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1º Unidade

Capítulo I

Introdução a História, Os períodos históricos, Historiografia, Formalidade Histórica, Filosofia Histórica, Escola dos Annales, Divisão da história__________________________________________3

Capítulo II

Pré-história, Divisão da evolução humana______________________________________________9

Capítulo III

A Baixa Mesopotâmia e o Egito, Civilizações mesopotâmicas, Fenícios, Persas________________13

Capítulo IV

Cultura greco-romana, Principais cidades estadas gregas, Os jogos olímpicos, Sincretismo greco-romano, República, Império____________________________________________________________23

Capítulo IV

Sociedade Medieval e Sistema Feudal_________________________________________________34

Questões do ENEM e Vestibular____________________________________________________47

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Organização: Apoio:

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Quando pensamos em História, a primeira coisa que vem a nossa cabeça é “aquilo que já aconteceu”, o passado, porém enganam-se aqueles que assim pensam já que a história é viva e acontece diariamente.

A História é feita de fatos, sendo assim, qualquer interpretação equivocada ou um erro de registro não conferindo com a realidade faz com que a dita “Verdade” mude totalmente de figura.

A principal meta da História é resgatar as informações culturais, analisando os fatos que envolveram a atmosfera de uma época. No estudo dessa disciplina, percebe-se que todo tipo de cultura, deve ser respeitadas já que um acontecimento pode ter varias óticas e milhares de pontos de vista quebrando aquela visão tradicional maniqueísta.

Os Períodos Históricos.

Período Datação wweedfrt IUOP

J0856NMJKPré-História

Antes do surgimento da escrita a 4.000 a.C.

Idade Antiga 4.000 a. C até 476 (Invasão do Império Romano).

Idade Média 476 a 1453 (Conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos).

Idade Moderna 1453 a 1789 (Revolução Francesa).

Idade Contemporânea

1789 até os dias de hoje.

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Capítulo I

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Disciplinas que auxiliam o desenvolvimento e esclarecimento da História da humanidade.

Disciplina Sua Função

Psicologia Estudar o comportamento humano tanto individualmente como coletivamente.

Paleografia Estudar os escritos antigos.

Numismática Analisar moedas e medalhões que revelem o passado.

Paleontologia Recolhimento e pesquisa de fósseis.

Arqueologia Estudar a cultura material dos povos antigos.

Heráldica Estudar os símbolos e brasões antigos.

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Capítulo I

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Historiografia

Existe dentro da disciplina de História um ramo muito interessante que trata da análise e estudo do contexto histórico que possibilitaram a concretização dos fatos históricos. Oficialmente, as análises historiográfias, dividem-se em algumas vertentes:

• História politica - Relativo ao estudo dos fatos envolvendo a realidade das instituições politicas,militares e legislativas.

• História economia - Estuda o que diz respeito aos movimentos sociais.

• História religiosa - Análise dos fatos envolvendo a as instituições religiosas e e os resultados de suas influencias.

• História da arte - Extrema preocupação e valorização dos registros expressos de forma artística.

• História cultural - Registra as “novidades” que surgem a cada momento no decorrer da história.

• História do tempo presente - Estuda principalmente os avanços do nosso tempo.

• História ambiental - Estuda a história do meio ambiente e do clima.

Formalidade Histórica

• História Narrativa ou Episódica – Quem conta os fatos só se preocupa em passar a informação sem dar maior atenção à veracidade dos fatos e a fonte de onde esse conhecimento foi retirado.

• História Pragmática - Indica uma grande preocupação do historiador em apontar os erros cometidos nas realidades passadas de forma didática para que eles não voltem acontecer.

• História Científica – Resultado das idéias que consolidaram a revolução francesa,essa vertente destina-se ao empirismo e com as técnicas e metodologias utilizadas nesse estudo.

• História dos Annales - Fundada em 1939 pelos professores de história Marc Bloch e Lucien Febvre fundaram uma revista que buscava uma nova análise da realidade tanto da época quanto do passado; "Annales d'histoire économique et sociale" (Anais de História Econômica e Social).

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Capítulo I

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Filosofia Histórica

• Concepção Providencialista – Justifica todos os acontecimentos da história a vontade divina.

• Concepção Idealista – Segundo essa interpretação, a história é feita, tendo como base o campo das idéias seja ela voltada para a economia, religião ou política.

• Concepção Materialista – Idealizado por Karl Marx e Frederich Engels,o materialista nasce de uma necessidade de interpretar os fatos históricos como sendo influenciados pelos acontecimentos “comuns”de uma sociedade como a economia,a religião,as decisões individuais e coletivas da população.

• Concepção Psicológico-social – defende a premissa de que os acontecimentos são determinados por teor psicológico dominante em determinados grupos sociais.

Existe uma grande lição a ser aprendida no estudo da História: a História é contada pelos vencedores, portanto, tal disciplina torna-se instável, já que os fatos serão traçados da forma como um seleto grupo de pessoas que tiverem poder para isso, quis traçar.

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Fotografia alterada durante o regime stalinista excluindo a figura de Trotski da “História”.

Crítica de DocumentaçãoCritica Objetiva –

Verificação prévia do cocumento se ele é original, uma cópia ou uma falsificação.

Critica Subsetiva – Utilizam-se meios científicos para a comprovação do valor do documento ajudada pelas ciências auxiliares (Psicologia, Paleografia, Numismática, Paleontologia, Herâncica, etc...)

Capítulo I

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Escola dos AnnalesFundada no final da década de 20, a Revista de história, "Anais de História Econômica

e Social" (Escola dos Annales), vinha com uma nova proposta de ensino e transmissão e valorização do passado e dos reflexos na sociedade da sua época. Os então professores da universidade de Estrasburgo Lucien Febrev e March Bloch estruturaram uma nova interpretação dos fatos históricos de modo a valorizar as pequenas atitudes coletivas e individuais da sociedade da época utilizando-se de disciplinas como a geografia e a psicologia de forma a alicerçar essa inovadora forma de entendimento da história humana. Posteriormente, a escola dos Annales passa a se designar como “Nova História" tendo como seus principais expoentes os estudiosos contemporâneos, Michel Foucault e Jacques Le Goff que defendem a premissa segundo qual, todas as atitudes dos seres humanos e todos os seus reflexos no mundo são História.

Divisão da História

Oficialmente, a História da humanidade divide-se em dois "tempos": antes e depois de Cristo (respectivamente a.C e D.C), porém, essa datação não é o único modelo de periodização cronológica que é utilizado. Vejamos alguns exemplos:

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Capítulo I

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O povo árabe faz sua datação histórica a partir de um episódio conhecido como "Hégira" (a fuga de Maomé e seus colaboradores de Meca). Oficialmente, os países que adotaram o islamismo como sistemas políticos, econômicos e religiosos estão no ano de 1387, já na datação utilizada no ocidente, inclusive no Brasil, é tomada a morte de Jesus Cristo como ponto de partida para a contagem mundial, assim,como todos sabem,estamos no ano de 2009. Os antigos romanos também se organizavam cronologicamente da sua própria maneira se utilizando da fundação de Roma como marco inicial do "tempo”, e anterior a eles os gregos instituíram os jogos olímpicos como sendo à base da sua datação.

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Sobre escola dos Annales.

Capítulo I

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Podemos considerar o conceito de pré-história a época que antecede aos registros históricos, ou seja, antes do surgimento e desenvolvimento da escrita. Alguns historiadores criticam tal termo, pois na sua visão não existe uma anterioridade a história do mundo ou do homem e isso uma anterioridade a escrita.

A história como sendo uma ciência, apoia-se em outras tantas ciências de modo a buscar um maior entendimento a cerca dos assuntos relacionados à evolução do homem, uma dessas ciências é a biologia que nos ajuda a compreender de forma racional o surgimento e evolução do homem na face da terra. Dentre todos os cientistas que objetivaram compreender essa evolução, destaca-se o biólogo inglês Charles Darwin que elaborou a teoria da “evolução das espécies”.

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Capítulo II

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Segundo tal teoria todos os seres que existem e que existiram na terra são resultados de inúmeras modificações sofridas ao passar do tempo, resultado de dois fatores que Darwin destaca como sendo fundamentais para a evolução dos seres: A mutação e a seleção natural. Se assim como Darwin defende, todos os seres evoluem, o homem não seria exceção, passando por varias fases de desenvolvimento e se adaptando as circunstancias e realidades que lhe apareciam no caminho.

Segundo os fundamentos tradicionais da ciência, a evolução humana dividiu-se em:

• Australopithecus - Seu nome significa macaco do sul, pois sua ossada confundia-se com a de um símio, porém constatou-se que o fóssil possuía características de hominídeo; bípede de postura semi-ereta, altura entre 1m e 1,5m, mãos livres que lhes permitia usar objetos.

• Homo Habilis - Com os braços, um tanto desproporcionais ao tamanho do resto de seu corpo, o Homo Habilis possuía uma cavidade craniana muito menor do que a de seus antepassados. O seu nome deriva da concepção que segundo alguns estudiosos, esse parente distante, foi o primeiro a confeccionar ferramentas de pedra e madeira rotulando-o assim como sendo habilidoso.

