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INFORMÁTICA é uma publicação do Instituto de Informáticada Universidade Federal do Rio Grande do SulAv. Bento Gonçalves, 9500 - Bloco IVBairro Agronomia - Caixa Postal 15064Campus do Vale - CEP 91509-900Porto Alegre - RS - BrasilFone: (0XX51) 3316.6165Fax: (0XX51) 3316.7308Home page: www.inf.ufrgs.brE-mail: [email protected]

Diretor:Prof. Philippe Olivier Alexandre NavauxVice-Diretor:Prof. Otacílio José Carollo de SouzaCoordenador do PPGC:Prof. Flávio Rech WagnerChefe do Depto. de Informática Aplicada:Profa. Carla Maria Dal Sasso FreitasChefe do Depto. de Informática Teórica:Profa. Ana Lúcia BazzanCoordenador da Comissão de Graduação doCurso de Ciência da Computação:Prof. Raul Fernando Weber

Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Microeletrônica: Prof.Sergio BampiCoordenador da Comissão de Graduaçãodo Curso de Engenharia da Computação:Prof. Altamiro Amadeo SusinCoordenador da Comissão de Pesquisa:Prof. Manuel Menezes de Oliveira NetoCoordenador da Comissão de Extensão:Prof. Dante Augusto Couto BaroneDiretora do CEI:Profa. Mara Abel

Colaboradores:Lourdes Tassinari e Silvania V. de Azevedo

Projeto e Execução:Giornale Comunicação EmpresarialAv. Luiz Manoel Gonzaga, 351/905 | Três Figueiras – Porto Alegre – RS | Fone: (51)3328.3555www.giornale.com.br - [email protected]ção e Coordenação: Roberta Muradás | Editora assistente: Tatiana GappmayerEdição de Arte: Ângela Monte KnoppFotos: Tânia Meinerz e arquivo do InstitutoDiretora e Jornalista Responsável: Fernanda Carvalho Garcia – Reg. Prof. 8231Tiragem: 3.000 exemplares

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Mais de duas mil pessoas, entre estudantes, professores e profissionais de Informática do País, participa-ram do XXV Congresso da Sociedade Brasileira de Computação, maior evento da área de Compu-tação do Brasil. Além das palestras e debates, foram realizadas 14 atividades paralelas (veja box), queabordaram assuntos como a qualidade do ensino e dos profissionais, reforma universitária, mercado,políticas para o setor e financiamentos.No ano de seu jubilado de prata, o Congresso trouxe novidades como a realização do evento de formadescentralizada. As atividades ocorreram, entre os dias 22 e 29 de julho, nas cidades gaúchas de Canelae de São Leopoldo. Promovido pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC), que tem sua sede noInstituto de Informática da UFRGS, o encontro teve como tema a Universalidade da Computação: umagente de inovação e desenvolvimento. Entre os coordenadores do Congresso estão os professoresda Unisinos e Álvaro Freitas Moreira, Flávio Wagner, Carla Freitas e Taisy Weber da UFRGS.

Cerca de 160 pessoas, divididas em 16times, participaram do Campeonato deFutebol organizado pelo DACOMP (DiretórioAcadêmico da Computação) do Institutode Informática da UFRGS. Realizado du-rante os finais de semana do mês de junho,no HD Centro Gaúcho. A atividade, que foidividida nas fases Classificatória (4 e 5 dejunho) e Final (18 e 19 de junho), permitea integração dos estudantes, calouros, ex-estudantes, professores e funcionários.“O campeonato já vem sendo realizado,quase que semestralmente, há alguns anos”, ressalta o presidente do DACOMP, WanderleyAugusto Radaelli Júnior. As equipes vencedoras foram: Os Incríveis, B-Boom FC e Cadê oKieling, em primeiro, segundo e terceiro lugares, respectivamente.

DACOMP promovecampeonato de futebol

Eventos paralelos realizados durante o Congresso• IV Simpósio Brasileiro de Bioinformática (BSB);• VII Curso de Qualidade (CQ);• VII Computec – Computação e Mercado;• XVIII Concurso de Teses e Dissertações (CTD);• XXIV Concurso de Trabalhos de Iniciação Científica (CTIC);• V Encontro Nacional de Inteligência Artificial (ENIA);• Jornadas de Atualização em Informática (JAI);• XXXV Seminário sobre Computação na Universidade (Secomu);• XXXII Seminário Integrado de Software e Hardware (Semish);• III Workshop em Tecnologia da Informação e da Linguagem Humana (TIL);• XIII Workshop sobre Educação em Computação (WEI);• Workshop sobre Informática na Escola (WIE);• IV Workshop em Desempenho de Sistemas Computacionais e de Comunicação (WPerformance);• II Workshop de Sistemas Operacionais (WSO);

