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2a EDIÇÃO

USINA PROJETOS CULTURAIS I QUATTRO PROJETOS

PORTO ALEGRE, RS, BRASIL

SETEMBRO 2014

R I C A R D O B U E N O

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PROJETO CULTURAL:

USINA PROJETOS CULTURAIS I PRONAC 143346

COORDENAÇÃO EXECUTIVA: FLAVIO ENNINGER I QUATTRO PROJETOS I 51 3209.7568

www.quattroprojetos.com.br I [email protected]

COORDENAÇÃO EDITORIAL: RICARDO BUENO – ALMA DA PALAVRA

CONSULTORIA E CURADORIA: RENATA RUBIM

TEXTOS: RICARDO BUENO

REVISÃO: FERNANDA PACHECO – ALMA DA PALAVRA

DIAGRAMAÇÃO: LUCIANE TRINDADE

FOTOS: EDISON ANGELONI, THINKSTOCK

IMPRESSÃO: GRÁFICA E EDITORA PALLOTTI

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação ( CIP )

B928a Bueno, Ricardo Alma brasileira / Ricardo Bueno. – 2. ed. – Porto Alegre : Usina

Projetos Culturais : Quattro Projetos, 2014.180 p. : il. color. ; 21 x 30 cm

Trabalhos de designers premiados no Prêmio Estampa Brasil Renner.

ISBN 978-85-68335-00-0

1. Arte – Indústria têxtil. 2. Estamparia. 3. Pintura – História. I. Título.

CDU 7:677.027.5

Bibliotecária Responsável: Denise Pazetto CRB-10/1216

JESSICA SCHNEIDER10 LUGAR CARDÁPIO DE VERÃO PROFISSIONAL

MARIANNE PIMENTEL10 LUGAR CARDÁPIODE VERÃO ESTUDANTE

MELISSA AGUIAR10 LUGAR NATUREZA DE VERÃO PROFISSIONAL

LISETE DE CARVALHO10 LUGAR VERÃO EMOVIMENTO ESTUDANTE

CHAMES AUGUSTA PIANCA10 LUGAR VERÃO EMOVIMENTO PROFISSIONAL

ANNA CAROLINA CALDAS10 LUGAR NATUREZA DE VERÃO ESTUDANTE

PRODUÇÃOPATROCÍNIO

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O PRÊMIO

REFLEXÕES SOBRE O DESIGN DE SUPERFÍCIE

FOTOGRAFIA COMO REFERÊNCIA E FONTE DE INSPIRAÇÃO

NATUREZA DE VERÃO PROFISSIONAL

CARDÁPIO DE VERÃO PROFISSIONAL

VERÃO E MOVIMENTO PROFISSIONAL

AUTORIA POR CELSO LIMA

POR MARJORIE LEMOS GUBERT

UM PANORAMA DAS PREMIAÇÕES DE DESIGN NO BRASIL

MODA, IDENTIDADE, SINGULARIDADE

NATUREZA DE VERÃO ESTUDANTE

CARDÁPIO DE VERÃO ESTUDANTE

VERÃO E MOVIMENTO ESTUDANTE

38

96

152

64

122

178

66

124

180

IDENTIDADE BRASILEIRA

ESTILO E PERSONALIDADE EM DOSE DUPLA

TODAS AS CORES DE TRICIA GUILD

PASSO A PASSO

0814

24

30

36

92

150

A ALMA DO VERÃO06

POR MAYUME HAUSEN MIZOGUCHI

POR WAGNER CAMPELO

POR AURESNEDE PIRES STEPHAN

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A alma

verãA alma

SABORES, CENÁRIOS E MOVIMENTO

INSPIRARAM OS 12 FINALISTAS

DO 2° PRÊMIO ESTAMPA BRASIL

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GABRIELA CIRNE LIMADIRETORA DE PRODUTO

do

rãodd

O livro Alma Brasileira – 2014 faz um

mergulho nas diferentes representações

do verão do Brasil, mostrando sua

diversidade de sabores, de cenários

e todo seu movimento.

Aqui é possível conferir o resultado

de toda essa inspiração traduzida em

linguagem de estamparia.

Os 12 finalistas de cada categoria do

2º Prêmio Estampa Brasil ilustram

estas páginas, que tiveram a

curadoria da especialista em design

de superfície Renata Rubim.

Todo esse projeto foi viabilizado pela

Renner, maior varejista de moda do

Brasil, com o objetivo de incentivar

a tradução da nossa cultura na arte da

estamparia, dar visibilidade a novos

talentos e estimular empreendedorismo.

Boa leitura!

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8bRASILEIRAiDENTIDADE

ATÉ O SURGIMENTO DA ARTE NATIVA

APLICADA, MAIS CONHECIDA COMO

ANA, EM 1976, O GRAFISMO NATIVO

ERA POUCO VALORIZADO NO PAÍS

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São apenas três letras, que juntas lembram um nome de mulher. Mas por trás

da sigla ANA, que significa Arte Nativa Aplicada, há um manancial importantíssimo

de referências no design brasileiro. Além da memória dos muitos profissionais do

design que por lá passaram, contribuindo para que a ANA se transformasse em um

ícone, quem guarda os registros de tudo o que a empresa significou é Elisa Gomes,

filha de Maria Henriqueta Gomes, fundadora da ANA. Elisa recebeu o designer Cel-

so Lima para um bate-papo, cuja síntese está sendo apresentada com exclusividade e

em primeira mão nesta segunda edição do livro Alma Brasileira.

A Arte Nativa Aplicada, de Maria Henriqueta Gomes, nasceu primeiro como

uma proposta nova no design de pattern e, depois, como loja, um entreposto de pro-

dutos com uma identidade brasileira forte. O início de tudo se deu em 1976, quando

Maria Henriqueta já trabalhava com a indústria têxtil, pois a família de seu marido,

Severo Gomes, possuía uma indústria de cobertores. Como relembra a filha, Elisa

Gomes, a mãe começou a desenvolver tecidos de lã, e em determinado momento

aproximou-se de Aloísio Magalhães, que estava à frente do Projeto Pró-Memória, no

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mesmo ministério onde Severo Gomes era titular. “Surgiu a ideia de fundir tudo em

um projeto revelador da identidade brasileira, até porque toda vez que ela viajava

percebia que apenas se copiavam os desenhos aqui, nada era criado no Brasil, com

características nossas, havia apenas algumas iniciativas como um projeto da Rhodia,

com desenhos do Aldemir Martins, mas muito pouco”, conta Elisa. Para trabalhar

com uma identidade brasileira, a raiz primeira era nativa, indígena, e a ANA iniciou

produzindo cangas para venda no atacado.

O logotipo da empresa foi desenhado pelo próprio Aloísio Magalhães, e no pri-

meiro texto, apresentando o projeto, já se frisava a importância do desenho brasileiro

na matriz indígena. O começo foi em um pequeno escritório, só depois veio a decisão

de abrir a primeira loja, na rua Guarará, um espaço pequeno onde se vendiam aces-

sórios de moda, lenços, cangas. Em seguida teve início a produção de tecidos para

decoração, de forração. Essas estampas (as mesmas padronagens) também começa-

ram a ser utilizadas para cangas e roupas. Um tempo depois veio a mudança para a

rua Mário Ferraz, uma loja maior, com a entrada voltada para a rua, reformada por

Aurélio Flores, onde o negócio permaneceu por muitos anos.

O interesse pelo grafismo nativo não foi obra do acaso. Maria Henriqueta e

Severo Gomes eram apaixonados pelas coisas brasileiras, adoravam viajar, conhecer

o artesanato e a gastronomia das diferentes regiões. “Eles tinham um olhar para den-

tro do país”, diz Elisa Gomes, ressaltando que o trabalho na ANA não se restringia

a copiar, reproduzir e resgatar estes motivos, mas sim recriar os desenhos. Por isso a

figura do designer foi muito importante. Eram poucos os designers têxteis na época.

Os primeiros a realizarem algum trabalho para a ANA foram João de Souza Leite,

que trabalhava com Aloísio Magalhães, logo depois Circe Bernardes, Fernando Mi-

lan, Lancelotti e Rafaella Perucchi. Alguns tinham formação como artistas plásticos,

outros vinham do desenho, mas nenhum possuía um trabalho específico para o dese-

nho de superfície. Como lembra Elisa, Maria Henriqueta propunha a temática: “Ha-

via alguns desenhos que ela sugeria serem desenvolvidos. Ela era uma curadora na

produção do material gráfico da ANA, era uma estilista na produção dos desenhos

para a Arte Nativa. Lógico que os designers possuíam toda a liberdade para desen-

volver seus trabalhos, e ela já os havia escolhido porque conhecia o trabalho de cada

um, seu traço, confiava nesses profissionais, mas ela sugeria o tema: ‘Vamos trabalhar

sobre os kadiwéus’, e então os designers se debruçavam sobre esse tema”. Também

eram desenvolvidas variações, desenhos geométricos, mais soltos. A própria Henri-

queta também criava algumas estampas.

O designer Manuel Guglielmo trabalhou dentro da ANA por um período e aju-

dava em cartelas de cor, bandeiras. Tinha um trabalho muito geométrico e detalhista,

enquanto Circe Bernardes fazia um trabalho mais solto, corrido. Ela e Iris Di Ciommo

desenvolveram a temática da flora. Já Rafaela Perucchi, que também fez muitos tra-

balhos para a ANA, tem uma formação de estilista, fez Studio Berçot em Paris, tinha

um olho mais fashion nas estampas.

Os trabalhos eram estampados sempre a quadro, somente algumas estampas

(e ainda assim no período final) foram a cilindro, nunca em digital, processo que é

posterior à ANA. A cilindro foram estampados também alguns motivos para forra-

ção, em quantidades maiores, mas com pouca frequência.

bRASILEIRAiDENTIDADE

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11Os designers têxteis, que eram poucos na época, cumpriram importante papel na ANA

A recepção a esse tipo de tecido nos anos 1970 não foi das maiores, ficou um

pouco mais restrita. Elisa relembra: “Não eram todos os profissionais, decoradores

e arquitetos que gostavam. Nós chegamos a vender bastante, e em determinado

momento fizemos inclusive um grande hotel em Alagoas. E havia alguns decora-

dores e arquitetos, muito especiais, que já trabalhavam com projetos com identidade

brasileira, geralmente casas de praia, fazenda. Nós possuíamos uma clientela que se

tornou fiel, não era uma questão de dinheiro, poder aquisitivo, mas de informação,

entendimento. Alguns professores, psicanalistas, artistas, gente que possuía uma boa

formação cultural, apreciavam a proposta, os motivos. E havia ainda pessoas que

viajavam e queriam levar algum produto genuinamente brasileiro para o exterior”.

Ainda que em determinado momento os produtos da Arte Nativa tenham

se tornado representativos do Brasil, a ANA nunca foi uma empresa muito grande.

Seu público era formado por pessoas com um repertório diferenciado. Não era um

produto barato, e como relembra Elisa, os estrangeiros são muito econômicos em

compras em viagens. De outra parte, quando Peter Gabriel (ex-integrante do grupo

Genesis) veio realizar um show em São Paulo, a ANA forneceu os tecidos para o seu

camarim. Hilary Clinton também foi presenteada com produtos da ANA.

No que se refere à produção, a ANA trabalhava com algumas estamparias es-

pecíficas, que já conheciam as expectativas da loja e o tipo de produto. Havia algumas

no interior de São Paulo, como a Suzano, que estampava sedas, a Fiama, e outras para

algodão. Eventuais problemas eram resolvidos já na primeira bandeira (questões de

cores, por exemplo). A qualidade nos tecidos ajudava. Elisa guarda até hoje peças

da ANA cuja qualidade está preservada no que se refere às cores. “Eram muito bem

impressas, sempre em tecidos naturais, algodão principalmente, mas também seda e

lã. Trabalhamos muito com malharia de algodão”.

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12

A ANA chegou a participar

de feiras internacionais de tecidos,

inclusive uma em Chicago, que teve

também a presença de Attilio Bas-

chera e Gregório Kramer (leia entre-

vista a seguir), promovida por uma

grande marca norte-americana, ou-

tra em Nova York, mas sem grandes

resultados. Segundo Elisa, a questão

era o preço, mas também a concorrência internacional. “É uma questão complicada.

Quando você concorre com um tecido asiático, lindo também, mas com um preço

lá embaixo, porque a mão de obra deles é muito mais barata, fica impossível, pois é

um trabalho quase escravo.” Ainda assim, o produto era sempre muito admirado. O

que funcionava mesmo eram os clientes que vinham ao Brasil e iam à loja, ou então

quando se levavam os tecidos em viagens, como presente. “A própria loja produzia

pacotes para estrangeiros, com peças e estampas selecionadas, tudo muito bacana,

mas modesto quando se fala em exportação”, explica Elisa.

Em dado momento, veio a ideia de trabalhar com hotéis, e se pensou em es-

tabelecer parceria com alguma estamparia, já que a ANA não tinha as máquinas e a

mão de obra, e portanto a produção era cara, mas nunca surgiu nenhuma proposta de

indústrias. “Naquela época você tinha que ter estoque, porque o cliente pode precisar

de quantidades maiores, e se você não tem como atendê-lo, ele vai e compra na pró-

xima esquina. Nos anos 1980, por conta da inflação, ter estoque era obrigatório, mas

quando veio o Plano Real e a estabilização, ter estoque já não era mais interessante, e

isso tudo complicou para nós. Foi difícil para a ANA e para várias outras lojas e mar-

cas, e muitas acabaram fechando nesse momento. Foi um momento importante para

a economia brasileira, mas para quem trabalhava com volume, ficou complicado.”

O fato é que a ANA, mesmo sendo loja pequena, criou uma referência muito

forte, considerada atualmente histórica, no design de pattern no Brasil. Os tecidos

da ANA vêm se tornando vintages importantes, documentais. Este reconhecimen-

to também foi percebido na época. “Tínhamos tratamento diferenciado da mídia.

No primeiro prêmio que recebemos do Museu da Casa Brasileira, montamos uma

pequena exposição, participamos de vários eventos, houve uma Bienal do Desenho

Industrial, contando com o apoio da May Suplicy, uma pessoa importante na ANA”.

Elisa entrou para a ANA em 1981, quando houve a mudança para a loja da rua

Mário Ferraz. “Comecei a trabalhar com as camisetas e moda, já havia feito cursos com

a Marie Rucki aqui, e comecei a desenvolver toda a parte de produção de moda. Em

1989, saí da ANA, fiquei fora com a Iris Di Ciommo durante um ano e meio, mas de-

senvolvemos estampas para a ANA nesse período. Já fora da loja, desenhei para outras

marcas também, como Artefato e Status. Em 1991, minha mãe quis parar com o traba-

lho, me chamou, e eu voltei. Ficamos juntas dois ou três meses, e ela então achou que

estava tudo certo, que iria sair, e exatamente um ano depois morreu. Foi difícil, porque

a ANA era muito calcada na imagem dela, nas ideias dela. Mas depois fomos nos estru-

turando em outra direção, comecei a organizar os mercados, que eram uma vitrine de

artistas do design e do artesanato, mas o forte ainda eram os tecidos, isso continuou.”

bRASILEIRAiDENTIDADE

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13Sobre o trabalho de pesquisa realizado pela mãe, Elisa relembra que Henri-

queta chegava aos grafismos de referência indígena por meio de bibliografias, im-

pressões. “O material era pesquisado em livros e objetos. Em cima de uma cestaria

observávamos os grafismos, e dali saía um tema. Acho muito importante frisar a im-

portância do designer, porque o design na Arte Nativa era uma cadeia de criação.

Havia a raiz indígena, no caso dos grafismos, mas também temas rupestres, flora...

Houve estampas de tecelagem, sobre desenhos de tramas. Chegamos a desenvolver

trabalhos com o Alex Vallauri, estampamos um padrão dele muito bonito. E a figura

do designer foi fundamental, porque a pesquisa podia ser feita, mas se não houvesse

o profissional que fosse interpretar, recriar esse material pesquisado, para uma lin-

guagem mais contemporânea, em muitos casos a coisa não teria acontecido”.

A ANA também desenvolveu alguns trabalhos na área de estilismo, como

relembra Elisa: “Fizemos muita roupa de malharia, camisetas, vestidos, algumas

saias. Houve uma época que fazíamos coleções, e também chegamos a utilizar

alguns tecidos de forração para fazer algumas peças, como saias, isso ainda na

Mário Ferraz. Lembro que a Rafaella fez uma coleção para forração, era um gra-

fismo indígena com uma cara meio estilo Memphis, muito interessante, e depois

eu fiz algumas saias e minissaias com esse tecido, tipo saias jeans, com o tecido de

forração da Rafaella. Mas não havia uma vontade de coleção estilística. Havia o

uso da estampa em roupas mais básicas, para o dia a dia. Chegamos a ter moletons

e blasers também.”

Elisa conta que guarda em torno de 400 desenhos da época, e acrescenta que

o período de maior produtividade da ANA se deu nos anos 1980. A década de 1990,

como já mencionado anteriormente, foi bem difícil, por isso a loja teve uma abertura

maior para o artesanato como forma de continuar oferecendo diversificação. Quem

também guarda alguns dos trabalhos da ANA é a designer Renata Rubim, curadora

do Prêmio Estampa Brasil 2014: “Arrematei o material de uma representante que

estava se desfazendo de seus mostruários e montei um painel que guardo com muito

carinho há pelo menos 20 anos. Não pretendo me desfazer de jeito nenhum, tal é

minha identificação com a marca”, afirma Renata. Não é para menos. Trata-se de um

tesouro do design de estampas brasileiro.

