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CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 1

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUSAvenida W-5 Sul - Quadra 910 - Conjunto E - Lotes 33/34 Fone 3242-7119 - Braslia-DF

Curso de Preparao de Obreiros 2011

Apostila de Presbtero

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 2 _____________________________________________________________________________________

NDICE

CAPTULO I INTRODUO BBLICA CAPTULO II MINISTRIO DO PRESBTERO CAPTULO III LITURGIA DO CULTO CAPTULO IV- HOMILTICA CAPTULO V - MSICA CULTURA MUSICAL CAPTULO VI HERMENUTICA CAPTULO VII - ADMINISTRAO ECLESISTICA CAPTULO VIII - ASPECTOS JURDICOS DA IGREJA BIBLIOGRAFIA

03 11 20 29 43 47 61 70 75

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 3 _____________________________________________________________________________________

CAPTULO I INTRODUO BBLICA1. O QUE A BBLIA a revelao de Deus humanidade. Seu Autor Deus mesmo. Seu real intrprete o Esprito Santo. Seu assunto central o Senhor Jesus Cristo. Esta atitude para com a Bblia de capital importncia para o xito de seu estudo. Nossa atitude para com a Bblia mostra nossa atitude para com Deus. Sendo a Bblia a revelao de Deus, ela expressa a vontade de Deus. Ignorar a Bblia ignorar essa vontade. Certo autor annimo corretamente declarou: A Bblia Deus falando ao homem; Deus falando atravs do homem; Deus falando como homem; Deus falando a favor do homem; mas sempre Deus falando! A coleo completa dos livros divinamente inspirados constituindo a Bblia chamada cnon. Os nomes cannicos mais comuns do Livro Sagrado so: - Escrituras ou Sagradas Escrituras (Mt 21.42; Rm 1.2). - Livro do Senhor (Is 34.16). - A Palavra de Deus (Mc 7.13; Hb 4.12). - Orculos de Deus (Rm 3.2). MATERIAIS EM QUE A BBLIA FOI ORIGINALMENTE ESCRITA Papiro. Tipo de papel feito de certa planta aqutica com esse mesmo nome, muito abundante no Egito. Esse papel vinha sendo fabricado desde a Antigidade. H vrias menes dele na Bblia, como por exemplo, xodo 2.3; J 8.11; Isaas 18.2; 2 Joo v.12. De papiro deriva o termo papel. Seu uso na escrita vem de 3.000 a.C, no Egito. Os gregos chamavam o papiro de bblos, e um rolo de papiro era um biblion, de onde nos vm as palavras Bblia e livro. Pergaminho. Era um material de couro usado desde cerca de 1.288 a.C., no Egito, e, juntamente empregado desde o perodo persa em diante. O pergaminho consistia de peles de animais especialmente preparadas, era mais durvel do que o papiro, e foi usado por Paulo (2 Tm 4.13). 2. POR QUE ESTUDAR A BBLIA? a. Porque ela ilumina o caminho para Deus (Sl 119.105,130). b. Porque ela alimento espiritual para o crescimento de todos (Jr 15.16; 1Pe 2.1,2). Sabemos que a boa sade agua o apetite. Tens apetite pela Bblia? Se s tens apetite por leituras sem proveito, ter fastio pela Bblia, o que um mau sinal. Cuida disso. c. Porque ela o instrumento que o Esprito Santo usa na sua operao (Ef 6.17). Se queres que o Esprito Santo opere em ti, inclusive no ministrio da orao (Jd v.20), procura ter o instrumento que Ele utiliza a Palavra de Deus. que na orao precisamos apoiar nossa f nas promessas de Deus, e essas promessas esto na Bblia! 3. COMO DEVEMOS ESTUDAR A BBLIA a. Leia a Bblia conhecendo seu Autor: Deus, (Is 34.16; Jr 1.12). Assim sendo, Ele mesmo no-la revelar (Lc 24.45; 1Co 2.10,12,13). Ningum pode melhor explicar um livro do que o seu autor. A Bblia um livro de compreenso fcil e ao mesmo tempo difcil, mas, se conhecermos o seu Autor a compreenso torna-se mais fcil.

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 4 _____________________________________________________________________________________ b. Leia a Bblia diariamente (Dt 17.19). Fazendo assim alimentar-te-s diretamente na mesa divina. O crente que no l sua Bblia, s recebe este alimento quando algum o pe em sua boca. Considera perdido o dia em que no leres tua Bblia. c. Leia a Bblia com orao (Sl 119.18; Ef 1.16,17). Na presena do Senhor em orao, as coisas ocultas so reveladas. Quando lemos a Bblia Deus fala conosco; quando oramos falamos com Deus. A Bblia e a orao completam-se. d. Leia a Bblia aplicando-a a si prprio. H pessoas que, quando lem a Bblia, tudo que beno, conforto, promessas, elas aplicam a si mesmas, mas tudo o que ameaa, exortao, aviso, aplicam aos outros. Leia a Bblia na atitude de Josu para com o Senhor, manifesto como varo (um dos casos de teofania do Antigo Testamento), conforme est narrado em Josu 5.14b: Que diz meu Senhor ao seu servo? No devemos importar mensagens para a Bblia e sim exportar dela. Muitos no recebem nada da Bblia, porque j se acercam dela com suas prprias idias, sua prpria teologia, querendo enxertar tudo isso na revelao divina. Cheguemos Bblia de mente limpa e corao aberto e receptivo sua divina mensagem e seremos abenoados. e. Leia a Bblia toda. Na Bblia, nada dito duma vez, nem uma vez por todas. Concluso, se voc no ler a Bblia toda no pode conhecer a verdade completa. No esperes compreender a Bblia toda (Dt 29.29). evidente que Deus sabe infinitamente mais que todos os homens juntos. A Bblia sendo um livro divino inesgotvel. No existe entre os homens ningum formado na Bblia. Como o irmo pensa entender um livro que nem sequer o leu todo ainda? 4. COMO PODEMOS ENTENDER A BBLIA a. Crendo ns no que ela ensina, sem duvidar. A dvida um empecilho compreenso das Escrituras (Lc 24. 21,25). b. Lendo-a por amor e prazer e com fome de aprender as coisas de Deus (Pv 2.3-5; Mc 12.37; 1Pe 2.2). O irmo j notou a forma que tm os recm-nascidos? As mes que o digam!!! Como est o seu apetite espiritual pela Palavra de Deus? Com a mente devemos aprender a memorizar a Bblia, e com o corao am-la (Hb 10.16). H pessoas que sabem quase a Bblia toda de memria. Isso louvvel. Contudo, melhor um versculo no corao, sendo amado e obedecido, do que dez na cabea. Ponde no corao (Dt 6.6). de admirar haver pessoas que acham tempo para ler ouvir e ver tudo, menos a Palavra de Deus. Resultado: comem tanto outras coisas que perdem o apetite pela Palavra de Deus. justo e prprio ler boas coisas; melhor ainda nos ocuparmos com a Bblia. tambm de estarrecer o fato que muitos lderes de igrejas no levam seu povo a ler a Bblia. Ao crente no basta assistir aos cultos, ouvir sermes e testemunhos, assistir a estudos bblicos, ler boas obras de cultura bblica em geral. preciso a leitura bblica individual, pessoal, diuturna e seguida. c. Crescendo sempre espiritualmente. Deus no pode revelar uma coisa para a qual voc no tem estatura espiritual (Mc 4.33; Hb 5.13,14). Criancinhas s podem comer coisas leves. Procure aprofundar-se na sua vida espiritual. Nossa compreenso da Bblia depende em grande parte da profundidade da nossa comunho com Deus. A planta da parbola definhouse e morreu porque o terreno era raso (Mt 13.5,6). Sim, a Palavra de Deus deve ser estudada, ao mesmo tempo em que o Deus da Palavra deve ser amado e adorado. d. Sendo cheio do Esprito santo. Ele conhece as coisas profundas de Deus (1 Co 2.10).

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 5 _____________________________________________________________________________________ e. Sendo humilde (Tg 1.21). Deus revela seus segredos aos humildes (Mt 11.25), isto , os submissos ao Senhor e obedientes sua Palavra. Quanto maior for a nossa comunho com Deus, mas humildes seremos. Numa rvore frutfera os galhos mais carregados so os que se abaixam mais. A graa de Deus est reservada para os humildes (1 Pe 5.5). Quando chove, os terrenos mais baixos so os primeiros que recebem gua com abundncia. f. Disposio de agradar a Deus. Estando disposto a obedecer verdade revelada (Sl 119.33; Pv 2.1,2,5; Jo 7.17;13.17). Para isso, ao leres a Bblia aplica-a primeiro a ti mesmo. Evita ser apenas curioso e especulador. g. Participando de reunies de estudo bblico. Deus tem vasos escolhidos no s para pregar, mas tambm para ensinar (1Co 12.28). H crentes que gostam de todos os tipos de reunies, menos das de estudo bblico. Devemos querer ser de Apolo pregador, mas tambm de Paulo o mestre (1Co 3.4).

5. OBSERVAES TEIS E PRTICAS NO MANUSEIO E ESTUDO DA BBLIA a. Quanto ao manuseio da Bblia 1. Apontamentos individuais. Habitue-se a tomar notas de suas meditaes na Palavra de Deus. A memria falha com o tempo. Distribua seus apontamentos por assuntos previamente escolhidos e destacados uns dos outros. Use um livro de folhas soltas (livro de argola) com projees e ndice, para isso. Se no houver organizao nos apontamentos, eles no prestaro servio algum. 2. Aprenda ler e escrever referncias bblicas. O sistema simples e rpido para escrever referncias bblicas o adotado pela Sociedade Bblica do Brasil: duas letras, sem ponto abreviativo, para cada livro da Bblia. Entre captulo e versculo pe-se apenas um ponto. No ndice das Bblias editadas pela SBB pode ver-se a lista dos livros assim abreviados. Exemplos de referncias por esse sistema: 1 Jo 2.4 (1 Joo, captulo 2, versculo 4). J 2.4 (J, captulo 2, versculo 4). Jn 2.4 (Jonas, captulo 2, versculo 4). O sistema tradicional adota dois pontos (:) entre captulo e versculo, no tendo padronizao na abreviatura dos livros. 3. Diferena entre texto, contexto, referncia, inferncia. a. Texto. So palavras contidas numa passagem. b. Contexto. a parte que fica antes e depois do texto que estamos lendo. O contexto pode ser imediato ou remoto. Pode ser um versculo, um captulo ou um livro inteiro, como o caso de Provrbios. c. Referncia. a conexo direta entre determinado assunto. Alm de indicar livro, captulo e versculo, a referncia pode levar outras indicaes; dependendo da clareza que se queira dar, como: Indicao da parte inicial de um versculo: (Rm 11.17a). Indicao da parte final de um versculo: (Rm 11.17b). - Indicao de versculos que se seguem ou no at o fim do captulo em estudo (Rm 11.17ss).

