1ª aula do grego1 do curso à distância do seminário...

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1ª aula do Grego1 do Curso à Distância do Seminário Betel Brasileiro em Niterói (RJ). Introdução ao módulo Por que devo estudar o grego bíblico? Estamos atravessando um momento histórico nacional bastante difícil concernente à área teológica e doutrinária da Igreja Cristã. Estamos inseridos num contexto evangélico nacional marcado por uma profunda confusão teológica, a qual se manifesta pela expressão de várias e diferentes teologias e doutrinas de caráter espúrio, que supostamente estão sobre o fundamento bíblico, mas que na verdade se revelam deturpações das Sagradas Escrituras. Ideias errôneas dos homens, invenções humanas, e muitas vezes até ações demoníacas, a fim de macular a pureza doutrinária da Igreja de Cristo e disseminar o erro entre o povo de Deus. Acreditamos que uma das fortes razões pelas quais as distorções teológicas têm se manifestado e se alastrado no seio do Protestantismo seja o fato da ausência de uma análise e estudo acurados e responsáveis da Palavra de Deus. Para que isso ocorra, um fato de considerável relevância é o conhecimento das línguas originais. O domínio dos idiomas nos quais foram escritos a Bíblia é de valor inestimável e de grande utilidade para que as verdades bíblicas sejam extraídas dos textos, bem como o impacto que as mesmas causaram em sua época. Ao longo dos séculos, os cristãos têm estimado muito a Bíblia, aceitando-a como Palavra de Deus escrita. Poucos, porém, já se precipitaram em dizer que é fácil compreendê-la. Contudo, como seu objetivo é revelar a verdade e não ocultá-la, não há dúvida de que Deus pretende que a entendamos. Além do mais, é vital que compreendamos a Bíblia, pois nossas doutrinas sobre Deus, o homem, a salvação e os acontecimentos futuros dependem de uma interpretação correta das Escrituras. Nos últimos anos, vemos um interesse crescente pelo estudo bíblico informal. Muitos grupos pequenos reúnem-se em casas ou nas igrejas para debater a Bíblia e como aplicar sua mensagem. Será que os integrantes desses grupos sempre chegam ao

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1ª aula do Grego1 do Curso à Distância do Seminário Betel Brasileiro

em Niterói (RJ).

Introdução ao módulo

Por que devo estudar o grego bíblico?

Estamos atravessando um momento histórico nacional bastante difícil concernente

à área teológica e doutrinária da Igreja Cristã. Estamos inseridos num contexto evangélico

nacional marcado por uma profunda confusão teológica, a qual se manifesta pela

expressão de várias e diferentes teologias e doutrinas de caráter espúrio, que

supostamente estão sobre o fundamento bíblico, mas que na verdade se revelam

deturpações das Sagradas Escrituras. Ideias errôneas dos homens, invenções humanas,

e muitas vezes até ações demoníacas, a fim de macular a pureza doutrinária da Igreja de

Cristo e disseminar o erro entre o povo de Deus.

Acreditamos que uma das fortes razões pelas quais as distorções teológicas têm

se manifestado e se alastrado no seio do Protestantismo seja o fato da ausência de uma

análise e estudo acurados e responsáveis da Palavra de Deus. Para que isso ocorra, um

fato de considerável relevância é o conhecimento das línguas originais. O domínio dos

idiomas nos quais foram escritos a Bíblia é de valor inestimável e de grande utilidade para

que as verdades bíblicas sejam extraídas dos textos, bem como o impacto que as

mesmas causaram em sua época.

Ao longo dos séculos, os cristãos têm estimado muito a Bíblia, aceitando-a como

Palavra de Deus escrita. Poucos, porém, já se precipitaram em dizer que é fácil

compreendê-la. Contudo, como seu objetivo é revelar a verdade e não ocultá-la, não há

dúvida de que Deus pretende que a entendamos. Além do mais, é vital que

compreendamos a Bíblia, pois nossas doutrinas sobre Deus, o homem, a salvação e os

acontecimentos futuros dependem de uma interpretação correta das Escrituras.

Nos últimos anos, vemos um interesse crescente pelo estudo bíblico informal.