Mesmo sendo uma loja pequena, a ANA criou uma referência histórica no design de pattern

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14DOSE DUPLAESTILO EPERSONALIDADE EM

UMA ENTREVISTA IMPERDÍVEL

COM GREGORIO KRAMER E ATTILIO

BASCHERA, CRIADORES DA LARMOD

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ATTILIO BASCHERA E GREGORIO KRAEMER SÃO FIGURAS EMBLEMÁTICAS DO DESIGN BRASILEIRO.

ELES MARCARAM ÉPOCA NA DÉCADA DE 1960 AO OPTAREM PELA TEMÁTICA BRASILEIRA EM SUAS

ESTAMPAS. HOJE DONOS DA LOJA AGAIN, ESTIVERAM À FRENTE DA ICÔNICA LARMOD ATÉ 1997.

A ENTREVISTA A SEGUIR FOI CONCEDIDA AO TAMBÉM DESIGNER DE SUPERFÍCIES E PROFESSOR

CELSO LIMA*. NA PRÁTICA, O QUE ACONTECEU FOI UMA CONVERSA ENTRE TRÊS TALENTOSOS ES-

PECIALISTAS EM SEU OFÍCIO. “FOI UMA TARDE MARAVILHOSA, CONVERSANDO COM DOIS SUJEITOS

IMENSAMENTE CULTOS, INTERESSANTES E CHARMOSOS, QUE DOMINAM SEU MÉTIER”, CONFESSA

CELSO. ACOMPANHE OS PRINCIPAIS TRECHOS DO ENCONTRO.

*CELSO LIMA É ARTISTA PLÁSTICO, ILUSTRADOR E DESIGNER AUTODIDATA. SUA CARREIRA NA ÁREA TÊXTIL SE INI-CIOU NOS ANOS 1990, QUANDO COMEÇOU A PESQUISAR SOBRE FIBRAS NATURAIS E PIGMENTOS TÊXTEIS. CELSO VIAJOU PARA VÁRIOS PAÍSES, BUSCANDO CONHECIMENTO EM TÉCNICAS DE ESTAMPARIA MANUAL E ARTESANAL, AQUELAS QUE FORAM PASSADAS DE PAI PARA FILHO.

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CELSO: A LARMOD, LOJA DE TECIDOS FUNDADA POR VOCÊS NOS ANOS 1960, MARCOU ÉPOCA. O QUE EXATAMENTE ERA O DIFERENCIAL DAQUELE EMPREENDIMENTO?

ATTILIO: Quando eu conheci o Gregorio, começamos a pensar em fazer alguma coisa criativa para casa, por isso a primeira empresa chamou-se Larmod, ou seja, moda para casa, e nela houve uma influência das coisas de fora, porque todos na época se referiam ao estrangeiro, França,Itália. Então eu pensei: não é por aí, nós temos coisas tão maravilhosas, era necessário tirar daqui nossas ideias. E o Gregorio é muito sul-americano, não é muito influenciado pelos europeus. Na verdade nós somos muito europeus no quesito cultural, em tudo que a Europa tem de rico para nos oferecer: música, literatura etc.

GREGORIO: Você é mais europeu do que eu...

ATTILIO: Eu tenho uma herança europeia muito forte, porém me adaptei muito ao Brasil, e eu acho todas as heranças culturais que possuímos muito importantes. E isso interferiu em todas as nossas criações, essa herança brasileira, e foi essa talvez a causa do sucesso da Larmod. Nós começamos a vender um produto daqui, e as pessoas acei-taram muito bem. E até hoje eu cultivo nossas origens, e acho que isso pode ser tomado como uma forma de elegância, que não existia naquela época, quando, se você quisesse produzir algo com uma identidade negra ou indígena, era muito mal recebido. Hoje já é mais aceito, apreciado.

CELSO: A PARTIR DE 1997 VOCÊS SE AFASTARAM DESSE PROJETO. POR QUÊ?

GREGORIO: Sempre tem grana no meio de tudo. O problema foi que entrou um terceiro sócio, um industrial nosso amigo. Achamos muito bom, e não só pelo in-vestimento, mas porque era um momento de sairmos do casulo, pois até então nós atendíamos uma pequena elite. Quando você é criador, você quer que seu trabalho atinja o maior número de pessoas. Achei que fosse o caminho, mas errei, pois nosso sócio achou que iríamos produzir filas de clientes na calçada. Ele tinha essa expecta-tiva. Na opinião dele, era uma maneira também de crescer. Nós então pulamos fora. É muito difícil levar uma ideia artesanal para a indústria.

CELSO: NÃO DEVERIA SER. MAS ELES NÃO QUEREM SE ARRISCAR MUITO...

GREGORIO: Não, não querem. Eles logo perguntam: quantas cores? Muitas vezes temos um desenho de 10 cores, e quando vai para a impressão, na aplicação da quin-ta cor pode acontecer de já dizermos: “chega, já está bom...” Mas às vezes você pro-jeta em cinco cores e então percebe que ficou pobre. A indústria quer o menor custo de produção e a venda mais cara. E depois, talento é talento, não se resume apenas a valores, não é apenas o preço a metro... De qualquer forma, o mundo estava mudan-do, a decoração não era tão autoral, os países estavam se abrindo, inclusive os EUA, e trabalhar com os americanos foi uma experiência esplêndida.

CELSO: E QUAL ERA A VONTADE DELES, O QUE ELES QUERIAM DO TRABALHO DE VOCÊS?

GREGORIO: Nosso desenho brasileiro.

ATTILIO: Nós sempre apostamos em um tema nosso. Isso de você querer ser eu-ropeu, com nosso universo cultural tão rico, não tem nada a ver. Em determinado momento isso fazia sentido, na época dos Luíses e tudo mais, quando todo o mundo queria ser a la française. Mas nós não queríamos mais isso, queríamos divulgar a cultura brasileira, nossa heritage, nossa herança, e foi assim que aconteceu...

GREGORIO: E era o caminho mesmo. Quem queria fazer florais como os ingleses? Nós começamos fazendo desenhos de cestarias, xingus, que não haviam acontecido

DOSE DUPLAESTILO EPERSONALIDADE EM

D EDUD EDU

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17“Era tudo artesanal. Encomendava-se o solvente para as cores se adequarem ao seu gosto”

ainda, e os americanos desejaram isso. Até a decepção, quando um dia eu vi o produto deles com nossos desenhos: era um lixo! Um horror! Um tecido vagabundo...Você não escolhe nada! Até cortinas de plástico para banheiro...

CELSO: NÃO HAVIA UM ESTUDO DE PRODUTO?

GREGORIO: Não, de jeito nenhum! Eles pagavam muito bem, mas definiam tudo, não podíamos interferir, não podíamos ter um controle sobre isso. Nós sabíamos que a empresa trabalhava com a Bloomingdale’s, mas nada era produzido nos EUA, tudo fora. Eles queriam que a arte fosse feita aqui, e só. Até que um dia, estando em Wa-shington para um lançamento, vi uma cadeira forrada com desenho nosso, e pensei: “Ih, que porcaria...” O bege original virou rosa, mudaram as cores. E então eu resolvi ir ao toilette, pois eram casas-modelo, tipo condomínio, e tudo era forrado com peças nossas, horrível... Portanto, não tínhamos controle nenhum. E naquela época, anos 1980, eu nem tinha ideia ainda, mas todo o desenho foi modificado em digital, porque nos EUA eles já trabalhavam assim. E eu não gosto do digital.

VOCÊS TRABALHAM COM AS TECNOLOGIAS DIGITAIS? QUAIS SÃO OS PRÓS E OS CONTRAS QUE PERCEBEM NAS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS MAIS RECENTES?

GREGORIO: Eu acho que a linguagem do digital serve para imprimir em camise-tas, sem qualidade. Eu não gosto.

ATTILIO: Você sabe por quê? Nós estamos acostumados com o artístico, o artesanal, criamos assim. Nós começamos há 45 anos, e era tudo assim: quando você produzia os originais, era todo pintado a mão, se encomendava um solvente para as cores fi-carem adequadas ao seu gosto, e tudo mais, e depois se produziam os quadros, cada

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18um com uma seleção de cor. Nós fazíamos as provas da estamparia, e agora tudo mudou muito. Eu não sou contra essa evolução de produção, porque isso é muito importante nos custos, sai muito mais barato para todo mundo.

GREGORIO: Não é mais barato, mas deveria ser mais barato... E não pode custar a mesma coisa uma criação em 10, 15 cores, e um projeto que, pum!, se vai ao banheiro e está pronto! Isso não pode ser!

ATTILIO: Isso influencia muito na criação, porque hoje, quando alguém começa a criar, pensa: tenho que criar algo fácil para ser produzido. E não era assim antes! Você criava sua arte e depois viabilizava sua produção.

CELSO: NOS ÚLTIMOS 30 A 40 ANOS, BARATEARAM-SE MUITO OS PROCESSOS DE PRODUÇÃO DE ESTAMPARIA EM MAQUINÁRIOS, MAS AO MESMO TEMPO COMPROMETEM-SE LOTES E LOTES DE TECIDOS. A INDÚSTRIA NÃO CORRE RISCOS COM UMA ESTAMPA QUE POSSA VIR A OFERECER PROBLEMAS MERCADOLÓGICOS, ENCALHANDO UMA PRODUÇÃO QUE NÃO CAIA NO GOSTO PO-PULAR. ENTÃO, ESTAMPAM-SE SEMPRE OS MESMOS DESENHOS, AS MESMAS PROPOSTAS.

ATTILIO: É exatamente isso, e é um grande problema.

CELSO: COMO É O PROCESSO CRIATIVO DE VOCÊS, QUAL A DINÂMICA EM DUPLA? VOCÊS TÊM FORMAÇÕES DISTINTAS, UM EM BELAS ARTES (ATTILIO) E OUTRO EM BIOQUÍMICA (GREGO-RIO). COMO ISSO CONTRIBUI NO TRABALHO? SÃO ASPECTOS COMPLEMENTARES?

GREGORIO: São influências: uma exposição de arte, uma rua, um filme, uma obra de teatro... De alguma coisa nós partimos, e depois vem a famosa reunião, discutimos as possibilidades, e não tem essa coisa de “essa contribuição é minha, essa é sua...” Uma vez determinada a ideia, o Attilio vai para a sua mesa, e eu vou para a minha. Attilio não se intromete muito em minha área, que são as cores e produção.

“Hoje se pensa em criar algo fácil de reproduzir. Antes, você criava e depois viabilizava a produção”

DOSE DUPLAESTILO EPERSONALIDADE EM

D EDUD EDU

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19

CELSO: E O DESENHO?

ATTILIO: O desenho é meu. Eu faço toda a criação, mas de repente ele chega com um palpite, e é bom, porque nós temos intelectos e formação cultural muito pa-recidos. Alias, eu não poderia jamais ser sócio de alguém que não possuísse uma formação cultural sólida, e ele tampouco. Trocamos ideias, mas Gregorio é sempre um pouco mais radical do que eu, e muitas vezes as interpretações dele funcionam melhor com a minha sobriedade.

GREGORIO: Mas eu não sei fazer nada com uma caneta no desenho. O desenho é sempre do Attilio. Eu sou um homem muito do teatro, da dramaticidade, e gosto sempre de um certo grau de loucura. Mas loucura compreensível! Se você tem que explicar sua loucura, ela já não me interessa. Eu quero que a loucura possa ser cap-tada, entendida.

ATTILIO: Eu sou menos radical, mais equilibrado, e isso é muito importante numa sociedade. Mas eu também sei ser radical, e o Gregorio muitas vezes pega essa mi-nha ideia radical e processa de maneira a torná-la mais palatável.

GREGORIO: As ideias são da dupla, mas Attilio desenvolve sua arte, e eu a minha, e não nos intrometemos um no processo do outro. Eu palpito apenas nas cores.

ATTILIO: Ele é um colorista muito bom. Por que eu decididiria a cor, se ele é melhor que eu nisso? Então muitas vezes eu acato as ideias dele. Mas ele nunca interfere no meu desenho, no meu traço. Eu faço a criação, ele pode externar sua opinião de gosto, mas não interfere.

GREGORIO: Às vezes sou um pouco teimoso, tipo “se hay gobierno, soy contra”.

CELSO: E OS RECURSOS DIGITAIS?

GREGORIO: Nós não temos esses recursos todos aqui no Brasil ainda, isso é uma mentira. Veja a Itália: lá,sim, todo o processo é feito com recursos digitais, e as estam-pas são belíssimas, diferentes do que se faz aqui.

CELSO: MAS NÃO SERÁ PORQUE NA ITÁLIA QUASE TODAS AS ESTAMPAS DE BOA QUALIDADE SÃO PRODUZIDAS DE MODO AUTORAL, A TRAÇO, E DEPOIS MANIPULADAS DIGITALMENTE?

GREGORIO: Sim, com certeza, e o digital usado principalmente na produção, mas eu sigo perguntando: por que essa tecnologia ainda é tão cara? Por aqui não há, ainda, estamparia digital para algodão, coisa já comum na Europa.

CELSO: POR AQUI VAI NO CILINDRO, MAIS BARATO PARA O ALGODÃO. MAS TEMOS UMA BOA ESTAMPARIA DIGITAL PARA A SEDA. VEJO TECIDOS BELÍSSIMOS, POUCOS, MAS PRODUZIDOS AQUI. MAS O PROCESSO AINDA É CARO. E A ESTAMPA DIGITAL, QUE VEM SENDO PRODUZIDA NAS ÚLTIMAS DUAS DÉCADAS, O QUE VOCÊS ACHAM? NA MINHA OPINIÃO, TEMOS UM DESE-NHO VAGABUNDO E DE PÉSSIMA QUALIDADE ARTÍSTICA...

GREGORIO: Exato, e nós não usamos computador, quando muito para produzir uma grade de rapport, uma simulação do padrão, na decoração. Aí, sim, se precisa disso..

ATTILIO: Se você for estampar para um sofá, o corte do tecido é diferenciado, e isso influi no rapport, o desenho tem uma posição de sentido.

CELSO: QUAL A OPINIÃO DE VOCÊS SOBRE O INTERESSE DA INDÚSTRIA TÊXTIL NACIONAL NO DESENVOLVIMENTO DE UM DESIGN DE PADRONAGEM BRASILEIRO, COM TEMÁTICAS, TRA-ÇOS E CORES EXCLUSIVAS? EM ALGUM MOMENTO, NESSES ANOS TODOS, VOCÊS TIVERAM PROPOSTAS DA INDÚSTRIA DE COMPRAR E PRODUZIR O DESIGN DE VOCÊS?

GREGORIO: Não, era sempre uma vontade. Eu queria vender, mas eles não que-riam comprar! (muitos risos)

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20 ATTILIO: Acontece, só para fazer um parênteses, que a qualidade da estamparia vem caindo muito. Veja as revistas e mídia de decoração, nos ambientes produzidos por pseudodecoradores. Os ambientes são todos desmotivados, tecidos crus, lisos.

CELSO: ATÉ AS PALETAS DE CORES SÃO MUITO POBRES...

GREGORIO: É muito, muito pobre.

ATTILIO: E o pior de tudo é que, por exemplo, se você tem uma casa com obras de arte muito boas, então você deve de fato forrar seus móveis com tecidos lisos ou estampas que harmonizem com esse acervo. Mas hoje, não: as pessoas decoram suas casas com tecidos lisos, sem arte alguma na parede, despersonalizadas.

GREGORIO: E tem outra coisa: quando você cria uma estampa para móveis, o sofá não se movimenta, ele é estático, não tem tetas, não tem bunda, não tem dedos e não tem maquiagens! Ele não se mexe deselegantemente, não se expande nem contrai como bundas e pernas... (risos)

ATTILIO: E a deselegância hoje é a tendência.

GREGORIO: Eu chego em casa e, como temos muita arte nas paredes, por toda parte, quero uma decoração mais calma. Um médico, que está sempre em ambiente branco ou claro, quando está escolhendo tecidos para sua casa, quer cor, quer formas, não quer nada pastel, aqueles verdinhos e rosinhas das paredes dos hospitais. Mas as marcas aqui no Brasil pretendem que as casas de fazendas e as casas na cidade sejam iguais, decoradas iguais, tudo neutro.

CELSO: NAS ULTIMAS DÉCADAS, ESPAÇO URBANO E ESPAÇO DE LAZER PRAIANO SE MIS-TURAM, TUDO PASTEURIZADO. AS REGRAS DA DECORAÇÃO DE ANTIGAMENTE PRETENDIAM QUE UM AMBIENTE URBANO PEDIA UM DETERMINADO TIPO DE PALETA DE COR, ELEGÂNCIA E SOBRIEDADE NAS LINHAS, DISTINTO DE UM AMBIENTE PROPÍCIO PARA O DIVERTIMENTO E O DESCANSO, QUE CASAVA MELHOR COM UM DECOR DESPRETENSIOSO E CONFORTÁVEL. HOJE, TUDO SE CONFUNDIU, EM PREJUÍZO DO BOM GOSTO.

ATTILIO: Aqui entre nós: o que é a elegância? A elegância vem da cultura. Se você tem

“Não é uma regra, mas a elegância vem da cultura. Formação cultural leva a comportamentos e gostos elegantes”

DOSE DUPLAESTILO EPERSONALIDADE EM

D EDUD EDU

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uma certa formação cultural, você acaba instintivamente possuindo comportamentos e gostos elegantes, apesar disso não ser uma regra. Hoje, quem se interessa por boa arte? Quem tem dinheiro compra arte por ostentação, para mostrar que possui uma arte cara.

