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19 EKCICLOPEDIA PRÁTICA DA CONSTRUÇÃO CIVIL 19 Y O S DE J A N E L A S SUMÁRIO: PRELIHIXABES AROS TÁBUAS DE PEITO CAIXILHOS DE JANEf.A DI%-EESOS BATENTES BANDEIRAS VEDA-LUIES FERRAGENS -— MADEIRAS PORMENORES SI FIGURAS - PREÇO i5foo - EDIÇlO DO AUTOfi F. PEREIRA DA COSTA DA POETUGÁLÍA EDITOEA LISBOA PREÇO

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  • 19 EKCICLOPEDIA PRTICADA CONSTRUO CIVIL 19

    Y O S D EJ A N E L A S

    S U M R I O :PRELIHIXABES AROS TBUAS DE PEITO CAIXILHOS DE JANEf.ADI%-EESOS BATENTES BANDEIRAS VEDA-LUIES FERRAGENS -

    MADEIRAS PORMENORES SI FIGURAS

    -

    PREO i5foo-

    EDIlO DO AUTOfiF. PEREIRA DA COSTA

    DA POETUGLA EDITOEAL I S B O A PREO i

  • ENCICLOPDIA PRTICADA CONSTRUO CIVIL

    i19

    T E S T O E D E S E N H O S DE F. P E R E I R A DA COSTA

    VOS DE JANELASA s janelas que so, como se sabe, vos abertos nas

    paredes das edificaes para a entrada de luze ar e tambm para observao, so vedadas exterior-mente por caixilhos envidraados e protegidos inte-riormente por portas de dentro ou portadas.

    E o estudo da caixilharia e dos vos de portas dedentro, com os seus aros de aduela e de gola, que oravamos apresentar, no omitindo os curiosos pormenoresprprios da sua construo.

    Apresentamos diferentes tipos de vos de caixilhosde janela, como o seu nome, nas suas vrias modali-dades, e desenvolveremos de igual modo os vos de

    janelas ou portadas dentro de todos os sistemas usadosna nossa Construo Civil.

    Os vos de janelas so pois estudados largamentedentro dos moldes estabelecidos nesta obra de vulgari-zao tcnica como todos os outros trabalhos j publi-cados.

    A construo dos caixilhos de janela, de madeira,exige do carpinteiro bons conhecimentos profissionais,para que o seu acabamento e funcionamento sejam omais perfeito possvel. A quadratura dos caixilhos temde ser absolutamente garantida para que as quadrculaspara os vidros se apresentem sem defeitos de prumada.

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  • V O S D E J A N E L A S

    P R E L I M I N A R E SOUANDO se constrem as alvenarias em elevaoassim que as paredes chegam altura do en-soleiramento fazem-se logo, ao mesmo tempo que semarcam os vos das portas, os panos de peito, deacordo com os seus lugares indicados no projecto daobra.

    Os panos de peito so, como tambm j sabemos,construdos com tijolo e face do paramento exteriordas paredes das fachadas da edificao. A altura dospanos de peito , em geral, de Om,90, incluindo, comose compreende, o peitoril, que quase sempre de can-taria.

    De ambos os lados dos vos das janelas, como tam-bm dos vos das portas, ficam as golas ou ombreiras,que em algumas obras so construdas de tijolo, namesma espessura dos panos de peito, mas que so deordinrio constitudas por peas de cantaria que domesmo modo se designam ombreiras. Para o assenta-mento das ombreiras de cantaria, que por seu turnoassentam sobre opeit

  • V O S D E J A v Z l

    AROS E TBUAS DE PEITOTXICIA-SE o guarnecimento dos vos de janelas com o

    assentamento do aro de gola e segue-se-lhe o assen-tamento da tbua de peito.

    Depois faz-se a fixao do aro de aduela. A ltimapea a tomar o seu lugar o aparador que se fixa travessa de peito do aro de gola, abaixo, por conseguinte, da tbua de peito.

    S depois de todas estas peas de guarnecimento dovo estarem assentes se pode proceder ao assentameatoio< caixilhos e das portas de dentro, que so respecti-vamente suspensas no aro de aduela e no aro de gola.

    a dois teros da largura. O terceiro tero para dar entrada a um talo com cerca de 0*,008, onmesmo Om,01, de salincia.

    As respigas das travessas tm exactamente as dimen-ses dos furos, como bem demonstramos no nosso de-senho (Fig. 2). Para que as respigas entrem bem nosfuros despontam-se um pouco nas suas extremidades deambos os lados.

    da maior convenincia que o aro fique bem desei_-penado e esquadriado.

    O assentamento dos aros de gola gola dos vos praticado por rneio de parafusos de cantaria cuja porca

    A R O S D E G O L A

    aros de gola que tambm tm a designao dearo de pedraria no norte do Pas, so constitu-

    por quatro peas: duas couceiras, uma verga e umade pato. As couceiras so peas verticais e a

    verga. q*e a traressa de cima. e a travessa de peito,v a faoteaa de baixo, so horizontais.

    Z este aro como se T (ftg. 2) uma grade que tomaj dissemos, na gola do vo e serve para

    A esfessmn. da MUI a para este aro , em geral.de Q"-(E a QFJ&S, coo Tm mu a grandesa do vo.

    da largura de uma

    da Jmce e do eamo e de:. espessara regular de todo

    o aro. O galgamento no feito, pois que o segundocanto fica na serragem encostado alvenaria que formao enchalo.

