19 - uniramia e insectos

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1 Disciplina: Evolução Biologia e Diversidade I Cursos: Biologia e Geologia Biologia Uniramia: Centipedes e Milipedes Docente: Ana Maria Rodrigues Subfilo Uniramia Características gerais: 1 par de antenas 1 par de mandíbulas 1 ou 2 pares de maxilas 3 a muitos pares de apêndices locomotores apêndices unirramosos Classes: Diplopoda (milipedes) Chilopoda (centípedes) Pauropoda Symphyla Insecta

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Disciplina: Evolução Biologia e Diversidade I

Cursos: Biologia e GeologiaBiologia

Uniramia: Centipedes e Milipedes

Docente: Ana Maria Rodrigues

Subfilo Uniramia

Características gerais:1 par de antenas1 par de mandíbulas1 ou 2 pares de maxilas3 a muitos pares de apêndices locomotoresapêndices unirramosos

Classes:Diplopoda (milipedes)Chilopoda (centípedes)PauropodaSymphylaInsecta

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Espécies das classes Diplopoda, Chilopoda, Symphyla e Pauropoda são designados no seu conjunto por Miriápodes (superclasse Myriapoda –aproximadamente 15 000 espécies); Diplopoda, Chilopoda englobam cerca de 95% de todos os Miriápodes.

Todos partilham um conjunto de características:

Habitat: terrestres (solo, entre pedras, musgos, madeira,...)

Olhos: usualmente simples

Cutícula: com carbonato de cálcio mas sem compostos cerosos

Trocas gasosas: Traqueias abrindo em espiráculos(1 sistema separado em cada segmento –sem poder fechar); sacos coxais

Coração: tubular, dorsal, com ostíolos em cada segmento

Reprodução: transmissão indirecta de esperma e nos Quilópodes envolve espermatóforos

Predadores

1 par de antenas

1 par de mandíbulas

2 pares de maxilas

Ganchos, garras com glândulas de veneno para agarrar e matar as presas

1 par de patas por segmento (não tem diplossegmentos)

Classe Chilopoda

Hickman, C.P.Jr, L.S. Roberts, A. Larson and H.L’Anson, 2003 Integrated Principles of Zoology, 12nd ed., McGraw Hill, 872 pp e O’Toole C. (ed.) 2002 The New Encyclopedia of Insects and their Allies. Oxford Universitypress, 240 pp.

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Placas do tórax: reforçadas com placas longas e outras curtas ou sobreponíveis

Ruppert, E.E. and R. D. Barnes 1994 Invertebrate Zoology, Saunders College Publishing, 1056+Appendices

Centípedes são sobretudo carnívoros; alimentam-se de invertebrados do solo (minhocas, caracóis e vários artrópodes) ou algumas espécies tropicais grandes de vertebrados (lagartos, sapos, ratos e aves ainda no ninho)

Detectam as presas com as antenas e patas e capturam-nas com as garras

O veneno de alguns centípetes pode provocar danos nos tecidos em humanos

Algumas espécies têm também glândulas ventrais que produzem uma secreção pegajosa e tóxica por vezes luminescente

Ruppert, E.E. and R. D. Barnes 1994 Invertebrate Zoology, SaundersCollege Publishing, 1056+Appendices

Hickman, C.P.Jr, L.S. Roberts, A. Larson and H.L’Anson, 2003 Integrated Principles ofZoology, 12nd ed., McGraw Hill, 872 pp

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Reprodução

Centípedes têm rituais de acasalamento complexos que envolvem toques com as antenas

Esperma ou espermatóforos são depositados usualmente numa teia e é retirado pela fêmea

Os ovos são depositados no solo ou incubados pela fêmea que, posteriormente, protege os jovens

Disciplina: Evolução Biologia e Diversidade I

Cursos: Biologia e GeologiaBiologia

Uniramia: Insectos

Docente: Ana Maria Rodrigues

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Subphylum Uniramia

Características gerais:1 par de antenas1 par de mandíbulas1 ou 2 pares de maxilas3 a muitos pares de apêndices locomotoresapêndices unirramosos

Classes:Diplopoda (milipedes)Chilopoda (centípedes)PauropodaSymphylaInsecta

Este grande sucesso pode ser devido a vários factores:

