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    Genética de populações Luiz Alberto dos Santos Monjeló

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    Estimação das Frequências Gênicas, Considerando Dois Locos

    Gênicos.

    Supondo dois Locos com dois alelos cada um:

    loco A: alelos A e a.

    loco B: alelos B e b.

    Sejam as frequências dos alelos A e a do loco A, p e q

    respectivamente.

    Sejam as frequências dos alelos B e b do loco B, r e s

    respectivamente.

    Para estimar as frequências genicas, a partir dos valores

    observados de uma amostra populacional, para os genótipos

    considerando dois locos gênicos, podemos construir uma matriz

    zigótica.

     As frequências de cada genótipo nessa matriz devem ser 

    ponderadas pela probabilidade relativa de ocorrência na

    descendência, supondo uma população mendeliana (com

    cruzamentos aleatóreos).

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    Genética de populações Luiz Alberto dos Santos Monjeló

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    Observe as possibilidades dos cruzamentos:

    Observe que todos os genótipos homozigotos para os dois locos

    ocorrem um vez em relação aos outros, os genótipos de heterozigotos

    para ambos os locos ao mesmo tempo ocorrem 4 vezes e os demais

    genótipos, homzigotos para um loco e heterozigoto para outro ocorrem

    duas vezes.

    Para construir a matriz zigótica de frequências genotípicas devemos

    considerar a linha para a variação de genótipos do loco A e a coluna

    para a variação de genótipos do loco B.

    z11 AABB   z12 AABb   z13 AAbb

    Z = z21 AaBB   z  22 AaBB   z23 Aabb

    z31 aaBB   z32 aaBb   z33 aabb

    GAMETAS   Fêmeas

    machos AB Ab aB ab

     AB   AABB AABb AaBB AaBb

     Ab   AABb AAbb AaBb Aabb

    aB   AaBB AaBb aaBB aaBb

    ab   AaBb Aabb aaBb aabb

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    onde a matriz gamética

    g11AB   g12Ab

    G = é uma matriz quadrada 2x2

    g21aB   g22ab

    Existem duas situações a considerar.

    Supondo associação independente entre os dois locos (os locos estão

    localizados em diferentes cromossomos.

    Nesse caso a estimativa das frequências gaméticas serão:

    g11   = z11 + 1/2 (z12 + z21) + 1/4 z22

    g12   = z13 + 1/2 (z12 + z23) + 1/4 z22

    g21   = z31 + 1/2 ( z21+ z32) + 1/4 z22

    g22   = z33 + 1/2 ( z23 + z32) + 1/4 z22

    Para verificarmos se esta população se encontra no equilíbrio,

    podemos observar se não existe desequilíbrio gamético, obtendo o

    determinante de G, (D).

    Quando D=0, então a população apresenta equilíbrio para estes

    dois locos.

    Quando D 0 então a população não está em equilíbrio!

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    Exempl o 1. Co nsi der e doi s l ocos c om associação

    independente

    Supondo que dois locos enzimáticos produzam respectivamente

    enzimas do tipo A e do tipo B conforme o eletroferograma da figura

    abaixo, vamos considerar os fenótipos para as enzimas controladas

    pelos locos A e B em 100 indivíduos amostrados de uma população

    mendeliana.

    loco A

    Observe que para o loco A os primeiros 5 indivíduos são

    homozigotos AA e para o loco B também são homozigotos BB,

    produzindo para cada loco um único tipo de enzima do tipo A ou do

    tipo B. Os seguintes 10 indivíduos apresentam para o loco A

    homozigose mas para o loco B heterozigose, Bb (pois apresentam

    dois tipos de enzima B). Note também que 20 indivíduos amostrados

    são heterozigotos para ambos os locos, AaBb, pois produzem dois

      +

    loco B

    5   510 15 20 15 15 10 5

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    tipos de enzimas A e dois tipos de enzimas B. A caracterização de

    locos eletroforéticos para enzimas tem sido amplamente utilizada para

    estudos de variabilidade populacional embora atualmente marcadores

    genéticos enzimáticos tenham sido preteridos por marcadores de DNA

    que fornecem informações mais diretas sobre a variabilidade genética

    de populações.