• Homo erectus - Caracterizados como sendo a primeira espécie de hominídeo a dominar o fogo. Assim como os Homo Habilis,eram exímios construtores porém,suas ferramentas e utensílios diferenciavam-se no que diz respeito a qualidade e a sua elaboração; eram muito mais sofisticadas. Acredita-se que essa espécie que começou o processo migratório.

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Capítulo II

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• Homo sapiens Neanderthalensis - Viveram aproximadamente a 200 mil anos atrás tendo evoluído do homo erectus ao se adaptar ao clima frio da Europa. São os primeiros a praticar o enterro de seus mortos, eram inteligentes e faziam suas ferramentas de ossos, chifres e pedras; utilizavam vestimentas mais apropriadas e possuíam linguagem própria.

• Homo sapiens sapiens - É o que conhecemos como o atual ser - humano, tem uma gestação de nove meses intra-uterina e é caracterizado como sapiens por se tratar de uma espécie que utiliza o raciocínio para tomar decisões e não somente os instintos como seus antepassados.

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Capítulo II

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Os estudiosos, costumam dividir a Pré-história em 3 períodos distintos: o paleolítico,ou a idade da pedra lascada,o neolítico,ou a idade da pedra polida e a idade dos metais.

Paleolítico Neolítico Idade dos metais

A sociedade era composta basicamente por caçadores coletores nômades, que construíam suas ferramentas utilizando ossos, chifres de animais e pedras, é nessa época que o fogo começa a ser manipulado e surgem os primeiros sinais de uma linguagem própria.

Nesse período, o homem deixa de vagar pelas regiões e passa a se fixar em determinadas localidades, dominando assim a arte da agricultura e da pecuária. Surgem nessas regiões agrupamentos que com o tempo faz crescer a população resultando assim na organização da divisão de tarefas.

Chamada assim, pois nessa época começa o desenvolvimento da metalurgia, bronze, cobre e ferro começa a ser utilizados na fabricação dos mais variados e complexos objetos e ferramentas, fazendo uma revolução na sociedade primitiva.

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Sobre a evolução das espécies

Capítulo II

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Em meados do século 70 antes de Cristo, o mundo oriental já servia de habitação pra povos que deixaram a vida nômade e passaram a ser sedentários, povos que não mais buscavam sua sobrevivência exclusivamente na caça e na pesca mais começavam a praticar a agricultura e a criação de animais se organizando em aldeias; esse foi o primeiro exemplo de civilização e convívio em sociedade dos seres-humanos.

A partir do quarto milênio começaram a surgir às primeiras sociedades humanas inaugurando o conceito de civilização (Egito, Mesopotâmia, Palestina, Pérsia...), delimitada na área denominada “crescente e fértil” pela sua localização entre os principais rios orientais (Nilo, Eufrates e Tigre).

A urbanização da Baixa Mesopotâmia, que significa “terra entre rios”, só se deu a partir do século 30 antes de cristo apresentando 14 cidades e outras tantas menores que se subordinavam a essas 14 maiores. A partir da evolução desse novo modo de vida em sociedade os habitantes precisaram ir se adaptando aos problemas que a vida em sociedade lhe ofereciam e como essa região foi a primeira com tal modelo de sociedade, os povos ali viventes não dispunham de outros mundos que pudessem usar de exemplo para a construção de seu próprio modo de vida (como fizeram os egípcios), motivo pelo qual a urbanização da região foi tão demorada tendo que esperar mais de quatro milênios.

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Por volta do ano 3150 a.C após anos e anos de guerras e alianças só sobraram, as regiões correspondentes ao Baixo e Alto Egito que se unificam dando formato ao Egito Antigo que conhecemos, incluindo a dinastia dos faraós que só surge após a unificação consolidando-se como senhor de todo império.

Capítulo III

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A marca do faraó era a sua coroa que se modificou longo da formação do estado egípcio: a coroa branca era usada pelo soberano correspondente ao Alto Egito; a coroa vermelha era usada pelo soberano correspondente ao Baixo Egito; a coroa dupla (branca e vermelha) era utilizada após a unificação do Baixo e Alto Egito; a coroa azul era usada pelo faraó quando comandava suas tropas na guerra.

Existem diferenças marcantes no processo de consolidação dos impérios egípcio e mesopotâmio. O antigo Egito, com sua vastidão e onipotência, tinha um modelo de governo centralizado e organizado tendo como capital imperial a cidade de Mênfis. Diferente dos egípcios, os mesopotâmios estavam divididos em varias cidades-estados independentes, cada uma com suas características culturais, religiosas e administrativas. Ainda na primitiva Mesopotâmia, no berço de sua formação, percebe-se que a vida religiosa e o mundo político não eram separados tendo em vista que achados arqueológicos e fontes históricas demonstram que os palácios reais e os templos coexistiam no mesmo local.

Dentro deste “local”, existia um funcionário real chamado EN (que significa na língua local “senhor”) que exercia várias funções distintas: sumo sacerdote, chefe militar e desempenhava algumas funções de cunho administrativo.

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Capítulo III

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A posição de chefe militar só era ocupada por homens, contudo, a de sumo sacerdote aceitava ambos os sexos.

O clima e as atividades naturais desempenharam papel fundamental para a formação dos estados mesopotâmicos, como essa região situava-se entre grandes rios (tigre, Eufrates...), essa localização contribuiu para diversas atividades, como a fertilização da terra quando estes transbordavam, a comunicação com outros povos e o comércio marítimo.

Dentro dessa sociedade, existia uma divisão em relação ao setor urbano das cidades mesopotâmicas:

A cidade stricto sensu que ficava fora dos muros da cidade, tinham a função de proteger a cidade, a parte pertencente aos camponeses onde era praticada a agro-pecuária, e o porto que servia para comercializar com mercadores estrangeiros que não podiam se fixar na cidade.

A região da Mesopotâmia (que significa literalmente terra entre rios), foi o berço de dezenas de civilizações da humanidade, dentre todas destacam-se:

1. Sumérios

2. Babilônicos

3. Assírios

4. Caldeus

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Capítulo III

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Civilizações Mesopotâmicas

Sumérios 3500 AC – 1900 AC.

Localizada na parte sul da mesopotâmia, a civilização suméria é a mais antiga de toda a região, suas principais cidades eram Ur, Uruk, Lagash, Nipur. Assim como todas as cidades-estados da região mesopotâmica, tinha independência religiosa, política e cultural tendo o “Patesi” como chefe político da sociedade. Segundo dados históricos, nessa região dão-se o surgimento da forma de escrita mais antiga do mundo, a chamada “Escrita Cuneiforme”

Babilônicos 1900 AC – 1600 AC.

Fundada por volta de 3800 a.C, à cidade era muito avançada para sua época, tinham um grande conhecimento de arquitetura, economia, arte, direito, agricultura. Os babilônios foram os pioneiros em relação à construção de uma constituição que regia a cidade, durante o reinado de Hamurabi,foi instituído o “código de Hamurabi” ou “ a lei de talião”,baseada no princípio “olho por olho,dente por dente”. Como eram grandes arquitetos, obras grandiosas foram erguidas, o rei Nabucodonosor foi responsável pela construção dos jardins suspensos da babilônia que são até hoje uma das sete maravilhas do mundo.

Assírios 1200 AC – 612 AC.

A primeira sociedade a ter um exército organizado, eram ferozes guerreiros que impunham terror, caos e pilhagem a outras regiões, por terem esse perfil militar se apoderaram de territórios que se situavam para além da mesopotâmia.

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Capítulo III

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Caldeus 625 AC – 539 AC.

Esse povo inicialmente sendo uma pequena tribo, oriunda da Arábia, se anexou ao império babilônico tornando-se parte dele. Tiveram grande importância na guerra contra os povos assírios que foram derrotados posteriormente.

Religião

Historicamente, nenhuma sociedade conseguiu se sobreviver sem uma religião, principalmente em sociedade pioneiras como o Egito e a Mesopotâmia, que não tinham em quem se espelhar e sincretizar sua fé. A religiosidade de ambas as regiões tem um alto grau de complexidade, pois existem dentro de seus cultos, ramificações de cunho social, que caracterizam a sua participação dentro da sociedade. A realidade religiosa vigente dentro do mundo egípcio caracterizava pela miscelânea entre o mundo dos homens e dos animais, por esse motivo muitos deuses são representados com partes humanas e partes animais. Já na Mesopotâmia, os deuses eram retratados como seres humanos antropomórficos, diferente do culto aos “animais-humanos” como no antigo Egito, geralmente as divindades eram relacionadas os acontecimentos na natureza. A astrologia (a crença na influência dos astros na vida das pessoas), surgida nessa época, foi resultado da observação da natureza tendo em vista que em volta da terra existiriam 12 casas com os mais variados seres (signos do zodíaco) e a terra ao se movimentar passaria por essas casas dando origem a novas eras em determinados períodos de tempo.

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Capítulo III

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A religiosidade surgida nessas regiões serviu de inspiração para a atual sociedade judaico-cristã ocidental, na mesopotâmia é importante salientar que os impérios que se formaram dentro de tal região tinham uma forma própria de culto, com deuses diferentes. A relação entre o “divino” e o “humano” eram muito próximas, tão próximas que não era nenhuma novidade no mundo antigo que um soberano se auto proclama-se descendente direto de uma divindade, essa “manobra” fazia com que o rei acumula-se mais poder e respeito ante a população.