CELSO: MUITOS ARTISTAS INTERESSANTES NÃO CONSEGUEM COLOCAR SEU TRABALHO NO MERCADO, OU SÃO OBRIGADOS A VENDÊ-LO MUITO BARATO, ENQUANTO TEM GENTE PENDU-RANDO A PREÇO EXORBITANTE UM ROMERO BRITO NA PAREDE!

ATTILIO: Eu não quero parecer pedante, parecer que só eu tenho cultura, não é isso, mas veja: todos os quadros que nós compramos, e são muitos, sempre que compra-mos foi porque nós gostávamos da obra, do artista, e não pensando se combinaria com os tapetes e a decoração da minha casa.

VOCÊS ACREDITAM QUE EXISTA, NOS COMPRADORES ESTRANGEIROS, UMA VONTADE DE UM PADRÃO BRASILEIRO? TECIDOS QUE TRAGAM NOSSA IDENTIDADE?

ATTILIO: Não, eu acho que não. E eu vou te dizer por que: falta de informação e de cultura lá fora. Nós, para os europeus, somos países mistos, colonizados por portugueses e espanhóis com influências muito africanas, e isso nos torna muito diferentes. Lá fora não se interessam muito por esses matizes.

GREGORIO: Eu tive uma experiência. Logo no início da Larmod, toca a campainha, vou atender, era um sujeito muito alto, bem aparentado, falando inglês, que inda-gou se eu era um dos donos e que gostaria de conhecer nossos produtos. Depois me disse que, quando fosse a Nova York, eu o procurasse, e me deu um cartão: era um dos donos da Bloomingdale’s, J. Bloom. Fui aos EUA, o procurei e levei alguns desenhos. Ele ficou fascinado, encantado, mas disse: “É caro para a Bloomingda-le’s, vou fazer uma pequena compra para testar, mas é muito caro”. Nós acabamos trabalhando para uma empresa associada do grupo, a Bloomcraft, que era enorme.

VOCÊS CRIARAM HÁ ALGUM TEMPO UMA COLEÇÃO QUE ME ENCANTOU: AS CIDADES BRASILEI-RAS, COM UMA PEGADA A LA TOILE DU JOUY. ERA RIO DE JANEIRO, BRASÍLIA, OURO PRETO E SÃO PAULO, UM TRABALHO DESLUMBRANTE COM O TEMA BRASILEIRO USADO DE MANEIRA MUITO SOFISTICADA. COMO FOI?

GREGORIO: Não vendeu nada, absolutamente nada! Pois Brasília representa para as pessoas um palavrão.

ATTILIO: Sabe o que importa nos dias de hoje? Divulgação! Se você não é bem di-vulgado, você não é aceito. E a nossa indústria não banca isso.

GREGORIO: Aqui considera-se que o Brasil é do Rio de Janeiro para cima, São Paulo e Sul estão sempre à parte, de escanteio, e dessa coleção a estampa de São Paulo era a mais bonita, todos os desenhos foram feitos e depois colados, maravilhoso.

CELSO: NO TRABALHO DE VOCÊS, O TEMA BRASILEIRO É FREQUENTE. O QUE VOCÊS IDENTI-FICAM NA RECEPTIVIDADE DO PÚBLICO POR ESSES PRODUTOS? EXISTE UM CONSUMIDOR ESPECÍFICO? VOCÊS ARRISCARIAM UM PERFIL PARA SEUS CLIENTES?

ATTILIO: Não, é difícil. Sempre que lançamos uma coleção, nunca pensamos se vai

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ser bom monetariamente. Esse é um segredo: fazemos o que nosso instinto indica.

GREGORIO: No passado era uma elite, mas hoje mudou, mudou muito. Na Again tudo mudou. Muita gente jovem, de outras cidades, alguns estrangeiros. Há tem-pos, um francês comprou a estampa de vendedores de bananas e a aplicou em uma cadeira Luis XVI, ficou muito diferente, interessante.

CELSO: E OS DECORADORES E PROFISSIONAIS DA ARQUITETURA DE INTERIORES?

ATTILIO: Eu acho que 90% dos decoradores hoje, no Brasil, não têm informação e formação cultural nenhuma sobre estilos e formas. O que eles querem é decorar para vender. Veja as revistas de decoração: são móveis standard, sem estilo ou linha, não existe um quadro na parede, ou pelo menos arte de boa qualidade.

GREGORIO: Mas tem uma televisão imensa! Quando começamos, o meio sentiu que éramos uma novidade. Decoradores como Sig Bergamin e Jorge Elias, por exemplo, foram meninos que Attilio pessoalmente orientou, todos com talento. Mas depois houve uma percepção de que nossos tecidos eram muito autorais, assinavam o ambiente, e alguns decoradores se incomodavam com isso, principalmente os que se intitulavam criadores. Mas outros achavam maravilhoso.

CELSO: VOCÊS TRABALHARAM MUITO COM DECORADORES E ATÉ COM CELEBRIDADES, NÃO?

GREGORIO: Sim, isso aconteceu na Again. Quando o decorador que estava traba-lhando para a Madonna veio para cá, alguém o levou até a Again. Nós estávamos em uma fase azul e branco, e ele disse que a Madonna só usava azul e branco. Ela já morava em Londres. Ele ficou fascinado e ligou para ela da loja mesmo, e ela lhe deu carta branca para comprar o que quisesse, e ele então fez uma grande compra... Outra experiência, quando estávamos nos EUA, foi quando recebemos a incumbên-cia de criar um tecido com inspiração mexicana para Jacqueline Onassis, que estava então decorando uma casa de praia no México. Para os americanos, mexicano e bra-sileiro é tudo a mesma coisa, e então eu pensei: as cores usadas no México, verdes e turquesas com vermelhos, que complicado! E nós ficamos meio sem saber qual caminho seguir... Foi quando, indo para o México, no aeroporto, comprei um tapete mexicano, todo colorido, e fiz uma composição a partir das cores e geometrias do tapete, e pronto: era o padrão para a casa da Jacqueline Onassis.

CELSO: NÓS POSSUÍMOS DUAS REFERÊNCIAS MUITO IMPORTANTES NO DESIGN DE PADRO-NAGENS NO BRASIL, VOCÊS E A ARTE NATIVA APLICADA (ANA), DE HENRIQUETA GOMES. O QUE VOCÊS PENSAM A RESPEITO DO TRABALHO QUE HENRIQUETA DESENVOLVEU?

GREGORIO: Ah, a Henriqueta... Tivemos muito contato... Ela era uma pessoa ótima, muito estudiosa, dedicada à questão do grafismo indígena. Ela tinha muitas pessoas, artistas plásticos, que trabalhavam para ela. Certa vez, ela não conseguia um vermelho, um tom de urucum, e me ligou: “Ah , Gregorio, esse vermelho não me sai, você não me ajuda nisso?”. Então lhe pedi uma amostra dessa cor e fiz a receita para ela. A loja era linda, compramos muitos xales de lã para presentear, eram belíssimos, temos amigas no mundo inteiro que possuem essas peças. Os temas eram sempre indígenas, geométricos.

CELSO: AS ESTAMPAS DE VOCÊS TÊM UMA TEMÁTICA MAIS VARIADA. POR ONDE COMEÇOU?

GREGORIO: Nós começamos pelas palhas, mas ainda sobre a Henriqueta: ela já morava em Brasília, com o marido, o senador Severo Gomes, e um dia, numa con-versa, ela me disse o seguinte: “Gregorio, estou querendo abrir um negócio com tecidos, estamparia, vocês se sentiriam incomodados?” Eu respondi: “Incomoda-

DOSE DUPLAESTILO EPERSONALIDADE EM

D EDUD EDU

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23dos, e por quê? Claro que não!” Ela era uma mulher muito educada, e como sabia que nós estávamos no ramo, teve a delicadeza de nos avisar sobre sua intenção em abrir a loja. Achamos aquele gesto muito elegante.Tivemos muitas conversas, uma delas sobre estampar sobre fundo branco, e eu dizia: “Henriqueta, coloca um fundo, não sobre branco...” E ela começou a utilizar tons de palhas, terras e rosados, e eu palpitava: “Rosa não, Henriqueta. Tons sujos, de terra”. Um dia, eu disse: “Faça um quadro com uma estampa de sujeira, manchas, para fundos, pois os índios man-cham seus artefatos com terras”... Mas não houve tempo para ela, infelizmente não houve tempo...

CELSO: A CONTRIBUIÇÃO DE VOCÊS PARA O DESIGN DE PADRÕES NO BRASIL É INQUESTIONÁ-VEL, MAS VOCÊS SE SENTEM RECONHECIDOS PELO TRABALHO?

ATTILIO: Não, de maneira alguma. Que nós demos uma contribuição muito gran-de, disso eu tenho consciência, pois quando começamos revolucionamos o mercado, no começo dos anos 1970. Havia poucas lojas, tudo era importado, produtos, temas, e nós propusemos algo completamente diferente: um tema brasileiro, das nossas coisas, nossa cultura, isso não existia. Eu acho que hoje em dia o grande problema é a desinformação: o público não possui informação de nenhum tipo, e isso impede um reconhecimento do que quer que seja. E eu não estou falando isso pretensio-samente, mas eu acho que se perdeu uma cultura da informação de qualidade. É terrível! Hoje se compra qualquer porcaria com uma prestação de R$ 10 ao mês, mas é o ruim, sempre o ruim! Isso não pode ser! Em resumo, reconhecimento nenhum!

GREGORIO: É como eu digo: nosso trabalho nasce e morre aqui. Quando você sai numa coluna de segunda, lá atrás, no Estadão, você já se considera um herói.

“A falta de reconhecimento do que quer que seja se deve à desinformação do público”

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24coresTodas

as

de tricia guildGOSTA DE TONS FORTES, ESTAMPAS

DESLUMBRANTES E DECORAÇÃO

VIBRANTE? ENTÃO O UNIVERSO DESTA

BRITÂNICA FOI FEITO PARA VOCÊ

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Britânica, ela é um ícone no mundo das cores e estampas, e nem por isso dei-

xa de ser uma mulher simples, simpática e atenciosa. Referência incontestável no

mundo da decoração e interiores, com produtos vendidos em mais de 80 lojas em

todo o mundo, esteve no Brasil em 2013 para lançamento de seu primeiro livro em

português, A Cor Desconstruída. A empresária e designer de estampas Tricia Guild

encantou a todos com quem teve contato em sua passagem pelo país, ocasião em que

pessoalmente transmitiu doses significativas de simpatia, explicando de onde vem

sua inspiração e falando sobre seu processo criativo. No evento no Rio de Janeiro,

realizado na Empório Beraldin, a loja estava deslumbrante, com paredes forradas

com os tecidos vibrantes e decorada com tapetes, cortinas e almofadas que a própria

Tricia arrumou nas prateleiras.

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A empresa Designers Guild nasceu em 1970. Tudo porque Tricia não encontra-

va no mercado da decoração de interiores a mistura explosiva de cores que queria

usar em seus ambientes. Foi então que decidiu, junto com o irmão, Simon Jeffreys,

criar suas próprias estampas e desenvolver linhas de tecidos, papéis de parede, cole-

ções para cama e banho e tapetes para venda no mundo inteiro.

Sua inspiração vem de vários canais: as flores, a natureza, um objeto, uma

viagem ou até a cor da tinta de um carro antigo. Sobre as cores em suas decorações

de interiores, Tricia enfatiza a relevância da harmonia: “Pode ser

intenso ou sutil, um estilo de vida balanceado, mesmo sendo for-

te.” A coleção lançada no Brasil foi inspirada por antigos tecidos

orientais, que serviram de base para a criação de estampas con-

temporâneas, mas ela diz não querer produzir tecidos com uma

cara antiga, mas sim com uma releitura atual. Tricia quer dar para

as pessoas um estilo de vida contemporâneo sem regras pré-esta-

belecidas. Misturar é uma ordem para ela. As listras se encontram

com as texturas e os florais nas suas decorações, tudo com muita

sensibilidade e delicadeza.

Amante das flores, a dália é a sua preferida. Ela conta que

cria dálias em seu jardim e que um dos tecidos de maior sucesso

da nova coleção nasceu em casa. Ela tirou uma foto da flor em pre-

to e branco e levou para sua equipe colorir a imagem a mão. Em

seu atelier em Londres, Tricia conta com seis pessoas dedicadas

apenas à pintura das estampas que nunca foram criadas, usando

programas de computação.

A propósito, Tricia mora com o marido em uma construção

vitoriana, na zona oeste de Londres, e diz que em sua casa a cor

que predomina é o verde primaveril vibrante, com tetos e pisos

brancos ou em tons de pedra e madeira. “Há 20 anos vivo lá e só

mudei as cores das paredes duas vezes. O que renovo sempre é a

mobília. Minha casa é o laboratório do meu trabalho”, explica. Ela relembra que

seus pais foram pessoas que adoravam arte moderna e sempre a levaram a expo-

sições. “Na minha casa, havia móveis da Heals (centenária marca britânica, com

peças de design assinado) e muitos acessórios coloridos. Meus pais também ado-

ravam jardinagem. Acho que minha paixão por cores e plantas vem daí”, admite.

Nas palavras da própria Tricia, A Cor Desconstruída é uma biografia, pois

ela entende que esse é o melhor jeito de atingir inúmeras pessoas e inspirá-las a

experimentar a cor. O primeiro capítulo, por mais surpreendente que possa pa-

recer, é dedicado aos tons de preto, cinza, metálico, grafite, giz, argila e carvão.

O primeiro capítulo do livro lançado no Brasil é dedicado aos tons de preto, cinza, metálico, grafite, giz, argila e carvão

coresTodas

as

de tricia guild

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“Meus pais adoravam jardinagem. Acho que minha paixão por cores e plantas vem daí”

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Para quem acha que esses tons não são considerados cores, Tricia explica que eles

estão em todas as cores, e, portanto, nada melhor do que abrir a publicação com

esse conteúdo. “Penso que usar cores é um processo particular e instintivo de cada

um. A única ‘técnica’ ou ‘ciência’ que aplico é ouvir meu coração. No livro, tento

desvendar essa fórmula, além de falar sobre minhas combinações favoritas.”

Sobre um certo temor que os profissionais têm quanto às cores intensas, ela

explica: “As pessoas têm medo de enjoar da cor, e por isso, optam pelas paletas

totalmente neutras. De fato, as cores fortes são um desastre quando usadas incor-

retamente. E talvez o medo venha daí. Mas o contato delas com os neutros permite

que vibrem melhor. Comece a usar cores devagar, aos poucos.” E

vai além: “Devo confessar: amo o branco e há um capítulo inteiro

sobre isso no livro”, disse a designer em sua passagem pelo Brasil.

Ela, alerta, entretanto, que brancos e beges podem ser tão traiçoei-

ros como os tons fortes e berrantes. “Apostar somente neles pode

resultar em ambientes sem vida e sem graça. Acredite em mim:

quando você realmente ama uma cor, nunca se cansará dela.”

Ainda sobre cores, Tricia acredita que, ao contrário do dita-

do que diz que uma pessoa é o que ela come, você é aquilo que

você vê: “Certas cores parecem pertencer a lugares determinados,

mas isso não significa que não possam migrar. Há uma paleta de

azuis acinzentados que associo à Suécia. Da mesma forma, azuis

pálidos e aconchegantes me fazem lembrar Jodhpur, na Índia.

Sem contar o verde-esmeralda, típico do Brasil. Há que se ter o

espírito aberto para absorver tudo o que vemos e traduzir isso

para a nossa rotina.”

A filosofia de Tricia Guild segue sendo a de combinar criativi-

dade com inovação e altíssima qualidade. Em 2008 a Designers Guild

lançou uma nova coleção inspirada nos interiores das residências reais na Inglaterra

incluindo o Buckingham Palace, residência da Rainha da Inglaterra em Londres, e o

Windsor Castle, o castelo onde a família real passa férias. A marca já desenvolveu te-

cidos e papéis de parede estampados para designers como Ralph Lauren e Christian

Lacroix. A Designers Guild também lançou com enorme sucesso a linha de tecidos

Ombré, tingidos de forma artesanal. Mais uma vez a moda e a decoração caminha-

ram de mãos dadas.

Tricia Guild ficou surpresa ao saber que no Brasil há preferência por neu-

tros, não apenas na decoração como também na indústria automotiva e até na

moda: “Para mim, o espírito brasileiro é pura extravagância. Talvez por uma

associação minha com o carnaval e com as belíssimas paisagens naturais.”