    Do exemplo acima, as frequências relativas de zigotos podem

    ser expressas na matriz abaixo:

    0.05 0.10 0.05

    Z = 0.15 0.20 0.15

    0.15 0.10 0.05

    e por conseguinte as frequências de gametas podem ser estimadas

    como segue:

    g11 (AB) = 0.05 + 1/2 (0.10 + 0.15) + 1/4 (0.20) = 0.2250

    g12(Ab)  = 0.05 + 1/2 (0.10 + 0.15) + 1/4 (0.20) = 0.2250

    g21(aB)  = 0.15 + 1/2 (0.15 + 0.10) + 1/4 (0.20) = 0.3250

    g22(ab)  = 0.05 + 1/2 (0.15 + 0.10) + 1/4 (0.20) = 0.2250

    obtendo-se então a matriz gamética:

    0.2250 0.2250G =

    0.3250 0.2250

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    partir das combinações das frequências dos gametas produzidos na

    geração atual (Z0):

    g112

    2(g11) (g12) g122

    Z1 =   2(g11)(g21) 2[ (g11) (g22) + (g12) (g21)] 2 (g12) (g22)

    g212

    2( g21) (g22) g222

    Com a matriz G do exemplo dado acima, podemos determinar Z1:

    0.2252

    2 (0.225) (0.225) 0.2252

    Z1   =   2 (0.225) (0.325) 2[ (0.225) (0.225) + (0.225) (0.325)] 2 (0.225) (0.225)

    0.3252

    2 (0.325) (0.225) 0.2252

    0.050625 0.101250 0.050625

    Z1 = 0.146250 0.247500 0.101250

    0.105625 0.146250 0.050625

    Essas frequências esperadas na próxima geração são aquelas

    esperadas no equilíbrio? O equilíbrio é atingido em 1 geração?

    Para que possamos responder essa questão precisamos obter a

    matriz zigótica com as frequências esperadas no equilíbrio.

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    Genética de populações Luiz Alberto dos Santos Monjeló

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    Se as frequências gênicas estimadas são p e q para o loco A e r 

    e s para o loco B, podemos dizer que a matriz gamética no equilíbrio

    será:

    pr ps

    Ge   =

    qr qs

    0.2475 0.2025

    e se no exemplo Ge =

    0.3025 0.2475

    Observe que o d eterminante d a matriz gamética no equilíbrio, D=0!

    Com os valores das frequências gaméticas no equilíbrio podemos

    agora obter Ze!

    0.06125625 0.1002375 0.04100625

    Ze = 0.14973750 0.245025 0.10023750

    0.09150625 0.14973750 0.06125625

    Podemos observar comparando Z1   com Ze   que o equilíbrio não foi

    alcançado na geração seguinte! Comparações estatísticas podem ser 

    realizadas através do teste de bondade de ajuste do modelo de   2 ou

    G.

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    Exemplo 2. Locos lig ados.

    Considere o número observado de indivíduos para o Sistema MNSs

    de Grupos Sanguíneos na população de Manaus (AM) e de Outros

    Estados (OE), tipados pelo HEMOAM-AM:

    Número Frequência genotípica

    Fenótipo Observado Observada

     AM OE AM OE

    MMSS 105 031 0.0505 0.0405

    MMSs 339 107 0.1630 0.1397

    MMss 318 111 0.1529 0.1449

    MNSS 093 038 0.0447 0.0496

    MNSs 416 146 0.2000 0.1906MNss 481 208 0.2312 0.2715

    NNSS 016 010 0.0077 0.0131

    NNSs 101 040 0.0486 0.0522

    NNss 211 075 0.1014 0.0979

    Total 2080 7 66 1.0000 1.0000

    Total geral: 2846

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    Genética de populações Luiz Alberto dos Santos Monjeló