Antigo Egito - Adoravam elementos da natureza como a lua, o sol e o Nilo, representavam seus deuses como uma miscelânea entre as formas humanas e as formas animais, a já citada divinização antropozoomórfica.

Diferente da cultura judaico-cristã, que diz que um único Deus criou todas as coisas em sete dias, a teogonia Egípcia é muito mais complexa, pois praticava o politeísmo, sendo assim, cada divindade desempenhou um papel para a criação do mundo. Para os povos do Egito antigo, a raça humana descende diretamente dos deuses egípcios construindo assim uma linhagem sagrada.

Mesopotâmia

A religiosidade mesopotâmica era, sobretudo de caráter hierárquico da sociedade, dividido em três níveis:

• Religião Sacerdotal – uma espécie de monopólio das imagens divinas que ficavam enclausuradas dentro dos templos impedindo que a grande parte da população as adorasse.

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• Religião Monárquica – idéia passada que tanto os faraós quanto à nobreza descendiam dos deuses. Dependendo da interpretação de cada soberano em relação às formas de como o culto seria feito.

• Religião dos Homens Comuns – difícil acesso as manifestações religiosas que aconteciam a distancia dos olhares populares que por sua vez se necessitavam de capelas residências para praticar seu culto.

Muitas das práticas existentes hoje em dia devem-se ao advento da religiosidade mesopotâmica, destacam-se a adivinhação e a astrologia. O estudo dos astros utilizado para se preparar em relação às cheias dos rios Eufrates e Tigre.

Fenícios

Surgidos a aproximadamente o ano 3000 A.C.,os fenícios fixaram-se na região que atualmente compreende o litoral da síria. A organização urbana se dava a partir de cidades - estados como Biblos, Sidon,Tiro e Ugarit,nessa época existia como em toda sociedade a classe dominante que no caso era a elite mercantil;por ser uma região litorânea, a economia se consolidava a partir do comercio via marítima,é por isso que muitos caracterizam a sociedade fenícia como sendo uma Talassocracia (Talasso=Mar + Cracia = governo),uma sociedade baseada na atividades referentes a utilização do mar.

Como todos os povos da antiguidade, os fenícios professavam a sua fé baseada no politeísmo venerando seus deuses de forma sanguinária organizando rituais de sacrifícios humanos aos deuses, principalmente Moloc, Baal e Astarte. Seu alfabeto era representado por 22 letras que designavam os sons.

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Capítulo III

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Persas

Localizada no atual Irã, o povo persa se fixou nessa região por volta do século 4 antes de Cristo. Os persas utilizaram o comercio como fonte de consolidação da sua economia e o governo era de caráter divino, sendo o rei considerado um verdadeiro deus encarnado, portanto, todas as suas ordens deveriam ser obedecidas sem a menor contestação.

De caráter expansionista, os persas se utilizaram de diplomacia para com as regiões subjugadas estabelecendo acordos com as elites locais. O pioneiro das expansões persas foi o rei Ciro I que unificou e expandiu os limites do império persa. Diferente de seu pai Ciro, Cambisses II usava de autoritarismo e submissão dos povos dominados.

Com o inicio das guerras médicas, o império persa vê sua decadência frente as batalhas com o povo grego.

Grécia

Filho do rei Filipe II, Alexandre Magno, entrou para a história como rei do maior império da antiguidade clássica que o mundo conheceu. Educando do filosofo grego Aristóteles, Alexandre desde cedo esteve em contato com a cultura grega. Com a morte do pai, provavelmente assassinado a mando de sua mãe, Alexandre assume poder como imperador da Macedônia aos 20 anos de idade.

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Guerras MédicasBatalhas entre os povos

gregos Aques, Jônios, Dórios) e o povo persa pela disputa das regiões da Ásia Menor. Sobre Helenismo.

Capítulo III

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Alexandre, assim como o pai seguiu o modelo expansionista e diplomático estabelecendo acordos com os povos que não resistissem às conquistas como, por exemplo, o Egito que teve a sua cultura e seus cultos respeitados por Alexandre. Em particular no Egito, Alexandre transformou a região em um grande centro da cultura grega construindo o famoso farol de Alexandria. Durante o período de expansão do império, Alexandre disseminou pelo mundo conhecido a língua e a cultura grega, fundindo a mesma com a cultura oriental, o que entrou para historia como Helenismo.

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Capítulo III

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Em 333 a.C, Alexandre, põe fim ao império persa derrotando o rei Dário III, e transferindo a corte imperial para a Babilônia de onde passa a comandar todo o Império Macedônico. Rumo à Índia, Alexandre é surpreendido pela súbita recusa do seu exercito em prosseguir já que estavam em combate a anos.

Retornando a Babilônia, Alexandre é tomado por uma febre que o impede de conquistar a Arábia (seu próximo objetivo), o outrora grande Alexandre Magno, falece aos 33 anos de idade tendo conquista do quase todo o mundo antigo conhecido pelo homem.

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Capítulo III

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GréciaAtualmente, a historiografia compreende dois modelos destintos de organização social:

o modelo ocidental e o modelo oriental. O modelo que nós vivenciamos é o chamado ocidental, essa divisão não geográfica serve para caracterizar duas formas de se entender os seres humanos. Tal modelo, tem seu inicio entre os anos 3 mil e 2 mil antes de cristo,na região,hoje conhecida como península balcânica.

Essa região passa a receber a entrada de dezenas de povos oriundos das regiões orientais como Aqueus Jônios e Dóricos que iniciam um processo de assentamento naquela região formando clãs. Para entender a história da Grécia antiga, é necessário estabelecer uma relação de tempo e espaço entre os registros e os acontecimentos.

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Capítulo IV

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Período pré-homérico.

(1900-1100 a. C)

Época de desenvolvimento da civilização cretense e minóica. O homem grego como conhecemos ainda não havia surgido.

Período homérico(1100-700 a. C)

A história desse período é baseada a partir dos escritos do poeta grego Homero que dentre suas grandes obras destacam-se a Ilíada e a Odisséia.

Período de obscuridade

(1150-800 a.C.)

Um período perdido na história pela falta da utilização da escrita.

Período arcaico(800-500 a.C.)

Surge o conceito de Polis grega, juntamente com a criação do alfabeto fonético e o desenvolvimento urbano e econômico.

Período clássico(500-338 a.C.)

Ápice do Império grego, destacando as cidades estados de Esparta e Atenas. Período marcado por dezenas de guerras internas (Guerra do Peloponeso) e externas (guerras médicas).

Período helenístico(338-146 a.C.)

Período de grande expansão por parte da macedônia fazendo fundir a cultura grega com outras culturas orientais.

Tanto em Atenas quanto em Esparta, existiam algumas peculiaridades referentes aos seus modelos políticos que vigoraram e inúmeras ocasiões, são eles:

• Tirania - Diferente do conceito atual, a tirania caracterizava-se pela tomada do poder por parte de um individuo nobre que idealizava leis e projetos em beneficio dos mais pobres (divisão igualitária da terra, perdão de divida...)

• Democracia - Semelhante ao ideal que utilizamos hoje em dia, a democracia, fortemente difundida no mundo grego, valorizava a importância das assembléias nas tomadas de decisões políticas onde os membros eram sorteados ou escolhidos.

• Aristocracia (ou oligarquia) - Nesse modelo político, o cargo de magistrado era de caráter hereditário e predominava a decisão dos conselhos.

Principais Cidades Estadas Gregas

Atenas

Principal cidade estada grega baseava a sua economia na agricultura e na pecuária. Fundada pelo Jônios, Atenas é o berço da filosofia e da democracia, encabeçando a liga das cidades democráticas (liga de Delos), a estrutura política de Atenas era composta por uma assembléia popular chamada Eclésia, um conselho de 500 membros chamado Bulé e contava com mais 10 magistrados, já em relação à divisão da sociedade, a realidade ateniense comportava-se da seguinte forma; os cidadãos, aqueles nascidos dentro dos muros de Atenas e que detinham todos os poderes políticos

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Capítulo IV

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da sociedade, os Metecos que eram os estrangeiros que viviam em Atenas, porém não tinham direitos, geralmente dedicavam-se a atividades comercias e os escravos que compunham a maior parte da população ateniense sendo a mão de obra dominante na época.

Esparta

A grande característica do modelo espartano, diz respeito a sua educação; desde cedo, os meninos já eram treinados e educados com um único propósito servir Esparta. Essa cidade estado, tem grande destaque em relação ao seu caráter militar,quando a criança completava sete anos de idade,a responsabilidade de orientá-lo não cabia mais aos seus pais e sim ao estado espartano que recorria a inúmeros meios de conscientizar-los de sua responsabilidade para com a manutenção da ordem dentro da sociedade que era dividida em cidadãos de primeira classe (os Esparciatas),os cidadãos de segunda classe (os Péricos) e os cidadãos de terceira classe (os Hilotas).A organização política se dava da seguinte forma: Uma dupla monarquia hereditária,somada a uma assembléia popular chamada Apela,mais um conselho de 30 membros chamado (Gerúsia) e outros 5 magistrados.