Muitos grupos pequenos reúnem-se em casas ou nas igrejas para debater a Bíblia e

como aplicar sua mensagem. Será que os integrantes desses grupos sempre chegam ao

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mesmo entendimento da passagem estudada? Estudar a Bíblia dessa forma, sem as

diretrizes apropriadas da hermenêutica, pode gerar confusão e interpretações que se

encontram até desacordo dos propósitos de Deus.

Quando a Bíblia não é interpretada corretamente, a teologia de um indivíduo ou de

toda uma igreja pode ser desorientada ou superficial, e seu ministério, desequilibrado.

Segundo estudiosos, um dos maiores motivos por que a Bíblia é um livro difícil de

entender é o fato de ser antigo. Os cinco primeiros livros do Antigo Testamento foram

escritos por Moisés em 1.400 a.C. aproximadamente. Apocalipse – o último livro da Bíblia

– foi escrito pelo apóstolo João por volta de 90 d.C. Isto mostra que precisamos tentar

transpor vários abismos que se apresentam pelo fato de termos em mãos um livro tão

antigo.

A primeira tarefa do intérprete chama-se exegese, que é o estudo cuidadoso e

sistemático da Escritura para descobrir o significado original que foi pretendido. A

exegese é basicamente uma tarefa histórica. É a tentativa de escutar a Palavra conforme

os destinatários originais devem tê-la ouvido; descobrir qual era a intencionalidade original

das palavras do autor.

O objetivo proposto neste curso será o de mostrar a relevância do conhecimento da

língua grega do Novo Testamento, koinê, para uma melhor exposição do mesmo, focando

erros gramaticais e usuais que se cometem, ao tentarem uma correspondência entre uma

língua tão antiga e peculiar da época com a nossa nos dias de hoje.

Se tentarmos um paralelo entre nossas traduções, nossos dicionários da língua

portuguesa e os originais estaremos dando ao texto uma ideia espúria e impondo ao

mesmo um significado desconhecido ao autor e à compreensão dos primeiros leitores.

Um bom exemplo para mostrarmos melhor o que estamos falando é Jo 6.44.

Parece que ainda hoje muitos cristãos, como os líderes religiosos da época de

Jesus, se sentem altamente desconfortáveis com a passagem de João 6.44, “Ninguém

pode vir a mim se o Pai, não o trouxer”.

A palavra chave no versículo acima é “trouxer”. A explicação mais comum para o

texto em questão é dada como significando que o Pai precisa “convidar” ou “atrair” os

homens para Cristo. Contudo, o homem tem a capacidade de resistir a esse “convite” ou

de recusar a “atração”.

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O convite, embora necessário, não compele. Na linguagem filosófica, isso

significaria que a atração de Deus é uma condição necessária, mas não suficiente

para trazer os homens a Cristo.

Em uma linguagem simples, significa que não podemos vir a Cristo sem o

convite, mas o convite não garante que viremos, de fato, a Cristo.

No entanto, a explicação acima que é tão difundida faz violência ao texto da

Escritura, particularmente ao sentido bíblico da palavra “trouxer”. A palavra grega usada

aqui é elkw (elkœ). O Dicionário Teológico do Novo Testamento, de Kittel, define-a como

significando compelir por irresistível superioridade. Linguisticamente (pelo resultado

dos estudos na aplicação prática) e lexicograficamente (pelo estudo das possíveis

mudanças do seu significado), a palavra significa “compelir” (Obrigar, forçar, coagir,

constranger, empurrar, arrastar).

Compelir é um conceito muito mais vigoroso do que cortejar. Para enxergar mais

claramente, vamos dar uma olhada em duas outras passagens do Novo Testamento onde

a mesma palavra grega é usada.

Em Tiago 2.6, lemos: “Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre. Não são os

ricos que vos oprimem, e não são eles que vos arrastam para os tribunais?” Tente

imaginar qual a palavra nesta passagem é a mesma palavra grega que em outros

lugares está traduzida por “trazer”. É a palavra arrastar (o mesmo verbo: elkw - elkœ).

Vamos agora substituir este texto pela palavra convidar. Ficaria assim: ... “Não são os

ricos que vos oprimem e vos convidam (gentilmente) para os tribunais?”