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 6 _____________________________________________________________________________________ - Recomendao para no se deixar de ler o texto indicado no momento: qv. Vem da expresso latina quod vide = que veja. - Recomendao para que se compare; confira ou confronte o texto indicado: cf. Vem do latim confere. 4. Verses mais utilizadas em nossas Igrejas. - ARC: Almeida Revisada e Corrigida. a Bblia antiga de Almeida, que vem sendo impressa desde 1951 pela Imprensa Bblica da Bblia. - ARA: Almeida Revisada e Atualizada. a Bblia de Almeida, revisada e publicada pela Sociedade Bblica do Brasil, completa, a partir de 1958. 5. Lnguas originais da Bblia As principais so duas: hebraica, para o Antigo Testamento, e a grega, para o Novo Testamento. Foi nessas lnguas que a Bblia foi originalmente inspirada. As tradues s conservam a inspirao quando reproduzem fielmente o original. 6. OS ESCRITORES DA BBLIA A existncia da Bblia, abrangendo seus escritores, sua formao, composio, preservao e transmisso, s pode ser explicada como milagre de Deus, ou melhor: Deus sendo seu autor. Foram cerca de 40 os escritores da Bblia. Deste modo, a Palavra Escrita de Deus foi-nos dada por canais humanos, assim como o foi a Palavra Viva: Cristo (Ap 19.13). Esses homens pertenceram s mais variadas profisses e atividades. Escreveram e viveram distante uns dos outros em pocas e condies diferentes. Levaram 1500 anos para escrever a Bblia. Apesar de todas essas dificuldades, ela no contm erros nem contradies. H sim dificuldades na compreenso, interpretao, traduo, aplicao, mas tudo isso do lado humano, devido a nossa incapacidade em todos os sentidos. 7. UNIDADE FSICA DA BBLIA A unidade e existncia fsica da Bblia at os nossos dias s pode ser explicada como um milagre. H 66 livros, escritos por cerca de 40 escritores, cobrindo um perodo de 16 sculos. Esses homens tinham diferentes atividades e escreveram sob diferentes situaes. Na maior parte dos casos no se conheceram. Viveram em lugares distantes, em trs continentes, escrevendo em duas lnguas principais. Devido a essas circunstncias, em muitos casos, os autores nada sabiam sobre o que j havia sido escrito. Muitas vezes um escritor iniciava um assunto e, sculos depois, um outro o completava. Tudo isto somado num livro puramente humano daria uma babel indecifrvel! Imaginai o que seria a Bblia, se no fosse a mo de Deus! Quanto unidade fsica da Bblia, ningum sabe ao certo como os 66 livros encontraramse e agruparam-se num s volume; isso obra de Deus. Sabemos que os escritores no escreveram os 66 livros de uma s vez, nem em um s lugar, nem com o objetivo de reuni-los num s volume, mas em intervalos durante 16 sculos, em lugares que vo de Babilnia a Roma. Se alguma falha for encontrada na Bblia, ser sempre do lado humano, como traduo mal feita, grafia inexata, interpretao forada, m compreenso de quem estuda, falsa aplicao quanto aos sentidos do texto, etc. Portanto, quando encontrarmos na Bblia um trecho discrepante, no pensemos logo que erro! Saibamos refletir como Agostinho, que disse: Num caso desses, deve haver erro do copista, traduo mal feita do original, ou ento sou eu mesmo que no consigo entender...

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 7 _____________________________________________________________________________________ 8. A ESTRUTURA DA BBLIA a. A Bblia se divide em duas partes principais que so: VELHO TESTAMENTO e NOVO TESTAMENTO, tendo um total de 66 livros, sendo 39 no Velho Testamento e 27 no Novo Testamento. O maior livro o de Salmos e o menor, a 3 Epstola de Joo. b. Diviso em Captulos. So 1.189, sendo 929 no Antigo Testamento e 260 no Novo Testamento. O maior captulo o Salmo 119; e o menor o Salmo 117. Para ler a Bblia toda em um ano basta ler 5 captulos aos domingos e 3 nos demais dias da semana. Foi dividida em captulos em 1.250 d.C. por Hugo de Saint Cher, abade dominicano, estudioso das Escrituras. c. Diviso em versculos. So 31.173, sendo 23.214 no Antigo Testamento e 7.959 no Novo Testamento. O maior versculo est em Ester 8.9 e o menor em xodo 20.13; em Lucas 20.30, na TRBR; em J 3.2 na ARA. Como se v, depende da verso. Noutras lnguas varia tambm. Isso no tem muita importncia. Foi dividida em versculos em duas etapas: o Antigo Testamento em 1445 pelo Rabi Nathan; o Novo Testamento em 1551 por Robert Stevans, um impressor de Paris. d. Classificao dos livros. Os 66 livros esto agrupados por assuntos, sem ordem cronolgica. bom ter isso em mente ao estudar a Bblia, pois evitar muito mal entendido, especialmente na esfera da histria, da profecia bblica e do desenvolvimento da doutrina. A classificao dos livros do Antigo Testamento, por assunto, vem da Verso Septuaginta atravs da Vulgata, e no leva em conta a ordem cronolgica dos mesmos, o que para o leitor menos avisado, d lugar a no pouca confuses quando o mesmo procura agrupar os assuntos cronologicamente.

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 8 _____________________________________________________________________________________ ORGANOGRAMA NO ANTIGO TESTAMENTO COM SEUS 39 LIVROS DIVIDIDOS POR ASSUNTOSANTIGO TESTAMENTO

PENTATEUCO

HISTRICOS

POTICOS OU DEVOCIONAIS

PROFTICOS

GNESIS XODO LEVTICO NMEROS DEUTERONMIO

JOSU JUZES RUTE I e II SAMUEL I e II REIS I e II CRNICAS ESDRAS NEEMIAS ESTER

J SALMOS PROVRBIOS ECLESIASTES CANTARES DE SALOMO

PROFETAS MAIORES

PROFETAS MENORES

ISAAS JEREMIAS LAMENTAO EZEQUIEL DANIEL

LEI: 5 livros de Gnesis a Deuteronmio. Esses 5 livros so Tratam da Criao e da Lei.

OSIAS JOEL AMS OBADIAS JONAS MIQUIAS NAUM HABACUQUE SOFONIAS AGEU ZACARIAS chamados o Pentateuco. MALAQUIAS

HISTRIA: 12 livros de Josu a Ester. Contm a histria do povo escolhido: Israel. POESIA: 5 livros de J a Cantares. So chamados poticos devido ao gnero do seu contedo e no por outra razo. PROFECIA: 17 livros Isaas a Malaquias. Esses 17 livros esto subdivididos em dois grupos: - Profetas Maiores: 5 livros, de Isaas a Daniel. - Profetas Menores: 12 livros, de Osias a Malaquias. Os nomes maiores e menores referem-se ao volume de matria dos livros e extenso do ministrio proftico. Na Bblia Hebraica (o nosso Antigo Testamento), a diviso dos livros bem diferente.

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 9 ORGANOGRAMA DO NOVO TESTAMENTO COM SEUS 27 LIVROS DIVIDIDOS POR ASSUNTOSNOVO TESTAMENTO

PENTATEUCO BIOGRFICOS OU EVANGELHOS

HISTRICOS

EPSTOLAS

PROFTICOS APOCALPSE

MATEUS MARCOS LUCAS JOO

ATOS DOS APSTOLOS EPSTOLAS PAULINAS CARTAS UNIVERSAIS

ROMANOS I e II CORNTIOS GLATAS EFSIOS FILIPENSES COLOSSENSES I e II TESSALONICENSES I e II TIMTEO TITO FILEMON

HEBREUS TIAGO I e II PEDRO I,II e III JOO JUDAS

BIOGRFICOS OU EVANGELHOS: So os quatro Evangelhos. Descrevem a vida terrena do Senhor Jesus e o seu glorioso ministrio entre os homens. Os trs primeiros so chamados Sinticos devido ao paralelismo que apresentam. O nmero quatro dos Evangelhos fala tambm de sua universalidade, por serem quatro os pontos cardeais. HISTRICOS: o livro de Atos dos Apstolos. Registra a histria da Igreja primitiva, seu viver e agir. O livro mostra que o segredo do progresso da Igreja a plenitude do Esprito Santo nas vidas. EPSTOLAS PAULINAS: So 13 livros denominados epstolas ou cartas. Vo de Romanos a Filemon. Umas so dirigidas igreja, outras a indivduos. CARTAS UNIVERSAIS: Elas so 7 e vo de Tiago a Judas, so chamadas epstolas gerais. PROFTICOS: o livro de Apocalipse. Esta palavra significa revelao. Trata da volta pessoal do Senhor Jesus a terra, isto , sua revelao, sua manifestao visvel. 6. TEMA CENTRAL DE TODOS OS LIVROS DA BBLIA o Senhor Jesus Cristo. Ele mesmo no-lo declara em Lucas 24.27,44 e Joo 5.39. Considerando Cristo como tema central da Bblia, os 66 livros podero ficar resumidos em 5 palavras, todas referentes a Cristo, assim: PREPARAO Todo o Antigo Testamento trata da preparao do mundo para o advento de Cristo. MANIFESTAO Os Evangelhos tratam da manifestao de Cristo ao mundo, como Redentor.

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 10 _____________________________________________________________________________________ PROPAGAO Os Atos dos Apstolos tratam da propagao de Cristo por meio da Igreja. EXPLANAO As Epstolas tratam da explanao de Cristo. So os detalhes da doutrina. CONSUMAO O Apocalipse trata de Cristo consumando todas as coisas.

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 11 _____________________________________________________________________________________

CAPTULO II MINISTRIO DO PRESBTEROA) O OFCIO DO PRESBITRIO - A origem do Presbitrio A palavra Presbtero vem do grego presbyteros que significa o mais velho, designando os ancios numa cidade grega que atuavam como juzes ou conselheiros, merecedores de respeito e honra entre o povo. O termo foi adaptado para a Igreja no Novo Testamento, designando aquele ancio que congrega em determinada igreja, com destaque pela sua experincia, idoneidade moral e espiritual, capaz de aconselhar os mais novos da f. No Novo Testamento j cita esta figura na religio judaica na posio de liderana quanto formao das tradies do povo judaico, como podemos ler Mt 15.2. na igreja, aparece pela primeira vez em At 11.30. O termo se refere ao oficial da Igreja que presidia suas assemblias e atuava como condutor espiritual do povo cristo. Hoje em dia, nas Assemblias de Deus no Brasil, a palavra Presbtero teve seu sentido alterado daquele apresentado na Bblia. Designa agora a classe de obreiros com cargo de validade local, atuando mais achegado ao Pastor, principalmente em igrejas menores. Uma das razes pela consagrao dessa ordem de obreiros deve-se centralizao da administrao das nossas igrejas no Brasil, constitudas de grandes campos de trabalhos, sob a administrao de um nico Pastor. Ao desejar o episcopado, o servo de Deus precisa conhecer as condies para alcanar o presbitrio, conferindo com sua vida espiritual para ver se preenche os requisitos que a Bblia recomenda. Em primeira mo, notemos que o Presbtero um cargo oficial da Igreja que precisa manejar bem a Palavra, mais ainda do que no tempo de Dicono ou Auxiliar de trabalho (II Tm 2.15). Alm disso, antes de ministrar a Palavra Igreja, ele precisa ministrar a orao na sua vida e na sua casa; veja At 6.4 como a orao mencionada na frente do ministrio da Palavra. Aqui comea o segredo do bom pregador! Exatamente porque o Presbtero um auxiliar do Pastor, servindo de elo de ligao entre ele e as vrias congregaes alm dos limites da sua administrao na sede. Assim sendo, ao representar seu Pastor no campo de trabalho, o Presbtero poder enfrentar a necessidade de executar tarefas de um Ministro. Poder tambm ser designado para dirigir congregaes e neste caso, haver necessidade suficiente para conhecer bem o ofcio do presbitrio. B) CONDIES PARA O PRESBITRIO Em I Tm 3.1-7 encontramos os requisitos necessrios para se alcanar o episcopado ou o presbitrio, que o incio da vida ministerial, muito embora o Presbtero ainda no seja o Ministro convencional. Concorda com Tt 1.6a. So eles: Irrepreensvel na epstola aos Glatas, em Gl 2.11, Paulo diz que resistiu a Pedro na cara porque era repreensvel. Paulo chama a ateno de Pedro, que se chamou tambm de Presbtero, para que ele se consertasse diante dos gentios. Marido de uma mulher hoje em dia so muitas as almas manchadas com o pecado do adultrio, devido ao grande abismo infernal que satans implantou em nossa Constituio: o divrcio. Vigilante a vigilncia o contrrio da sonolncia espiritual. estar atento a todo o mal e abismo do pecado nossa volta que to de perto nos rodeia Hb 12.1 alm de outro que tambm nos rodeia, rugindo como leo para tentar nos tragar. Sbrio Em I Pe 5.8 antes de o apstolo Pedro mencionar a vigilncia, ele comea com a sobriedade. O que vem a ser sbrio? Sbrio significa moderado no comer ou beber em qualquer dicionrio comum. Nos dicionrios teolgicos, o termo mais abrangente, significando tambm o crente moderado em tudo, evitando os excessos e a escassez daquilo que mais importante sua vida.