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    Podemos então construir Z a partir da amostra populacional de AM:

    teremos:

    z11 é a frequência genotípica de MMSS

    z12 é a frequência genotípica de MMSs

    z13 é a frequência genotípica de MMss

    z21 é a frequência genotípica de MNSS

    z22 é a frequência genotípica de MNSs

    z23 é a frequência genotípica de MNss

    z31 é a frequência genotípica de NNSS

    z32 é a frequência genotípica de NNSs

    z33 é a frequência genotípica de NNss

     A partir dessa matriz zigótica podemos extrair a matriz de frequências

    gaméticas:

    g11  será a frequência de gametas MS

    g12  será a frequência de gametas Ms

    g21  será a frequência de gametas NS

    g22  será a frequência de gametas Ns

    logo Z, a matriz zigótica é uma matriz 3x3

    z11   z12   z13

    Z = z21   z22   z23

    z31   z32   z33

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    Podemos escrever Z para a população de Manaus (AM) assim:

    0.0505 0.1630 0.1529

    Z = 0.0447 0.2000 0.2312

    0.0077 0.0486 0.1014

    Supondo que a intensidade de ligação entre esses dois locos é

    igual a 0.94 então a frequência de recombinação entre esses dois

    locos será c=0.06.

    Para se obter as frequências gaméticas de dois locos ligados é

    necessário considerar l, a intensidade de ligação para as frequências

    de gametas parentais e c, a frequência de recombinação, para

    gametas recombinantes.

     Assim:

    g11(AB)  = z11 + 1/2 ( z12 + z21 ) + 1/2 l ( z22)

    g12(Ab)   = z13 + 1/2 ( z12 + z23 ) + 1/2 c (z22)

    g21(aB)  = z31 + 1/2 ( z21 + z32 ) + 1/2 c (z22)

    g22(ab)  = z33 + 1/2 ( z23 + z32 ) + 1/2 l (z22)

    no exemplo dado:g11 = 0.05050 + 0.10385 + (0.47) (0.2) = 0.24835g12 = 0.15290 + 0.19710 + (0.03) (0.2) = 0.35600g21 = 0.00770 + 0.04665 + (0.03) (0.2) = 0.06035g22 = 0.1014 0 + 0.13990 + (0.47) (0.2) = 0.33530

    Estimando as frequências gênicas:

    pM = 0.24835 + 0.35600 = 0.60435 0.6

    qN = 0.06035 + 0.33530 = 0.39565 0.4

    r S = 0.24835 + 0.06035 = 0.3087 0.3

    ss = 0.35600 + 0.33530 = 0.6913 0.7

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    O determinante de G 0.06, logo a população apresenta umdesequilíbrio gamético!

     A matriz zigótica na próxima geração Z1 será:

    0.062 0.177 0.127

    Z1 = 0.030 0.209 0.239

    0.004 0.040 0.112

     A matriz gamética no equilíbrio será:

    0.18 0.42Ge   =

    0.12 0.28

    E a matriz zigótica no equilíbrio será:

    0.03 0.15 0.18

    Ze   = 0.04 0.20 0.24

    0.01 0.07 0.08

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    Estimação das Frequências Gênicas para casos de Polialelia.

    Observe a figura abaixo onde no eletroferograma podemos

    distinguir três alelos na população amostrada:

    +

    ao-11

    ao-11

    ao-11

    ao-10.5

    ao-11

    ao-10.8

    ao-10.8

    ao-10.8

    ao-10.8

    ao-10.5

    ao-10.5

    ao-10.5

    -240 20 10 90 80 60

    (0.48) (0.04) (0.02) (0.18) (0.16) (0.12)

    Na figura acima estão representados fenótipos eletroforéticos

    correspondendo a bandas de enzimas do tipo aldeidooxidas, e

    assinalados acima de cada banda o genótipo correspondente a um

    loco (AO-1) com três alelos (ao-11, o alelo mais comum, ao-10.8 e o

    alelo ao-10.5) presentes nesta população. abaixo de cada fenótipo

    estão assinalados o número de indivíduos encontrados com cada

    fenótipo eletroforético dessa enzima em amostra de 500 indivíduos.