Legado Grego: Artes, Literatura e Filosofia

Sem dúvida as contribuições que o mundo grego fez ao conceito de sociedade ocidental são inúmeras, dentre elas destacam-se as artes, que detém grandes expoentes em obras arquitetônicas como o panteão grego abaixo e as manifestações religiosas em vasilhames e vitrais.

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Capítulo IV

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Quando falamos em Grécia, a primeira coisa que vem a nossa cabeça são os filósofos, sem dúvida se existe uma classe que represente muito bem a realidade política da época e seus ideais são os grandes representantes das correntes filosóficas que surgiram naquela época. A filosofia grega pode ser compreendida em três aspectos e épocas distintas:

• Pré-Socrático - Caracterizado como o período de explicação do surgimento das coisas, a filosofia nessa época preocupa-se com a necessidade de explicar a concepção material de todas as coisas, Tales de Mileto, Heráclito destacam-se como os principais pensadores dessa época.

• Socrático - Nesse período, a busca do conhecimento deixa de ser o mundo metafísico e passa a ser o homem em si, na sua essência. É nessa época, que surgem no cenário intelectual da época, três grandes filósofos marcariam para sempre a história do mundo ocidental; Sócrates, Platão e Aristóteles.

• Helenístico - Por incrível que pareça, é nesse período que começa a tomar forma o que hoje entendemos como ideal cristão, por volta do século III antes de cristo até meados do seculo II, o homem passava a compreender e valorizar mais as soluções individuais do que as coletivas. Os maiores defensores dessa corrente são Marcos Aurélio, Séneca, Epíteto.

Os Jogos Olímpicos

Por volta do ano 776 antes de Cristo, começa na Grécia antiga, um culto ao corpo dos soldados, não bastava somente o soldado grego ser um excelente guerreiro, também era necessário ter uma expressiva beleza e um belíssimo corpo. Como forma de aumentar a qualidade dos soldados, os próprios criavam entre eles competições que eram relacionadas às atividades que desenvolviam em campo de batalha como correr e a força de cada um. Segundo a tradição grega, cada estagio da vida humana tinha a sua própria beleza característica, porém a juventude era tida como a expressão dessa beleza.

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O mundo grego, sempre esteve em busca da perfeição isso incluía o desenvolvimento do intelecto, contudo, a atividade física era tão importante quanto a primeira.

A sociedade grega era unificada em relação a língua e a unidade cultural, porém,no que diz respeito a política,não existia uma unidade ideológica,já que a Grécia estava divida em mais de 100 cidades estados que eram administradas de forma distinta,porém,ficou estabelecido que a cada 4 anos, todas as cidades estados deixariam suas divergências de lado e se uniram em nome dos deuses, expressando na boa forma física o modelo de perfeição grega. Oficialmente, a datação cronológica dos eventos olímpicos, apoiava-se nos feitos de um cozinheiro chamado Coroebus de Elis, que no ano de 776 a.C venceu a competição de corrida atingindo a marca de 192,27 metros, porém, ainda existem divergências quanto a esse conceito, já que alguns historiadores acreditam que os jogos fossem muito mais antigos que essa data. Após sua prática ser banida no século IV, o Barão de Coubertin que era um grande estudioso e admirador dos gregos antigos, convoca uma reunião em 1894 com os governantes de nove países reintegrando a pratica dos jogos olímpicos até os dias de hoje.

Religião

Segundo a religiosidade grega, a genealogia dos deuses gregos, formou-se da seguinte forma:

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Roma

A história da fundação da civilização romana oscila entre o mito e a realidade, analisemos ambas:

• O Mito - Segundo a crença romana, a princesa Réia Silvia, tem dois filhos gêmeos do deus marte, são eles Rômulo e Remo. Após serem lançados ao rio Tibre,os irmãos são amamentados por uma loba e mais tarde,encontrados por pastores que os criam e posteriormente revelam-lhes sua origem,resultando na fuga dos dois e na fundação da cidade de Roma onde posteriormente,Rômulo assassina Remo tornando-se o primeiro rei de Roma.

• A Realidade - Segundo os registros históricos, a cidade de Roma foi fundada no ano 1000 A.C pelos povos latinos e sabinos que eram alvos permanentes de ataques etruscos, onde a única saída foi à união desses povos em prol de uma maior segurança organizando a cidade de Roma.

Monarquia

Com uma economia baseada na agricultura e na pecuária, a monarquia romana foi fundada por volta de 753 a. C, onde o governante (rei) era escolhido, a sociedade romana divida-se em três classes:

• Patrícios - Classe formada pelos grandes proprietários de terra que detinham as atividades comerciais e pertenciam a aristocracia.

• Clientes - Classe prestadora de serviço e dependente dos patrícios.

• Plebeus - Pequenos comerciantes, artesãos, trabalhadores braçais; interessante frisar que o conceito de cidadão na Roma antiga se limitava aos homens nascidos em solo romanos, mulheres, estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos.

Em relação a política real, existia o senado que era formado por nobres famílias patrícias que tinham uma participação limitada nas decisões políticas e a cúria que era uma organização formada por todos os habitantes (menos os escravos) para desempenhar certas funções especificas.

Com o passar do tempo, a classe dos patrícios começa a reivindicar mais participação nas tomadas de decisões políticas, pois eram contrários a centralização do poder nas mãos do rei, em contrapartida, os plebeus reivindicavam melhores condições e benefícios para si, isso levou a queda desse modelo político, abrindo espaço para uma nova instituição que consolidaria seu poder durante toda a existência da civilização romana, o senado.

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República

Com a queda do regime monárquico, o poder começa a se democratizar,para uma melhor administração dessa nova realidade política, são criadas assembléias e magistraturas que ao lado do senado, desempenhavam papeis fundamentais na organização e manutenção de Roma.

O conceito de “Família” nessa época era feito de maneira que o pai era senhor de tudo que possuía: escravos, filhos, esposa, terras e todos os membros dessa família deveriam prestar obediência cega as ordens do patriarca.

Assembléias

• Assembléia Curiata - Desempenhava funções de cunho religioso.

• Assembléia Centuriata - Tinha a responsabilidade de eleger os Cônsules e os Magistrados.

• Assembléia de Plebis - Atuava na escolha direta dos tribunos da plebe.

Magistrados

• Consulado - Permanência de um ano no cargo; exercia o poder executivo; Cônsul armatus – dirigia a guerra; Cônsul togatus – ocupava a administração.

• Ditadura - Quando deparados com algum grande problema como invasões, elegiam um ditador que ficava por até 6 meses no poder.

• Censura - Permaneciam 5 anos no cargo,tinham a função de zelar pela moral e pelos bons costumes da sociedade romana.

• Questura - Administradores do tesouro público.

• Pretura - Administradores da justiça.

• Edilidade - O mesmo que os vereadores de hoje em dia, fiscalizavam as construções, a segurança social, e organizavam os jogos públicos.

• Tribunos da plebe - Defensores dos direitos dos plebeus.

• Pontificado - Chefe religioso.

Senado Era a instituição de maior valor e prestigio dentro de Roma, eram responsáveis pelas decisões internas e externas.

Nesse período começa a expansão territorial romana, que conquista em poucos anos a Península Itálica, a regiões do mar mediterrâneo por intermédio das guerras púnicas travadas

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entre Roma e Cartago, (cidade-estado da Fenícia que controlava o comercio nessa região) e o inicio da gradativa conquista do oriente.

No decorrer dos anos, uma serie de crises começa assolar Roma, essa realidade propicia o surgimento de alguns personagens que são de suma importância para esse período de transição do regime republicano para o regime imperial;iniciam-se ai os chamados triunviratos.

1. Primeiro triunvirato (Pompeu, Crasso e Júlio César).

Trata-se de uma aliança firmada entre Pompeu, Crasso e Júlio César que secretamente dividiram a republica romana entre si ( Júlio César ficou com a Gália,Crasso ficou com a Síria e Pompeu com a Espanha),com a morte de Crasso em combate César rompe a aliança e invade Roma e torna-se ditador vitalício.

O governo de Júlio César

Durante o período que Júlio César se consolidou no poder, algumas reformas foram sendo feitas para melhorar a infra-estrutura romana e aumentar seu poderio econômico, militar e político; construção de obras publicas, aumento no contingente de senadores, divisão de terras para seus soldados, concessão de cidadania romana a população de algumas provinciais fieis a Roma e organizou o calendário chamado hoje de calendário Juliano.

2. Segundo triunvirato (Marco Antônio, Caio Otávio e Lépido).

Após a morte de Júlio César, resultado de uma conspiração do senado, surgem no cenário político e militar novos nomes que pretendem dar continuidade ao trabalho do “César”,são eles Marco Antônio, Caio Otávio e Lépido. Outra divisão regional acontece, Marco Antônio passa a administrar as províncias do oriente, Otávio, às províncias ocidentais e Lépido a África. Marco Antônio acaba se apaixonando pela rainha do Egito Cleópatra esquecendo-se de seus objetivos para com o estado, isso enfurece Otávio que inicia uma guerra contra Cleópatra, saindo vencedor do conflito Otávio começa a por em pratica dezenas de reformas que entram apara historia como a pax romana após o suicídio de Marco Antônio e sua amada.