Computação do País em debate

Equipe Os Incríveis foi acampeã do torneio do DACOMP

Eficiência naárea pública

Nos últimos meses, cada vez mais tem se ouvido a cobrança de maiore melhor desempenho da máquina pública. Este é um desafio quetodo dirigente, de qualquer cargo na administração pública univer-sitária - que seja de uma coordenação de comissão de graduação aum cargo de administração na reitoria –, tem se defrontado. Muitassão as variáveis envolvidas nesse assunto, a começar pela motivação,cultura, remuneração, organização e planejamento, entre outros. Éum assunto delicado, por muitos evitado, mas que é cada vez maiscobrado pela sociedade, haja visto as freqüentes reportagens namídia. A resposta passa pela consciência do objetivo maior dosórgãos públicos, que é atender a população, de onde advém adenominação de público. No caso das universidade, seu objetivo

principal é a formação de estudantes e a pesquisa, portanto, seu funciona-mento eficiente deve ser dirigido para o correto atendimento aos alunos epara o desenvolvimento de condições adequadas para a pesquisa.Chega-se à conclusão de que o assunto passa principalmente pelo respei-to, respeito pelos estudantes, pelos funcionários, pela coisa pública. Res-peito aos estudantes no oferecimento de um ensino de qualidade, noatendimento destes com prioridade e com qualidade, e na facilidade etransparência no acesso às informações.Mas eficiência também é dar condições corretas de trabalho aos funcionáriosda universidade, tanto quanto ao local de trabalho, como em remuneração.Precisamos ter condições adequadas nos ambientes de trabalho para os técni-cos administrativos e professores. É necessário que as pessoas se sintam bempara que estejam motivadas e, portanto, produtivas. Por outro lado, a defesa deinteresses pessoais ou corporativos não podem estar acima do interesse público.Porém, tudo isso passa principalmente por um aspecto cultural. Precisamosentender que o público na verdade é nosso, resultado dos impostos pagos pornós e, portanto, devemos respeitá-lo, tanto estudantes como funcionários, comose fosse nossa casa. E esse respeito se expressa através de atitudes no dia-a-dia,não permitindo o desperdício, o mau uso, a depredação, esforçando-se pelaconservação e a manutenção preventiva do bem público. Precisamos lutarcontra a administração travada, minimizar o estorvo burocrático que pesa,engessa e alonga qualquer decisão e às vezes, inclusive, inviabilizando-a.Conseguindo essa consciência do público, maior participação, motivação, cla-reza nos objetivos e planejamento certamente alcançaremos maior eficiênciana administração pública. Só assim conseguiremos que nossos filhos e netospossam usufruir no futuro de uma universidade pública e gratuita.

Philippe Navaux e Otacilio de SouzaDiretor e vice-diretor do Instituto de Informática da UFRGS

3 Uma novamúsica no ar

Sons inexistentes na natureza ou tocados em velocidade inimagináveis pelo homem. Isso pode ser alcançado através da Computação

Musical, área multidisciplinar que traz um vasto campo de pesquisa ainda pouco explorado no País. No Brasil, um dos precursores

nessa área foi o professor gaúcho Eduardo Reck Miranda, um dos fundadores do Nucom (Núcleo de Computação & Música), que hoje

coordena pesquisas da área na Universidade de Pymouth, na Inglaterra. O Grupo de Computação Musical da UFRGS (composto por

pesquisadores dos Institutos de Informática e de Artes) também está desenvolvendo projetos de aplicação para a Computação Musical.

A Computação Musical utiliza o computador como fer-ramenta para gerar e manipular material sonoro. Suasaplicações vão desde a síntese de sons e composições,edição de partituras computacionais, processamentode áudio digital até o desenvolvimento de sistemasinteligentes de auxílio a performance musical. “O com-putador auxilia na composição, melhorando o desem-penho da música e do processo composicional”, sali-enta o mestre em composição e músico James Correa,que utiliza a tecnologia para passar emoções. “A músi-ca tem o papel de coerção social”, define.As primeiras pesquisas do grupo surgiram com umcaráter mais educacional. Com mestrado e doutoradorealizados no II, o professor do Instituto de Artes daUFRGS, Eloy Fritsch, desenvolveu um método de ensi-no de programação de computadores para músicos.“Através do estudo de algoritmos, os alunos criam pro-gramas para desenvolver suas composições”, descreve.Segundo ele, a computação musical abrange timbres,variações de sons e a difusão desses no espaço.Computador e caixas de som se transformam na or-questra contemporânea. A cena ainda causa certa es-tranheza no público, mas os concertos de músicacomputacional realizados pelo Centro de Música Ele-trônica (CME) do Instituto de Artes têm atraído cada vezmais pessoas interessadas nessa forma de trabalhar ossons. “Cada caixa representa um músico no palco”,descreve Eloy Fritsch.