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 12 _____________________________________________________________________________________ Honesto trata-se de uma pessoa honrada, digna, ntegra, decente, correta com seus compromissos e deveres. Se o crente quiser pensar honestamente, precisa ter a Palavra de Deus e seu Esprito no corao, que ensina a honestidade, como lemos em Fp 4.8,9. Hospitaleiro talvez muitos obreiros desprezem esta recomendao, pensando que ser hospitaleiro to somente receber e hospedar pessoas em sua casa. Ele pode fazer isto tudo e no ser hospitaleiro. Se h amor ao prximo, conseqentemente ele ser hospitaleiro, tendo sincero desejo de receber visitas em sua igreja, em sua casa, ou at mesmo em um encontro em pblico. Apto para ensinar lamentvel que haja uma grande quantidade de Presbteros que foram inadequadamente consagrados, sem nenhum conhecimento profundo da Bblia, porque no lem e nem se esforam para aprender. O Presbtero tem que ser apto para ensinar Tt 1.9, poderoso para admoestar com a s doutrina. Se ainda no , desista do presbitrio ou ento matricule-se em um Instituto Bblico para aprender a Palavra de Deus e busque o Dom de ensinar com orao Rm 12.7. No dado ao vinho o obreiro no pode ser alcolatra, pois isso ele j deixou ao se converter. Agora em diante, observa o que est em Ef 5.18; Tt 1.7. No espancador h alguns que querem se candidatar ao presbitrio sendo que seus vizinhos constantemente presenciam um tremendo quebra-pau em sua casa. Quem que mora nessa casa, o crente ou o diabo? No cobioso de torpe ganncia a palavra torpe significa algo vergonhoso, obsceno, indecente. Ter ganncia nestes termos significa estar na carne, sem o Esprito Santo. Moderado A moderao a virtude que impede a prtica dos extremismos em qualquer atividade. O Presbtero precisa ter moderao em tudo: no comer, no dormir, no jejuar e at mesmo no seu relacionamento ntimo com sua esposa. No contencioso em Pv 6.16-19, Salomo diz que seis coisas aborrecem a Deus e a stima a sua alma abomina, que o que semeia contenda entre os irmos. No avarento a avareza condenada em toda a Bblia. Em Lc 12.15 Jesus nos manda guardarmos dela. Em Cl 3.5, Paulo afirma que a avareza idolatria e no futuro veja de que lado vai ficar o idlatra: Ap 21.8 e 22.15. Uma das maneiras mais comuns de o crente ser classificado como avarento quando ele nega o dzimo e as ofertas para a casa do Senhor, veja Ml 3.8-10. Presbtero no pode ser avarento. Tem que ser dizimista, para poder ensinar aos outros o dever no dzimo. Leia Pv. 3.9,10. Que governe bem a sua prpria casa h crentes que bisbilhotam tanto a casa alheia, querendo governar a dos outros, enquanto que a sua prpria casa est um caos. O candidato ao presbitrio tem que aprender a governar bem a sua prpria casa. Tendo os seus filhos em sujeio com toda a modstia so inmeros os lares com problemas entre pais e filhos, havendo verdadeiros choques de geraes entre as novas e as velhas. Os meios de comunicao esto tomando a liderana no ensino dos filhos, em lugar de seus pais, causando verdadeiras crises no comportamento juvenil. Porque se algum no sabe governar a sua prpria casa, ter cuidado da Igreja de Deus? No nefito, para que, ensoberbecendo-se, no caia na condenao do diabo. A palavra nefito significa iniciante na f, inexperiente, menino espiritual, ora, se para a consagrao de Diconos exigido que sejam primeiramente provados I Tm 3.10, ou seja, estes sejam experimentados nos trabalhos para adquirirem experincia, a fim de no serem consagrados nefitos, como pode um Presbtero ser nefito? Quando um obreiro se ensoberbece um sinal de que ainda est nefito, menino na f. Deus resiste a ele - Tg 4.6; I Pe 5.5 Deus no o suporta - Sl 101.5 O soberbo ir se dar mal no Dia do Senhor - Is 2.12,13

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 13 _____________________________________________________________________________________ Cai na condenao do diabo - I Tm 3.6. Convm tambm que tenha bom testemunho dos que esto de fora, para que no caia em afronta e no lao do diabo. H alguns obreiros que j se mancharam demais perante Deus e perante os crentes e os no crentes, quando intentaram levar vantagem sobre os outros. um mal do mundo que j conseguiu invadir a vida de alguns obreiros, para escandalizar a Igreja (Pv 22.1; Lc 17.1). Meios para exercer um bom presbitrio Um bom Presbtero uma qualidade que passa a existir no momento em que o servo de Deus examina o seu testemunho e o seu trabalho na obra de Deus e, percebendo que no est bom, humilha-se, aceitando a correo e decide persistentemente em melhorar cada vez mais (Jr 7.3). O caminho correto a ser seguido para exercer um bom presbitrio ... andar num caminho reto... e quem assim anda, o Senhor diz: ...esse me servir... Sl 101.6b. tambm o caminho da santificao, da purificao (II Tm 2.21), fazendo-o ... idneo para uso do Senhor e preparado para toda a boa obra. A - Meios divinos - So assim chamados em razo de terem origem em Deus (Ef 2.8,9) e ns somos os destinatrios. 1 - O Sangue de Jesus - Em Ap 22.14 h um precioso recurso: lavar as vestiduras no sangue do cordeiro para no ser excludo da nossa ptria celestial. Quando decidimos abandonar a causa da mancha em nossa veste e buscamos o perdo e a consagrao ao Senhor, ento estamos buscando tambm a lavagem de nossas vestes espirituais, pois o seu sangue nos purifica de todo o pecado (I Jo 1.7b). 2 - A Palavra de Deus - Foi ela que nos gerou de novo como uma semente divina plantada na boa terra do nosso corao (I Pe 1.23 e Mt 13.23). Nossa f para a salvao surgiu por ouvi-la (Rm 10.17) e desde ento temos conseguido evitar o pecado, guardando-a em nosso corao (Sl 119.11). Quando o jovem ou qualquer cristo quiser obter sua purificao, s observar os seus ensinamentos, Sl 119.9. 3 - O Esprito Santo - Segundo o discurso de Jesus com Nicodemos em Jo 3.1-5, Ele o ensinou que quando algum nasce de novo, isto , quando passa a ser um salvo, foi por meio da gua (Palavra de Deus), que j vimos anteriormente, e do Esprito Santo (Jo 3.3,5). B - Meios humanos - So assim denominados por se tratarem dos meios que partem de ns, ou seja, uma iniciativa nossa e no devemos esperar que Deus faa isto por ns. 1 Orao - Orai sem cessar a recomendao do apstolo Paulo em I Ts 5.17. Jesus alertou sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer, na parbola do juiz inquo em (Lc 18.1-8). 2 Vigilncia - A vigilncia foi ensinada por Jesus juntamente com a orao, quando estava em agonia no Getsmani (Mt 26.41). Salomo era um homem que sabia orar muito bem. Veja sua orao em I Rs 3.5-13 por falta de vigilncia em determinada fase de sua vida, veja o desastre espiritual que sobreveio sua vida: (I Rs 11.1-11). 3 Consagrao - Consagrar-se significa dedicar-se exclusivamente para uso do Senhor. Significa tambm o ato de se dedicar ao servio de Deus. Tal ato no deve ser confundido com o simples fato de estar presente no trabalho de consagrao na igreja. 4 Jejum - uma palavra de origem latina que significa abstinncia total ou parcial de alimentos por um determinado perodo, geralmente a partir de um dia anterior. O jejum pode ser classificado em quatro tipos diferentes: total, parcial, voluntrio e involuntrio. O parcial aquele que o praticante se abstm apenas de alimentos, mas no de gua. O total quando h abstinncia tanto de alimento quando de gua ou qualquer lquido.

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 14 _____________________________________________________________________________________ O jejum chamado involuntrio quando no depende da vontade do praticante e sim das circunstncias, como vemos em At 27.33, no servindo, portanto, para oferecer ao Senhor. E o jejum voluntrio o que feito segundo a vontade do praticante, tendo um propsito definido, como Ne 9.1; Dn 6.18; At 23.21. A diferena de atitude de nossa parte para com estes dois tipos de meios que, quanto aos meios divinos, devemos ser passivos, ou seja, devemos permitir que eles atuem em ns sem qualquer resistncia. Quanto aos meios humanos, devemos ser ativos, ou seja, orando, vigiando, consagrando-se ao Senhor, jejuando para obtermos mais de sua graa em ns. C) A tica Crist no Presbitrio tica crist um conjunto de princpios a serem observados na vida crist e que do sentido ao comportamento dos elementos dentro de uma comunidade. Ns, obreiros do Senhor, temos que observar a tica crist, ou seja, o decoro do servo de Deus que ensina, que prega e exige o comportamento dos membros da igreja. Como vamos exigir de algum, se ns mesmos no damos o exemplo? 1.1 O Presbtero e seu Pastor Constantemente o Presbtero depara com algum na Igreja ou no ministrio proferindo palavras maliciosas contra seu pastor. No poucos obreiros, por no vigiarem, acabam fazendo parte da maledicncia, aumentando o nmero daqueles que tocam no ungido do Senhor. Ao invs de participar do pecado alheio, combata-o e ensine o crente maldizente a amar seu Pastor e temer a Deus que o seu Senhor. Faa isto ainda que seu Pastor tenha cometido muitas falhas, pois somos todos falhos e um dia chegar a nossa vez de falhar. Ame seu Pastor, respeite-o e obedea (Hb 13.17). 1.2 O Presbtero e seus companheiros A mesma tica que desaprova a difamao ao pastor, tambm desaprova qualquer maledicncia contra seus companheiros obreiros, seja Dicono, Presbtero, Evangelista ou Pastor. O Presbtero deve respeitar seus companheiros (Fp 2.3; Tg 5.9). A falta de tica entre um Presbtero e seu companheiro aparece muito quando ele est sucedendo o seu companheiro na direo da congregao e usa o plpito para criticar o trabalho de seu antecessor. Toda a congregao sente esta falta de tica e geralmente causa malefcios espirituais s ovelhas. O obreiro recm-empossado deve lembrar-se de que, apesar de erros do antecessor, sempre haver membros que o amem de corao e se ressentiro de qualquer crtica contra ele. Lembre-se que tica sempre recomenda que o dirigente atual deva se referir ao seu antecessor com cortesia e amor. 1.3 O Presbtero e os membros de sua igreja Se um membro j chamado de casa edificada sobre o monte (Mt 5.14b) que todos vem e no se pode esconder, imagine ento um Presbtero! Se ele ministra o ensino da Palavra, ento deve ser especializado em bom tratamento, educao, gentileza, prontido e espiritualidade para lidar com as suas ovelhas. As palavras devem ser polidas, de boa edificao aos ouvintes, conforme lemos em Ef 4.29 e Cl 3.8. 1.4 O Presbtero e sua vizinhana Quanta tica crist havia naquele profeta que viveu antes da era crist perante seus vizinhos (I Rs 4.8,9). Enquanto aquele casal queria Eliseu morando com eles (I Rs 4.10,11), hoje h alguns vizinhos de determinados crentes que querem v-lo bem longe. Presbtero, sua luz deve irradiar a partir de sua residncia.