Evoluíram primeiro do que muitos animais terrestres

Os insectos evoluíram durante o Devónico (há cerca de 380Ma) quando existiam poucos animais terrestres. Tiveram cerca de 40 Ma para ocupar habitats vazios antes dos répteis evoluírem e cerca de 200Ma antes das aves e dos mamíferos

Em número de indivíduos e espécies e tipo de habitat os insectos são de enorme sucesso

Cerca de 750 000 espécies estão descritas e estima-se que muitas mais estão por descobrir

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Possuem várias adaptações importantes à vida em ambiente terrestrePequena dimensão

Asas

Cutícula com compostos cerosos

Resistência à desidratação e a baixas temperaturas

Órgãos eficientes na recuperação de água metabólica e balanço iónico

Capacidade de trocas gasosas com o ar

Capacidade de se ajustar a modificações extremas de temperatura

Receptores sensoriais: quimio e mecanorreceptores

Fertilização interna

Ciclos de vida curtos

Ovo capaz de se desenvolver no ambiente terrestre

Desenvolvimento por metamorfoses

Diapausa

Colónias sociais

Classe Insecta

Apesar da enorme diversidade a anatomia geral de um insecto é bastante uniforme

Ruppert, E.E. and R. D. Barnes 1994 Invertebrate Zoology, Saunders College Publishing, 1056+Appendices

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Gafanhoto: Armadura bucal trituradora

Cabeça

Ruppert, E.E. and R. D. Barnes 1994 Invertebrate Zoology, Saunders College Publishing, 1056+Appendices

Armaduras bucais

Kukentak, W., E. Matthes e M. Renner (trad. A. Xavier da Cunha) 1986 Guia de trabalhos práticos de Zoologia, 19ª ed. Livraria Almedina, Coimbra, 539 pp.

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Armaduras bucais

Kukentak, W., E. Matthes e M. Renner (trad. A. Xavier da Cunha) 1986 Guia de trabalhos práticos de Zoologia, 19ª ed. Livraria Almedina, Coimbra, 539 pp.

Armaduras bucais

Kukentak, W., E. Matthes e M. Renner (trad. A. Xavier da Cunha) 1986 Guia de trabalhos práticos de Zoologia, 19ª ed. Livraria Almedina, Coimbra, 539 pp.

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Antenas

As antenas são os principais locais de recepção de estímulos químicos

A sua forma e dimensão é muito variável em diferentes espécies

Hickman, C.P.Jr, L.S. Roberts, A. Larson and H.L’Anson, 2003 Integrated Principles of Zoology, 12nd ed., McGraw Hill, 872 pp

Subclasses:ApterygotaPterygota

Asas

O’Toole C. (ed.) 2002 The New Encyclopedia of Insects and their Allies. Oxford University press, 240 pp.

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Asas

Asas dobradas perpendicularmenteao abdómen

Asas esticadas

Asas dobradas sobre o abdómen

Possivelmente como resultado do aparecimento de 2 placas, os escleritos, na base da asa e também por modificações da própria asa

Asas: são evaginações do integumento com finas membranas cuticulares formando as suas superfícies

Têm nervuras, com padrões variáveis (de interesse taxonómico), onde circula hemolinfa e passam nervos e traqueias

Ruppert, E.E. and R. D. Barnes 1994 Invertebrate Zoology, Saunders College Publishing, 1056+Appendices

Andar

Saltar

Nadar

Escavar

Limpeza das antenas

Recolha e armazenamento de pólen

Apêndices Torácicos

Ruppert, E.E. and R. D. Barnes 1994 Invertebrate Zoology, Saunders College Publishing, 1056+Appendices

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Apesar dos insectos terem 2 pares de asas a maioria utiliza 1 par como superfícies de voo

Dois pares de asas funcionais – insectos mais primitivos (ex. libélulas)

Asas presas por ganchos quando em voo (borboletas, vespas, ...)1º par transformado em placas protectoras – élitros (gafanhoto, barata, ...)