1. Eloy Fritsch, professor doInstituto de Artes (IA) daUFRGS2. Bruno Westermann,bolsista IA3.Leandro Costalonga,doutorando do Instituto deInformática (II) da UFRGS4. Evandro Miletto,doutorando do II5. Rodrigo Avellar, bolsistado IA6. James Correa, músico

Pesquisas no IIPor se tratar de um campo multidisciplinar, os estudos de-senvolvidos no Instituto de Informática apresentam uma for-te integração com o Centro de Música Eletrônica, ondeficam os equipamentos e o conhecimento musical. “Um dospropósitos do LCM (Laboratório de Computação e Música) étrabalhar no desenvolvimento de tecnologias para atenderàs necessidades de software e hardware do grupo do Institu-to de Artes”, adianta Leandro Costalonga, doutorando doPrograma de Pós-Graduação em Computação (PPGC).Sua pesquisa – na área de Inteligência Artificial – envolveua criação de um sistema que simula a performance emviolão. “Esse sistema multiagente permite trabalhar comritmos e com a superação das limitações humanas e doinstrumento. É possível definir harmonias que só seriamviáveis se a pessoa tivesse duas mãos direitas ou sete dedosem uma mão”, explica. Entre as aplicações estão a possibi-lidade de um compositor que não saiba tocar violão conse-guir a sonoridade sem recorrer ao auxílio de um violonistaou ainda executar performances com alto grau de comple-xidade para humanos.Já o trabalho de Evandro Manara Miletto, também doutoran-do do PPGC, é multidisciplinar e envolve, além da Compu-tação Musical, as áreas de Interação Humano-Computador(IHC) e Trabalho Cooperativo Suportado por Computador

(CSCW). “Meu projeto desenvolve um ambiente na webpara prototipação musical cooperativa, no qual leigos emmúsica consigam compartilhar idéias e material musical deforma interativa, o que pode proporcionar a criação de co-munidades virtuais de interessados em música, além decontribuir para a inclusão digital.” Ele acrescenta, ainda,que está em fase de pesquisa o uso de um dispositivo derealidade virtual (uma luva de dados) para a geração e ocontrole de instrumentos musicais virtuais e amostras sono-ras. Esse trabalho é realizado em conjunto com o grupo decomputação gráfica da UFRGS.

Mercado em potencialSegundo a professora Rosa Maria Viccari, do Instituto deInformática, que já orientou trabalhos de computação mu-sical na área de Inteligência Artificial, há um mercado empotencial para a criação de produtos na área. “A Sony, porexemplo, está pesquisando robôs que aprendam a partir doprocesso de ‘escutar’ música e também o desenvolvimentode palcos sensíveis aos sons”, adianta Rosa, lembrando quehá muitos projetos de pesquisa na área de computaçãomusical e suas aplicações em andamento. “Já a Microsoftestá com um projeto chamado ‘filme da minha vida’, umsoftware que trabalha imagens filmadas e músicas que po-dem ser criadas ou inseridas no programa.”

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4 Taiwan: parceriastecnológicas

Empresas localizadas noScience Park de HsinchuDas empresas da área tecnológica presentes na região:- 164 são de microeletrônica;- 61 de optoeletrônicos;- 58 de computadores e periféricos;- 52 de telecomunicçaões;- 28 de biotecnologia;- 21 de máquinas de precisão.

Com uma política de crescimento focada nodesenvolvimento do mercado de alta tecnologiae uma estratégia de formação de recursos hu-manos especializados na área de informática emicroeletrônica, Taiwan é hoje líder mundialem microeletrônica, reunindo em seu parqueindustrial as principais foundries* do mundo.O país, com uma população de mais de 22milhões de pessoas e 36 mil Km² (o Rio Grandedo Sul tem uma área de 282 mil km²), detém,atualmente, 75% do mercado global de servi-ços de fabricação de chips e mais de dezfoundries de silício (dentre elas, a TSMC, amaior do planeta).Para figurar entre as principais economias mun-diais, Taiwan apostou no incentivo àimplementação de indústrias da áreatecnológica em seu parque industrial (SciencePark) localizado em Hsinchu, próximo a capi-tal Taipei. A região, com 682 hectares reúne384 empresas (veja box). O país também in-veste pesado na formação acadêmica nas áreasde alta tecnologia, com grande oferta em cur-sos de engenharia, eletrônica e computação. Aproximidade das indústrias e das instituiçõesde ensino é tanta naquela região, que emHsinchu, ao lado do Science Park está a Univer-sidade de Chiao Tung, com cerca de 5 milestudantes em Engenharia Elétrica e Ciênciada Computação, dos quais 2 mil são da área demicroeletrônica.

Missão de cooperaçãoCom o objetivo de estabelecer mecanismos de cooperaçãoentre Taiwan e a América Latina, uma missão do Lacis(Consórcio Latino-Americano em Microeletrônica apoiadopela IEEE – Instituto de Engenharia Eletroeletrônica – Re-gião 9) esteve naquele país em maio passado. A comitiva,formada por representantes da Argentina, México e Colôm-bia, contou com a presença do professor do Instituto deInformática (II) da UFRGS, Ricardo Reis. Na agenda, a mis-são teve encontros com os ministros da Relações Exteriorese da Educação de Taiwan, com o presidente do NSC (NationalScience Council) e com o diretor do CIC (ChipImplementaion Center). O grupo visitou, também, o par-que industrial de Hsinchu, chamado de Science Park.“A missão foi bastante produtiva, com a definição de váriosprojetos de cooperação. Entre eles, ficou acertado que emmaio de 2006 será realizado em Porto Alegre um WorkshopLatino-americano/Taiwan em Microeletrônica”, ressalta Reis.Segundo ele, nos dias 22 e 23 de agosto deste ano umacomitiva do NSC visitará a capital dos gaúchos para apre-sentar o parque industrial de Taiwan e discutir a coopera-ção tecnológica, com uma visita prevista ao Instituto deInformática da UFRGS.Entre os resultados da viagem, o professor destaca, ainda, oacordo para o acesso subsidiado à fabricação de circuitosintegrados acadêmicos nas foundries do país asiático e adefinição de mecanismos para o intercâmbio de estudan-tes da graduação e da pós-graduação em microeletrônica.

