2 Fevereiro/2011

Editorial

O novo ano já se inicia com muitotrabalho. Temos muitas metas a seremcumpridas este ano e nossa diretoria jádecidiu começar 2011 batalhando pelaregulamentação da terceirização.

Muitos dizem que terceirizar a mãode obra em um edifício é inevitável; se

isso é verdade, então que ela seja feita com regras, porque até hoje elasó tem precarizado a relação de trabalho nos condomínios. Em nossoentendimento, vemos que existe apenas uma maneira para a terceirizaçãodar certo em nossa categoria: ela deve seguir nossa Convenção Coletiva.

Foram gastos anos de trabalho e dedicação para conquistar ascláusulas existentes hoje em nossa Convenção, e não podemos permitirque de uma hora para outra a terceirização jogue fora nossas garantiase trate o trabalhador como escravo: sem respeitar o mínimo de horas aserem trabalhados no dia; sem respeitar o salário mínimo alcançado, queé o nosso piso; sem a rotatividade que dá segurança ao empregado eao empregador; sem pagar Fundo de Garantia, enfim, a lista é imensa e,por isso, vamos atuar com firmeza para que este ano, em especial quandocomeçarmos a falar sobre as cláusulas sociais de nossa Convenção naCampanha Salarial deste ano.

Os trabalhadores em edifícios e condomínios tiveram sua categoriaconvidada e bem representada em Brasília para participar da posse dosdeputados e senadores no dia 1º de fevereiro.

A cerimônia é um evento restrito, com acesso a poucos, e o presidentedo Sindifícios, Paulo Ferrari, foi convidado por alguns parlamentares, oque encheu de orgulho o líder sindical representante da categoria: “Fuimuito bem acolhido e diversos deputados com quem pude conversardisseram que vão dar atenção especial a nossa categoria, principalmenteas nossas reivindicações”, disse Paulinho.

Agora é fiscalizar a atuação desse novo grupo e cobrar um trabalhobem feito.

Regulamentaçãoda terceirização

Paulo Ferrari é presidente doSindifícios e da Fenatec.

Considerado o veículode transporte mais segurodo mundo, os elevadorescarregam uma média de 4milhões de passageirospor dia em aproximada-mente 55 mil elevadores espalhados em 23 mil prédios na cidade de SãoPaulo.

A regularização oficial desses veículos é feita peloDepartamento de Controle do Uso de Imóveis doContru, que fiscaliza as empresas que fazem amanutenção dos elevadores da cidade. Em 2010, oContru recebeu apenas denúncias de acidentes comvítimas, porém todas leves.

Mesmo com a automatização de muitos elevadores,a presença do ascensorista continua sendofundamental, pois é esse profissional quem está aptopara conduzi-lo, da mesma forma que um carro precisa

de um motorista e um avião precisa de um piloto. “O ascensorista nunca serásubstituído; situações de emergência, uma parada em desnível, falta deenergia, são exemplos de casos que podem ocorrer e, com a presença dessefuncionário, treinado e capacitado, a situação é resolvida em pouco tempo,sem pânico entre os ocupantes”, explica o presidente do Sindifícios, PauloFerrari.

O prédio mais alto do Brasil está bem perto do Sindicato, no Vale doAnhangabaú: é o Edifício Mirante do Vale, que possui 51 andares e 170metros de altura; seus doze elevadores demoram meio minutos para ir dotérreo ao topo.

A beleza desse e outros arranha-céus da cidade é retratada em muitoscartões-postais e livros que contam a história da cidade. Porém, não sepode esquecer a vida nesses complexos só é possível graças aos ascensoristase demais trabalhadores da categoria que desempenham com responsabilidadesuas funções.

O Sindifícios e a Força Sindical têm se reunido para traçar ummovimento em prol da intensificação da luta pela 40 horas semanais semredução dos salários. A idéia é reunir todas as centrais sindicais do país eseus sindicatos filiados para que o trabalho leve o nome de todos ostrabalhadores do Brasil.

