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Prof. Wanderlei Menezes E-mail: História - ENEM 2013 Questionário – 2º ANO 1 C o l . E s t . P r o f . A r t u r F o r t e s C o l . E s t . P r o f . A r t u r F o r t e s Mundo Moderno: Expansão marítimo-comercial europeia e Renascimento cultural e científico 1. (Uff 2012) Considerando o processo de expansão da Europa moderna a partir dos séculos XV e XVI, pode-se afirmar que Portugal e Espanha tiveram um papel predominante. Esse papel, entretanto, dependeu, em larga medida, de uma rede composta por interesses: a) políticos, inerentes à continuidade dos interesses feudais em Portugal; intelectuais, associados ao desenvolvimento da imprensa, do hermetismo e da Astrologia no mundo ibérico; econômicos, vinculados aos interesses italianos na Espanha, nos quais a presença de Colombo é um exemplo; e sociais, vinculados ao poder do clero na Espanha. b) políticos, vinculados ao processo de fragmentação política das monarquias absolutas ibéricas; sociais, associados ao desenvolvimento de novos setores sociais, como a nobreza; coloniais, decorrentes da política da Igreja católica que via os habitantes do Novo Mundo como o homem primitivo criado por Deus; e econômicos, presos aos interesses mouros na Espanha. c) políticos, vinculados às práticas racistas que envolviam a atuação dos comerciantes ibéricos no Oriente; científicos, que viam na expansão a negação das teorias heliocêntricas; econômicos, ligados ao processo de aumento do tráfico de negros para a Europa através de alianças com os Países Baixos; e religiosos, marcados pela ação ampliada da Inquisição. d) políticos, associados ao modelo republicano desenvolvido no Renascimento italiano; religiosos, decorrentes da vitória católica nos processos da Reconquista ibérica; econômicos, ligados ao movimento geral de desenvolvimento do mercantilismo; e sociais, inerentes à vitória do campo sobre a cidade no mundo ibérico. e) políticos, vinculados ao fortalecimento da centralização dos estados ibéricos; econômicos, provenientes do avanço das atividades comerciais; religiosos, relacionados com a importância do Papado na Península Ibérica; e intelectuais, decorrentes dos avanços científicos da Renascença e que viram na expansão a realidade de suas teorias sobre Geografia e Astronomia. 2. (Fuvest 2012) Deve-se notar que a ênfase dada à faceta cruzadística da expansão portuguesa não implica, de modo algum, que os interesses comerciais estivessem dela ausentes – como tampouco o haviam estado das cruzadas do Levante, em boa parte manejadas e financiadas pela burguesia das repúblicas marítimas da Itália. Tão mesclados andavam os desejos de dilatar o território cristão com as aspirações por lucro mercantil que, na sua oração de obediência ao pontífice romano, D. João II não hesitava em mencionar entre os serviços prestados por Portugal à cristandade o trato do ouro da Mina, “comércio tão santo, tão seguro e tão ativo” que o nome do Salvador, “nunca antes nem de ouvir dizer conhecido”, ressoava agora nas plagas africanas… Luiz Felipe Thomaz, “D. Manuel, a Índia e o Brasil”. Revista de História (USP), 161, 2º Semestre de 2009, p.16-17. Adaptado. Colégio Estadual Prof. Artur Fortes - Rua Isauro Soares, 55 – Centro – Carira/SE. Tel. 34452104. E-mail: [email protected]

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Prof. Wanderlei Menezes

E-mail: [email protected]ória - ENEM 2013Questionário – 2º ANO

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Col. Est. “Prof. Artur Fortes”Col. Est. “Prof. Artur Fortes”