*Foundry: empresa que faz o processo de fabricação dos circuitos

integrados (chips).

Grupo esteve reunido com o ministro das RelaçõesExteriores de Taiwan, L.Y. Hwang, e comrepresentantes de universidades do país. O professorRicardo Reis integrou a equipe

Missão teve, também, encontro com o ministro daEducação de Taiwan, Lu Mu-Lin, e sua equipe

Sucesso confirma segundaedição do IFIP em 2006

O Instituto de Informática (II) da UFRGS sediou, entre osdias 18 e 22 de julho, encontro internacional com a par-ticipação de pesquisadores e estudantes do setor. Compalestrantes da Suíça, Bélgica, Alemanha, Estados Unidos,Austrália e África do Sul, o 1º IFIP Academy on the Stateof Software Theory and Practice foi um sucesso commais de cem inscritos, como destaca o coordenador doevento, professor José Palazzo de Oliveira. “O encontro foitão positivo que já ficou acertada a segunda edição da IFIPAcademy para o ano que vem, a ser realizada na África doSul”, adianta Palazzo.O evento caracterizou-se como uma escola de alto nível,com cursos de atualização nas áreas de sistemas de infor-mação, banco de dados e engenharia de software. “Odebate sobre temas científicos comprova que o Brasil está

bem desenvolvido e é muito competitivo em tecnologiada informação”, salienta o coordenador da IFIP Academy.O encontro foi promovido pela Sociedade Brasileira deComputação (SBC), Instituto de Informática da UFRGSe pela Federação Internacional de Informática eProcessamento (em inglês, IFIP).Além da atualização, a interação entre os participantesfoi outro ponto de destaque durante os tutoriais. “Osestudantes puderam trocar informações e questionaros pesquisadores sobre intercâmbio e oportunidadesde estudo no exterior”, assinala Palazzo. No encerra-mento do evento, foram apresentadas seis teses de douto-rados de alunos do II, que foram avaliadas pelos pesquisa-dores internacionais presentes e receberam sugestões paraseu aperfeiçoamento.

Pesquisadores internacionais e do Brasil participamdo IFIP. Da esquerda para a direita: Tharam Dillon,Erich Neuhold, Judith Bishop, Robert Meersman,Stefano Spaccapietra e José Palazzo M. de Oliveira

5O artigo dos alunos do Instituto de Informática daUFRGS Rodrigo Sanger e Clarissa Marquezan,orientados pelos professores Philippe Navaux eLisandro Granville, recebeu o prêmio como um dosseis melhores trabalhos do 23º Simpósio Brasileirode Redes de Computadores (SBRC 2005), o maior emais importante Simpósio em Redes de Computa-dores e Sistemas Distribuídos do País. O texto abor-dava a questão do gerenciamento de cluster usandoSNMP. O evento, organizado pela Sociedade Brasilei-ra de Computação (SBC) e pelo Laboratório Nacio-nal de Redes de Computadores (LARC), ocorreu emFortaleza (CE) entre os dias 9 e 13 de maio de 2005.

Artigo do II entre osmelhores do SBRC 2005

As empresas incubadas no Centro de Empreendimentos em Informática da UFRGS tiveram a opor-tunidade de se aproximar do mercado catarinense e de prospectar novos negócios durante a BlusoftBrasil 2005, Feira e Congresso de Tecnologia, realizada em Blumenau (SC), de 21 a 24 de junho.“As empresas também estreitaram relacionamentos e puderam expor seus produtos e serviços”,acrescenta Flaviano Gastão Júnior, um dos gestores de Marketing do CEI. Integraram o estande doCentro a DFL, a Flight, a Esos e a Zupple. Conforme Flaviano, os resultados obtidos na feira superaramas expectativas. “O estande do CEI foi o mais visitado da Blusoft”, comemora. Ele acredita que osucesso está relacionado à estratégia de marketing desenvolvida pela equipe do Centro e à capacida-de das empresas gaúchas. “Oferecemos aos visitantes, du-rante o evento, sushi e chope. Isso tornou o estante umponto de encontro”, salienta. Para a edição de 2006, aequipe do CEI já está preparando novidades. “Vamos con-tinuar com nossa especialidade, que é receber bem osvisitantes. Além disso, a estratégia para exposição dos pro-dutos e serviços virá com mudanças, facilitando o reconhe-cimento e o entendimento das inovações e da qualidadeque nossos produtos e serviços representam”, adianta DanielSteinbruch, também gestor de Marketing do Centro.