Império

Dividido em alto império e baixo império:

Alto Império

• Reformas otavianas - Caracterizado pelas reformas feitas por Otávio após a concessão do título de “Augustos” que era dirigido geralmente a divindades, fazendo com que Otávio fosse cultuado como um Deus

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• Cristianismo - Com o advento da doutrina cristã, Jesus de Nazaré, passa a despertar a ira dos imperadores romanos, pois estes tinham um caráter divino e se Jesus se dizia divino, na visão imperial estaria ele querendo se tornar imperador. Com a morte de Jesus, seus seguidores começam a espalhar pelo mundo sua mensagem de paz e amor mútuo, os romanos veem na perseguição a esses seguidores uma forma de entreter a massa nos grandes festivais de sangue que ocorriam nas arenas.

Com a decadência as portas do império, um dos motivos seria a grande difusão do cristianismo, Roma não vê outra saída a não ser a legalização da pratica religiosa que sai da ilegalidade com o Edito de Milão feito por Constantino que sincretisa a cultura pagã vigente a realidade do cristianismo.

Baixo Império

Nessa época, as fronteira começam a ficar mais vulneráveis e iniciam-se uma serie de guerras civis resultando no aumento de impostos pela queda na produção. Com todos esses fatores, ocorre o que Constantino já previa e temia a divisão do império em ocidente e oriente. Existe ainda a tentativa de salvar a economia tentando substituir o regime escravagista pelo regime de colonato. Enquanto o ocidente cai em desgraça pela invasão dos bárbaros e pelas sucessivas crises, a parte oriental tornava-se o local de maior prosperidade, com isso Constantino funda a cidade de Constantinopla e transfere a capital do império para essa cidade.

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Reformas otavianas.

• Redução do poder senatorial.

• Centralização do poder e administração das províncias.

• Criação do correio imperial.

• Incentivo a familiais numerosas

• Divisão do exercito em legiões ao longo das fronteiras

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• Crises imperiais – O fim de Roma

Causas Internas

A maciça difusão do cristianismo por todo império era um fator que preocupava a Roma pelo fato de que os seguidores desse novo culto religioso estavam cada vez mais numerosos isso causava um certo mal estar em relação ao paganismo,forma de culto religioso politeísta vigente no império. Para evitar uma possível guerra dentro do território romano já enfraquecido pelas invasões bárbaras, o imperador Constantino instituiu o cristianismo como religião oficial do império, porém, Constantino percebe que essa repentina saída da ilegalidade poderá desagradar a parte pagã do império, buscando agradar ambas as partes Constantino realiza o antológico Concilio de Nicéia, reunião ecumênica que conta com representantes de ambos os lados: cristãos e pagãos. Outra causa interna da ruína do império é a insatisfação por parte dos camponeses que se sofria com toda forma de mazelas, resultado da corrupção e da verba destinada às guerras com os povos Germânicos, onde o império colecionava derrotas.

Causas Externas

Durante os séculos de existência do Império Romano, grande parte do mundo conhecido ficava subordinada a Roma em todos os aspectos: cultural, econômico, religioso, etc. Como todo império da historia, existiam aqueles estados que não se curvavam ao jugo romano, esses estados passaram ao longo do tempo rotulados como sendo povos “bárbaros” que nada mais são do que toda e qualquer “nação” que não faziam parte do império romano. Com a fragmentação do império, tornasse nítida a ruína do outrora grandioso império romano, e oriente gozava de riqueza e prosperidade onde o fim do império romano não se encontrou nessa época e sim caminharam as estradas da historia com outro nome: “idade média”, que nada mais do que uma extensão do império romano.

Essa nova sociedade era orientada de acordo com um código de leis que auxiliava e orientava o cidadão romano (excluso escravos, mulheres e estrangeiros),esse código era dividido em:

• Direito Publico - União de conceitos e diretrizes que orientava a vida cotidiana dos cidadãos.

• Direito Privado - União de conceitos e diretrizes que orientava as relações familiares.

Sincretismo Greco-Romano

Com as transformações sofridas através do tempo,as divindades gregas perpetuaram suas características na cultura Romana,porém com outro nomes,porém sem interferir nas suas realidades.

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Deus Grego

Deus Romano equivalente Função da Divindade

Zeus Júpiter Deus dos deuses.

Apolo Febo Deus do sol.

Palas Minerva Deusa das atividades domésticas.

Ártemis Diana Deusa lua.

Afrodite Vênus Deusa do amor e da beleza.

Hera Juno Deusa protetora do casamento e das mulheres.

Deméter Ceres Deusa das colheitas.

Poseidon Netuno Deus do mar.

Dionísio Bacho Deus do vinho e da fertilidade.

Ares Marte Deus da guerra.

Hefaistos Vulcano Deus ferreiro.

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O conceito de idade média delimita o período que corresponde à queda do império romano, resultado das crises e das invasões dos bárbaros.

Muitos, ainda, hoje compreendem de forma preconceituosa tal período rotulando-o de “idade das trevas”, essa afirmação se dá resultado da forma de governo que vigorava, onde o

cristianismo impunha a sua moral e a sua ética; esse cristianismo era administrado pela igreja Católica Apostólica Romana, esse processo de localização da capital do mundo nessa época, se dá à medida que a pressão popular exercida sobre o império torna-se cada vez mais difícil de controlar, a economia sofria com a inflação que assolava o império resultado da corrupção dos imperadores e da acumulação de capitais ocasionando a desvalorização da moeda. Com essa desfragmentação econômica tornou-se um grande desafio financiar e patrocinar as empreitadas militares o que proporcionou uma maior vantagem bábara sobre as fileiras do império. O contato com outros povos, inclusive os bárbaros, possibilitou uma maior contestação do regime já que foi percebido que a cultura e o modelo romano não eram os únicos nem o modelo ideal.

Os soldados já desmotivados pelas derrotas que o império começava a colecionar, passam a perceber que a sua participação dentro do império era de grande importância, portanto começaram a exigir mais benefícios e privilégios o que foi negado por Roma trazendo grande insatisfação a ferramenta militar do império.

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Bárbaros - Povos que não faziam parte do império romano, e que eram julgados inferiores aos romanos por essa condição, por exemplo, os Anglos Saxões, Jutos, Gauleses, Francos, vândalos, visigodos, ostrogodos,suevos, hunos.

Capítulo V

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O surgimento e desenvolvimento do Cristianismo, que quando ainda começava a engatinhar sendo um homem guiando 12 seguidores, não oferecia nenhum perigo ao estado romano, porém o crescimento de tal ideologia começa a incomodar os imperadores que passam a ver Jesus de Nazaré não como o líder de um culto religioso mais como um agitador político. Diferente do que é pregado, Jesus não foi o primeiro cristão da história; se confundiu agora? Sem problemas, vamos voltar alguns séculos atrás, mais exatamente na antiga Grécia, lá Platão, já pregava o amor e o perdão como forma de alcançar um grau maior de consciência (paraíso), os filósofos medievais como São Tomás de Aquino e Santo Agostinho se apoderaram dos escritos platonistas, uma herança cultural da civilização greco-romana a quem o cristianismo substituiu, e adaptaram o seu conteúdo a realidade medieval como forma de propagar a religião e os ideais cristãos. Resultando dessa série de crises, o império, (ou o que sobrou dele) dividem-se em duas grandes Zonas geográficas (oriente \ ocidente) onde ele começa a ser povoado por tribos nômades, porém sem usar da arte da guerra; vão se acomodando, esse contato com essas novas culturas e realidades, acontece antes do surgimento cristianismo quando o império já caia. Todos esses fatores fizeram com que a

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Cristianismo - Os romanos professavam o politeísmo pagão que significa a crença em um panteão de deuses, com o surgimento do cristianismo, essa filosofia começa a declinar já que Jesus vem pregando o amor e o perdão dentro de uma realidade caótica e critica, onde ele começa a ter apoio popular. Para agradar uma população que já vinha de uma secular tradição pagã o imperador Constantino convoca o concilio ecumênico de Nicéia onde o cristianismo começa a tomar sua forma atual sendo decidido às datas comemorativas e as características de Jesus; tudo isso usando como base os deuses e os festivais pagãos, sincretizando o personagem Jesus com toda uma realidade já existente de forma a agradar a sociedade e tornar quase imperceptível as mudanças que aconteciam no cenário social, político e econômico da época.

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capital do império Romano (Roma) permanecesse como sendo a capital de uma nova era histórica: A idade média. Nesse período, prevaleceu à relação de vassalagem senhorial que funcionava da seguinte maneira: o senhor feudal dava ao seu vassalo um lote de terra e proteção, em contrapartida, o vassalo jurava fidelidade e trabalhava para o seu senhor.

Império Carolíngio

No decorrer do século V, a Europa começa a receber a instalação de tribos bárbaras (tribos que não pertenciam ao império romano). Uma dessas tribos merece atenção especial, no que diz respeito a organização e consolidação do poderio militar,político e econômico;são eles os francos (o reino franco corresponde ao o que hoje é a França). O rei Clóvis, fundou esse reino e iniciou a expansão de seu território convertendo-se ao cristianismo, Clóvis, passa a utilizar da organização administrativa cristã um modo de consolidar e fortalecer cada vez mais o seu poder.

Após a morte de Clóvis, é a vez de pepino, o breve, escrever o seu nome na história; o governo de pepino foi marcado pela forte aliança que passou a existir entre a o reino franco e a igreja dando-se apoio mutuo. Surge no cenário medieval o mais famoso rei franco, Carlo Magno (dá vem o termo "império Carolíngio").