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 15 _____________________________________________________________________________________ 1.5 O Presbtero, seu trabalho e a sociedade Quando Jesus nos chamou de luz do mundo (Mt 5.14; Jo 8.12) quis dizer que esta luz se manifesta onde o crente pisar a planta do seu p. Deixa resplandecer a sua luz diante do seu patro, seu encarregado, seu senhorio, seu inquilino, sua famlia, seus colegas de trabalho, e, enfim, sua sociedade onde voc mora! Leia Fp 2.14-16. 1.6 O Presbtero e sua aparncia A tica crist tambm recomenda certo cuidado com sua maneira de trajar, mantendo uma boa aparncia fsica, no relaxando os princpios fundamentais de higiene. O obreiro deve usar linguagem sadia para transmitir com aceitao a maravilhosa Palavra de Deus aos ouvintes. No devemos cuidar somente da vida espiritual, porem, cuidar tambm da nossa apresentao, que nossa aparncia pessoal, nos trajes e muito cuidado com a higiene em nosso corpo, que templo do Esprito Santo (I Co 3.16 e II Co 6.16). Descuidar do corpo falta de amor prprio e desconsiderao para com os membros da Igreja e principalmente da obra do Senhor. 1.7 O Presbtero e sua presena no culto Uma coisa que chama muito a ateno da Igreja a irreverncia de alguns Presbteros na chegada ao plpito da Igreja. Comeam errados por no terem pontualidade na hora do incio do culto, chegando atrasados. Outra falta de tica e reverncia o mau hbito de conversar o tempo todo em pleno horrio de culto no plpito, quando recebe oportunidade para pregar, este paroleiro est vazio, seco, e ainda desaforadamente tenta doutrinar a Igreja para parar com a conversa. Vamos tomar cuidado com nossa presena, evitando costumes antiticos no plpito, como por exemplo, enfiar o dedo no nariz e no ouvido, escarrar, cuspir, arrotar, gritar aleluias inoportunamente, etc. 2 Objetivo ideal para o Presbtero, segundo as Escrituras. Em primeiro lugar, para que possamos ter um bom ideal, devemos ter o ideal de servir a Cristo de boa vontade, como lemos em Ef 6.6-8. O texto comea alertando para no servir vista, como para agradar aos homens. Este um ideal farisaico, em busca de fama, honra, poder, prestgio, etc. H irmos que s trabalham se for vista do pastor, ou do seu dirigente, visando a consagrao como pagamento. O conselho bblico dado pelo apstolo Paulo ... mas como servos de Cristo, fazendo de corao a vontade de Deus. Quando o crente servo de Cristo, no est preocupado se vai ser consagrado ou no, se o ministrio est vendo ou no. Ele apenas se importa se est servindo a Cristo. Melhor que o crente seja consagrado a Cristo, mesmo que no seja consagrado para um determinado cargo, do que consagrado a um cargo e sem consagrao a Cristo, vazio, frio, atrapalhado e atrapalhando na casa de Deus. Em I Co 9.24-27, eles correm buscando um ideal terreno, passageiro, treinando e se esforando dedicadamente por este ideal efmero. Nos somos atletas espirituais que corremos a carreira crist, com o ideal de possuir o galardo que est na mo do Senhor (I Co 15.58; II Cr 15.7). Se nos desviarmos deste ideal, atendendo s barganhas de satans, como fez Esa (Hb 12.16,17) trocando o supremo ideal de servir a Cristo e ganhar o seu galardo, certamente estaremos derrotados ou desclassificados desta maratona espiritual que Cristo nos colocou. No final do texto de Fp 3.11-15, nos versculos 14 e 15 o apstolo que PROSSEGUE (o contrrio de ficar parado ou de retroceder) para o alvo (alvo aqui o divino e no o que satans tenta colocar na nossa frente) pelo prmio da soberana vocao de Deus em Cristo Jesus. Se o irmo j dirige algum trabalho, observe o conselho do apstolo Pedro em I Pe 5.1-4, onde depois de se apresentar como Presbtero igual aos demais, ele ensina como o Presbtero

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 16 _____________________________________________________________________________________ deve dirigir o rebanho do Senhor, representando ali o seu Pastor. Aps vrias recomendaes, ele desvenda um ideal adequado para todos ns que trabalhamos na obra de Deus no versculo 4. Este evento futuro, exatamente onde est o nosso ideal, nosso objetivo. 3. O Presbtero e seu relacionamento familiar Aqui est um ponto chave para uma boa carreira crist, principalmente quando se trata de um obreiro na casa de Deus. Mal vai ao obreiro no trabalho espiritual quando seu relacionamento familiar deficiente. lamentvel quando um obreiro tenta caminhar espiritualmente sozinho, sem se preocupar com seus familiares, que muitas das vezes no o acompanham espiritualmente. Vejamos um exemplo bblico da importncia da famlia do obreiro em seu desempenho na causa do Mestre. Em x 18.1-7 lemos que, at o comeo deste captulo, Moiss estava to envolvido com a obra de Deus que se esqueceu de sua famlia, de que precisava dar a devida assistncia sua esposa e a seus filhos. Estes estavam com o sogro de Moiss, chamado Jetro. Hoje em dia encontramos obreiros que tambm pensam assim, envolvendo-se tanto na obra de Deus que relegam a segundo plano a sua famlia. Esta, muitas vezes, fica aos cuidados de parentes, vizinhos ou conhecidas e, pela persistncia, acaba gerando contenda. H outros que, mesmo no se distanciando fisicamente de suas esposas e filhos, contudo esto com enorme distncia espiritual deles. No fazem culto domstico com a famlia, no renem seus filhos e suas esposas para orarem e refletirem os ensinos da Bblia. A famlia que no comea as primeiras horas do dia em culto domstico est se arriscando a se encontrar com o diabo o resto do dia. Nos versculos 5 e 6, lemos que Jetro trouxe este pequeno rebanho de seu genro e lhe disse: eu, teu sogro Jetro, venho a ti com tua mulher e seus dois filhos com ela. Com isto estava indiretamente lhe transmitindo uma lio muito importante: aquilo que era sua responsabilidade deveria estar sob seus prprios cuidados! H muitos obreiros hoje em dia que, depois de alcanar determinada posio privilegiada na casa de Deus, no admite que nenhum subordinado seu lhe entregue conselhos de Deus ou que lhe aponte falhas ou erros. Tal obreiro caminha rapidamente para o fracasso. Aqui esto alguns pontos importantes para um relacionamento familiar salutar: a) D o legtimo valor que devido sua esposa, assistindo-a afetivamente, moralmente e socialmente, procurando demonstrar-lhe um bom exemplo como marido cristo. Ela no um objeto de cama e mesa e sim uma companheira que deve ser tratada com dignidade, pois sois juntamente co-herdeiros da mesma graa da vida I Pe 3.7. O Presbtero deve amar sua mulher sem demonstrar irritao contra ela (Cl 3.19) porque na irritao que o diabo encontra facilidade para promover discusso e contenda. b) Procure compreender seus filhos, lembrando-se sempre da responsabilidade sob seus ombros de conduzi-los a Cristo. Reserve um tempo para seus filhos, fazendo-se o mais achegado companheiro deles, orientando-os com amor na soluo de seus problemas e na tomada de decises. c) Crie seus filhos sob disciplina, mostrando-lhes que possuem no apenas privilgios, mas tambm deveres diante de seus pais, de seus semelhantes e de Deus. Se necessrio, corrija-os disciplinando-os, at mesmo com vara, conforme ensina Pv 13.24, caso sejam de idade infantil. d) No relaxe o culto domstico, pois um instrumento indispensvel para o fortalecimento dos laos da comunho familiar, para despertar maior interesse pela leitura bblica e para atrair as bnos e a presena divina para o lar.

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 17 _____________________________________________________________________________________ e) Em caso de qualquer princpio de desentendimentos, no persista na contenda, nem em busca de razo, que s serve para alimentar a confuso e convidar o diabo para a conversa. Pior ainda quando se parte para as ofensas ou xingamentos. Leia Pv 15.1; 17.19. f) Tome a dianteira no ensino de seu lar. Se voc, cabea do lar, se calar, o diabo quem falar nas mentes de seus familiares. Habitue o seu lar orao, ao jejum, leitura e meditao bblica e dedicao obra do Mestre. Hoje em dia, temos bons obreiros, mas que falham nesta parte, tendo esposa e filhos problemticos como o sacerdote Eli (I Sm 2.12-17) e o profeta Samuel (I Sm 8.5). Se cada obreiro falhar deste modo, que gerao teremos em nossas igrejas no futuro. O obreiro que caminha espiritualmente isolado da famlia, no dispe de um lar que o ajude, mas sim um lar adversrio, puxando-o em sentido contrrio. D) MORDOMIA (Autoridade Delegada) Obedecendo as autoridades delegadas e sendo uma autoridade delegada Os filhos de Deus no deveriam apenas aprender a reconhecer a autoridade, mas do mesmo modo estar a procura daqueles a quem deveriam obedecer. O centurio falou ao Senhor Jesus, dizendo: (Mt. 8:9). Ele era realmente um homem que reconhecia a autoridade. Atualmente, assim como Deus sustenta todo o universo com sua autoridade, tambem rene seus filhos atravs de sua autoridade. Se algum dos seus filhos independente e autoconfiante, no sujeito a autoridade delegada por Deus, ento jamais pode realizar a obra de Deus na terra. Cada um dos filhos de Deus deve procurar alguma autoridade para obedecer para que ele ou ela se coordene devidamente com os outros. triste dizer, entretanto, muitos tem fracassado neste ponto. Como podemos crer se no sabemos em quem crer; como podemos amar se no sabemos a quem amar; ou como podemos obedecer se no sabemos a quem obedecer? Mas na Igreja h muitas autoridades delegadas a quem devemos nossa submisso. Submetendo-nos a elas submetemo-nos a Deus. No temos de escolher a quem obedecer, mas aprender a sujeitar-nos a todas as autoridades governantes. No existe ningum apto a ser autoridade delegada por Deus se ele mesmo no aprender primeiro como sujeitar-se autoridade. Ningum pode saber como exercer autoridade at que sua prpria rebeldia tenha sido resolvida. essencial que aprendamos a ficar sujeitos uns aos outros e sujeitos as autoridades delegadas. Trs requisitos para uma autoridade delegada: 1. Deve reconhecer que toda autoridade procede de Deus. Cada pessoa que chamada para ser uma autoridade delegada deveria se lembrar que "no h autoridade que no proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele institudas" (Rm. 13:1). Ela mesma no autoridade, nem ningum pode constituir-se uma autoridade. Suas opinies, idias e pensamentos no so melhores do que os dos outros. So totalmente sem valor. S aquilo que vem de Deus constitui autoridade e merece a obedincia do homem. Uma autoridade delegada deve representar a autoridade de Deus, jamais presumir que tambm tenha autoridade. Ns mesmos no temos a menor autoridade no lar, no mundo, ou na igreja. Tudo o que podemos fazer executar a autoridade de Deus; no podemos criar autoridade por ns mesmos. Estar em posio de autoridade no depende de ter idias ou pensamentos; antes, depende de conhecer a vontade de Deus. A medida do conhecimento que uma pessoa tem da vontade de Deus e a medida de sua autoridade delegada. Deus estabelece uma pessoa como sua autoridade delegada totalmente com base no conhecimento que essa pessoa tem da vontade de Deus. Nada tem a ver com as idias abundantes, fortes opinies ou nobres pensamentos que possa ter.