Mais um passo para a conquista da dupla diplomação foi dado em junhono Instituto de Informática (II) da UFRGS. Pela primeira vez no II uma tesede doutorado foi defendida com Co-Tutela, ou seja, com dupla orientaçãoe titulação reconhecida nos dois países parceiros. Rafael Bohrer Ávilaestava no seu primeiro ano de doutorado quando foi acertada a Co-Tutelade sua pesquisa na área de Processamentos Paralelo e Distribuído: “Umaproposta de distribuição do servidor de arquivos em clusters”.Segundo Ávila, pelo acordo firmado entre a UFRGS e o Instituto NacionalPolitécnico de Grenoble (INPG), na França, foram definidos uma série decritérios para atender às exigências da Pós-Graduação nas duas institui-ções. “Para a Co-Tutela ser concretizada passei um ano (2003/2004)desenvolvendo minha tese no laboratório ID (Informatique et Distribution)do INPG. Meu trabalho foi escrito em português, com resumo estendidoem francês, e a defesa ocorreu na língua inglesa”, conta Ávila.

Da esquerda para a direita, Jean-François Méhaut, Yves Denneulin,Rafael Bohrer Ávila, Ingrid Pôrto, Philippe Navaux e Siang Song

Instituto de Informática da UFRGS tem sua primeira

tese de doutorado com Co-Tutela defendida em junho

Rumo à dupla diplomação

Blusoft aproxima empresas domercado catarinense

Estande do CEI foi um dos maisvisitados durante o evento

Rodrigo Sanger e a Clarissa Marquezanficaram entre os melhores artigos doSBRC 2005

Dupla orientaçãoA pesquisa de Rafael Ávila teve como orientador na UFRGS o diretor do II,professor Philippe Navaux, e no INPG a professora Brigitte Plateu. “Alémdisso, fui co-orientado por Yves Denneulin, também da França”, explica.A banca de defesa da tese, realizada no Instituto de Informática, contoucom a participação dos professores Jean-François Méhaut, da UJF deGrenoble; Yves Denneulin, do INPG; Siang Song, da USP; e Ingrid Pôrto ePhilippe Navaux, do II.

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Abril de 2005

MESTRADO

FruitAgent: Um Framework de Agentes para Rastreabilidade emConservas de PêssegosAutor: Alexandre Figueiredo FachinelloOrientador: Prof. Dr. Antônio Carlos da Rocha CostaÁrea de Pesquisa: Inteligência Artificial

TM-tree: Um Método de Acesso para Consultas por SimilaridadeAutor: César Feijó NadvornyOrientador: Prof. Dr. Carlos Alberto HeuserÁrea de Pesquisa: Sistemas de Informação

Um Estudo de Coordenação Dinâmica de Agentes Aplicado aoGerenciamento de Tráfego Veicular UrbanoAutora: Denise de OliveiraOrientadora: Profa. Dra. Ana Lúcia Cetertich BazzanÁrea de Pesquisa: Inteligência Artificial

Framework Orientado a Objetos para o Desenvolvimento de Aplicaçõesde Automação Predial e ResidencialAutor: Jair Jonko AraujoOrientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo PereiraÁrea de Pesquisa: Sistemas de Tempo Real

Uma Proposta para Auxiliar a Interoperabilidade entre Ambientes eFerramentas Independentes de CAD para MicroeletrônicaAutor: João Daniel TogniOrientador: Prof. Dr. Renato Perez RibasCo-orientadora: Profa. Dra. Maria Lúcia Blanck LisbôaÁrea de Pesquisa: Microeletrônica

Utilizando Padrões Organizacionais e Avaliação de Risco para Adaptar aMetodologia de Desenvolvimento de SoftwareAutor: Júlio HartmannOrientador: Prof. Dr. Roberto Tom PriceÁrea de Pesquisa: Engenharia de Software

Polvo Violonista: Sistema Multiagentes para Simulação de Performancesem ViolãoAutor: Leandro Lesqueves CostalongaOrientadora: Profa. Dra. Rosa Maria VicariCo-orientador: Prof. Dr. Daniel Wolff (Departamento de Música/UFRGS)Área de Pesquisa: Inteligência Artificial

Uma Proposta para a Representação Geométrica de Imagens comAplicação em Segmentação e Compressão

Autor: Luciano Silva da SilvaOrientador: Prof. Dr. Jacob ScharcanskiÁrea de Pesquisa: Computação Gráfica

Framework Orientado a Objetos para Projeto de Hardware e SoftwareEmbarcados para Sistemas Tempo-RealAutor: Marco Aurélio WehrmeisterOrientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo PereiraÁrea de Pesquisa: Sistemas de Tempo Real

Classificação e Especificação de Restrições de Integridade em Bancos deDados Temporais de VersõesAutor: Robson Leonardo Ferreira CordeiroOrientador: Prof. Dr. Clesio Saraiva dos SantosCo-orientadora: Profa. Dra. Nina EdelweissÁrea de Pesquisa: Sistemas de Informação

Sistema Aldeia: Programação Paralela e Distribuída em Java sobreInfiniband e DECKAutor: Rodrigo da Rosa RighiOrientador: Prof. Dr. Philippe Olivier Alexandre NavauxCo-orientador: Prof. Dr. Marcelo Pasin (UFSM)Área de Pesquisa: Processamento Paralelo e Distribuído