2º par transformado – halteres – batem com a mesma frequência do outro par e tem um papel de controle da estabilidade do voo

Os insectos não têm um centro nervoso específico para controle do voo mas os olhos, antenas, asas e músculos fornecem informação contínua para que esse controle exista efectivamente

* Tipo de Asas

Capturar presas

O’Toole C. (ed.) 2002 The New Encyclopedia of Insects and their Allies. Oxford University press, 240 pp. E Ruppert, E.E. and R. D. Barnes 1994 Invertebrate Zoology, Saunders CollegePublishing, 1056+Appendices

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Abdómen

O abdómen 9-11 segmentos + télson (completo só em alguns insectos primitivos e embriões)

Os únicos apêndices abdominais no adulto são 1 par de cercos sensoriais

Estruturas reprodutoras são consideradas por alguns autores comoapêndices.

Nas larvas existem apêndices abdominais com diferentes funções

Ruppert, E.E. and R. D. Barnes 1994 Invertebrate Zoology, Saunders College Publishing, 1056+Appendices

AlimentaçãoEstratégias alimentares diversificadas; em muitos variável ao longo do ciclo de vida exploração de diferentes recursosArmaduras bucais adaptadas à estratégia alimentar e sobretudo à forma de recolha do alimento

Alimento passa da boca para a região anterior do tubo digestivo que se subdivide numa faringe, esófago e papo (anteriores) e um proventrículo estreito

Faringe: bomba sucção em insectos sugadores

Papo: câmara de armazenamento

Proventrículo: estrutura e função variável

Dorit, R.L., W.F. Walker Jr, and R. D. Barnes1991 Zoology, Saunders College Publishing, 1009+Appendices

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Proventrículo:Espécies que utilizam alimentos sólidos modificado como uma moela, e possuindo dentes ou protuberâncias rijas para triturar

Espécies sugadoras simples válvula que abre para a região mediana do tubo digestivo

Espécies como por exemplo as abelhas (alimento sólido e líquido) funciona como uma válvula reguladora que permite passar alimento liquido, mas não substâncias sólidas

Dorit, R.L., W.F. Walker Jr, and R. D. Barnes1991 Zoology, Saunders College Publishing, 1009+Appendices

Possuem glândulas salivares associadas às peças bucais – abrem na cavidade bucal

Glândulas salivares:saliva (humedece peças bucais, dissolve alimentos)enzimas digestivas, seda (construção do envólucro das pupasex. abelhas, vespas, traças)materias mucososuma pectinase (hidrolisa a pectina de paredes celulares)venenosanticoagulantesum antigene (provoca a comichão da picada do insecto em humanos)

Região mediana do tubo digestivo - estômago ou ventrículo: local de produção de enzimas e de absorção

Dorit, R.L., W.F. Walker Jr, and R. D. Barnes1991 Zoology, Saunders College Publishing, 1009+Appendices

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Muitos insectos possuem divertículosgástricos – local final de digestão e conjuntamente com a porção posterior da região mediana do tubo digestivo, principais locais de absorção

Região posterior – intestino (anterior) e recto: rejeição de detritos e balanço iónico e de água

Digestão da celulose em alguns insectos é assegurada por enzimas produzidas por bactérias ou protozoários que habitam o tubo digestivo

Dorit, R.L., W.F. Walker Jr, and R. D. Barnes1991 Zoology, Saunders College Publishing, 1009+Appendices

Excreção e Balanço de água

Túbulos de Malpighi são os principais órgãos de excreção em insectos e actuam em conjunção com células especializadas do rectoSão em número variável mas podem ser centenas

A extremidade livre estende-se no hemoceloma e é constituído por tecido conectivo elástico e fibras musculares – são capazes de movimentos

A capacidade de reabsorção de iões e água é variável em diferentes insectos

Hickman, C.P.Jr, L.S. Roberts, A. Larson and H.L’Anson, 2003 Integrated Principles of Zoology, 12nd ed., McGraw Hill, 872 pp

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Trocas gasosas: Sistema de traqueiasAs trocas gasosas fazem-se directamente com os tecidos

Espiráculos localizam-se próximo da coxa do 3º(em alguns também do 2º) par de patas e na região lateral dos 7-8 segmentos abdominais

Em muitas espécies os espiráculos abrem num átrio a partir do qual surgem as traqueias

Usualmente possuem sistemas de fecho e, nos insectos terrestres, estruturas de filtragem que evitam a passagem de poeiras, microorganismos e reduzem as percas de água