    As couceiras so furadas para darem lugar s respi-gas das travessas. Os furos tm a largura de um teroda espessura da madeira e o seu comprimento igual

    'Fig. 3. DIVERSOS PERFIS DEfTABUAS DE PEITO

    ~e fixa num chumbadouro aberto nas cantarias e ondeentra o parafuso apertando o aro de encontro aos guar-necimentos de pedra, de beto armado ou de qual-quer outro material.r:. O nmero de parafusos para cada aro de gola de ja-nela quase sempre de oito: trs em cada^couceira e umna verga e outro na travessa de peito (Fig. -).

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    . . ARO DE ADUELA COM TSAVESSADE BANDEIRA

    Para boa conservao das madeiras convenienteaplicar uma demo de tinta no tardoz do aro, na parteque encosta cantaria e alvenaria.

    Algumas vezes estes aros tambm so rebaixados,trabalhando nesta forma as janelas ou portadas nessemesmo rebaixo.

    Tambm em alguns casos os aros de gola so provi-dos de travessa de bandeira, assentando-se assim novoscaixilhos ou portadas na parte superior do vo.

    Para boa apresentao da janela sempre convenienteque os aros de gola fiquem bem certos com os guarne-cimentos de cantaria,

    Como remate entre o aro e a cantaria, a tapar ajuntaentre esses motivos, prega-se uma fasquia que tem adesignao de bocel.

    T B U A S D E P E I T OAs tbuas de peito so, como o seu nome indica, t-

    buas que se assentam sobre os peitoris das ja-nelas.

    Destinam-se a proteger as pessoas quando se debru-am e tomam no seu reverso a forma que o peitorilcontiver.

    Superiormente so arredondadas no seu focinho e2.0 seu peito. Entre a parte plana e o focinho

    abre-se um canal chamado invernal para recolher sguas pluviais que caem pela face do caixilho e entraina tbua de peito. As guas saem do invernal por uifuro que dele passa para o peitoril que as faz correpara o exterior. Este furo aberto a meio da largurdo vo, onde tambm o invernal mais profundo cque nos extremos.

    Para efeitos de bom remate as tbuas de peito smolduradas na sua cauda, que assanta sobre a travessde peito do aro de gola.

    Quando os peitoris so muito largos ter as tbuade peito de ser acrescentadas entre a parto alta do fccinho e o plano, o que se faz por meio de macho.

    As tbuas de peito so fixadas ao peitoril por meide parafusos ou pregos para buchas de madeira metidaem buracos abertos no peitoril.

    Alm de madeiras exticas a casquinha a mais indicada para a construo das tbuas de peito, emborse use o pinho em larga escala. Esta madeira no pssue as qualidades necessrias para o contacto coargua da chuva, embora se proteja com uma demo cLtinta de leo.

    A R O S D E A D U E L Ais aros de caixilhos tm a designaro Je aros *

    aduela porque o seu lugar nas aduelas aos guar-necimentos de cantaria dos vos.

    A estrutura destes aros muito diferente da dos arosde gola. Os aros de aduela so constkuido por trspeas : dois marcos e uma verga (Fig. 4).

    Os dois marcos que so verdadeiras ombreiras & quese encostam e fixam s ombreiras dos vos, apoiam-sesobre a tbua de peito. A forma da sua construo diferente da dos aros de gola.

    As seces das peas de madeira que formam estearo so de ordinrio de On',04 a Om,0 de espessura e de0,0 a Om,07 de largura. Esta medida deve semprepermitir que o caixilho possa abrir bem para dentroe encostar-se para os lados o mais que puder ser, a fimde se obter maior espao na largura do vo.

    O engradamento dos marcos com a verga ou travessa feito por respiga engasgada meia-esquadria (Fig. 6),trabalho perfeito de carpintaria que oferece para os arosgrande resistncia. Ultimamente tm-se construdo des-tes aros pelo engradamento vulgar de respiga e furo,mas no de aconselhar.

    Estes aros, para o bom funcionamento dos batentesdos caixilhos, sio rebaixados. Os rebaixes tm cercade Om,01 ou Om,012 de lado.

    A fixao destes aros s cantarias ou aos mineus debeto armado obtida por parafusos de rosca de ma-deira que entram em buchas metidas em furos previa-mente abertos nas ombreiras e vergas.

    Nos vos de janelas de dimenses vulgares aplicam-sedois parafusos em cada marco e um na verga, mas nosvos de certa altura com bandeiras altas o nmero deparafusos em cada marco aumenta.

    A ligao de cada marco na tbua de peito, cujo topose amolda tbua feita com alguns pregos redondosmetidos pelo lado de fora.

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  • V O S D E J A N E L A S

    Nos vos de janelas destinados a comportar bandei-ras so os aros apropriados a esse fim providos da tra-vessa de bani eira (Fig. 5).

    Estas travessas tm uma largura igual a duas mol-daras dos marcos e mais uma largura recta igual queladistncia recta dos marcos entre a moldura e a fasquia.

    A travessa de bandeira adapta-se aos marcos por meiode respiga que entra DOS furos. As molduras e os arre-dondados acertam-se a meia-esquadria (Fig. 7).

    A travessa de bandeira provida de rebaixos que seligam com os rebaixos dos marcos, para funcionamentodos batentes tal como sucede com a verga. Porm, sea bandeira for de caixilho fixo a travessa de bandeira,no seu canto superior, provida de uma ranhura deseco triangular em vez de rebaixo, como veremosnos nossos desenhos.

    F A S Q U I A SP\EPOIS de assente o aro de aduela procede-se ao

    assentamento das fasquias que rematam a ligaodo aro com as cantarias. Estas peas podem ser mol-duradas ou de um simples arredondado, como mostra-mos nos desenhos.

    As ligaes das fasquias dos marcos com a da vergaso feitas a meia-esquadria. A fixao das fasquias aosaros mantida com pregos de arame.