“Usar cores é um processo particular e instintivo de cada um. A única ‘técnica’ ou ‘ciência’ que aplico é ouvir meu coração”

coresTodas

as

de tricia guild

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29CONFIRA UM BATE-BOLA COM TRICIA GUILD, EM

ENTREVISTA CONCEDIDA À REVISTA CASA & JARDIM, EM 2013:

CIDADE I FLORENÇA

MÚSICA I IMAGINE, DE JOHN LENNON

FILME I NÃO CONSIGO ESCOLHER UM SÓ

LIVRO I A LEBRE COM OLHOS DE ÂMBAR (INTRÍNSECA, 2011)

PERFUME I FIGO

COZINHA I ITALIANA

ANO I 2008, QUANDO FUI CONDECORADA PELA RAINHA ELIZABETH II

DESAFIO I A PRÓXIMA COLEÇÃO

ALGO QUE VOCÊ NUNCA TEM I TÉDIO

ALGO PARA MELHORAR I MINHA YOGA

ALGO PARA SE ORGULHAR I FAMÍLIA, EMPRESA E EQUIPE

ALGUÉM PARA ADMIRAR I COCO CHANEL E HENRI MATISSE

TRICIA EM TRÊS PALAVRAS I DETERMINADA, APAIXONADA E CORAJOSA

(QUEM ESCREVEU ISTO FOI MINHA GERENTE, AMANDA BACK, POIS NÃO

SOU BOA PARA ME DESCREVER, MAS ACHO QUE ELA ESTÁ CERTA)

LIVRO A COR DESCONSTRUÍDA

AUTOR: TRICIA GUILD

FOTÓGRAFO: JAMES MERRELL

EDITORA: GLOBO

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30

Passo a

passoPassa

VOCÊ PERCEBEU QUE A IMAGEM AO

LADO FOI INSPIRADA EM UMA RODA

DE CARRETA? NO TODO OU EM PARTE,

TUDO SERVE COMO REFERÊNCIA

PARA SE CRIAR UMA ESTAMPA

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No processo de criação de uma estampa, tudo pode servir de referência:

uma imagem inteira ou somente um detalhe – o que for mais interessante. A re-

ferência não precisa ser reproduzida fielmente, pode ser estilizada e trazer um

resultado que em nada se parece com a imagem inicial, tornando-se ainda mais

surpreendente. Uma roda de carreta ou carroça, por exemplo. Trata-se de um

ícone da cultura gaúcha, imagem que remete ao trabalho do homem do campo.

Confira nas próximas duas páginas o passo a passo de criação de uma

estampa criada por Paula Szk, gaúcha de 28 anos formada em Design Gráfico

pela Uniritter e atualmente designer no escritório Renata Rubim Design & Co-

res. Paula diz que um olhar treinado reconhece mais facilmente que elemento

pode ser proveitoso para uma composição gráfica. A experiência ajuda na hora

de deixar os traços de um desenho ainda mais atraentes, e também para uma

boa composição de cores. “Mas o importante é praticar”, enfatiza Paula. Essas

e outras dicas podem ser conferidas na página mãoboa (assim mesmo, tudo

junto e em minúsculas) no Facebook.

Na sequência, não deixe de conferir também como foram criadas duas

estampas finalistas do Prêmio Estampa Brasil de 2014.

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32RODA DA CARROÇA É O ELEMENTO ESCOLHIDO

DESTACAM-SE OSPRINCIPAIS TRAÇOS DA RODA1. 2.

5. 6.AS CORES TAMBÉM INFLUENCIAM NA PERCEPÇÃO FINAL DO DESENHO, POIS DESTACAM OU SUAVIZAM ELEMENTOS, FAZENDO COM QUE A IMAGEM SEJA LIDA DE MANEIRAS DIFERENTES. AQUI, OS CÍRCULOS COLORIDOS COM O MESMO CINZA DO FUNDO SÃO SUAVIZADOS

JÁ NESTA COMPOSIÇÃO DE CORES OS CÍRCULOS GANHAM DESTAQUE

passo apasso

p

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33O DESENHO ESTILIZADO. HORA DE A CRIATIVIDADETOMAR CONTA

REPETIÇÃO DO DESENHO DE MANEIRA QUE AS LINHAS SE ENCAIXEM. O TRAÇO NÃO PRECISA SER SEMPRE CONTÍNUO, O OBJETIVO É QUE OS ELEMENTOS SE COMPLETEM EM UMA COMPOSIÇÃO HARMONIOSA

3. 4.

7. 8.NO FUNDO PRETO, AS LINHAS CURVAS EM BRANCO FICAM BASTANTE EVIDENTES

E AQUI, AS LINHAS CURVAS ESTÃO MENOS ACENTUADAS

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NAS IMAGENS ACIMA, A SEQUÊNCIA DO TRABALHO DE MELISSA AGUIAR, QUE COM A ESTAMPA “QUERO-QUERO” CONQUISTOU O PRIMEIRO LUGAR NA CATEGORIA NATUREZA DE VERÃO PROFISSIONAL DO PRÊMIO ESTAMPA BRASIL 2014

passo apasso

p

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UMA FOTO FEITA JUNTO AO MAR FOI A INSPIRAÇÃO INICIAL PARA ANA CAROLINA BETIATI, QUE TEVE SUA ESTAMPA “PRAIA” SELECIONADA NA CATEGORIA NATUREZA DE VERÃO ESTUDANTE NO PRÊMIO ESTAMPA BRASIL 2014

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36O PrêmioCONFIRA AO LADO UM TEXTO DA

CURADORA DO PRÊMIO ESTAMPA

BRASIL 2014 E UM BREVE PERFIL

DOS JURADOS DESTA EDIÇÃO

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37CELSO LIMA

RENATA RUBIM

MARJORIE LEMOS GUBERT

MAYUME HAUSEN IZOGUCHI

Designer de produtos têxteis e professora do Design de Moda na Ulbra. Já trabalhou nas áreas de educação e comunicação social e em projetos sociais e arte-educação.

Ex-diretora de criação e designer em grandes agências de propaganda, atendendo clientes de moda, é uma das pioneiras do núcleo de design de estamparia da Renner, onde atua desde 2013.

Iniciou sua carreira como ilustrador para revistas nacionais. Hoje atua como multiplicador das técnicas de estamparia, que são passadas por gerações pela tradição oral.

Conhecido no meio do design como professor Eddy, é designer e mestre em arte, cultura e educação, além de membro do Conselho do Museu da Casa Brasileira.

Especialista em Design de Superfície, é autora do livro Desenhando a Superfície, primeiro no Brasil sobre o tema. Possui diversas premiações nacionais e internacionais.

AURESNEDE PIRES STEPHAN

JURADOS

Pós-graduado em Design de Estamparia pela faculdade SENAI-CETIQT, possui mais de 20 anos de experiência profissional, com estampas vendidas nos EUA, Europa, Ásia e Brasil.

WAGNER CAMPELO

GABRIELA CIRNE LIMADiretora de Produto da Renner. É formada em estilismo e possui especialização em negócios de moda e MBA em gestão de varejo.

Ser curadora de um concurso de estampas brasilei-

ras, tendo uma empresa expressiva e importante como

a Renner patrocinando, é, sem dúvida, um prêmio e um

reconhecimento ao meu trabalho de décadas a favor do

design de superfície brasileiro.

Se tive o privilégio de poder me dedicar a desbra-

var um mercado despreparado inicialmente para absor-

ver projetos autenticamente nacionais, privilégio que

não dispensou todo o tipo de esforços e dificuldades, sei

muito bem que isso não é permitido à maioria das pesso-

as talentosas que querem se dedicar a essa mesma ativi-

dade. Tive a sorte de poder contar com uma excepcional

formação de base e com o constante apoio familiar para

criar a minha história nesse cenário. Então, o que dizer

de centenas, milhares de brasileiros que podem estar de-

sejando se expressar através do design, trabalhando e

sobrevivendo dignamente, e que não têm possibilidade

de mostrar seu talento por falta de oportunidade?

É esse o grande papel do projeto Alma Brasileira:

permitir que pessoas dos mais distantes cantos do ter-

ritório nacional possam mostrar seu trabalho e vocação

para o mercado brasileiro. Mercado cada vez mais cons-

ciente do papel que o Brasil deve ocupar no mundo cria-

tivo do design e da moda. Já se foi o tempo, felizmente,

em que tínhamos de copiar o que acontecia lá fora para

termos sucesso aqui dentro. É chegada a hora de nossos

jovens talentos serem protagonistas de uma narrativa

que urge acontecer.

O cargo de curadora me permitiu escolher criterio-

samente cada jurado levando em conta a responsabilida-

de envolvida na decisão que cada um teria a fazer: per-

ceber talentos. Foi extremamente importante equilibrar

um corpo de avaliadores cujo discernimento não deixas-

se de valorizar qualquer manifestação potencialmente

interessante. Creio que alcançamos nosso objetivo.

CURADORIA E RECONHECIMENTOPor Renata Rubim

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39urezaDE VERÃOprofissional

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Melissa Aguiar

[email protected] Alegre | RS

QUERO-QUEROSOU DE SANTANA DO LIVRAMENTO, NA FRONTEIRA OESTE DO ESTADO, E, INSPIRADA NA FAUNA E FLORA DOS PAMPAS, REDESENHEI O QUERO-QUERO,UMA AVE MUITO ENCONTRADA NESSA REGIÃO, COM FORMAS GEOMÉTRICAS QUE PERMITEM CRIAR DIVERSAS VARIAÇÕES DE FORMA E COR COM O MESMO DESENHO. UM BICHINHO SIMPÁTICO E QUE TEM A CARA DA REGIÃO SUL.

1º LUGAR

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Angelo Artimus

[email protected] Frio | RJ

AQUA SUMMERAS CORES DO MAR E DOS RIOS SE FUNDEM NESTA ESTAMPA, QUE FOI CRIADA EM TONS AQUARELÁVEIS, MISTURANDO O CHARME DAS PRAIAS COM RISCOS DE FLORES TROPICAIS. ARARAS SOBREVOANDO AS PRAIAS, DANDO UM AR DE TRANQUILIDADE E LAZER. AS CORES REMETEM À ALEGRIA DO BRASIL, LINHAS LIVRES E SOLTAS DÃO O AR DE LIBERDADE.

2º LUGAR

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Lúcia Bissoto Medeiros

[email protected]ão Paulo | SP

MARACUJÁ DOCEA ESTAMPA É BASEADA NA FOTO DA FLOR DO MARACUJÁ. OPTEI POR ESSA FLOR PORQUE, ALÉM DE BONITA E EXÓTICA, A MEU VER REPRESENTA O VERÃO E O BRASIL. O MARACUJÁ É ORIGINÁRIO DA AMÉRICA TROPICAL E PODE SER CULTIVADO O ANO TODO. O BRASIL É O MAIOR PRODUTOR, MAS O MARACUJAZEIRO SÓ FLORESCE EM CONDIÇÕES DE MUITA LUMINOSIDADE, O QUE ME REMETE MAIS AINDA AO VERÃO.

3º LUGAR

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André “Calazans” Cézar de Castro

[email protected] | SC

WAVES OF SUMMERUM BANHO DE VERÃO, COM TODAS AS SUAS CORES, FORMAS E ALEGRIA. A INSPIRAÇÃO DIRETA AQUI É O MAR, SUAS ONDAS, E O COLORIDO DE UMA PRAIA AGITADA NO VERÃO. AS LISTRAS REMETEM ÀS ESTAMPAS SIMPLES DAS CLÁSSICAS CADEIRAS DE PRAIA DE TECIDO, E A CARTELA DE CORES SUGERE O UNIVERSO ESTÉTICO DAS CANGAS.

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Andreia Faley

[email protected] Alegre | RS

CALIANDRA DO CERRADO“NO JARDIM DE DONA MARICOTA TINHA ‘CALIANDRA’. MAS ELA NUNCA SOUBE. TINHA VASSOURINHA. ESPONJINHA-VERMELHA. BROCHE-RUBI-DE-PRINCESA. MIMOSINHA. TANTOS NOMES POSSUÍA A FLOR. PORÉM, CALIANDRA, ALI NINGUÉM CONHECIA.” AUTOR ROBERTO CORRÊA, CANÇÃO CALIANDRA FLOR. COMO DESCRITO NA CANÇÃO, CALIANDRA TEM MUITOS NOMES. A IDEIA FOI REPRESENTAR AS CARACTERÍSTICAS MAIS MARCANTES: SUA FORMA DE GLOBO E SEUS FILAMENTOS VERMELHOS TERMINADOS EM PONTOS NEGROS.

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Andrigo Guimarães

[email protected] Velha | ES

BANANEIRA É PADRÃOSEMPRE QUE SE PENSA NO VERÃO BRASILEIRO, LEMBRA-SE MUITO DA TROPICALIDADE DE NOSSA TERRA, AS FRUTAS DA ESTAÇÃO, O VERDE DAS FOLHAS E O AMARELO DO SOL, DENTRE TANTAS OUTRAS COISAS. A BANANEIRA REPRESENTA UM CERTO “PADRÃO” DESSE PENSAMENTO SOBRE A TROPICALIDADE BRASILEIRA.

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Chames Augusta Pianca

[email protected] Alegre | RS

TONSQUANDO OBSERVAMOS A ÁGUA DO MAR, ELA PARECE AZUL, VERDE OU ATÉ CINZA. ESSAS CORES E SEUS DEGRADÊS NOS MARAVILHAM. A PARTIR DE UMA PUBLICIDADE, EM QUE O MAR OBTINHA DIVERSOS TONS DE AZUL E SOBREPONDO-SE A ELE, FOI INSERIDA UMA REDE DE PESCA, DE MODO A ENQUADRÁ-LO, RESULTANDO UMA COMPOSIÇÃO COM DIVERSOS FRAGMENTOS.

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Clarissa Sampaio Amantea

[email protected]ão Paulo | SP

ATLÂNTICOO DESENHO ORIGINAL QUE OCASIONOU A ESTAMPA ATLÂNTICO FOI EXECUTADO ARTESANALMENTE SOBRE TECIDO EM ALGODÃO. DIGITALIZADA, A IMAGEM PROPORCIONOU A MODIFICAÇÃO DE SUAS PROPORÇÕES, A ELABORAÇÃO DE UM RAPPORT, OCASIONANDO A COMPOSIÇÃO FINAL, QUE TEVE AINDA AS SUAS CORES ALTERADAS, TRABALHADAS SOB A INSPIRAÇÃO DA CARTELA DE CORES PRESENTES NOS MURAIS DO ARTISTA PLÁSTICO BRASILEIRO EDUARDO KOBRA. A ESTAMPA É PROJETADA ASSIM PARA ACOLHER A MODA PRAIA COM UM FORTE CONVITE À NATUREZA DO VERÃO BRASILEIRO.

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FernandaDanicek Borges

[email protected]ão Paulo | SP

PLANTA SEM NOMEESTAMPA INSPIRADA EM UMA PLANTA GRANDE E REAL NO JARDIM DE UMA CASA NO INTERIOR. TODOS PASSAM PELO VIZINHO E REPARAM NAS PLANTAS ENORMES NA ENTRADA DE SUA CASA. NINGUÉM SABE SEU NOME, E ASSIM A PLANTA É OBSERVADA, ADMIRADA E COMENTADA COMO A “PLANTA GIGANTE”.

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Luciana Rothberg

[email protected] Horizonte | MG

SEMPRE-VIVA VERDEJANTEVERÃO. MUITO SOL E CHUVA QUE A NATUREZA AGRADECE, ENCHENDO DE FLORES EXÓTICAS AS TRILHAS PARA AS CACHOEIRAS DA SERRA DO CIPÓ, EM MINAS GERAIS. ENTRE AQUELAS ESTÁ A SEMPRE-VIVA, PLANTA SOLAR IRRADIANTE E REVITALIZANTE QUE AQUECE O CORAÇÃO. POR SER UM TIPO DE FLOR QUE NUNCA MURCHA NEM PERDE A COR, REPRESENTA A ETERNA JUVENTUDE. RESISTENTE, FLORESCE EM TODAS AS ÉPOCAS DO ANO. PARA A SEMPRE-VIVA É SEMPRE VERÃO! #ESTAMPA CORRIDA COM RAPPORT

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Patrícia Peixoto Duarte

[email protected] | PE

ENTRE-PEIXESA REPRESENTAÇÃO DOS PEIXES SIMETRICAMENTE DISPOSTOS NA ESTAMPA SIMBOLIZA A NATUREZA DAQUELES QUE HABITAM E EMBELEZAM OS RIOS E MARES DO NOSSO BRASIL. AS CORES VIVAS ESCOLHIDAS, COMO O AMARELO-OURO, O AZUL E O LARANJA, CONTRASTAM COM O AZUL DO MAR, AO FUNDO.

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Walter Spina

[email protected] | SP

REVOADAA ESTAMPA REPRESENTA AS CORES E A VIDA NAS FLORESTAS BRASILEIRAS. É COMPOSTA POR FOLHAGENS, FLORES E A COLORIDA FAUNA DO PAÍS. A COMPOSIÇÃO APRESENTA OS ELEMENTOS EM COR E EM PRETO E BRANCO, FAZENDO UMA REFERÊNCIA À BELEZA EXUBERANTE E AMPLAMENTE CONHECIDA E À BELEZA POUCO DIFUNDIDA, ASSIM COMO À NECESSIDADE DE PRESERVAÇÃO DESSAS FORMAS DE VIDA. TÉCNICA: NANQUIM E AQUARELA. DESENHO MANUAL. MANIPULAÇÃO NO PHOTOSHOP. RAPPORT 64X64CM – IMPRESSÃO DIGITAL.

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AUTORIAPor Celso Lima

ARTIGO

Uma das questões que mais suscita dis-cussões durante minhas aulas de desenho de estampa para padronagens diz respeito a um aspecto importante no reconhecimento de um profissional e de sua capacidade criativa. No caso do desenho gráfico, abrange de designers a artistas plásticos e autentica a conduta ética de um criador. Refiro-me à autoria indiscutível de um trabalho assinado. Esse tema também vem se destacando cada vez mais nas discussões em ambientes de criação do design no mundo intei-ro, tendo em vista as armadilhas multiplicadas na mesa dos profissionais pela teia de informa-ções, ferramentas e referências múltiplas e inu-meráveis do universo digital.