Mundo Moderno: Expansão marítimo-comercial europeia e

Renascimento cultural e científico1. (Uff 2012) Considerando o processo de expansão da Europa moderna a partir dos séculos XV e XVI, pode-se afirmar que Portugal e Espanha tiveram um papel predominante. Esse papel, entretanto, dependeu, em larga medida, de uma rede composta por interesses: a) políticos, inerentes à continuidade dos interesses feudais em Portugal; intelectuais, associados ao desenvolvimento da imprensa, do hermetismo e da Astrologia no mundo ibérico; econômicos, vinculados aos interesses italianos na Espanha, nos quais a presença de Colombo é um exemplo; e sociais, vinculados ao poder do clero na Espanha. b) políticos, vinculados ao processo de fragmentação política das monarquias absolutas ibéricas; sociais, associados ao desenvolvimento de novos setores sociais, como a nobreza; coloniais, decorrentes da política da Igreja católica que via os habitantes do Novo Mundo como o homem primitivo criado por Deus; e econômicos, presos aos interesses mouros na Espanha. c) políticos, vinculados às práticas racistas que envolviam a atuação dos comerciantes ibéricos no Oriente; científicos, que viam na expansão a negação das teorias heliocêntricas; econômicos, ligados ao processo de aumento do tráfico de negros para a Europa através de alianças com os Países Baixos; e religiosos, marcados pela ação ampliada da Inquisição. d) políticos, associados ao modelo republicano desenvolvido no Renascimento italiano; religiosos, decorrentes da vitória católica nos processos da Reconquista ibérica; econômicos, ligados ao movimento geral de desenvolvimento do mercantilismo; e sociais, inerentes à vitória do campo sobre a cidade no mundo ibérico. e) políticos, vinculados ao fortalecimento da centralização dos estados ibéricos; econômicos, provenientes do avanço das atividades comerciais; religiosos, relacionados com a importância do Papado na Península Ibérica; e intelectuais, decorrentes dos avanços científicos da Renascença e que viram na expansão a realidade de suas teorias sobre Geografia e Astronomia.

2. (Fuvest 2012) Deve-se notar que a ênfase dada à faceta cruzadística da expansão portuguesa não implica, de modo algum, que os interesses comerciais estivessem dela ausentes – como tampouco o haviam estado das cruzadas do Levante, em boa parte manejadas e financiadas pela burguesia das repúblicas marítimas da Itália. Tão mesclados andavam os desejos de dilatar o território cristão com as aspirações por lucro mercantil que, na sua oração de obediência ao pontífice romano, D. João II não hesitava em mencionar entre os serviços prestados por Portugal à cristandade o trato do ouro da Mina, “comércio tão santo, tão seguro e tão ativo” que o nome do Salvador, “nunca antes nem de ouvir dizer conhecido”, ressoava agora nas plagas africanas…

Luiz Felipe Thomaz, “D. Manuel, a Índia e o Brasil”. Revista de

História (USP), 161, 2º Semestre de 2009, p.16-17. Adaptado. Com base na afirmação do autor, pode-se dizer que a expansão portuguesa dos séculos XV e XVI foi um empreendimento

a) puramente religioso, bem diferente das cruzadas dos séculos anteriores, já que essas eram, na realidade, grandes empresas comerciais financiadas pela burguesia italiana. b) ao mesmo tempo religioso e comercial, já que era comum, à época, a concepção de que a expansão da cristandade servia à expansão econômica e vice-versa. c) por meio do qual os desejos por expansão territorial portuguesa, dilatação da fé cristã e conquista de novos mercados para a economia europeia mostrar-se-iam incompatíveis. d) militar, assim como as cruzadas dos séculos anteriores, e no qual objetivos econômicos e religiosos surgiriam como complemento apenas ocasional. e) que visava, exclusivamente, lucrar com o comércio intercontinental, a despeito de, oficialmente, autoridades políticas e religiosas afirmarem que seu único objetivo era a expansão da fé cristã.

3. (Upe 2012) O processo da Expansão Ultramarina acabou por redefinir o mapa mundial nos séculos XV-XVI. Com a descoberta da América e a possibilidade de um melhor conhecimento da África e Ásia, por parte dos europeus, ocorreram várias mudanças na mentalidade europeia. Sobre essa realidade, é correto afirmar que

a) várias narrativas sobre as terras distantes e exóticas e seus habitantes foram publicadas na Europa, como os escritos de Hans Staden. b) os espanhóis, logo de início, caracterizaram as descobertas de Colombo, como a chegada a um novo continente até então desconhecido. c) os portugueses optaram por colonizar a África central, evitando fixarem-se na América. d) a França e a Inglaterra colheram os lucros pela antecipação às nações ibéricas no processo das descobertas ultramarinas. e) a Espanha acabou por ocupar boa parte do território africano, dominando assim o tráfico negreiro até fins do século XVIII.