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 18 _____________________________________________________________________________________ 2. Deve negar-se a si mesmo. At que uma pessoa saiba qual a vontade de Deus deve manter sua boca fechada. No deve exercer a autoridade levianamente. Aquele que vai representar a Deus deve aprender do lado positivo o que a autoridade de Deus e, do lado negativo, como negar-se a si mesmo. Nem Deus nem os irmos vo dar grande valor aos seus pensamentos. Provavelmente voc o nico em todo o mundo que considera sua opinio a melhor. Pessoas com muitas opinies, idias e pensamentos subjetivos devem ser temidas. Deus no pode jamais usar uma pessoa que est cheia de opinies, idias e pensamentos para representar a sua autoridade. Se no formos totalmente quebrantados pelo Senhor no estaremos qualificados como autoridade delegada por Deus. Deus nos convoca para representarmos sua autoridade, no para a substituirmos. Deus soberano em sua personalidade e posio. Sua vontade sua. Ele jamais consulta o homem nem permite que algum seja o seu conselheiro. Consequentemente, aquele que representa a autoridade no pode ser uma pessoa subjetiva. Isto no implica dizer que para ser usado por Deus deve reduzir-se a no ter nenhuma opinio, nenhum pensamento e nenhum julgamento. De modo nenhum. Significa simplesmente que o homem deve ser verdadeiramente quebrantado; sua inteligncia e suas opinies e seus pensamentos devem todos ser quebrantados. Aqueles que so naturalmente comunicativos, dogmticos e presunosos precisam de um tratamento radical, um amansamento bsico. Isto , algo que no pode ser nem doutrina nem imitao. Tem de constituir feridas na carne. S depois que uma pessoa aoitada por Deus comea a viver em temor e tremor diante dele. No se atreve a abrir a boca inadvertidamente. Se a sua experincia no passar de doutrina ou imitao, com o passar do tempo as folhas da figueira logo secaro (Gn. 3:7) e seu estado original reaparecer. No muito falar logo nos esqueceremos de ns mesmos e revelaremos o ego verdadeiro. Como preciso que sejamos derrubados pela luz de Deus! 3. Deve constantemente estar em comunho com o Senhor. Aqueles que so autoridades delegadas por Deus precisam manter ntima comunho com Deus. No deve haver apenas comunicao, mas tambm comunho. Qualquer um que oferece opinies apressadamente e fala em nome do Senhor levianamente est muito longe de Deus. Aquele que menciona o nome de Deus casualmente s prova a enorme distncia em que se encontra de Deus. Aqueles que esto perto de Deus tm um temor piedoso; saber como expressar levianamente suas prprias opinies desonroso. A comunho, portanto, outra exigncia principal para aqueles que esto em autoridade. Quanto mais perto uma pessoa se encontra do Senhor, mais claramente v suas prprias faltas. Tendo sido colocado face a face com Deus, no se atreve depois a falar com tanta firmeza. No tem confiana em sua carne; comea a temer que esteja errado. Por outro lado, aqueles que falam levianamente denunciam o quanto esto afastados de Deus. Posso falar francamente que a dificuldade hoje em dia que muitos dos servos de Deus so ousados demais ou intransigentes demais ou dominadores demais. Atrevem-se a falar o que no ouviram de Deus! A autoridade representativa em natureza, no inerente. Significa que preciso viver diante de Deus, aprendendo e sendo ferido para que no se projete a si mesmo. Ningum deveria se enganar considerando-se ele prprio a autoridade. S Deus tem autoridade; ningum mais a possui. Quando a autoridade de Deus flui para mim, flui ento atravs de mim para os outros. O que me torna diferente dos outros, Deus, no eu mesmo. 4. Jamais tente estabelecer sua prpria autoridade A autoridade estabelecida por Deus; portanto nenhuma autoridade delegada precisa tentar assegurar-se de sua autoridade. No insista em que outros lhe dem ouvidos. Se erram,

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 19 _____________________________________________________________________________________ deixe que errem; se no se submetem, que fiquem insubordinados; se insistem em fazer a sua prpria vontade, deixe. Uma autoridade delegada no deve lutar com os homens. Por que deveria eu exigir que me ouam se no sou autoridade estabelecida por Deus? Por outro lado, se sou estabelecido por Deus, preciso ter medo que os homens no se me submetam? Todo aquele que se recusa a me ouvir, desobedece a Deus. No necessrio que eu force as pessoas a me ouvirem. Deus meu apoio, por que ento eu deveria temer? Jamais deveramos dizer uma palavra que fosse para apoiar nossa autoridade; antes, vamos conceder as pessoas a sua liberdade. Quanto mais Deus nos confia, mais liberdade garantimos as pessoas. Aqueles que tem sede do Senhor viro a ns. muitissimo desonroso falar em benefcio de nossa prpria autoridade ou tentar estabelecer nossa prpria autoridade. Embora Davi fosse ungido por Deus e escolhido para ser rei, durante muitos anos permaneceu sob a mo de Saul. No estendeu sua mo para instituir sua prpria autoridade. Do mesmo modo, se Deus designou voc como autoridade, voc tambm deveria ser capaz de suportar a oposio dos outros. Mas se voc no foi constituido por Deus, qualquer esforo que fizer para estabelecer sua autoridade ser dolorosamente ftil. Quando a autoridade que lhe foi delegada for testada, no faa nada. No se apresse, no lute, no fale por si mesmo. As pessoas no esto se rebelando contra voc, mas contra Deus. Pecam contra a autoridade de Deus, no contra a sua autoridade. A Pessoa a quem desonram, criticam e se opem no a voc. Se a sua autoridade realmente de Deus, aqueles que se opem encontraro bloqueado seu caminho espiritual; no recebero mais revelao.

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 20 _____________________________________________________________________________________

CAPTULO III LITURGIA DO CULTOO culto vem a ser um conjunto de formas externas em que a prpria pessoa, a famlia reunida ou mesmo a comunidade estabelece a sua vida religiosa. o mesmo que "liturgia", que significa "ritual", "o culto institudo por uma igreja". Embora no exista no Antigo Testamento uma palavra especial para culto (ver x 12.36), ele era um elemento muito importante na vida do povo de Israel. A demonstrao disso est nos Salmos, e, em Gnesis (Gn 4.3), o autor no imagina religiosidade sem culto. Atravs do culto, a f transmitida em tradio viva "... o que ouvimos e sabemos, e os nossos pais nos contaram", Sl 78.3. Os fiis da comunidade em Jerusalm participavam do culto do templo (At 2.46) e o Senhor Jesus chamou o templo de "a casa de meu Pai" (Jo 2.16), e apresenta o seu templo de prprio corpo como o novo templo, como vemos em Jo 2.19-22. Com sua morte e ressurreio, Jesus passou a inaugurar o culto da Igreja, cujos eleitos compartilharo de sua imagem e natureza (Rm 8.29). Para o cristo do Novo Testamento, o culto racional, ou culto espiritual, tem o mesmo sentido de "vida agradvel a Deus". Ele quem d a iniciativa para que seu povo tenha uma comunho e adorao apropriada, inspirada pelo Esprito Santo de Deus (Rm 8.26,27). Por meio de Jesus Cristo, podemos oferecer sacrifcios espirituais como "casas espirituais" (1 Pe 2.5). Dessa forma o conjunto da manifestao de atos de adorao forma o culto. Etimologicamente a palavra culto quer dizer "A mais elevada homenagem que se presta a uma divindade, isto , adorao na mais restrita acepo do termo." O culto cristo uma srie de aes, ou seja, atos conjugados, praticados pelo adorador. E estes atos, em conjunto, que formam o culto. 1) A importncia do culto aproxima o homem a Deus; concede instruo para o viver dirio; concede oportunidade de uma conscincia pura; prov estmulos morais e desafios para a vida; coloca o homem em comunho perfeita com o prximo. 2) Alguns smbolos usados no culto das Igrejas Evanglicas a cruz (o sacrifcio de Cristo); a mesa da Ceia (o memorial); o plpito (o testemunho); a Bblia (a revelao de Deus); o smbolo da msica (louvor); o batistrio (a ressurreio); 3) O perigo dos smbolos serem tomados pela coisa simbolizada; perdem o significado e se tornam supersties; tornam as igrejas litrgicas; pode dar a tendncia de exaltao s coisas externas. Imagens. PRINCIPAIS ELEMENTOS DO CULTO 1. Hinos 2. Leitura Bblica 3. Orao 4. Contribuio 5. Pregao

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 21 _____________________________________________________________________________________ Hinos (Louvor) A msica no pode ser esquecida durante o culto, e a sua execuo no pode ser desequilibrada a ponto do culto ser afetado em seu contedo. H trs momentos em que a congregao deve ser preparada psicologicamente para o culto. Leitura bblica Precisa ocupar lugar de destaque no culto, e os crentes portando as suas Bblias, para o acompanhamento do texto a sua arma. Os judeus liam muito. O salmista amava a lei do Senhor (Sl 119.18,92). "A leitura bblica como uma chave que abre as nossas mentes e prepara os nossos coraes e os nossos espritos para adorar a Deus". Geralmente se fica de p na leitura da Palavra de Deus. Em algumas igrejas, os crentes permanecem sentados. Na verdade, deve-se ter muito respeito quando se est lendo a Palavra de Deus. Tipos de leituras: Facultativo; O texto da pregao; Leitura devocional; Leitura preparatria (espiritual, corao, etc.); Leitura de circunstncias atuais Orao bom comear o culto com orao, a respirao da alma, e por ela falamos e conversamos com Deus. Ela no discurso, como fazia os fariseus, muito menos uma reza programada, como fazem os catlicos romanos. Tipos de orao . Quanto qualidade: objetivas (orar para assuntos especficos e definidos); compreensivas; concisas (resumidas); . Quanto classificao: de adorao (amor a Deus); de louvor (exaltao, glorificao); de splica (rogar, pedir com instncia); de intercesso (interceder em favor de outrem). . Quanto ao propsito: adorao; confisso; agradecimento; splica; submisso. Contribuio (Oferta) Quando nada se oferta a Deus, o culto no pode ser perfeito. "e ningum aparea vazio diante de Mim" (x 23.15b). "Cada um contribua segundo props no seu corao, no com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que d com alegria" ( 2 Co 9.7). Um culto sem ofertas um culto antibblico, pois as ofertas representam a expresso de gratido do cultuador. Quando se recebe de Deus, devemos dar daquilo que dEle recebemos. A contribuio no culto bblica (Mc 12.41-44), quer venha ela de pessoas ricas ou pobres.