Maio de 2005

MESTRADO

Shadow Mapping com Múltiplos Valores de ProfundidadeAutor: Christian Azambuja PagotOrientador: Prof. Dr. João Luiz Dihl CombaÁrea de Pesquisa: Computação Gráfica

Injeção Distribuída de Falhas para Validação de Dependabilidade deSistemas Distribuídos de Larga EscalaAutora: Gabriela Jacques da SilvaOrientadora: Profa. Dra. Taisy Silva WeberÁrea de Pesquisa: Tolerância a Falhas

Estudo e Implementação de Somador com Detecção de Fim de Cálculopara Circuitos AssíncronosAutor: Giovani Heriberto SartoriOrientador: Prof. Dr. Renato Perez RibasÁrea de Pesquisa: Microeletrônica

Visualização Simultânea e Multi-Nível de Informações de Monitoramentode ClusterAutor: Lucas Mello Schnorr

Orientador: Prof. Dr. Philippe Olivier Alexandre NavauxÁrea de Pesquisa: Processamentos Paralelo

Doroty: Um Chatterbot para Treinamento de Profissionais Atuantes noGerenciamento de Redes de ComputadoresAutora: Michelle Denise LeonhardtOrientadora: Profa. Dra. Liane Margarida Rockenbach TaroucoÁrea de Pesquisa: Redes de Computadores

Evolução de Documentos XML com Tempo e VersõesAutor: Rodrigo Gasparoni SantosOrientadora: Profa. Dra. Nina EdelweissÁrea de Pesquisa: Sistemas de Imformação

Definição, Especificação Formal e Análise de Complexidade do JogoDiferencial “Lobos e Cordeiro’’Autora: Sirlei Inês SulzbachOrientadora: Profa. Dra. Laira Vieira ToscaniCo-orientadora: Profa. Dra. Leila RibeiroÁrea de Pesquisa: Informática Teórica

Ferramenta Para a Geração Otimizada de Filtros FIR Paralelos ComCoeficientes ConstantesAutor: Vagner Santos da RosaOrientador: Prof. Dr. Sergio BampiÁrea de Pesquisa: Microeletrônica

DOUTORADO

A Computação do Processo de Compreensão da FalaAutor: Daniel Nehme MüllerOrientador: Prof. Dr. Philippe Olivier Alexandre NavauxÁrea de Pesquisa: Processamento Paralelo e Distribuído

Suporte a Processamento de Consultas Vagas em Banco de DadosAutora: Raquel Kolitski StasiuOrientador: Prof. Dr. Carlos Alberto HeuserÁrea de Pesquisa: Banco de Dados

Um Esquema para um novo Paradigma de Criptografia de Chave PúblicaAutor: Vinicius Gadis RibeiroOrientador: Prof. Dr. Raul Fernando WeberÁrea de Pesquisa: Tolerância a Falhas

Co-Simulação Distribuída da Sistemas HeterogêneosAutor: Braulio Adriano de MelloOrientador: Prof. Dr. Flávio Rech WagnerÁrea de Pesquisa: Arquitetura e Projeto de Sistemas Computacionais

Alguns dos pesquisadores internacionais mais expressivos na área de redes estarão presentes noLANOMS 2005 (4th Latin American Network Operations and Management Symposium), queserá realizado no Hotel Sheraton em Porto Alegre, de 29 a 31 de agosto. O encontro, que temcomo organizadores gerais o Instituto de Informática da UFRGS e a Unisisnos, é considerado o evento mais importante emgerenciamento e operações de redes da América Latina. As inscrições estão abertas e podem ser feitas até o dia do início doevento. Mais informações http://www.lanoms.org/2005.

Abertas inscrições para4ª edição do LANOMS

Poscomp seráem setembro

Neste ano, as provas do Exame Nacionalpara Ingresso na Pós-graduação emComputação (Poscomp) serão realizadasno dia 18 de setembro. As inscrições en-cerram-se no dia 15 agosto e podem serfeitas através do portal da Sociedade Brasi-leira de Computação (SBC), no endereçowww.sbc.org.br. A instituição gerencia a pro-va, que testa os conhecimentos dos interes-sados em participar de programas de pós-graduação no País. Os candidatos podem seinscrever para mais de um curso e optarpelo local onde desejam realizar o exame.O resultado da prova é utilizado comoparâmetro de seleção para quase todos osprogramas stricto sensu que oferecemMestrado e Doutorado em Ciência da Com-putação no Brasil. O exame não garante aaprovação, mas constitui um importante que-sito de pontuação nos processos seletivos.Após o término das inscrições, serão defini-dos os locais de aplicação das provas.