    De seguida pregam-se os bocis que rematam ajuntaentre os aros de gola e as cantarias. Esta fasquia tantopode ser uma moldura como lisa e arredondada. Asfasquias de remate nos aros de gola tm a designaode bocis, pois que auxiliam a formao dos rebaixospara o funcionamento dos batentes.

    /EC CO Aj 0,OS 1

    .i--Fig. 6. PORMENORES DOS AROS DE ADUELA

    A P A R A O R

    O

    Fig. 7. PORMENORES DA TRAVESSA DE BANDEIRA

    aparador uma rgua moldurada que se assentasobre a travessa de peito do aro de gola em face

    da tbua de peito. Alm de rematedo enquadramento do vo da janela,serve tambm para receber o fechoque tranca as portas de dentro.

    a ltima pea a assentar-se detodo o conjunto dos vos de janela.

    Quando finalmente se assentaremos caixilhos e as portas de dentro jtodo o conjunto dos aros deve estartotalmente pronto.

    Todo o conjunto do guarnecimentodos vos de janela , como vimos, deuma grande simplicidade.

    Em todo este trabalho de carpin-taria civil no se emprega o grude.Nem nas respigas das travessas dosaros nem nas fasquias.

    Apenas uma demo de tinta deleo de linhaa basta para completaproteco da madeira, aplicada nasrespigas, no assentamento das fas-quias e aparador e nas faces e cantosque encostam e assentam junto deoutros materiais.

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  • V O S D E J A K E L A S

    C A I X I L H O Scaixilhos que, como j sabemos, so os envidra-ados que fecham exteriormente os vos das ja-

    nelas formam uni conjunto assaz grande de tipos e sis-temas. Ao conjunto de caixilhos de uma mesma obrad-se o nome de caixilharia.

    Os caixilhos de janelas podem ser compostos porbatentes., bandeiras e bsculas. Aos batentes tambm sed o nome de folhas e s bsculas pode chamar-se folhashorizontais.

    Consoante a largura da janela assim os caixilhos po-dem ser de uma, duas, trs folhas ou batentes ou mais. muito frequente adoptar-se caixilharia de quatro ba-tentes. Os mais vulgares, porm, so os de dois batentes.

    As janelas estreitas tm quase sempre apenas umbatente.

    Nos vos altos adopta-se o tipo de dois batentes euma bandeira (Fig. 1). Tambm se usam em certas ja-nelas caixilhos de duas bandeiras.

    Os caixilhos basculantes so aqueles apenas consti-tudos por folhas ao baixo, as bsculas, que funcionamcomo bandeiras. Os caixilhos de corredia so em geralde duas folhas, uma sobre a outra, subindo a de baixo ilharga da de cima. Este sistema tem a designaovulgar de caixilhos de guilhotina.

    Sobre todos estes tipos de caixilhos faremos as por-menoriza5es convenientes, assim como de outros deconstruo adequada ao nosso meio.

    A melhor madeira para os caixilhos de casas vulga-res a casquinha. O pinho contm os defeitos que jenumermos a respeito dos aros.

    Para edificaes de certa categoria est indicad*carvalho, o castanho e a macacaba.

    Os caixilhos de casquinha e de pinho deverosempre bem pintados por cansa das intempries edas madeiras de cor podem apenas ser envernizaiou tratados com leo de linhaa para a sua conserva

    A questo econmica levou desde recuados tem;os construtores a pouparem a madeira nas construE J A N E L A S

    VERSA. Transi x t/s /)ra Je

    A

    Fig. 13.PORMENORES DO VODE TRS BATENTES Fig. 14. PORMENORES DO VODE TRS BATENTES

    Fig. 15, PORMENORES DO VO DE TRS BATENTES

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  • V O S D E J A N E L A

    Fig. 18.POSMENQMK8 DO REVESTIMENTO DE ADUELAS E DE YEDA-LUZES(H, R' e H" Bev&stimento de Aduelas)

    de Om,003 para que o funcionamento dos batentes sefaa sem dificuldade.

    O canto a limitar a travessa de baixo deve ficar di-reito e esquadriado, para que se verifique o bom aca-bamento.

    Quando este servio fica imperfeito, mal chega o in-verno, por efeito das guas da chuva, incha a madeirado caixilho, e tanto pior se for de pinho, comea o ar-rastar do batente sobre a tbua de peito e temos o fun-cionamento do vo completamente paralizado.

    bom evitarem-se todos estes inconvenientes dei-xando tudo na melhor forma de funcionamento e depreciso.

    N D E B A N C A(~\ sistema de n de banca um tanto antiquado mas^^ ainda aplicado nas caixilharias das grandes edi-

    ficaes ou casas de certa categoria.A particularidade deste sistema consiste no s na

    ausncia dos rebaixes mas na existncia de um n sa-liente nos cantos exteriores dos batentes destinados aacertar na respectiva cavidade aberta nos marcos dosaros de aduela.

    O dimetro do n oscila por Om,012 e nele fica inte-grado o n das fixas. As pati.has das fixas aparafusampara a junta do caixilho e para um rebaixo do aro,r sp ecti vmente.

    A travessa de cima comporta de igual modo o nque casa na cavidade da verga do aro ou da travessade bandeira, caso o vo comporte esse complemento.

    O sistema do n de banca tem sobre o sistema de re-baixos maior vantagem quanto ao resguardo dos Acentospara o interior das habitaes.

    No entanto recomendamos que na execuo destesistema, quer na factura dos caixilhos quer no assenta-mento dos respectivos batentes, deve haver a maiorperfeio no acabamento e fixao das fixas, ou paramelhor dizer das dobradias, que o que mais convmnesta obra.