O sistema de traqueias varia mas 1 par de troncos longitudionaiscom outros transversais faz parte do plano de base de todos os insectos

Dorit, R.L., W.F. Walker Jr, and R. D. Barnes 1991 Zoology, Saunders CollegePublishing, 1009+Appendices

Sistema Nervoso e Órgãos dos Sentidos

Sistema nervoso é basicamente como o dos outros artrópodesExistem fibras nervosas gigantes

Estruturas sensoriais muito diversificadas e espalhadas por todo o corpo

Receptores visuais:olhos compostos – nº de omatídeos maior nos insectos voadores; facetas mais largas nas espécies nocturnas

ocelos - se existem são usualmente 3 – detectam modificações na intensidade luminosa; muito sensíveis a baixas intensidades - orientação e parecem ter um efeito estimulador na recepção de outros estímulos

Receptores de estímulos mecânicos: pelos quitinosos ocos e móveis (em todo o tegumento, sobretudo nas antenas, palpos das maxilas e a rodear as aberturas genitais)

Receptores olfactivos: cones olfactivos, placas e poros (muito numerosos nas antenas, região bucal e ponta das patas anteriores)Feromonas são substâncias químicas que desencadeiam comportamentos sociais. São para os insectos muito importantes

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Receptores auditivos: órgãos timpânicos localizados em locais variados

Produção de som é comum nos Orthoptera e Hemiptera e em alguns LepidopteraDiptera e Hymenoptera)

Storer, T. I. And R. L. Usinger (trad. Froehlich, C. G.; D.D. Corrêa e E. Schlenz) 1977 Zologia Geral 3ª ed., Companhia Editora Nacional, São Paulo, Brasil, 757pp.

ReproduçãoSexos separados

Reprodução sexuada comum

Complexos ritos nupciais em que intervêm estímulos vários:

Atracção por odores - feromonas usualmente produzidas pelas fêmeas são os mais comuns

Sinais acústicos (padrão e frequência típica da espécie – atrair fêmeas, afastar machos rivais, demarcar território)

Sinais visuais – Insectos usam a visão para localizar e orientar-se em direcção ao parceiro; excepção são os pirilampos (Lampiridae) que usam a emissão/recepção de luz na corte nupcial - macho corteja em voo e fêmeas maduras respondem do solo – o nº de flashes e o tempo de duração são característicos da espécie (luciferina na presença de ATP e luciferase)

Prendas - alguns insectos oferecem presas à fêmea – quanto maior a presa maior o tempo de copulação e de transmissão de esperma. Após a copulação macho e fêmea lutam pelo que resta

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Partenogénese é bastante frequente

Aparelho copulador:a forma é muito variável em diferentes espécies

Sistemas Reprodutores

Dorit, R.L., W.F. Walker Jr, and R. D. Barnes 1991 Zoology, Saunders College Publishing, 1009+Appendices e Ruppert, E.E. and R. D. Barnes 1994 Invertebrate Zoology, SaundersCollege Publishing, 1056+Appendices

A evolução de uma casca protectora que permitisse o desenvolvimento do ovo no ambiente terrestre foi um dos factores que contribuiu para o sucesso dos insectos (a casca possuiu poros permeáveis ao oxigénio e dióxido de carbono mas não à água)

A deposição dos ovos faz-se através de um ovipositor, derivado de partes do 7 ou 8 segmentos abdominais

Ruppert, E.E. and R. D. Barnes 1994 Invertebrate Zoology, Saunders College Publishing, 1056+Appendices

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Material adesivo para ligar os ovos ao substrato e uns aos outros éproduzido pelas glândulas acessórias do sistema reprodutor da fêmea

Contribui para evitar a dissecação.

Estas posturas surgem na vegetação próxima de rios ou lagos e ao nascer as larvas caiem na água

A deposição dos ovos faz-se em vários locais e depende largamente do habitat e estilo de vida do adultoLibélulas, por ex. depositam os ovos no meio aquático; a fêmea de Tectocorisdiophthalmus liga os ovos à volta de uma planta e fica de guarda

O’Toole C. (ed.) 2002 The New Encyclopedia of Insects and their Allies. Oxford University press, 240 pp.