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CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 22 _____________________________________________________________________________________ Assim, o dzimo deve ser entregue na Casa do Tesouro (Ml 3.10), salvo quando o entregador estiver impossibilitado. Em Ageu 1.5,6,9, temos um exemplo marcante sobre a advertncia da no contribuio liberal e generosa, e as expresses do versculo seis: "semeais muito, e recolheis pouco"; "comeis, mas no vos fartais"; "bebeis, mas no vos saciais"; "vesti-vos, mas ningum se aquece"; "e o que recebe salrio, recebe salrio num saco furado". J em Malaquias 3.8,9, o Senhor mais enftico sobre a doutrina do dzimo: ... Todavia vs me roubais e dizeis: em que te roubamos? Nos dzimos e nas ofertas aladas." Assim, deve o bom dirigente levar o crente a uma contribuio consciente e bblica dos dzimos e das ofertas. 5) Pregao A mensagem a parte central do culto. O pregador o transmissor das verdades do Deus Eterno. O doutor Manoel Avelino de Souza, em seu livro "O Pastor, pag. 122, declara: "a funo principal e por excelncia do pregador entregar a mensagem. A pregao do Evangelho, ou o sermo, deve ocupar o lugar supremo da sua vida, dos seus propsitos, dos seus interesses, das suas ocupaes, dos seus estudos e esforos. Tudo o que est ligado sua vida submetese sua funo de pregar. "E ai daquele que se apresente ao mundo como um mensageiro de Cristo e faa do seu plpito um lugar de divertimentos, de passatempo, de exibies ambiciosas; lugar de chicana (tramia) e poltica, de manifestao simplesmente literria, secundria, sem qualquer responsabilidade. "Ele no pode fazer do ministrio sagrado de anunciar a salvao de Deus aos pecadores um campo de intrigas, de exploraes, sejam quais forem, de vantagens financeiras e sociais, de oportunidades especiais, para misteres passageiros e particulares. A pregao revela o propsito de Deus aos homens, transmite graa, sabedoria, poder e vida. Quando ela diminui, o povo perece por falta de viso e do conhecimento de Deus; quando desaparece, as trevas cobrem os coraes e as almas se perdem; por falta de luz, de verdade, as trevas substituem a luz, o mal o bem, o pecado, a santidade, a morte a vida, a incredulidade a f, o dio o amor, a vingana o perdo." A quem pertence a pregao? ao Pastor da Igreja; a quem ele determinar; ao povo congregado: "acompanhando a mensagem atentamente, glorificando a Deus e orando em esprito para que Deus abenoe o pregador" (Sl 106.48); se a pregao uma mesa espiritual da qual todos devem participar, ento o pregador deve orar pedindo a Deus que lhe d uma mensagem para satisfazer a fome de todos. A escolha da mensagem o pregador deve buscar a Deus primeiramente; deve orar; deve estudar a Bblia ; deve escolher mensagens que venham ao encontro das necessidades espirituais dos ouvintes, pois h ouvintes com necessidades transitrias (doena, consolao). Deve cuidar para no desviar a mensagem sendo a necessidade do ouvinte outra. Diversidades de Cultos

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 23 _____________________________________________________________________________________ 1.1 Direo de um culto O verdadeiro dirigente de um culto o Esprito Santo e ai de uma Igreja quando no for Ele quem esteja dirigindo. claro, porm, que h necessidade da participao humana no culto. O elemento humano na direo de um culto a Deus precisa estar em primeiro lugar em sintonia com o Esprito Santo. A prtica e os mtodos que aqui vamos sugerir, apesar de terem grande importncia, no impedem o Presbtero que est dirigindo um culto a estar continuamente sob dependncia do Senhor. Dirigir um culto demanda muita responsabilidade porque nesta atividade opera-se com coisas espirituais, com alimento celestial para os famintos espirituais. O objetivo do dirigente de um culto nunca pode ser o cumprimento de anseio humano, nem uma oportunidade para expor o seu eu ou seus caprichos vaidosos nos presentes e sim lev-los a glorificar o poderoso nome do Senhor. Um culto pode ser evangelstico, que o culto pblico no templo ou ao ar livre. 1.2 Culto pblico Comea-se na hora certa, com orao, pedindo a Deus que dirija e ajude na conduo dos trabalhos que estaro para comear naquele instante. Cantam-se hinos congregacionais, tirados da Harpa Crist, escolhidos para transmitir uma mensagem de exaltao e louvor ao Senhor e que desperte interesse pelo culto no corao dos presentes. Em seguida, pe-se a congregao em p para se efetuar a leitura bblica devocional de forma reverente, tanto quem l quanto quem ouve. Recomenda-se que quem efetuar a leitura bblica deve falar alto e em bom som, sem correr ou tropear nas palavras para no prejudicar a compreenso da mensagem. Terminada a leitura, faz-se outra orao na qual se pedir ao Senhor efeitos da leitura no corao dos ouvintes e a graa divina em todos ouvintes a fim de que todos sejam saciados. Em seguida, pe-se a congregao sentada e procedem-se as apresentaes dos visitantes, tanto membros como obreiros e grupos musicais. Deve-se franquear o plpito aos obreiros de ministrio, quando se conhece sua procedncia. Aps as apresentaes, deve-se fazer uma programao de participao musical de grupos, corais e hinos avulsos de tal maneira que no seja muito extensa, a fim de no prejudicar o tempo da mensagem. No final da etapa dos louvores, deve-se proceder a coleta, enquanto se canta o ltimo hino que ir preceder pregao. Aps a parte dos louvores, passa-se a oportunidade ao pregador. tambm aconselhvel passar para esta parte com uma orao. Terminada a mensagem, deve-se logo em seguida fazer o apelo aos pecadores. No deve ser um apelo curto nem longo demais. Feito o apelo, se far orao caso haja decises e em seguida encaminham-se os novos convertidos a um local apropriado para contato com irmos preparados para lidar com eles, a fim de anotarem nomes, endereos e lhes darem as devidas orientaes. Geralmente, ao fim de um culto, faz-se anncios para cincia dos irmos sobre as diversas atividades na semana. Deve-se fazer isto de forma breve e clara. A concluso oficial do culto geralmente a orao final seguida pela bno apostlica. 1.3 Culto de orao como no culto pblico, comea-se com orao, acostumando o povo a iniciar os cultos na hora certa. Em seguida, cantam-se hinos especficos, cujo tema seja orao, splica, intercesso, busca do poder de Deus, etc. O dirigente pode fazer uma breve explanao de, no mximo, uns 15 minutos, passando depois a oportunidade para cnticos individuais ou grupos, porm, em nmero bem limitado.

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 24 _____________________________________________________________________________________ O dirigente convocar a congregao para a orao de joelhos por um perodo de pelo menos quarenta minutos ou cinqenta, a fim de que possam entregar nas mos do Senhor as oraes, peties, splicas e intercesses. Terminando a orao, o dirigente poder dar oportunidade para que alguns irmos em breves minutos relatem as bnos recebidas, durante o perodo de orao, para estimular os demais irmos a freqentarem o culto de orao. Finalmente, o dirigente faz ou designa algum para fazer a orao final, agradecendo o culto e despede o povo com a bno apostlica. 1.4 Culto de ao de graas Ocorre quando qualquer irmo, irm ou famlia evanglica deseja agradecer ao Senhor por alguma bno recebida, seja atravs de voto ou no, ou tambm por aniversrio. Pode acontecer que quem esteja solicitando o culto j disponha antecipadamente de um programa a ser seguido. O dirigente no deve desprezar isto. Um outro detalhe que a pessoa que pede o culto de ao de graas deve ter a oportunidade dentro da programao para contar a razo da solicitao daquele culto. Se for aniversariante, precisa-se fazer uma orao com todos os presentes em favor do aniversariante, aps parabeniz-lo pela data natalcia. Ao final, os anncios podem ser dispensados, caso no seja no templo, e, caso o seja, apenas informe o que for indispensvel e termina-se com orao e bno apostlica. 1.5 Culto de doutrina Doutrinar significa tornar uma pessoa douta, esclarecida, ensinada biblicamente. colocar a Palavra de Deus, com seus ensinamentos, diante do povo, a fim de que a conheam e andem nela a fim de agradar a Deus. No incutir costumes e caprichos individuais, baseados em seu pensamento carnal na mente da igreja. Se houver algum bom costume, a prpria Bblia ir mostrar e ter que ser baseado nela. aqui que entra a exigncia que Paulo escreve em I Tm 3.2b: ... apto para ensinar. S quem apto para ensinar consegue pelo Esprito de Deus doutrinar de verdade uma congregao. Nos cultos de doutrina, ensinamos aos crentes assumirem uma conduta honesta, fiel, santa e pura em toda maneira de viver e a melhor maneira de transmitir tudo isto viver aquilo que est ensinando. Todo doutrinador tem a obrigao de viver aquilo que est ensinando. Outro importante detalhe que cabe ao dirigente doutrinar a sua congregao e no a qualquer outro obreiro. Na sua falta ou ocasionalmente em comum acordo, o seu auxiliar. Como em qualquer culto, comece com uma orao, agradecendo ao Senhor mais uma oportunidade de estar na casa dEle e pedir que Ele opere na congregao. Em seguida, cantam-se alguns hinos congregacionais, de acordo com o tipo de culto. O doutrinador no deve confundir esta tarefa com a pregao evangelstica, cheia de gestos, gritos e exagerada encenao. Doutrinar basicamente ensinar e ensinar no o mesmo que pregao. Aps a mensagem doutrinria, certamente muitos coraes esto bem quebrantados (Jr 23.29). Este o momento prprio para convidar os irmos em falta com o Senhor, que foram atingidos pelo Esprito de Deus a virem frente e fazerem deciso de conserto com Deus ou com algum. Na oportunidade, faz-se uma orao com toda a congregao em favor deles, para que o Senhor lhes perdoe e os santifique. Aps esta intercesso, passa-se ao secretrio para anncios finais. E para terminar, o dirigente efetua a orao em favor de alguns pedidos e pelo culto de doutrina que est terminando e d a bno apostlica aos crentes em estado de reverncia. 1.6 Celebrao da Ceia A Ceia um memorial do sacrifcio de Cristo a ser comemorado pela Igreja at que Ele volte (I Co 11.24,26). Cabe ao dirigente ensinar que o crente participa da Ceia, no para conseguir mais graa e comunho com Cristo. O certo que os crentes participam da Ceia porque j esto em comunho com Cristo e uns com os outros, quem no