    O n de banca tambm se utiliza inversamente aoque acabamos de dizer.

    Com o n de banca no canto junto face do caixilho,inversamente do que anteriormente descrevemos, podemaplicar-se fixas de desenfiar relativamente balanceadascom o seu n de fora, aparafusando-se as patilhas deum lado e outro, do canto do caixilho e do canto doaro.

    primeira vista parece-nos que desta maneira po-der funcionar melhor o n de banca, mas deveremoster em ateno que a sua rotao precisa de espaopara o movimento. Outro inconveniente, porm, surge:a pouca largura das patilhas das fixas, que por essefa

  • V O S D E J A N E L A S

    Fig. 17. POBMENOEES DE CAIXILHOS

    Um terceiro caso de n de banca, o de sistema fran-cs, apresentamos (Fig. 17].

    Trata-se de estabelecer o n a meio da espessura docanto do caixilho. Este n encosta no canal aberto nosmarcos dos aros de aduela.

    As fixas a empregar ficam com o seu n quase defora da espessura do caixilho e do-lhe uma boa rotao.

    Porm, quase um inconveniente a pouca larguraque as fixas tm para as suas patilhas. Mas um bonitosistema. Superiormente, na travessa de cima predomi-nam os rebaixes, tanto na verga do aro como na tra-vessa do caixilho. Por vezes deixam-se ficar essas tra-vessas s de junta, coisa que no de recomendar,porque as intempries passam facilmente.

    O n de banca pretende exactamente obstar a issoe de facto parece-nos mais eficaz de que os rebaixos.

    No caso de menor importncia s se prega a rguado lado de fora, no caixilho que espera. Do lado dedentro corre-se um rinco (*) sobre a pestana do caixi-lho batente para lhe dar remate.

    Como se compreende, mesmo dentro do carcter eco-nmico da construo dos caixilhos de janelas ainda seconsegue dupla singeleza.

    Os caixilhos de jantas rebaixadas so do mais prticoassentamento e a sua fixao alm das Jijcas cravadasonde se suspendem as folhas no aro de aduela, soapenas dois fechos de correr assentes no caixilho ba-tente, um em cima ontro em baixo.

    O que h de mais simples e econmico.

    R G U A DE C R E M O N AR G U A DE B A T E N T E

    os caixilhos de juntas rebaixadas pregam-se de cadaface sobre a pestana avanada do rebaixo uma

    espcie de rgua moldurada para encobrimento dasjuntas.

    Esta pea saliente a pregar nos caixilhos designa-seryua de batente ou simplesmente batente.

    Os caixilhos de juntas s se usam em obras de so-menos importncia, mas mesmo assim ainda considera-mos dois casos. No caso mais importante pregam-seduas rguas de batente, uma de cada lado do vo; umado lado exterior para esperar o caixilho que bate e ou-tra no lado interior, no caixilho batente, para rematarsobre o caixilho de espera.

    Assim, ambas as folhas, os dois caixilhos, quando osvos so de dois batentes ou folhas recebem a respec-tiva rgua de batenie.

    ainda no conte um sculo de existncia entrens a aplicao das rguas de cremona que os cons-

    trutores franceses nos trouxeram com as prticas cre-monas em substituio das pesadas e velhssimas trancase espanholetas.

    A rgua de cremona serve, pois, para a fixao darespectiva cremona que nos vai 1'echar os caixilhos.

    Esta rgua uma pea de madeira preparada paraentrar numa junta de caixilho, salientando-se dela cercade O"1,01 de cada face. A cavidade para dar lugar aocaixilho tem a profundidade de O'",01 e s vezes formauma espcie de malhete, como vemos nos desenhos(Fig. Io).

    (*) Binco uma moldura de compleio redonda entre doissulcos estreites.

  • A O S D E J A N E L A S

    Do lado da junta do caixilho forma um redondo cn-cavo onde entra a junta do caixilho de espera que pre-viamente arredondada para esse fim.

    A rgua de cremava fixada por pregos ou parafusosao seu caixilho, sendo tambm grudada.

    As larguras das rguas de cremona vo geralmente deOm,04 a Om,06 e as suas faces exteriores podem sermolduradas. na face interior que se fixa a cremona,que uma espcie de tranca aperfeioada e actualmentede certa delicadeza.

    A cremona, como os fechos de correr, entra emcima numa grarnpa fixada na verga do aro ou na tra-vessa de bandeira se comporta este elemento, e embaixo num furo aberto na tbua de peito. Este furo protegido por uma pequena chapa metlica furada, em-bebida e aparafusada na tbua de peito.

    Quando o vo comporta bandeiras e se elas so demovimento de batente tm a aplicao tambm de r-guas de cremona que devem ficar na mesma prumadada dos caixilhos que lhes ficam por debaixo.

    A rgua de cremona deve ter a mesma altura do cai-xilho onde assenta e formar com os dois batentes umtodo homogneo dentro do mesmo vo.

    P I N S I O Spmsios so as divisrias para a distribuio dosvidros do caixilho. Os seus perfis so estabeleci-

    dos de acordo com todas as molduras dos caixilhos.So moldurados e rebaixados de ambos os lados e noengradaniento combinam-se com as couceiras e tra-vessas.

    A largura mxima dos pinsios de Ora,02.Nos nossos pormenores tudo isso bem demons-

    trado.A sua ligao entre si feita por meio de respiga

    enxouvada e de recorte sobre a parte moldorada paraassentar livremente um sobre o outro (Fig. 17).

    Os pinsios transversais tm respiga que entra nosfuros das couceiras com samblagem apropriada, comomostramos nos pormenores, que a murtagem.

    Os pinsios verticais que, por conseguinte, cruzam ostransversais exigem, para a sua prumada ficar rigorosa-mente certa, uma marcao adequada.