Alguns himénopteros e dípteros depositam os ovos em plantas.

Os tecidos em volta dos ovos crescem anormalmente e originam umaformação que se designa por galha. Esta tem uma forma que varia consoante o insecto

Parece ser induzida por uma substância produzida pela fêmea quando esta deposita os ovos

O’Toole C. (ed.) 2002 The New Encyclopedia of Insects and their Allies. Oxford University press, 240 pp.

Dorit, R.L., W.F. Walker Jr, and R. D. Barnes1991 Zoology, Saunders College Publishing, 1009+Appendices

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Outros insectos depositam os ovos em animais ou colocam-nos junto com animais paralisados -asseguram alimento às larvas quando nascem – o hospedeiro é sempre morto e estes parasitas denominam-se parasitóides

O’Toole C. (ed.) 2002 The New Encyclopedia of Insects and their Allies. Oxford University press, 240 pp.

Protecção das larvas:Acromis sparsa – América Central e do Sul – é uma das 4 espécies (das 3000 que se conhecem do mesmo taxa Chrysomelidae: Cassidinae ) que assegura às larvas cuidados maternais

Protecção dos ovos: Themos olfersii (Argidae)do Brasil

Na generalidade os ovos são deixados pelos progenitores, mas algumas espécies fazem protecção aos ovos ou às larvas

O’Toole C. (ed.) 2002 The New Encyclopedia of Insects and their Allies. Oxford University press, 240 pp.

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Um pequeno número de insectos évíviparo. Os embriões desenvolvem-se no interior da fêmea que lhes fornece de alimento (Chrysomelidae - Brasil)

O’Toole C. (ed.) 2002 The New Encyclopedia of Insects and their Allies. Oxford University press, 240 pp.

Desenvolvimento Hemimetábolo(Metamorfoses incompletas)

Os Insectos mais primitivos têm desenvolvimento directo (subclasse Apterygota) os juvenis são semelhantes aos adultos excepto em tamanho e maturidade sexualOvo juvenil adulto

A maioria dos insectos tem desenvolvimento hemimetábolo ou holometábolo

Hickman, C.P.Jr, L.S. Roberts, A. Larson and H.L’Anson, 2003 Integrated Principles of Zoology, 12nd ed., McGraw Hill, 872 pp

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Desenvolvimento Holometábolo(Metamorfoses completas)

O’Toole C. (ed.) 2002 The New Encyclopedia of Insects and their Allies. Oxford University press, 240 pp.

Vantagens do desenvolvimento Holometábolo

Exploração de diferentes tipos de recursos alimentares durante o ciclo de vida; economia de energia já que cada estágio possuiu as estruturas estritamente necessárias e a crisálida pode permitir ao insecto superar períodos desfavoráveis em termos ambientais

Larvas: sistema digestivo bem desenvolvido incluindo armaduras bucais e corpo extensível; sistemas de defesa

Crisálida:camuflagem e defesa

Adulto: sistema reprodutor bem desenvolvido, asas coloridas para procurar e atrair parceiro e que facilitam a dispersão (migrações, por ex); sistema digestivo pouco desenvolvido –alguns nem sequer se alimentam nesta fase (utilizam reservas acumuladas), sistemas de defesa

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Uma das mais extraordinárias é a de uma espécie que armazena num compartimento no interior do abdómen uma mistura de hidroquinonas e peróxido de hidrogénio

Defesas Químicas

Quando alarmado abre uma válvula que permite à mistura entrar num compartimento externo

O compartimento externo contém enzimas que catalisam a conversão de H2O2 a H2O e O2 e a oxidação (exotérmica) das hidroquinonas em benzoquinonas

O Oxigénio propulsiona a benzoquinona ouvindo-se um pop.Harris, C.L. 1996 Concepts in Zoology. Harper Collins CollegePublishers, 891pp+appendices

Ácido fórmico nas formigas, por exemplo

Defesas Mecânicas e Químicas

Ovipositor modificado presente em obreiras e rainhas (abelhas)

Uma obreira morre cerca de 2 dias após ter usado o seu ferrão – pois todo o aparelho de veneno e algumas partes adjacentes são eliminados no processo.