Mas quais são os elementos que nos possi-bilitam identificar a autenticidade de um produ-to gráfico, uma obra do desenho, do traço, sem comprometer a referência temática? Existem certezas autorais em uma área de criação que atualmente envolve todos os meios de expres-são? A resposta obviamente é: não! A negativa, entretanto, abarca apenas os aspectos relativos a meios e códigos de aferição, e não a conduta que um profissional deve ter com relação a seu tra-balho em todo o trajeto criativo. Eu geralmente faço uso do famoso enigma piadista: “Quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?”, que pode ilustrar muito bem quando, em algumas ocasi-ões, um profissional do desenho se apresenta confuso quanto à definição da importância de uma referência material utilizada na solução final obtida no seu processo criativo, e que ele deve assinar como produto de sua autoria.

Se o jocoso enigma se apresenta, é preciso cuidado, atenção.

Observo uma grande insegurança em meus alunos quando um trabalho envolve referências materiais, e o quanto é licito no processo criativo se apropriar de elementos gráficos já existentes, principalmente nos infinitos acervos digitais à disposição atualmente. Toda essa “sucata” pode ser utilizada como ponto de partida, e também, por que não?, como corpo de um trabalho, desde que uma intervenção dramática aconteça motiva-da pela ideia original do criador.

A questão envolve o que os europeus re-centemente denominaram como “adesivagem”, que nomeia um comportamento recorrente nos dias de hoje nas áreas de criação de design grá-fico: a apropriação, manipulação e aplicação finalizada, sem intervenção, principalmente sobre materiais gráficos que se apresentam nos acervos de referências sem assinatura, portanto “disponíveis”, como, por exemplo, os chamados “bancos de imagens”. Esse é um produto que vem sendo recusado e denunciado, resultado de um processo fraudulento e usurpatório, e em muitos casos, criminoso. Como design, carece de uma de suas mais atraentes qualidades: o ineditismo, mesmo que ilusório ou momentâ-neo. E não estamos discutindo aqui um óbvio plágio, já que esse se caracteriza pela flagrante cópia absoluta, mas da utilização de uma ima-gem, obtida ou criada por outrem, sem a inter-venção proposta pelo nosso imaginário criativo e pela execução de nossas ferramentas próprias, resultando em um trabalho que é fruto desones-to da incapacidade profissional.

E o que seria uma intervenção apropria-da, autoral? Não há dogmas, mas a história das artes gráficas nos traz bons conselhos, já que os parâmetros éticos continuam os mes-mos. Vejamos por exemplo o “découpe”, esse sim um processo excelente de utilização de sucata gráfica na execução de uma ideia, que grandes profissionais do design no século XX usaram brilhantemente. O “découpe” se carac-teriza pela utilização do corpo gráfico de uma referência, em áreas selecionadas e recortadas, como matéria de acabamento para um produto em criação, uma arte final em recortes e cola-gens com total descaracterização do material original, como um carro que se desmonta para utilização de suas variadas peças. No desenho de padrão, por exemplo, esse processo foi uti-lizado por Coco Chanel, na escassez de profis-sionais do design durante a Segunda Guerra. Criadores importantes, como Lucienne Day e Emilio Pucci, entre muitos outros, utilizaram o “découpe” de modo eficiente, tanto na criação quanto na finalização de um desenho. É ainda

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65hoje um processo atraente, valorizado pelas ferramentas e linguagens digitais.

Mas esse é um uso especifico de referên-cias gráficas, que não compromete em absoluto o resultado final em seus valores autorais. Po-demos também utilizar uma referência como modelo para o desenho, como materiais fotográ-ficos, por exemplo, recurso muito comum para o desenho de observação e para os decalques e contrastes gráficos, seja manual ou digital. É importante a compreensão de que os meios e ferramentas utilizadas nos processos criativos, a fotografia, por exemplo, devem ser reconheci-dos pela autoria, no seu uso e disposição.

No desenho de estampa, assim como na ilustração, são cada vez mais comuns produtos que se valem de referências fotográficas não creditadas, colhidas em acervos “disponíveis” e submetidas à cosmética digital, o que evidente-mente compromete a autenticidade como pro-duto assinado.

Mas e quando a referência é o próprio tema do trabalho, e até mesmo a razão da sua criação? Vejamos um mestre da arte moderna, cujo trabalho foi calcado na utilização de refe-rências fotográficas de autores diversos, e que influencia grandemente o design gráfico, princi-palmente publicitário, até os dias de hoje: Andy Warhol. O trabalho de Warhol se notabilizou pela utilização e retoque de vasto material fo-

tográfico, alguns de sua autoria, mas na maior parte de outros profissionais devidamente cre-ditados pelo artista. O reconhecimento dos su-jeitos fotográficos, seja uma lata de sopa Camp-bell’s ou a atriz Marilyn Monroe, é essencial em suas obras. E o que autentica a obra de Andy Warhol como criação artística? A intervenção em si, com seus retoques em cores primárias sobre as fotos recortadas e impressas em gran-des telas, em uma exacerbação estética barata, pois com Warhol surge uma nova categoria de artistas: os críticos da imagem. A intenção maior de Warhol, sua grande ideia criativa foi, na arti-ficialização pelas cores e contrastes de grandes ícones da cultura pop norte-americana – fossem celebridades ou objetos de consumo –, denun-ciar uma sociedade que já nos idos dos anos 1960 cultuava o supérfluo como célebre.

Talvez hoje o mais importante na questão de reconhecimento de autoria por parte do pro-fissional seja a percepção de que, durante todo o processo criativo do produto gráfico, a sua ideia original triunfe acima das facilidades e atalhos que as inúmeras ferramentas e acervos de refe-rências apresentem, e não nomeio aqui apenas os meios digitais. É importante que ele identifi-que o seu moto criativo na obra em dependên-cia com os recursos que a visibilizem, pois isso constrói o que de maneira genérica se entende por “estilo”, que só um verdadeiro autor possui.

O mais importante na questão da autoria é que a ideia original triunfe acima das facilidades e atalhos

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67urezaDE VERÃOestudante

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Anna Carolina Caldas

[email protected] Alegre | RS

O RESTO É MARPARA ESTA ESTAMPA, AS CORES DO MAR SERVEM COMO PLANO DE FUNDO. OS DIFERENTES TONS DE AZUL MISTURAM-SE, CRIANDO UMA ESTAMPA NATURAL. AS CORES CONVIDAM PARA UM MERGULHO NA NATUREZA E PARA RELEMBRAR MEMÓRIAS DE UM VERÃO LEVE E INESQUECÍVEL. É PARA SE REFRESCAR!

1º LUGAR

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Isadora de O Martinez Paulino

[email protected]ão Paulo | SP

TRAMA NATURALESTA ESTAMPA FOI INSPIRADA NOS ‘TAPETES’ QUE COMPÕEM AS PAISAGENS NATURAIS. UM EMARANHADO DE FOLHAS, PÉTALAS E PENAS QUE SE MESCLA COM AS ÁGUAS, FLORES E LUZES, TRAZENDO CONSIGO A MÁXIMA EXPRESSÃO DE PAZ E HARMONIA, TRANSMITINDO A ESPIRITUALIDADE DO AMBIENTE NATURAL.

2º LUGAR

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Maitê Cezar Rosa

[email protected] Alegre | RS

ARARANDOLIBERDADE, BELEZA E COR SÃO AS ESSÊNCIAS DESTA ESTAMPA INSPIRADA NOS PÁSSAROS DA FAUNA BRASILEIRA. MISTURANDO A COR DAS ARARAS COM A MODERNIDADE DO GRAFISMO, A ESTAMPA É PURA ATITUDE E VIBRAÇÃO. PATTERN CRIADO A PARTIR DE ELEMENTOS DESENHADOS MANUALMENTE COM GRAFITE 0.3 E COLORIDOS DIGITALMENTE.

3º LUGAR

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Ana Carolina Betiati

[email protected] Alegre | RS

PRAIAPORQUE UMA DAS MELHORES SENSAÇÕES É PISAR NA AREIA, SENTIR O VENTO E A MARESIA. IR AO ENCONTRO DO MAR É IR AO ENCONTRO DE SI MESMO, É A POSSIBILIDADE DE NOS TRANSFORMAR A CADA ONDA, É IR CONTRA A CORRENTEZA SUPERANDO CADA DIFICULDADE, É MANTER OS PÉS NO CHÃO AO MESMO TEMPO EM QUE O SONHO PERCORRE TODO OCEANO, RENOVANDO-SE EM CADA NASCER DE SOL.

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Ana Paula Piotto Machado

[email protected] de Janeiro | RJ

YANOMAMIA ESTAMPA FOI FEITA COM OBJETIVO DE LEMBRAR E TRAZER REFERÊNCIAS DE POVOS INDÍGENAS, HERANÇA E HISTÓRIA DO NOSSO PAÍS. PORÉM, COMPOSIÇÃO E ELEMENTOS DA IMAGEM NÃO SÃO AS PENAS TÃO PRÓPRIAS DOS ÍNDIOS, MAS AS FOLHAS E FLORES PRESENTES NAS FLORESTAS, AMBIENTE TÃO MARCANTE NO BRASIL, SOBRETUDO POR CAUSA DA FLORESTA AMAZÔNICA. O FUNDO FOI ESCOLHIDO DE ACORDO COM A HARMONIA DA COMPOSIÇÃO, MAS PODE SER TROCADO POR OUTRAS CORES.

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Carolina Hernandes Rodrigues

[email protected]ão Paulo | SP

FLORA MANDALEAINSPIRADA NA ARTE DAS CAPAS E PÔSTERES DE ROCK PSICODÉLICO DOS ANOS 70, A ESTAMPA SE UTILIZA DO PRINCÍPIO DA SIMETRIA RADIAL, TRAZENDO À MENTE MANDALAS INDIANAS E TAPETES ORIENTAIS. FLORES CRIADAS A PARTIR DE ASAS DE INSETOS, BORBOLETAS FLUORESCENTES E CORES SATURADAS, SURREAIS, TRANSFORMAM A SUPERFÍCIE NUMA ALEGRE TAPEÇARIA PSICODÉLICA.

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Isadora de O Martinez Paulino

[email protected]ão Paulo | SP

DANÇA DAS ONDASESTA ESTAMPA TRAZ CONSIGO TODA A GRACIOSIDADE DO MOVIMENTO DO MAR. AS ONDAS SOBREPOSTAS TRANSMITEM A IDEIA DO AZUL INFINITO, QUE SÓ É QUEBRADO PELA ESPUMA BRANCA QUE NASCE DO INCESSANTE BATER DAS ONDAS. NADA MAIS AGRADÁVEL NO VERÃO DO QUE OUVIR O SOM DO OCEANO E APRECIAR SUA BELEZA NATURAL.

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Iving Cardozo Leite

[email protected]é | RJ

PIRABEBEPIRABEBE OU PEIXE-VOADOR É O NOME DO ANIMAL MARINHO QUE ILUSTRA ESTA ESTAMPA LOCALIZADA. ENCONTRADO EM TODOS OS OCEANOS, O PEIXE VOADOR CONSEGUE PLANAR POR ATÉ 45 SEGUNDOS PARA FUGIR DE PREDADORES. COM LEVEZA E DELICADEZA, O ANIMAL SALTA SOBRE A ILUSTRAÇÃO EM BUSCA DE LIBERDADE. A ILUSTRAÇÃO TAMBÉM PODE SER FACILMENTE ADAPTADA PARA SE TORNAR UMA ESTAMPA CORRIDA.

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Lucas Frederico do Nascimento Marins

[email protected]á | RJ

FOLHAGEM DE ESCAMASESTA PADRONAGEM FOI DESENVOLVIDA TENDO A MATA ATLÂNTICA COMO REFERENCIAL. PROCUREI BASEAR O MEU MOTIVO NAS FOLHAGENS QUE COBREM O SOLO E, AO CONSTRUIR A REPETIÇÃO, BASEEI-ME NAS ESCAMAS DOS PEIXES, UNIDAS UMA SOBRE A OUTRA. APLIQUEI AS CORES EM TRIÂNGULOS DE DIFERENTES CORES PARA CRIAR O EFEITO DE ESCAMAS RELUZINDO AO SOL. O CONTORNO DO MOTIVO AINDA REMETE À FOLHAGEM E SUAS CORES E POSIÇÃO FAZEM ALUSÃO ÀS ESCAMAS.

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Marcos Elisio Kamers

[email protected]ão Paulo | SP

INTENSA BRASILIDADEA ESTAMPA BUSCA HOMENAGEAR DOIS GRANDES ARTISTAS, ROBERTO BURLE MARX E MARGARET MEE. ARTISTAS QUE BUSCARAM A OSTENTAÇÃO DE UM BRASIL EXTRAORDINÁRIO, ONDE, COMO DIZIA ROBERTO, A “NATUREZA SE MANISFESTA COM A VIOLÊNCIA QUE ELA TEM, DE BELEZA E DE RAZÃO DE EXISTÊNCIA.” PARA A CRIAÇÃO DA ESTAMPA FORAM UTILIZADAS PINTURAS DE BURLE MARX E ILUSTRAÇÕES DE MARGARET MEE. PARA FORTALECER ESSA PROPOSTA, FORAM UTILIZADAS AS TEXTURAS DAS PLANTAS EM SUAS DIVERSAS SUPERFÍCIES E TONALIDADES.

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Nicole Hugen

[email protected] do Sul | RS

SEMPRE-VIVASESTE TRABALHO FOI INSPIRADO NAS FLORES SEMPRE-VIVAS, POIS ESSAS FLORES TÊM UMA BELEZA MUITO SIMPLES E QUE DURA PRA SEMPRE. ESTAR NUM CAMPO FLORIDO DE SEMPRE-VIVAS FAZ LEMBRAR A LEVEZA DO VERÃO, O VENTO E O SOL AQUECENDO A NOSSA PELE, AO MESMO TEMPO EM QUE VEMOS A BELEZA DAS CORES DIVERSAS QUE ESSAS FLORES TRAZEM.

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Thais Akina Yoshitake

[email protected] | SP

FLORES SINGELASINSPIRADO NAS DIFERENTES CORES E FORMATOS DAS DIFERENTES ESPÉCIES DE FLORES, SEJAM COLORIDAS, EXÓTICAS, SIMBÓLICAS, SIMPLES... MAS QUE, QUANDO JUNTAS EM UM SIMPLES JARDIM OU EM MEIO À NATUREZA, CONSTITUEM O PADRÃO MAIS HARMÔNICO E DE MAIOR BELEZA, SINGELA.

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ARTIGO

REFLEXÕES SOBRE ODESIGN DE SUPERFÍCIEPor Marjorie Lemos Gubert

O Design de Superfície, em sua prática, desenvolve criativamente um conjunto de so-luções para o tratamento de superfícies sob aspectos objetivos: técnicos e funcionais inseri-dos num processo produtivo e mercadológico. E subjetivos: fundamentados numa proposta conceitual, que utiliza a linguagem visual e tá-til a partir dos elementos compositivos (como a cor, a forma, a textura e o ritmo), levando em consideração as questões culturais, psicológi-cas e sociais propondo um argumento estético à superfície.

A noção de repetição, no contexto do Design de Superfície, é o posicionamento do módulo nos dois sentidos, altura e largura, de forma contínua, sem originar cortes ou interrup-ções visuais no padrão gerado. Assim, o resulta-do final não está na construção do módulo, mas em uma composição bem-sucedida de sua repe-tição. A maneira pela qual um módulo vai se re-petir a intervalos constantes é chamado de siste-ma de repetição: repeat (em inglês), rapport (em francês). Esta definição é dada pelo designer e é parte integrante de sua criação, pois, varian-do o sistema, varia-se também o resultado final do padrão, inclusive a sua proposta conceitual e efeitos óticos (RÜTHSCHILLING, 2008). Ou seja, mesmo preservando o módulo, encaixes di-ferentes podem gerar resultados completamente diferentes. O princípio da padronagem é a pro-pagação do módulo.

No desenvolvimento de um projeto depa-ra-se muitas vezes com limitações no processo criativo ditadas pelo método produtivo: os re-

cursos tecnológicos, os softwares, as máquinas, os equipamentos, as características dos mate-riais, os substratos, os processos de impressão etc. Além disso, o processo criativo costuma se-guir um briefing atendendo as necessidades do público consumidor e as tendências do merca-do. Todos estes fatores devem estar presentes no momento da concepção das padronagens.

O conceito do projeto atribui significa-dos e estabelece as relações subjetivas que en-volvem os objetos de pesquisa. A construção do conceito no projeto de Design de Super-fície é dada pelo designer por meio de uma lógica criativa própria desenvolvida a partir do briefing, pela necessidade do cliente, do mercado, atendendo o perfil psicossocial do público destinado.

Os processos de produção dos diferentes produtos passam por uma adequação tecnológi-ca constante, tanto para atender os requisitos da sustentabilidade como para incorporar os novos materiais. A soma desses fatores contribui para a manifestação dessa estética visual contempo-rânea: os recortes a laser, a estamparia digital, personalizando os produtos, a impressão 3D sendo incorporada nos diferentes setores, as projeções criando efeitos óticos etc.

E precisa-se considerar também que as padronagens estão associadas às tendências su-geridas em seu tempo, considerando os aspec-tos culturais, sociológicos (tanto por quem cria quanto para quem se destina) e pelo complexo mercadológico em que o Design está envolvido: criação, tecnologia e consumo.