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    Supondo que nessa espécie a aldeido oxidase é controlada por 

    um loco autossômico com 3 alelos codominantes, podemos estimar as

    frequências desses 3 alelos assim:

    pao-11 = frequência de homozigotos ao-11 ao-11 + 1/2 ( frequência dos

    heterozigotos que portam o alelo ao-11).

    qao-10.8 = frequência de homozigotos ao-10.8 ao-10.8 + 1/2 ( frequência

    dos heterozigotos que portam o alelo ao-10.8

    ).

    r a0-10.5 = frequência de homozigotos ao-10.5 a0-10.5 + 1/2 ( frequência

    dos heterozigotsos que portam o alelo ao-10.5).

    p = 0.48 + 1/2 ( 0.18 + 0.16 ) = 0.65

    q = 0.04 + 1/2 ( 0.18 + 0.12 ) = 0.19

    r = 0.02 + 1/2 ( 0.16 + 0.12 ) = 0.16

    total ...................................... = 1.00

     As frequências esperadas no equilíbrio são obtidas a partir da

    expansão do trinômio: (p+q+r)2 = p2 + q2 + r 2 + 2pq+2pr+2qr = 1

    ao-11 ao-11 p2 = 0.4225

    ao-10.8

    ao-10.8

    q2

    = 0.0361ao-10.5 ao-10.5 r 2 = 0.0256ao-11 ao-10.8 2pq = 0.2470ao-11 ao-10.5 2pr = 0.2080ao-10.8 ao-10.5 2qr = 0.0608total ............................. = 1.0000

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    O teste de equilíbrio pode ser feito, obtendose os valores

    absolutos esperados para cada genótipo e comparando com os

    valores observados. Os testes do Qui-quadrado ou G de

    verosimilhança podem ser utilizados para se aceitar ou regeitar a

    hipótese de estado de equilíbrio.

    Observado Esperado

    ao-11

    ao-11

    240 p2

    N 211.25ao-10.8 ao-10.8 20 q2N 18.05ao-10.5 ao-10.5 10 r 2N 12.80ao-11 ao-10.8 90 2pqN 123.50ao-11 ao-10.5 80 2prN 104.00ao-10.8 ao-10.5 60 2qrN 30.40Total 500 500.00

    Partindo de uma hipótese inicial h0  : O=E ( a população está em

    equilíbrio e portanto não devem existir diferenças relevantes entre o

    número observado de genótipos e o número esperado no equilíbrio).

    1. hipóteses a serem testadas:

    h0:   O=E

    ha: O E

    2. nível de = 0.05

    graus de liberdade = n0 de genótipos - n0 de alelos = 6-3 = 3

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    4. Estatística do teste:

    Utilizar o teste G de verossimilhança que transforma o conjunto dedados para uma distribuição Qui-quadrado.

    O limite do teste será portanto dado pelo   2tabela ( =0.05 ; gl=3) = 7.52

    Se Gcalculado2

    tabela ( =0.05 ; gl=3) = 7.52, aceitamos H0;caso contrário regeitamos H0 e aceitamos Ha.

    Gcalc. = -2 [ 240 ln ( 211.25/240) + 20 ln ( 18.05/20) + 10 ln (12.8/10)

    + 90 ln ( 123.5/90) + 80 ln (104/80) + 60 ln (30.4/60)]

    = -2[-30.62 -2.05+2.47+28.47+20.99-40.79] = 43.06

    5. Decisão

    G=calculado = 43.06   2tabela ( =0.05 ; gl=3) = 7.52, logo regeito h0  e aceitoHa.