4. (Unicamp simulado 2011) Segundo o historiador indiano K.M. Panikkar, a viagem pioneira dos portugueses à Índia inaugurou aquilo que ele denominou como a época de Vasco da Gama da história asiática. Esse período pode ser definido como uma era de poder marítimo, de autoridade baseada no controle dos mares, poder detido apenas pelas nações europeias. (Adaptado de C.R. Boxer, O império marítimo português, 1415-1835. Lisboa: Ed. 70, 1972, p. 55.)

Os domínios estabelecidos pelos portugueses na Índia e na América

a) se diferenciavam, pois na Índia a presença dos portugueses visava o comércio, e para este fim eles estabeleciam feitorias, enquanto na América o território se tornaria uma possessão de Portugal, por meio de um empreendimento colonial destinado a produzir mercadorias para exportação.

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b) se diferenciavam, pois a colonização dos portugueses na Índia buscava promover o comércio de especiarias e de escravos, enquanto na América estabeleceu-se uma colônia de exploração, que visava apenas a extração de riquezas naturais que serviriam às manufaturas europeias. c) tinham semelhanças e diferenças entre si, porque em ambas se estabeleceu um sistema colonial baseado na monocultura, no latifúndio e na escravidão, mas na América este sistema era voltado para a produção de açúcar, enquanto na Índia produziam-se especiarias. d) tinham semelhanças e diferenças entre si, porque ambas sofreram exploração econômica, mas na Índia uma civilização mais desenvolvida apresentou resistência à dominação, levando à sua destruição, ao contrário do Brasil, onde a colonização foi mais pacífica, por meio da civilização dos índios.

5. (Unicamp 2011) Referindo-se à expansão marítima dos séculos XV e XVI, o poeta português Fernando Pessoa escreveu, em 1922, no poema “Padrão”:

“E ao imenso e possível oceano Ensinam estas Quinas, que aqui vês, Que o mar com fim será grego ou romano: O mar sem fim é português.” (Fernando Pessoa, Mensagem – poemas esotéricos. Madri: ALLCA XX, 1997, p. 49.)

Nestes versos identificamos uma comparação entre dois processos históricos. É válido afirmar que o poema compara

a) o sistema de colonização da Idade Moderna aos sistemas de colonização da Antiguidade Clássica: a navegação oceânica tornou possível aos portugueses o tráfico de escravos para suas colônias, enquanto gregos e romanos utilizavam servos presos à terra. b) o alcance da expansão marítima portuguesa da Idade Moderna aos processos de colonização da Antiguidade Clássica: enquanto o domínio grego e romano se limitava ao mar Mediterrâneo, o domínio português expandiu-se pelos oceanos Atlântico e Índico. c) a localização geográfica das possessões coloniais dos impérios antigos e modernos: as cidades-estado gregas e depois o Império Romano se limitaram a expandir seus domínios pela Europa, ao passo que Portugal fundou colônias na costa do norte da África. d) a duração dos impérios antigos e modernos: enquanto o domínio de gregos e romanos sobre os mares teve um fim com as guerras do Peloponeso e Púnicas, respectivamente, Portugal figurou como a maior potência marítima até a independência de suas colônias.

6. (Ufpi 2008) Sobre a expansão marítima europeia nos séculos XV e XVI, podemos afirmar que:

a) Teve, na Batalha de Poitiers, marco inicial da reconquista da Península Ibérica pelos europeus, o ponto de partida. b) Teve, na procura por mercados consumidores para os produtos manufaturados europeus, a principal motivação inicial. c) Foi iniciada por navegantes de origem holandesa, que desde o

século XIII, trafegavam pelo Mar Mediterrâneo e por rotas atlânticas nas costas africanas. d) A constituição dos Estados de tipo moderno, aliada às necessidades de procura por metais preciosos, e de rotas alternativas para o intercâmbio comercial entre o Oriente e o Ocidente, foram fatores centrais para desencadear a expansão marítima. e) Teve, no acelerado crescimento demográfico dos séculos XIII, XIV e XV um fator motivador, pois a procura por novos territórios, para diminuir as pressões por terras cultiváveis na Europa, era urgente.