DESIGN DE SUPERFÍCIE É UMA ATIVIDADE CRIATIVA E TÉCNICA QUE SE OCUPA COM A CRIAÇÃO E DESEN-

VOLVIMENTO DE QUALIDADES ESTÉTICAS, FUNCIONAIS E ESTRUTURAIS, PROJETADAS ESPECIFICAMENTE

PARA CONSTITUIÇÃO E/OU TRATAMENTO DE SUPERFÍCIES, ADEQUADAS AO CONTEXTO SOCIOCULTURAL E

ÀS DIFERENTES NECESSIDADES E PROCESSOS PRODUTIVOS. (RÜTHSCHILLING, 2008).

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93PADRONAGEM X PADRÃO X TEXTURA X ESTAMPA

Existem alguns aspectos nos conceitos de padronagem, padrão, textura e estampa impor-tantes de se considerar. Observa-se que estes conceitos estão diretamente ligados, porém há diferenças. A padronagem é uma composição visual (imagem ou desenho) que possui como característica fundamental a clara recorrência ou repetição de formas e demais elementos gráficos projetados para a aplicação sobre superfícies de produtos de revestimentos. São provenientes de diferentes processos industriais: seja impressa, aplicada, recortada, projetada, estando sempre diretamente ligadas às características das super-fícies dos materiais utilizados.

LUPTON e PHILLIPS (2008) no capítulo denominado “Padronagem”, ao abordar a repe-tição dos elementos, utilizam padrão e padrona-gem como sinônimos:

Ela pode ser produzida manualmente, por máquinas ou códigos, mas é sempre resultado de uma repetição. Um exército de pontos pode ser

regulado por um grid geométrico rígido ou agrupado ao acaso ao longo de uma superfície seguindo marcas irregulares feitas à mão. Ele pode espalhar-se num véu contínuo ou concen-trar suas forças em áreas de menor intensidade. Em qualquer caso, entretanto, os padrões se-guem alguns princípios repetitivos, sejam eles editados por um grid mecânico, um algoritmo digital ou pelo ritmo físico da ferramenta de um artesão que trabalhe sobre a superfície (LUP-TON E PHILLIPS, 2008, p.187).

Entende-se que padrão e padronagem podem ser considerados sinônimos. Porém ob-serva-se que o termo padrão, como vocabulário usado pelos fornecedores de pisos laminados, em catálogos e materiais de divulgação, refere-se a revestimentos desenvolvidos com o pro-pósito de imitar a madeira, sem a preocupação de encaixar os módulos gerando o sutil ruído visual, característica única, natural, da madeira.

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CHING e BINGGELI (2006) consideram textura e padrão:

Elementos de projeto intimamente liga-dos. Padrão é o desenho decorativo ou a orna-mentação de uma superfície que é quase sem-pre baseado na repetição de um motivo – uma figura, forma ou cor recorrente em um desenho. A natureza repetitiva de um padrão frequente-mente dá uma qualidade têxtil à superfície or-namentada (CHING E BINGGELI, 2006, p. 110).

Para LUPTON e PHILLIPS (2008):A textura é o grão tátil das superfícies e

substâncias. [...] As texturas dos elementos de design correspondem igualmente à sua função visual. Exemplo: uma superfície elegante, de delicada padronagem, poderia adornar o in-terior ou o livreto de um SPA [..] (LUPTON E PHILLIPS, 2008 p. 53).

CHING e BINGGELI (2006) descrevem a textura como qualidade da superfície resul-tante de sua estrutura tridimensional, podendo ser tátil e ou visual. Sendo assim, entende-se que toda padronagem, conforme a escala, pode ser observada como texturas. Já textura não se-gue, necessariamente, os princípios de repeti-ção e continuidade.

Estampa é uma figura impressa em uma superfície. Estamparia ou estampagem é o ter-mo para definir o procedimento técnico.

Os revestimentos, como papéis, cerâmi-cas, vinílicos etc., também podem ser estam-pados, cada qual utilizando o processo de estamparia mais adequado. Os processos de estamparia são: carimbos, serigrafia (silk scre-en), transfer, sublimação e jato de tinta.

Desta forma, sabe-se que a padronagem pode ser estampada nos mais diferentes ma-teriais, incorporados às características dessa superfície.

A influência da tecnologia no tratamento dado às superfícies contribui para o momento histórico de maior inserção de padronagens nos interiores, desde a Modernidade. A presença da padronagem, além de inserir cor e forma ao ambiente ou ao objeto em si, agrega elementos de linguagem passíveis de interpretações mui-to particulares dos usuários, constituindo, as-sim, um recurso técnico importante no Design.

O mercado utiliza as padronagens como um diferencial, agregando valores conceituais aos produtos; muitas vezes, ainda, fazendo parte da estratégia de marketing dos fornece-dores ao “dialogar” com os consumidores por meio de sua comunicação visual, estabelecendo afinidade e estímulo ao desejo pelo produto.

Com o desenvolvimento de novas tecno-logias surgem constantemente novos materiais que permitem soluções estéticas e funcionais inovadoras para os revestimentos. A impressão digital em tecidos, em fórmicas etc., permite, cada vez mais, ao usuário e ao designer de inte-

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95riores contarem com padronagens personaliza-das e exclusivas. Esta demanda amplia e forta-lece as atividades que do Design de Superfície: escritórios de design, departamentos de criação nas indústrias, escolas de formação, equipa-mentos, materiais, softwares etc.

É importante o designer acompanhar e se manter atualizado sobre os processos de produção, dos recursos materiais, dos equipa-mentos e das técnicas, e acompanhar o que o mercado oferece e os trabalhos desenvolvidos nas diferentes áreas do Design.

Um estudo sobre a estética atual chama-do “Visualidades Contemporâneas” identifi-cou que há um repertório tecnológico gerando novas situações, combinações e oportunidades sendo inseridas constantemente na criação das padronagens. Este estudo observou 14 es-tratégias visuais recorrentes que aliam novos materiais e novas tecnologias às concepções criativas dos designers: Subtração/Recorte/Vazado, Clássicos Renovados, Fun, Antagonis-mo/Ambiguidades, Imagem Real/Colagem, Narrativa, Construção/Encaixe, Camadas/So-breposição, Sombra/Tatuagem, Objeto, Con-tinuidade, Relevo, Interatividade e Projeção. Observa-se que a estética visual contemporâ-nea tem tendência a misturar temas, contrapor, sugerir dualidade e indefinição, em que busca ampliar o leque das possibilidades subjetivas, procurando a participação do espectador num jogo de interpretações.

A estética visual

contemporânea tem

tendência a misturar temas,

contrapor, sugerir dualidade

e indefinição, em que

busca ampliar o leque de

possibilidades subjetivas

REFERÊNCIAS

CHING, Francis D.K.; BINGGELI, Corky. Arquitetura de Interiores Ilustrada. 2. ed. Porto Alegre : Bookman, 2006.

CHING, Francis D.K.; BINGGELI, Corky. Interior Design Illustrated. 2. ed. Hoboken, NJ : Jonh Wiley & Sons, 2005.

GUBERT, Marjorie Lemos. Design de Interiores: a padronagem como elemento compositivo no ambiente contemporâneo. 2011. Dissertação (Mestrado em Design) Universidade do Rio Grande do Sul.

LUPTON, Ellen; PHILLIPS, Jennifer Cole. Novos Fundamentos do Design. São Paulo : Cosac Naify, 2008

RÜTHSCHILLING, Evelise Anicet. Design de Superfície. Porto Alegre : Ed. da UFRGS, 2008

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97dápioDE VERÃOprofissional

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Jessica Schneider

[email protected] | SC

COCO VERDEO COCO É UMA FRUTA QUE APRESENTA AROMA CARACTERÍSTICO, SABOR DELICIOSO E SUTIL E É EXTREMAMENTE NUTRITIVA. NOS DIAS DE VERÃO NA PRAIA, O COCO VERDE SE FAZ PRESENTE, TRAZENDO-NOS SUA ÁGUA GELADINHA QUE REFRESCA E HIDRATA. É ESSA FRUTA MAJESTOSA O PRINCIPAL ELEMENTO DESTA ESTAMPA, RETRATADA COM FORMAS GEOMÉTRICAS QUE SIMBOLIZAM SUAS MIL FACETAS, BRINDANDO-NOS COM OS HORIZONTES DE COQUEIROS À BEIRA-MAR DE VERÃO.

1º LUGAR

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Denise Kramer Wichmann

[email protected] Hamburgo | RS

TAQUAREIRASOS MOVIMENTOS NATURAIS DAS LINHAS DO DESENHO BUSCAM NO OLHAR DO ESPECTADOR A FORMA ESCULTURAL DAS TAQUAREIRAS. A ESTABILIDADE DAS FORMAS EXPRESSA A COMPATIBILIDADE VISUAL E DESENVOLVE UMA COMPOSIÇÃO DOMINADA POR UMA ABORDAGEM TEMÁTICA UNIFORME E COERENTE.

2º LUGAR

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Andreia Faley

[email protected] Alegre | RS

LISTRADO DE VERÃOCORTAR E ESTICAR AS FRUTAS DE UM CARDÁPIO DE VERÃO. A ESTRATÉGIA FOI DEIXAR SOMENTE SEMENTES, POLPA E CASCA COM SUAS CORES CARACTERÍSTICAS DE MODO QUE, PESE A MODIFICAÇÃO DAS SUAS FORMAS, SEJA POSSÍVEL IDENTIFICAR OS INGREDIENTES DESSA SALADA DE FRUTAS QUE PODERIA ESPALHAR-SE POR QUILÔMETROS DE PRAIA.

3º LUGAR

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Ana Paula de Bustamante Sá Guerreiro

[email protected]ói| RJ

SABOR BRASILEIROPITANGA, FRUTA LEGITIMAMENTE BRASILEIRA. UMA HOMENAGEM À HISTÓRIA DA PITANGA NO PASSADO DO BRASIL E ÀS VARIAÇÕES DE CORES DA FRUTA E DAS FOLHAS , QUE SÃO MUITAS, DESDE O CHEIRO DE SUAS FLORES, PERFUMANDO AS CASAS, A SUA MADEIRA LISA E BONITA. ESTA PADRONAGEM DE ESTAMPA FOI CRIADA PENSANDO-SE EM MODA PRAIA, BIQUÍNI, SOL, BOLSAS... É UMA ESTAMPA CORRIDA, DESENHADA NO COREL DRAW, PODENDO VARIAR TODAS AS CORES.

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Ana Paula de Bustamante Sá Guerreiro

[email protected]ói| RJ

CARAMBOLASESTA ESTAMPA FOI DESENHADA NO COREL DRAW, PODENDO VARIAR AS CORES, É UMA ESTAMPA CORRIDA. É UMA FRUTA BEM EXÓTICA DE UM SABOR PRÓPRIO, DANDO ÁGUA NA BOCA. O DESEJO POR ESSA FRUTA NOS FAZ QUERER TÊ-LA POR PERTO E, POR ISSO, ATRAI ESSA PADRONAGEM. DESENVOLVIDA PENSANDO EM MODA PRAIA, PARA BIQUÍNIS, SANDÁLIAS, BOLSAS, VISEIRAS...

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Ine Nakamura

[email protected]ão Paulo | SP

GOIABA E MELANCIAESTA ESTAMPA FOI INSPIRADA EM DUAS FRUTAS MUITO POPULARES NO BRASIL. A GOIABA, COM SEU SABOR MARCANTE, É RICA EM FIBRAS, TEM ALTO VALOR NUTRITIVO E É POUCO CALÓRICA. A MELANCIA TEM ALTO PODER DE HIDRATAÇÃO E É FONTE DE VITAMINAS E SAIS MINERAIS. ESSAS FRUTAS NOS PROPORCIONAM SAÚDE E BEM-ESTAR E NOS ALEGRAM NO VERÃO COM SUAS BELAS CORES. OS MOTIVOS FORAM CRIADOS EM AQUARELA E POSTERIORMENTE DIGITALIZADOS PARA COMPOSIÇÃO.

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Juliana Tang

[email protected] | SC

POLPA DE MARACUJÁA INSPIRAÇÃO PARA A CRIAÇÃO DESTA ESTAMPA, QUE FOI PRODUZIDA À MÃO COM AQUARELA, VEIO DA POLPA DA FRUTA DE MARACUJÁ, QUE É UM FRUTO TÍPICO DE PAÍSES COM CLIMA TROPICAIS COMO O BRASIL. SUA POLPA É MUITO UTILIZADA NA GASTRONOMIA, PARA SUCOS E SOBREMESAS.

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Juliane Biz das Neves

[email protected]ópolis | SC

MANGA ROSALEMBRO SEMPRE DE ME LAMBUZAR COMENDO MANGA NO QUINTAL DA CASA DE MINHA AVÓ NO VERÃO. É UM MOMENTO EM QUE PEGAR A FRUTA COM AS MÃOS E DAR AQUELA MORDIDA É TOTALMENTE PERMITIDO! PARA A ESTAMPA, CRIEI O MOTIVO PINTANDO COM AQUARELA, EM UMA ESTÉTICA BEM SIMPLES. NA COMPOSIÇÃO QUIS ALTERAR AS CORES PARA TRAZER UM POUQUINHO DOS TONS DA CASCA DA FRUTA: O ROSADO, O ALARANJADO E O AMARELO. O AZUL TURQUESA NO FUNDO COMPLETA TODA A NOSTALGIA DA INSPIRAÇÃO.

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Renata Ribeiro

[email protected]ão Paulo | SP

TODA FEIRA TEM O SEU FIMQUER REPRESENTAR O FINAL DE UMA FEIRA LIVRE, ONDE MUITOS RESTOS DE FRUTAS ESPALHAM-SE PELO CHÃO. FOLHAS DAS ÁRVORES E FORMIGAS FAZEM PARTE DESTE CONTEXTO. APESAR DE SER UM MOMENTO QUE DEMONSTRA O FIM... DE FRUTAS “PODRES” E LIXO NO CHÃO, A INTENÇÃO FOI MOSTRAR UM NOVO OLHAR, UMA VISÃO MAIS ALEGRE E DESCONTRAÍDA DESTE CENÁRIO COTIDIANO DO BRASILEIRO.

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Rodrigo Bombarda Agostinho

[email protected]ão Paulo | SP

LAUREÁCEA TROPICALA ESTAMPA “LAUREÁCEA TROPICAL” APODERA-SE DA BELEZA DO ABACATE, FRUTA TIPICAMENTE BRASILEIRA, PARA CRIAR ATRAVÉS DA REPETIÇÃO ORDENADA UMA COMPOSIÇÃO GEOMÉTRICA REFRESCANTE E SUCULENTA QUE, UNIDA A FOLHAS E FOLHAGENS, CRIA UM CLIMA TROPICAL, COMO PEDE O VERÃO. O NOME LAUREÁCEAS REPRESENTA UMA FAMÍLIA BOTÂNICA COM DISTRIBUIÇÃO TROPICAL E SUBTROPICAL DA QUAL O ABACATE É O PRINCIPAL REPRESENTANTE.

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Walter Spina

[email protected] | SP

VIDA DA GOIABEIRAA ESTAMPA REPRESENTA AS CORES E A VIDA NA GOIABEIRA. É COMPOSTA PELAS FOLHAS E FRUTOS DA ÁRVORE, ASSIM COMO PELOS PÁSSAROS QUE BUSCAM NELA ABRIGO E ALIMENTO. É O SABOR DE UM VERÃO BEM BRASILEIRO. TÉCNICA: NANQUIM E AQUARELA. DESENHO MANUAL. MANIPULAÇÃO NO PHOTOSHOP. RAPPORT 64X64CM – IMPRESSÃO DIGITAL.

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Ana Carla Batista Corrêa

[email protected]ópolis | SC

BANANALA ESTAMPA FOI INSPIRADA PELOS BANANAIS, ASSIM COMO O AGLOMERADO DE BANANAS EM FEIRAS. A FRUTA COMO ELEMENTO TROPICAL, UM DOS ALIMENTOS BASE DA ALIMENTAÇÃO DE MUITOS PAÍSES. SUA COR FORTE E VIBRANTE É O QUE A LIGA COMO UMA DAS PRINCIPAIS FRUTAS DO VERÃO.

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ARTIGO

UM PANORAMA DAS PREMIAÇÕES DE DESIGN NO BRASILPor Auresnede Pires Stephan (professor Eddy)

Premiações, concursos e concorrências têm sido frequentes nas áreas de Arquitetura e Artes Visuais. Nos últimos 50 anos, aproxima-damente, envolvem também os segmentos de Design Visual, de Produto, Digital e Ambiental. Alguns são de caráter regional, outros de cunho estadual, e um número expressivo de abrangên-cia nacional e internacional. Atualmente, são promovidos e/ou patrocinados por:

1. Órgãos oficiais, como o tradicional prêmio de Design do Museu da Casa Brasilei-ra, que em 2014 atinge a edição de número 28, portanto, o mais longevo do setor, considerado uma referência nacional e que tem o patrocí-nio da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo. Entre suas categorias estão os segmen-tos moveleiro, iluminação, transportes, têxtil, utilidades domésticas, eletroeletrônicos, equi-pamentos para construção, além do prêmio de trabalhos escritos, que envolve publicações já editadas no setor e projetos de pesquisa desen-volvidos nos cursos de pós-graduação (mestra-do e doutorado). O museu realiza também um concurso para a escolha do cartaz que divulga e promove o evento.