O império carolíngio dividia-se em 200 cordatos administrados por autoridades políticas e religiosas. Era função de Carlos Magno eleger seus assessores políticos quanto os representantes da igreja, ou seja, Carlos detinha em mãos os poderes de rei e de chefia da igreja.

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Durante seu reinado, Carlos promoveu grandes avanços em relação a seu território e a dominação e conversão de outros povos, lutou contra a ameaça sarracena ao seu território e foi responsável pela manutenção da cultura greco - romana já que a valorização cultural e a intelectualização dos nobres tornou-se uma das grandes metas do império, esse período entrou para a história como o renascimento carolíngio.

Em 814, Carlos Magno morre, e é sucedido por seu filho Luiz, que prossegue como governante do reino dos francos até 840 quando o seu falecimento ocasiona uma grande disputa entre seus filhos.

Com a morte de Luiz, o piedoso, seus filhos começam a disputar as regiões que compreendiam o império:

• Carlos o Calvo - Frância ocidental (atual França);

• Luís o Germânico - Frância oriental (futura Germania, inicio do Sacro império romano germânico;

• Lotário - Centro da Itália até a Frísia (futura Lotaríngia).

Cruzadas

Somada ao crescimento da produção agrícola e o salto populacional da época, as cruzadas tiveram papel fundamental no que diz respeito ao ápice e decadência do sistema feudalista. Em 1095, o papa urbano II organiza a retomada da terra santa (Jerusalém) que havia sido conquistada pelos turcos a alguma décadas atrás. A estratégia de urbana baseou-se

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na pacificação dos pequenos conflitos entre cristão na Europa de forma a uni-los na luta contra os islâmicos.

Oficialmente, existiram quatro principais cruzadas que tiveram o objetivo em comum; conquistar a terra santa e expandir a fé no cristianismo:

• Primeira cruzada - Motivada pela proibição por parte dos turcos de que os cristãos peregrinassem até locais sagrados na palestina, fazendo com que os cruzados pudessem abrir caminho para a conquista de terras no orientes e formarem pequenos estados de língua latina, essas conquistas forma de grande interesse para os comerciantes europeus que viram nesse estabelecimento de novas rotas comercias a possibilidade de reestruturar o comercio de especiarias que havia caído a tempos atrás. Essa cruzada consolidou a tomada de Jerusalém pelos cristãos.

• Segunda cruzada - A segunda cruzada teve um caráter defensivo já que os turcos, liderados pelo sultão saladino,ameaçava tomar a terra santa o que realmente ocorreu em 1149.

• Terceira cruzada - Empreitada militar financiada por grandes soberanos europeus como os reis como Frederico barba Rocha (Alemanha), Ricardo coração de leão (Inglaterra) e Felipe Augusto (França) ,entrou para história como a “cruzada dos reis”.

• Quarta cruzada - Foi uma cruzada que se diferenciou das outras em relação aos seus objetivos, o destino não mais era Jerusalém e sim a cidade de Constantinopla, os soldados só se interessavam pelos lucros que poderiam obter e saquearam toda a capital do império bizantino.

Com o advento das cruzadas, dezenas de mudanças sejam elas no setor econômico político ou militar se acentuaram no interior do continente europeu; um tempo de paz reinou nos países europeus já que todos os guerreiros estavam lutando no oriente, com o restabelecimento das rotas comercias no oriente possibilitou uma grande expansão das relações comercias e a organização de varias feiras. Próximas as essas feiras, começou um processo de aglomeração urbana formando os chamados burgos (daí vem o termo burguesia).

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O Surgimento da Burguesia

Nesses burgos, reuniam-se pessoas que se dedicavam exclusivamente às atividades comerciais, sem classe alguma (nobreza, clero...). O sistema feudal, era extremamente burocratizado, restringindo as liberdades comercias com suas pesadas taxas e seus excessivos impostos. Os burgueses reivindicavam maior autonomia, portanto começaram a apoiar os reis em busca da centralização do poder nas mãos dos mesmos.

Classes Sociais MedievaisClero - (ORATORES) Nobres - (BELLATORES) Servos - (LABORATORES)

Certamente a classe maior influencia no mundo medieval, o clero era composto por todos os membros da Igreja Católica Apostólica Romana.Dividia-se em clero regular (monges integrantes das ordens religiosas) e clero secular (toda a hierarquia envolvida na administração da fé cristã).

Tinham como principal função a participação nas guerras e a administração dos feudos.Com o passar do tempo, a Europa medieval começa a crescer e desenvolver cada vez mais esse modelo econômico o que acaba impossibilitando a divisão dos mesmos, foi onde, esse contexto favoreceu o chamado “direito de primogenitura” que significava que apenas o filho mais velho seria o herdeiro de todas as posses e títulos do falecido pai.

Compreendiam maior parte da população, eram explorados pelos seus senhores e eram obrigados a pagar altas taxas e impostos a fim de bancar os luxos do clero e da nobreza.Interessante ressaltar que escravos e servos não são a mesma coisa; escravos ainda existiam mais em pequeno numero, trabalhavam sem receber nenhum salário, já os servos eram mão de obra assalariada.

Corporações de Oficio

Com a consolidação da economia medieval, os comerciantes se uniram buscando se fortalecer, o mesmo aconteceu com os artesãos; surgiam ai as corporações de ofícios. A união dos artesãos monopolizava o comercio estipulando o preço, qualidade e modelo das mercadorias produzidas impedindo a concorrência. A hierarquia de tais corporações era da seguinte maneira: No topo estava o mestre que detinha o conhecimento, o espaço e as ferramentas, logo em seguida vinham os oficiais que eram pagos pelos seus serviços e poderia um dia vir a ser mestres e por final vinham os aprendizes que residiam nas oficinas e recebiam alimentação, proteção e roupas em troca dos seus serviços.

A Guerra dos Cem Anos

Uma disputa entre ingleses e franceses que aconteceu durante os anos de 1337 e 1453, tinha como objetivo a posse de território francês, principalmente a região Flanders.

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Trata-se de uma guerra que deixou resultados negativos para a população européia.

Com a morte do rei francês Carlos IV em 1328, surge uma disputa pelo trono entre Filipe de Valois sobrinho do rei Filipe e Eduardo III rei da Inglaterra e neto de Filipe por parte de mãe, que perde a disputa para valois.

Por decisão de uma assembléia de senhores feudais franceses, com base na lei Sálica, proibindo a ocupação do reinado por linhagem materna. É o inicio da dinastia Valois,o que não foi satisfatório para os ingleses que tinham estratégias para a região do Flanders.

Toda essa disputa tinha como objetivo a concentração de um comércio manufaturado de tecidos e de matéria prima originada da Inglaterra. A intenção era ter uma importação de lã inglesa sem obstáculos, isso levou os burgueses da região a buscar apoio com Eduardo III, que havia tomado posse.

Chegando em 1337, foi iniciada uma guerra declarada entre franceses e ingleses com duração de quase um século com alguns períodos de paz. Os ingleses demonstram superioridade garantindo vitórias de 1337 a 1422, logo em 1360, um terço do território francês já estava ocupado por ingleses entre 1315 e 1317, antes da guerra. A Europa sofre a grande fome resultado da baixa colheita em uma produção fraca deixando à população debilitada e totalmente vulnerável as doenças. Uma delas foi à peste negra, uma doença que teve origem na china e teve como destino a Índia e a Europa, atingindo principalmente a população pobre e matando quase um terço da Europa. Enquanto a peste matava a população, o comércio francês enfraquecia devido aos gastos com a guerra. Logo apareceram rebeliões, pois os burgueses se sentiam no direito de ter mais participação no governo enquanto camponeses e servos se revoltavam contra seus senhores, rebeliões essas que receberam o nome de Jacqueries (João ninguém). Essas rebeliões foram controladas devido ao apoio real a contra ofensiva da nobreza. Logo após a morte de Carlos V,a nobreza francesa foi dividida em duas: Armagnacs e Bourguignons .

A França ficou dividida por dois reinos em 1420, os ingleses fortalecidos pelos aliados Bourguignons derrotados por Armagnacs,venceram e Henrique V ganha o poder.

A população estava confusa diante de toda condição, era necessário um representante com sentimentos de nação, foi daí que surgiu uma camponesa conhecida como Joana D´arc, liderou; batalhas obtendo vitórias e ganhando territórios, sendo responsável pela coroação de Carlos VII nas terras ao norte.

Em 1430, Joana é capturada por Bourguignons e queimada em praça publica pela santa inquisição por dizer que recebia mensagens diretas de Deus. Carlos V continuou a luta até a retirada dos ingleses em 1453.

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Crise: Fome e PesteDurante os séculos XIV e XV, a produção agrícola, maior fonte de renda dos

senhores feudais começa a declinar, esse declínio é resultado das péssimas condições temporais, a população começa a se alimentar cada vez pior causando um empobrecimento dos nutrientes para o corpo humano tornando-o fraco e deixando o sistema imunológico muito baixo. Por volta do ano 1347, chega a Europa uma nova

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A doença provocada pela bactéria pasteurela pestis oriunda das pulgas dos ratos, a população já enfraquecida passa por uma época negra onde cidades inteiras são dizimadas o que fez com que a população se uni-se se rebelando contra os senhores feudais o que alimentou o enfraquecimento do sistema.