    Os pinsios transversais so engradados com as tra-vessas e constam, por isso, da primeira fase do engra-daniento dos caixilhos. Estes engradados com travessase pinsios so apertados nos gastalhos (*) e das marca-es dos furos nas travessas (de baixo e de cima) pas-sa-se com uma rgua sobre todos os pinsios, marcandosobre eles os traos por onde se deve abrir a escarvapara o enxouvamento da respiga dos bocados de pin-sios que vo formar toda a linha vertical.

    Como os nossos leitores j compreenderam o pri-meiro e o ltimo fragmento dos pinsios tm respigae murtagem, para entrarem nos furos abertos nas tra-vessas, tal e quai como sucede nas couceiras.

    Quando nos caixilhos velhos se pretende adaptar no-vos pinsios e como impossvel o seu engradaniento,faz-se o enxouvado sem respiga. Apenas se recorta aparte moldurada (Fig. 17).

    Este servio um pouco frgil mas geralmente apli-cam-se dois pregos redondos, um de cada lado, do novopara o velho pinsio ou para a couceira ou travessas.

    Para o trabalho ficar perfeito bastante que as mol-duras sejam iguais, a das peas novas com as velhas.

    B O R R A C H A S

    A S borrachas so rguas de madeira moldurada provi-das de um canal por debaixo, a fim de que a gua

    da chuva que cai pelo caixilho no entre para dentro dajanela e antes pingue para o focinho da tbua de peitoe v para fora.

    O espao entre o canal e a aresta exterior forma umpingadouro conveniente.

    O assentamento das borrachas sobre os caixilhos feito por uma espcie de chanfro que se abre na tra-vessa de baixo onde encosta a borracha, como vemosnos pormenores.

    A sua fixao obtida com grude e pregos. Algumasvezes em vez de grude d-se uma demo de tinta deleo.

    As dimenses das borrachas vo de 0,04 a 0,05na sua altura e Om,02 ou Ora,03 na espessura. sborrachas perfilam-se sobre cada batente dos caixilhosentre o marco do aro e a rgua de cremona, mas emalgumas obras no se procede assim.

    Nas extremidades recortam-se, de acordo com o ar-redondado dos marcos dos aros e no centro, sobre argua de cremona, acertam a de um caixilho com a dooutro por meia-esquadria, apenas com uma folga deOm,002 em cima e de Om,004 em baixo no pingadouro(Fig. 14).

    Na maior parte da caixilharia tambm se aplicamborrachas nas bandeiras.

    B A N D E I R A S

    QUANDO os vos das janelas so relativamente altosaplicam-se na sua parte superior as bandeiras.Estas no so mais do que novos vos de caixilhos so-bre os outros.

    O aspecto dos vos de bandeiras sobre os vos decaixilhos nem sempre igual; muitas vezes comple-tamente diferente. O sistema das bandeiras depende,como tudo o mais, do projecto da obra,

    As seces das madeiras a empregar na construodas bandeiras so as mesmas que se utilizam nos caixi-lhos, assim como iguais so as suas molduras e rebaixes.

    (#) Os gastalhos so serrafes com dois calos, um em cada ex-tremidade, que se assentam desempenados sobre o banco do car-pinteiro e neles e apertam, por meio de palmeias, os caixilhos e asportas engradadas.

    Nas grandes oficinas os gastalhos assentam no cho, em formade cavaletes.

    12

  • V O S DE J A y Z L A S

    Fig. 18.VOS DE CAIXILHOS PROVIDOS DE VEDA LUZES

    A landeiras dos vos de janelas podem ser mveis"fixas destinam-se somente a deixar

    dos seus vidros e as bandeiras m-:_-;i.-em da luz e do ar.5o rebaixadas em toda a volta e rece-

    o sen funcionamento no canto infe-

    lia para cima por meio de uns es-- :-:.: :;ue se fixam no aro.

    s no so rebaixadas no canto infe-T 1^1 -!:- f.e ponta de diamante

    :.berto na travessa

    r_ ;7. j qua?e semprositar a entrada da gua

    rior: ao jmmitene toma lx*arde bandeira 177:

    Os caLnDus providos de Inteda chova no reb

    De uma manecomo as fixa1, tvo.

    Em certas edio funcionamentoporm, o fonciovos de caixilho

    eiras, ano as mveisdos eaixOhos do mesmo

    :: iiiiarrio. Tomam,

    : =s vni^ares.

    Assim, a construo destas travessas feita com duastravessas propriamente ditas e entre elas e as coucei-ras fica a almofada metida como usual entre enva-ziados.

    A travessa deste conjunto que fica superior tem alargura vulgar dada s travessas mdias e a travessaque fica superior tem cerca de Om,10. A altura da almofadadepende, por conseguinte, da altura total atribuda travessa completa.

    O sistema do almofadado o vulgar, predominando,porm, a aplicao de uma imitao de persianas fixasna sua face, como indicamos nos pormenores (Fig- l)-

    Os caixilhos de travessas almofadadas so usados nasjanelas muito altas e de baixo peitoril e muito especial-mente nos vos de janelas de varandins.

    Nestes vos estabelece-se a altura da travessa com-pleta de acordo com a altura em que fica o corrimo,assente sobre a grade de ferro do ATarandim, cerca de0,0 mais acima. O aspecto assim formado neste con-junto bastante agradvel.

    V E D A - L U Z E S

    T R A V E S S A S A L M O F A D A D A -

    A s travessas de baixo dos caixilhos de janelas aonas edificaes de certa categoria moitas rezes

    constitudas por almofadados.

    uso de veda-luzes nos vos de caixilhos desprovidosde portas de dentro muito antigo. Os veda-luze*

    pois destinam-se a tapar a luz que os caixilhos transmi-~en *:-:ira o interior das casas. O seu uso muitissizi:prtico e utilitrio.