    5. Conclusão sobre o teste

    Considerando que através do teste de bondade de ajuste realizado

    com o teste G de verossimilhança, encontramos diferenças relevantes

    entre o observado e o esperado somos inclinados a concluir que a

    população não está em equilíbrio para o loco analisado com 3 alelos

    (P

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    Um caso especial de polialelia corresponde a estimação das

    frequências gênicas para o Sistema ABO de grupos sanguíneos na

    população humana onde de maneira gera; temos dois alelos

    codominantes I A e IB e um alelo recessivo aos demais representado

    por I0 ou i.

     Assim os fenótipos A, correspondem ao conjunto de indivíduos que

    apresentam genótipos I AI A homozigotos ou heterozigotos I AIO.

     A - I AI A ou I AI0

    B - IBIB ou IBI0

     AB - I AIB

    O - I0I0

    Se consideramos p a frequência gênica de I A, q a frequência

    gênica de IB e r a frequência gênica de I0, no equilíbrio esperamos ter 

    as frequências genótípicas iguais a:

    I AI A I AI0 I0I0 IBIB IBI0 I AIB

    (p+q+r)2

    = p2

    + 2pr + r 2

    + q2

    + 2qr   +

    2pq = 1

    onde p+q+r = 1

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    Para estimar as frequências gênicas podemos utilizar o seguinte

    artifício de cálculo:

    Frequência Observada

     A = 0.15

    B = 0.32

     AB = 0.04

    O = 0.49

    Se consideramos as frequências de fenótipos B + O temos na

    B Orealidade q2 + 2qr + r  2 = (q + r)2

    assim extraindo a raiz quadrada de B + O temos q + r.

    se p+q+r = 1 então p = 1- (q+r) ou

    p =1 - (B+O)

    da mesma forma

    q = 1- (A+O)

    r = O

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    70

    p(I A) = 1- (0.0916+0.5849) = 1- 0.6765 = 0.1775

    q (IB) = 1 - (0.3049+0.5849) =1 - 0.8898= 0.0567

    r (I0

    ) = 0.5849 = 0.7648

    como p+q+r = 0.999, temos que realizar uma correção através das

    fórmulas de correção de Bernstein.

    primeiro acha-se d = 1- (p+q+r)

    aplica-se então esse valor nas fórmulas de correção:

    p' = p (1 + 1/2 d)

    q'= q ( 1+ 1/2 d)

    r'= (r+1/2 d) (1+ 1/2 d)

    Nesse exemplo d= 0.001

    p'= 0.1775 (1.0005) = 0.1776

    q'= 0.0567 (1.0005) = 0.0567

    r'= (0.7648+0.0005) ( 1.0005) = (0.7653) (1.0005) = 0.7657

    onde agora p'+ q'+ r'= 1.0

     As frequências corrigidas são as estimativas das frequências

    gênicas para a amostra da população do Amazonas.

    Precisamos agora calcular as frquências genotípicas esperadas

    no eqilíbrio:

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    Observado Esperado

     A 476 (p2 + 2pr) N = (0.0315 + 0.2720) 1561 = 473,8

    B 143 (q2 + 2qr) N = (0.0032 + 0.0868)1561 = 140.5

     AB 29 (2pq) N = (0.0202) 1561 = 31.5

    O 913 (r  2) N = (0.5863) 1561 = 915.2

    1) H0  : O = EHa : O E

    2) = 0.05 e gl = 4 classes - 3 alelos = 1

    O limite do teste é o   2 tabela ( = 0.05 e gl = 4 classes - 3 alelos = 1) = 3.841

    3) Estatística do Teste:

    Gcalc   = -2 [ 476 ln ( 473.8/476) + 143 ln (140.5 / 143) + 29 ln (31.5/29)

    + 913 ln ( 915.2/913)]

    = -2 (-2.21 -2.52 + 2.40 + 2.20) = 0.26

    4) Decisão

    Gcalc. = 0.26 < 3.84 logo somos inclinados a aceitar a H0 : O = E.

    4) Conclusão

    De acordo com o teste G de verossimilhança realizado, somosinclinados a aceitar a hipótese que a população está em equilíbrioem relação ao locos do Sistema ABO de grupos sanguíneos,segundo o Princípio de Hardy & Weinberg.

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