Sistema Feudal

Com o declínio da mão de obra escrava no Império Romano, a consolidação da economia passa a ser feita a partir do estabelecimento de acordos entre ricos e pobres, onde o rico se propõe a oferecer proteção, títulos e terras aos servos, e em contrapartida o servo se responsabiliza pelo cuidado com o feudo.

Influência RomanaCom a decadência dos centros urbanos como localidade comerciais, houve a

transferência desses centros para as vilas que eram unidades autônomas no que diz respeito a agropecuária. Nesse momento de transição entre o declínio da escravidão e a consolidação da mão de obra servil, existia um sistema organizado onde o pagamento era feito em dinheiro vivo e onde o trabalhador exercia a sua função tendo que pagar pelo uso da terra que usava.

Influência Germânica Estabelecimento do Regime de Comitatus, onde existam elos de fidelidade entre os

chefes das tribos guerreiras aos seus soldados,e os chefes dividiam as terras conquistadas com todos os guerreiros que participavam dos combates. No sistema feudal a economia se

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Capítulo V

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mantinha na sua essência dependente do mundo agrário, porém os instrumentos eram rudimentares,o que resultava numa baixa produtividade dos feudos.

No geral, os feudos dividiam-se em três partes distintas:

• Terras senhoriais - Era localizado na melhor parte do terreno, onde residia o rei e sua corte, os armazéns, estábulos e todo um conjunto de locais de suma importância para o pleno funcionamento do feudo.

• Manso servil - Localidade onde habitavam e trabalhavam os servos do feudo.

• Terras comuns - Áreas distantes do centro, geralmente regiões pantanosas destinadas à caça e ao recolhimento de frutos e raízes.

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Sobre tribos bárbaras

Capítulo V

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“A Cidade de Deus, que se crê única, está dividida em três ordens: uns rezam, outros guerreiam e outros trabalham. As três ordens vivem juntas e não suportariam ser separadas. Os trabalhos de cada uma delas permitem o serviço das outras duas. Cada uma, alternadamente, presta seu apoio aos outros”.

Bispo Adalberto de Laon

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Vassalagem

“Laço contratual que unia dois homens livres, o senhor (dominus, recebedor de fidelidade e serviços nobres, isto é, não produtivos, não servis) e o vassalo (vassalus, termo derivado do céltico gwas, homem, aquele que recebia sustento de outro). Nos séculos VIII-IX prevalecia o vínculo pessoal: alguém recebia uma terra porque era vassalo. A partir do século XI prevaleceu o elemento real: alguém fazia-se vassalo para

receber um feudo.”

Fonte: FRANCO JÚNIOR, Hilário. A Idade Média: nascimento do Ocidente. 4ªed. São Paulo: Brasiliense,1992.

Capítulo V

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Transição econômica (Feudalismo x Capitalismo)

O modelo europeu medieval não era o único modelo de sociedade existente, esse conceito caiu em desuso quando nos deparamos com civilização distintas que se organizavam e eram administradas de forma totalmente diferente do modo europeu.

Com a invasão dos bárbaros ao Império Romano dando fim a séculos de supremacia e poder a Roma, começam a se consolidar outros modelos civilizatórios que desbancam a visão tradicional da Europa Medieval.

Europa Medieval Civilização Islâmica Império Bizantino

A) Modelo de civilização ocidental. B) Resultado das reformas do império carolíngio. C) Modelo teocêntrico D) Cavaleiros de cristo; cruzados.

• Revelação ao profeta Maomé. • Estimulo da produção; feiras e comércios regulares. • Invasão da península ibérica.

• Continuação do império romano no oriente • Extensão territorial: Grécia, palestina e Egito. • Declínio; peste.

Com a crise no sistema de escravidão romano, decorrente de fatores próprios da queda romana, como o fim das conquistas imperiais fazendo secar as fontes de obtenção de novos escravos e a carência de matérias primas nas cidades onde residiam os artesão e comerciantes, a mão de obra é substituída; passa de escrava para servil. Com o advento do medievalismo, surge uma nova concepção de como se fazer comércio o chamado sistema feudal ou vassalagem,resultado de uma necessidade dos ricos (obter mão de obra e

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Capítulo V

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enriquecer) e uma necessidade dos pobres (se proteger dos ataques bárbaros) baseia-se no estabelecimento de uma “ajuda” mutua;o senhor feudal,dava terra e proteção ao seu vassalo e esse se comprometia a cuidar desse pedaço de terra,da agricultura e da pecuária de forma a ganhar dinheiro para si e para seu senhor,era de caráter auto-suficiente dentro de uma sociedade estatizada e pouco dinâmica onde o mundo do trabalho se dividia apenas entre senhores e servos,essa falta de dinamismo somada a um complexo contexto histórico substitui mais uma vez as relações comerciais.

Porém, nem todas as regiões medievais sofreram a influência das decisões feudais, essas regiões denominam-se “burgos” onde se mantinha um comércio mais aberto entre as corporações de ofício e as relações comercias exteriores.

Os comerciantes dos burgos (burgueses),possuíam a liberdade de comerciar com quisessem pois não estavam presos a relação servil. A substituição desse modelo se dá a partir da participação ativa dos burgueses que organizam uma nova forma de comerciar mais ampla baseada na total liberdade de comércio substituindo servos por trabalhadores assalariados; capitalismo.

O capitalismo toma a sua forma resultando das Revoluções burguesas que mudam todo o contexto social da época e futuramente, influenciando toda uma geração.

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Revoluções burguesas - São as revoluções que possibilitaram juntamente com a revolução industrial a ascensão do regime capitalista:• Revolução inglesa,• Revolução francesa e• Independência dos estados unidos.

Fases do Capitalismo

Capitalismo Comercial - O lucro se concentrava nas mãos de quem comprava e vendia não quem produzia.

Capitalismo Industrial - Separação entre quem possui os meios de produção e os trabalhadores.

Capitalismo Financeiro - O controle das atividades passa a ser feito pelas grandes corporações e pelo sistema bancário.

Capitalismo Informacional - Nessa fase, o capitalismo continua com as características financeiras e industriais mais se dá uma maior importância ao conhecimento.

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Capítulo V

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A Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desenvolveu o projeto “Comunidades Negras de Santa Catarina”, que tem como objetivo preservar a memória do povo afrodescendente no sul do País. A ancestralidade negra é abordada em suas diversas dimensões: arqueológica, arquitetônica, paisagística e imaterial.

Em regiões como a do Sertão de Valongo, na cidade de Porto Belo, a fixação dos primeiros habitantes ocorreu imediatamente após a abolição da escravidão no Brasil. O Iphan identificou nessa região um total de 19 referências culturais, como os conhecimentos tradicionais de ervas de chá, o plantio agroecológico de bananas e os cultos adventistas de adoração.

<http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=14256&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia>.

Acesso em: 1 jun. 2009. (com adaptações).

O texto acima permite analisar a relação entre cultura e memória, demonstrando que:

A) as referências culturais da população afrodescendente estiveram ausentes no sul do País, cuja composição étnica se restringe aos brancos.

B) a preservação dos saberes das comunidades afrodescendentes constitui importante elemento na construção da identidade e da diversidade cultural do País.

C) a sobrevivência da cultura negra está baseada no isolamento das comunidades tradicionais, com proibição de alterações em seus costumes.

D) os contatos com a sociedade nacional têm impedido a conservação da memória e dos costumes dos quilombolas em regiões como a do Sertão de Valongo.

E) a permanência de referenciais culturais que expressam a ancestralidade negra compromete o desenvolvimento econômico da região.

A pintura rupestre abaixo, que é um patrimônio cultural brasileiro, expressa:

A) o conflito entre os povos indígenas e os europeus durante o processo de colonização do Brasil.

B) a organização social e política de um povo indígena e a hierarquia entre seus membros.

C) aspectos da vida cotidiana de grupos que viveram durante a chamada pré-história do Brasil.

D) os rituais que envolvem sacrifícios de grandes dinossauros atualmente extintos.

E) a constante guerra entre diferentes grupos paleoíndios da América durante o período colonial.

Para responder à questão 2, analise o quadro a seguir, que esquematiza a história da Terra.

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Quêstões

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Considerando o esquema acima, assinale a opção correta.

A) Quando os primeiros hominídeos apareceram na Terra, os répteis já existiam há mais de 500 milhões de anos.

B) Quando a espécie Homo sapiens surgiu no planeta, América do Sul e África estavam fisicamente unidas.

C) No Pré-Cambriano, surgiram, em meio líquido, os primeiros vestígios de vida no planeta.

D) A fragmentação da Pangéia ocasionou o desaparecimento dos dinossauros.

E) A Era Mesozóica durou menos que a Cenozóica.

Segundo a explicação mais difundida sobre o povoamento da América, grupos asiáticos teriam chegado a esse continente pelo Estreito de Bering, há 18 mil anos.

A partir dessa região, localizada no extremo noroeste do continente americano, esses grupos e seus descendentes teriam migrado, pouco a pouco, para outras áreas, chegando até a porção sul do continente. Entretanto, por meio de estudos arqueológicos realizados no Parque Nacional da Serra da Capivara (Piauí), foram descobertos vestígios da presença humana que teriam até 50 mil anos de idade.Validadas, as provas materiais encontradas pelos arqueólogos no Piauí.