    Os --fda-luzes so apenas uns batentes engradadosqoe se aplicam sobre os caixilhos na sua face inferior.

    13-

  • V O S D E J A N E L A S

    Na sua largura- e altura pouco excedem os espaosdos vidros dos batentes dos caixilhos, apenas uns es-cassos Om,03 ou Om,04 cobrem as couceiras e as travessasdos caixilhos.

    So fixados nas couceiras dos caixilhos por meio defixas de cravar, cavilhadas no canto da couceira doveda luz, e aparafusadas de chapa na face da couceirados caixilhos.

    Fecham por um aldrabagato ou qualquer outro tipoanlogo de ferragem, que ter a sua grainpa assente nacouceira do caixilho (Fir/. 18~).

    Cada batente de caixilho pode ter o seu veda-luzque sempre separado, como no podia deixar de ser?e joga completamente com a folha do caixilho ondetem assento.

    AB folhas dos veda-luzes abrem para o lado do en-chalo tal qual como todos os outros batentes de abrire fechar.

    Descrita a funo dos veda-luzes, vamos escrever umpouco, s o suficiente, sobre a sua construo.

    Os veda-luzes so construdos em geral da mesmamadeira em que so construdos os caixilhos e a suaespessura regula por 2 fios de casquinha ou l fio se setratar de madeira de pinho. Isto claro respeitantea vos de gr ande s relativa, mas se se tratar de vosmuito largos e altos teremos de recorrer a madeirasmais grossas.

    Algumas vezes empregam-se as tbuas a l fio decasquinha nos veda-luzes quando sucede a caixilhariaser construda de madeira banda.

    Usualmente, nos vos de 1,00 de largura por 2,00de altura, pode aplicar-se com bom resultado a madeirade casquinha de folha-fora ou folha ao centro.

    Geralmente as folhas dos veda-luzes so engradadosvulgares: quando tm pequena dimenso so de uma salmofada e quando atingem maiores superfcies constamquase sempre de duas almofadas desiguais.

    Uma almofada alta em baixo e uma mais curta porcima, salvo qualquer caso especial, o uso corrente.

    A grade do veda-luz pode ser moldurada com sam-blagens de meia-esquadria ou de engradado a topo semmolduras ou com molduras interrompidas.

    As almofadas podem ser lisas ou replainadas se tive-rem espessura para isso.

    Escusamos de recomendar que os batentes dos veda--luzes devem ser tanto quanto possvel leves, bem de-sempenados e direitos.

    F E R R A G E N S

    ferragens para os vos de janelas devem sermuito bem proporcionadas e de acabamento muito

    perfeito.Nem sempre as ferragens do comrcio possuem os

    requisitos convenientes e os construtores tm muitasvezes de as mandar fazer de encomenda.

    As ferragens da caixilharia, para o seu movimento,no contudo muito variada, apesar de se conhecerem

    bastantes espcies. Dentro de cada sistema de ferragemencontram-se tipos melhores uns do que outros. A ca-tegoria da obra dita a qualidade exigida para os seusfins.

    Assim, temos para o movimento dos caixilhos fixasde cravar e de armilhar: as primeiras entram armiiha-das nos cantos ou juntas exteriores dos caixilhos e apa-rafusam de chapa sobre os marcos dos aros de aduelae as segundas so armilhadas de ambos os lados. Estasso, portanto, mais baratas.

    Nas fixas de armilhar a patilha que entra no sulcoaberto pelo armilheiro fixada por duas cavilhas oupontas que atravessam as couceiras de lado a lado, pas-sando pelos seus furos.

    Para as portas de dentro, janelas ou portadas soaplicadas ferragens idnticas mas mais robustas, poisque tm de suportar maiores pesos.

    Para alguns casos temos ainda as fixas de fiel de de-senfiar que tm as suas vantagens pelo seu sistema.

    No movimento das bandeiras aplicamos fixas de todosos tipos j descritos e os trincos para a sua fixaoquando se fecham. Estes trincos de que h vrios sis-temas so manejados geralmente por cordes, pois quese encontram a alturas pouco acessveis.

    A fixao dos caixilhos no seu encerramento obtidapor cremona nas boas obras e por fechos de correr nasobras de baixa categoria.

    A cremona, de origem estrangeira, como j dissemos,veio substituir a velha e feia tranca das nossas antigasconstrnoes. A cremona era manejada por punho, nemsempre esttico, mas actualmente provida de um pu-xador de argola de bonito aspecto. Estas ferragens somoitas vezes cromadas.

    Os fechos de correr empregados nas obras baixascomo atrs dissemos so de dois tipos: o de barrinhae o de verguinha. O fecho de barrinha constitudo noseu movimento por uni pedao de barra estreita e del-gada a barrinha, e o de verguinha por um pedao devergalho de reduzidas dimenses a verguinha.

    O comprimento destes fechos varivel, empregan-do-se para cima o mais comprido e para baixo o maispequeno, a fim de se lhes chegar melhor.

    Os fechos so aparafusados de chapa sobre as rguasde batente ou mesmo sobre as couceiras dos caixilhos.

    Para as portadas podem aplicar-se as cremonas, osfechos indicados e ainda os fechos de embeber.

    Estes, como o seu nome indica, ficam embebidos nasfaces das couceiras onde tomam lugar. So constitudospor um comprimento de varo adaptado em cursorespor detrs de uma chapa de frente que comporta osfuros para os parafusos que o fixam madeira.