O livro Complexidade de Algoritmos, dos professores Laira Vieira Toscani e Paulo A. S. Veloso,ganhou uma nova edição, ampliada e revisada. A obra, que faz parte da série Livros Didáticos,conceitua o algoritmo e aborda seus métodos e problemas. A edição conta com mais de 300exercícios e foi elaborada para ser utilizada em cursos de graduação e pós-graduação.Com sete capítulos e 161 páginas, o livro foi parcialmente financiado pela Fundação de Apoioà Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs) e pelo CNPq. Para facilitar e organizar a leitura, ostextos e exercícios estão divididos em seis tópicos. A série é uma parceria do Instituto deInformática e da editora Sagra Luzzatto. Mais informações: www.inf.ufrgs.br, no link Publica-ções/Série Livros Didáticos ou http://www.sagra-luzzatto.com.br

Publicação sobre algoritmosganha nova edição

7Motivação permanente

Atualmente trabalhando no

setor de telecomunicações,

Leonardo de Carvalho

Garcia já atuou nos segmen-

tos de automação industrial

e bancária em empresas de

Porto Alegre e de São Paulo.

O fascínio pela criatividade

o levou a escolher o cami-

nho da Informática, no final

da década de 80.

São muitas as experiências profissionais pelas quais Leo-nardo de Carvalho Garcia passou desde que se formouem 1989 no curso de Informática pela PUC-RS e fez oseu mestrado em Processamento Paralelo e Distribuídono Instituto de Informática (II) da UFRGS. “Fui bolsistade iniciação científica na UFRGS e trabalhei comautomação industrial na Altus Informática e comautomação bancária na Edisa/HP, ambas em Porto Ale-gre”, relembra.Em busca de novos mercados, ele foi para São Paulo,onde participou de projetos nas áreas de automaçãobancária e de automação de depósitos na AT&T GlobalInformation Solutions/NCR. A mudança de cidade trouxetambém um novo ramo de atuação: o das telecomunica-ções. “Hoje, sou gerente de projetos e contas na Amdocsdo Brasil, trabalho no sistema de atendimento a clientese faturamento para empresas de telefonia celular”, ex-plica Leonardo. A Amdocs é uma empresa americano-

israelense, líder nos segmentos de sistemas de customercare (utilizado em call centers, permite visualizar todasas informações do cliente) & billing (sistema defaturamento) para telefonia celular e yellow pagespublishing (páginas amarelas).

Vocação renovada constantementeAlém do mestrado na UFRGS, Leonardo Garcia fez Pós-Graduação em Marketing pela ESPM de São Paulo. Se-gundo ele, o interesse pela Informática veio da fascina-ção de exercitar inúmeras possibilidades criativas utili-zando um computador. “Essa escolha se renova diaria-mente. Atualmente, o que me motiva é poder gerenciarum grupo de cerca de 50 dos melhores profissionais daárea (telecomunicações) em centros de desenvolvimentono Brasil, Israel, Índia e EUA”, salienta o gerente decontas da Amdocs.Leonardo conta que foi através do II que pôde se tornar

um profissional globalizado. “Comecei minha carreirano Instituto, com a bolsa de estudos e com o mestrado.Essa experiência me pôs em contato com universidadese professores no exterior e me despertou para a impor-tância de buscar oportunidades que me tornariam umprofissional mais completo”, afirma. Para ele, o merca-do de Informática está saturado com profissionais quenão têm formação ou qualificação adequadas. “Isso per-mite que um profissional formado em escolas de primei-ro nível, como o Instituto de Informática da UFRGS, sediferenciem facilmente dos demais”, avalia.

Sucesso está na qualificaçãoEstar bem informado, enxergando as novas tendênciasdo mercado, saber lidar com as pessoas e como motivá-las, ter alta capacidade de comunicação e trabalhar emgrupo são as principais características apontadas pelogerente de projetos da Amdocs para o sucesso profissio-nal na área. “Ajuda muito dominar idiomas e se adaptarfacilmente a outras culturas, já que as oportunidadesinternacionais são em geral as mais interessantes.”Sobre novidades em telecomunicações, ele afirma quena Amdocs há um entusiasmo em relação às possibilida-des que se abrem à medida que se desenvolvem as redesde tecnologia celular, permitindo novos usos e aplica-ções. “Um projeto pioneiro do qual estamos participan-do é o de lightspeed (SBC Communications Inc.), quetornará viável a TV através da Internet (IPTV) em largaescala nos EUA”, adianta Leonardo Garcia.Instituto de Informática: Formação de qualidade

Tecnologia: VoIP - seja o V significando tanto Voz como Vídeo

Mercado: Telefonia celular

Telecomunicações: Amdocs

Sucesso: Vida pessoal e experiência profissional ricas

Conte sua história você também! Queremosconhecer outros cases de sucesso de ex-alunosdo Instituto de Informática da UFRGS. Escrevapara [email protected], que entrare-mos em contato. Afinal, este espaço é seu!

Através do mestrado no II, Leonardo Garciaentrou em contato com pesquisadores e

universidades do exterior, experiências que oincentivaram a ser um profissional globalizado

Foco na PolíticaIndustrial brasileiraA Secretaria de Políticas de Informática (Sepin) do Ministério de Ciência e Tecnologia foi criada no final de 2004 com a missão de

alavancar o setor, incentivando o fortalecimento e as exportações das empresas nacionais que atuam no segmento. O engenheiro

mecânico gaúcho Marcelo Lopes é secretário da Sepin. Formado pela UFRGS, com mestrado em Engenharia de Produção, o gestor

é também coordenador da Rede Brasil de Tecnologia. Saiba mais sobre como será a atuação do novo órgão na entrevista a seguir.