2. Promotoras de feiras setoriais, entre elas a Grafite Feiras, que nestes últimos 20 anos promove o Prêmio House Gift Fair de Design, a Movelsul e a Casa Brasil, em Bento Gonçalves, no sul do país, com foco no segmento movelei-ro; a Abilux, que na tradicional feira de Ilumina-ção incentiva e promove o segmento por meio de uma premiação; a Francal, que promove seu tradicional prêmio para o segmento de calçados e acessórios. Estas empresas e instituições reali-zam suas premiações com o intuito de alavancar a criatividade das empresas e dos profissionais, ao mesmo tempo em que atraem o público e os empresários que visitam as feiras. Considera-

mos que é uma forma de educar o público para a “cultura do design”.

3. Empresas multinacionais, como a Volkswagen, a Ford e a Eletrolux, que se utili-zam de prêmios para oferecer estágios, sendo que o concurso é utilizado como um processo seletivo de ingresso aos seus quadros de profissionais.

4. Instituições como o Centro Brasileiro de Design do Paraná, que promove o IF Internacio-nal, possibilitando que profissionais e empresas tenham seus produtos selecionados e premia-dos na Alemanha e ganhem repercussão mun-dial; a Objeto Brasil, que oferece o prêmio IDEA e promove os ganhadores em todo o território nacional por meio de mostras e exposições, e posteriormente permite que sejam avaliados nos Estados Unidos, possibilitando assim uma visibilidade também no território norte-ameri-cano.

5. Entidades como o Sebrae-MG, que in-centiva profissionais e estudantes de Minas e de todo o Brasil; Prêmio Bornancin, do Rio Grande do Sul, que estimula e promove a criatividade das empresas e dos estudantes daquele estado.

6. Empresas como a Tok&Stok, que há 10 anos promove jovens estudantes com seu prêmio de Design Universitário; Grupo Alcoa, que incentiva profissionais e acadêmicos tendo como mote o uso do alumínio, material no qual é especialista; Anglo Golden Ashanti, minera-dora instalada em Minas Gerais, que premia no âmbito da joalheria, com projetos que devem utilizar o ouro como matéria-prima; Odebrecht, Braskem e Tramontina, com prêmios para o seg-mento do plástico.

7. Associações como a ABRE (Associação Brasileira de Embalagens), com prêmios no âm-bito da embalagem.

8. Revistas como a Embanews e a Embala-

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gem Marca, especializadas no setor de embala-gens e que promovem anualmente suas seleções de produtos inovadores.

9. Iniciativas como a Mostra dos Jovens Designers, que ocorre bienalmente, patrocinada pela Fiat em 2013 e pela Deca em 2015.

Esta é uma pequena amostra, entre muitas outras iniciativas menos conhecidas ou esporá-dicas. Claro está que são muitas as oportunida-des para estudantes, profissionais e empresas darem visibilidade a suas criações, nas mais di-versas áreas do setor criativo.

E nesse amplo universo, o segmento do design de estamparia têxtil, um dos ramos do design de superfície, tem sido pouco focado nos últimos anos, ficando distantes no tempo iniciativas pioneiras nos anos 1960, como a Fe-nit, e de algumas empresas do setor em déca-das subsequentes.

Agora o Prêmio Estampa Brasil, com apoio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura – Ministé-rio da Cultura e patrocínio da Renner vem pro-curando preencher essa lacuna com uma pre-miação de caráter nacional bem sucedida, tanto no aspecto quantitativo quanto no qualitativo. Trazendo visões apaixonadas e questionadoras, o prêmio começa a escrever uma nova história do design têxtil em nosso país. Tal prêmio ofe-rece complexidade em sua organização, pois gerencia as expectativas de todos os envolvidos e procura estabelecer critérios objetivos para as avaliações, ouvindo profissionais e estudantes do setor. A intenção é, nos próximos anos, ino-var ainda mais, avaliando os resultados obtidos em 2013 e 2104 e aprimorar todo o processo.

As duas primeiras edições foram um im-portante ensaio para uma iniciativa que vai se consolidar e será uma referência no segmento têxtil. Pioneira no século XXI ela já é.

Claro está que são muitas

as oportunidades para

estudantes, profissionais

e empresas darem

visibilidade a suas criações,

em diversas áreas

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125dápioDE VERÃOestudante

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Marianne Alves Pimentel

[email protected] | CE

PITANGA, A AQUARELA DO BRASILCOM SUAS VARIAÇÕES DE CORES, DO VERMELHO INTENSO AO ROXO, A PITANGA ME TRAZ UM SABOR DE QUERO MAIS. SUA FRUTESCÊNCIA É NO VERÃO, FRUTA ODALISCA SOLAR. SUAS DELICADAS FLORES E SUA TEXTURA ME LEVARAM PARA ESTA IMAGEM QUE REMETE A UMA AQUARELA TROPICAL.

1º LUGAR

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Isadora de O Martinez Paulino

[email protected]ão Paulo | SP

KIWI KIWIA ESTAMPA FOI FEITA PENSANDO-SE EM UMAFRUTA REFRESCANTE NO VERÃO: O KIWI. A NUANCE DE VERDES QUE A COMPÕE, JUNTO AO BRILHO MOLHADO QUE TRAZ EM SUA POLPA, FORAM TRADUZIDOS NA HARMONIA DE CORES. SUA POLPA ESTRELADA COM SEMENTES CONTRASTANTES INSPIRARAM AS FORMAS DO DESENHO.

2º LUGAR

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Thaise Daria Rocha Farias

[email protected]ém | PA

É DE FEIRAO CONCEITO UTILIZADO PARA A EXECUÇÃO DA ESTAMPA PARTE DA REALIDADE DE QUE O MEU CARDÁPIO DE VERÃO É FEITO NA FEIRA. AS DIVERSAS CORES, FORMAS, TEXTURAS RESULTANTES DAS FRUTAS ESCOLHIDAS PARA A CONFECÇÃO DA ESTAMPA ACABOU DANDO UM AR DIVERTIDO, MULTICOLORIDO E QUE REFLETE O HUMOR ESPONTÂNEO E O LADO BOM DO JEITINHO E VERÃO BRASILEIRO.

3º LUGAR

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CRISTINA TEIXEIRA RIBEIRO

[email protected]ão Paulo | SP

PICOLÉ TROPICALESTAMPA INSPIRADA NO CARDÁPIO BRASILEIRO DE VERÃO, NAS FORMAS E CORES DOS PICOLÉS DE FRUTA DA ESTAÇÃO, BEM COMO NA SENSAÇÃO GOSTOSA DE SE REFRESCAR COM ESSES SORVETES NOS DIAS QUENTES DO VERÃO BRASILEIRO, SEJA NA PRAIA, NA CIDADE, NO CAMPO OU EM QUALQUER OUTRO LUGAR.

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Jean Carlos Smekatz

[email protected] | SC

SABOR DE VERÃONA ESTAÇÃO MAIS QUENTE DO ANO, PEDEM-SE SUCOS E FRUTAS BEM GELADINHOS PARA REFRESCAR O CALOR DE UM PAÍS TROPICAL QUE É O BRASIL. AS CORES ESCOLHIDAS FORAM AS FRIAS, CRIANDO UM CONTRASTE COM O AMBIENTE E AS ALTAS TEMPERATURAS. A FRUTA É A MELHOR ESCOLHA PARA REFRESCAR E CURTIR O VERÃO.

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Letícia Gonçalves dos Santos

[email protected] | PR

COR DE FRUTAIMPOSSÍVEL SE PENSAR EM UM CARDÁPIO DE VERÃO SEM O SABOR, A LEVEZA E O FRESCOR DAS FRUTAS. A INSPIRAÇÃO DESTE TRABALHO FOI A DIVERSIDADE E O COLORIDO DE FRUTAS TÍPICAS BRASILEIRAS. EM SUAS VÁRIAS FORMAS E COM CORES QUE REFLETEM A ENERGIA, O ENTUSIASMO, A DESCONTRAÇÃO, O CALOR E A REFRESCÂNCIA DO VERÃO.

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Luanne Cardoso Bezerra

[email protected]ão Paulo | SP

REFRESHESTAMPA DESENVOLVIDA EM RAPPORT, COM INSPIRAÇÃO NAS FRUTAS TROPICAIS, PORÉM EM FORMATO DE PICOLÉ, QUE É UM PRODUTO MUITO DESEJADO NO VERÃO. ALÉM DE REFRESCAR, POSSUI UMA DIVERSIDADE DE SABORES PARA CADA GOSTO PARTICULAR, FAZENDO A ALEGRIA DE QUEM ADORA UMA PRAIA. TAMBÉM FORAM USADAS CORES VIBRANTES QUE REMETEM AO VERÃO.

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Maria Lucia Micheletto

[email protected] | SP

LORAA ESTAMPA LORA, DESENVOLVIDA COM A TÉCNICA RAPPORT, É BASEADA NO DESENHO DE FRUTAS COMO LARANJA E LIMÃO E NAS CORES QUENTES E ALEGRES, ASSIM COMO O VERÃO BRASILEIRO. SUA ESTRUTURA FOI DESENVOLVIDA A PARTIR DE CARACTERÍSTICAS DA RENDA E DA TÍPICA BRINCADEIRA DE CRIANÇA DE DOBRAR UM PEDAÇO DE PAPEL DIVERSAS VEZES, CORTÁ-LO EM CERTOS PONTOS E, AO ABRIR, PERCEBER QUE OS CORTES SE REPLICAM, FORMANDO UMA ESTRUTURA RADIALMENTE REPETITIVA.

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Marina Hor-Meyll

[email protected] de Janeiro | RJ

VEM QUENTE QUE EU TÔ FERVENDOESTAMPA QUE BRINCA COM O TEMPERO MENOS UTILIZADO DURANTE O VERÃO, MAS QUE PODE CAUSAR A MESMA SENSAÇÃO DE CALOR. O COLORIDO DAS PIMENTAS REMETE ÀS CORES E ALEGRIAS DO VERÃO, PERDENDO O AR DE SENSUALIDADE E DANDO LUGAR À DIVERSÃO, EMPOLGAÇÃO E DESCONTRAÇÃO.

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Nahira Brigagão Salgado

[email protected]ília | DF

PINK LEMONADEÉ UMA BEBIDA, É COLORIDA, SE COLOCAR FRAMBOESA CONGELADA FICA SUPER REFRESCANTE. VERÃO LEMBRA CALOR, E ISSO É UNIVERSAL. BEBIDAS E COMIDINHAS À BASE DE FRUTAS SÃO SEMPRE UMA BOA OPÇÃO. PINK LEMONADE É UM TOQUE ESPECIAL NA TRADICIONAL LIMONADA REFRESCANTE.

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Luana Soares Martins

[email protected]ói | RJ

BAIANA PREPARANDO PAMONHAA ESTAMPA BAIANA PREPARANDO PAMONHA É UMA FORMA DE HOMENAGEM ÀS COZINHEIRAS BAIANAS, SENDO QUE, DE TÃO FAMOSAS POR EMPRESTAREM O CALOR DA SUA PERSONALIDADE PARA OS SEUS QUITUTES, É POSSÍVEL SENTIR O AROMA DE UMA PAMONHA QUENTINHA FEITA POR ELAS USANDO APENAS ALGUNS TRAÇOS.

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Nina Alves Pinto Amarante

[email protected] DE JANEIRO | RJ

BOMBACAXIUMA ESTAMPA FEITA DE ABACAXIS, QUE MAIS PARECEM PEQUENAS GRANADAS. MAS NÃO POR SEREM PERIGOSOS, E SIM, MISTERIOSOS. SEU SABOR É PROTEGIDO POR SERRAS E ESPINHOS, PODENDO SER AZEDO OU BEM DOCINHO! EM UM VERÃO COMO O NOSSO, NÃO HÁ NADA MELHOR DO QUE UMA BOA EXPLOSÃO DE BOMBACAXIS!

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ARTIGO

Para uma estampa ser original, mais do que a referência em si, importa é o modo como ela será trabalhada

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FOTOGRAFIA COMO REFERÊNCIA E FONTE DE INSPIRAÇÃOPor Wagner Campelo

Acredito que todo designer de estampas necessite de boas referências e fontes de ins-piração a fim de obter um resultado estético apropriado às solicitações dos clientes, ou mes-mo no caso de um projeto pessoal. Esse ponto de partida através do qual o processo criativo se inicia direciona o pensamento e tende a fazer com que a atividade aconteça de forma orga-nizada. Há quem diga que essa mesma “mola propulsora” a partir da qual as ideias surgem também pode aprisionar e engessar a liber-dade criativa. Mas, na vida real, no trato com clientes e exigências do mercado, não há como escapar de um briefing contendo tendências e temáticas, cartelas de cores, diretrizes e restri-ções que precisam ser consideradas. De minha parte, prefiro encarar essa situação – em tese, limitante – como um desafio: ter de ser original e ao mesmo tempo seguir “regras” que qua-se nunca podem ser transgredidas é algo que sempre me estimula.

Ainda que, para mim, a inspiração pos-sa vir de qualquer parte, admito que cada vez mais venho utilizando fotos feitas por mim mesmo como referência e fonte de inspiração no desenvolvimento das minhas estampas. Porém, o uso da fotografia não me limita em termos criativos e em relação aos resultados que pretendo obter, pois posso explorar essas imagens de diferentes maneiras. Assim, as fo-tos podem ser usadas diretamente (manipu-ladas no Photoshop) ou servirem como base para vetorização, redesenho, estilização... As alternativas são praticamente infinitas, sobre-tudo quando duas ou mais possibilidades são combinadas.

Com o objetivo de realizar um trabalho sempre original, é importante que todo desig-

ner considere a criação de um banco de ima-gens particular, contendo referências diversas (vegetais, animais, texturas, objetos, detalhes urbanos etc.) que poderão ser utilizadas de di-ferentes formas em projetos distintos. A van-tagem deste tipo de banco de imagens pessoal é que, além de não ser necessário se preocu-par com direitos autorais, a própria concepção estética do designer também será parte inte-grante da foto.

Deste modo, é relevante que as imagens tenham sempre que possível ótima resolução e qualidade em termos fotográficos (enquadra-mento, foco, nitidez etc.), principalmente se as fotos forem exploradas de forma direta na composição da estampa: recortadas ou utili-zadas como fundo, por exemplo. Mas mesmo imagens com “problemas técnicos” podem ser aproveitadas de modo indireto, servindo ape-nas como recurso para resultados mais livres, como no caso do desenho de observação ou do redesenho na mesa de luz.

Não é imprescindível possuir equipa-mento profissional para criar um banco de imagens autoral adequado. É fato que quan-to melhor for a capacidade da máquina, me-lhores poderão ser as imagens capturadas; entretanto, dependendo de como a foto será explorada, mesmo as câmeras mais básicas poderão ser utilizadas de maneira bastante satisfatória, surpreendente até. Uma imagem de qualidade superior a ser usada como refe-rência nem sempre é garantia de um resulta-do excelente. Quase sempre o que realmente importa na elaboração de uma estampa origi-nal não é tanto a referência em si, mas de que modo ela será trabalhada a fim de se alcançar o objetivo desejado.

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Chames Augusta Pianca

[email protected] Alegre | RS

JUJUA ESTAMPA ORIGINOU-SE DE UMA PUBLICIDADE EM QUE ALGUNS GUARDA-SÓIS, ENTRE OUTROS OBJETOS, ESTÃO DISPOSTOS. NA DÉCADA DE 20, UMA TEZ BRONZEADA SUBSTITUIU A PELE CLARA E O GUARDA-SOL FOI RELEGADO; PORÉM, HOJE, COM MAIOR CONSCIENTIZAÇÃO, ELE SE TORNOU UM ÓTIMO PROTETOR. NAS AREIAS, ESTÃO DISTRIBUÍDOS TÃO PRÓXIMOS UNS DOS OUTROS QUE PARECEM UNIDOS POR UMA CORRENTE DE CONFEITOS.

1º LUGAR

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Valéria Boelter

[email protected] Maria | RS

MARACA!!!ESTA ESTAMPA FOI INSPIRADA NA EMOÇÃO DOS GRANDES JOGOS DO MARACA. O ESTÁDIO JORNALISTA MÁRIO FILHO, MAIS CONHECIDO COMO MARACANÃ, É TAMBÉM CHAMADO POPULARMENTE DE MARACA QUE EM TUPI-GUARANI SIGNIFICA “SEMELHANTE A UM CHOCALHO” REFERINDO-SE AO SOM DOS PÁSSAROS QUE VIVIAM ANTERIORMENTE NAQUELE LOCAL. UM GRITO DE GOL ESTAMPANDO ALEGRIA NESTE JOGO DE CORES E FORMAS! ILUSTRAÇÃO DIGITAL INSPIRADA EM IMAGENS DE JOGOS.

2º LUGAR

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Henrique Reis de Paula

[email protected] Horizonte | MG

O VOO É LIVREO BALANÇO DA REDE, O VOO DA ASA. PELA SIMPLICIDADE DAS COISAS, POR SONHOS FANTASIOSOS E ABRAÇOS ENTRELAÇADOS. POR MOMENTOS SUSPENSOS, AVENTURAS FRESCAS E DOCES COMPANHIAS. POR DIAS MAIS TRANQUILOS E DE SENSIBILIDADES INTENSAS COMO O VERÃO. ESTAMPA DIGITAL INSPIRADA NA SERENIDADE E NAS POSSIBILIDADES DE VOAR.

3º LUGAR

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Alexandre Muner

[email protected] de Janeiro | RJ

PESSOAS, MOVIMENTOS E VERÃO NO PATTERNO CONCEITO NASCEU PENSADO NA MULTIPLICIDADE DE PESSOAS QUE EXISTEM NESTE NOSSO PAÍS. A ESTAÇÃO DO VERÃO POSSIBILITA ILUSTRAR COM ALEGRIA A MENSAGEM SOBRE AS DIFERENÇAS, OS ESTILOS E, IMPLICITAMENTE, OS MOVIMENTOS, OS GOSTOS, A DIVERSÃO, O LAZER E OS ESPORTES QUE ESSAS PESSOAS CURTEM.