    As cremonas e os fechos de correr e de embeberentram superiormente, para segurana dos batentes,numa grampa aparafusada nas vergas dos aros. Embaixo entram num furo aberto na tbua de peito pro-vido de uma chapinha metlica para sua proteco re-ferindo-nos aos caixilhos e numa grampa assente natravessa de peito dos aros de gola tratando das portasde dentro ou portadas.

    No nosso desenho apresentamos as vrias ferragensem uso nas caixilharias e portas das janelas, como fixasdos vrios tipos, fechos grampas, cremonas e os per-tences para o encerramento completo dos vos.

  • V O S D E J A V Z I

    -t

    t

    ii B JDIVEESOS TIPOS DE FECHOS

    PARA CAIXILHOS

    Fig. 20. DIVERSOS TIPOS DE FIXASPARA CAIXILHOS

    R E V E S T I M E N T O D A A D U E L A

    certas edificaes nem sempre se deixa a aduelado guarnecimento de cantaria vista, embora em

    muitos casos se proceda sua pintura com tinta de leode linhaa, fazendo-se por vezes um paramento deptimo aspecto.

    Nas construes de certa categoria costuma aplicar-seum revestimento de madeira assente entre o aro deaduela e o aro de gola. Quando a aduela relativa-mente larga tambm costume apainelar o revestimentoque se aplica, constituindo um conjunto almofadadovistoso.

    Quando os aros e caixilhos so constitudos de ma-deiras caras do mesmo modo se aplicam essas madeirasnos revestimentos das aduelas.

    No nosso desenho (Fig. 16) apresentamos alguns tiposde vos com as aduelas revestidas de madeira, de ondeos leitores e estudiosos podero depreender toda aforma de se construir o revestimento das aduelas dosvos de janelas e de portas com madeira.

    A espessura a aplicar nestas madeiras depende doespao que se dispe para o bom funcionamento doscaixilhos sobre os aros.

    Este trabalho pode ser simplesmente constitudo poruma tbua lisa apertada entre os aros, e nos vos decerta ordem constroe se com um engradamento almofa-dado e moldurado.

    A sua fixao pode fazer-se aduela de cantaria se orevestimento largo, por meio de buchas, como se com-preende e apenas nos aros se se trata de um revesti-mento estreito. Fig. 21. CREMONA PARA CAIXILHOS

    15

  • V O S D E J A N E L A S

    V O S D E J A N E L A Ss vos de janelas podem ser constitudos, como atrs

    acentuamos, por vrios sistemas de caixilhos e deportadas ou portas de dentro.

    Os vos de caixilhos vulgares de um, dois ou maisbatentes ou folhas, ficaram demonstrados nos desenhosdos pormenores da sua construo, no seu sistema ge-ral, porquanto nos seus casos especiais, que alguns so,sero tratados nos estudos pormenorizados a inserir nocaderno seguinte.

    A construo dos caixilhos e portas de dentro deveser absolutamente perfeita e o assentamento dos arose dos batentes deve ficar bem concludo para que o seufuncionamento seja prtico e correcto.

    O assentamento das ferragens deve ficar bem feitoporque no sendo assim nunca o funcionamento dos ba-tentes ser perfeito.

    As fixas de cravar ou de aparafusar oferecem melho-res garantias do que as de armilhar, mas tendo-se deassentar estas por qualquer razo de atender, fazem-se.as escarvas para dar lugar s patilhas das fixas, combastante preciso, utilizando o armilheiro de espessuraconveniente, e faz-se o cravamento com as cavilhas oupontas de dimetro adequado aos furos abertos nas pa-tilhas das fixas.

    Quando estas pontas excedem no seu comprimento aespessura das couceiras, cortam-se depois de metidasnos seus lugares com uma lima os seus excedentes face da couceira onde tm lugar.

    Acentuamos: a preciso neste trabalho bastantenecessria, para que as fixas no descaiam, fazendoarrastar os batentes dos caixilhas e das portas sobre astbuas de peito e sobre os aparadores, prejudicandotodo o seu movimento.

    Um vo de janelas convenientemente completo, comos caixilhos de vidraa e com as portas de dentro bemconstrudos e com boas ferragens bem assentes, tantonuns como noutros batentes, sobeja garantia paraatestar o valor da edificao.

    V I D R A A SPARA se evitar a aplicao de vidros de grandes di-

    menses nos batentes dos caixilhos faz-se a distri-buio das respectivas superfcies por espaos de maisreduzidas reas.

    Essas divises so obtidas por pinsios, como se sabe,cujos pormenores temos apresentado, bem como a formade se engradarem nas couceiras e travessas e enxova-rem uns nos outros.

    Os pinsios concordam com as suas molduras e es-pessura de madeira nas travessas e couceiras dos ba-tentes ou folhas dos caixilhos.

    A distribuio dos pinsios para a diviso dos vidrosem cada caixilho deve obedecer ao projecto da obra.

    Sobre a distribuio dos vidros nos caixilhos tem ha-vido atravs dos tempos os mais variados critrios. Nasobras do Renascimento e desde essa poca famosa daarquitectura adoptou-se o formato dos vidros ao alto,5io , com mais altura do que largura.

    Este formato dos vidros o melhor para permitir Lentrada de luz nos interiores, nos climas do meic-como o nosso.

    Nas boas construes de h cem ou cento e cinoTiei'-anos um s vidro era o indicado psra os vos de janeli.mas depois tem-se usado vidros grandes, dois ou ir*em cada caixilho e ainda se estes so largos dois Blargura, com a aplicao de rsin pinsio a dividir veri-calmente o caixilho ao meio. E assim vemos quatro ciseis vidros em cada batente, em grupos de dois e co-mais altura que largura.