Quando comparado a outros países, a carga horária de trabalhodesenvolvida aqui é alta e mal remunerada. Com a redução para 40 horas,novas vagas de trabalho seriam criadas, diminuindo o desemprego, otrabalhador teria mais tempo para cuidar de si mesmo, de sua saúde,estudar e ter mais lazer com sua família.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, em reuniãocom a diretoria da Central, falou da importância da união e atuação daclasse trabalhadora: “Temos que pressionar o governo e o CongressoNacional para que os deputados votem rapidamente a PEC (Proposta deEmenda Constitucional) da redução da jornada de trabalho”.

3Fevereiro/2011

O Sindifícios junto a Força Sindical está acompanhandode perto as negociações pelo aumento do salário mínimo.A batalha é para que o valor passe dos atuais R$ 510,00para R$ 580,00. O reajuste irá beneficiar 47 milhões detrabalhadores, aposentados e idosos.

O Departamento Intersindical de Estatística e EstudosSocioeconômicos – Dieese, garante que o salário mínimoatual ainda está muito distante do salário mínimo neces-sário, que já ultrapassa os R$ 2.200,00. De acordo com aConstituição Brasileira, o salário mínimo necessário deveatender as necessidades básicas da pessoa e da família,abrangendo moradia, alimentação, educação, saúde, lazer,vestuário, higiene, transporte e previdência social.

“Quanto mais diferenças houver, mais será dado espaçopara a violência e para a marginalidade; precisamos nosunir aos trabalhadores de todo o país em busca de saláriosmelhores, sem nos esquecer de pressionar o governo paraque ofereça escola de qualidade para nossos filhos, poisacredito que são as melhorias na educação que farão nossoBrasil evoluir”, comenta Paulinho, que já esteve em Brasíliaeste ano com representantes de outras categoriasdefendendo os interesses da classe trabalhadora.

Alguns itens pressionaram o orçamento das famílias, em especial de baixa renda, nos últimos mesesdos anos, segundo pesquisa realizada pelo DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística eEstudos Socioeconômicos.

O Índice do Custo de Vida teve variação de 1,04% em novembro e 0,93% em outubro, pressionadopelos alimentos, o que significa que houve uma inflação de 2,81% para os produtos desse grupo.

Quem mais sofreu alteração foi a elevação do preço da carne bovina, que acumula uma alta de26,12% nos últimos quatro meses. Em seguida vem as frutas, aves e ovos.

Dezembro, janeiro efevereiro são meses decalor e muitas chuvas,que trazem transtornospara muitas famílias.Além das enchentesque fazem muitas pes-soas perderem suas ca-sas, carros e mobílias, asdoenças que chegamcom as águas podem ser fatais.

Pensando nesse grande mal, a Secretariade Saúde de São Paulo divulgou uma listacom recomendações para evitar doençasque podem ser causadas pelo contato comas águas das enchentes, que trazem resí-duos e microorganismos, e podem conta-minar as pessoas que tiverem contato diretoou indireto com elas.

Tanto a água quanto a lama que muitasvezes fica nos móveis e nas casas podemcontaminar, por isso, deve-se evitar ao má-ximo o contato com elas, usando luvas ebotas de borracha. Os utensílios que pu-derem ser reutilizados devem ser manu-seados com luvas, e lavados com água esabão e depois deixá-los por uma hora numamistura de quatro copos de água com um

Alta do custo de vida em São Paulo

Uma grande armapara acabar com a po-breza continua sendo aeducação e o Brasil pre-cisa avançar nesse setor.

Em países de primei-ro mundo, por exemplo,com baixo nível de po-breza e elevado nívelsócio cultural aliado aosinvestimentos cada vezmaiores em educação, as crianças permanecem parte deseu dia na escola, sendo bem orientadas e formadas para ofuturo. Infelizmente, o Brasil é um dos piores países queretém as crianças por pouco tempo diário nas escolas e issose estende até o ensino superior, passando pelo médio efundamental.