O mesmo ocorre em Atos 16.19: “Vendo os seus senhores que se lhes desfizera a

esperança do lucro, agarrando em Paulo e Silas, os arrastaram para a praça, à presença

das autoridades”. Novamente, tente substituir a palavra arrastar pela palavra convidar,

uma vez que o verbo usado no original é também o mesmo elkw - elkœ. Se de fato Paulo e

Silas foram convidados gentilmente, após serem agarrados, para irem à praça e serem

açoitados publicamente, seria estranho perceber porque não recusaram.

Por mais cruciais (difíceis, árduas, duras, terminantes, categóricas, decisivas)

que seja esta passagem do Evangelho de João (6.44), ela não ultrapassa em importância

nenhum outro ensinamento de Jesus no mesmo Evangelho, com respeito à incapacidade

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moral do homem de decidir-se sozinho por Cristo, estando ele “morto em seus delitos e

pecados” (Ef 2.1).

A primeira razão por que precisamos aprender como interpretar é que, quer deseje

quer não, todo leitor é ao mesmo tempo um intérprete; ou seja, a maioria de nós toma por

certo que, enquanto lê, também entende o que lê. Tendemos, também, a pensar que

nosso entendimento é a mesma coisa que a intenção do Espírito Santo ou do autor

humano. Apesar disso, invariavelmente levamos para o texto tudo quanto somos, com

toda nossa experiência, cultura e entendimento prévio de palavras e idéias. Às vezes,

aquilo que levamos para o texto, sem o fazer deliberadamente, nos desencaminha ou nos

leva a atribuir ao texto idéias que lhe são estranhas.

A tradução, pois, é em si mesma uma forma (necessária) de interpretação. Nossa

Bíblia – seja qual for a tradução que empreguemos para nós é o ponto de partida – é, na

realidade, o resultado final de muito trabalho erudito. Os tradutores são regularmente

conclamados a fazer escolhas quanto ao significado, e as escolhas deles irão afetar

nosso entendimento.

Portanto, ao manusearmos quaisquer traduções, estamos, por assim dizer,

consultando de forma indireta os originais. Paradoxalmente, é apenas depois de outros

terem feito esse tipo de trabalho, o de desenterrar fatos e trazer à luz sentidos que, de

outra forma, teriam se perdido, que alguém pode perceber, por si mesmo, a verdade que

há nele.

Além das traduções temos os comentários bíblicos e dicionários totalmente

embasados nos originais aos quais recorremos nos preparos de nossas exposições de

textos no Novo Testamento. Um bom exemplo é o Dicionário Internacional de Teologia do

Novo Testamento (DIT), que desde que veio a lume pela primeira vez em 1965, o

Theologisches Begriffslekicon Zun Neuen Testament tem se estabelecido como obra

padrão de referência entre os teólogos, ministros, estudantes e entre todos aqueles que

se preocupam com um entendimento mais exato dos ensinos da Bíblia.

Nenhum comentário bíblico, dicionário, ou tradução pode ter como ponto de partida

outro texto que não seja o original, no caso, o grego koinê.

Historicamente, a igreja tem compreendido a natureza da Escritura de maneira

muito semelhante a sua compreensão da pessoa de Cristo – a Bíblia é, ao mesmo tempo,

humana e divina. É esta natureza dupla da Bíblia que exige da nossa parte a tarefa da

interpretação.

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Por ser a Palavra de Deus, tem relevância eterna; fala para toda a humanidade em

todas as eras e em todas as culturas. Mas porque Deus escolheu falar através das

palavras humanas na História, todo livro da Bíblia também tem particularidade histórica;

cada documento é condicionado pela linguagem, pela sua época, e pela cultura em que

originalmente foi escrito (e em alguns casos também pela história oral que teve antes de

ser escrito). A interpretação bíblica é exigida pela “tensão” que existe entre sua relevância

eterna e sua particularidade histórica.

Ou nos esmeramos por essa interpretação, ou nos condicionamos a que outros já

fizeram. O que não é possível é partir de outro ponto que não seja o original. Ou

escutamos, ao interpretarmos, a Palavra que os primeiros leitores ouviram, lá e então, e

aprendemos a ouvir a mesma no aqui e agora, ou confiamos cegamente na interpretação

de outros, como fidedigna verdade.