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 25 _____________________________________________________________________________________ tem esta comunho e a graa de Cristo, nem deve tocar no clice e no po enquanto no aprender a viver diariamente consagrado na presena do Senhor (I Co 11.27,28). Comece sempre na hora certa com uma orao de joelhos at uns trinta minutos no mximo. Cante hinos da Harpa Crist alusivos ao sacramento da Ceia, como o 22, 328, etc. A seguir, faa a leitura bblica de um texto que fale do ato como Mt 26.26; Mc 14.22-26 etc., com uma breve explanao, conscientizando os crentes a participarem com a mxima reverncia neste ato importante. No prximo passo, passa-se a oportunidade para grupos musicais ou corais, ou ento duetos e hinos avulsos. Entre os louvores, tambm se pode encaixar um bom testemunho do poder e da misericrdia do Senhor. Nesses momentos, o dirigente ir com seus obreiros auxiliares lavar as mos para partir o po. Feito isto, far leitura em (I Co 11.23-32), explicando o valor e a responsabilidade da Ceia, bem como do seu significado. Aqui o dirigente esclarecer que s os membros em comunho devero participar da Ceia. Aproveitando texto de I Co 11.23-32, o dirigente ler o versculo 24 para a apresentao do po em orao. Depois, parte-se o po em pedaos junto com seus auxiliares sobre a mesa. Enquanto isso, algum poder cantar um hino, medida que o po est sendo partido. Os Diconos devem estar frente, prontos para receberem as tigelas de po para distribuir congregao. A Igreja s fica de p na leitura do texto ao apresentar o po e o vinho. Adiante, os Diconos percorrem a nave do templo a distribuir o po, enquanto o dirigente estende a oportunidade para hinos e louvores. Retirando os diconos, o dirigente se certifica de que todos participaram do po. Os Diconos so servidos e em seguida os obreiros no plpito e o dirigente; enquanto isso os hinos e louvores continuam. Na segunda etapa, estando j as bandejas de clices prontas previamente, procede-se a leitura em I Co 11.25 com a congregao em p e faz-se a orao, apresentando o vinho ao Senhor. Depois disso, os Diconos se apresentam em fila para pegar as bandejas e se dirigirem para a nave do templo ao sinal do dirigente. Novamente os hinos so entoados neste momento. Retornando os Diconos, verifica se algum ficou sem o vinho. Procede-se ento a Ceia aos Diconos e tambm aos obreiros no plpito. Terminada a Ceia, o dirigente pe de novo a congregao em p para agradecer a Deus pelos momentos prazerosos da Ceia. Finalmente, breves anncios e orao para a despedida do culto seguida da bno apostlica. 1.7 Culto ao ar livre Este trabalho corresponde com a principal tarefa da Igreja na terra, que ganhar os pecadores para Cristo. Bem-aventurada a Igreja que no relaxa este valioso trabalho na seara do Mestre. Trata-se de um trabalho que precisa de espiritualidade, sabedoria e tato para se comportar em pblico. Inicialmente, o dirigente precisa orar e jejuar incessantemente antes de efetuar cada culto ao ar livre. Deve organizar uma boa e definida equipe para cooperar no canto, nos instrumentos, na distribuio de folhetos, na instalao do som e assistncia e orientao aos novos convertidos. Deve comear sempre na hora certa, porque a impontualidade um cncer que mata e destri a boa vontade de qualquer ovelha. Deve-se fazer a seleo correta dos hinos, para que as letras sejam evangelsticas ou que exaltem a Cristo. O culto ao ar livre precisa comear o mais prximo possvel da hora estabelecida, com orao ao Senhor, suplicando sua operao naquele lugar. Em seguida, cantam-se hinos prprios para o momento, designando, para solar o hino algum irmo ou irm que tenha boa voz. Efetua-se a leitura de um texto bblico que mostre a razo do trabalho ao ar livre, como por exemplo, Mt 28.18-20; Mc 16.15,16; At 18.9-11; Rm 1.14-17; etc. Logo aps, passa-se a oportunidade para as oportunidades de hinos pelos grupos, cantores, duetos, etc., procurando

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 26 _____________________________________________________________________________________ intercalar com testemunhos para edificao e salvao dos pecadores. bom pescar sempre, lanando vrias vezes, as redes durante o tempo do ar livre. Ao final do culto, deve-se anunciar os cultos pblicos e escolas dominicais e instrues de novos convertidos ao pblico. Informe o horrio destes trabalhos e o endereo de sua igreja. Recepcione cordialmente os novos convertidos, mostrando-lhes carinho e apreo. Finalmente, efetua-se a orao final e despedida dos presentes. 1.8 Lanamento da pedra fundamental O lanamento da pedra fundamental de uma obra de construo do templo tornou-se costume altamente significativo, porque mais uma oportunidade de cultuarmos a Deus e incentivar os membros cooperao na construo. Alm disso, momento para exercitarmos a f nas promessas divinas, vendo mais um avano da obra do Senhor. No h um programa rgido e inflexvel a ser seguido, mas deve ser alegre, com cnticos vigorosos e vivos testemunhos. Inicia-se com orao, agradecendo a Deus o passo de f que a Igreja est dando perante Ele e tambm suplicando sua bno para o momento. Os hinos congregacionais devem ser prprios para a ocasio. Leitura do texto oficial do culto pode ser, por exemplo, Gn 28.20-22; Mt 16.16-18, etc. Aps a leitura bblica, faz-se outra orao dos presentes. Passa-se a oportunidade para corais, grupos, duetos, hinos individuais, etc., alm de solos e testemunhos ou breves palavras por alguns obreiros. A pregao, que ser feita pelo dirigente, no precisa ser muito longa, mas objetiva, de acordo com a ocasio, visando estimular a f dos participantes na obra de Deus. O local da pedra a ser lanada deve j estar cavado para que neste momento o dirigente e seus obreiros faam o enterro da pedra que previamente foi preparada para aquela finalidade. Feito isto, ser feita uma orao solene, quando os obreiros houverem tomado a pedra com o dirigente e colocado no buraco onde ser enterrada. Pode-se efetuar uma oferta em favor da construo, j que o momento propcio, uma vez que a f dos irmos neste culto est sendo estimulada. Termina-se com orao final e uma palavra de agradecimento aos presentes. OBS.: Num culto como este, poder haver mais participao dos crentes se o dirigente conseguir fazer uma passeata, saindo do local do antigo templo at o local do futuro templo a ser erguido. 1.9 Funeral Humanamente falando, esta cerimnia bem desagradvel para ser feita, pois estamos sempre a desejar que ela no acontea com ningum. Cabe, em primeiro lugar, conhecer a condio espiritual pelo menos quanto ao testemunho da pessoa falecida, isto para evitar pronunciamentos inverdicos que sirvam para criar constrangimentos. oportuno e importante comparecer ao local do sepultamento, pelo menos uma hora antes, a fim de evitar uma cerimnia s carreiras, que pode demonstrar desapreo aos familiares enlutados. Os passos a serem seguidos so descritos nos pargrafos seguintes: Combinar com a famlia pra comear com uma orao pelo evento, suplicando as consolaes do Esprito Santo. Logo aps, explica-se aos ouvintes a razo do evento e comea-se a cantar hinos congregacionais prprios para a ocasio. A seguir, faz-se a leitura da Palavra de Deus, usando entre outros, alguns dos seguintes textos: I Ts 4.13-18; Sl 116.15; I Co 15.35-57; II Co 4.16 a 5.10; Ap 14.13 e 21.1-4. Explanando-se de acordo com a direo divina.

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 27 _____________________________________________________________________________________ Pode ser que algum queira fazer um solo especial, em homenagem ao falecido ou para consolo dos familiares. Em seguida, o oficiante poder fazer um breve e sbio apelo s pessoas no crentes que quiserem se decidir a Cristo. Aps o ato, ser feita uma orao suplicando a Deus as consolaes para todos. Feito isto, o oficiante dir: Est terminada a cerimnia. A conduo do sepultamento fica a critrio da famlia e parentes.1.10

- Culto de inaugurao do templo - Este culto tem a finalidade de agradecer a Deus pelo xito alcanado e suplicar a sua indispensvel bno para a consumao dos propsitos que tm o que for inaugurado.

Os passos para este culto so: Estando o templo novo ainda fechado, lacrado com uma fita simblica, o dirigente, seus obreiros e demais irmos se reuniro em frente porta principal de acesso ao interior. Em seguida, ser feita uma orao inicial, agradecendo a Deus a concluso da obra material e incio da espiritual. Aps, o dirigente explica a todos os presentes a finalidade do culto e toma um texto bblico como base para a inaugurao, como Is 26.2, por exemplo. Assim feito, o dirigente desatar a fita simblica e abrir as portas da congregao. Ele frente, seguido pelos seus obreiros e depois pela igreja, adentraro cantando um hino congregacional em honra e louvor a Deus. Quando todos j estiverem no interior do novo templo, ainda em p, se far a orao propriamente inaugural. Uma breve seqncia de hinos congregacionais, podero dar continuidade programao do culto. Leitura bblica oficial do culto pelo dirigente ou algum por ele designado e apresentao dos visitantes. A seguir, passa-se a oportunidade para grupos musicais, solos, duetos, testemunhos, etc. Neste nterim, pode-se proceder uma oferta. Depois a pregao da palavra de Deus ser feita, podendo terminar com um apelo. Em seguida, efetua-se um agradecimento queles que direta ou indiretamente cooperaram com a obra. Orao final agradecendo o culto e a bno apostlica. Caso haja dvida quanto forma da bno apostlica, s ler um II Co 13.13.

Bodas de prata ou de ouro Trata-se de um ato tradicional em nossa sociedade. Porm, tambm uma oportunidade para prestar louvores a Deus pelas vitrias concedidas ao casal pelo tempo de boa convivncia conjugal e os descendeste (se houver) que procederam da unio. O templo deve estar devidamente preparado para o evento.1.11

Os passos para a direo deste culto so: Ao comear o culto, o dirigente dir a razo do culto, citando o nome do casal por completo e se bodas de prata ou de ouro. O culto ter incio com uma orao agradecendo a Deus a oportunidade do evento e pedindo as bnos ao casal e aos presentes. Geralmente o casal solicita uma programao especial para o evento. O dirigente deve acatar a programao feita, caso guarde as boas normas de conduo de um culto.

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 28 _____________________________________________________________________________________ A seguir, o dirigente se referir ao casal, parabenizando pelos 25 ou 50 anos de fidelidade mtua, incentivando-os a permanecerem na fidelidade demonstrada. O dirigente far a leitura da Palavra de Deus, passagens como Sl 112, 128; Pv 31.10-31, para edificao espiritual dos cnjuges. Em seguida, o dirigente far proceder a entrega das alianas, que podero ser feitas pelo prprio casal ou por seus descendentes ou algum por eles designado. Finalizando, o dirigente far uma orao pelos cnjuges, rogando a Deus que continue derramando bnos em suas vidas.1.12

Uno com azeite

Queremos ainda esclarecer algumas atividades que o Presbtero poder precisar exercer, enquanto atua como dirigente de culto em sua congregao. Uma delas a uno com azeite, mencionada na Bblia em Tg 5.14,15, geralmente administrada no final de um culto. Informamos que esta uno prerrogativa dos Presbteros ou Evangelistas ou Pastores que dirigem congregaes e no dos membros da igreja. Outra coisa que o dirigente precisa fazer ao final de um culto pblico a apresentao de crianas. Jesus disse: ... Deixai vir a mim os pequeninos e no os impeais, porque dos tais o reino de Deus, Lc 18.16. Isto no um sacramento, mas uma tradio tanto judaica como crist. Quem faz o dirigente ou at mesmo um seu superior hierrquico que estiver visitando no momento. O oficiante tomar a criana no colo com cuidado, declarando o nome da criana congregao. Em seguida, efetua-se uma orao para que Deus a abenoe em sua criao, juntamente com seus pais.