    Salientamos, pois, que a melhor proporo para o*vidros dos caixilhos das janelas a maior altura e =.menor largara, isto sem se cair num sistema de vidro*estreitinhos, que coisa detestvel pela falta de bom goste,

    H uma vintena de anos, pouco mais ou menos, ian-portou-se com o modernismo alemo, o sistema de dis-por os vidros com a maior largura e menor altura, obnque anteriormente s era executada por tcnicos inex-perientes.

    Usou-se e abusou-se dessa disposio dos vidros :*caixilhos, que alm de inesttica turvava a luz para :*interiores, projectando sombras prejudiciais.

    Alm de dois metros das janelas j a luz era prej-dicada pelos pinsios transversais, como ainda tempose comeou a perceber.

    Felizmente, depois dessa febre, retomou-se o b: z.caminho abandonado e comeou-se a projectar osde caixilhos com a antiga disposio dos vidrosaltos que largos.

    Esta disposio das vidraas no impede em nada emodernismo na arquitectura. H princpios estudados i:longa data que so imutveis e que podem tomar lugarem todos os estilos ou escolas da Arte Arquitectura!

    A N O T A E Svos de janelas de tipos especiais, como os quecomportam caixilhos de guilhotina e bascnlante

    com os seus funcionamentos preparados de maneiradiferentes dos batentes, sero objecto de estudo na se-quncia da caixilharia vulgar que aqui acabamos de tratir.

    Os vos de caixilhos de abrir para fora com caracte-rsticas curiosas sero desenvolvidos como convenieE.7~e no descuraremos os clssicos vos de janelas JTT*-cesa com os seus enquadramentos em que osmentos das arestas tomam lugar.

    Estes tipos de vos so dignos de estudo, pois aconstruo ainda aconselhada nas edificaes de jcategoria.

    As persianas que os construtores franceses nosxeram depois da sua importao persa e que constitaea.um magnfico resguardo das habitaes quando se abreos caixilhos, tm o seu estudo delineado e pormezado segundo o nosso sistema.

    Finalmente as rexas tambm de origem rabe cctam o tratado. Os vos rotulados so, como todos :sabemos, um bom resguardo para as janelas das esde campo durante a estao calmosa, referijando osteriores das habitaes.

    16

  • C A D E R N O S P U B L I C A D O S1 ASNAS -DE MADEIRA Preliminares Asnas

    vulgares, simples e compostas Meias-asnas Assentamentos (27 Figuras).

    2 ASNAS DE MADEIRA Asnas de mansardaAsnas de lanternim Asnas especiais e sheds( i3 Figuras).

    3 ESCADAS DE MADEIRA Preliminares Volutas das rampas das escadas Escadas sim-ples e Escadas de lanos paralelos (18 Figuras).

    4 ESCADAS DE MADEIRA Escadas de lanosparalelos e de lanos perpendiculares Ba-lanceamento de degraus (25 Figuras).

    5 ESCADAS DE MADEIRA Escadas de com-pensao Escadas de leque e mixtas de v-rios traados (i5 Figuras).

    6 ESCADAS DE MADEIRA Escadas de cara-col de vrios sistemas Guardas ,de escadase acabamentos (28 Figuras).

    -PAVIMENTOS DE MADEIRA Prelimina-res Vigamentos Tarugagem Madeiras Serrafados Soalhos portuguesa e in-glesa Espinhados Parquetas Mosaicos:_ Fizurii

    S MADEIRAMENTOS E TELHADOS Preli-minares Madeiramentos Rinces LarsTacanias Alpendrados Estruturas (23 Fi-guras).

    q MADEIRAMEN7 - ~L TELHADOS Miiei-

    de i - . r i . L r i _ - i - : r _ : ~ r i .ir:-^r z n; Trir ; .ri; z r j_ rr>:s ziccs -. Fi-guras).

    10 MADEIRAMENTOS E TELHADOS Goms-truo de clarabias Clarabias dreer&ss -Lanternins de construes industriaislhados especiais Telhados piramidais e di-versos (22 Figuras).

    i i MADEIRAMENTOS E TELHAI )S -lhados especiais Telhados cnicos, de cpulae de pavilho Pormenores das ;ober;uris -Contraventamentos Beirais Al i c r . i r s Tubos de queda Guarda-fogos, etc. ( ^ i S Fi-guras).

    12 TECTOS DIVERSOSPreliminares'tos de madeira, de esteiras simples, sobrepos-tos, de rampa e artezonados Tectos estuca-dos Tectos especiais (27 Figuras).

    13 OBRAS DE ALVENARIA Preliminares-Alvenarias diversas Paredes de alvenariasdiversas Muros Cunhais Pilares Ar-gamassas diversas Materiais (32 Figuras).

    14 OBRAS DE ALVENARIA Implantao -Fundaes Elevaes Pormenores Mu-ros de suporte e de vedao Enrocamentos Diversos traados (29 Figuras).

    j5_ ARCOS E ABBADAS Diversos traadosde arcos, construo e materiais Abbadasde vrios sistemas (40 Figuras).

    16 OBRAS DE CANTARIA Guarnecimentosde vos Envasamentos Convergncias dosarcos Cunhais Faixas Escadas Ca-peamentos Assentamento (27 Figuras).

    17 _ OBRAS DE CANTARIA Molduras Pi-lastras Pilares Colunas Galbamentos Caneluras Capite'is Vos de janelas Traados 142 Figuras).

    !g PAVIMENTOS DIVERSOS Massames -Forrr: r: e; Betes Betocilhas Pavimen-tos hidrulicos e cenLnicosLajensPedras r r r i z i T : rstimentos (26 Figuras).