Com isto, nos deparamos com a realidade de que direta, quando nós mesmos

vamos aos originais, ou indiretamente, quando recorremos a comentários, dicionários, ou

traduções bíblicas, sempre manteremos contato com os escritos originais, no caso, a

língua grega koinê, na qual foi escrito o Novo Testamento como já debatido e confirmado

no primeiro capítulo da presente pesquisa.

As vantagens desse contato direto é o de podermos resolver questões que o

próprio contexto não nos assegura e que os próprios comentaristas não chegam a um

acordo entre si.

Com tantos comentários, dicionários, e traduções, o que precisamos mesmo é

recuperarmos nossa prévia convicção. Precisamos reconquistar nossa confiança na

veracidade, relevância e poder do Evangelho e voltar a nos sentirmos impactados com

ele. A exposição não é proclamação de uma teoria, nem o debate a respeito de uma

dúvida.

Estamos conscientes de que há uma erosão contínua da fé cristã. Precisamos ser

dominados por determinadas convicções, e estas convicções dependem de uma

interpretação saudável da Palavra de Deus.

Não somos preferidos de Deus, nem tão pouco privilegiados. Somos apenas, a

partir de quem, Deus estará preparando outros para a ministração de sua Palavra.

Preparação esta que se dará através do referencial do que realmente representa a

responsabilidade do aprendizado da mesma, e do diferencial em cada exposição do Novo

Testamento, onde ao mesmo tempo em que se resgata o impacto dos primeiros leitores

impactando a vida dos cristãos contemporâneos, se desperta o desejo do aprendizado

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para um ensino mais eficaz na vida dos que são apaixonados e chamados a fazer o

mesmo.

E por que o grego koine e não o moderno?

Até o final do primeiro milênio a.C. uma forma modificada do grego ático emergiu

como a "fala comum" ou h,. Koinh dialektoj (he koine dialektos), língua que sobreviveu por

mil anos como a língua do período helenístico (difusão da civilização grega, falar grego,

viver como os gregos), e que se tornaria a base do Grego Moderno.

Grego ático é o dialeto de prestígio do grego antigo que era falado na Ática, região

onde se localiza Atenas. Dos dialetos do grego antigo é o mais semelhante ao grego

posterior, e é a forma padrão do idioma, estudada na maior parte dos cursos de grego

antigo.

Os primeiros registros do grego datam dos séculos XVI e XI a.C., e foram feitos

num sistema de escrita arcaico.

Temos quatro fases de evolução do grego arcaico, o que em resumo, nos mostra

que a forma do grego que atualmente se escreve e se fala é o resultado da evolução de

uma língua em quatro fases:

Grego micênico (séculos XIV-XIII a.C.) - que se caracteriza pelo uso da escrita

Linear B. Trata-se da forma do grego mais antiga descoberta, sendo a língua usada

por burocratas e para registrar inventários de palácios reais e estabelecimentos

comerciais. Foram encontradas tabuletas de argila em Cnossos e Pylos e inscrições

em vasos e jarras em Tebas, Micenas, Elêusis e outros lugares;

Grego arcaico e clássico (séculos VIII-IV a.C.) - que começa com a adoção do

alfabeto para a escrita;

Koinê - Grego helenístico e bizantino;

Grego moderno

História do grego koinê

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A língua grega, objeto de nosso estudo, será, portanto, o koinê. E isso pelo fato de

ter sido ela o idioma em que todo o Novo Testamento foi escrito em seu original. O Novo

Testamento é o maior monumento desse idioma universal.