Ordenanas 1) Batismo em guas 2) Santa Ceia do Senhor Celebraes 1) Aniversrio de 15 anos 2) Cerimnia de Noivado 3) Cerimnia de Casamento 4) Cerimnia de Bodas de Prata e de Ouro 5) Festas Comemorativas dos Anos de Bodas 6) Apresentao de Crianas 7) Uno com leo 8) Bno Apostlica

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CAPTULO IV- HOMILTICAI - INTRODUO AO ESTUDO DA HOMILTICA Conceitos Bsicos: a) Comunicao: Ao, efeito ou meio de comunicar, aviso, participao, ligao, comunho. b) Dico: Maneira de dizer ou pronunciar, expresso, arte de recitar. Exegese: Interpretao, explicao ou comentrio (gramatical, histrico, jurdico, etc.) de textos, principalmente da Bblia. Eloqncia: Capacidade de falar e exprimir-se com facilidade; dom de falar com fluncia. Fonao: Conjunto dos fenmenos que concorrem para a produo da voz. Hermenutica: Princpios de interpretao bblica; arte de interpretar os livros sagrados e os textos antigos. Homiltica: Arte de pregar sermes, no se abstendo do aprimoramento das habilidades oratrias. a cincia que estuda os princpios fundamentais do discurso em pblico, aplicados na proclamao do evangelho. Este termo surgiu durante o Iluminismo, entre os sculos XVII e XVIII, quando as principais doutrinas teolgicas receberam nomes gregos, como, por exemplo, dogmtica, apologtica e Hermenutica. Homilia: (do verbo homileo) Pregao crist, nos lares em forma de conversa. Lgica: Cincia do raciocnio; coerncia; raciocnio encadeado; ligao de idias. Oratria: Arte de falar em pblico eloqentemente ou em consonncia com as regras da retrica; pea dramtica religiosa. Persuaso: Ato ou efeito de persuadir; convico; crena. Vem de persuadir: Levar a crer ou aceitar, aconselhar, induzir. Pronncia: Articulao do som das letras, slabas ou palavras. Maneira especial de pronunciar os sons de certa lngua. Pregao/sermo: a comunicao verbal da verdade divina com o fim de persuadir. Tem em si dois elementos: a verdade e a personalidade. Retrica: A arte do uso eficiente das palavras em falar e escrever. Tema: a matria de que trata o sermo; a idia central do sermo; o assunto apresentado no sermo. As disciplinas que esto mais prximas da Homiltica so a Hermenutica e a Exegese, estas se complementam.

c) d) e) f) g)

h)

i) j) k) l) m) n) o)

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 30 _____________________________________________________________________________________ 2. Deus, a Palavra e o Pregador: a) Antes de continuar este estudo medite nos seguintes versculos: I Cor 7:7 ...mas cada um tem de Deus o seu prprio [dom], um deste modo, e outro daquele. I Pe 4:10 servindo uns aos outros conforme o [dom] que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graa de Deus. I Cor 12: 4ss Ora, h diversidade de dons, mas o Esprito o mesmo. E h diversidade de ministrios, mas o Senhor o mesmo. E h diversidade de operaes, mas o mesmo Deus que opera tudo em todos. A cada um, porm, dada a manifestao do Esprito para o proveito comum. Mas um s e o mesmo Esprito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer. Porque, assim como o corpo um, e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, formam um s corpo, assim tambm Cristo. b) Deus tem preparado e escolhido pessoas, por meio do Esprito Santo, para realizao de obras especficas. Ele fala atravs daqueles que tenham um mnimo de alfabetizao, mas, tambm fala atravs de pessoas capacitadas e dotadas de dons, tcnicas, habilidades e talentos. 3. Quem voc? a) Se voc ainda no respondeu esta pergunta a si mesmo, no tem base para tomar decises sobre sua vida. Voc um ser criado por Deus. Voc tem talentos e habilidades inerentes. Eles so presentes de Deus. A realizao do plano de Deus a razo da nossa vida. Faa um inventrio realista da sua despensa pessoal e veja como pode realizar a vontade de Deus. b) Voc conhece a amplitude das suas possibilidades? Para que acha que Deus o(a) est chamando? Voc j ouviu falar sobre o exemplo de superao de um homem que era gago e veio a se tornar o maior orador da antiguidade ? APNDICE - O Exemplo de Demstenes

(a) Demstenes - Nasceu em Atenas por volta de -384. A famlia era abastada mas, depois de perder o pai aos 7 anos, Demstenes teve os bens dilapidados pelos tutores. Estudou oratria, possivelmente com Iseu, e tentou recuperar a fortuna processando os antigos tutores. (b) Para superar sua deficincia fontica submeteu-se a uma severa preparao onde, em discursos simulados, colocava pedrinhas (seixos) na boca durante os exerccios solitrios beira-mar em que fazia sua voz sobressair ao barulho das ondas, para desenvolver o volume de voz e aperfeioar a dico. No s derrotou seus tutores na Heliia como tambm se tornou um dos maiores oradores do mundo antigo, mestre da eloqncia e da declamao.

Temos, porm, este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns. II Corntios 4.7

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 31 _____________________________________________________________________________________ (c) Em uma das audincias a que teve que assistir, ficou muito impressionado pela eloqncia e discursos que proferiam os advogados. Foi ento que decidiu dedicar-se a oratria. (d) Sonhava em ser um grande orador, mas a tarefa no era fcil. Tinha pouqussima aptido, pois padecia de dislexia e se sentia incapaz de fazer nada de modo improvisado, era gago e tinha pouca voz. Seu primeiro discurso foi um completo fracasso: - O riso da platia o obrigou a interromp-lo sem chegar ate o final. (e) Quando estava abatido, costumava andar pelas ruas da cidade e num desses dias, um ancio lhe infundiu nimos e o aconselhou a seguir exercitando-se. "A pacincia te trar o xito", assegurou! (f) Esforou-se com mais tenacidade ainda em conseguir o seu propsito. Era alvo de burla contnua por parte de seus adversrios, mas ele no se intimidou. (g) Recitava quase que a gritos, discursos e poesias para fortalecer a sua voz, e quando tinha que participar em uma discusso, repassava vrias vezes os argumentos de ambos os lados e considerava o valor de cada uma das partes. (h) Aos poucos anos, aquela pobre criana rf e gaga havia se aprofundado nos segredos da eloqncia e que chegou a ser o mais brilhante dos oradores gregos, pioneiro de uma oratria formidvel, que rompia com os estreitos moldes das regras retricas de seu tempo, e que, todavia hoje, 2.300 anos depois, constitui um modelo em seu gnero. (i) Uma vez, perguntaram a ele qual seria a principal virtude do orador. A resposta: "ao". Surpreso, o interlocutor voltou a indagar: "e depois". O grande tribuno no titubeou: "ao". E no teve dvida em dar a mesma resposta ante a insistncia do amigo que queria distinguir as virtudes da eloqncia, como a sabedoria, a criatividade, a fluncia ideativa, o senso de oportunidade e o domnio das multides. Queria dizer que o discurso deveria conduzir os ouvintes ao, no devendo ser um fim em si mesmo. (j) Conta-se que quando Demstenes falava, a multido se punha em marcha, ao contrrio da audincia esttica, que se encantava, mas no reagia fala culta de outro grande orador, o tribuno Ccero, clebre por ter enxotado de Roma o general Catilina com seu famoso discurso ("quosque tandem abutere, Catilina, patientia nostra" At quando abusars, Catilina, de nossa pacincia"). (k) Esta a breve histria de Demstenes cujo exemplo nos mostra que mesmo deficincias inatas ou no, em certos casos, podem ser superadas. Da mesma forma como Demstenes superou a dificuldade de se comunicar em sua prpria lngua, com a prtica correta, podemos desenvolver a habilidade de nos comunicar em outro idioma. Movido pela necessidade, o orador grego, com muito preparo, atingiu com xito seu objetivo. (l) Demstenes um exemplo entre a multido de homens e mulheres que ao longo da histria souberam mostrar o quanto so capazes de fazer com uma vontade decidida. (m)O mundo avana de reboque das pessoas que so perseverantes em seu empenho. Pegue um lpis e papel e comece agora. Descubra os seus dons espirituais e registre o objetivo de sua vida. Relacione as suas habilidades e como elas podem abenoar as pessoas. Ore e caminhe em direo ao que Deus colocar em seu corao.

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 32 _____________________________________________________________________________________ Reorganize sua vida profissional, horrios, dinheiro e compromissos, de tal forma que possa servir ao Senhor. Espere oposio e dificuldades prontas para ultrapass-las e, enfim, faa alguma coisa. 4. Vida no Altar: a) Baseando-se em trs passagens da vida de Pedro, podemos observar alguns aspectos que o pregador deve considerar: Estar com Jesus - Atos 4:13 Falar como Jesus Mateus 26:73 Falar de Jesus Atos 4:10 b) A palavra de Deus afirma que: Assim que a f vem pelo ouvir esta boa nova a boa nova a respeito de Cristo Rm 10:17. Entretanto, a falta de preparo adequado, falta de unidade corporal no sermo, falta de vivncia real na f crist, falta de aplicao prtica s necessidades existentes na igreja, falta de equilbrio na seleo de textos bblicos e a falta de um bom planejamento ministerial trazem dificuldades proclamao da Palavra. 5. Quando Deus Fala (Objetivo e Assunto): a) O objetivo da homiltica, de uma forma geral, a converso, a comunho, a motivao e a santificao para vida crist. b) O assunto de uma mensagem algo particular entre o pregador e Deus. c) Para ter assunto preciso viver em comunho e orao para que o Esprito Santo possa falar em seu corao. d) A grande questo : como Deus fala conosco? A forma de Deus falar individual e peculiar. e) Algumas pessoas acreditam que Deus fala somente de forma sobrenatural. Entretanto, Deus pode falar com voc de todas as formas possveis, fique atento, inclusive naquelas que voc menos imagina. No nibus, em casa, no trabalho, no banho, lendo a Bblia, olhando a paisagem, ouvindo uma mensagem, conversando, pensando, atravs de pessoas ou coisas, em sonho, em revelao, no meio de uma crise, ouvindo testemunhos, atravs de crianas, ouvindo uma msica, em seu lazer, em um acidente, uma lio de vida, viajando, etc. II - PRINCPIOS DE HOMILTICA 1. A Importncia do Conhecimento: Tanto a preparao quanto a exposio de um sermo so enriquecidas com o grau de conhecimento do pregador. Os conhecimentos no so a principal razo de um sermo, mas so o esqueleto que lhe d forma. O pregador no precisa deixar de ser espiritual pelo fato de enriquecer seus sermes com conhecimentos gerais. Se o sermo estiver cheio da graa de Deus, ento os conhecimentos nele inseridos resultaro em bnos.

CATEDRAL DAS ASSEMBLIAS DE DEUS Curso de Preparao de Obreiros Apostila de Presbtero pgina 33 _____________________________________________________________________________________ A Homiltica apresenta as regras tcnicas, e ensina como o pregador pode tirar proveito dos conhecimentos, ordenando os pensamentos e dosando-os com a graa divina. a) Todo pregador deve adotar um sistema de estudo, para seu maior aproveitamento no ministrio da Palavra. b) O que se vai dizer resultado do que sabemos, sentimos, pensamos, cremos e desejamos transmitir. c) Cultura aquilo que a gente sabe, resultado de nossa vivncia, da sedimentao do que somos, sabemos das influncias que sofremos e de tudo que realmente nos estruturou. Ser uma pessoa culta em nossos dias, isto , capaz de pensamento original e ter digerido as informaes do mundo em que vivemos, uma equao diferente da que se apresentava no passado. Pouco a pouco a "explicao" do mundo foi, cada vez mais, passando para a rea cientfica. Por isso o importante manter os "ps no cho". d) Para falar de um tema qualquer preciso dominar o assunto, a ponto de torn-lo de uma simplicidade quase alarmante e dar a impre