A melhor faculdade do país, a USP, está em 282º noranking das melhores faculdades do mundo. Ou seja, aindahá muito o que melhorar.

Levantamento do governo sobre o Bolsa-Família revelaque dos beneficiários com mais de 25 anos, 82% não com-pletou o ensino fundamental e 16,7% se dizem analfabetos.

comenta o presidente do Sindifícios, Pau-lo Ferrari.

Se a informação do trabalhador ajuda amanter o local seguro, é também a infor-mação que o bandido possui do local queo deixa vulnerável. A maioria dos locais quesofreu algum tipo de invasão deixou vazarinformações aos ladrões. “Normalmente osbandidos já chegam no prédio sabendo al-guns dados da rotina dos moradores, o quepossuem no apartamento, nome do condô-mino, placa dos carros, enfim, os pioresarrastões foram feitos por pessoas informa-das sobre o condomínio”, explica Paulinho.

O local preferido para a entrada dosbandidos é a garagem. De acordo com ojornal Folha de S. Paulo, em quase 65%dos edifícios assaltados em 2010, o acessofoi feito pela garagem; as maneiras de entrarvariam: pode ser aproveitando o fechamen-to do portão; com carro ou controle remo-to clonado do portão; dentro do carro commoradores de reféns, enfim, muita criativi-dade para péssima finalidade.

O Sindifícios tem intensificado suaatuação junto a categoria no que diz res-peito a segurança em condomínio. Nas visi-tas realizadas pelos assessores do Sindicatoaos condomínios e nos cursos de qualificaçãoprofissional ministrados na entidade, o temasegurança tem destaque especial.Com oaumento de edifícios que contratam mãode obra terceirizada e, consequentemente,o aumento no número de assaltos nosmesmo locais, a formação e informação dotrabalhador contratado diretamente pelocondomínio faz muita diferença, razão peloqual muitos prédios terceirizam a mão deobra, arrependem-se, e retomam o métodotradicional.

“A rotatividade de funcionários causadapela terceirização e a falta de vínculo com olocal de trabalho prejudicam a segurança”,

CHUVAS: evite doençascopo de água sanitária.

Mesmo que embalados,os remédios e alimentos queentrarem em contato comáguas de enchentes devemser descartados, e consumirapenas água potável, tantopara beber, como parapreparar alimentos.

AJUDE A EVITAR AS ENCHENTESCUIDANDO DO SEU LIXO

São Paulo produz cerca de 17 miltoneladas de lixo todos os dias e muitodessa sujeira ainda é despejada a céuaberto. Veja como contribuir para reduziresse número.

• não jogue lixo nas ruas;• recicle o lixo, separando o seco do

lixo úmido;• amasse o lixo antes de jogá-lo, como

caixas e latas;• veja o que você pode doar, ao invés

de jogar;• não use sacolas de plástico quando

for ao mercado: leve sua sacola ou peçapara pôr as compras em caixas de papel;

• dê o exemplo e faça a diferença.

4 Fevereiro/20114

A parceria do Sindifícios com o ClubeTietê já é um grande sucesso. E nesse verão,as piscinas do Clube têm sido a principal atraçãode todo o complexo de lazer disponível nolocal para os trabalhadores em edifícios econdomínios da cidade.

Escorregadores e toboáguas nas piscinasadulto e infantil refrescam e divertem toda afamília, e tudo localizado na capital, próximoao metrô Armênia, de fácil acesso e com muitascomodidades. Vale a pena conhecer os detalhes da parceria que oSindifícios possui com o Clube para que você e sua família possam utilizaro local. Informe-se pelo telefone 3123-3211 ou diretamente no 8º andardo Sindicato.

Que tal ummergulhonuma piscina?