(Κοινὴ Ἑλληνική ou o grego koinê) era um dialeto do grego utilizado como língua

franca na porção oriental do Império Romano. Também conhecido como alexandrino,

helenístico, comum, ou grego do Novo Testamento, o koinê surge por volta de 300 a.C. e

perdurou até 330 d.C., quando deu lugar ao grego medieval. Todos os atuais alfabetos

europeus derivam quer direta quer indiretamente do alfabeto grego. No entanto, os gregos

não inventaram o seu alfabeto; adotaram-no dos semitas. Isto se evidencia no fato de que

as letras alfabéticas gregas (de cerca do sétimo século AEC – Antes da Era Comum)

assemelham-se aos caracteres hebraicos (de cerca do oitavo século AEC). Seguem

também a mesma ordem geral, com poucas exceções. Além disso, a pronúncia dos

nomes de algumas das letras é bem similar; por exemplo: (alfa, grego) e (álefe, hebraico);

(bêta, grego) e behth (bete, hebraico); (delta, grego) e (dálete, hebraico); e muitas outras.

O koinê tem 24 letras. Ao adaptarem o alfabeto semítico à língua grega, os gregos

fizeram um valioso acréscimo a ele, por tomarem as letras excedentes, para as quais não

tinham consoantes correspondentes (’álef, he’, hhehth, ‛áyin, waw e yohdh) e as usaram

para representar os sons vocálicos a, e (breve), e (longo), o, y e i.

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Vogais, Transliteração e Exercícios.

As 24 letras do alfabeto grego koinê são:

O alfabeto Grego: Nome, Pronúncia, Transliteração.

Nome da letra

Maiúscula Minúscula Transliteração

Alfa A a a - amor

Beta B b b - beleza

Gama G g g - gaveta

Delta D d d - dado

Épsílon E e e – época (é aberto)

dzeta Z z z - zebra

Êta H h e – êxodo (ê fechado)

Theta Q q th – three (som do th no inglês)

Iota I i i - igreja

Kapa K k k – kasa (som de c)

Lambda L l l - livro

Mü M m m - mala

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Nome da letra

Maiúscula Minúscula Transliteração

Nü N n n - nata

Xi X x cs - tácsi

Ómicron O o o – órgão (ó aberto)

Pi P p p - pia

Rô R r r – rato

Sigma S s j s - santo

Tau T t t - tato

Iupsilon U u y ou u – u francês

Phi F f f – favela

Chi C c Ch ou kh – pronúncia alemã (rrrí)

Psi Y y ps – pscologia

Ômega W w o – ômega (ô fechado)

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Transliteração é a representação das letras de um alfabeto pelas letras correspondentes

de outro, levando-se geralmente em conta os princípios da fonética.

Procure usar o método de repetição, pois o segredo de aprender uma nova

língua é: ler (usar a porta visual); em voz alta (usar a porta acústica); escrever (usar a

porta motora) e; repetir (arrumar o armazém da memória).

Pronúncia

Há grande dúvida na verdadeira pronúncia do grego koinê (koinh,). A solução foi

procurar utilizar a pronúncia erasmiana levemente adaptada.

Forma

É necessário observar que:

i (iota) nunca tem ponto. Não confunda i com l: dei = dei, não del.

n (ny) parece muito com u (ýpsilon), mas a base do ny é pontiada n. nun

(pronuncie nyn, nün) significa “agora”.

r (rô) parece muito com o nosso “p”. A palavra “raro” seria raro, e “papo” seria

papo. Então rei se pronuncia “rei” e não “pei” ou “rel”.

s (sigma) tem duas formas: s no início e no meio das palavras e j no final das

palavras. “Passar” seria passar, mas “passas” seria passaj. E “sapos” seria

sapoj.

t (tau) não se escreve t, mas t.

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EXERCICIOS PROPOSTOS:

1) ALFABETO GREGO – Desenhe a letra

2) ALFABETO GREGO – Escreva nome da letra

3) FORME FRASES NO PORTUGUÊS USANDO O ALFABETO GREGO (PARA

FIXAR) – EX.: A kaza e bnita (A casa é bonita)

W dado h a menina (o dado e a menina)

Satisfhitwj (Satisfeitos).

4) FAÇA O EXERCÍCIO DA PÁG. 7 DA NOSSA GRAMÁTICA §9, LETRAS “a” E “b”.

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SCHAIKWIJK, Francisco Leonardo. Coinê: pequena gramática do grego

neotestamentário. 8. ed. Belo Horizonte: CEIBEL, 1998.

Págs. Para consulta: 6; 9.

Boa sorte!!!!

Missª Néria Regina