7. (Fuvest 2008) "Os cosmógrafos e navegadores de Portugal e Espanha procuram situar estas costas e ilhas da maneira mais conveniente aos seus propósitos. Os espanhóis situam-nas mais para o Oriente, de forma a parecer que pertencem ao Imperador (Carlos V); os portugueses, por sua vez, situam-nas mais para o Ocidente, pois deste modo entrariam em sua jurisdição." Carta de Robert Thorne, comerciante inglês, ao rei Henrique VIII, em 1527. O texto remete diretamente

a) à competição entre os países europeus retardatários na corrida pelos descobrimentos. b) aos esforços dos cartógrafos para mapear com precisão as novas descobertas. c) ao duplo papel da marinha da Inglaterra, ao mesmo tempo mercantil e corsária. d) às disputas entre países europeus, decorrentes do Tratado de Tordesilhas. e) à aliança das duas Coroas ibéricas na exploração marítima.

8. (Uff) A "Carta de Pero Vaz de Caminha", escrita em 1500, é considerada como um dos documentos fundadores da Terra Brasilis e reflete, em seu texto, valores gerais da cultura renascentista, dentre os quais destaca-se:

a) a visão do índio como pertencente ao universo não religioso, tendo em conta sua antropofagia;b) a informação sobre os preconceitos desenvolvidos pelo renascimento no que tange à impossibilidade de se formar nos trópicos uma civilização católica e moderna;c) a identificação do Novo Mundo como uma área de insucesso devido à elevada temperatura que nada deixaria produzir;d) a observação da natureza e do homem do Novo Mundo como resultado da experiência da nova visão de homem, característica do século XV;e) a consideração da natureza e do homem como inferiores ao que foi projetado por Deus na Gênese.

9. (Cesgranrio) A Revolução Científica, ocorrida na Europa Moderna entre os séculos XVI e XVII, caracterizou-se por:

a) acentuar o espírito crítico do homem através do desenvolvimento da ciência experimental.b) reforçar as concepções antinaturalistas surgidas nos primórdios do Renascimento.c) comprovar a tese de um universo geocêntrico contrária à explicação tradicional aceita pela Igreja Medieval.

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d) negar os valores humanistas, fortalecendo assim as ideias racionalistas.e) confirmar os fundamentos lógicos e empiristas da filosofia escolástica em sua crítica aos dogmas católicos medievais.

10. (Fatec) Em O RENASCIMENTO, Nicolau Sevcenko afirma:"O comércio sai da crise do século XIV fortalecido. O mesmo ocorre com a atividade manufatureira, sobretudo aquela ligada à produção bélica, à construção naval e à produção de roupas e tecidos, nas quais tanto a Itália quanto a Flandres se colocaram à frente das demais. As minas de metais nobres e comuns da Europa Central também são enormemente ativadas. Por tudo isso muitos historiadores costumam tratar o século XV como um período de Revolução Comercial."

A Revolução Comercial ocorreu graças:a) às repercussões econômicas das viagens ultramarinas de descobrimento.b) ao crescimento populacional europeu, que tornava imperativa a descoberta de novas terras onde a população excedente pudesse ser instalada.c) a uma mistura de idealismo religioso e espírito de aventura, em tudo semelhante àquela que levou à formação das cruzadas.d) aos Atos de Navegação lançados por Oliver Cromwell.e) à autossuficiência econômica lusitana e à produção de excedentes para exportação.