Algumas espécies de vespas podem usar o ferrão mais do que uma vez

Ferrão de uma obreira de Apis mellifera

Dorit, R.L., W.F. Walker Jr, and R. D. Barnes 1991 Zoology, Saunders CollegePublishing, 1009+Appendices

Peças bucais de algumas espécies (soldados nas colónias de térmites e formigas)

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Camuflagem: disfarce através da cor, padrões, forma, cheiro, som, de modo a confundir-se com o ambiente e tornar mais difícil a sua detecção por predadores

Acanthodis aquilina

Homalopteryx laminata

Phyllium sp

O’Toole C. (ed.) 2002 The NewEncyclopedia of Insects and their Allies. Oxford University press, 240 pp.

Camuflagem

Megaphasma sp. macho e fêmea (México)

Circia sp. - MadagáscarMegaphasma sp. machoHabita o deserto do México

O’Toole C. (ed.) 2002 The New Encyclopedia of Insects and their Allies. Oxford University press, 240 pp.

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Mimetismo: semelhança entre espécies de insectos e outras espécies que são usualmente perigosas pouco saborosas, tóxicas, etc ganhando com tal protecção ao serem confundidos

Várias espécies, potenciais presas, desenvolvem sinais anti-predador, como sendo não saborosas, tóxicas …(mimetismo Mulleriano)

O’Toole C. (ed.) 2002 The New Encyclopedia of Insects and their Allies. Oxford University press, 240 pp.

Ex: Coloração Aposemática (de aviso)Riscas ou bandas pretas e brancas

Algumas larvas combinam cores vivas de aviso com longos espinhos que podem provocar feridas dolorosas

O’Toole C. (ed.) 2002 The New Encyclopedia of Insects and their Allies. Oxford University press, 240 pp.

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Projecções posteriores fazem parecer que o insecto possui outra cabeça e está com as mandíbulas afastadas assemelhando-o com uma formiga (Heteronotus reticulatus)

O’Toole C. (ed.) 2002 The New Encyclopedia of Insects and their Allies. Oxford University press, 240 pp.

Semelhança de uma espécie de traça (Felderolia canescens) com uma vespa; neste caso atéos movimentos do insecto são semelhantes - Mimetismo

Espécies comestíveis que ganham protecção por se assemelharem com outras que não são comestíveis para os predadores (mimetismo Batesiano)

Polyspilota aeruginosa (Mantidae): ninfas do primeiro instarAssemelham-se a formigas. Por vezes este mimetismo contínua no 2º instar e desaparece posteriormente dado o aumento de tamanho e aquisição de caracteres do adulto

Mimetismo

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Quando perturbadas as larvas de algumas espécies mostram grandes marcas de olhos e abanam a cabeça de um lado para o outro.

Este comportamento típico de cobras serve possivelmente para afastar predadores.

Outras parecem-se com excrementos de aves e fazem aparecer tentáculos se mesmo assim despertam o interesse a predadores

Mimetismo

Ordem Phthiraptera: 3150 espéciesDimensões: 0,5 – 11 mm de comprimento

Cosmopolitas; Ectoparasitas permanentes de mamíferos e aves

Sem asas, corpo achatado dorsoventralmente; alimentam-se de sangue, penas, pele,secreções da pele,…

Piolho púbico: Pthirus pubisImagem obtida com microscópio electrónico de varrimento – 80 x

O’Toole C. (ed.) 2002 The New Encyclopedia of Insects and their Allies. Oxford University press, 240 pp.

Dorit, R.L., W.F. Walker Jr, and R. D. Barnes 1991 Zoology, Saunders College Publishing, 1009+Appendices

Piolho da cabeça: Pediculus humanus

Espécies Parasitas

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Ordem Siphonaptera: 180 espéciesDimensões: 1-9 mm de comprimento

Cosmopolitas, ectoparasitas de mamíferos e aves

Sem asas, corpo comprimido lateralmente; peças bucais picadoras e sugadoras (alimentando-se de sangue); adaptações para o salto

As larvas têm vida livre e só os adultos são parasitas

O’Toole C. (ed.) 2002 The New Encyclopedia of Insects and their Allies. Oxford University press, 240 pp.

Pulex irritans: pulga do homem (têm preferência pelo sangue humano)