A) comprovam que grupos de origem africana cruzaram o oceano Atlântico até o Piauí há 18 mil anos.

B) confirmam que o homem surgiu primeiramente na América do Norte e, depois, povoou os outros continentes.

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Quêstões

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C) contestam a teoria de que o homem americano surgiu primeiro na América do Sul e, depois, cruzou o Estreito de Bering.

D) confirmam que grupos de origem asiática cruzaram o Estreito de Bering há 18 mil anos.

E) contestam a teoria de que o povoamento da América teria iniciado há 18 mil anos.

Em relação à religião no antigo Egito, pode-se afirmar que:

A) a religião no antigo Egito, como nos demais povos da Antigüidade, não tinha grande influência, já que estes povos, para sobreviverem, tiveram que desenvolver uma enorme disciplina no trabalho e viviam em constantes guerras.

B) a religião tinha apenas influência na vida da família dos reis, que a usava como forma de manter o povo submetido a sua autoridade.

C) o período conhecido como antigo Egito constitui o único em que a religião foi quase inteiramente esquecida, e o rei como também o povo dedicaramse muito mais a seguir a tradição dos seus antepassados, considerados os únicos povos ateus da Antigüidade.

D) a religião dominava todos os aspectos da vida pública e privada do antigo Egito. Cerimônias eram realizadas pelos sacerdotes a cada ano, para garantir a chegada da inundação e, dessa forma, boas colheitas, que eram agradecidas pelo rei em solenidades às divindades.

E) a religião do povo no antigo Egito era bastante distinta da do rei, em razão do caráter supersticioso que as camadas mais pobres das sociedades antigas tinham, sobretudo por não terem acesso à escola e a outros saberes só permitidos à família real.

Na Antigüidade, havia diversos padrões de apropriação dos bens e recursos necessários à sobrevivência, entre os quais se destacava a terra.

Sobre tais padrões, julgue os itens abaixo:

I. Na Mesopotâmia, os camponeses trabalhavam terras que eram consideradas propriedade dos deuses. Corporações de sacerdotes administravam a produção, a partir de cada uma das cidades-estado que disputavam entre si as terras cultiváveis;

II. Durante a expansão romana, os soldados (advindos do campesinato) e a elite (tanto a aristocracia como os novos ricos) disputavam a propriedade das terras conquistadas. Tais conflitos ficam evidenciadosnas tentativas de reforma dos irmãos Graco e nas disputas de poder nos dois triunviratos;

III. Em Atenas, a aristocracia de origem dórica mantinha o monopólio da propriedade territorial, o que exigia uma política de expansão, como o atestam a fundação de colônias (Tarento) e a conquista do Peloponeso (seus habitantes foram transformados em escravos do Estado);

IV. A mudança na estrutura da propriedade fundiária (a transformação do camponês romano em escravo) é o principal indício da crise que abalou o Baixo Império Romano (séculos III, IV e V da nossa era);

A) I, II e III corretas

B) I, III e IV corretas

C) II, III e IV corretas

D) I e II corretas

E) III e IV corretas

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Quêstões

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O filme Alexandre representou a vida do famoso imperador da Macedônia que constituiu um grande império, incluindo a Grécia, o Egito, a Síria, a Pérsia, indo até as fronteiras com a Índia. Alexandre foi educado pelo filósofo Aristóteles e o seu registro memorável na História deve-se, além de seus feitos militares, à difusão da cultura grega nas regiões do Oriente por

ele conquistadas. Esse processo históricocultural, conhecido como helenismo, caracterizou-se pelo(a):

A) formação de uma nova cultura, sem elementos culturais gregos nem orientais.

B) desaparecimento das culturas orientais diante da cultura grega ou helênica.

C) conflito cultural irreconciliável entre a cultura grega e as culturas orientais.

D) desaparecimento da cultura grega diante das culturas orientais (persa e egípcia).

E) constituição de uma cultura diferenciada, com elementos gregos e orientais.

Na visão do historiador grego Tucídides, a guerra do Peloponeso estendeu-se por longo tempo e, no seu curso a Hélade (Grécia), sofreu desastres como jamais houvera num lapso de tempo comparável. Nunca tanta gente foi exilada ou massacrada, quer no curso da própria guerra, quer em consequência de dissenções civis.

Com relação à Guerra do Peloponeso podemos afirmar que o seu resultado foi:

A) a unificação da Grécia sob a bandeira de Atenas.

B) a unificação da Grécia sob a bandeira de Esparta.

C) a unificação da Grécia sob a bandeira de Tebas.

D) o esfacelamento da Grécia e a sua conquista pela Macedônia, em 338 a.C.

E) o esfacelamento da Grécia e a sua consquista pelos persas, em 404 a.C.

Leia o trecho do discurso de Péricles que governou Atenas de 461 a 429 a.C.

“Nossa constituição é chamada de democracia porque o poder está nas mãos não de uma minoria mas de todo o povo. Quando se trata de resolver questões privadas, todos são iguais perante a lei, quando se trata de colocaruma pessoa diante de outra em

posição de responsabilidade pública, o que vale não é o fato de pertencer a determinada classe, mas a competência real que o homem possui.”

(Extraído de: BRAICK, Patrícia Ramos e MOTA, Myriam Becho.

História, das cavernas ao Terceiro Milênio. São Paulo: Moderna, s/d, p. 39)

De acordo com a leitura, é correto afirmar que:

A) a democracia ateniense não era elitista e os escravos, apesar da sua condição, tinham direitos

B) políticos.

C) os metecos e os escravos tinham direito ao voto.

D) o governo de Péricles é considerado o ápice dademocracia ateniense, pois, nesse governo, ocorreu a consagração dos princípios de isonomia, isegoria, isocracia e teocracia.

E) a democracia, em Atenas, era representativa e, na nossa sociedade atual, é exercida através da ação direta.

F) os reis atenienses, a partir de meados do século VIII a.C., tiveram seu poder limitado pela aristocracia eupátrida que passou a exercê-lo através ndo Arcontado.

A expansão de Roma durante a República, com o consequente domínio da bacia do Mediterrâneo, provocou sensíveis transformações sociais e econômicas, dentre as quais:

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A) marcado processo de industrialização, êxodo urbano, endividamento do Estado.

B) fortalecimento da classe plebéia, expansão da pequena propriedade, propagação do cristianismo.

C) crescimento da economia agropastoril, intensificação das exportações, aumento do trabalho livre.

D) enriquecimento do Estado romano, aparecimento de uma poderosa classe de comerciantes, aumento do número de escravos.

E) diminuição da produção nos latifúndios, acentuado processo inflacionário, escassez de mão-de-obra escrava.

A partir de 1348, irrompeu na Europa, proveniente do continente asiático, a chamada Peste Negra. Seu efeito foi devastador, chegando a provocar a morte de mais de 25% da população européia durante o século XIV. Sobre a Peste Negra, podemos afirmar que:

I. comunidades judaicas foram responsabilizadas pela epidemia e perseguidas pelos cristãos, que acionavam o sentimento antijudaico existente na Idade Média.

II. a epidemia foi responsável pela recuperação econômica da Europa medieval após séculos de retração e crises de abastecimento.

III. a epidemia provocou a busca de novas terras protegidas do contágio com a peste, resultando na conquista do norte da África e da Palestina pelos europeus.

IV. a epidemia freou o processo de dissolução do feudalismo e provocou a implementação de práticas escravistas em toda a Europa Ocidental.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões):

A) I e III, apenas.

B) I e II, apenas.

C) II e III, apenas.

D) I, apenas.

E) Todas

A prosperidade das cidades medievais (séculos XII a XIV), com seus mercadores e artesãos, suas universidades e catedrais, foi possível graças:

A) à diminuição do poder político dos senhores feudais sobre as comunidades camponesas que passaram a ser protegidas pela Igreja.

B) à união que se estabeleceu entre o feudalismo, que dominava a vida rural, e o capitalismo, que dominava a vida urbana.

C) à subordinação econômica com relação a camponeses, e à política com relação aos senhores feudais.

D) ao aumento da produção agrícola feudal, decorrente tanto da incorporação de novas terras quanto de novas técnicas.

Sobre o feudalismo, faça a relação entre os itens enumerados e a coluna abaixo.

(1) Comitatus – (2) Corvéia – (3) Vassalagem – (4) Jacquerie – (5) Simona

( ) Venda dos bens eclesiásticos, provocando descontentamento no baixo clero.

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( ) Instituição bárbara que organizava as tribos ao juramento de fidelidade em casos de guerra.

( ) Revolta de cunho social, que pela primeira vez contestou a nobreza feudal.

( ) Obrigação do trabalho servil nas terras do senhor feudal.

( ) Relação feudal de imposição social, estabelecendo a ligação entre senhor e servo ou de senhores para senhores.

A sequência correta é:

A) 3 – 2 – 4 – 5 – 1

B) 5 – 1 – 4 – 3 – 2

C) 5 – 1 – 3 – 4 – 2

D) 5 – 4 – 3 – 2 – 1

E) 5 – 1 – 4 – 2 – 3

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