11. (Uff) Dentre os temas desenvolvidos pela cultura renascentista há um que se mantém presente até hoje - a utopia - despertando atenção, principalmente, em finais de século.Assinale a opção que se refere à ideia de utopia defendida no século XVI.a) A ideia de utopia como tema central dos manuais de escolástica que se transformou no valor político mais importante da Igreja romana.b) A ideia de utopia expressa por São Francisco de Assis, nas suas lições sobre a natureza dos homens e dos animais.c) A ideia de utopia que revelava o caráter de oposição da Igreja ao novo tempo mundano e secular da renascença.d) A ideia de utopia apresentada por Maquiavel em sua obra, O Príncipe, na qual defendeu o republicanismo.e) A ideia de utopia exposta por Thomas Morus, na qual criticava os humanistas que reivindicavam a autoridade soberana do Príncipe.

12. (UNEM) O franciscano Roger Bacon foi condenado, entre 1277 e 1279, por dirigir ataques aos teólogos, por uma suposta crença na alquimia, na astrologia e no método experimental, e também por introduzir, no ensino, as ideias de Aristóteles. Em 1260, Roger Bacon escreveu: "Pode ser que se fabriquem máquinas graças às quais os maiores navios, dirigidos por um único homem, se desloquem mais depressa do que se fossem cheios de remadores; que se construam carros que avancem a uma velocidade incrível sem a ajuda de animais; que se fabriquem máquinas voadoras nas quais um homem (...) bata o ar com asas como um pássaro. Máquinas que permitam ir ao fundo dos mares e dos rios" (apud. BRAUDEL, Fernand. "Civilização material, economia e capitalismo: séculos XV-XVIII São Paulo: Martins

Fontes, 1996, vol. 3).

Considerando a dinâmica do processo histórico, pode-se afirmar que as ideias de Roger Bacona) inseriam-se plenamente no espírito da Idade Média ao privilegiarem a crença em Deus como o principal meio para antecipar as descobertas da humanidade.b) estavam em atraso com relação ao seu tempo ao desconsiderarem os instrumentos intelectuais oferecidos pela Igreja para o avanço científico da humanidade.c) opunham-se ao desencadeamento da Primeira Revolução Industrial, ao rejeitarem a aplicação da matemática e do método experimental nas invenções industriais.d) eram fundamentalmente voltadas para o passado, pois não apenas seguiam Aristóteles, como também baseavam-se na tradição e na teologia.e) inseriam-se num movimento que convergiria mais tarde para o Renascimento, ao contemplarem a possibilidade de o ser humano controlar a natureza por meio das invenções.

13. (Uel) A arte renascentista, de uma forma geral, se caracterizou pelaa) representação abstrata do mundo.b) estreita relação entre arte-romantismo-melancolia.c) representação cubista da ideia de Deus.d) aproximação entre arte-pesquisa-inovações técnicas.e) valorização estética dos afrescos da antiguidade egípcia.

14. (Ufc) A cultura renascentista favoreceu a valorização do homem, estimulando a liberdade de expressão presente em diferentes manifestações artísticas e literárias. Entretanto, a participação da Igreja Católica, entre os mecenas, pode ser associada:a) à renovação das ideias defendidas pela hierarquia eclesiástica, que se deixara influenciar pelo liberalismo burguês.b) à continuidade do cristianismo como religião dominante, limitando a liberdade de expressão aos valores estabelecidos pela Igreja.c) ao engajamento da intelectualidade católica nas experiências científicas, na tentativa de conciliar razão e fé.d) às novas condições de vida na Europa, que extinguiram a persistência dos valores religiosos na sociedade.e) ao surgimento de novas ordens religiosas, defensoras do mecenato como um meio de maior liberdade de expressão.

15. (Ufmg) "Que obra de arte é o homem: tão nobre no raciocínio, tão vário na capacidade; em forma o movimento, tão preciso e admirável; na ação é como um anjo; no entendimento é como um Deus; a beleza do mundo, o exemplo dos animais." (SHAKESPEARE, William. HAMLET.)O valor renascentista expresso nesse texto éa) o antropomorfismo.b) o hedonismo.c) o humanismo.d) o individualismo.e) o racionalismo.

