. Filipe III1598

1621

1619

D. Filipe IV1621

1640

D. João IV1640

1656

1641

1642

1645

1653

D. Afonso VI1656

1683

1668

D. Pedro II1683

1706

1674

1679

1697

D. João V1706

1750

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Reuniões das Cortes

O desafogo financeiro permitiu ao rei reforçar e centralizar os poderes da coroa.

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D. João V1689 - 1750Palácio da Ajuda; Lisboa

D. João V (1706 – 1750) exerceu o poder de

forma absoluta num ambiente de grande

luxo e ostentação. O Magnânimo procurava

imitar o modelo da corte de Luís XIV de

França.

Coche de D. João VMuseu dos CochesLisboa

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O rei empenhou-se na edificação de grandes obras públicas, como o Aqueduto das Águas Livres , em Lisboa.

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Em 1717, deu-se início à construção do palácio e convento de Mafra.