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Claudia El-moor

[email protected]ília | DF

AVIÃOZINHO DE PAPELO VERÃO NOS TRAZ A LEMBRANÇA DAS FÉRIAS ESCOLARES E DE SUAS BRINCADEIRAS INFANTIS. O AVIÃOZINHO DE PAPEL É UMA DESSAS BRINCADEIRAS, TÍPICA DOS DIAS QUENTES E COLORIDOS. NA ESTAMPA, EU QUIS REPRODUZIR O MOVIMENTO DO AVIÃOZINHO NO AR E MOSTRAR A SOMBRA QUE FAZ AO VOAR SOB O SOL. AS CORES ESCOLHIDAS — AZUL, AMARELO, ROSA E VERDE — SÃO VIBRANTES, PERFEITAS PARA UMA COLEÇÃO INFANTIL.

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Maria Adelia Pessoa Collier

[email protected] | PE

ONDAS DE GAIVOTASESTA ESTAMPA APRESENTA UMA COMPOSIÇÃO DE GAIVOTAS EM BANDO NUM BELÍSSIMO MOVIMENTO DE ONDAS APRESENTADO EM 3 CORES, 2 TONS DE AZUL DANDO PROFUNDIDADE E UM FUNDO UNIFORME LARANJA. O JOGO DE EFEITOS DÁ LEVEZA E FLUIDEZ À ESTAMPA, APRESENTADA PARA USO NOS DIFERENTES TIPOS DE IMPRESSÃO E TECIDOS.

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Mariana Prestes e Denise Carrión

[email protected] | [email protected] Alegre | RS

RUÍDOS DO MARA ESPUMA NO TOPO DAS ONDAS AVANÇA NA PRAIA DE COPACABANA E FUNDE O SEU PERCURSO AO DESENHO COM AS PEDRAS PORTUGUESAS DA CALÇADA ICÔNICA. ESSE ENTORNO DO MAR REPRESENTA O VERÃO BRASILEIRO E O MOVIMENTO DE SUAS PRAIAS. O COLORIDO COMEÇA NA TRANSPARÊNCIA DA ÁGUA E TRAZ À TONA A COR DO MAR PROFUNDO. A IMAGEM É RESULTADO DAS TÉCNICAS DE AQUARELA E FOTOGRAFIA.

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Renan Vermelho Serafini

[email protected] de Janeiro | RJ

EMBAIXO DO GUARDA-SOLO MELHOR MOVIMENTO DO VERÃO – NO BRASIL – ACONTECE NA REGIÃO PREFERIDA DOS BRASILEIROS: A PRAIA. MESMO AQUELES QUE SÓ VÃO NA PRAIA DOURAR A PELE PRECISAM DE UM GUARDA-SOL. RESOLVI RETRATAR UM ELEMENTO POUCO UTILIZADO, MAS COM A ESTÉTICA QUE PROPORCIONA GRANDE MOVIMENTO À ESTAMPA.

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171PRAIA CHEIAQUANDO VAMOS A PRAIA E NÃO TEM LUGAR PARA TOMAR UM SOL. VERÃO NAS PRINCIPAIS PRAIAS BRASILEIRAS É ASSIM. TODOS QUERENDO BUSCAR O SEU LUGAR AO SOL. A ESTAMPA RETRATA A VISÃO AÉREA DE UMA PRAIA LOTADA. DEIXANDO SUBTENDIDO TUDO QUE ACONTECE POR BAIXO DESSE MAR DE GUARDA-SÓIS: MOMENTOS DE LAZER, ATLETAS DE FIM DE SEMANA E MUITA DIVERSÃO.

Renan Vermelho Serafini

[email protected] de Janeiro | RJ

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Renata Ribeiro

[email protected]ão Paulo | SP

A SINTONIA DOS CAIAQUESA SINTONIA DOS CAIAQUES É O ESPORTE NO OCEANO. A MANEIRA COMO FOI FEITO O DESENHO FOI PROPOSITAL PARA SINTETIZAR E REPRESENTAR A CENA DE UMA FORMA DIFERENTE. SÃO CAIAQUES EM MOVIMENTO EM UMA ÚNICA DIREÇÃO. A SINTONIA DELES É DEMONSTRADA PELOS REMOS, CORAÇÕES E DETALHES DA ÁGUA EM MOVIMENTO (AO FUNDO DA ESTAMPA).

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SamiraTroncoso

[email protected]ão Leopoldo | RS

AS BICICLETASA ESTAMPA AS BICICLETAS REPRESENTA A INFÂNCIA DE MUITOS BRASILEIROS QUE SONHAM EM GANHAR ESSE VEÍCULO DE DUAS RODAS, SEM DISTINÇÃO DE CLASSE SOCIAL. TODAS AS CRIANÇAS AMAM BICICLETAS. O DESENHO FOI FEITO COM GIZ PASTEL OLEOSO, COM GESTOS RÁPIDOS DE OBSERVAÇÃO E, EM SEGUIDA, DIGITALIZADOS E REBATIDOS EM ESCALA DE TAMANHOS E CORES.

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Thainá Custódio Gaieski

[email protected] Alegre | RS

GUARDA-SÓISNO VERÃO AS PRAIAS FICAM LOTADAS E CHEIAS DE GUARDA-SÓIS, DAS MAIS DIFERENTES CORES. PARA A COMPOSIÇÃO DESTA ESTAMPA, FOI ESCOLHIDA UMA PALETA DE CORES QUE SE REPETIU EM TODAS AS FORMAS, AS QUAIS FORAM ROTACIONADAS PARA TRANSMITIR A SENSAÇÃO DE MOVIMENTO.

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ARTIGO

MODA, IDENTIDADE, SINGULARIDADEPor Mayume Hausen Mizoguchi

Não é novidade para ninguém: o vestuá-rio carrega significados muito fortes. Desde a pré-história, quando o ato de vestir-se não pas-sava de necessidade elementar, a roupa – ou os trapos – já significava algo além: mensagens indiretas, representações das escalas de poder, o lugar de cada indivíduo em uma sociedade ainda rústica.

Os séculos passaram, a moda assumiu seu caráter mais conceitual do que funcional e consolidou sua relevância na comunicação e na expressão pessoais. Passamos a escolher nossas roupas conforme preferências e gostos, adqui-rindo peças que, muito mais do que nos vesti-rem, dão recados, representam nossas caracte-rísticas, nosso jeito de pensar. A roupa funciona como símbolo, carregando expressão e conteú-do e é preciso que o indivíduo tenha afinidade e desejo pelos produtos que escolhe.

Certamente, uma das coisas que mais in-fluencia essa escolha é a estampa. Isso porque uma estampa é, muitas vezes, o que dá vida e singularidade à peça. O que antes era uma tela em branco passa a ter desenho, cor e identida-de; ampliam-se os seus significados. Com um simples exercício, é fácil entender o papel que essa tela, agora preenchida, tem. Imagine-se em um supermercado, passando por corredo-res e gôndolas, em meio a dezenas de ofertas e promoções. Imagine que todos esses produtos são exatamente iguais, com a mesma forma, com a mesma embalagem... Depois de percor-rer dois ou três corredores nesse mar de mes-mices, você finalmente avista um produto com outra forma, com uma embalagem diferente. Plim! Com certeza, é o produto que chamará sua atenção.

É assim que vamos traçando o nosso esti-lo. Optando por essa ou aquela peça, definimos os recados que queremos dar ao mundo. Não

há como negar que moda é, sim, parte da cul-tura, sendo responsável por representar ideias, pensamentos, por definir grupos e tribos, que se criam justamente amparados nessas diferenças. Porque é ao se diferenciar que mostramos quem somos. Como bem define Boaventura de Sousa Santos, “temos o direito de ser iguais sempre que a diferença nos inferioriza; temos o direito de ser diferentes sempre que a igualdade nos descaracteriza”.

Quando falamos de design de superfície aplicado à área têxtil, sentimos literalmente na pele o poder distintivo de uma estampa. Uma mesma peça, um mesmo tecido, uma mesma modelagem, pode se transformar em algo com-pletamente diferente através de um desenho de estamparia. A cor, a padronagem, a textura, os motivos... Cada elemento da estampa represen-ta, de alguma forma, algo para quem a usa ou para quem simplesmente a vê. Através desse múltiplo jogo de possibilidades, podemos esco-lher o personagem da vez – ou o de sempre: o romântico, o vibrante, o elegante, o minimalista, o alternativo, o rebelde.

A massificação das tendências, o ritmo alucinante com que a informação de moda cir-cula nos nossos tempos, fazem com que, de forma cada vez menos piedosa, nosso trabalho dure pouco. Muito pouco. A moda do presente é a moda do passado em um piscar de olhos. E é nesse contexto que se sublinha a importância de produzirmos sempre algo diferenciado (ainda mais), novo e menos efêmero, de forma que o produto tenha uma identidade visual e concei-tual com força suficiente para, como no exemplo das gôndolas do supermercado, distinguir-se.

Mais do que nunca, esse é o grande desa-fio da estamparia: ser o elemento chave de di-ferenciação em um mercado em que é cada vez mais fácil ser igual.

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O grande desafio da estamparia é ser o elemento de diferenciação em um mercado cada vez mais igual

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Lisete deCarvalho

[email protected]ão Paulo | SP

GEOMETRIA DO MOVIMENTOAS TARDES DE VERÃO NA PRAIA SÃO SEMPRE ACOMPANHADAS DE PARTIDAS DE FRESCOBOL. O MOVIMENTO DOS CORPOS, O VAI E VEM DA BOLINHA, O FLUIR DAS ONDAS DO MAR, O SOL NO SEU PERCURSO TRADUZEM A MAGIA DA PRAIA, O MANIFESTO DO VERÃO NO NOSSO PAÍS DE LITORAL EXUBERANTE.

1º LUGAR

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Liana Schantz Santana de Faveri

[email protected] Alegre | RS

SUNNY DREAM ESTAMPA EM RAPPORT, UTILIZANDO ILUSTRAÇÕES EM AQUARELA DE GUARDA-SOL E MENINAS TOMANDO SOL, APLICADA SOBRE VETOR EM FORMATO DE CHEVRON NA COR AZUL CLARO. ESTE TRABALHO FOI INSPIRADO NAS MENINAS APAIXONADAS PELO SOL E QUE TÊM COMO LAZER PREFERIDO CURTIR UM DIA ENSOLARADO NA BEIRA DA PRAIA.

2º LUGAR

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Fernanda Sayuri Kikuchi

[email protected]ão Paulo | SP

PASSEIO DE BICICLETAA ESTAMPA APRESENTA UM PASSEIO AGRADÁVEL DE BICICLETA EM DIA DE VERÃO. O HORIZONTE EM MOVIMENTO DEMARCA O FUNDO DO ÍCONE SOBRE O QUAL AS RODAS, OS EIXOS, AROS E BANCO SE MOVEM. A BICICLETA É A INTERFACE NA QUAL O SER HUMANO INTERAGE E INCORPORA O COTIDIANO DE VERÃO.

3º LUGAR

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Aline do Carmo Duarte

[email protected] | MG

BARQUINHOTRABALHO FEITO NO PROGRAMA ADOBE ILLUSTRATOR POR MEIO DE VETORIZAÇÃO. A ESTAMPA COM RAPPORT FOI CONSTRUÍDA NA CAMADA DE AMOSTRA DO PROGRAMA, E UTILIZEI DE SOBREPOSIÇÃO DE IMAGENS COM TRANSPARÊNCIA EM UMA DELAS. A INSPIRAÇÃO VEIO DAS PRAIAS BRASILEIRAS, POIS O BARCO É UM OBJETO MUITO UTILIZADO PELOS BRASILEIROS COM FINALIDADE DE DIVERSÃO E TRABALHO E, ALÉM DO MAIS, EXPRESSA MOVIMENTO COM UM AR DE CALMA.

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Aline do Carmo Duarte

[email protected] | MG

GUARDA-SOLTRABALHO FEITO NO PROGRAMA ADOBE ILLUSTRATOR POR MEIO DE VETORIZAÇÃO.A ESTAMPA COM RAPPORT FOI CONSTRUÍDA NA CAMADA DE AMOSTRA DO PROGRAMA. A INSPIRAÇÃO VEIO DO VERÃO, POIS A IMAGEM DO GUARDA-SOL NOS REMETE A UM DIA DE PRAIA COM MUITO SOL E DIVERSÃO.UTILIZAMOS O OBJETO COMO PROTEÇÃO E, AO MESMO TEMPO, COMO OBJETO DE DESEJO. A COMPOSIÇÃO IDEAL PARA A ALEGRIA!

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Anna Carolina Caldas

[email protected] Alegre | RS

AQUÁRIOO PROTAGONISTA DESTA ESTAMPA É O AQUÁRIO DAS PESSOAS: A PISCINA! NELA VOCÊ NADA, MERGULHA, RELAXA E SE DIVERTE. É UM ESPAÇO PARA TODAS AS CORES, INDEPENDENTE DO MOTIVO. PARADO OU EM MOVIMENTO, É NA PISCINA QUE VOCÊ VIVE O VERÃO. MERGULHE NESSA IDEIA!

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[email protected] Alegre | RS

FPSPARA ESTA ESTAMPA, O QUE IMPORTA É O PODER DO SOL! É ELE QUE REÚNE MILHÕES DE PESSOAS NA BEIRA DA PRAIA, ESPERANDO PARA FICAR COM A COR DO VERÃO. A AREIA É O LUGAR MAIS DEMOCRÁTICO! ALÉM DA COR, O SOL TRAZ VIDA, CALOR E, CLARO, MARQUINHA DE BIQUÍNI. QUER COISA MELHOR NO VERÃO?

Anna Carolina Caldas

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Isabela Soares Nascimento

[email protected]ói | RJ

NA PRAIAALEGRIA, DIVERSÃO, MOVIMENTO, VIBRAÇÃO SÃO ALGUMAS DAS PALAVRAS QUE INSPIRARAM ESTA ESTAMPA, COMPOSTA POR ELEMENTOS TÃO CARACTERÍSTICOS DE UM DIA DE PRAIA. AS CORES QUENTES DO SOL PREDOMINAM, ASSIM COMO O AZUL DO CÉU E DO MAR. A VEGETAÇÃO DE PRAIA AO FUNDO DA ESTAMPA CONTRIBUI PARA O DINAMISMO DA MESMA. ESTAMPA VETORIAL CRIADA A PARTIR DA JUNÇÃO DOS ELEMENTOS CITADOS ANTERIORMENTE, COM RAPPORT DE 14,2 CM X 16 CM.

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Luiz Henrique de Lira Pereira

[email protected]ão Paulo | SP

AUSOU ESTUDANTE DO INSTITUTO ACAIA, QUE É UMA ONG ONDE TEMOS A OPORTUNIDADE DE PRATICAR UMA VARIEDADE MUITO GRANDE DE ATIVIDADES, INCLUINDO DESIGN E CAPOEIRA. EU GOSTO DE CAPOEIRA E A TRANSFORMEI EM ESTAMPA CORRIDA!! TIVE A INSPIRAÇÃO PELO AFETO QUE TENHO EM PRATICAR CAPOEIRA. DESENVOLVI A ESTAMPA NA AULA DE DESIGN TÊXTIL E DESIGN GRÁFICO E, COMO SURGIU A IDÉIA DE PARTICIPAÇÃO NO CONCURSO, RESOLVEMOS TENTAR!!!

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Marcia Oliveira Ferreira

[email protected] Alegre | RS

FRESCOBOLESTA ESTAMPA BUSCOU REFERÊNCIA NO DIVERTIDO E INTERATIVO ESPORTE DE PRAIA, O FRESCOBOL. AS CORES QUENTES FAZEM REFERÊNCIA AO VERÃO. O MOVIMENTO ESTÁ REPRESENTADO PELA TRAJETÓRIA DA BOLINHA, AS POSIÇÕES DOS CORPOS DOS JOGADORES, ASSIM COMO PELAS ONDAS DO MAR.

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Nahira Brigagão Salgado

[email protected]ília | DF

AVENTURA DE UMA BANHISTAESTAMPA INSPIRADA EM BANHISTAS DAS DÉCADAS DE 40, 50, NUMA ÉPOCA EM QUE VERÃO ERA SINÔNIMO DE LIBERDADE. ESTA ESTAMPA BUSCA SE DESLIGAR DOS PADRÕES ABUSIVOS E DE ENCARCERAMENTO DA BELEZA FEMININA. BUSQUEI A PADRONAGEM COMO FORMA EM PRIMEIRO PLANO, DE MODO QUE A OBSERVAÇÃO TE LEVEA DESCOBERTA DO DESENHO EM SI.

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Natália Ribeiro Sentanin

[email protected] | SP

ESTRELAS DA PISCINA“ESTRELAS DA PISCINA” É UMA UNIÃO DE ESPORTE E LAZER. AS PISCINAS, FREQUENTADAS PELOS QUE BUSCAM SE REFRESCAR DO CALOR DO VERÃO, SÃO TAMBÉM O LOCAL DE TREINOS E APRESENTAÇÕES DOS PRATICANTES DO NADO SINCRONIZADO, ESPORTE QUE INCLUI CONCEITOS DE NATAÇÃO, GINÁSTICA E DANÇA.

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PRODUÇÃOPATROCÍNIO