16. (Ufmg) Miguel de Cervantes, um dos grandes expoentes renascentistas, pretendia com seu livro DOM QUIXOTE

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a) denunciar o papel submisso da mulher, representado pela heroína Dulcinéia.b) exaltar os valores da cavalaria, da honra, do herói, imortalizados na figura de Dom Quixote.c) fazer uma crítica aos valores medievais, satirizando-os nas figuras de Dom Quixote e Sancho Pança.d) mostrar a inutilidade da luta contra a Igreja, utilizando a imagem de Dom Quixote lutando contra os moinhos de vento.e) satirizar a figura do monarca absoluto, ao entronizar Sancho Pança como rei da imaginária ilha da Cocanha.

17. (Ufpe) Os caminhos da renovação científica favoreceram o surgimento de teorias que abriram novos caminhos para lançar os alicerces da ciência moderna. O inglês Francis Bacon foi um dos renovadores que escreveram obras importantes. Sobre ele, podemos afirmar que:a) escreveu uma obra intitulada "Ensaios", onde faz uma importante análise do ser humano.b) compartilhou do método cartesiano e foi defensor do racionalismo positivista.c) não teve pretensões políticas; daí, sua grande dedicação à ciência.d) formulou, juntamente com Campanella, a idealização da chamada Cidade do Sol.e) foi, com Newton, o inventor do método indutivo, o qual revolucionou a Química e a Física.

18. (Unirio) Ao final do Renascimento, diversas transformações culturais e sociais ocorridas na Europa, entre os séculos XVI e XVII, propiciaram o surgimento da Revolução Científica. Esse movimento caracterizou-se por um (a):a) predomínio da concepção de um universo fechado e sobrenatural.b) negação dos valores individualistas do homem e das concepções naturalistas.c) crítica à ciência medieval expressa no retorno do pensamento escolástico.d) afirmação do monopólio da Igreja Católica na explicação das coisas do mundo.e) valorização do espírito crítico e do método experimental.

19. (Unirio) Criada pelos humanistas italianos e retomada por Vasari, a noção de uma ressurreição das letras e das artes graças ao reencontro com a Antiguidade foi, seguramente, fecunda (...). Essa noção significa juventude, dinamismo, vontade de renovação (...). Teve em si a inevitável injustiça das abruptas declarações de adolescentes, que rompem ou creem romper com os gostos e as categorias mentais dos seus antecessores. Mas o termo "Renascimento", mesmo na acepção estrita dos humanistas, que o aplicavam, essencialmente, à literatura e às artes plásticas, parece-nos atualmente insuficiente. (DELUMEAU, Jean. A CIVILIZAÇÃO DO RENASCIMENTO. Lisboa, Editorial Estampa, 1983, vol.1, p.19)

A revisão que o autor nos apresenta com relação ao termo Renascimento aponta para o fato de que a (o):a) Idade Média não deve mais ser vista como um período de obscurantismo onde a cultura estava totalmente morta.b) cultura medieval já realizava um questionamento ao

teocentrismo, fato que foi apenas aprofundado pelo Humanismo e pelo Renascimento.c) ruptura que os humanistas pretendiam com a Idade Média era apenas aparente, pois a suposta inspiração na Antiguidade esteve sempre subordinada aos padrões medievais.d) obscurantismo medieval não impediu a existência de uma produção artística, embora esta fosse esteticamente inferior à da Renascença.e) Humanismo ainda imprime ao Renascimento uma visão conformista com relação ao mundo, o que muito se assemelhava ao pensamento medieval.

20. (Fuvest) Já se observou que, enquanto a arquitetura medieval prega a humildade cristã, a arquitetura clássica e a do Renascimento proclamam a dignidade do homem. Sobre esse contraste pode-se afirmar quea) corresponde, em termos de visão de mundo, ao que se conhece como teocentrismo e antropocentrismo;b) aparece no conjunto das artes plásticas, mas não nas demais atividades culturais e religiosas decorrentes do humanismo;c) surge também em todas as demais atividades artísticas, exprimindo as mudanças culturais promovidas pela escolástica;d) corresponde a uma mudança de estilo na arquitetura, sem que a arte medieval como um todo tenha sido abandonada no Renascimento;e) foi insuficiente para quebrar a continuidade existente entre a arquitetura medieval e a renascentista.

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