Informática – Quais são os focos de atuação daSecretaria de políticas de Informática do Minis-tério de Ciência e Tecnologia (MCT)?Marcelo Lopes (ML) – A Sepin tem atribuições sobreas áreas de software, microeletrônica, automação, co-mércio eletrônico e internet. Foi criada por um decretopublicado em dezembro de 2004, que tratava da novaestrutura regimental do MCT. Pelo texto, a antiga Secre-taria de Política de Informática e Tecnologia foidesmembrada em duas pastas: Secretaria de Desenvolvi-mento Tecnológico e Inovação, e Secretaria de Políticasde Informática.A Sepin é responsável pela coordenação e acompanha-mento dos programas de informática que o MCT partici-pa. São assuntos como Lei de Informática, Fundo Setorialde Informática (CT-INFO), comércio eletrônico, hardware,apoio a desenvolvimento de software, bem como progra-mas e pesquisas sobre qualidade e produtividade desoftware, internet, TV Digital e de inclusão digital. A se-cretaria foi criada com claro foco em Política Industrial.Estamos trabalhando para potencializar esta missão, bus-cando uma articulação maior com o setor empresarial.

Informática – Que programas serão desenvolvi-dos para elevar a capacidade produtiva das em-presas do setor no Brasil?ML – O ministro Eduardo Campos lançou recentemente oPrograma Nacional de Projetos Semicondutores (CI-Bra-sil), que vai apoiar o desenvolvimento de centros comcapacidade de projeto de semicondutores. Um dos cincocentros contemplados será o Ceitec no Rio Grande do Sul.Os outros quatro estão em Recife (PE), Campinas (SP),Manaus (AM) e em São Paulo (SP). O foco será apoiar aindústria nacional que não tem condições de desenvolver

produtos customizados para as suas aplicações. Com istovamos auxiliar no aumento da competitividade da in-dústria. Também lançamos este ano um edital no valorde R$ 8 milhões para apoiar projetos entre universidadee empresa no desenvolvimento de semicondutores.Para o setor de software, foi lançado edital no valor deR$ 6,5 milhões para pesquisas também entre universi-dades e empresas e estamos fechando um programapara apoiar significativamente a formação de RH emsoftware para a indústria nacional. Se não conseguirmospreparar um número significativo de profissionais paraesta área, não vamos atingir as metas da PITCE (PolíticaIndustrial Tecnológica e de Comércio Exterior).Temos uma visão clara de que o setor de automação preci-sa ser resgatado enquanto prioridade e estamos preparan-do ações para apoiar a indústria neste setor. Também nocomercio eletrônico vamos criar condições para que maisempresas nacionais participem do processo de negócioseletrônicos, aumentando a sua competitividade.

Informática – Quais são as fontes financiadorasdo governo para a área? E como a Lei deInformática pode auxiliar no fomento da produ-ção nacional? Quais são os recursos previstos pelaLei neste ano?ML – Um dos principais instrumentos de financiamentode projetos na área é a Lei de Informática, que envolverecursos de empresas de desenvolvimento ou produçãode bens e serviços de informática para investimento emPesquisa e Desenvolvimento. A legislação é fundamentalpara que o setor tenha estabilidade para crescer e esti-mular o desenvolvimento da indústria nacional. No ano2000, por exemplo, os investimentos em P&D somaramR$ 688 milhões, e a estimativa é que em 2004 as empre-

sas beneficiadas tenham investido R$ 484 milhões, e2003 R$ 399 milhões. O volume de incentivos anualchega a R$ 1,1 bilhão e a aplicação em P&D previstapara 2005 é de R$ 465 milhões.

Informática – As exportações de softwares bra-sileiros estão distantes da meta estipulada em2000 de US$ 2 bilhões. Como é possível atingiressa meta e qual é hoje a participação no merca-do interno e externo e quais a perspectivas decrescimento?ML – Nós pensamos que é fundamental a escolha ade-quada dos nichos de mercado, nos quais vamos dispu-tar o mercado internacional. Além disso, precisamoscriar empresas nacionais de grande porte, que sejamjogadores de fato, nos seus segmentos, no mercadointernacional. A formação de RH é estratégica para isto.A Índia, por exemplo, conseguiu criar estas condições ehoje exporta mais de US$ 10 bilhões. O Brasil busca ameta de US$ 2 bilhões desde 1993 e hoje não exportamais de US$ 350 milhões. A participação nacional nomercado interno é estimada entre 15 e 17% do total eno mercado externo é insignificante. As perspectivas decrescimento são positivas, se conseguirmos que todosse unam sob uma estratégia consistente de expansão.

Informática – Qual é o papel das universidades nodesenvolvimento da política de informática oPaís?ML – As universidades são fundamentais pelo papel es-tratégico que tem na formação de pessoal qualificado.Todos os países que deram certo enfatizaram definitiva-mente a educação. Com a Lei de Inovação, o papel dasuniversidades será ainda muito mais significativo no pro-cesso de desenvolvimento do País.

O gaúcho Marcelo Lopes assume a Sepin com a missão de fortalecer e ampliar a participação das empresas do segmento tanto no mercado interno como externo